• Nenhum resultado encontrado

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE"

Copied!
29
0
0

Texto

(1)

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Análise da utilização do demonstrativo financeiro

fluxo de caixa como ferramenta gerencial

Por: BIANCA GENESIO FERNANDES

Orientadora Profª. Emília Parenti

Rio de Janeiro 2005

(2)

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Análise da utilização do demonstrativo financeiro

fluxo de caixa como ferramenta gerencial

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Finanças e Gestão Corporativa.

(3)

AGRADECIMENTOS

Aos professores e pessoas que, direta e indiretamente, contribuíram para a realização dessa monografia. A Deus pela luz que sempre está presente no meu caminho.

(4)

Dedico este trabalho monográfico a minha família por tudo que fazem e representam na minha vida.

RESUMO

Este estudo trata da importância da análise do demonstrativo financeiro fluxo de caixa de forma que sirva como um eficaz instrumento gerencial de tomada de decisão para a empresa, atendendo os desafios da era da informação tecnológica.

(5)

No mundo dos negócios é de grande importância o estudo da capacidade de pagamento da empresa. Uma empresa pode apresentar excelente situação econômica e, no entanto, não ter dinheiro suficiente para liquidar seus compromissos. O gerente financeiro deverá conhecer as técnicas para a confecção do fluxo de caixa e também ter em sua equipe pessoas especializadas que o auxiliem nesta tarefa. O fluxo de caixa deve estar voltado as necessidades e demandas do mercado. São apresentados conceitos, características, objetivos, funções do gerente financeiro, entre outras, de maneira objetiva, procurando apontar as principais bases conceituais para a análise do fluxo de caixa.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada nesta pesquisa é bibliográfica com enfoque teórico. Fundamentada a partir de livros e consulta a internet.

(6)
(7)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO CAPÍTULO I O PROBLEMA 08 09 09 CAPÍTULO II

Conceitos, Objetivos, Características e Funções do Fluxo de Caixa 11 11

CAPÍTULO III

A UTILIZAÇÃO DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS

22 22 CONCLUSÃO 26 BIBLIOGRAFIA 27 ÍNDICE 28 FOLHA DE AVALIAÇÃO 29

(8)

INTRODUÇÃO

É importante que o gerente financeiro esteja preparado para os novos desafios da era tecnológica. Atualmente, é necessário que administre com competência todos os recursos financeiros disponíveis na empresa. Entretanto, isso só será viável se houver uma participação de todas as pessoas responsáveis pela organização.

Na confecção do fluxo de caixa deverão ser usadas novas técnicas gerenciais para programar as vendas e as despesas, isto é, a organização precisará ter uma equipe de profissionais qualificados e um sistema de informação eletrônico abrangente e inteligente.

O fluxo de caixa deverá estar baseado no processo operacional, nas necessidades de caixa da empresa e nas tendências de mercado, levando em conta todos os futuros ingressos e desembolsos de caixa para o período planejado.

Neste trabalho, procura-se abordar os pontos relevantes para se fazer um eficiente fluxo de caixa, mostrando a sua importância, bem como apresentando conceitos, objetivos e características.

(9)

CAPÍTULO I

O PROBLEMA

“Entre a idéia Entre a concepção

e a realidade e a criação, entre o movimento Entre a emoção

e a ação e a reação

Tomba a sombra Tomba a sombra.”

T.S. Eliot (tradução de parte do poema “a penny for the old guy”, 1925)

1.1 – Objetivo

Os objetivos são os seguintes:

 Levantar as finalidades de se ter um fluxo de caixa com precisão.  Levantar as características do fluxo de caixa.

 Verificar as importantes funções de planejamento e controle.  Verificar as funções do gerente financeiro.

 Verificar as funções das operações financeiras.

1.2 – Importância

Fluxo de caixa é a demonstração financeira que sintetiza as fontes e aplicações de caixa de uma empresa em dado período. Consiste no resultado do confronto das entradas e saídas esperadas de recursos de um determinado investimento.

(10)

O fluxo de caixa é considerado um instrumento fundamental para que a organização tenha agilidade e segurança em tomadas de decisão de suas atividades financeiras. Assim, deve refletir com precisão a situação econômica da empresa, em termos financeiros no futuro.

