FERNANDO HEVELTON DUARTE
OLIVEIRA
' *LEVANTAMENTO DO
MODELO
MATEMÁTICO
DO
SISTEMA
DE EXÇITAÇAO DE
UM
GERADOR
SINCRONO
FLORIANÓPOLIS
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE
SANTA CATARINA
PROGRAMA
DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA
ELETRICA
LEVANTAMENTO DO
MODELO
i\/IATEMÁTICO
DO
SISTEMA
DE EXÇITAÇAO DE
UM
›
GERADOR
SINCRON
O
~
Dissertaçao submetidaà
Universidade Federal de Santa Catarina
como
parte dos requisitos para aobtenção
do
grau deMestre
em
Engenharia Elétrica.FERNANDO HEVELTON
DUARTE
OLIVEIRA
LEVANTAMENTO DO
MODELO
MATEMÁTICO
Do
SISTEMA
DE EXÇITAÇÃO DE
UM
GERADOR
SINCRONO
FERNANDO HEVELTON
DUARTE
OLIVEIRA
Esta Dissertação foi julgadaadequada
para obtençãodo
Título deMestre
em
Engenharia Elétrica,Área
deConcentração
em
Sistemasde
Potência, e aprovadaem
sua forma final peloPrograma de Pós-Graduação
em
Engenharia Elétricada Universidade Federal
de
Santa Catarina.Pr . Aguinaldo Silveira e Silva, Ph.D.
Orientador
~ššf`
~_-Q
(2(ax.
*ofAgumziúø
siiveúfz zsilva,
Ph.DÍ
"'°` Coordenador do Programa de Pós-Graduação
em
Engenharia ElétricaBanca
Examinadora:` `
€
_
Qäqšê
PÉ.
Aguinaldo Silveira e Silva, Ph.D.Presidente
Prof.
~o
J šé Aiiv ões Costa, Ph.D.lxii/ihllfla
ÇUx
g. Nélson Zeni
`/M.En
.Prof. Sebasti o Ér ules
Melo
de Oliveira, D.Sc.AGRADECIMENTOS
À
minha
esposa Vera, cujo constante incentivonão
me
deixou desistir nosmomentos
mais dificeis;Aos meus
filhosLudmila
e Gustavo, tesouros incomensuráveis, pelas muitashoras de convívio roubadas'7
Ao
caríssimo Mestre, orientador eamigo
Aguinaldo Silveira e Silva, pelapaciência, incentivo e valiosa orientação
na
execuçãodo
trabalho;Ao
grandeamigo
eMestre
Sebastião ÉrculesMelo
Oliveira, cujo incentivo eempenho
muito contribuíram para esta realização;À
Companhia
Energética deMinas
Gerais(CEMIG),
que
me
proporcionou aparticipação
no Curso Avançado
em
Controle de Sistemas Elétricos(CCSE),
cujos melhoresfrutos sao agora colhidos;
Aos
antigos colegas daCEMIG,
em
particular aosamigos do
agora extintoDepartamento
de Engenharia deOperação (OP/EG),
pelo incentivo e suporte técnico;À
Siemens S/A, na pessoado
Engenheiro SebastiãoRubens
Carpi Jr., pelagentil permissão de reprodução de
documentos
técnicos utilizadosno
trabalho.Resumo
da
Dissertação apresentada àUFSC
como
parte dos requisitos necessáriospara a obtenção
do
grau deMestre
em
Engenharia Elétrica.LEVANTAMENTO
DO
MODELO
l\/IATEMÁTICO
DO
SISTEMA
DE
EXÇITAÇAO DE
UM
GERADOR
SINCRONO
FERNANDO HEVELTON DUARTE
OLIVEIRA
°
Novembro/2000
Orientador : Aguinaldo Silveira e Silva,
PhD.
Área
de Concentração : Sistemas de PotênciaPalavras-chave : Sistema de Excitação, Regulador de Tensão, Limitadores,
Máquina
SíncronaNúmero
de Páginas : 206.Na
análisemodema
de sistemas elétricos de potência, é essencial ter àdisposição
modelos
matemáticos confiáveis dos seus diversos componentes, demodo
que
sepossa estudar
o
seucomportamento
através de simulações digitais. Este trabalho tratado
levantamentodo modelo
matemáticodo
sistema de excitação deum
gerador síncrono, a partirdos seus diagramas eletroeletrônicos. Trata
também
da sua validação, pormeio da
comparação
dos resultados de simulações digitais feitascom
o
modelo
e registros de ensaiosde
campo,
efetuados duranteo
processo de comissionamentodo
equipamento.A
abordagem
empregada
procura evidenciar aspectos práticosdo
levantamento das funções de transferênciaem
geral ignoradosem
estudos acadêmicos, nos quais essas funções não são de fatolevantadas
ou
construídas,mas
já existem deforma
padronizada.Ao
longodo
trabalho, aoperação de cada
componente do
sistema estudado é explicada e discutidaem
profundidade,para
o que
sãotambém
abordados aspectos pertinentesda
operação e proteçãode
um
sistemaelétrico de potência. Ênfase especial é
dada
aodesempenho do
sistema de excitaçãocomo
um
todo,
em
que
são analisadas as possibilidades de interação entre seus componentes.Sob
certascircunstâncias, as ações individuais desses
componentes
podem
ser conflitantes, e cuidados especiaisdevem
sertomados
para assegurar o funcionamento harmônicodo
sistema.Abstract
of
Dissertation presented toUFSC
as a partial fiilfillmentof
therequirements for the degree
of Master
in Electrical Engineering.DEVELOPMENT
OF
THE
MATHEMATICAL
MODEL
OF
A
SYNCHRONOUS
GENERATOR
EXCITATION
SYSTEM
FERNANDO
HEVELTON DUARTE
OLIVEIRA
November/2000
Advisor 2 Aguinaldo Silveira e Silva, Ph.D.
Area
of Concentration :Power
SystemsKeywords
: Excitation System, Voltage Regulator, Limiters, SynchronousMachine
Number
of
Pages : 206.In
modem
electricalpower
system analysis, it is vital to have athand
reliablemathematical
models of
its van`ous components, in order to study their behavior throughdigital simulation. This
work
describes the developmentof
the mathematicalmodel of
a synchronous generator excitation systemfrom
its electro-electronic diagrams. It also deals with its Validation,by means of
compan'ng simulation results, performed with the model, withthose obtained in field tests, performed during the commissioning procedures.
