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ACESSIBILIDADE DE AGRICULTORES FAMILIARES NO MUNICÍPIO DE ITAJUBÁ-MG: O PONTO DE VISTA DOS USUÁRIOS

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ACESSIBILIDADE DE AGRICULTORES FAMILIARES

NO MUNICÍPIO DE ITAJUBÁ-MG: O PONTO DE VISTA

DOS USUÁRIOS

Elisa Sakamoto

Mariza Helena Machado

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ACESSIBILIDADE DE AGRICULTORES FAMILIARES NO MUNICÍPIO DE ITAJUBÁ-MG: O PONTO DE VISTA DOS USUÁRIOS

Elisa Sakamoto Mariza Helena Machado

Josiane Palma Lima

Universidade Federal de Itajubá RESUMO

Este trabalho tem por objetivo apresentar uma análise das condições de acessibilidade de produtores rurais familiares, de acordo com sua opinião e avaliação, a fim de verificar o perfil sócio produtivo e as dificuldades de acesso enfrentadas, de modo a dar subsídios ao planejamento sustentável de mobilidade rural do Município de Itajubá, MG. A coleta de dados em campo foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e questionário. Os resultados apontam a necessidade de planejamentos e investimentos em infraestrutura de transportes para a produção familiar, já que 80% dessas famílias não possuem outra fonte de renda e 12% dos entrevistados perdem parte da produção por falta de acessibilidade. Em relação às características de acessibilidade, constatou-se que as condições das estradas, principalmente na época das chuvas é o fator impeditivo mais relevante para o acesso, sendo a falta de manutenção um dos itens que mais contribuem para esse quadro.

ABSTRACT

This work aims to present an analysis of the conditions of access of family farmers, according to their opinion and assessment, in order to verify the socio-productive profile and the difficulties of access they face,so as to give subsidies to the sustainable mobility planning in rural areas of Itajubá, MG. The field survey was conducted through semi-structured interviews and questionnaires. The results indicate the need for planning and investment in transport infrastructure for family farming, considering that 80% of those families have no other source of income and 12% of those interviewed lose part of their production due to lack of accessibility. Regarding accessibility, it was found that the condition of the roads, especially during the rainy season, is the most important impediment, and lack of maintenance of the roads contributes to that.

1 INTRODUÇÃO

Os conceitos e estudos sobre a acessibilidade são amplamente discutidos na literatura e sua análise e avaliação são de suma importância e estão relacionadas com as possibilidades das pessoas para se chegar e alcançar bens e serviços, transformando-os em oportunidades, e assim promovendo o desenvolvimento do território. (Campos e Ramos, 2005; Santos, 2012). Segundo Tobias et al., (2012) os estudos sobre a acessibilidade são bem discutidos no contexto urbano há aproximadamente duzentos anos, contudo, em relação aos espaços rurais esses estudos não acontecem na mesma medida.

O espaço rural, apesar de apresentar baixa densidade demográfica e população dispersa, possui dificuldades específicas de acesso, inclusive em relação ao que se refere à produção da agricultura familiar, que depende das boas condições de acesso das propriedades, fazendas, laticínios, etc. para comercialização e escoamento da produção, bem como o suprimento da necessidade de acesso a bens e serviços da população rural como um todo, como sugere Santos (2012) ao considerar que a plena cidadania é prescindida do componente territorial, com uma acessibilidade semelhante a todos aos bens e serviços.

Atualmente são amplamente estudadas por diversas áreas do conhecimento, as questões envolvendo o Desenvolvimento Rural, tornando o tema recorrente no âmbito das pesquisas e nas formulações de diretrizes de diversas esferas. O desafio deste desenvolvimento aborda a dualidade do mundo rural, e precisa suplantar as diferenças em termos de planejamento público, de políticas públicas e as disparidades de terras existentes entre a agricultura patronal e a familiar (Filippi, 2011).

