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EMPREENDIMENTO TGVO. Terminal de Granel Sólido de Origem

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Academic year: 2021

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TERMO DE REFERENCIA

ELABORAÇÃO DE ESTUDOS DE VIABILIDADE TÉCNICA, ECONOMICA E AMBIENTAL, VISANDO ÀS LICITAÇÕES PARA ARRENDAMENTO DE ÁREAS E INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS NO TERMINAL PORTUÁRIO DE

EMPREENDIMENTO

TGVO

(2)

COMPANHIA DOCAS DO PARÁ – CDP

Termo de Referência

CONVÊNIO CDP/UFPA Nº 09/2008 RESOLUÇÃO DIRGEP Nº 57/2010

ORDEM SERVIÇO Nº 02/2008

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA

ENGENHARIA NAVAL – INSTITUTO TECNOLÓGICO – UFPA Cidade Universitária Prof. José da Silveira Netto

Caixa Postal 8617 66075-110 Belém Fone: 91-32017455

CNPJ: 04.933.552/0001-03

Sociedade de Economia Mista, Vinculada a Secretária de Portos – SEP

Avenida Presidente Vargas, 41 – Centro - Cep: 66.010-000 – Belém – Pará – Brasil Telefones: (55) (91) 3182-9000/3182-9110 Fax: (55) (91) 3182-1741/3182-9042 - www.cdp.com.br.

Siafi: Código Nº. 396004/CDP – Ug: 39814 – Gestões: Siafi Parcial Constituída Em 10/02/1967, Decreto Lei No. 155.

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ÍNDICE

1 OBJETIVO ... 4

2 FINALIDADE ... 5

3 DESCRIÇÃO DAS ÁREAS E INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS A SEREM ARRENDADAS ... 6

4 EQUIPAMENTOS A SEREM ARRENDADOS ... 9

5 DISCRIMINAÇÃO E PREVISÃO DE VOLUME DE CARGA MOVIMENTADA ... 12

5.1 Capacidade Máxima de Recebimento de Cargas – Terminal de Barcaças ... 12

5.2 Capacidade Máxima de Movimentação do Berço de Navios ... 13

5.3 Capacidade Máxima de Armazenagem ... 14

5.4 Capacidade de Movimentação Anual do Terminal ... 14

6 CRITÉRIOS PARA COMPOSIÇÃO DO VALOR MÍNIMO DO ARRENDAMENTO... 16

6.1 Investimentos Previstos... 16

6.2 Horizonte do Projeto e Taxa de Retorno ... 16

6.3 Movimentação Mínima Contratual ... 16

6.4 Custos Operacionais ... 16

6.5 Custo Operacional Fixo ... 17

6.6 Custos Operacionais Variáveis ... 17

6.7 Receitas Operacionais ... 17

6.8 Tarifas Portuárias ... 17

6.9 Análise da Viabilidade do Contrato ... 18

6.10 Composição do Valor do Arrendamento ... 19

6.11 Receitas Totais de Arrendamento ... 21

7 OBSERVÂNCIA DAS NORMAS LEGAIS ... 22

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1 OBJETIVO

Este Termo de Referência tem o objetivo de definir as bases conceituais técnicas e operacionais mínimas para o arrendamento de áreas e instalações portuárias no Terminal Portuário de Outeiro no município de Belém, PA, visando a implantação de terminais de graneis sólidos de origem vegetal.

(5)

2 FINALIDADE

O Terminal Portuário de Outeiro, anteriormente chamado de Porto da Sotave, era inicialmente um terminal privado, construído para receber fertilizantes. Entretanto, em razão do tipo de carga a ser movimentada, como amônia, houve grande mobilização da população local que tinha receios quanto à contaminação das praias da ilha. Diante das preocupações ambientais e da dificuldade de acesso terrestre, as obras foram paralisadas e o Terminal nunca entrou em operação para essa finalidade.

Em razão dessa inutilização, o Terminal foi desapropriado pela União e passou a se denominado de Terminal do Outeiro, administrado atualmente pelas Companhia Docas do Pará. Sua viabilização, inicialmente vinculada ao acesso terrestre por meio de uma ponte que interligaria o Distrito Industrial de Icoaraci à Ilha de Caratateua, agora está centrada apenas no vetor aquaviário.