The
approachof
thework
tries to highlight practical aspectsof
transfer fimctions deriving that are usuallyignored in academic studies. In such studies, these fimctions are not actually built, they are
rather generally selected
from
standard forms.Throughout
the work, the operationof
eachcomponent
of the excitation system under study is explained and discussed in depth, takinginto account relevant aspects
of
power
system protection and operation. Special emphasis isgiven to the performance of the system as a whole,
when
the possibilityof
interactionbetween components
is analyzed.Under
certain circumstances, the individual actionsof
thesystem
components
may
be
conflicting, and special caremust
be taken to assure the harmonicoperation
of
the system.SUMÁRIO
SIMBOLOGIA
CAPÍTULO
IINTRODUCAO
E
OBJETIVO
CAPÍTULO
2
_EvOLUCAO_DOS
SISTEMAS
DE EXCITACAO
E
DESCRIÇAO INTRODUTORIA
DO
SISTEMA
EM
ESTUDO
2.1 Introdução ... _.
2.2
Evolução
dos Sistemas de Excitação ... ..2.3 Descrição Sucinta
do
Sistema de Excitação ... _. 2.3.1 Regulador Automático deTensão
e Ponte Retificadora ... .. 2.3.2 Limitador de Corrente deCampo
... .. 2.3.3 Limitador de Corrente deArmadura
... .. 2.3.4 Limitador de Subexcitação ... .. 2.3.5 Limitadoresda
Relação Tensão/Freqüência ... .. 2.3.6 Estabilizador de Sistema de Potência ÇPSS) ... ..2.4 Conclusão ... ..
CAPÍTULO
3
~DESCRICAO DE
FUNCIONAMENTO
ÃE
LEVANTAMENTO
DAS
EUNCOES DE TRANSFERENCIA
3.1 Introdução ... ._
3.2 Regulador Automático de
Tensão
(RAT)
... ..Sumário
3.2.1 Descrição de
Funcionamento
... .. 31~ 3.2.2
Funçao
de
Transferência ... .. 353.3 Circuitos
de
Disparo dos Tiristores e Ponte Retificadora ... ..42
3.3.1 Descrição de
Funcionamento
... ._42
3.3.2Função
de
Transferência ... .. 433.4 Limitador
de
Correntede
Campo
... ..46
3.4.1 Descrição de
Funcionamento
... ..46
3.4.2
Função
de
Transferência ... ..48
3.5 Limitador
de
Correntede
Armadura
... .. 513.5.1 Descrição de
Funcionamento
... .. 51 ~ 3.5.2Funçao
de
'Transferência ... ..54
3.6 Limitador de Subexcitação ... .. 58 3.6.1 Descrição deFuncionamento
... .. 58 3.6.2Função de
Transferência ... .. 653.7 Limitadores
da Relação
Tensão/Freqüência ... ..68
3.7.1 Descrição de
Funcionamento
... .. 71a) Limitador
da
Relação Tensão/Freqüência ... ._ 71 b)Relé
VHZ
... ..74
c) Proteção Digital
DGP
... .. 743.7.2
Funções de
Transferência ... .. ... .. 75a) Limitador
da
Relação Tensão/Freqüência ... .. 75b)
Relé
VHZ
... .. 783.8 Estabilizador
de
Sistema de Potência (PSS) ... .. 823.8.1 Descriçao de
Funcionamento
... .. 833.8.2
Função de
Transferência ...86
3.9
Modelo Completo
do
Sistema ... .. 873.10
Conclusão
... .. 89Sumário
CAPÍTULQ
4
,
. 6
VALIDAÇAO
Do
Mo1›ELo
MATEMATICO
91
4.1 Introdução ... ._ 914.2 Considerações Gerais ... ._
92
4.3 Ensaios Estáticos ... _.
96
4.3.1Regulador Automático
deTensão
... ._97
4.3.2 Limitador de Correntede
Campo
... ._ 101 4.3 .3 Limitador de Corrente deArmadura
... .. 102a)
Lado
Sobreexcitado ... _. 102 b)Lado
Subexcitado ... .. 104 4.3.4 Limitador de Subexcitação ... _. 106 4.3.5 Limitador da Relação Tensão/Freqüência ... ._ 108 4.3.6 Estabilizador de Sistema de Potência (PSS) ... _. 109 4.3.7Resumo
dos Ensaios Estáticos ... _. 1094.4 Ensaios
Dinâmicos
e Simulações ... _. 110› 4.4.1 Considerações
Sobre a
Comparação
de Oscilogramas ... ._ 111 4.4.2 ReguladorAutomático
deTensão
... ... _. 113 4.4.3 Limitador de Corrente deCampo
... _. 119 4.4.4 Limitador de Corrente deArmadura
... ._ 123 a)Lado
Sobreexcitado ... ._ 123 b)Lado
Subexcitado ... ._126
4.4.5 Limitador de Subexcitação ... _. 129 4.4.6 Limitadorda
Relação Tensão/Freqüência ... .. 130 4.4.7 ReléVHZ
... ._ 132 4.4.8 Estabilizador de Sistema de Potência ... ._ 136`
4.5 Conclusão ... ._ 141
Sumário
CAPÍTULO
5
_COORDENACAO
DOS
COMPONENTES
~
5.1 Introduçao ... ..
5.2 Limitadores
de
Corrente deArmadura
e deCampo
... ..~ ~
5.3 Limitadores
da Relaçao
Tensao/Freqüência ... ..5.4 Limitador
de
Subexcitação e Proteção Contra Perda de Excitação _.5.5 Estabilizador
de
Sistema de Potência(PSS)
eDemais Componentes
5.6
Conciúsãö
5” ... ..CA1>ÍTULO_õ
CONCLUSOES
FINAIS
APÊNDICE
II
DADOS
DO
SISTEMA ELETRICO
~
I.1 Sistema
de
Excitaçao ... ..I.1.1
Ponte
Retificadora ... ._ 1.1.2Transformador de
Excitação ... ..I.2 Geradores ... ..
I.3 Turbina ... ..
I.4 Sistema
de
Potência ... ..O I.4.1
Transformador
Elevador... .. I.4.2 Sistema
de
Transmissão ... ..Sumário
APÊNDICE
II A_ ~
DIACRAMAS
ELETRONICOS
Do
SISTEMA
DE EXCITACAO
E171
APÊNDICE
III_ C
SISTEMATTZAÇAO
DO LEVANTAMENTO
IDAS
FUNÇOES DE TRANSFERENCIA
E
OUTROS CALCULOS
185
III.1 Filtro de lê
Ordem
... ._ 185 III.2 Controladordo
Tipo Proporcional (P) ... ._ 187III.3 Controlador
do
TipoP
com
Ganho
Ajustável ... .. 188HI.4 Regulador
do
Tipo Integral (I)com Tempo
Ajustável ... .. 193III.5 Controlador
do
Tipo PIcom Tempo
Integral Ajustável ... .. 194III.6 Controlador
do
Tipo PIcom
Parâmetros Ajustáveis ... .. 198III.7
Amplificador
com
Realimentação ... ._ 199III.8 Linearização dos Circuitos de Disparo e Ponte Retificadora ... ._
200
SIMBOLOGIA
A
simbologia utilizadano
trabalho é,em
geral, a usualmenteempregada
nosmateriais didáticos e publicações técnicas
comumente
encontrados enão
requer tratamentoespecial, sendo
que
cadanovo
símbolo introduzido viráacompanhado da
devida explicação.Uma
exceção é a simbologia usada nos diagramas analógicos, pornão
sertotalmente padronizada nos .meios técnicos.
A
utilizada neste trabalho é aquelarecomendada
pela
ELETROBRÁS,
atravésdo
Grupo
Coordenador
daOperação
Interligada(GCOI),
e émostrada a seguir para facilidade de consulta. _ '
Símbolo
DescriçãoAtraso Unitário 1 entrega
na
saida o valorda
entrada calculadono
passo deintegração anterior.
