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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

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Direito Civil

Professor Grevi Bôa Morte Júnior Obrigações

DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

CONCEITO DE OBRIGAÇÃO

Assinala Washington de Barros Monteiro que

“obrigação é a relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor e cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através de seu patrimônio”.

(2)

ELEMENTOS ESSENCIAIS DA

OBRIGAÇÃO

O credor será o sujeito ativo situando-se como beneficiário, isto é, em favor de quem a prestação deve ser cumprida.

O devedor será o sujeito passivo, aquele que se obriga a realizar a prestação.

O objeto da obrigação consiste no ato ou fato que cabe ao devedor, sujeito passivo prestar.

Vínculo jurídico é aquele estabelecido entre o devedor e o credor, gerado pela obrigação do primeiro em efetuar uma prestação em favor do segundo.

No vínculo jurídico, “o devedor se obriga e seu patrimônio responde”.

O vínculo jurídico divide-se em débito, que é o vínculo pessoal e responsabilidade que é o vínculo material.

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DIREITOS REAIS  RES  Coisa (bem). Direitos vinculados à coisa. Elenco: art. 1.225 cc.

GARANTIAS REAIS  Garante o cumprimento de uma obrigação, com o oferecimento de um bem em garantia.Ex: penhor, hipotece e anticrese.

GARANTIAS PESSOAIS  Alguém se solidariza com o devedor; garantindo o adimplemento.Ex: fiança e aval.

DAR

IMEDIATO FAZER

NÃO FAZER OBJETIVO

(MATERIAL) O QUE SE DÁ ?

MEDIATO O QUE SE FAZ ? O QUE N SEAZ? CREDOR (S. Ativo)

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS SUBJETIVO accipiens

DAS OBRIGAÇÕES (PESSOAL) DEVEDOR (S.Passivo) solvens

DÉBITO VÍNCULO

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OBRIGAÇÃO PROPTER REM  É aquela que, sem derivar diretamente da vontade das partes, decorre da relação do devedor e do credor em face de uma coisa.

São obrigações "propter rem":

- A obrigação que tem o condômino de contribuir para a conservação ou divisão do bem comum;

- A obrigação dos proprietários de imóveis vizinhos de concorrer para as despesas de construção de tapumes divisórios;

- As obrigações atinentes ao direito de vizinhança; - Etc.

FONTES

FONTES IMEDIATAS  lei (fonte primária das obrigações) e costume

 atos lícitos unilaterais (promessa de recompensa,

título ao portador); bilaterais (contratos) e Responsabilidade Civil – ilícito civil  danos  indenizacão (AQUI A LEI ATUA COMO FONTE MEDIATA DAS OBRIGAÇÕES)

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MODALIDADES DE OBRIGAÇÕES

Das obrigações consideradas em si mesmas:

EM RELAÇÃO AO VÍNCULO

MORAL fundada em vinculum solius aequietatis

CIVIL fundada no vinculum juris

NATURAL  Privada de tutela para exigir seu

cumprimento.

OBRIGAÇÃO CIVIL  Vínculo jurídico que sujeita o devedor à realização de uma prestação positiva ou negativa; fundada num dever da pessoa obrigada (debitum) e sua responsabilidade pelo inadimplemento (obligatio). O devedor pode ser acionado judicialmente. OBRIGAÇÃO IMPERFEITA OU NATURAL  Aquela privada de tutela para a exigência de seu cumprimento; mas que, no caso de adimplemento espontâneo e voluntário o credor pode retê-la a título de pagamento. Ex: dívida de jogo; dívida prescrita.

(6)

OBRIGAÇÃO MORAL  Aquela que constitui mero dever de consciência; cumprido apenas por questão de princípios; sendo, pois, mera liberalidade.

Ex: Cumprir vontade não expressa em testamento; socorrer pessoa necessitada.

QUANTO AO SEU OBJETO

RELATIVO À SUA NATUREZA

DAR

FAZER

Ñ FAZER

QUANTO À LIQUIDEZ

LÍQUIDA

ILÍQUIDA

Líquida  certa quanto à existência e determinada quanto ao objeto.

Ilíquida  incerta quanto à quantidade e que se torna certa pela liquidação

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As obrigações dividem-se em:

a) Obrigações de dar ou restituir: são aquelas que se referem à obrigação de entregar ou restituir alguma coisa à alguém (tradição).

Tutela das obrigações de dar coisa certa está estabelecida no artigo 461-A do CPC.