Considerado uma alternativa para os exportadores das Regiões Centro-oeste, Norte e Nordeste do Brasil, o Terminal é muito competitivo, pois permite o acostamento de navios de até 60 mil ton, com calado de até 14 metros. Nesse sentido, é um terminal com uma grande capacidade. Os principais produtos para movimentação nesse Terminal são granéis sólidos de origem vegetal (soja e trigo).

O arrendamento de áreas e instalações portuárias no Terminal Portuário de Outeiro se faz necessária em função de manifestação firme de demanda para o escoamento de granéis sólidos de origem vegetal, como soja e trigo.

Nesse contexto, o Terminal Portuário de Outeiro apresenta uma previsão de movimentação de cerca de 18,9 milhões ton/ano de granéis sólidos de origem vegetal, cargas já manifestadas por declarações de empresas interessadas no arrendamento dos terminais.

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3 DESCRIÇÃO DAS ÁREAS E INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS A SEREM ARRENDADAS

O projeto contará com uma área para armazenagem de 160.045,40 m², dividido em quatro lotes, sendo cada um com 40.011,35 m², conforme Figura 01. A parte comum e os sistemas de recepção e expedição totalizam 66.930,44 m² e incluem a área de servidão de passagem e os píeres de barcaça e de navio, conforme Tabela 01. Para a armazenagem dos grãos (soja, milho, arroz), o terminal contará com 8 armazéns de 90.000 t e 12 silos verticais de 10.000 t de capacidade estática cada, totalizando 840.000 t de capacidade de armazenagem no terminal.

Figura 01: Distribuição das áreas do terminal

TOTAL 226.975,84 8.923,46 8.923,46 8.923,46 56.743,96 56.743,96 40.011,35 40.011,35 40.011,35 40.011,35 7.809,15 7.809,15 7.809,15 LOTE III LOTE IIV

ÁREA TOTAL POR LOTE (m²) LOTE I LOTE II 8.923,46 56.743,96 56.743,96 LOTEAMENTO ÁREA INDIVIDUAL

(m²)

ÁREA COMUM (m²)

7.809,15 ÁREA SISTEMA DE RECEPÇÃO

E EXPEDIÇÃO

Tabela 01: Distribuição das áreas do terminal

O projeto será implementado em duas fases, a primeira estruturante para 9,9 milhões e a segunda fase para outros 9 milhões, totalizando uma movimentação anual de 18,9 milhões de toneladas e será implementado da seguinte forma, conforme mostra a Tabela 02.

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LOTE IV TOTAL DO TERMINAL 9.900.000,00 9.000.000,00 LOTE II 2.475.000,00 2.250.000,00 4.725.000,00 LOTE III 2.475.000,00 4.725.000,00 18.900.000,00 2.475.000,00 2.250.000,00 4.725.000,00 2.250.000,00 4.725.000,00 FASE 1 (ton/ano) FASE 2 (ton/ano) TOTAL (ton/ano) 2.475.000,00 2.250.000,00 LOTE I

Tabela 02: Projeção de movimentação de cargas nas duas fases

A seguir apresenta-se a descrição de cada uma das fases do empreendimento.

FASE 1:

Corresponde à execução dos seguintes itens:

• Setor de Armazenagem: onde serão construídos os armazéns para estocagem e obras de apoio, e a interligação até a torre de balança de fluxo. Serão 4 lotes, sendo cada um composto por 1 armazém com capacidade estática de 90.000 toneladas, 2 silos de 10.000 ton, esteiras de interligação interna e edificações operacionais e administrativas.

• Sistema de recepção: engloba as obras e fornecimento da cobertura do píer 300 de barcaças, 4 descarregadores de produtividade nominal de 1.250 t/h, bem como todo o sistema de esteiras transportadoras, elevador de canecas e balança de fluxo que interligarão o píer até o terminal de estocagem

• O Sistema de Expedição partirá dos 4 lotes, através de correias transportadoras interligando a área de estocagem até o píer 200 que é composto por uma linha de dolfins com 300 m de comprimento e terá 4 torres de carregamento de produtividade nominal de 2.500 t/h com operação simultânea de 2 torres,

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FASE 2:

Corresponde à execução dos seguintes itens:

• Setor de Armazenagem: para aumentar a capacidade estática do terminal para 220.000 ton serão construídos mais 1 armazém de 90.000 ton e 1 silo graneleiro de 10.000. Nesta concepção o terminal terá capacidade para movimentar anualmente 18,9 milhões de toneladas.