1.3 – Objeto da Pesquisa

Uso do fluxo de caixa como ferramenta para tomada de decisão e base conceitual para elaboração de um fluxo de caixa.

(11)

CAPÍTULO II

CONCEITOS, OBJETIVOS, CARACTERÍSTICAS E

FUNÇÕES DO FLUXO D CAIXA

.. Deus é maior que todos os obstáculos.

2.1 – CONCEITOS

A conjuntura econômica exige que a empresa tenha uma boa gestão financeira. É fundamental que todo dinheiro disponível ou a receber seja bem empregado.

Quando os fluxos de caixa são otimizados, verifica-se com segurança o capital de giro. Os custos financeiros podem absorver valores significativos da receita operacional. “O fluxo de caixa é o instrumento que fornece ao administrador financeiro planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros de sua empresa para um certo período”. (ZDANOWICZ, 2000, p. 19)

A conceituação do fluxo de caixa também pode ser do “instrumento que relaciona o futuro conjunto de ingressos e de desembolsos de recursos financeiros pela empresa em determinado período”. (WELSCH, 1991, p. 15)

Uma outra conceituação mencionada por Zdanowicz (2000, p. 23) é do “instrumento usado pelo administrador financeiro com o propósito de apurar os somatórios de ingressos e desembolsos financeiros da empresa, em certo momento, prognosticando assim se haverá excedentes ou escassez de caixa, em função do nível desejado pela empresa”.

A partir do momento que são planejadas as necessidades financeiras e determinadas às fontes de recursos que serão captados, resta a pessoa responsável pela área financeira à tarefa de distribuí-los, de maneira inteligente e segura, em muitos itens de ativo da empresa.

(12)

Segundo Welsch (1991) a administração do ativo da empresa é relevante, haja visto que deve ter em mente os objetivos simultâneos da administração financeira: liquidez e rentabilidade.

É importante ressaltar os seguintes pontos, com base na afirmação acima: (IBIDEM, p. 20)

 ter um saldo adequado de caixa, para fazer os pagamentos das obrigações de curto prazo;

 ter uma cobrança de contas a receber eficiente;  dimensionar adequadamente os estoques;

 avaliar os demais itens do ativo, com o objetivo de se ter o autofinanciamento do ciclo operacional da empresa.

Entretanto, uma reserva excessiva de caixa é um desperdício, porque estes recursos poderiam estar aplicados, com maior proveito em outros itens do ativo.

Só terá um elevado giro de valores a receber e estoques, mediante políticas adequadas à concessão de crédito, táticas práticas e funcionais na cobrança de duplicatas e racional dimensionamento dos estoques da empresa. Assim sendo, grande giro de valores a receber e de estoques gera uma melhor liquidez da empresa que poderá através das vendas, planejar um maior lucro e adequadas aplicações em itens do ativo.

Algumas políticas que são adotadas por algumas organizações, podem atingir o nível desejado de caixa, de valores a receber e de estoques. Além de que, o administrador financeiro é responsável pela geração de políticas que influenciam o volume de ingressos no caixa e na acumulação de valores a receber, da mesma maneira, os desembolsos de valores, de resgates dos valores a pagar e da reposição de estoques em níveis compatíveis com a atividade operacional da organização.

(13)

O administrador financeiro deve, também, periodicamente, verificar e avaliar os resultados de suas políticas, para que se possa fazer eventuais correções, caso haja necessidade. Da mesma maneira, aplicar medidas saneadoras e corretivas sobre os pontos de estrangulamento detectadas na empresa.

Zdanowicz (2000, p. 21) apresenta o fluxo financeiro de uma empresa industrial, que pode ser com a seguinte estrutura:

DISPONIBILIDADE INICIAL 

Fatores de Produção 

Ativo Imobilizado Estoques Custos de Produção  Produção  Vendas:  À vista  À prazo  Despesas Operacionais  Amortizações/Resgates 

Disponibilidade Final e Empréstimos/Aplicações

O capital investido na empresa apresenta-se de várias formas e tem um processo cíclico, cujo final é o fluxo monetário, também chamado de financeiro. A administração financeira se acha presente em qualquer atividade com ou sem fins lucrativos.

O gerenciamento financeiro é o conjunto de operações destinadas à formação de recursos financeiros necessários ao pagamento dos fatores de produção ou serviços e sua distribuição, da mesma forma das obrigações derivadas das transações comerciais e de crédito da empresa.