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O desenvolvimento rural também vem sendo analisado a partir da noção de territórios, e tornou-se base para concepção de diversas políticas públicas que abrangem aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais, de forma a promover um desenvolvimento mais sustentável no território (MDA/SDT, 2003). Dessa forma, muitos estudos, programas e projetos abordam a noção de territórios, em que compreendem tanto o ambiente rural quanto urbano de uma dada localidade, explicitando que o ambiente rural e urbano não estão desvinculados nos processos de planejamento de desenvolvimento, pois as interações sociais ocorrem nestes espaços de forma cada vez mais integrada. (Abramovay, 1998; Silva, 1999; Veiga, 2007; Miranda, 2011).

Assim, este estudo tem por objetivo analisar as condições de acessibilidade de produtores rurais familiares, segundo seu próprio julgamento, a fim de verificar o perfil desses produtores e as dificuldades de acesso enfrentadas, de modo a dar subsídios ao planejamento sustentável de mobilidade rural, fornecendo uma amostra dos principais problemas encontrados pelos produtores rurais em relação à acessibilidade aos locais de interesse. A coleta de dados foi realizada na zona rural do município de Itajubá, MG e abordou a agricultura familiar do Município por sua relevância local, com 866 estabelecimentos familiares (IBGE, 2009) correspondendo a 87,82% dos estabelecimentos agropecuários do Município e responsáveis por abastecer parte da demanda local de alimentos, sendo uma importante fonte de renda e trabalho (PMI, 2013).

2 ACESSIBILIDADE E PRODUTORES RURAIS FAMILIARES

De acordo com Santos (2008) é possível estabelecer uma relação entre falta de acessibilidade e a incidência de pobreza e exclusão social, tanto em grandes centros urbanos, quanto em zonas rurais, pois em ambos os espaços há a presença de formas variadas de desvantagens de localização, assim a melhoria da acessibilidade pode contribuir para o aumento das oportunidades e para a qualidade de vida. Ao abordar a questão da acessibilidade nos espaços rurais, o presente trabalho não pode deixar de fora da discussão a importância da Agricultura familiar na atualidade, bem como sua noção de multifuncionalidade, que entende que a Agricultura familiar é responsável e mantenedora de bens públicos relacionados com o meio ambiente, a segurança alimentar e o patrimônio cultural (Maluf, 2002), considerando a interação entre as famílias rurais e o território na dinâmica de reprodução social, levando em conta os modos de vida das famílias na sua integridade e não apenas seus componentes econômicos.

De forma geral a agricultura familiar é uma forma de produção agrícola, normalmente diversificada em que predomina a gestão e o trabalho familiar. São produtores que dirigem a propriedade junto com a família e também o processo produtivo, sendo a mão de obra essencialmente da família, inclusive a renda familiar é proveniente principalmente destas atividades vinculadas ao estabelecimento. Atualmente os parâmetros com relação à Agricultura familiar se baseiam na Lei nº 11.326 (BRASIL, 2006) que permitiu essa delimitação conceitual tão necessária inclusive para obtenção de informações oficiais, para as políticas públicas relacionadas ao desenvolvimento rural.

Assim, a agricultura de propriedade familiar é caracterizada por estabelecimentos em que a gestão e o trabalho estão intimamente ligados, ou seja, os meios de produção pertencem à família e o trabalho é exercido por esses mesmos produtores em uma área relativamente pequena ou média. Dessa forma, segundo a classificação da FAO/ INCRA (INCRA, 2000) e

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Molina Filho e Burke (1979), os agricultores familiares estariam classificados em três eixos: consolidados, em transição e periféricos ou de subsistência (Tabela 1).

Tabela 1: Classificação da Agricultura Familiar

Consolidados Produtores que procuram maior assistência técnica e creditícia. Possuem boa liderança na comunidade e bom poder de análise e gerenciamento. São propriedades geralmente menores que 100 ha com concentração próxima a 50 ha.

Em transição Produtores que buscam a assistência técnica e creditícia com menor intensidade. Possuem relativo poder de analise e gerenciamento. São propriedades geralmente menores que 100 ha com concentração próxima a 20 ha.