• Sistema de recepção: será construído um novo pier de barcaça para duplicar a capacidade de recepção de grãos do terminal. Está previsto também uma cobertura para o píer (400), 4 descarregadores de barcaças com produtividade nominal de 1.250 t/h, bem como todo o sistema de esteiras transportadoras, elevador de canecas e balança de fluxo que interligarão o píer até o terminal de estocagem.

• O Sistema de Expedição: será criado um novo berço de atracação de navios. Terá 300 m de comprimento e poderá receber navios do tipo Panamax de 60.000 DWT. Contará com 4 torres de carregamento com produtividade nominal de 2.500 t/h com operação simultânea de 2 torres. O grão será transportado do terminal até o píer por duas linhas de estiras independentes com produtividade nominal de 2.500 t/h.

Os armazéns graneleiros serão do tipo semi V com capacidade para 90.000 ton de soja a granel, com dimensões de 40,00 m de largura por 220,00 m de comprimento, com 2 (dois) túneis para correia de embarque, 2 (dois) túneis para correia de desembarque e 2 portões de acesso. Os silos terão base de concreto armado e estrutura metálica e poderão armazenar até 10.000 ton de gãos. Deve incluir rosca varredora, espalhador de grãos, sensor de nível, montantes externos, registros pneumáticos e acabamento galvanizado. O sistema de recebimento por barcaças terá a capacidade nominal, na sua totalidade, para receber 10.000 t/h, constituídos por dois píeres de 175 m de comprimento e 8 equipamentos de descarregamento. Em cada berço poderá atracar até duas barcaças por vez. Haverá sistema de combate a incêndio por hidrantes e extintores portáteis, sistema de exaustão de pó em todas as transferências, para atender a legislação local. Também serão construídas estruturas auxiliares como prédios para administração, portaria, subestação, arruamento e drenagem pluvial.

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4 EQUIPAMENTOS A SEREM ARRENDADOS

A tecnologia disponível que atende todos esses requisitos é a utilização de transportadores com a tecnologia tubular, que por sua flexibilidade possibilita a redução de casas de transferência, utilização de coberturas contra intempéries, derramamento de materiais durante o percurso, utilização de estruturas mais leves devido ao peso do equipamento e por consequência as fundações mais leves, redução da emissão de partículas (pó de soja) com a eliminação de algumas casas de transferências e também o sistema de exaustão de pó nas transferências eliminadas.

• Armazém Graneleiro

 2 Correias transportadora que alimentam o armazém com capacidade para 2.500 t/h para descarga das barcaças.

 2 Correias transportadora que interligam os armazéns com capacidade para 2.500 t/h cada.

 2 correias de embarque nos túneis do armazém, com capacidade para 2.500 t/h cada.

 2 correia de embarque de interligação com capacidade para 2500 ton/h, que interliga com as correias de embarque principal de 2500 ton/h.

 Filtros de manga pontual nas transferências dos equipamentos transportadores.

• Silo Graneleiro

 2 Correias transportadora que alimentam os silos com capacidade para 2.500 t/h para descarga das barcaças.

 Elevador de canecas com capacidade de 2.500 t/h  Sistema de Air Slide que interligam os silos

 2 correias de embarque nos túneis dos silos, com capacidade para 2.500 t/h cada.

 2 correia de embarque de interligação com capacidade para 2500 ton/h, que interliga com as correias de embarque principal de 2500 ton/h.

 Sistema de rosca varredora, espalhador de grãos, sensor de nível, montantes externos, registros pneumáticos e acabamento galvanizado.  Filtros de manga pontual nas transferências dos equipamentos

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• Sistema de Recepção e Desembarque de Barcaças (berço 301/302) – Fase 1

 4 descarregadores de barcaças de produtividade nominal de 1.250 t/h. Funcionamento simultâneo, sendo dois por berço.

 2 Correias transportadoras para transporte do grão dos descarregadores de barcaças até o elevador de canecas e a casa de transferência no inicio do píer, com capacidade para 2.500 t/h cada.

 2 Correias transportadoras com capacidade de 2.500 t/h, com torres e galerias aéreas, recebendo o material da casa de transferência e do elevador de canecas até a casa de transferência de recepção pública 02. Elas serão sobrepostas.

 2 Correias transportadoras que interligam as linhas principais as linhas secundárias dos arrendatários. Capacidade de 2.500 t/h por linha.

