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ENFERMAGEM
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D|AEE9TEs9.m-?o919
ACADÊMICAE
EERLÂ*`šLiL&}E|RA
%
UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA
,CATARINA
CENTRO
DE
CIENCIAS
DA SAUDE
CURSO
DE
GRADUAÇÃO
DE
ENFERMAGEM
APLICANDO
A
TEOR_IA
DO
AUTO-CUIDADO DE
OREM
NO
CUIDADO
JUNTO
A
CRIANÇA,_ADOLESCENTE E
SUA
FAMILIA
QUE
VIVENCIAM
A
DIABETES
TIPO
1.cúda
EE
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I-1 T-¡E
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032 auo ë N ENF adoid
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N.Cham. Auo ‹_z : Bey T'uo:Api L‹ -_‹ ¢..› _. ÇCSNI TCC UFSC ENF 0312 Ex. _ FSC BSCCSM CCSM EXURELATÓRIO
FINAL
APRESENTADO
À
DISCIPLINA
INT
5134
ENFER-
MAGEM
ASSISTENCIAL
APLICADA,
PARA
CONCLUSÃO
DO
CURSO
DE
GRADUAÇÃO
EM ENFERMAGEM
DA
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE
SANTA
CATARINA.
ACADÊMICA
:PERLA
SILVEIRA
BLEYER
ORIENTADORA:
ROSANE GONÇALVES
NITSCHKE
SUPERVISORA: CLARICE
RAQUEL
MENDES
SIELSKI
39
MEMBRO
DA
BANCA: IVONETE
S.
BUSS
HEIDMANN
FLORIANÓPOLIS,
JULHO
DE
1999.
“Quando
olho
uma
criança
ela
me
inspira
dois
sentimentos,
ternura
pelo
que
é,e respeito
pelo
que
ll
possa
ser
.Jean
Piaget
AGRADECIMENTOS
_A
Deus, que desde
o iníciode minha caminhada
estavas comigo.Quero
te agradecer e te oferecer,humildemente
a vida, o amor, a felicidade,enfim, a vitória deste
momento.
À
minha
mãe,
Mariade
Fátima Silveira,que
abriu as portasdo
meu
futuro,iluminando
meu
caminho
com
a luzmais
brilhanteque
pode
encontrar:O
Estudo.Trabalhando
dobrado, sacrificandoseus sonhos
em
favordos meus; nao
foiapenas
mae,
más
amiga
e companheira,mesmo
na horaem
que
meus
ideaispareciam distantes e inatingíveis e o estudo
um
fardopesado
demais.Obrigada
por tudoque
fizeste pormim sem
que ao
menos
eu
soubesse.Obrigada
pela liçãode
amor
que
me
ensinaste durante toda a vida.Tomara
Deus,que
eu possa
transmiti-lano
exercíciode
minha
profissão eensiná-la
aos
meus
filhos,com
amesma
dignidadecom
a qualvocê
fezchegar
amim.
Ao
meu
pai
ausente, pelogrande
amor sempre
para comigo.A
tuamissão
nestemundo
foi curta demais,porém
maravilhosa.E,
mesmo
longe, deverá estar orgulhosoem
ver-me vencendo
esta batalha,que
certamente constavaem
teus sonhos.z
Pelo teu amor, deixo a
minha
lembrança, cheiade saudades
e alegria.Ao
meu
noivo,um
obrigado especial, pelo apoioem
todos osmomentos.
Hoje,
eu
gostariaque
tu vibrasses comigo,não porque eu
venci,mas
porquejuntos
vencemos
mais
um
desafioem
nossas
vidas.E que
diantedos
próximos, estejamos juntos paramais
fortespodermos
enfrentá-los.