Periféricos ou de Subsistência

A utilização do crédito rural é nula ou incipiente, devido à falta de acesso por inviabilidade econômica. Geralmente tem dificuldades quanto ao gerenciamento da propriedade. São propriedades geralmente menores que 50 ha com concentração abaixo de 20 ha.

Fonte: FAO/INCRA 2000

Perondi e Ribeiro (2000) enfatizam que a agricultura familiar possui um caráter pluriativo por ter a capacidade de combinar atividades agrícolas e com outras não agrícolas, além de poder buscar algum rendimento fora do estabelecimento produtivo, numa atividade de comércio ou prestação de serviços. A integração dessas atividades pelo produtor pode ser responsável por impulsionar um maior dinamismo para o desenvolvimento da região.

Os conceitos e definições de mobilidade e de acessibilidade são muito diversificados na literatura, entretanto o que se nota é que mediante a necessidade de se elaborar políticas públicas de uso do solo e ações no espaço, se torna essencial considerar ambos os conceitos, pois ao mesmo tempo em que aparecem distintos em termos de definições, na prática os dois se complementam. Segundo Alves e Raia Júnior (2009) a mobilidade urbana pode ser compreendida como a facilidade de deslocamentos de pessoas e bens dentro de um espaço urbano, e a acessibilidade como o acesso da população para realizar suas atividades e deslocamentos.

A acessibilidade pode ser então assim explicada, segundo Araújo et al., (2011) como uma relação entre as pessoas e os espaços, e que, independentemente da realização de viagens, mede o potencial ou oportunidade para deslocamentos à atividades escolhidas. Portanto, a acessibilidade está diretamente relacionada à qualidade de vida da população, de forma a possibilitar o aumento e a facilidade com que as pessoas possam participar de atividades do seu interesse. Também pode ser considerada uma das questões-chave de transporte e ordenamento do território, e estudos que revelem maiores informações sobre este tema nos diferentes espaços, pode vir a contribuir de forma significativa para um desenvolvimento com maior sustentabilidade, em que as pessoas podem ter acesso às oportunidades de forma mais equitativa e justa (Ministério das Cidades, 2004).

Isto significa que a acessibilidade não depende apenas da localização de oportunidades, mas também da facilidade de superar a separação espacial entre os indivíduos e lugares específicos. Entretanto, percebe-se também uma carência de estudos desta área para o contexto rural, dessa forma, estudos de acessibilidade podem contribuir para um planejamento que integram o espaço urbano e rural, de forma a contribuir para um desenvolvimento em que as pessoas possam ter igualdade de acessos e consequentes oportunidades.

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Denardi et al., (2000) afirmam que a realidade socioeconômica de um município e seu desenvolvimento é reflexo do seu entorno, sendo que as possibilidades de desenvolvimento local e territorial são em boa medida, condicionadas e determinadas pela disponibilidade de infraestrutura social básica, pelas condições e meios de transporte e acesso a mercados, entre outros fatores.

Assim, a análise da acessibilidade está associada aos lugares e às suas características, ou seja, os estudos de caracterização da estrutura territorial tem sido essenciais aos estudos de planejamento dos transportes e na avaliação de projetos (Ribeiro, 2011). Por fim, a acessibilidade pode ser avaliada de várias maneiras, em função do propósito que se pretende atingir. Neste trabalho, apresenta-se um estudo preliminar com levantamento de dados que permitam, no futuro, uma análise mais aprofundada da área de estudo.

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

A metodologia se apoiou no levantamento de dados a partir de fontes diversas, como IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Fundação João Pinheiro, EMATER/MG (Empresa de Assistência e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais), Prefeitura Municipal de Itajubá, junto à Secretaria de Agricultura bem como um levantamento em campo por meio de entrevista semiestruturada e questionário com produtores rurais familiares.