• Sistema de Recepção e Desembarque de Barcaças (berço 401/402) – Fase 2

 4 descarregadores de barcaças de produtividade nominal de 1.250 t/h. Funcionamento simultâneo, sendo dois por berço.

 2 Correias transportadoras para transporte do grão dos descarregadores de barcaças até o elevador de canecas e a casa de transferência no inicio do píer, com capacidade para 2.500 t/h cada.

 2 Correias transportadoras com capacidade de 2.500 t/h, com torres e galerias aéreas, recebendo o material da casa de transferência e do elevador de canecas até a casa de transferência de recepção pública 02. Elas serão sobrepostas.

 2 Correias transportadoras que interligam as linhas principais as linhas secundárias dos arrendatários. Capacidade de 2.500 t/h por linha.

• Sistema de Expedição e Embarque para Navios (berço 201) – Fase 1  4 Torres de carregamento com pescante móvel e produtividade nominal

de 2.500 t/h de carregamento. Funcionamento simultâneo de duas delas  2 Correias transportadoras para embarque de navios com capacidade

para 2.500 t/h, recebendo da balança de fluxo com torres e galerias aéreas

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 2 Correias transportadoras com capacidade de 2.500 t/h, com torres e galerias aéreas, recebendo o material da casa de transferência de expedição pública 02. Elas serão sobrepostas.

 2 Correias transportadoras que interligam as linhas principais as linhas secundárias dos arrendatários. Capacidade de 2.500 t/h por linha.

• Sistema de Expedição e Embarque para Navios (cais 202) – Fase 2

 4 Torres de carregamento com pescante móvel e produtividade nominal de 2.500 t/h de carregamento. Funcionamento simultâneo de duas delas  2 Correias transportadoras para embarque de navios com capacidade

para 2.500 t/h, recebendo da balança de fluxo com torres e galerias aéreas

 2 Correias transportadoras com capacidade de 2.500 t/h, com torres e galerias aéreas, recebendo o material da casa de transferência de expedição pública 02. Elas serão sobrepostas.

 2 Correias transportadoras que interligam as linhas principais as linhas secundárias dos arrendatários. Capacidade de 2.500 t/h por linha.

• Sistema de Combate a Incêndio

 Atendendo a legislação vigente, será implantado o sistema de combate a incêndio através de hidrantes e extintores, com acionamento automático das bombas de água para hidrantes por despressurização da rede.

 Em caso de falta de energia elétrica da concessionária, será abastecido por um gerador de energia elétrica, movida a óleo diesel.

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5 DISCRIMINAÇÃO E PREVISÃO DE VOLUME DE CARGA MOVIMENTADA Para o dimensionamento da capacidade de movimentação do terminal em estudo, foram consideradas as características de suas instalações e infra-estrutura, a carga a ser movimentada e os investimentos previstos para a construção do empreendimento.

No dimensionamento do terminal foram analisadas, de forma geral, 2 (duas) condicionantes básicas:

• Capacidade de movimentação no berço (navios); • Capacidade de armazenamento.

Além dessas capacidades físicas, deve-se analisar a projeção de carga estimada para a movimentação do novo terminal, obtida através de estudos setoriais do mercado de grãos (especificamente da soja). Dessa maneira, serão obtidos os valores finais de movimentação de grãos do terminal, de acordo com suas capacidades físicas máximas e os valores apresentados nos estudos de mercado.

5.1 Capacidade Máxima de Recebimento de Cargas – Terminal de Barcaças O recebimento de carga através dos terminais de barcaças, de acordo com a concepção do recebimento de cargas do terminal, ocorrerá por meio de 4 berços, sendo que cada berço receberá 2 barcaças simultaneamente de 3.000 DWT. Dessa forma, a capacidade de recebimento dos terminais será de 25.920.000 toneladas anuais para uma taxa de ocupação de 75%, conforme mostra a Tabela 03.

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Número de Berços (un) 4 Produtividade Nominal (t/h) 2.500

Eficiência de operação (%) 0,75 Consignação (t/barcaça) 6.000

Tempo de Atracação (h) 1,5 Nº dias operação por ano (ano) 300 Nº horas operação por dia (h) 24

Produtividade Efetiva (t/h) 1.875 Tempo de Ocupação (h/dia) 5

Taxa de Ocupação (%) 75 Nº Barcaças por ano (barcaças/ano) 1.080 Capacidade Efetiva Anual Berço (t/ano) 6.480.000

Capacidade Efetiva Anual Total (t/ano) 25.920.000

PIER DE BARCAÇAS

Tabela 03: Capacidade de movimentação no píer de barcação.