V
À
orientadora,Rosane
Gonçalves
Nitschke,uma
profissional competente, omeu
muito obrigada.Além
de
compartilharcomigo seus
conhecimentos, soubeste seramiga e
Você
éum
exemplo de
dedicação,de
doação,de
dignidade pessoal e,sobretudo
de
amor.À
supervisora, ClariceRaquel
Mendes
Sielski, pelo apoio, carinho econfiança
depositada
em
mim
durante o periodode
estágio.À
Enfermeira
Ivonete, pelo profissionalismoem
assistirao
paciente diabéticodurante
o
periodode
estágioquando
realizei a 5° fase, pelas contribuiçõesimportantes
no
trabalho e principalmente pelaamizade
e carinho.Ao
Hospital InfantilJoana de
Gusmão,
e
em
especial à equipede
enfermagem
pelo apoio.Aos
funcionáriosdo
ambulatório eaos Médicos
Endocrinologistas pelo carinho,compreensão
e
oportunidadeem
desenvolver o estudo.As
crianças,adolescentes
diabéticos esuas
famílias,que dedicaram seu
tempo
paraque
meu
trabalho fosseum
aprendizadode
vida.E
Àqueles,
que
diretaou
indiretamente participaram eajudaram apoiando-me
para
que
eu
pudesse
prosseguir nesta jornada incansável. .Obrigada.
RESUMO
Trata-se
de
um
relatode
experiênciade
um
projeto assistencial desenvolvido na DisciplinaEnfermagem
Assistencial Aplicada (INT
5134
),sendo
realizado noambulatório
do grupo
C
do
Hospital InfantilJoana de
Gusmão
(HIJG
),no
períodode 03 de maio
àO2 de
julhode
1999.O
objetivo consistiuem
prestar cuidadode
enfermagem
à criança, o adolescenteesua
famíliaque
vivenciam a situaçãode
Diabetes,
fundamentados na
teoriado
auto-cuidadode Orem,
visando apromoção
da
saúde
atravésdo
auto-cuidado, tanto a nível ambulatorial,como
na
unidade
de
internação,estendendo-se ao
domicílio.O
cuidadode
enfermagem
foi planejado e desenvolvido a partirda
definiçãode
déficits
de competência
para o auto-cuidado,propondo
uma
demanda
terapêutica atravésde
orientações realizadas por consultasde
enfermagem,
visita domiciliar, oficina educativaaos
jovens diabéticos eseus
familiares realizando-se, entre outros aspectos, a verificaçãode
glicemia capilar, a discussãode
impressoexplicativo e folder distribuídos
com
finalidadede
promoçao
à saúde.No
periododo
desenvolvimentodo
projeto foram atendidas53
crianças eadolescentes
com
suas
famílias.A
experiência vivenciada foi valiosa,sendo
possívelcompreender
que
ascrianças
e
adolescentes diabéticossão capazes de
desenvolverações de
auto-cuidado para
manter
oseu
bem-estar,sendo
a famíliaum
fator facilitadordo
SUMÁRIO
1.INTRODUÇAO
... .. 10 2.OBJETIVOS
... .. 13 2.1.OBJETIVO
GERAL
... _. 13 2.2.OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
... _. 13 3.VISITANDO
A
LIERATURA
... .. 153.1.
A
CRIANÇA,
O ADOLESCENTE
ESUA
FAMILIA
QUE
VIVENCIAM
A
SITUAÇÃO
DE
DIABETES
... .. 153.2.
A
PROBLEMÁTICA
DO
DIABETES
MELLITUS
TIPO
I ... ..20
3.2.1.
DEFINIÇÃO
... ..20
3.2.2.
CLASSIFICAÇÃO
... .. 213.2.3.
EPIDEMIOLOGIA
... ..22
3.2.4.
ETIOLOGIA
... ..22
3.2.5.
FISIOPATOLOGIA
E
MANIFESTAÇÓES
CLÍNICAS
... ..23
3.2.3.
DIAGNÓSTICO
... ..23
3.2.7.
TRATAMENTO
... .Í ... ..29
3.3.
O
CUIDADO
DA
CRIANÇA
E
DO ADOLESCENTE
E
SUA
FAMILIA
COM
DIABETES
MELLITUS
TIPO
I ... ..30
4.
MARCO
CONCEITUAL
... ..35
4.1.CONHECENDO
A
TEORISTA
... _.33
4.2.PRESSUPOSTOS
... ..37
4.3.CONCEITOS
... .. 39 5.METODOLOGIA
... _.46
'5.1.PROCESSO
DE
ENFERMAGEM
... ..46
75.1.1.
ETAPAS
Do
I=>RocEsso
DE
ENFERMAGEM
... ..45
5.2.
LDCAL
Do
ESTÁGIO
... ..5o
5.3.
PDPULAÇÃO
ALVO
... .. 515.4.