Obrigação de entregar Obrigação de restituir

A coisa perece para o dono.

b) Obrigações de fazer: são aquelas que se referem à obrigação de prestar um serviço, como fazer uma pintura ou uma casa, fazer a escrituração contábil de uma pessoa jurídica, etc.

No inadimplemento sem culpa fica afastada a responsabilidade do devedor, já se houver culpar a obrigação será resolvida em perdas e danos ou, quando fungível, poderá ser realizada por terceiro as custas do devedor.

Poderá, ainda, o credor exigir que se cumpra sob pena de multa diária.

(8)

c) Obrigações de não fazer: são aquelas que se referem a uma abstenção obrigatória, como por exemplo: não revelar um segredo ou não abrir outro estabelecimento comercial no mesmo bairro com o mesmo ramo de atividade.

Se o devedor realiza o ato, não cumprindo o dever de abstenção, pode o credor exigir que ele o desfaça, sob pena de ser desfeito à sua custa, além de indenização por perdas e danos.

QUANTO AO MODO DE EXECUÇÃO

SIMPLES E CUMULATIVAS

ALTERNATIVAS

(9)

d) Obrigações simples: Ex.: dar trinta pacotes; cantar; entregar uma biblioteca (universalidade de fato);

e) Obrigações Complexas: são aquelas em que há mais de um credor ou devedor, ou mais de um objeto.

f) Obrigações Cumulativas: são aquelas em que há duas ou mais obrigações e o devedor somente irá se exonerar quando estiver cumprido todas, (vocábulo “e”). P.ex.: o promitente vendedor se compromete a entregar o lote (dar) e a financiar a construção (fazer);

g) Obrigações Alternativas: são aquelas em que há duas ou mais obrigações, mas o devedor se exonera escolhendo e cumprindo apenas uma delas, (vocábulo “ou”). P.ex.: pago semestralmente 12 carros ou R$240.000,00;

h) Obrigações Facultativas: são aquelas onde há somente uma obrigação estipulada, porém a lei ou o contrato permite que o devedor se exonere entregando uma outra prestação. p. Ex: a seguradora obriga-se a reparar o dano no veículo, mas tem a opção de entregar um veículo novo ao devedor; v. art. 234 CC)

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Se perece o único objeto da obrigação, ao contrário das obrigações alternativas em que permanece o dever de prestar a remanescente, sem culpa do devedor, resolve-se o vínculo obrigacional, não podendo o credor exigir a prestação acessória.

Quanto à pluralidade de sujeitos DIVISÍVEL  QUANDO A PRESTAÇÀO É SUSCETÍVEL DE CUMPRIMENTO PARCIAL (ART. 257 CC).

Ex: pagamento de prestações.

INDIVISÍVEL  A PRESTAÇÀO SÓ PODE SER CUMPRIDA POR INTEIRO, NÃO COMPORTANDO SUA CISÃO EM VÁRIAS OUTRAS. SÓ INTERESSA AO CREDOR O CUMPRIMENTRO TOTAL (ART. 258 CC) Ex: o comodatário tem de entregar na íntegra o que foi emprestado; pintar um quadro, etc.

SOLIDÁRIA  HAVENDO MULTIPLICIDADE DE CREDORES OU DE DEVEDORES, CADA QUAL TERÁ DIREITO/OBRIGAÇÀO PELO CRÉDITO/DÉBITO TODO. (ART. 264 CC);

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OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS MULTIPLICIDADE DE PROTAGONISTAS ART. 264 CC

VÁRIOS CREDORES

VÁRIOS DEVEDORES

(CADA UM COM DIREITO À DÍVIDA TODA)

(CADA UM OBRIGADO DÍVIDA

TODA)

 na solidariedade cada credor ou devedor atua como

se fosse o único de sua classe; ocorrendo o fenômeno da expansão da responsabilidade individual.

 a solidariedade não se presume (art. 265 cc), nasce

em virtude de convenção das partes ou imposição legal. Da solidariedade ativa: dois ou mais credores (art. 267 cc)

Curiosidade: no caso de remissão, por parte de um dos co-credores, sem autorização de seus pares, ficará responsável pelo débito originário.

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Atenção !!!!

Remissão do débito  negócio jurídico bilateral extintivo da obrigação, que se aperfeiçoa com a anuencia do devedor, não podendo prejudicar terceiros (art. 358 cc)

x

Renúncia  negócio jurídico unilateral abdicativo

Quanto ao art. 273 cc:

pessoais  refere-se apenas à defesa que exclua da

apreciação judicial o pedido de um dos credores solidários,

não se estendendo aos demais exceções ex: coação de um

co-credor (é personalíssima)

Comuns  defesa processual indireta apresentada com o

fito de extinguir uma ação ou obter uma sentença favorável,

sem contudo atacar o direito e fatos alegados pelo autor.