Para a referida análise considerou-se uma operação de 24 horas diárias, durante 30 dias por mês e os 10 meses de safra no ano.

5.2 Capacidade Máxima de Movimentação do Berço de Navios

De acordo com a concepção do recebimento de cargas do terminal, este possui 2 berços para atracação de navios com capacidade de até 65.000 DWT. Para esta configuração, considerou-se a utilização de 8 torres de carregamento com capacidade nominal de 2.500 t/h e funcionamento simultâneo de 4 delas, sendo 2 por berço.

De acordo com os cálculos acima, a capacidade teórica de movimentação anual no berço é de 11.142.857 toneladas de granéis sólidos, considerando-se o recebimento dentro do período de sazonalidade da soja, caracterizado como 9 meses. Dois berços com essas características serão capazes de movimentar 22.285.714 toneladas anuais%, conforme mostra a Tabela 04.

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Número de Berços (un) 2 Produtividade Nominal (t/h) 5.000 Eficiência de operação (%) 0,75

Consignação (t/barcaça) 65.000 Tempo de Atracação (h) 3,0 Nº dias operação por ano (ano) 200 Nº horas operação por dia (h) 24

Produtividade Efetiva (t/h) 3.750 Tempo de Ocupação (h/dia) 21

Taxa de Ocupação (%) 75 Nº Barcaças por ano (barcaças/ano) 171 Capacidade Efetiva Anual Berço (t/ano) 11.142.857

Capacidade Efetiva Anual Total (t/ano) 22.285.714

PIER DE NAVIOS

Tabela 04: Capacidade de movimentação no píer de navios.

5.3 Capacidade Máxima de Armazenagem

A capacidade dinâmica de armazenagem será condicionada de acordo com o número de giros realizados pelo terminal e sua capacidade estática. Foi arbitrada uma quantidade de 20 giros por armazém de capacidade estática de 90.000 toneladas e silos de 10.000 no período de safra. Considerando-se a safra de 9 meses e 23 giros no período de safra, chega-se à conclusão de haverá um giro a cada 12 dias (23 giros no ano, durante a safra de 9 meses – uma situação operacionalmente viável). Nesse caso, cada lote com 2 armazéns e 3 silos teria uma capacidade dinâmica de movimentação de 4.725.000 toneladas anuais de granel sólido. Isso garantiria uma movimentação anual total do terminal de 18.900.000 ton.

5.4 Capacidade de Movimentação Anual do Terminal

De acordo com os resultados obtidos, o sistema portuário, com as características adotadas, terá uma capacidade teórica plena de movimentação máxima anual de acordo com a Tabela 05.

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EXPEDIÇAO - NAVIO 10.855.000,00 10.855.000,00 21.710.000,00 75% CAPACIDADE DE 9.900.000,00 9.000.000,00 18.900.000,00

FASE 1 FASE 2 TOTAL TAXA DE

OCUPAÇÃO RECEPÇÃO - BARCAÇA 12.948.000,00 12.948.000,00 25.896.000,00 75%

Tabela 05: Capacidade de movimentação no píer de navios.

Dessa forma, pode-se concluir que, a princípio, a armazenagem da carga seria o fator limitante da capacidade de movimentação do terminal, permitindo o terminal movimentar 18.900.000 ton/ano.

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6 CRITÉRIOS PARA COMPOSIÇÃO DO VALOR MÍNIMO DO ARRENDAMENTO O projeto como um todo do Terminal de Granel Sólido de Origem Vegetal de Outeiro engloba quatro áreas iguais de arrendamento com silos de armazenagem de granéis sólidos e uma área comum de atracação e transporte por esteiras que terá seus custos divididos igualmente entre as áreas arrendadas. Os itens descritos a seguir se referem aos parâmetros previstos para uma área de arrendamento, somando-se os custos e investimentos relacionados à área comum divididos igualmente pelos quatro lotes.

6.1 Investimentos Previstos

Os investimentos previstos para o arrendamento somam R$ 165.844.721,14, sendo divididos em duas fases. A primeira fase concentra os investimentos no ano 1, enquanto a segunda fase de investimentos ocorre no ano 14 do projeto, quando é esperado que metade de capacidade máxima seja atingida.