(14)

Considerando estas posições, é importante que o administrador financeiro saiba desenvolver de forma correta os recursos financeiros alocados na massa patrimonial ativa da empresa. Estas preocupações se acham presentes em qualquer tipo de organização, tais como: indústria, comércio e prestação de serviços.

A organização pode ser de porte micro, pequena, média ou grande porte. Ao verificar a evolução de uma empresa, a partir de sua constituição como micro, até a sua transformação em pequena, média e grande organização, se vê que, mesmo não tendo apresentado a melhor viabilidade econômica em sua trajetória e não dispor de tecnologia sofisticada, normalmente mostrou constante viabilidade financeira.

Fala-se muito em qualidade de produtos e serviços da empresa, na realidade, qualidade deve estar presente em todas as atividades da empresa. Em termos de fluxo de caixa, depende de várias atividades, setores, departamentos, diretorias, etc., pois elas irão compor para o todo. Se não houver a qualidade em todas as áreas, pouco adiantará ter um apurado sistema de planejamento e controle de fluxo de caixa. Entretanto, se suas informações estiverem furadas, perder-se-á por completo todo o trabalho da organização, podendo levar a empresa a sérios problemas de ordem econômicos financeiros.

2.2 – OBJETIVOS

O principal objetivo do fluxo de caixa é fornecer uma visão das atividades desenvolvidas, da mesma maneira que as operações financeiras que são feitas no dia-a-dia, no grupo do ativo circulante, dentro das disponibilidades, e que geram o grau de liquidez da empresa.

(15)

Zdanowicz (2000, p. 41) apresenta os objetivos básicos do fluxo de caixa que são:

 facilitar a análise e o cálculo na escolha de linhas de crédito a serem conseguidas com as instituições financeiras;

 planejar os ingressos e os desembolsos de caixa, de maneira criteriosa, para determinar o período em que deverá acontecer carência de recursos e o montante, tendo tempo suficiente para as medidas que se façam necessárias;

 facilitar a programação dos desembolsos de acordo com as disponibilidades de caixa, com o intuito de evitar o acúmulo de compromissos vultosos em época de pouca receita;

 verificar quanto de recursos próprios a empresa tem em determinado período, e aplicá-los de maneira mais rentável, da mesma forma analisar os recursos de terceiros que satisfaçam as necessidades da empresa;  criar o intercâmbio dos vários departamentos da empresa com a área

financeira;

 gerar o uso eficiente e racional do disponível;

 financiar as necessidades sazonais ou cíclicas da empresa;

 levantar os recursos para atender aos projetos de implantação, expansão, modernização ou relocalização industrial e/ou comercial;

 fixar o nível de caixa, em termos de capital de giro;

 ajudar na análise dos valores a receber e estoques, para que se possa julgar a conveniência em aplicar nesses itens ou não;

 providenciar a possível aplicação de excedentes de caixa;

 analisar um programa saudável de empréstimos ou financiamentos;  planejar um plano efetivo de pagamento de dívidas;

 verificar a viabilidade de serem comprometidos os recursos pela empresa;

 participar e integrar todas as atividades da empresa, facilitando desse modo os controles financeiros.

(16)

Um dos principais objetivos do fluxo de caixa, após a descrição dos tópicos acima, é a otimização dos recursos próprios e de terceiros nas atividades mais rentáveis pela empresa. Vale a pena ressaltar que nenhuma empresa pode deixar seus recursos ociosos, considerando a atual conjuntura econômica brasileira.

2.3 – CARACTERÍSTICAS

A palavra fluxo de caixa é também conhecida pelo nome em inglês cash flow, mas outros nomes são usados, como por exemplo: (IUDÍCIBUS, 1991, p. 29)

- orçamento de caixa;

- fluxo de recursos financeiros; - fluxo de capitais;

- fluxo monetário; - movimento de caixa.

A expressão fluxo de caixa é consagrada pelo uso e pela prática, ao longo do tempo, mas não se deve confundir com a conta caixa do ativo disponível da empresa. Tenta-se administrar financeiramente a empresa, usando o fluxo de caixa, utilizando as seguintes contas: caixa; bancos e aplicações financeiras de resgate imediato da empresa; resumindo consiste no fluxo do disponível.