REGISTRANDD
D PRocEsso
... .. 515.5.
A
DIMENSÃO
ÉTICA
DA
PRÁTICA
... _.53
6.
APLICANDO
O PROCESSO
DE
ENFERMAGEM
... ._54
7.
AVALIANDO
O
ALCANCE
DOS
OBJETIVOS
... _.65
s.
CDNSIDERAÇÓES
FINAIS
... 999.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... __ 10210.
ANEXOS
... __106
I -
ROTEIRO
PARA COLETA DE
DADO
E
AVALIAÇÃO
DO DNPM
... ._ 107II -
GRÁFICO DE
DESENVOLVIMENTO
PONDERO
ESTATATURAL
... _. 122III -
GENOGRAMA
... _. 127Iv -
CÓDIGO
DA NATUREZA DAs INTERAÇÕES
E
síMBoLos
UTILIZADOS
... _. 129V
-DOCUMENTO
UTILIZADO
NO
AMBULATÓRIO PARA
REGIST~ROS... 131VI -
REGISTROS
... _.133
vII -
DRIENTAÇÕES
... .. 145VIII -
IMPRESSO
EXPLICATIVO
... _.149
IX -
PONTOS
DE
APLICAÇÃO
DA
INSULINA
... ._ 163X
-SERINGAS
PARA
INSULINA
... __' ..._.
165
XI -
PIRÂMIDE
ALIMENTAR
... .. 169XII-
PLANEJAMENTO
E
REGISTRO
DA
OFICINA
EDUCATIVA
... __ 171XIII
-
ASSINATURA
DOS
PARTICIPANTES
DA
OFICINA
E
XIV
-
CERTIFICADO
DO
CONGRESSO
... _.XV
-FOTOS
... ._XVI-
CRONOGRAMA
... _.11.
PARECER
FINAL
DO
ORIENTADOR
SOBRE
O
RELATÓRIO
1JNTRoDuçÃo
*L
O
'presente trabalho
contempla
uma
proposta cujo objetivo geral é prestar ocuidado
de
enfermagem
baseado no
referencialde
Dorothea E.Orem,
visando,através -*do auto-cuidado, a
promoção
da saúde da
criança, adolescente e famíliaque
vivenciam a Diabetes, frente as dificuldadesque possam
surgir dianteda
situação.
A
decisãoem
trabalharcom
criançase
adolescentes portadoresde
DiabetesMellitus tipo 1
e suas
famílias emergiu durantemeu
período acadêmico,mais
especificamente
quando
realizei estágio curricular na áreade
pediatriano
Hospital Infantil
Joana de
Gusmão
(HIJG),e
estágio extra curricularna Unidade
de
Endocrinologia Pediátrica (UEP),no
Hospitaldas
Clínicasem
Curitibä-PR.Nestes
momentos,
deparei-mecom
criançase
adolescentes diabéticos e obsen/eias dificuldades
que
estesapresentavam
quantoao seu
auto-cuidado. Durante oestágio
na
UEP, acompanhando
a enfermeira, vivenciei,na
prática,orquanto
certas orientações
que
fornecíamos,mostravam-se
complicadas para estas crianças e adolescentes.Dentre as dificuldades percebidas, foi possível identificar
que
as crianças eadolescentes
desconheciam
aspectos relativos az misturade
insulina, técnicada
injeção, cuidado
com
o material, os valores normaisde
glicemiano
sangue, ascomplicações, a monitorização, a
conservação da
insulina, entre outras.Observei, ainda,
que
muitosnão
realizavam a lavaçãodas
mãos
antesdo
procedimento, outros
não
faziamuma
alimentaçãoadequada, não
respeitando oshorários, a quantidade e qualidade
dos
alimentos.Deste modo, algumas
criançase adolescentes
chegavam
para consultacom
o
valorda
glicemia muito alto,o
que
os levava à internação pela
descompensação
ocorrida.Neste contexto, verifiquei
que
os pais, principalmenteos
de
nível sócio-econômico
baixo,também
apresentavam
dificuldadesem
entenderquando
eranecessário
aumentar ou
diminuir adose
de
insulina para oseu
filho ou,em
caso
Conforme
destacam
WHALEY
&
WONG
(1989
), os paistêm numerosas
dúvidas ( verbalizadas
ou
não
) que,quando
bem
esclarecidas, lhes proporcionamuma
sensação
crescentede
ajuste mental.Por este motivo, acredito
que
tanto o pacientecomo
a famíliadevem
teracesso
facilitado à equipede
saúde