6.2 Horizonte do Projeto e Taxa de Retorno

O contrato de prorrogação do arrendamento terá prazo de 25 anos. A taxa de desconto utilizada pelo projeto é de 8,30% ao ano.

6.3 Movimentação Mínima Contratual

A determinação da movimentação mínima contratual deve levar em consideração o comportamento de algumas variáveis relevantes, essas variáveis foram detalhadas na definição dos cenários estabelecidos no capítulo anterior. Vale destacar que a Movimentação Mínima Contratual – MMC, de acordo com as Diretrizes da ANTAQ, é igual a projeção de carga utilizada nos fluxos de caixa para avaliação do projeto, que neste caso é a Projeção para o Cenário Intermediário. 6.4 Custos Operacionais

Os custos operacionais foram estimados para uma operação eficiente e para as cargas estimadas para movimentação no período. Os custos operacionais foram divididos em fixos (administrativos) e variáveis, os quais compõem o custo total

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6.5 Custo Operacional Fixo

Os custos operacionais fixos foram estimados conforme demonstrado na Tabela a seguir, onde constam valores que independem da quantidade movimentada pelo terminal. Compõem o custo fixo os custos com mão-de-obra administrativa, outros custos administrativos que compreendem segurança, limpeza, assessoria jurídica, contabilidade, energia, água e material de escritório, além dos custos com seguro para toda área do terminal. Os custos fixos foram divididos em duas partes, referentes às fases de investimentos e movimentação das terminais. Sendo assim, é esperado que, com o dobro de movimentação esperada, os custos também dobrem na segunda fase, a partir do ano 14.

6.6 Custos Operacionais Variáveis

Os custos operacionais variáveis são estimados com base na movimentação de cargas do terminal e se referem aos custos com mão-de-obra operacional própria e os custos com manutenção do terminal.

6.7 Receitas Operacionais

Os preços dos serviços de embarque ou desembarque não são divulgados pelas autoridades portuárias, sendo que, de maneira geral, tanto os operadores e arrendatários de terminais quanto os armadores e agentes de navios recusam-se a revelar os valores cobrados/pagos e variam em função do mercado (oferta e demanda), do cliente. Nesse sentido, geralmente utiliza-se como referência os valores utilizados em Portos Concorrentes, sobretudo toma-se como referência estudos de viabilidade elaborados recentemente para a mesma carga de portos que atendem a mesma hinterlândia.

As receitas do terminal serão derivadas exclusivamente da prestação dos serviços portuários decorrentes do recebimento, armazenamento, expedição, embarque e desembarque de granéis sólidos, definidos a R$15,00 por tonelada movimentada.

6.8 Tarifas Portuárias

Não obstante aos valores a serem pago à título de outorga pelo arrendatário, ele ainda será responsável pelo recolhimento de quaisquer taxas/tarifas devidas pela

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utilização de serviços/suprimentos, tais como: energia, água, serviços acessórios, etc, de acordo com as tabelas vigentes no Porto de Belém.

Para a análise de viabilidade não foram considerados os valores referentes ao pagamento das Tabelas I, II e III.

6.9 Análise da Viabilidade do Contrato

O valor do arrendamento será calculado a partir do fluxo de caixa do projeto, ou seja, do cálculo do VPL (Valor Presente Líquido) do Projeto.

O VPL do Projeto é calculado para uma taxa de desconto de 8,30% ao ano, definida pela ANTAQ. A taxa de desconto foi estabelecida tendo como premissa que a taxa de desconto deve garantir uma remuneração adequada aos investidores. Para isso, utilizou-se para estimativa da taxa de desconto a combinação das metodologias do Capital Asset Pricing Model - CAPM e do Weighted Average Cost of Capital – WACC. Essas metodologias têm, respectivamente, o objetivo de estimar o custo do capital próprio e o custo médio ponderado do capital. O WACC estima a taxa de retorno considerando-se os pesos de capital próprio e de terceiros.

Ademais, a demonstração do resultado do empreendimento seguiu, conforme solicitação da ANTAQ, os critérios da DRE – Demonstração do Resultado do Empreendimento, conforme Lei 6.404/1976 – Lei das Sociedades Anônimas.