É bom ressaltar que, a conta caixa é para muitas empresas, uma reserva, isto é, um fundo de caixa para pagar pequenas despesas, e o montante de dinheiro vivo existente na empresa é reduzido.

Ao caracterizar o fluxo de caixa, deve-se saber quais são os tipos de recursos que, geralmente, entram no caixa e de que maneira eles saem,

(17)

porque somente através desse conhecimento pode-se realizar as análises do fluxo desses recursos no caixa da empresa.

Zdanowicz (2000, p. 26-27) fala sobre as principais entradas e saídas do caixa, que serão descritas abaixo.

As principais entradas de caixa são:

- vendas à vista;

- recebimentos de vendas a prazo; - aumentos de capital social;

- vendas de itens do ativo imobilizado; - receitas de aluguéis;

- empréstimos e resgates de aplicações no mercado financeiro.

As principais saídas de caixa são:

- financiar o ciclo operacional da empresa;

- amortizar os empréstimos ou financiamentos captados pela empresa ; - investir em itens do ativo permanente ou aplicar no mercado financeiro.

Portanto, estas são as principais entradas e saídas financeiras de caixa, que caracterizam o fluxo financeiro de uma organização.

2.4 – IMPORTANTES FUNÇÕES DE PLANEJAMENTO E

CONTROLE

Iudicíbus (1991) fala que o fluxo de caixa é o instrumento mais importante para o gerente financeiro, pois, através dele, programa as necessidades ou não de recursos financeiros a serem obtidos pela empresa. Com base na situação econômico-financeira da organização ele irá verificar

(18)

e dizer os objetivos máximos de liquidez e rentabilidade para o período em apreciação, de maneira quantificada em função das metas propostas.

A função de planejamento está ligada a etapa de elaboração do fluxo de caixa. Em questão de praticidade, as organizações que o usam dificilmente fracassam, o mesmo não ocorre com aquelas que dele não fazem uso para programar e controlar as suas atividades operacionais.

As dificuldades da empresa que usa o planejamento para confeccionar o fluxo de caixa serão bem menores, pois se ela souber, no início de cada período, quais as necessidades ou os excedentes de recursos financeiros, poderá antecipadamente tomar a decisão mais conveniente para solucionar seus problemas de caixa.

Os problemas e os erros derivados de não uso do planejamento são, provavelmente, maiores do que os resultantes das estimativas feitas previamente pela empresa em seu plano geral de operações. O processo de planejamento é fundamental à projeção do fluxo de caixa. Vendo por outro prisma, vê-se a função de controle que está intimamente relacionada à de planejamento do fluxo de caixa. Deste modo, o gerente financeiro deverá estar pronto para revisar seus planos, se por ventura algum imprevisto econômico-financeiro vier incomodá-lo. Esse tipo de inconveniente deverá ser identificado através do controle de caixa.

Na verdade, o planejamento original do fluxo de caixa deverá ter alternativas ou linhas de ação para cada nova situação que seja identificada pela empresa. Quanto maior a instabilidade do futuro, mais flexível será o planejamento econômico-financeiro da empresa, considerando o seu fluxo de caixa, e com mais freqüência deverá acontecer o seu controle.

(19)

Quando se faz o fluxo de caixa, o responsável pelo financeiro busca conciliar a manutenção da liquidez e do capital de giro da empresa, para que esta possa honrar com as responsabilidades assumidas diante de terceiros na data de vencimento, do mesmo modo a maximização dos lucros sobre os investimentos feitos pelos acionistas.

As suas estimativas de ingressos e desembolsos, via fluxo de caixa, estão baseadas nas projeções de vendas e compras da empresa. Por outro lado, os planos de vendas deverão estar condicionados aos recursos disponíveis de caixa e aos lucros esperados. Só se podem planejar o fluxo de caixa e os lucros, a partir de uma estimativa de vendas, de produção e de despesas operacionais da organização.

Iudícibus (1991, p. 29) relaciona as funções do responsável pelo financeiro:

- manter a empresa em permanente situação de liquidez; - maximizar o retorno sobre o investimento realizado; - administrar o capital de giro da empresa;

- avaliar os investimentos realizados em itens do ativo permanente; - estimar o provável custo dos recursos de terceiros a serem captados; - analisar as aplicações financeiras mais interessantes para a empresa; - informar sobre as condições econômico-financeiras atuais e futuras da

empresa;

- interpretar as demonstrações financeiras da empresa;

- manter-se atualizado em relação ao mercado e às linhas de credito oferecidas pelas instituições financeiras.

