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Jean-Honore Fragonard ( ) Le Philosophe

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Academic year: 2021

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 MARCUS VITRUVIUS

POLLIO (c. 90-20 aC) foi o responsável pela

sistematização do pensamento clássico aplicado à construção e ao urbanismo, criando o primeiro tratado de arquitetura da história: os dez livros intitulados De architettura (c.30-25 aC).

Le Philosophe

Jean-Honore Fragonard (1732-1806)

(2)

Vitrúvio concebia a CIDADE

IDEAL como aquela dotada de planta octogonal e rodeada de

muralhas, por motivos não somente defensivos, como

também meteorológicos.

 Suas idéias, perdidas na era

medieval, mas resgatadas no Renascimento, influenciaram

a UTOPIA URBANA, com plantas circulares e poligonais

dentro das quais se situavam quarteirões em trama ou dispostos em linhas radiais.

Roma ideal

(gravura de 1527)

(3)

 No início da era cristã, ROMA

crescia congestionada e a rede viária tornou-se insuficiente,

fazendo surgir inúmeros problemas de moradia, limpeza e abastecimento.

 A decadência do IMPÉRIO

ROMANO, iniciada após Marco Aurélio (121-180 dC)

conduziu ao seu colapso e progressivo desprestígio, cuja população diminuiu até 25.000

pessoas.

Cidade de Roma

(reconstituição: Séc. I d.C, atual Itália)

(4)

Império Romano

Roma

(Séc. I dC)

(5)
(6)

Além do zoneamento funcional e da grade reticular,

a idéia de cidade que o mundo clássico transmitirá para as culturas seguintes seria a de uma urbe onde os

eixos estruturais tomam forma na composição, estes destacados por uma arquitetura articulada, que

valoriza aspectos cenográfico-espaciais.

Evolução do traçado urbano da cidade-colônia de Torino (Turim)

(7)

Mundo Medieval

 A Idade Média foi marcada por alterações

fundamentais na concepção do mundo, já que a IGREJA CRISTÃ impôs a sua própria cultura na

Europa Ocidental, passando a ter o monopólio sobre todas as formas de pensamento filosófico,

desencorajando qualquer questionamento.

 A concepção medieval de NATUREZA

constituiu-se em uma recaída sobrenatural, favorecida pelas condições estabelecidas no momento, expressas

pela ascensão do feudalismo e consequente

(8)

 A queda do poderio romano fez com que sucumbisse

toda a cultura clássica, promovida pela civilização greco-romana, e se iniciasse um lento e contínuo processo de despovoação das cidades e completa mudança social e econômica na Europa (feudalismo).

Capitais

Imp. Romano Oriental Imp. Romano Ocidental

(9)

 Com a expansão do

feudalismo e cristianismo, a

NATUREZA passou a ser considerada algo assustador

e perigoso, a qual deveria ser superada a todo custo.

 Do século V em diante,

os centros urbanos foram se transformando em fator de proteção, ou seja, locais de civilização, de segurança

e também de liberdade para os povos campesinos.

(10)

 Apareceram os BURGOS,

recintos amuralhados de perímetro pouco extenso,

em cujo centro se erguia uma torre de defesa, além do castelo (château, castle)

do senhor feudal.

Château de Coucy

(Séc. XIII, Île-de-France)

(11)

 De início uma instituição

militar, os BURGOS transformaram-se em centros políticos, onde o castelão (castellanus)

passava de simples comandante para alguém com autoridade financeira

e judiciária sobre um território extenso, em volta das muralhas, que,

a partir do século X, denominou-se castelania.

Castelo de São Jorge

(Séc. XII, Lisboa Portugal)

Ville de Castelnou

(12)

 Tornou-se indispensável um

lugar fixo para os viajantes, que se estabeleceram em aglomerações à volta dos burgos, formando o novus burgus (forisburgus), em contraposição ao vestus burgus.

Padova (Veneto, Itália)

Milano

(Lombardia, Itália)

Parma (Emilia-Romagna, Itália)

(13)

 Aos poucos, os comerciantes libertaram-se da vida

campesina e tornaram-se privilegiados, escapando do poder privado e senhorial. Os habitantes dos

subúrbios passaram a serem chamados de

BURGUESES (burguenses) e os do velho burgo ainda de CASTELÃOS (castellani ou castrenses).