O trabalho utilizou uma metodologia qualitativa descritiva por meio de um estudo de caso no Município de Itajubá-MG, sendo que o levantamento de campo foi realizado por meio de duas etapas. A primeira teve como objetivo um levantamento preliminar sobre o universo da pesquisa. Foram realizadas entrevistas em feiras livres de produtos agrícolas e no CEASA (Centro Estadual de Abastecimento S/A). Este levantamento foi importante, pois verificou a necessidade de ampliar a amostra de pesquisa (propriedades produtivas rurais). Na segunda etapa foi desenvolvido um questionário com critérios que selecionam a propriedade familiar. Este questionário foi aplicado em campo nas propriedades rurais, com o intuito de levantamento de dados socioprodutivos e sobre acessibilidade. O questionário possibilitou ainda validar o universo e o objeto de pesquisa com relação à agricultura familiar.

Dadas às condições de abordagem, optou-se por realizar entrevistas semiestruturadas, tendo na composição do questionário, tanto questões fechadas como abertas. Foi utilizado também um GPS portátil, para obtenção da localização das propriedades. Estes dados foram tratados no Sistema de Informação Geográfica SIG – ArcGIS para espacializar as informações coletadas da área de estudo, permitindo maior facilidade das análies.

4 ESTUDO DE CASO

A região Sul de Minas, localidade do Município, tem como característica em sua estrutura agrária a grande presença de pequenas e médias propriedades rurais e a produção agrícola do Município se destaca pela produção de leite, café, banana e olerícolas, entre outras (IBGE, 2010). O município de Itajubá está localizado no sul do estado de Minas Gerais, na Serra da Mantiqueira e pertence à Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí. É o município-polo da microrregião de Itajubá, e sua localização é privilegiada, pois se encontra próxima a outras Microrregionais expressivas, sendo que a área da unidade territorial do Município é de 294,835 km2, e sua densidade demográfica é de 307,49 hab/km2 (IBGE, 2010). Segundo o Censo Demográfico de 2010, Itajubá possui 90.658 habitantes, sendo que 8,71% são

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residentes rurais, o que configura uma população tipicamente urbana, contudo, a área rural representa cerca de 74,53% do total do município (IBGE, 2010).

4.1 Perfil dos Entrevistados

Nas pesquisas em bases de dados secundários e nas várias fontes existentes, foi possível verificar a grande complexidade de significados que englobam o conceito da agricultura familiar, fato que dificultou a identificação e comparação das estimativas geradas pelas Instituições de pesquisa de referência, devido a utilização de diferentes unidades básicas nos levantamentos rurais, com termos e conceitos não comparáveis entre si. Então para analisar os conceitos de estabelecimentos agropecuários produtivos com os conceitos de Agricultura familiar, esta pesquisa se orientou basicamente pelos conceitos e dados do Censo Agropecuário de 2006 que se baseia na Lei nº 11.326, da Agricultura Familiar, levantamentos que são divulgados pelo IBGE (2009).

O objeto de estudo em questão se refere a acessibilidade para fins de trabalho, escola e bens e serviços dos estabelecimentos agropecuários familiares produtivos existentes no Município, independentemente das condições de posse da terra, mas abordando apenas as unidades de produção familiares dedicadas a atividades agropecuárias com finalidade de mercado. Priorizam-se desta forma, os produtores que precisam escoar a produção e considera-se como produto agropecuário, qualquer cultivo do solo com culturas permanentes ou temporárias. Portanto segundo os dados da Tabela 2 existem 866 estabelecimentos agropecuários familiares no município, que pela definição se referem a toda produção dedicadas, total ou parcialmente a atividades agropecuárias, sob a administração familiar, independente da finalidade da produção, ou seja, tanto de subsistência como de mercado.

Tabela 2: Número de Estabelecimentos da Agricultura Familiar e Não Familiar na zona rural de Itajubá e microrregião

Município Agricultura Familiar (Lei 11.236) Não Familiar Estabelecimento Área (ha) Estabelecimento Área (ha)

Microrregião Itajubá 5962 81668 1227 95515

Itajubá 866 9356 120 7204

Fonte: IBGE (2009), Censo Agropecuário 2006.

