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CUPRITA Cu2O. 1. Características: Sistema Cristalino Cor Hábitos Clivagem Cúbico. {111} imperfeita hexaoctaédrico Tenacidade Quebradiça.

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Academic year: 2021

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CUPRITA – Cu2O

A cuprita é um óxido bastante comum, típico de zonas de oxidação de minérios de Cu. Integra minérios de Cu, mas raramente é o principal mineral de minério da jazida.

Os cristais de cuprita, bastante raros, são cúbicos, octaédricos, rombododecaédricos e de formas combinadas. Os maiores cristais alcançaram 14 cm. Há uma variedade de cuprita chamada chalcotrichita na qual os cristais são muito alongados segundo [001], portanto de hábilto capilar/fibroso. Outra variedade é “tile ore”, maciça e de cor vermelho-tijolo. Cuprita pode conter V.

A cor vermelha profunda e o brilho (mais alto que o do diamante) da cuprita a tornariam uma das gemas mais valiosas, mas isto não ocorre devido à sua baixa dureza. São conhecidas pseudomorfoses de malaquita sobre cuprita.

1. Características:

Sistema Cristalino Cor Hábitos Clivagem

Cúbico hexaoctaédrico

Vermelho escuro, púrpuro, às vezes quase

preto. Pode embaçar para cores cinzentas.

Maciço, granular, terroso, esqueletal, capilar, cristais raros.

{111} imperfeita {001} rara.

Estrias são frequentes. Tenacidade

Quebradiça.

Maclas Fratura Dureza Mohs Partição

De penetração, comuns.

Conchoidal a irregular. 3,5 - 4 não

Traço Brilho Diafaneidade Densidade (g/cm3)

Vermelho castanho metálico brilhante. Adamantino a submetálico, terroso. Transparente 6,14 2. Geologia e depósitos:

Ocorre como mineral secundário nas zonas superiores (de oxidação) de veios hidrotermais com sulfetos de cobre, formando-se em condições de alto pH.

Normalmente a cuprita se forma quando minérios da zona de cimentação são alterados. Grandes massas de cuprita ocorrem apenas quando há abundantes carbonatos na vizinhança.

3. Associações Minerais:

Associa-se a minerais primários de Cu como cobre nativo, calcopirita, bornita e calcocita.

Ocorre com minerais secundários de Cu como malaquita, azurita, covellita, connellita, tenorita, brochantita, paramelaconita, antlerita, atacamita, crisocola e delafossita, entre muitos outros.

Também associa-se a quartzo, calcita, pirita, marcassita, prata nativa, cerussita, óxidos de Fe (goethita) e argilominerais.

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4. MICROSCOPIA DE LUZ TRANSMITIDA: Índices de refração: n= 2,849

ND Cor / pleocroísmo: pleocroísmo anômalo é comum. As cores são vermelhas em seções espessas

passando e amarelo-laranja, amarelo e amarelo-limão em seções progressivamente mais finas.

Relevo: muito alto.

Clivagem: raramente visível.

Hábitos: maciço, cristais octaédricos ou cúbicos, raramente dodecaédricos.

NC Birrefringência e cores de interferência:

isótropo, mas pode apresentar anisotropia anômala. Além disso, a cor própria, muito forte, mascara outros efeitos ópticos.

Extinção: isótropo.

Sinal de Elongação: isótropo.

Maclas: isótropo.

Zonação: isótropo.

LC Caráter: isótropo. Ângulo 2V: isótropo.

Alterações: sem informações.

Pode ser confundida com: goethita pode apresentar cores semelhantes. A associação de cuprita com

cobre nativo e outros minerais secundários de cobre como malaquita, azurita e crisocola é muito típica.

Cuprita (vermelha), crisocola (verde-azulada) e cobre nativo (preto) a ND (à esquerda) e a NC (à direita). As cores intensas da cuprita e crisocola mascaram eventuais cores de interferência.

Observando a lâmina delgada a olho nu a cor vermelha intensa da cuprita se destaca.