Para demonstração do resultado do projeto foram utilizados dois indicadores para apuração do retorno do investimento: Taxa Interna de Retorno (TIR) e Valor Presente Líquido (VPL).

A TIR mede a taxa necessária para igualar os fluxos de caixa futuros ao investimento feito no projeto. A TIR do projeto, excluindo qualquer tipo de pagamento de outorga, alcançou 9,55% ao ano.

O VPL é o somatório dos fluxos de caixa do projeto, descontados por uma taxa definida pela ANTAQ, no valor de 8,30%. O projeto obteve um VPL de R$13.055.891,33, valor este definido como “Valor do Negócio”.

• Valor presente líquido (VPL) – R$13.055.891,33 • Taxa Interna de Retorno – TIR: 9,55%

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6.10 Composição do Valor do Arrendamento

O cálculo do valor do arrendamento levou em consideração um valor fixo pela área a ser ocupada pelo arrendatário, acrescido dos valores a serem pagos pela sua movimentação de cargas.

O valor de arrendamento será determinado mediante a seguinte fórmula: VA = Pf + Pv

Onde:

• VA – Valor do Arrendamento

• Pf – Parcela fixa a ser paga em função da área ocupada no arrendamento • Pv – Parcela variável a ser paga pela movimentação de cargas

A seguir estão apresentados os critérios utilizados para o cálculo dos valores a serem pagos em cada uma das parcelas acima descritas.

A parcela fixa (Pf) é definida em função de uma avaliação imobiliária do lote, levando-se em consideração sua localização. A avaliação é realizada por profissional habilitado que elabora um laudo pericial.

Os valores a serem pagos à título de outorga fixa foram fixados por meio de Laudo Técnico de Avaliação, elaborado pela empresa Porto Melo Engenharia, apresentado anexo, que estabeleceu como para locação da área o valor de R$ 0,90/m² por mês ou o equivalente anual de R$10,80/m². Considerando que a área objeto do arrendamento possui 40.011,35m², a outorga fixa será de R$36.010,22 por mês, igual a R$432.122,58 por ano

A parcela variável (Pv) do arrendamento será paga em função da quantidade de carga movimentada pelo arrendatário.

O valor da parte variável do arrendamento é obtido a partir do cálculo do VPL do Projeto e da outorga fixa, por meio de uma simulação que objetiva igualar a soma das outorgas fixa e variável ao valor do VPL do Projeto.

Dessa forma, o valor unitário referente à parcela variável é igual ao valor que multiplicado pela carga movimentada e somado a parte fixa do arrendamento fará

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com que o VPL seja igual ao VPL do Projeto (R$13.055.891,33), a uma taxa de desconto de 8,30% ao ano.

Conforme permite visualizar a Tabela a seguir, o valor da parcela variável calculado é de R$0,165 (dezesseis centavos e cinco milésimos) por tonelada movimentada.

Ano Movimentação DownPayment Parcela Fixa Parcela Variável Total VPLp Ano 1 0,00 0 0,00 432.122,58 399.005,15 Ano 2 975.976,00 432.122,58 451.241,69 883.364,27 753.152,49 Ano 3 1.058.933,96 432.122,58 489.597,24 921.719,82 725.627,20 Ano 4 1.148.943,35 432.122,58 531.213,00 963.335,58 700.267,19 Ano 5 1.246.603,53 432.122,58 576.366,11 1.008.488,69 676.906,60 Ano 6 1.352.564,83 432.122,58 625.357,23 1.057.479,81 655.392,31 Ano 7 1.467.532,84 432.122,58 678.512,59 1.110.635,17 635.582,93 Ano 8 1.592.273,13 432.122,58 736.186,16 1.168.308,74 617.347,90 Ano 9 1.727.616,35 432.122,58 798.761,99 1.230.884,57 600.566,66 Ano 10 1.874.463,74 432.122,58 866.656,75 1.298.779,33 585.127,90 Ano 11 2.033.793,16 432.122,58 940.322,58 1.372.445,16 570.928,83 Ano 12 2.155.822,00 432.122,58 996.742,51 1.428.865,09 548.845,04 Ano 13 2.285.171,32 432.122,58 1.056.547,06 1.488.669,64 527.993,28 Ano 14 2.422.281,60 432.122,58 1.119.939,89 1.552.062,47 508.289,11 Ano 15 2.567.618,50 432.122,58 1.187.136,28 1.619.258,86 489.654,14 Ano 16 2.721.675,60 432.122,58 1.258.364,45 1.690.487,03 472.015,80 Ano 17 2.884.976,14 432.122,58 1.333.866,32 1.765.988,90 455.306,87 Ano 18 3.058.074,71 432.122,58 1.413.898,30 1.846.020,88 439.465,10 Ano 19 3.241.559,19 432.122,58 1.498.732,20 1.930.854,78 424.432,80 Ano 20 3.436.052,74 432.122,58 1.588.656,13 2.020.778,71 410.156,53 Ano 21 3.642.215,91 432.122,58 1.683.975,50 2.116.098,08 396.586,75 Ano 22 3.860.748,86 432.122,58 1.785.014,03 2.217.136,61 383.677,57 Ano 23 4.092.393,79 432.122,58 1.892.114,87 2.324.237,45 371.386,40 Ano 24 4.337.937,42 432.122,58 2.005.641,77 2.437.764,35 359.673,77 Ano 25 4.598.213,67 432.122,58 2.125.980,27 2.558.102,85 348.503,05 Total 59.783.442,34 10.370.941,92 27.640.824,95 38.443.889,45 13.055.891,33 • VPL: R$13.055.891,33 • Área (m²): 40.011,35