Outro critério para otimizar as visitas, foi procurar explorar áreas maiores entre uma propriedade e outra, para conseguir abranger maior diversidade entre os locais. Bem como foram priorizados bairros rurais com maior expressão da produção agropecuária. Dessa forma, a amostra estabelecida se baseia numa amostragem não probabilística por acessibilidade, sendo selecionada a campo, com a efetivação das entrevistas com os produtores rurais familiares que foram possíveis de contatar nos dias da visita.

A Figura 1 apresenta um mapa da localização dos 132 produtores rurais familiares, de acordo com a sua produção agropecuária, desenvolvido com o uso do SIG – ArcGIS. Dessa forma foi possível verificar que em sua maioria, os agricultores entrevistados são produtores de leite (37%), de olerícolas (36%), gado de corte (9%), banana (8%), aves de corte (3%), suínos (2%) e também 5% trabalham com turismo rural em sua propriedade. Saber o que é produzido e comercializado na propriedade e também verificar a diversificação na produção de alimentos da agricultura familiar contribui para a compreensão do estudo como um todo, principalmente das necessidades de deslocamento.

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Figura 1: Localização das propriedades rurais familiares e a sua produção agropecuária no Município de Itajubá.

Como perfil, a maioria dos produtores entrevistados (80%) não possui outra fonte de renda, sendo totalmente dependentes da venda na comercialização da produção agropecuária. Os outros 20% tem renda proveniente de aposentadoria (58%), outras ocupações (23%) e renda extra com algum tipo de comércio na própria propriedade (19%) refletindo o que já também vem sendo constatada na literatura, essa relação da agricultura familiar com a pluriatividade (Schneider, 2006).

Segundo a Tabela 3 pode-se verificar que apenas 24% vendem diretamente ao consumidor final, no caso da venda em feiras, em que o próprio produtor comercializa a produção e na própria propriedade, aonde o consumidor realiza a compra direta com o produtor. 54% comercializam utilizando pelo menos um intermediário, como ocorre quando o produtor vende para supermercados, CEASA, laticínios etc. E 43% comercializam utilizando pelo menos dois intermediários, em que, por exemplo, o produtor vende para o intermediário que vende para o supermercado, CEASA, laticínios etc. Pode-se observar também que apenas 4% da produção tem destino fora do Município, ressaltando a predominância do abastecimento local.

Tabela 3: Forma de comercialização da produção agropecuária.

Forma de comercialização Frequência (%) % Acumulada

Supermercado 17 9 9

Prefeitura – via APRIR 7 4 13

Na porteira 27 14 27 Frigorífico 9 5 32 Laticínios 34 18 50 Feira 18 10 60 Cooperativa 4 2 62 CEASA 31 16 78 Intermediário local 35 18 96 Intermediário intermunicipal 8 4 100 Total 190 100

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O agricultor familiar enfrenta inúmeros desafios, sendo que a produção e a comercialização de forma individualizada, que visa atender um mercado sempre exigente e conseguir um preço justo se tornam cada vez mais difíceis, e que por estas situações se fazem necessárias um repensar sobre a criação de estratégias, sejam individuais ou coletivas que possibilitem a melhoria das condições ao acesso a mercados dos produtores.

4.2 Características de Acessibilidade

A segunda parte do questionário teve como objetivo obter informações sobre comportamentos, opiniões e a percepção do produtor para questões sobre interesses, dificuldades enfrentadas e modos de deslocamento utilizados. Por se tratar de questões mais subjetivas, as questões foram abordadas de forma mais aberta, por meio de do diálogo com os produtores e obtenção de entrevistas;

Dos produtores pesquisados, 46% relatam que possuem dificuldades principalmente com as condições ruins das estradas de terra. Os principais problemas citados foram atoleiros, excesso de buracos e afloramento de rochas no leito da estrada, 27% possuem dificuldades com desmoronamentos ou pontos de deslizamento de terra, e 27% dos entrevistados sofrem com quedas de barreira como árvores, pedras e pontes. Em campo foram observados que as áreas de pasto contribuem de certa forma com a erosão e até surgimento de voçorocas, e também com uma maior velocidade de escoamento de água na superfície do solo, que acaba facilitando a perda de solo desses terrenos na época das chuvas. Como as visitas foram realizadas em um período de longa estiagem, as condições observadas devem se tornar muito mais preocupante na época das chuvas, e como relatado, a frequência de desmoronamentos e queda de barreiras é muito significativa, prejudicando e até impedindo o transporte de passageiros via ônibus circular ou van escolar, e o transporte de cargas por meio de caminhão e automóvel.