2.6 – OPERAÇÕES FINANCEIRAS

As operações financeiras, geralmente, exercem influência no planejamento do fluxo de caixa, classifica-se de diversas maneiras, dependendo de que modo se quer analisá-las.

(20)

As operações financeiras se classificam, segundo Zdanowicz (2000, p. 30):

 operações bancárias comuns, considerando as operações de descontos de duplicatas, cobranças de títulos e adiantamentos com garantias de duplicatas (caução);

 operações bancárias especiais consistem em financiamentos das vendas a prazo, isto é, duplicatas com prazo superior a 30 dias, desse modo os empréstimos com penhor mercantil, quando usados para a aquisição de máquinas, equipamentos, mercadorias e matérias-primas;

 operações de financiamentos consistem nas captações de recursos em fontes de longo prazo, que são realizadas em instituições financeiras de fomento e no mercado de capitais1.

2.6.2 – Quanto aos prazos de liquidação

Estas operações originam das entradas de capital e se constituem em débitos da empresa, são registradas, tais como, empréstimos ou financiamentos passivos. Nas empresas em que há saídas de capital e formação de créditos, registram-se como operações ativas.

2.6.3 – Quanto à permanência do capital da empresa

Com relação a esse ponto considera-se que o capital social fica indefinidamente na empresa, entretanto o capital conseguido através de financiamentos tem presença temporária, já que deverá ser pago na data do vencimento.

1

Os empréstimos por meio de debêntures constituem-se em modalidade pouco desenvolvida no Brasil, embora possam representar importante fonte de recursos para as empresas. Isto só será uma realidade, quando tais títulos vierem a possuir as características indispensáveis à sua aceitação generalizada, como: rentabilidade, curto prazo e segurança quanto ao seu resgate.

(21)

É importante ressaltar que, com base no enfoque financeiro, pode-se afirmar que o capital investido tem três destinos básicos, tais como: (Zdanowicz, 2000, p. 31)

a) capital aplicado no ativo circulante, que será formado por: - disponibilidades de caixa para atender as obrigações imediatas; - créditos concedidos a clientes;

- estoques de produtos prontos;

- estoques de produtos em processamento; - estoques de matérias-primas;

- estoques de materiais diversos.

b) capital aplicado em caráter permanente, que será formado por: - participações em sociedades coligadas e controladas;

- aparelhamento técnico, industrial e comercial;

c) capital aplicado na produção, que será constituído por: - consumo de matérias-primas e materiais em geral;

- pagamento dos demais fatores de produção: mão-de-obra, impostos, juros, dividendos e despesas em geral.

O capital utilizado na produção volta à empresa no final do ciclo de vendas com o seu recebimento. No custo de produção, se considera uma parte para amortizar o capital aplicado no ativo imobilizado que corresponde à sua progressiva depreciação, em decorrência, a perda da capacidade produtiva.

CAPÍTULO III

A UTILIZAÇÃO DE INDICADORES

ECONÔMICO-FINANCEIROS

A análise econômico-financeira deve ser vista por uma visão qualitativa e quantitativa, conhecendo as diversas possibilidades e as modalidades pelas quais as inversões se transformam em recursos financeiros, indispensáveis ao processo operacional da organização.

(22)

Assim sendo, se aconselha verificar tanto os bens e direitos como as obrigações para que em função das composições existentes tenha-se a idéia de melhor administrar o fluxo de caixa dentro dos parâmetros de maior eficiência, isto é, liquidez e rentabilidade.

Quanto maior for o disponível, a liquidez será melhor e maior será a capacidade da empresa em pagar as suas despesas. Entretanto, deve-se considerar o grau de liquidez que pode afetar a processo operacional, caso seja deficiente de recursos, e atrapalhar a rentabilidade da organização.

É normal as empresas usarem capitais de terceiros para dar continuação ao seu processo operacional, isto é, via compras a prazo, ou via empréstimos para suprir as deficiências de caixa. Tanto as compras a prazo, como os empréstimos só são conseguidos através do pagamento de uma determinada remuneração conhecida por juros. Existe também a necessidade de firmar os prazos para pagamentos, o quanto será pago e analisar o quanto será o valor do empréstimo, quando acrescido dos encargos financeiros correspondentes.