Hirüiüášáü
Bang-Bang
: entrega na saída 1, 0ou
-1,dependendo
de ser a entradapositiva, nula
ou
negativa.Conversor : converte a grandeza
A
na
grandeza B.Função
genérica : avanço, atraso, etc. (a função é indicada dentrodo
quadrilátero).
Ganho
K.
Integrador de constante
T
e valores de saida limitados entrem
eM.
e-).§s
Limitador : valores de saída limitados entrem
eM.
xii-Simbologia
Símbolo
e
+
S Negative Clipper: entrega na saída o valor de e
ou
zero,dependendo
deI
ser a entrada positivaou
não.K
C S
e 7i_ S Positive Clipper : entrega
na
saída o valor de-eou
zero, dependendo» de. n~
É
Descrigão
Off-set : entrega na saída a entrada acrescida de
K.
ser a entrada negativa
ou
ao.81 z z
Éfffi
e S
M
as
Rele : entrega
na
saidao
valor. ezou
ez,dependendo
de ser a entrada elnula/positiva
ou
negativa.Retificador controlado.
Seletor -de
máximo
: entrega _na saída o valormáximo
entre el e ez.“IS
Seletorde mínimo
: entregana
saída o valormínimo
entre el e ez.*ez
+
el~+
E 2 S_
ea 91 s 92Somador.
`Zero-Order
Hold
: entregana
saída a entrada elou
zero,dependendo
de ezser positiva
ou
nula/negativa. .CAPÍTULO
1
1NTRoDUÇÃo
E
oBJET1vo
O
bom
desempenho
deum
sistema elétrico de potência é determinado por vários fatores, taiscomo
continuidade defomecimento
e qualidadeda
energia fornecida.A
qualidadeda
energia, por sua vez, é avaliada basicamente pelocomportamento da
tensão eda
freqüênciaao longo
da
rede elétricae determinada a partir de critérios relativamente rígidos,
que
limitamas variações dessas grandezas
em
tomo
de seus valores nominais, tanto durante a operaçãonormal quanto
no
seguimento a perturbações.Em
condições de equilíbrio entre carga e geração,ou
durante certasperturbações nesse equilíbrio, a freqüência
do
sistema é satisfatoriamente mantida pelosreguladores de velocidade dos geradores, cuja ação é auxiliada por torques sincronizantes
desenvolvidos de
forma
espontânea pelo próprio sistema elétrico.O
controle da tensão, por sua vez, é feito deforma
descentralizada, ao longode
todo
o
sistema.É
importante observar que,em
um
sistema elétrico, o perfil de tensões está intimamente relacionadocom
o montante de energia reativa circulante ecom
a sua natureza,indutiva
ou
capacitiva. Portanto,um
determinado perfil de tensões implicauma
certaquantidade de potência reativa, ditada pelas características
da
parte passivado
sistemaelétrico,
ou
seja, cargas, linhas de transmissão, reatores, etc.Em
pontosdo
sistemaeletricamente próximos aos geradores, essa potência reativa, referida no jargão técnico
2 Introdução e Objetivo
suas limitações fisicas.
Em
locais eletricamente distantes dos pontos de geração, as necessidadesde
reativodevem
ser atendidas através de outros meios, taiscomo
compensadores de
reativo síncronos e estáticos, capacitores, reatores e transfonnadorescom
tapes variáveis, entre outros.Dos
sistemasde
controle citados, este trabalho abordará -apenas o reguladorde
tensão, cujafunção básica é a
de manter
constante,em
um
valorfixado
a
priori, a tensão nos temiinaisda
máquina
síncrona, atravésdo
ajuste constanteda
sua força eletromotrizou
tensão intema.Esse
ajuste é feito pelo controlevda tensão -aplicada ao enrolamento de excitaçãoda
máquina
síncrona.
-'
Desde
a suaconcepção
original, juntocom
a operação das primeiras máquinas síncronas, o reguladorde
tensão evoluiu bastante,como
se verá resumidamenteno
Capítulo 2.A
partir de suafimção
primitiva,que
era a de controlar a correnteno
enrolamento de excitaçãoda
máquina,
o
regulador sofreumudanças
conceituais e estruturais,- estas últimas'sempre
visandoa automatização e redução
de
seutempo
de
resposta. Diversas funções de controleforam
a eleincorporadas e,
modemamente,
todoo
conjunto é designado sistema de excitação.Dado
um
sistemade
excitação, qualquerque
sejao
seu grau de complexidade, é essencial conhecerem
detalheso~seu
funcionamento e ser capaz de representar suas funçoes mais importantesde forma
analítica, oque
constitui o'chamado modelo do
sistemaem
questão.Esse
modelo, acopladode forma
apropriada amodelos
compatíveis dos outroscomponentes
do
sistema elétrico' (linhasde transmissão, geradores, etc.), presta-se deforma
vantajosa paraas simulações .de
desempenho
do
referido sistema.As
simulações, largamente utilizadastantoz
Introdução e Objetivo 3
aspecto importante
no
tratamento dos sistemas elétricos de potência, pois-permitemque
sejamanalisados o
desempenho
e ocomportamento
de seus componentes, nas mais 'variadascondições de operação,
sem
que
esses elementos sejam de fato expostos aos desgastes e riscos inerentes a tais situações.Na
operação dos sistemas de potência, alémdo
subsídio à atividade deplanejamento, as simulações
têm
importância na análise de ocorrências, cuja finalidade éavaliar
o
desempenho do
sistema durante perturbações. Dessas análises,podem
surgirrecomendações
de alterações de ajustes de proteção, configurações operativas e outras açõespreventivas que evitem a reincidência de
desempenhos
considerados insatisfatórios.O
objetivo deste trabalho é a análisedo
sistema de excitaçãode
um
gerador~
síncrono, constituído de
um
regulador de tensao e de várias funções limitadoras acessórias, além deum
estabilizador de sistemade
potência (PSS,do
inglêsPower
System Stabílizer).O
trabalho consiste
no
levantamentodo modelo
matemáticodo
regulador ede
suas funçõesacessórias, discussão das interações entre esses
componentes
'ena
validaçãodo
modelo
obtido, através davcomparação de resultados de simulações
em
computador
digital, feitascom
o
referido modelo,com
registros dedesempenho
realdo
gerador.Aobtenção
do modelo
matemático deum
componente
qualquer,quando
talcomponente
já existe,pode
ser feita a partir de ensaios de funcionamento [1]ou
defonna
analítica. Para essa última abordagem, que é o caso presente, é necessário acesso a toda adocumentação
técnica pertinente, deforma que
se possa construirum
modelo
'que represente de fato o sistema real. Neste trabalho, procurou-se desenvolverum
modelo o
maispróximo
4 Introdução e Objetivo
real. Simplificações
foram
feitas apenasem
casosem
quecomprovadamente
a adição deum
detalhe
do
sistema fisicoao modelo não
traria.qualquerganho
em
precisão, e,quando
feitas,foram devidamente
justificadas.A
aplicação das técnicas de .levantamento .de «modelos e análisede
funcionamentoem
um
sistema real pretende dar ao trabalhoum
caráter práticoque
possa distingui-lo
de
uma
abordagem
apenas teórica.-
A
máquina
síncronaem
questão encontra-se atualmenteem
funcionamento e
faz parte
de
uma
usina hidrelétrica(3x179
MVA)
do
parque gerador 'deuma
empresa
concessionária
de
energia elétricado
sudeste brasileiro(CEMIG).