paraque
suas
dúvidas,preocupações
etemores
possam
ser atendidas,sendo
apresença
da
enfermagem
fundamental.›~l‹ Certamente, é
uma
das doenças que requerem do
paciente maisconhecimento e
empenho
pessoal paraseu
controle.O
diabético necessita ser,muitas vezes, antes
de
tudo,um
“sábio”. Ele precisa entender osmecanismos
da
doença, as condições
que
provocam
elevaçãoou
queda
bruscada
glicemia, asorientações dietéticas sobre o
que
e quanto comer, os perfisde ação
terapêuticadas
várias insulinas,enfim,
todoum
conhecimento
gerale
específicoque
permitam
ao
diabético assumiro
controlede
sua
doença.7L
Concordo
com
WHALEY
&
WONG
(1989
)quando
colocam
que
avaliaçõese
ajustes periódicos
na
insulina, dieta e atividadesob
supervisãomédica
fazem
com
que
as crianças diabéticastenham
adoença sob
controle,mas
acho
que
aparticipação
da
família, enfermeira, nutricionista, assistente social, psicólogos, entre outros profissionais,também
são
fundamentais paraque o
paciente tenhaum bom
controle.êl
A
motivaçãoque
me
levou a escolher a teoria geralde
DorotheaOrem
é
poracreditar
que
estavem
ao
encontroda necessidade da
clientela, poisos
cuidadossão
realizadosem
consultas a nível ambulatorial, ocorrendo periodicamente,existindo assim,
um
grande
intervalono
qual a criançae
o adolescenteficam
em
casa,
dependendo
exclusivamente deles oseu
cuidado.Também
acredito ser possíveluma
melhor qualidadede
vida para estas pessoas, atravésde
seus auto- cuidado, diminuindo-se tantoalgum
dano
físico quanto psicológicoque
a Diabetespossa
causar-lhes.Além
disto, a teoriame
permitiu observarque
amesma
define
abase
filosófica
da
profissão etem
a finalidadede
facilitar a determinação-dos
problemas
de enfermagem
e simplificar amanutenção
da
qualidadeda
documentação
dos
processos.Foi possível perceber
que
as limitaçõesda
teoriapodem
sersuperadas
com
acontribuição
da
prática educativa. Entretanto,cabe
destacarque
esta integraçãose
deu
atravésde
um
processode
cuidar cheiode
contradições e conflitos.Entendo, ainda,
que
ao
prestar cuidadode
enfermagem
à criança, adolescentee familia, visando a
promoção
da saúde
atravésdo
auto-cuidado,também
estoupromovendo
uma
interação entre equipede saúde
-
paciente-
família,colaborando para
que
crianças e adolescentestenham
a Diabetessob
controle e2.0BJETIVOS
2.1.0BJETIVO
GERAL
Prestar cuidado
de enfermagem,
à criança, adolescente e famíliaque
vivenciam a situação
de
diabetes, à nível ambulatorial,estendendo-se
à unidadede
internaçãoe
ao
domicílio,fundamentado
na teoriado
auto-cuidadode
Orem,
visando
o
auto-cuidado atravésda educação
em
saúde.2.2.oBJET|vos EsPEcí|=|cos
1. Elaborar, aplicar e avaliar
o
marco
conceitual;2. Desenvolver
e
implementaruma
metodologia para realizaro
cuidadode
enfermagem,
junto à criança, adolescente esua
família;3. Ampliar
conhecimento
teórico- prático relacionadoao
cuidadocom
acriança
e
adolescente diabéticoe
família;4. ldentificar, analisar e buscar possibilidades
de
soluções juntocom
àscrianças e adolescentes diabéticos e
suas
famílias paraas
dificuldadesque
emergirem
quanto a aplicaçãodo
auto-cuidado,5. interagir
com
a equipe interdisciplinar,desenvolvendo
um
trabalhointegrado;
6. Avaliar
o
cuidado desenvolvido.3.