Segundo Zdanowicz (2000) o principal objetivo de uma empresa deve ser a maximização de lucros ou a minimização de custos, decorrentes dos recursos aplicados na sua atividade operacional. O planejamento dos lucros necessita ser feito, de acordo com o contexto da análise crítica dos pontos fortes e fracos da empresa, dos riscos e das possibilidades existentes no mercado em que a mesma atua, da mesma maneira que as expectativas dos proprietários ou acionistas, dos empregados, dos fornecedores, etc.

Uma análise de indicadores financeiros através do fluxo de caixa tem por objetivo criar relações entre os dados econômico-financeiros da empresa, para levantar os pontos de estrangulamento que podem ocasionar desequilíbrios a curto ou longo prazos. Para isso usam-se dados internos e externos à empresa.

(23)

No âmbito interno, todos os dados utilizados são provenientes, basicamente, dos registros contábeis, isto é, das Demonstrações Financeiras, em especial, do Balanço Patrimonial e do Demonstrativo de Resultado do Exercício.

No âmbito externo, as informações são conseguidas de empresas do mesmo segmento, nos concorrentes e nas entidades de classe. É através da comparação de resultados auferidos com os padrões internos pré-fixados ou com os resultados conseguidos fora da empresa, que se poderá verificar a evolução ou o retrocesso acontecido.

Zdanowicz (2000, p. 61) diz que a análise de indicadores econômico-financeiros se destina a:

- criar relações entre os dados econômico-financeiros da empresa;

- estabelecer os pontos de estrangulamento e de desequilíbrio da empresa;

- usar os dados internos e externos à empresa;

- analisar os dados conseguidos com os padrões pré-fixados pela empresa;

- verificar a evolução ou o retrocesso da empresa.

A análise de indicadores econômico-financeiros pode ser feita de diversas maneiras diferentes. As mais usuais são, segundo Zdanowicz (2000, p. 61):

- por índices; - por tendência;

- por ponto de equilíbrio.

A série de indicadores econômico-financeiros, em conjunto com o fluxo de caixa, poderão calcular a liquidez e a rentabilidade da empresa. De qualquer forma, os índices podem sofrer desatualização, quando não existe uma revisão periódica por parte do gerente financeiro, dos indicadores

(24)

fixados e a sua comparação com os que estão sendo estabelecidos pela média setorial ou da economia.

Os índices econômico-financeiros podem ser subdivididos:

- indicadores não operacionais; - indicadores operacionais; - indicadores globais.

Os indicadores não operacionais refletem a posição da empresa, em determinado momento. São formados a partir dos dados de Balanço Patrimonial e mantém restrita ligação com o fluxo de caixa da empresa.

A análise de indicadores do Balanço Patrimonial é a decomposição deste nas partes que o formam, com o objetivo de melhorar a interpretação dos seus componentes, verificando o planejamento e o controle financeiro do fluxo de caixa.

Os indicadores operacionais são os que refletem o dinamismo da empresa, decorrentes de suas atividades econômicas, durante um determinado período. A Demonstração de Resultado do Exercício é a fonte principal de dados para o cálculo dos principais indicadores econômicos.

Com relação aos indicadores globais, também denominados de atividades, são construídos a partir dos dados do Demonstrativo de Resultado do Exercício, dos inventários e do Balanço Patrimonial. São importantes pois permitem ao gerente financeiro fazer com segurança a avaliação dos investimentos aplicados, principalmente de curto prazo, que irão refletir no fluxo de caixa da empresa.

Estes tipos de análises podem ser realizados sob diversos modos, porém sob o ângulo da Administração Financeira a análise é feita, principalmente, por dois aspectos diferentes:

(25)

- análise dos indicadores pelo aspecto financeiro; - análise dos indicadores pelo aspecto econômico.

Desse modo, a análise de indicadores financeiros ressalta a liquidez, enquanto a análise do ponto de vista econômico é realizada em relação à aplicação e ao rendimento do capital investido na empresa.