A
maior partedo
materialaqui apresentado foi colhida pelo autor. durante o processo de comissionamento
do
sistema deexcitação
do
referido gerador,no
período de1994
a 1995,no
qual teve ativa participação.A
motivação
paraum
trabalho dessa natureza surgiuda
idéia de compor,num
únicodocumento,
um
conjunto de procedimentos organizados deforma
didática para a análisede
um
sistemade
excitação já existente.Com
a versatilidade oferecida atualmente pelatecnologia
da
eletrônicade
potência, é relativamente simples a inclusão de qualquer funçãoadicional
num
sistemade
excitação estático.Tanto
isso é verdadeque
os grandes fabricantesoferecem
uma
larga variedadeidefimções
eopções
nos seus sistemasde
excitação,mesmo
que não
especificadas pelo cliente, esem
qualquer custo adicional,uma
vezque
o custodo
sistema
de
excitação,comparado
com
o da
máquina, é insignificante.Dessa
forma, osfabricantes
oferecem
seus sistemasde
excitaçaocomo
um
“pacote” bastante completo, que, sefor interesse
do
cliente,pode
ser alterado à vontade,sem
grande esforçoou
custo. .Assim, a questão
da
especificação técnicaou
do
projeto deum
sistema deIntrodução e Objetivo 5
para o aspecto
da
análise,do
perfeito entendimentode
como
funcionao
sistema ede
suarepresentação matemática para efeito de simulações. Isso
não
impede,no
entanto,que
sejamfeitasobservações e sugestões de melhorias
no
projeto,como
éo
caso deste trabalho.Apesar
de o trabalho enfocarum
sistema de excitação particular, édado
um
tratamento o mais genérico possível à análise feita.
Cada
componente do
conjunto é discutidoem
termos de sua importância para o sistema elétrico, sua concepção e filosofia de atuação,depois
do que
é feitoo
levantamentodo modelo
matemático específico.No
Capítulo 2, é feitoum
breve históricoda
evolução dos sistemas «deexcitação, abordando-se alguns dos avanços conceituais por eles sofridos.
É
dada
também
uma
visão panorâmicado
sistema aqui analisado,em
que
sãocomentados
sua estrutura e seuselementos componentes, e é apresentado
um
diagrama geral mostrandocomo
os elementossão associados para a formação
do
conjunto. Para cada item, é apresentadatambém
uma
descrição sucinta de funcionamento.
No
Capítulo 3, os diversoscomponentes do
sistema» de excitação são analisadosem
detalhe.São
'mostrados osmétodos
de levantamentodo modelo
matemático, a partir dosdiagramas eletrônicos, e comentadas as eventuais simplificações feitas.
O
funcionamento decada
componente
é explicado detalhadamente e o resultado final é a obtençãodo modelo
matemático
do
sistema de excitação a ser utilizadoem
simulações digitaisda
operaçãodo
sistema elétrico. `
Uma
vez obtido omodelo
matemático completo, o Capítulo4
tratada
sua6 Introdução e Objetivo
desenvolvido e esses resultados são
comparados
com
registros obtidosno campo,
durante ostestes
de
comissionamento,quando foram
submetidos a ensaios todos oscomponentes do
sistema
de
excitação.A
partirda
análiseda comparação
desses resultados, tiram-seconclusões sobre a fidelidade
do
modelo
e são feitas sugestõesde
melhorias para o sistema deexcitação.
No
Capítulo 5, é feitoum
estudode
coordenaçãoda
atuação dos diversoscomponentes,
a partirdo modelo
construído.As
interações entre as diversas fiinçõesdo
sistema
de
excitação,algumas
das quais conflitantes e outrasque
sesuperpõem
em
situaçõesespecíficas
de
operação,requerem
uma
definição precisa dos ajustes e faixas de atuaçãode
cada componente, de
modo
que
se obtenhaum
conjunto cujo funcionamento seja harmônicoem
qualquer situação operativa. Para essa discussão, abordam-se alguns aspectos teóricos epráticos
da
operação e proteção demáquinas
síncronas e de sistemas de potênciaem
geral,que
fomecem
subsídios para as definições procuradas.H
A
conclusãodo
trabalho é feitano
Capítulo 6,em
que
se fazuma
síntesedo
que
foi apresentado ecomentam-se
os resultados' obtidosSão
apresentadas sugestões de melhorias parao
projetode
sistemasde
excitação etambém
sugestões para outros trabalhosacadêmicos
nessa área.Compõe
ainda o trabalhoum
conjuntode
3 Apêndices, em'que
sãoapresentados os
dados do
sistema elétrico (excitação, geradores e sistema de transmissão), diagramas eletrônicosda
excitação e sistematização dos cálculos das funções, de transferência, juntamentecom
outros cálculos,além
da
listade
referências bibliográficas.CAPÍTULO
2
AEVOLUÇÃO
DOS
SISTEMAS
DE EXCITAÇÃO E
DESCRIÇÃO INTRODUTÓRIA
DO
SISTEMA
EM
ESTUDO
2.1
INTRODUÇÃO
Neste capítulo, são
comentadas
algumas etapasda
evolução dos sistemas de excitação,em
que
foram incorporados ao conceito restrito de controleda
excitação aspectosmais abrangentes relacionados à
máquina
síncrona e ao sistema elétricodo
qual ela faz parte.Dessa
forma, tem-seuma
idéia decomo
osmodernos
sistemas de excitaçãodesempenham
funções de controle e proteção
da máquina
síncrona edo
sistema elétrico, demodo
acontribuir efetivamente para o
bom
desempenho
dos sistemas de potênciaem
todas as situações operativas.É
dadatambém
uma
visão geraldo
sistema de excitação a ser analisado,com
o
auxílio deum
diagramaem
blocos simplificado,em
que
são representados todos oscomponentes
de interesse.Cada
componente
é apresentado individualmente e suas características, assimcomo
a operação de todoo
conjunto, são discutidasem
caráter introdutório.8 Evolução dos Sistemas de Excitação e Descrição Introdutória do Sistema em Estudo
2.2
EVOLUÇÃO
Dos
SISTEMAS
DE
EXCITAÇÃO
O
reguladorde
tensão primitivo consistia basicamente deum
reostato, operadomanualmente,
ligadoem