Carcassonne

(14)

 Na Baixa Idade Média,

a partir do século X dC, o surgimento desses

mercadores fez com que o comércio se intensificasse

e as antigas vilas

aumentassem de tamanho, transformando-se em novos centros econômicos:

consolidavam as bases da RENASCENÇA.

Ville de Paris

(15)
(16)

 Diante desse quadro,

a IGREJA medieval, como a maior proprietária

de terras e a única

instituição organizada do período, só poderia se tornar o grande centro de

referência e poder, cujas idéias passaram a

predominar, assim como suas concepções do que

(17)

 A IGREJA Cristã

preservou e divulgou as idéias de uma natureza

orgânica e imutável

movida eternamente a partir de causas e fins predeterminados, em um mundo situado no centro

do cosmos. Porém, substituiu o enigmático “livro da natureza” dos

gregos pelo sagrado “livro das escrituras”.

(18)

 O CRISTIANISMO

passou a dominar a cultura dos maiores centros europeus e as

obras de filosofia raramente avançaram

além do campo

delimitado pelas teorias teológicas vigentes, elaboradas por Santo Agostinho (354-430), nos séculos IV e V dC.

Santo Agostinho

(19)

 Seguindo a tradição platônica, Santo Agostinho via

sempre o Perfeito por trás de todo imperfeito e a

Verdade absoluta por trás de todas as verdades

particulares, defendendo a idéia de que a verdade era infundida no espírito humano por Deus.

(20)

 Uma nova geração

de eruditos surgiu somente no fim do século IX, entre os quais

João Escoto Erígena (c. 810-877) que,

desafiando a idéia de que a vontade humana era

predeterminada por Deus, afirmava que os

homens tinham livre-arbítrio pela Razão.

Johannes Scotus Eriugena

(21)

 Foi São Tomás de Aquino

(1225-1274) quem ajudou a tirar a Escolástica (Filosofia católica) do impasse de querer

provar a existência de Deus, ao argumentar que o progresso

de nossa compreensão da

NATUREZA não ameaçaria a fé cristã, mas, ao contrário, só

aprofundaria nosso respeito pela criação divina.

São Tomás de Aquino

(22)

 Na arquitetura religiosa medieval, a luz solar deixava

de ter valor funcional e passava a representar

simbolicamente o poder divino, sua força e salvação.

Igreja da Abadia de

Fontenay (c.1118, França)

Catedral de Chartres

(23)

 O número de cidades européias aumentou

rapidamente no final da Idade Média, mas sua população permaneceu relativamente pequena, pois raramente se excedia os 50.000 habitantes. Na Itália,

os maiores centros urbanos eram Venezia, Milano, Padova, Bologna, Verona, Napoli, Pisa e Siena.

Siena

(Toscana, Itália)

Venezia

(24)
(25)

PENÍNSULA IBERICA NA

BAIXA IDADE MÉDIA Toledo

(26)

 Enfim, se na Antiguidade, a

NATUREZA era vista como a origem de tudo e de todos, em plena era medieval, foi aos poucos desprezada em relação à CIDADE mercantilista, que

renasceu a partir dos burgos e das reminiscências dos

estabelecimentos romanos.

(27)

 A CIDADE-ESTADO

MEDIEVAL dependia do campo para seu abastecimento

e, ao mesmo tempo,

controlava um território mais ou menos extenso à sua volta.

 Baseada no conceito racional

de domínio sobre a

NATUREZA, conduziria no século XV em diante à concepção da cidade como

artefato artístico e humano,

contraposto ao mundo natural.

Firenze

(Toscana, Itália)

(28)

Sforzinfa (1464) Filarete (c.1400-69) Modelos de Cidades Ideais Pietro Cataneo (c.1510-74) Palmanova (1593) Vincenzo Scamozzi (1552-1616)

(29)
(30)

Bibliografia

BEHLING, S.; BEHLING, S. Sol power: la evolución de la

arquitectura sostenible. Barcelona: Gustavo Gilli, 2002.

GYMPEL, J. Historia de la arquitectura de la antigüedad a

nuestros días. Köln: Könemann, 1996.

JELLICOE, G.; JELLICOE, S. El paisaje del hombre: la

conformación del entorno desde la prehistoria hasta nuestros días. Barcelona: Gustavo Gili, 1995.

MAGEE, B. História da filosofia. São Paulo: Livraria

Civilização, 1999.

MANNION, J. O livro completo da filosofia. São Paulo:

Madras, 2004.

PIRENNE, H. As cidades da Idade Média. Lisboa: Europa-América, 1997.

Referências

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