Ex impedimento de juiz; incompetência relativa, etc.

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QUANTO AO CONTEÚDO OBRIGAÇÃO DE MEIO  É AQUELA QUE O DEVEDOR SE OBRIGA TÃO SOMENTE A USAR COM A PRUDÊNCIA E DILIGÊNCIA NORMAIS NA PRESTAÇÀO DE CERTO SERVIÇO PARA ATINGIR UM RESULTADO; SEM, CONTUDO, SE VINCULAR A OBTÊ-LO. EX: MÉDICOS, ADVOGADOS

OBRIGAÇÃO DE RESULTADO  O CREDOR TEM O DIREITO DE EXIGIR DO

DEVEDOR A PRODUÇÀO DE UM

RESULTADO; SEM O QUE SE TERÁ O

INADIMPLEMENTO DA RELAÇÀO

OBRIGACIONAL. EX: MECÂNICOS,

TRANSPORTADORES

OBRIGAÇÃO DE GARANTIA  É A QUE TEM POR CONTEÚDO A ELIMINAÇÀO DE UM RISCO

Quanto ao tempo de Adimplemento

MOMENTÂNEA OU INSTANTÂNEA  a prestação

e a contraprestação ocorrem num único

momento. EX: ENTREGAR UM QUADRO

DIFERIDA OU POSTERGADA  a prestação vier num

único ato, mas em momento posterior. EX: PAGAR

UMA ÚNICA PRESTAÇÀO VINCENDA

DE EXECUÇÃO CONTINUADA, DE TRATO

SUCESSIVO OU PERIÓDICA  o pagamento se

protrai no tempo, mediante parcelas sucessivas EX:

PENSÃO ALIMENTÍCIA; PAGAR ALUGUEL;

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QUANTO AOS ELEMENTOS ACIDENTAIS:

PURA (ou simples) se não sujeitas à condição, termo e encargo, por isso, seu cumprimento é imediato.

CONDICIONAL eficácia subordinada à uma condição. MODAL  sujeita a um encargo. EX: DOAÇÃO DE UM TERRENO PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA IGREJA. A TERMO  dependerem de um acontecimento futuro e certo.

DAS OBRIGAÇÕES RECIPROCAMENTE

CONSIDERADAS

OBRIGAÇÃO PRINCIPAL  A que existe sobre si, sem qualquer sujeição à outras relações jurídicas.

OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA  Aquela que supõe a existência da principal.

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NATUREZA DA OBRIGAÇÃO

A natureza da obrigação pode ser: pessoal,

personalíssima e material.

Obrigação Pessoal: é aquela que, apesar de assumida pelo devedor, poderá ser cumprida por uma terceira pessoa.

Obrigação Personalíssima: é aquela que somente poderá ser cumprida pelo devedor, por exemplo: a prestação de alimentos.

Obrigação Material: é aquela que consiste na entrega de um determinado bem.

CLÁUSULA PENAL = PENA CONVENCIONAL

Conceito: pacto acessório, onde resta fixado, previamente, a indenização devida em caso de descumprimento culposo da obrigaçào principal, de alguma cláusula do contrato ou em caso de mora. Finalidades:

- assegurar o fiel cumprimento da obrigação - estabelecer antecipadamente perdas e danos

(16)

Requisitos:

Existência de uma obrigação principal

Inexecução total da obrigação (art. 409/410) Constituição em mora (408; 409 e 411)

Ver o prazo; se não houver; terá que ser promovida interpelação (judicial ou extrajudicial - 397)

Imputabilidade do devedor (408, primeira parte):

Art. 408. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora.

Pode ser:

Moratória: fixada em caso de retardamento no cumprimento da obrigação.

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Compensatória: estabelecida para o caso de inadimplemento completo da obrigação ou de uma das cláusulas do contrato.

Valor: O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da

obrigação principal. 412 cc

EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES

Do adimplemento e da extinção das obrigações:

Adimplemento  gênero

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DEVEDOR

QUEM DEVE PAGAR (304 CC) TERCEIRO INTERESSADO TERCEIRO Ñ INTERESSADO A QUEM SE DEVE PAGAR (308 CC) CREDOR

PAGAMENTO REPRESENTANTE DO CREDOR

(art. 304 CC)

DO OBJETO DO PAGAMENTO E SUA PROVA (313 CC) PRESTAÇÃO DO LUGAR DO PAGAMENTO (327 CC) PORTABLE

(PORTÁVEL) DOMICÍLIO DO CREDOR QUÉRABLE (QUESÍVEL) DOMICÍLIO DO DEVEDOR PAGAMENTO

Entende-se por pagamento o cumprimento da

prestação por parte do devedor e, portanto uma das causas da extinção da obrigação.