sériecom
o enrolamento de excitaçãodo
gerador.Seu
objetivo eracontrolar a intensidade
da
correntena
bobina de campo, corrente estafomecida
porum
gerador auxiliar
de
corrente contínua,denominado
excitatríz. Esse método, além de dependerda
presençade
um
operador, erapouco
eficiente,dada
a potência dissipadana
resistênciado
TCO SÍaÍO.Um
melhoramento
desse sistema foi a substituiçãodo
controle diretoda
corrente pelo controle
da
tensãoda
excitatriz [2-4].Com
o aumento da
complexidade dos sistemas de potência,em
que
as cargasforam
se distanciandodos
locaisde
geração, foi introduzido o controle automático de tensão,uma
vez que
começaram
a surgir problemasde
estabilidade transitória após perturbações na rede, taiscomo
curtos-circuitos nas linhasde
transmissão. Nessas situações, quanto maisrápida a recuperação
da
tensão após a perturbação,menor
o
risco de perda de estabilidade.A
meta
seguinte buscadana
evolução dos sistemas de excitação foi a reduçãodo tempo
de
respostado
regulador, principalmenteem
situações pós-perturbação.A
necessidade
de melhor
utilizar os sistemas de transmissão,aumentando
as potênciasmáximas
transmitidas pelas linhas, e
de
diminuiro
número
de
interrupções causadas por perturbações narede,
melhorando
assim a qualidadedo
atendimento ao consumidor,motivou
a busca deEvolução dos Sistemas de Excitação e Descrição Introdutória do Sistema
em
Estudo 9conseqüência direta de
uma
rápida recuperação da tensão apósuma
perturbação.Esse objetivo só
começou
a ser realmente atingido a partir da década de 60,com
o
desenvolvimento da eletrônica de potênciaem
estado sólido.A
partir de então, foipossível a construção de retificadores controlados,
que
substituíramcom
grandes vantagens técnicas e econômicas as excitatrizes rotativas constituídas por geradores de corrente contínua.Já faz alguns anos, os sistemas de excitação para máquinas síncronas são constituídos de
pontes retificadoras controladas a tiristores, cujas principais características são
o
reduzidotempo
de resposta, custos mais baixos, alta confiabilidade e grande facilidadede
manutenção.A
versatilidade proporcionada pela tecnologia de semicondutores levou ainda,num
espaço detempo
relativamente curto, à inclusão nos sistemas de excitação de várias outras funçõesnão
diretamente ligadas ao controle da tensão terminal
da máquina
síncrona.O
funcionamento seguro deum
gerador síncrono se dánuma
regiãodo
planoP,Q
(potências ativa e reativa) delimitada por várias curvasque
traduzem suas limitaçõesfisicas e cujo conjunto é
chamado
curvade
capacidade damáquina
síncrona. Essas limitaçõesestão relacionadas
com
o
valormáximo
da
correntedo
estatorda máquina
ecom
os valoresmáximo
emínimo da
corrente de rotor, além das limitaçõesda
turbina eda
região deinstabilidade,
com
pode
ser visto na Figura 2-1 seguinte.Em
muitos projetos atuais, a cada trechoda
curva de capacidadeda máquina
síncrona corresponde
uma
função limitadora acrescentada ao sistema de excitação.No
entanto,10 Evolução dos Sistemas de Excitação e Descrição Introdutória do Sistema
em
EstudoLD
Ptzzëzzziz Ativa (p.u.) limitaçäú daturbina
O 8 '\limitaçãu do estatrfri
0,6_
D 4 limite de estabilidade limitação du rutur Região Região
Subexcilada Subreexcitada
0,2_
D U limite de excitação
'-1,0 -u,s -u.õ -11,4 41,2 0,0 0,2 0,4 n,õ u,s
Potência Reativa (p.u.)
Figura 2-1
Curva de Capacidade Típica de
Um
Gerador Síncrononão
substituem qualquerfimção
de proteçãoda
máquina
síncrona.Sua
finalidade é,na
realidade, evitar
que
amáquina
seja retirada de serviço deforma
intempestiva poralgum
dispositivo
de
proteção,impedindo
sua operaçãoem
regiõesdo
planoP,Q
que
exigiriam a~ ~
atuaçao dessas proteçoes.
Pode-se
dizer, portanto,que
o primitivo reguladorde
tensão evoluiu bastanteaté se
tomar
o
modemo
sistemade
excitação.Sua
função básica continua sendo a defomecer
e controlar a corrente
do
errrolamentode
campo
da
máquina,mas
outros aspectos referentesao
gerador e ao sistemade
potênciapassaram
a ser considerados [4].Em
relação àmáquina
síncrona,
um
sistemade
excitação atualdeve
ser capaz de mantê-la operando dentro de suacurva
de
capacidade,em
condições normais, e de responder satisfatoriamente a perturbações transitórias.Como
as violações dos lirnites estabelecidos pela curva de capacidadedo
geradorem
geralenvolvem fenômenos
térmicos, dependentesdo
tempo, a atuaçãodo
sistema deexcitação
deve
explorar as capacidades de sobrecarga de curta duraçãoda
máquina, demodo
aEvolução dos Sistemas de Excitação e Descrição Introdutória do Sistema
em
Estudo llNo
que
concerne à rede elétricada
qual faz parte,o
sistema de excitaçãodeve
contribuir para
o
controle efetivodo
perfil de tensões, atravésdo
controle da potência reativa, e para a melhoria da estabilidade.No
casoda
estabilidade transitória, sua contribuição se faz através de respostas rápidas a perturbações de vulto,com
elevados valores de tensões de teto,e,
no
casoda
estabilidade dinâmica, pelamodulação da
tensão decampo,
visando amorteceroscilações
do
sistema.2.3
DESCRIÇÃO
SUCINTA
Do
SISTEMA
DE
EXCITAÇÃO
.
O
sistema de excitação estudado écomposto
porum
controladordo
tipoproporcional-integral (PI), doravante designado regulador automático de tensão,
ou
RAT,
ao
qual são agregados vários outros dispositivos :
. Limitador de corrente de
campo, ou
de sobreexcitação; - Limitador de corrente de armadura;- Limitador de subexcitação;
. Limitadores
da
relação tensão/freqüência (V/Hz);. Estabilizador de sistema de potência (PSS).