O produtor quando questionado sobre a frequência que sente dificuldade de acesso ou deslocamento, 56% relatam que no verão, época de alta precipitação as condições das estradas costumam piorar e sentem durante este período, muitas dificuldades relacionadas às pioras das condições das estradas e às maiores incidências de desmoronamentos e quedas de barreiras, mas apesar disso, para 20% as condições ruins das estradas são observadas durante o ano inteiro, sobretudo por causa de falta de manutenção, ou pela manutenção realizada de forma incorreta e não eficaz. Para os 24% dos entrevistados que declararam não ter nenhuma dificuldade ao longo do ano, foi observado que estes entrevistados estão muito bem localizados e possuem fácil acesso a alguma rodovia, o que facilita tanto o deslocamento como o acesso ao transporte público.

Os entrevistados relatam que as condições atuais estão boas em vistas das condições anteriores, a maioria quando questionados acerca da qualidade de acesso de seu bairro, declararam “boas” apesar de relatarem certas dificuldades com atoleiros em épocas de chuva, período em que o caminhão não chega até as propriedades para recolher a produção, nem ônibus ou van escolar percorrem toda a linha para buscar os passageiros, e que por isso precisam percorrer, muitas vezes a pé, longa distância para ter o acesso à estes serviços. A figura 2 apresenta a avaliação dos produtores com relação às dificuldades que enfrentam com a acessibilidade. O que pode ser observado é que a avaliação dos produtores variou principalmente em função de fatores como a distância, a topografia do terreno e com as condições das estradas do local.

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Figura 2: Avaliação da qualidade de acesso com relação às dificuldades encontradas. Dos entrevistados, 32,5% declararam não possuir nenhuma dificuldade de acesso, porque estão bem localizados, principalmente pela proximidade de rodovias ou porque as condições de acesso, mesmo que distantes se encontram boas. Os 67,5% restantes declararam possuir de pouca a muita dificuldade de acesso, como mostra o gráfico da figura 2, sendo que 31,1% possuem muita dificuldade.

O relato mais comum dos entrevistados foi o estado das estradas de terra, que apresentam má conservação pela falta de manutenção. Em relação à distância, Observou-se que quanto maior a distância aos centros consumidores, bens e serviços, maior a dificuldade de acesso, com maior tempo e valores gastos com transporte. E ao se tratar de estradas rurais em sua maioria vicinais e sem pavimentação, é importante considerar também a sua distância até as principais vias de acesso, como as rodovias que cortam o Município.

A topografia do terreno influenciou na avaliação dos entrevistados, quanto maior a declividade do terreno, maior a dificuldade de deslocamento foi encontrada. Inclusive na incidência de desmoronamentos e quedas de barreiras. E pode-se analisar que as condições das estradas também interferem nas dificuldades observadas, em vias pavimentadas o deslocamento é mais fácil, se não é pavimentada, as condições de conservação afetam a facilidade de deslocamento, assim, estradas com quedas de barreiras (Figura 3a), buracos e atoleiros no seu leito (Figura 3b) e afloramento de rochas (Figura 3c) podem até impedir o deslocamento e o acesso aos locais de interesse.