Qualquer interessado na extinção da obrigação poderá pagá-la, portanto é indiferente que seja o pagamento efetuado pelo próprio sujeito passivo da obrigação (devedor) ou por terceiro que tenha interesse na solução da obrigação.

Devedor: responsável imediato pelo cumprimento da prestação devida.

(19)

Pode ser:

Originário  aquele que se obrigou diretamente ou por força de lei

ex: tributo ou alimentos

Sucessor  aquele que adquiriu a obrigação do devedor originário.

pelas formas:

• inter vivos = cessionário de débito; pessoa jurídica

que se fundiu ou se incorporou a outra

• mortis causa = herdeiro ou legatário.

Terceiro interessado: pessoa que pode ser

responsabilizada pelo pagamento ou sofrer

consequencias jurídicas com o inadimplemento. ex: fiador, avalista, sublocatário, etc.

Terceiro não interessado: aquele que não tem ligação alguma com o negócio jurídico. Ele não é responsável pelo pagamento nem sofrerá consequencias jurídicas pelo inadimplemento. Ex: pai paga débito do filho.

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DAQUELES A QUEM SE DEVE PAGAR:

Pagamento feito aos representantes do credor – podem ser:

Legais (lei determina)  pais, tutor e o curador.

Judiciais (nomeados pelo juiz)  inventariante, síndico da massa falida, etc.

Convencionaisportadores de mandato

mandatários e procuradores

Pagamento feito a quem não é credor:

É inválido o pagamento feito a quem não é o credor, nem está autorizado a representá-lo. “quem paga mal, paga duas vezes”.

Em três hipóteses o pagamento é válido: - quando o credor ratifica o pagamento.

- quando o pagamento se reverte em proveito do credor, com base na proibição do enriquecimento ilícito.

- quando se tratar de credor putativo. (aquele que aos olhos de todos, se passa como credor, embora não o seja) Ex: mandatário de mandato revogado; herdeiro excluído por indignidade ou deserdação.

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Para que o pagamento ao credor putativo tenha validade, mister dois requisitos:

Boa-fé do devedor: desconhecimento de que o accipiens não era o credor.

Erro escusável: quando qualquer pessoa mediana também se enganaria. Se o erro for grosseiro, isto é, fruto da imprudência ou negligência, o pagamento será inválido.

Credor incapaz:

Pagamento feito cientemente a incapaz de quitar é nulo, a não ser que venha ser revertido em proveito dele mesmo. Art. 310 cc.

Quando ele dá destino razoável. Ex: comprou bens não superfluos; aplicou na poupança.

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ESPÉCIES DE PAGAMENTO a) Pagamento Real

b) Pagamento por Consignação c) Pagamento com Sub-rogação d) Pagamento por Imputação e) Dação em Pagamento ESPÉCIES DE PAGAMENTO f) Novação g) Compensação h) Transação j) Confusão l) Remissão

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CESSÃO DE CRÉDITO  negócio jurídico bilateral, pelo qual o credor transfere a outrem seus direitos na relação obrigacional.

cedente  quem transfere x cessionário  quem recebe Em regra a cessão é onerosa, pode ser parcial ou total e, para que se aperfeiçoe, é indispensável que haja notificação ao devedor (art. 260 cc).

EXEMPLOS DE CESSÃO LEGAL:

a) sub-rogação legal: art 346 cc; ver arts. 283; 668 e 831 cc

b) cessão de acessórios: (cláusula penal, juros, garantias reais ou pessoais)

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EXEMPLO DE CESSÃO JUDICIAL (DETERMINADA PELO JUIZ):

a) na prolação de uma sentença destinada a suprir declaraçào de cessão por parte de quem era obrigado a fazê-la.

Cessão pro soluto  cedente garante a existência do crédito, sem responder pela solvência do devedor.

Cessão pro solvendo  o cedente se obriga a pagar se o devedor for insolvente; o cedente assume o risco da insolvência do devedor.

ASSUNÇÃO DE DÍVIDA  por anuência do credor, outra pessoa assume a dívida. Salvo disposição expressa em contrário com a assunção, todas as garantias dadas pelo devedor anterior são extintas. Assunção pode se

dar com ou sem consentimento do devedor

(expromissão = cessão de débito).