A
função básica deum
regulador de tensão,como
já visto, é ajustar continuamente a tensao intemaou
força eletromotriz damáquina
síncrona, demodo
a mantersua tensão temrinal a mais próxima possivel
do
valor desejado, corrigindo quaisquer desvios12 Evolução dos Sistemas de Excitação e Descrição Introdutória do Sistema
em
EstudoGrosso modo,
essa função é realizada a partirda comparação
deum
valor de tensão contínua proporcionalao
valorRMS
da
tensão terminalda
máquina, a cada instante,com
a tensãode
referência (V,.,f).Essa
grandeza étambém
um
valor de tensão contínua,ajustável por
um
potenciômetro motorizado, e proporcional à tensão terminal desejada para a máquina.O
resultado dessa comparação,o
chamado
sinalde
erro (Vem), é aplicado ao controlador PI, eo
processo se desenvolvecomo
se verá ainda neste capítulo.Em
um
sistemade
excitação mais complexo,como
o aqui estudado, alguns dossinais
dos
outros componentes,além
daqueledo
RAT,
também
participam daformação do
sinalde
erro.Como
pode
ser vistono
diagrama simplificado da Figura 2-2 seguinte, os sinaisdos
limitadoresde
correntede
campo
ede
corrente de armadura, assimcomovo
do PSS,
entram na composiçao do
sinal de errodo
RAT,
formando
a parceladenominada
sinais adicionais (Vadic).O
sinal de erro é processado pelo controlador PI,na
saídado
qual os sinais doslimitadores
da
relação tensão/freqüência e de subexcitação são incorporados através deseletores
de
valoresmáximo
(M)
emínimo
(m), respectivamente.O
sinalde
controle (Ue), assim obtido, é então direcionado aos circuitos de disparoda
ponte retificadora a tiristores.Na
Figura 2-2, émostrado
também
o sinaldo
relé VI-IZ, cuja função é similar àdo
limitadorda
relação tensão/freqüência.A
diferença éque
ele atuano
valor da referência deEvolução dos Sistemas de Excitação e Descrição Introdutória do Sistema
em
Estudo 13 da Corrente de CampoV
ÍV
Relé z;W
~ ~ f Ponte _ IH
f-
_+
RAT
M
zuRflfifiwlm
s"
+
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-
Verm
Ue Ot f *ff ~ za-a,-*== ` I. ao - Subexzi ›= I vt ,I g V* 'f ' flafiehção VIH: " I ‹I.aCon¬ente ~-Annad -. Figura 2-2Diagrama Simplificado do Sistema de Excitação
É
oportuno fazer aqui algumas considerações sobre os pontos de entrada dossinais dos diversos
componentes
do
sistema de excitaçãoem
relação aoRAT
[4].A
localização
da
entradado
sinal deum
componente do
sistema é definida pelo projetista segundo alguns critériosque
são, até certo ponto,um
tanto subjetivos.Como
visto, a partecentral
do
sistema éo
controlador PI.Todos
os sinais presentes na sua entradatêm
igualimportância, sendo a ponderação entre eles feita apenas pela intensidade
ou
amplitudede
cadaum.
A
soma
algébrica desses sinais,como
também
já visto, é o sinal de erro que, processadopelo controlador PI, produz
o
sinal de controle Ue.Dependendo
da importância atribuída aum
certo componente,ou do
tipode
14 Evolução.dos Sistemas de Excitação e Descrição Introdutóriado Sistema
em
Estudono
sistema se façaapós o
controlador PI,como
aconteceno
caso presentecom
os limitadoresda
relação tensão/freqüência e de subexcitação.No
sistema estudado, esses limitadores sãoincorporados através
de
dispositivos seletores de valoresmáximo
e minimo.Por
exemplo, imagine-seque o
Iimitadorde
subexcitação teve seu limite violado.Se
o
sinal produzidona
suasaída ficar
menor
que 0
sinal existentena
saídado
RAT,
o seletor de valormínimo define o
sinal
do
Iimitadorcomo
o
sinaldecontrole
U,
. Assim, durante todoo
tempo
em
que
semantiver tal situação,
o
controleda
excitaçãoda máquina
será feito pelo Iimitador. Situação ~análoga ocorre
quando o
limite violado foro da
relação tensao/freqüência.Dessa
forma, diz-seque o
Iimitadorem
atuação“toma” o
controledo
RAT,
e o projetista deverá provero
Iimitador
em
questãocom
um
controlador capaz de trazer a variávelque
violou seu valorlimite
de
volta à faixade
operação normal, deforma
que o controleda
excitação seja~
“devolvido” ao
RAT.
O
critério utilizado aqui pelo projetista, quanto à localizaçaoda
entradados
sinaisdos
limitadores, será discutidono
capítulo seguinte,quando
será feitauma
análise mais profundade
cadacomponente do
sistema de excitação.'
O
ângulode
disparo otdos
tiristores é determinado a partir deuma
função linearda
tensãode
controle Ug, ecom
a variação de otem
função de U., controla-se a tensão aplicadaao
enrolamentode
campo
da máquina
(Efd).O
controleda
tensão decampo
Efd,que
é a fase finaldo
processo realizado pelosistema
de
excitação, resultano
controleda
tensão terminal damáquina
(Vt), ou,quando
essatensão é
fixada
pelas condiçõesdo
sistemaao
qual amáquina
está ligada,na
determinaçãodo
Evolução dos Sistemas de Excitação e Descrição Introdutória do Sistema
em
Estudo 15ä
2.3.1
REGULADOR AUTOMÁTICO
DE
'TENSAO
E
PONTE
RETIFICADORA
O
controlador PI processa o sinal de erro de controle, formado,como
pode
servisto na Figura 2-2, pela tensão de referência, tensão iterminal, sinais dos limitadores de
corrente de
campo
e dearmadura
ePSS
(Vem,=
Vmf
- V, '+ Vadic).O
controlador écomposto
por
um
ganho
(parte proporcional) epor-um
integrador (parte integral),ambos
ajustáveis.O
sinal de saídado
seletor de valormínimo
(m), resultadoda comparação
entre as saídasdo
RAT,
do
limitadorV/Hz
edo
limitador de subexcitação, toma-seo
sinalde
controle
U, do
sistema de excitação. Esse sinal é lirnitado entre-7
V
e+5
V, valoresque
produzirão, respectivamente, as tensões de teto
máxima
emínima do
campo
de
excitaçãoda
máquina,
como
se verá oportunamente.Os
valores deganho
e detempo
integralforam
determinadosquando do
levantamento das funções de transferência e serãocomentados no
capítulo correspondente.
O
sinalUe
é a entrada dos circuitos de disparo dos tiristoresque
compõem
a ponte retificadoraque
alimentao
campo
da máquina.Os
circuitos de disparo são projetados detal forma que há
uma
relação linear entre a tensãoU6
e o ângulo ot,dada
pela expressão(X
=
k1U¢+
kz ,em
que os parâmetros kl e kz são ajustáveis.O
ângulo assim obtido fornece a tensão decampo
16 Evolução dos Sistemas de Excitação e Descrição Introdutória do Sistema
em
EstudoEm
=`1,35ErLC0S(0L)-RJfô
,em
que
:.
ELL
é a tensão eficaz trifásicado
secundáriodo
transfonnador deexcitação (Euflominal
=
370
V);.
Rc
éuma
resistência equivalente utilizada para representar aqueda
de tensãoCC
provocada
pelofenômeno da
superposição (overlap) de correntes nos tiristoresda
ponte retificadora durante
o
processo de comutação[5]; R¢=6fLc,onde
f é afreqüência
da
rede (60Hz)
e Lc é a indutância equivalente atrás da tensão ELL ;. Ifd é a corrente
de campo.