(a) (b) (c)

Figura 3: Condições das estradas

Quanto às perdas de produção devido às condições de acesso, pôde-se observar que 12% perdem produção por não ter o acesso para escoar ou comercializar a produção, neste caso considera-se que estes produtores sofrem diretamente com a falta de acesso, com a impossibilidade de deslocamento, quando este fica sem passagem e não consegue escoar a

32,5% 16,7% 19,7% 31,1% 0 10 20 30 40 50 Ótima -nenhuma dificuldade -0 Bom - pouca dificuldade -1 Regular -média dificuldade -2 Ruim - muita dificuldade -3

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produção e o produto fica inviabilizado para comercialização. Esses valores aumentam quando essas perdas se dão por causas indiretas, porém relacionadas com a acessibilidade, tais como aumento de custos na manutenção com o veículo que fica danificado pela má conservação dessas estradas, com maiores gastos com combustíveis para percorrer um trajeto alternativo, muitas vezes mais longo, com gasto de tempo a mais dedicada a este transporte. Assim, 33% dos entrevistados declararam ter o custo com o transporte aumentado por causa desses fatores, e consequentemente, o aumento do custo de produção e redução do ganho líquido na receita. Verificou-se também que 46% dos entrevistados utilizam como principal meio de transporte o caminhão, destes entrevistados a maioria são produtores de leite e gado de corte, em que comumente o caminhão do laticínio, cooperativa ou do frigorífico realiza a coleta desses produtos, 42% utiliza automóvel como meio de transporte, aqui nesta categoria se incluem automóveis utilitários, caminhonetes, motocicletas, etc. e são representados em sua maioria por produtores de olerícolas, leite e frutas. Dos produtores, 12% utilizam meio de tração animal para escoar sua produção, verificou-se uma maior diversidade de produtos comercializados por este meio de transporte, mas principalmente olerícolas e leite. Já, para o acesso a bens e serviços, tais como acesso a lazer, hospitais, supermercados, farmácias, etc., o meio de transporte mais utilizado é o automóvel (52% dos entrevistados), seguido pelo ônibus (43%), conforme o gráfico apresentado na figura 4a, o que revela grande de dependência do transporte público da população rural, principalmente daqueles que não possuem automóvel. Com o intuito de analisar a acessibilidade da população rural aos equipamentos de ensino, foram realizadas visitas junto à Secretaria de Educação, à Secretaria de Transportes e à Superintendência de Ensino com entrevistas de seus respectivos representantes. Segundo informações coletadas junto à Secretaria de Educação do Município de Itajubá, no Departamento de Cadastro Escolar, verificou-se que o Município possui 859 alunos do Ensino fundamental da zona rural, sendo que 563 alunos utilizam transporte Escolar Municipal para chegarem às escolas mais próximas de suas residências. Como não há escolas com Ensino Médio na zona Rural, os estudantes precisam se deslocar para escolas urbanas e faz do transporte público o principal meio de transporte utilizado, como mostra a figura 4b. A pesquisa pode constatar a grande relevância do transporte público para a população rural ao acesso à educação, saúde, bens e serviços, já que muitas vezes é o principal meio de transporte coletivo disponível na zona rural. Nesse sentido, foi realizada uma análise abordando a qualidade do transporte público para os usuários, já que 77,8% dos entrevistados declararam serem usuários com frequência.

(a) (b)

Figura 4: Meio de transporte utilizado para acesso a bens e serviços e escola.

3 3 74 89 2 0 20 40 60 80 100 3 37 44 20 0 10 20 30 40 50

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Dessa forma, na Tabela 4 pode ser observado que 30% dos usuários consideram o transporte público de ótima qualidade.

Tabela 4: Avaliação da qualidade do transporte público pelos usuários

Como avalia a qualidade do transporte público Frequência % % Acumulada Ótima - não encontram nenhum problema - 0 40 30 30

Bom - encontram poucos problemas - 1 22 17 47

Regular – encontram problemas razoáveis- 2 26 20 67

Ruim - encontram muitos problemas - 3 21 16 83

Não é usuário 23 17 100

Total 132 100

Conforme a Figura 5, um fator que pode contribuir para o uso do transporte público é a facilidade que a população tem com relação à proximidade aos pontos de ônibus, sendo que 65% declaram que possuem acesso ao transporte público próximo à propriedade. Percebe-se ainda que 49% dos entrevistados não têm problemas com atrasos e 63% diz que o ônibus tem boa frequência.