VISITANDO
A
LITEHRATURA
Em
qualquer situaçao,uma
nova
experiênciasempre
gera insegurança.Desvendar
onovo
é descobrirseus
segredos,superando problemas
eencontrando
soluçoes, principalmentequando
se tratade
saúde.A
informação é o melhorcaminho
e o Diabetes,uma
disfunçãoque não
impede de
se teruma
vida normal, requerapenas
alguns cuidados básicos que, realizadoscom
seriedade, tornarão o dia-a-diamais
agradável.A
chave do
bem-estar estána
dedicação a todo tratamento - oque
inclui ainsulinoterapia, a realização
da
dieta e omonitoramento das
taxasde
glicoseno
sangue
(Baseado
em
NETTO,
19 [1 ).Neste
capítulo, abordarei a problemáticada
criança, adolescentee sua
famíliaque
vivenciam a situaçãode
Diabetes tipo 1, deixandobem
claroque
oenfoque
do
projeto éno
serhumano
esua
família enao
somente
adoença
3.1.
A
criança,o
adolescente
esua
famíliaque
vivenciam
asituação
de
Diabetes
Segundo
HALLBURG
&
LITLLE
(1989
), Diabete éum
clássicoexemplo
como
algo
que
é própriode
família.Todo
o tratamentoda doença impõe
dificuldadespara o dia-a-dia
da
família.É
preciso normalizar asua
vida, compartilhandoresponsabilidades.
A
implementação
de
uma
nova
rotina terapêutica parauma
pessoa
diabéticadepende,
entretanto,de
um
considerável graude
envolvimentofamiliar e social.
A
demanda
de
uma
família inclui esforços, existindouma
demanda
a nívelorganizacional
da
vida familiarque
incluiuma
considerável atenção acomunicação,
negociação e renegociação, respeitomútuo
e trocas.Uma
especialmistura
de
flexibilidade e instabilidadecom
cada
um
de
si é importante, paraque
tudo funcione.
O
desafio
para os enfermeiros e outros profissionaisde saúde
écompreender
a inter-relação
do
impacto psicológico, sociocultural eeconômico do
Diabetesno
indivíduo
e na
família.Uma
extensiva revisãode
literatura sobre famílias diabéticas feita porHALLBURG
&
LITLLE
(1989
), refereque
estapode
ser divididaem
trêsgrandes
áreas:
A
-
A
forçaque
o papeldas
famíliasdesempenham
na
formulaçãoda
definição
da doença e das conseqüências
destana
criança.Ou
seja, os paisque
são
*elesmesmos
diabéticospodem
serum
modelo
tanto positivo quanto negafivo;B
-
O
estágiode
desenvolvimentopode
afetar o impactodo
Diabete nacriança, a resposta a
doença
eao
tratamentoque
muda
quando
a criança setorna
um
adolescentee
entãoum
jovem
adulto;C
-
A
doença pode
servircomo
um
foco central dentroda
família, isto épode
ser
um
veículo para expressarum
conflitocomo
por exemplo:membros' da
famíliacom
diferentes definições sobre adoença
eque se
confrontamna
questãodo
controle;
esse
conflitopode
criarum
stress adicional para a criança diabética epode
afetaro
cursoda
doença.É
esperado
que
a famíliaassuma
um
papel importantecomo
agenteno
tratamento
da
Diabete,bem
como
modificador
de
outros papéisque
seestabelecem
nas
mudanças
produzidas pela Diabete.A
família é muito importantepara envolver a criança
e
para dar as diretrizesno
tratamento.O
jovem
diabético esua
família sedeparam
com
uma
diminuiçãoda sua
capacidade
físicae
issose
refletecom
interferênciana
escola,nas
atividades,nas
oportunidadesde
trabalho, na vida adulta eno seu
futuro, isso tudo criauma
dificuldade
no
tratamentoda
criança,porque
existeo problema da
família.Os
episódiosde
hipoglicemia e acidose muitasvezes
podem
estar envolvidoscom
uma
grande
carga emocional dentroda
interação familiar. Estesdesafios
são
As
situações difíceisde
vidapodem
contribuir paraproblemas
emocionaisna
criança.
Um
estudo clássicocom
jovens freqüentemente hospitalizadosde
Minuchin's (1978),com
episódios inexplicáveisde
acidose,demonstrou
adificuldade
das
criançasem
manejar
strees,sua
imaturidadeem
desenvolverhabilidades e
sua
tendênciaem
internalizar osproblemas
A
primeira respostados
paisao
diagnósticopode
serde
descrença;após
ochoque
inicial, os paispodem
respondercom
superproteçaoou
rejeiçaoao
jovem.