O
diagrama
em
blocosda
ponte retificadora -émostrado
a seguirna
Figura 2-3.Jffú
_ 0: = I],l745Ue + 1,7453 ça
Em
= 499,5VtCDS(t2)-l],0[I6IflUE
_ _Efd
(EQUÀÇÀO
1 ) (EQUÀÇÀO
2)T
vt
Figura 2-3Diagrama
em
Blocos da Ponte RetificadoraA
determinação dos valores numéricos dos parâmetros kl, kz eRc
será mostradaEvolução dos Sistemas de Excitação e Descrição Introdutória_do Sistema
em
Estudo 172.3.2
LIMITADOR
DE
CORRENTE DE
CAMPO
O
linritador de corrente decampo
(Ifd),ou
de sobreexcitação,tem
por finalidadeimpedir
que
a corrente decampo
ultrapasse valores acima dos quais ocorreum
aquecimentoexcessivo
do
rotor. Esse aquecimento,que pode
ocorrerquando
amáquina
estáoperando na
região sobreexcitada (lado direito da curva de capacidade, Figura 2-1), não está ligado
ao
fenômeno
de sobreexcitação propriamente dito,como
a expressão lirnitador de sobreexcítaçãopoderia sugerir,
mas
sim às perdas ôhmicasna
resistênciado
rotor (rflzfd).A
limitação,portanto, é feita apenas
no
valor da corrente de campo.O
sinal de errodo
limitador,dado
pela diferença entre a corrente real eo
limite estabelecido para Ifd(Im =
Ifd¡¡m - Ifd) é filtrado e aplicado aum
controladordo
tipo PIcom
ganho
ajustável.Enquanto
a corrente decampo
permanece
abaixodo
limite, a saídado
limitador
fica
saturadaem
um
valor negativo e sua contribuição aoRAT
é nula, devido à presença deum
diodo.Quando
Ifd ultrapassao
valor de Ifd¡¡m,o
limitador inicia sua atuação,após decorrido
o
tempo
necessário paraque
o
sinal de saída setome
positivo.O
lirnitador atuana entrada
do
RAT,
simulandoum
desvio da tensão tenninalem
relação à referência,como
pode
ser visto na Figura 2-2.2.3.3
LIMITADOR
DE
CORRENTE
DE
ARMADURA
O
limitador de corrente de armadura,ou
de corrente Igdo
gerador, atuano
sentido de impedir
que
o ponto de operaçãoda máquina
fique
forada
sua curvade
capacidade,18 Evolução dos Sistemas de Excitação e Descrição Introdutória do Sistema
em
EstudoNa
realidade, os circuitosdo
estator damáquina
suportamuma
sobrecargacontínua
de
10%
sem
perdade
vida útil,conforme
constana
sua especificação técnica. Esse,portanto, é
o
valorde
referênciado
lin1itador(Ig¡¡,,,=
1,1IgN0m¡m1).A
redução de
corrente de armadura, através deuma
açãodo
sistema deexcitação, é alcançada através da redução
da
geraçãoou
absorçãode
reativo pelo gerador,o
que
é obtido pela reduçãoou
aumento da
tensão intema da máquina, respectivamente. Se,no
~
entanto,
quando da
violaçaodo
limitede
Ig,o
montante de reativo geradoou
absorvido forpequeno,
a atuaçãodo
limitadornão
será efetiva, poisuma
reduçãoda
parcela reativada
corrente (IQ),
que
já é pequena,não
alteraria substancialmenteo
valor de Ig (Ig=
,/IP2+
IQ2 ‹,onde
Ip é a parcela ativada
corrente). Tal açãopode
provocar, ainda,uma
oscilaçãodo
'pontode operação
em
tomo
do
eixoQ
=
O (Figura 2-1).Para
evitar essa instabilizaçãono
sistemade
excitação, o limitador de correntede
armadura
édotado de
circuitosque
o
tomam
inoperantequando
a parcela IQda
corrente dearmadura
for inferior aum
certo valor,normalmente
de 10 a20%
da corrente nominal, aquidenominado
IQ¡,,,_A
atuaçãodo
limitador se faz, portanto,quando o
limite Igfim é excedido e aparcela IQ
da
corrente reativa está forada
faixade
insensibilidade descrita acima (IQ>
IQ¿,,s).O
sinalde
errode
controle,dado
pela diferença (Ig1¡m- Ig), é processado por dois~
circuitos distintos,
que
supervisionam a operaçaodo
gerador nos casos sobreexcitado esubexcitado. Esses circuitos são basicamente iguais, cada
um
delescomposto
pelomódulo
queEvolução dos Sistemas de Excitação e Descrição Introdutória do Sistema
em
Estudo 19No
caso sobreexcitado,uma
vez satisfeitas as condições para a atuaçãodo
limitador (Ig
>
Ighm e IQ>
IQ¡ns), o sinal de erro de controle é aplicado ao PI correspondente.Após
decorridoo
tempo
necessário paraque
o PI saiado
valor negativoem
que se encontravasaturado e se
tome
positivo, sua saída passa a contribuir parao
RAT
(Figura 2-2),provocando
uma
redução da tensão internado
gerador,o que
resultaem
menor
geração de reativo eportanto
menor
corrente de armadura Ig.Nessa
atuação,o
circuitoque
monitora a operaçãosubexcitada
do
gerador é inoperante, vistoque
a saída de seu controlador PIfica
saturadaem
um
valor positivo,que
é bloqueado pela presença deum
diodo.No
casoda
operação subexcitada da máquina,o
funcionamentodo
limitadorzdecorrente de armadura é inteiramente análogo ao descrito para
o
casoda
operaçãosobreexcitada.
Uma
observação interessante éque
a atuação desse limitador se faz maispresente
quando o
gerador opera subexcitado (lado esquerdoda
curva de capacidade mostradana
Figura 2-1).Na
operação sobreexcitada, a corrente decampo
Ifd é fator mais limitantedo
que
a de armadura Ig,como
pode
ser visto pela assimetriada
curva de capacidade, eo
20 Evolução dos Sistemas de Excitação e Descrição Introdutória do Sistema
em
Estudo2.3.4
LIMITADOR
DE SUBEXCITAÇÃO
O
limitadorde
subexcitação, de aplicaçãoum
tanto controversa [4, 6-11], énormalmente
utilizadocom
os objetivos descritos a seguir :-e Evitar a ocorrência
de
valores muito baixos 'da corrente de excitação, oque pode
enfraquecer a interação entre os
campos
magnéticos girantes a ponto deo
rotorperder totalmente
o
acoplamentocom
o
campo
magnéticodo
estator,provocando
aperda
de
estabilidadeda
máquina;. Impedir
que
a corrente de excitaçãoem
turbogeradores atinja valores abaixo dosquais
podem
ocorrer pontos localizadosde
aquecimentono
estator, naschamadas
regiões
de
cabeçaou
fim
de bobinas.Como
já foi dito, o limitador de subexcitação atua na saídado
RAT,
limitandoo
sinal
de
controle (Ue) aum
valormáximo,
correspondente aum
valormínimo
de tensão (e decorrente) de excitação
que
assegura a estabilidadeda
máquina
e sua operação afastadado
limite
de
exeiieeâeminima
(Figures 2-2 e 2-4).'