Figura 5: Distância percorrida para acesso a transporte público (km)

Ainda assim, alguns problemas foram levantados conforme a tabela 5, ressaltando a importância das condições das estradas para a utilização do transporte público. Sendo que, para os 23 entrevistados que não são usuários (17%), o principal fator impeditivo para não serem usuários é a distância até o ponto de ônibus, pois teriam de percorrer uma distância maior que 5 km a pé. Outros problemas como a falta de horários também foram citados, para 19% dos entrevistados é necessário o ônibus fazer a linha mais vezes ao dia, esse fator também pode colaborar para que outro problema se agrave, como o excesso de passageiros no ônibus, principalmente nos horários de maior demanda.

Tabela 5: Principais problemas relatados pelos entrevistados com relação ao transporte público.

Dificuldade com Transporte Público Frequência (%) % Acumulada Fica sem ônibus quando a estrada fica ruim 14 11 11

Falta horário 25 19 30

Distância até o ponto 11 8 38

Ônibus lotado 3 2 40 Atrasos 25 19 59 Valor da passagem 19 14 73 Manutenção do ônibus 1 1 74 Nenhum comentário 34 26 100 Total 132 100 65% 11% 8% 3% 5% 8% 0 a 1 1,1 a 2 2,1 a 3 3,1 a 4 4,1 a 5 mais que 5

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5. CONCLUSÕES

Com esta pesquisa, obtiveram-se informações que permitem diagnosticar a existência do problema de acessibilidade na zona rural do Município, e que isto afeta a vida dos produtores rurais, já que 67,5% dos entrevistados declaram ter alguma dificuldade de acesso. Os resultados apontam a necessidade de investimentos em infraestrutura de transportes para a produção familiar, já que 80% dessas famílias não possuem outra fonte de renda. A escolha da técnica para coleta de dados se baseou principalmente levando em consideração as condições disponíveis para a pesquisa, assim, a técnica de coleta de dados por meio de entrevistas e questionários se mostrou bastante eficaz na obtenção de informações referentes aos comportamentos, necessidades, opiniões e preferências dos produtores (Gil, 2008).

Verificou-se também que 12% dos entrevistados perdem parte da produção por questões de acessibilidade. No geral o acesso fica muito prejudicado, tanto pela distância, quanto pelas condições das estradas. Os problemas relacionados às condições das estradas, principalmente na época das chuvas, tais como atoleiros no leito da estrada com falta de canais de drenagem, desmoronamentos e quedas de barreiras são os fatores impeditivos mais relevantes para o acesso, sendo a falta de manutenção um dos itens que mais contribui para esse quadro.

Foi constatada a grande relevância do transporte público para a população rural, já que 77,8% dos produtores entrevistados são usuários frequentes, principalmente ao acesso à educação, já que muitas vezes é o principal meio de transporte coletivo disponível na zona rural. Apesar da qualidade do transporte público ter sido bem avaliado de forma geral, certas medidas ainda se fazem importantes em alguns locais, seja pela distância, que é um dos fatores que impedem o acesso de algumas pessoas ao transporte público, ou por atrasos e falta de horários que fazem as linhas de modo ainda insatisfatório. Por fim, os resultados desta pesquisa serão utilizados em pesquisas futuras sobre acessibilidade rural e contribuíram para reforçar que estudos sobre acessibilidade na zona rural são importantes para agricultura familiar e para a população rural de forma geral, pois dela depende a qualidade de vida e desenvolvimento sustentável da região.

Agradecimentos

Os autores agradecem ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), à FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais) e a CAPES pelo apoio financeiro concedido aos projetos que subsidiaram o desenvolvimento deste trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Abramovay, R. (1998) Agricultura familiar e desenvolvimento territorial. Reforma agrária, 28(1), 2.

Alves, P. e Raia Junior, A. A. (2009) Mobilidade e Acessibilidade Urbanas sustentáveis: A gestão da mobilidade no Brasil. Anais do VI Congresso de Meio Ambiente da Associação de Universidades Grupo de Montevidéu, UFSCar, São Carlos-SP.

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Elisa Sakamoto

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