A análise de liquidez tem como intuito a medição da capacidade da empresa em pagar os seus compromissos na data do vencimento. Esta medida é fornecida através de índices ou indicadores de liquidez. Os índices são dados pelas relações que se podem criar entre determinadas contas do ativo, do passivo e do patrimônio líquido da empresa.

CONCLUSÃO

O Fluxo de Caixa é um instrumento de tomada de decisão, sob a ótica da empresa. Basicamente, todas as operações do sistema operacional têm implicações econômico-financeiras, pois fazem com que as empresas se programem e controlem as suas atividades.

As decisões das organizações passam a ser tomadas frente às posições de caixa atual e prevista, o que é relevante para a segurança das mesmas. Dessa forma, a empresa irá executar aquilo que o fluxo de caixa reflete.

(26)

É importante ressaltar que a empresa deve demonstrar a capacidade financeira para liquidar os seus compromissos em dia, na proporção que eles vencem através de seu caixa.

Quanto maior for o giro e quanto maior for o adicional resultante da empresa, melhor será o aspecto de liquidez e rentabilidade empresarial. Ao responsável pelo financeiro cabe a função de verificar os recursos necessários ao financiamento do ciclo operacional da empresa nas fontes menos onerosas e alocá-los.

A função do gerente financeiro é administrar os recursos financeiros de maneira eficaz e eficiente, através de um planejamento e controle financeiros integrados.

Para se preparar um fluxo de caixa eficiente, é necessário que haja uma integração de todas as áreas que compõem a empresa, pois a qualidade tem que estar presente nas informações e em todas as atividades da organização.

BIBLIOGRAFIA

GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7ª ed. São Paulo: Harbra, 2002.

IUDÍCIBUS, Sérgio de; et al. Manual de contabilidade das sociedades por ações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.

WELSCH, Glenn. A. Orçamento empresarial: planejamento e controle do lucro. São Paulo: Atlas, 1991.

(27)

ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de Caixa. 8. ed. Porto Alegre: Sagra, 2000.

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTO 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I O PROBLEMA 1.1 - OBJETIVO 1.2 – IMPORTÂNCIA 09 09 09

(28)

- OBJETO DA PESQUISA 10 CAPÍTULO II

CONCEITOS, OBJETIVOS, CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES DO FLUXO DE CAIXA

2.1 – CONCEITOS 2.2 – OBJETIVOS

2.3- CARACTERÍSTICAS

2.4-IMPORTANTES FUNÇÕES DE PLANEJAMENTO E CONTROLE 2.5 – FUNÇÕES DO GERENTE FINANCEIROS

2.6 – OPERAÇÕES FINANCEIRAS

2.6.1- QUANTO ÀS CARACTERÍSTICAS

2.6.2 – QUANTO AOS PRAZOS DE LIQUIDAÇÃO

2.6.3 – QUANTO À PERMANÊNCIA DO CAPITAL DA EMPRESA 11 11 14 16 18 19 19 20 20 21 CAPÍTULO III

A UTILIZAÇÃO DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS 22

CONCLUSÃO 26 BIBLIOGRAFIA 27 ÍNDICE 28

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Título da Monografia: Autor: Data da entrega:

(29)

Referências

Documentos relacionados

A Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e a Coordenadoria das Licenciaturas - COORLICEN, no uso de suas atribuições, torna pública

O Estado Contratante cuja legislação exigir que os contratos de compra e venda sejam concluídos ou provados por escrito poderá, a qualquer momento, fazer a declaração prevista no

Há quem diga que, com o advento das calculadoras, os cinco dedos em cada mão perderam sua utilidade prática, que era ajudar a contar até dez, e os humanos do futuro nascerão só com

Na simulação do desembarque – saída pelo portão de embarque e ingresso pelo portão de desembarque – as atividades foram facilmente executadas pela idosa, cadeirante, deficiente

Realize as atividades propostas durante o período da aula e, caso fique com alguma dúvida, encaminhe um e-mail para o seu professor.. ROTEIRO DE AULA –

Desta forma, a escravidão moderna, enquanto expressão de relações de poder, presentemente estimuladas pelo capitalismo selvagem, pode ser pensada como um exemplo prático de

Um resultado não reagente é indicado uma linha roxa/rosa na área de CONTROLE (C) e nenhuma linha na área de TESTE (T) tanto na janela IgM quanto na janela IgG. Este resultado sugere

Outras informações : Não existe informação complementar