A
necessidadeda
rápida atuação desse limitador,quando
o fator mais limitante é a estabilidade, -é justificada pela constatação de que,uma
vez ultrapassado o limite estáticode
estabilidade, amáquina
sai de sincronismoem
relação ao sistema ao qual estava ligada esofre os efeitos
danosos da
perda de estabilidade (fortes impactosno
rotor provocados peloEvolução dos Sistemas de Excitação e Descrição Introdutória do Sistema
em
Estudo 21circunstâncias,
como
medida
extrema para evitar as conseqüências da perda de estabilidade, asmáquinas normalmente têm
uma
proteção contra perda de excitação (por exemplo,um
relé tipoLOE,
ou Loss of
Excitation Relay),que
desliga amáquina do
sistema.Quando
o
aspecto da estabilidadedo
geradornão
é crítico, nãohá
necessidadede ação imediata
do
limitador,o que
justifica,em
alguns projetos, a inserçãodo
sinal desselimitador na entrada
do
RAT,
compondo
a parcela de sinais adicionais.No
sistemaem
estudo, a estruturado
Iirnitador cobre igualmente as duas situações,porém
com
ênfasena
estabilidade.A
região de operação permitida, definida pelo limitador de subexcitaçãono
plano P,Q,
pode
ser delimitada por arcos de circunferênciaou
segmentos de reta,dependendo
de
que
grandezas são usadascomo
sinais de entrada.A
utilização de amostrasde
tensão ecorrente terminais produz caraterísticas circulares, enquanto sinais das parcelas ativa e reativa
da corrente Ig
definem
caraterísticas retilíneas.A
combinação
desses sinaiscom
uma
amostraproporcional à tensão Vt
pode
aindatomar
essas características fixasno
plano P,Q,independentes das variações da tensão terminal [10].
O
limitadorempregado
aquitem
característica retilínea,podendo
gerar até três segmentos de reta, cujas posiçõesno
planoP,Q dependem
da
tensão terminal. 'As
curvas de estabilidade, teórica e prática, assimcomo
asda
proteção e acaracterística
do
limitadorpodem
ser vistas sobrepostas auma
curva de capacidade genéricana
Figura 2-4 a seguir.O
conjuntodá
uma
idéia preliminar decomo
esses elementosdevem
ser coordenados.22 Evolução dos Sistemas de Excitação e Descrição Introdutória do Sistema em Estudo
Potência Ativa (p.u.)
1=°LimimTzóúz»
Limiúzlzrgfizo :-:-:-:-:~:-'-' ¡;¿fTfT¡T¡;¡;¡' úzrsúzbiliúzúz deftflblllflflfle . :¬-:-:~:-: us-Amzçäza»
4 _.¡Êf ._ReléLOE
_-j-j- _ .In -.'... ...'...'z...___ ...'.' '-'.'..- ii 045-°'?°m
:¡:¡ Rzgiâoúzopzz-zçâzzrmzúfiúz :¡:¡:¡ 1/I '_'.:.:.:.1.1.2.:_:.:.:.;|¿:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.:Í'Í 0.41 3 _:fÍ¡:¡:¡:¡:¡:¡:¡:¡._ v H u A i 'H
_ Ê\Lizzú.lú:iaúr ¡: ._~. zz,-zg íí _Fsfsisfs.
55* _ _ 51 Lizzúúzaz .zz c -'í.M.í'!Í!'*í'*.1'¡?“Fi.'*%'F.*"".'.í:í:Í:Í:Í:Í: _ . .Í:Í:Í:Í:¡. . . :í:Í:Í:Í: . _ .Í:¡:¡:. .-:Í:Í' . _ .Í:Í:Í 0,0 | 1 --- -_, --- --- -1,2 -IJ] -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 Poi1'ènciaReafiva(p.u.) _ Figura 2-4Curvas de Estabilidade, Proteção e Limitador de Subexcitação
~
A
região permitida de operaçao,no
que tange ao limitador(em
destaquena
Figura 2-4), é delimitada à esquerda por segmentos de reta, ajustados
no
módulo
eletrônicocorrespondente
em
função das parcelas ativa e reativa da correntedo
gerador e parametrizadaspela tensão terminal.
A
Figura 2-4 foi traçada para a tensão terminal de100%.
Quando
o ponto de
operaçãoda máquina
se encontra dentro da regiãodelimitada pelos
segmentos de
reta,o
sinal de errodo
limitadortem
polaridade positiva e asaída
de
seu controladorPI
étambém
positiva.Como
aconexão do
limitador aoRAT
é feitavia
um
seletorde
valor mínimo,não há
contribuição neste caso, pois a saidado
RAT
énormalmente
negativa e prevalece sobre ado
limitador. Se, por outro lado,o
ponto deoperação
invade a região proibida, as polaridades citadas parao
limitador se invertem e, se suasaída se
tomar
inferior àdo
RAT,
o
sinalde
controle passa a ser a saídado
limitador,o que
Evolução dos Sistemas de Excitação e Descrição Introdutória do Sistema em Estudo 23 2.3.5
LIMITADORES
DA
RELAÇÃO
TENSÃO/FREQÚÊNCIA
aA
sobreexcitaçãoem
circuitos magnéticos éum
fenômeno
causado por tensãoelevada
ou
freqüência reduzida,ou
ainda pelacombinação
deambas
[4, 12, l3].Também
referida na literatura
como
sobrefluxo, a sobreexcitação,quando
sustentada,provoca
aquecimento excessivo
em
partes localizadas dos núcleos de transformadores e geradores epode, ao longo
do
tempo, causar falhas nesses equipamentos,uma
vez que seus efeitos sãoacumulativos.
Como
a sobreexcitação é dependente tanto da tensão, de fonna direta, quantoda
freqüência, deforma
inversa, os dispositivosempregados na
sua supervisão e controleutilizam
como
sinal de entrada a razão entre essas grandezas.Em
relação ao sistema estudado neste trabalho, a análise é centrada!no
transformador elevador,
uma
vez que a presençado
entreferrono
geradoro
toma menos
suscetível aos efeitosda
sobreexcitação.Os
dadosdo
gerador edo
transformador são resumidosno Apêndice
I.i
O
nívelmáximo
de sobreexcitaçãoou
sobrefluxo suportável porum
transformador típico é mostradona
Figura 2-5 a seguir [12].A
grandeza representadano
eixo vertical,V/Hz,
é obtida pela divisãoda
tensão pela freqüência,ambas no
sistemapor
unidade24 Evolução dos Sistemas de Excitação e Descrição Introdutória do Sistema
em
EstudoM5
Relação
`WI-I: (Wir)_ 5
Transformador da
I-I -BD iãllnl 5» o oo ---- -- Q Q o oooo- Í W UI Iâl :::Ê:: T./r-ansforroador Típico .¡¡š..T=.E .... . . . , . ,_ í hà 1: __._._.._._.__._._.,=,,,_ iI
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(minuto s)m
mn
Figura 2-5 çCurva de Suportabilidade de Transformadores à Sobreexcitação
O
transformador elevadorda
máquina,como
fonna
decompensar
aqueda
de tensão provocada-pelapassagem de
reativo, possuiuma
relação de transformaçãoque
funcionacomo
sehouvesse
um
tapedo
ladoda
baixa tensão (13,45kV)
quando comparada
à tensãonominal
do
gerador (13,8kV), e, por isso, a especificação da sua suportabilidade àsobreexcitação foi feita
um
pouco
acima da
tipica,como
pode
ser visto namesma
figura.Os
efeitos danososda
sobreexcitaçãoem
transformadores sãobem
explicadosem
[l2, 13] e exige-se ação imediata para evitá-los. Para tanto, existem dois dispositivos vinculadosao
RAT,
sendoque
um
deles,o
reléVHZ,
é formalmente tidocomo
um
item deproteção, e