Outros autores viram
em
seus
estudosque
a superproteçãoe
rejeiçãocorrespondem
a diferentes tiposde
personalidadeda
criança. Verificou-seque
ospais superprotetores
tendem
a teruma
criançasubmissa ou
rebelde e os paisrejeitadores
produzem
ressentimentona
criança diabética.A
superproteçao é oque mais
se encontra enão
a rejeição.Pais
e
mães podem
ter respostas diferentes à criança diabética poissão
envolvidos diferentemente
no
dia-a-dia.Um
estudo mostrouque
asmães
assumem
a principal responsabilidadenas
tarefas relacionadasao
tratamento etambém sabem
mais
sobre a doença. Porcausa
dissoparecem
sermais
envolvidas efetivamente
com
a criança diabética.(FALLSTROM,
1974,ETZ\NILER,SlNES,
1962, apud.HALLBURG
1989).As mães
de
crianças diabéticassao mais
deprimidase
reservadasdo que
asmães
de
criançasnão
diabéticas.Os
paisdas
crianças diabéticasnão
diferemdos
paisde
crianças normais e eles participammais
se a criança formenino ou
em
doenças
que
foram julgadas pelomédico
serde
difícil controle.Um
paique
tem
Diabetepode
terum
efeito particularmente importante nacriança diabética.
As
criançaspodem
imitar osmembros
da
famíliaque
têm
Diabetes, então
se
a familia derum bom
exemplo
à criança, esta vai serum bom
exemplo,
e se o
pai, amãe, ou
a avó, entre outros,não
derum
bom
exemplo,pode
serque
a criança sofra influências enao
queira se cuidartambém.
É
importanteque
os paise
as crianças aceitem os limites razoáveisde
dependência
que
a condiçãode
Diabetes leva.Ao
mesmo
tempo, é relevanteque
os pais
encorajem ao
máximo
o desenvolvimento dentro destes limites.Em
vários estudos,têm-se
explorado inten/enções para reduzir os conflitos eestress
da
famíliacom membros
diabéticos e muitos trabalhostêm mostrado que
o tratamento é muito efetivo
quando
você
visualiza a criançano
contexto familiarmais
do
que quando
é visualizadacomo
um
indivíduo sozinho.Alguns
estudiososde comportamento têm estudado
as famíliase
têm
vistocomo
é interessante o papel fundamentalda
famíliana mediação do
estressdessas
crianças,sendo que esse
estressconsequentemente
piora a doença.Entao,
se
a famíliasabe manejar
a criança, esta vai termenos
possibilidadede
terproblemas mais
tarde.A
equipe interdisciplinarque
cuidada
criança diabéticadeve
ser conscientede
que
os pais necessitamde
ajuda contínua, e,sendo
que, a Enfermeira pode,de
forma esclarecedora e paciente, ajudá-los e encorajá-los para
que
possam
alcançar o equilíbrio emocional.
O
papelda educaçao
também
é fundamentalao
cuidarda
criança,adolescente diabético
e sua
família,sendo
importante ter alegriae esperança
neste cuidar.
Há
uma
relaçao entre a alegria necessária à atividade educativa e aesperança.
A
esperança
de
que
professor e alunos juntospodem
aprender,ensinar, enquietar-se, produzir e juntos igualmente resistir
aos
obstáculos ànossa
alegria.
Na
verdade,do
pontode
vistada
naturezahumana,
aesperança não
éalgo
que
a ela se justaponha.A
esperança
faz parteda
naturezahumana.