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5. MICROSCOPIA DE LUZ REFLETIDA:

Preparação da amostra: o polimento da cuprita é um pouco difícil e precisa ser executado com cuidado. Às

vezes a porosidade torna o polimento mais difícil. A dureza ao polimento é maior que as durezas de cobre nativo, tenorita, calcocita e calcopirita, mas um pouco menor que a dureza da goethita.

Cristais isolados ou agregados podem ser bastante porosos, cimentados por limonita, mais raramente cimentados por tenorita.

ND Cor de reflexão: Cinza-azulada ou cinza-branco com um tom azul.

Comparada com a cor do cobre nativo, a cor da cuprita é muito mais escura e azul acinzentada.

Comparada com a cor da calcocita, a cor da cuprita é mais escura e esverdeada e azul-sujo.

Comparada com a cor da hematita, a cor da cuprita é algo mais escura, com um tom de azul acinzentado.

Pleocroísmo: Muito fraco em tons cinza-azulados a verde.

É necessária uma observação atenta pelos limites intergranulares para reconhecer o pleocroísmo.

Refletividade: 24,62 – 25,5% Birreflectância: Não.

NC Isotropia / Anisotropia: Deveria ser isótropo, por ser um mineral cúbico.

Mas sempre apresenta, quando granular grosseiro, anisotropia anômala distinta em cores esverdeadas (verde-oliva) a azuladas (azul-cinza profundo, azul profundo), às vezes violetas e verde-esmeralda.

Esta anisotropia pode ser melhor observada nos limites intergranulares. Para esta observação os nicóis devem ser descruzados um pouco (2º).

Reflexões internas: Abundantes reflexões internas em vermelho-sangue a vermelho-profundo, sempre visíveis e altamente diagnósticas.

Pode ser confundida com: outros minerais com reflexões vermelhas.

Proustita e pirargirita são muito menos duras. Cinábrio e realgar ocorrem em outras paragêneses. Zincita é muito rara e mostra outra cor de reflexão.

Goethita também apresenta reflexões internas vermelhas e pode ocorrer associada.

Forma dos grãos: cristais bem formado podem ser encontrados ocasionalmente, por exemplo nas paredes de cavidades. Geralmente maciça ou terrosa, ambos os hábitos ocorrem juntos. Quando granular, pode ser granular pan-idiomórfica, com grãos intensamente intercrescidos. Ocorrem formas esqueletais ou então porosas ou cimentadas por goethita posterior, raramente por tenorita.

Clivagem paralela a (111) pode ser observada apenas muito raramente. Maclas não apresenta.

Deformações não apresenta.

Zonação é bastante rara, mas nestes casos muito típica, marcada por inclusões ou finas crostas de tenorita ou carbonatos de cobre.

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Mirmequitos de galena em cuprita podem ocorrer.

Inclusões finas lamelares de cobre nativo estão quase sempre presentes, não se trata de substituição. Podem ocorrer inclusões de cuprita em goethita.

Substituições 1: em função do ambiente de formação, substituições são bastante comuns. A cuprita pode substituir cobre nativo e a calcocita (na forma de redes, dendrites e associada a goethita). Também pode substituir cristais aciculares de malaquita.

Esquerda: cobre nativo (cor “vermelho do cobre”) e cuprita (azulada) a ND. A associação de cuprita com

cobre nativo e outros minerais de cobre é muito comum.

Direita: a mesma imagem a NC. Cobre nativo é isótropo e mostra muitos sulcos de polimento. Cuprita

apresenta reflexões internas vermelhas em um padrão muito típico.

Cuprita a NC. Com algum cuidado é possível observar a anisotropia anômala que a cuprita apresenta.

A NC, cuprita granular grosseira e com menor quantidade de reflexões internas vermelhas, permitindo observar muito bem as cores de anisotropia anômalas típicas.

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Versão de novembro de 2020

A ND, cuprita (azulado) desenvolvendo-se dentro e ao redor de cobre nativo (rosa-brilhante). Em cinza escuro, outros minerais de alteração de cobre. À direita, duas imagens de detalhe da distribuição altamente simétrica das gotículas de cuprita no cobre nativo.

A NC, cristais idiomórficos (octaedros) vermelhos, muito pequenos, de cuprita em cavidade de minério oxidado de Cu.

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