• Outorga Fixa Anual (R$/m²): 10,80 • Outorga Variável (R$/t): 0,462

(21)

6.11 Receitas Totais de Arrendamento

Considerando a movimentação de cargas e os preços a serem cobrados pela outorga fixa e variável, apresentados no sub-item anterior, o Contrato de Arrendamento deverá proporcionar ao Porto de Vitória uma receita total anual crescente conforme apresentado na tabela seguinte.

Ano Parcela Fixa Parcela Variável Total

Ano 1 0,00 432.122,58 Ano 2 432.122,58 451.241,69 883.364,27 Ano 3 432.122,58 489.597,24 921.719,82 Ano 4 432.122,58 531.213,00 963.335,58 Ano 5 432.122,58 576.366,11 1.008.488,69 Ano 6 432.122,58 625.357,23 1.057.479,81 Ano 7 432.122,58 678.512,59 1.110.635,17 Ano 8 432.122,58 736.186,16 1.168.308,74 Ano 9 432.122,58 798.761,99 1.230.884,57 Ano 10 432.122,58 866.656,75 1.298.779,33 Ano 11 432.122,58 940.322,58 1.372.445,16 Ano 12 432.122,58 996.742,51 1.428.865,09 Ano 13 432.122,58 1.056.547,06 1.488.669,64 Ano 14 432.122,58 1.119.939,89 1.552.062,47 Ano 15 432.122,58 1.187.136,28 1.619.258,86 Ano 16 432.122,58 1.258.364,45 1.690.487,03 Ano 17 432.122,58 1.333.866,32 1.765.988,90 Ano 18 432.122,58 1.413.898,30 1.846.020,88 Ano 19 432.122,58 1.498.732,20 1.930.854,78 Ano 20 432.122,58 1.588.656,13 2.020.778,71 Ano 21 432.122,58 1.683.975,50 2.116.098,08 Ano 22 432.122,58 1.785.014,03 2.217.136,61 Ano 23 432.122,58 1.892.114,87 2.324.237,45 Ano 24 432.122,58 2.005.641,77 2.437.764,35 Ano 25 432.122,58 2.125.980,27 2.558.102,85 Total 10.370.941,92 27.640.824,95 38.443.889,45

O valor do contrato monta R$38.443.889,45 (trinta e oito milhões quatrocentos e quarenta e três mil oitocentos e oitenta e nove reais e quarenta e cinco centavos) para o período de 25 anos de contrato.

(22)

7 OBSERVÂNCIA DAS NORMAS LEGAIS

O arrendatário do terminal objeto deste Termo de Referência estará sujeito ao Regulamento do Porto Organizado de Belém, bem como a observância do artigo 5º da Resolução 55 da ANTAQ, que define as prioridades de atracação e operação no porto.

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente Termo de Referência buscou apresentar as condições mínimas exigidas para a formulação de propostas com vistas ao arrendamento do segundo terminal de granéis sólidos de origem vegetal do Porto de Santarém. Qualquer dúvida ou questionamentos sobre o processo de arrendamento devem ser dirigidos, por escrito, à CDP.

Referências

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