O que caracteriza é o fato de uma pessoa, física ou jurídica, se obrigar perante o credor a efetuar a prestação devida por outra. A pessoa chama a si a obrigação de outra.

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Efetiva-se

a) mediante contrato entre o terceiro e o credor,

sem participação ou anuência do devedor. (=

expromissão)

b) mediante acordo entre o terceiro e o devedor, com concordância do credor. (= delegação)

EFEITOS:

Principal = substituição do devedor na obrigação principal (modificação do polo passivo)

Outros:

Extinção das garantias especiais originalmente dadas de devedor primitivo; salvo assentimento expresso. Art. 300 cc

Anulação da avença que estipulou a substituição, renasce a obrigação para o devedor originário.

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CESSÃO DE CONTRATO

Nas palavras de Silvio Rodrigues “a cessão de contrato, ou melhor, a cessão de posições contratuais, consiste na transferência da inteira posição ativa e passiva do conjunto de direitos e obrigações de que é titular uma pessoa, derivados de um contrato bilateral já ultimado, mas de execução ainda não concluída”.

O que distingue basicamente a cessão do contrato da cessão de crédito e da assunção de dívida é o fato da transmissão abranger simultaneamente direitos e deveres de prestar (débitos e créditos), enquanto a cessão de crédito compreende apenas um direito de crédito e assunção de dívida cobre somente um débito.

Envolve três personagens:

a) o cedente – que transfere sua posição contratual; b) o cessionário – que adquire a posição transmitida ou

cedida;

c) o cedido – o outro contratante que consente na cessão feita pelo cedente.

É indispensável a concordância do cedido para a eficácia do negócio com relação a ele.

(27)

Embora a transmissão acarrete a substituição do cedente pelo cessionário na relação contratual, não se transmitem os direitos potestativos que o cedente seja titular.

Assim, Se o cedente for vítima de erro, dolo ou coação e o vício só for descoberto após a cessão, mas ainda dentro do prazo decadencial para ação anulatória, o direito à anulação continuará competindo ao cedente. Embora não previsto na legislação brasileira, configura contrato atípico, e pode ser celebrado nos termos do artigo 425 do Código Civil que dispõe: “é lícito às partes estipular contratos atípicos, observados as normas gerais fixadas neste Código”.

EXTINÇÃO DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL SEM

PAGAMENTO:

Ter-se-á a extinção do vínculo obrigacional: a) pela prescrição

b) pela impossibilidade de execução do prometido sem culpa do devedor (força maior ou caso fortuito).

Obs: o art 393 caput  princípio da exoneração do devedor pela impossibilidade de cumprir a obrigação sem culpa (caso fortuito ou força maior).

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Existem exceções:

1) se as partes convencionarem expressamente que o devedor assume risco total

2) se o devedor estiver em mora (arts. 394 a 399 cc) responde não só pela mora; mas, também, no caso fortuito e força maior ocorridos durante o atraso; salvo se provar que o dano sobreviriam mesmo que a obrigação tivesse sido desempenhada em momento oportuno.

3) o devedor que tiver de cumprir obrigação de dar coisa incerta, antes da escolha não poderá alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por caso fortuito e força maior. (art. 246 cc)

c) pelo implemento de condição ou termo extintivo pacto  inserido no negócio jurídico para modificar o efeito da relação obrigacional, de forma que, enquanto a condição não se realizar, vigorará a obrigação

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DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES:

a) inadimplemento voluntário  ocorrerá quando faltar a prestação devida.

b) da mora: (art. 394 cc)

Tipos de mora:

a) mora solvendi = mora debendi = mora debitoris = mora do devedor.

Requisitos:

1) exigibilidade imediata da obrigação; isto é: dívida positiva, líquida e vencida.

2) inexecução total ou parcial da obrigação por culpa do devedor (art. 396 cc)

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Requisitos:

3) interpelação judicial ou extrajudicial do devedor (art. 397, § único). Espécie de mora ex persona, que só se constituirá se o credor interpelar o devedor.

Se for mora ex re o devedor fica constituído de mora de pleno direito.

b) mora accipiendi = mora credendi = mora créditoris = mora do credor

Requisitos:

1) existência de uma dívida positiva, líquida e vencida. (o devedor deseja dela liberar-se)

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3) oferta real e regular da prestação devida pelo devedor.

4) recusa injustificada do credor, expressa ou ácita, em receber o pagamento no tempo, lugar e modo indicados no título constitutivo da obrigação.

5) constituição do credor em mora.

c) mora de ambos (credor e devedor) = mora simultânea Ex.: nenhum comparece ao local ajustado para o pagamento

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