Seriauma
contradição se, inacabado e conscientedo
inacabamento, primeiro, o serhumano
não
se inscrevesse ounão
seachasse
predisposto a participarde
um
movimento
constantede busca
e, segundo, sebuscasse
sem
esperança.A
desesperança
énegação da esperança
(FREIRE,
1999
).Ao
ensinaré
importante saber escutar, pois,nao
é falandoaos
outros,de cima
para baixo, sobretudo,
como
sefôssemos
os portadoresda verdade
a sertransmitida
aos
demais,que
aprendemos
a escutar,mas
é escutando que
aprendemos
a falarcom
eles.Somente
quem
escuta paciente e criticamente ooutro, fala
com
ele,mesmo
que,em
certas condições, precisede
falar a ele.O
educador
que
escutaaprende
a difícil liçaode
transformar oseu
discurso, àsÉ
estapercepçao do
homem
eda mulher
como
seres “programados,mas
paraaprender”
e
, portanto, para ensinar, para conhecer, para intervir,que
me
fazentender a prática educativa
como
um
exercício constanteem
favorda produçao
e
do
desenvolvimentoda autonomia
de
educadores e
educandos
(FRElRE,1999).É
objetivoda
enfermagem
estimular epromover
asações
de
auto-cuidado, natentativa
de
promover
a vida e asaúde
ede
ajudã-Ia a recuperar-seda doença
elesão
ou
ajustar-se aseus
efeitos.A
educação
àsaúde pode
ajudar o indivíduo a adaptar-se àsua
doença, acooperar
com
sua
terapia prescrita e a aprender a resolverproblemas ao
defrontar-se
com
situações novas.Quando
se define o aprendizadocomo
a aquisiçãode
conhecimentos, atitudesou
habilidades, e o ensinocomo
ajudar outrapessoa
a aprender, torna-se claroque
o processode
ensino-aprendizado éum
processo ativo. Ele requer oenvolvimento ativo tanto
do
professorcomo
do
indivíduoem
aprendizadoou
esforço
de chegar ao
resultado desejado-mudança
de
comportamento
(Baseado
em
BRUNNER
&
SUDDARTH,
1999).A
atividadedo
enfermeiro eda
enfermeira incluium
principio pedagógico. Estaafirmação
pode
ser debatida, analisada, criticada, focalizadasob
diversos ângulose várias
dimensões,
mas
acreditoque
não poderá
ser refutada, negada,desconsiderada. Afirmo que,
mesmo
que
nem
sempre
explícitoou
colocadode
forma
clara, o princípio educativo estásempre
presenteno
processode ação
ereflexao,
ou
seja, na “praxis”do
enfermeiro eda
enfermeira(
Baseado
em
HEIDMANN
& SAUPE,
1999).Desenvolver
um
elode
ligaçaocom
a família foi essencial para realizar aeducação
para a saúde,compromisso da
enfermeiraenquanto
profissionalcapaz
de
auxiliar os sujeitos a se construíremcomo
cidadãos, conscientesdo seu
papelcomo
atores sociais (Baseado
em
BECK,
1999
).Mas
afinal oque
é
Diabetes?3.2.
A
problemática
do
Diabetes
Mellitus
Tipo
1O
tema
Diabetes Mellitus tipo 1 serácontemplado
sobre os seguintesaspectos: definição, classificação, epidemiologia, etiologia, fisiopatologia,
manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e cuidados
de enfermagem.
3.2.1.
Definição:
Segundo
SPERLING
(1990
), Diabetes Mellitus,uma
síndrome
que
afeta ahomeostase
da
energia, êcausada
pela deficiênciade
insulinaou
de
sua ação
emanifesta-se por
uma
anormalidadedo metabolismo dos
carboidratos, proteína egordura.
OLESFSKY
(1990
)resume
dizendoque
a Diabetes Mellitus éum
distúrbioprimário
heterogêneo do metabolismo dos
carboidratoscom
múltiplos fatoresetiológicos
que
geralmenteenvolvem
deficiência absoluta ou relativade
insulinae/ou resistência.
De
acordocom
WHALEY
&
WONG(
1989
),sem
insulina, oorganismo é
incapaz, exceto por
algumas
células especializadas,de
metabolizaradequadamente
os carboidratos.É
adesordem
endócrinamais
freqüenteda
3.2.2.
Classificaçãoz
De
acordocom
OLESFSKY
(1990
), o diabetepode
ser divididoem
duas
síndromes
patológicas gerais:o Tipo1,
ou
Diabete Mellito insulino-dependente-
(
DMID
), encontradoem
pacientes
com
pouca ou
nenhuma
capacidade
de
secreçãode
insulinaendógena.
Esses
pacientesdesenvolvem
hiperglicemia extrema, cetosee
os sintomasassociados, a
menos
que
sejam
tratadoscom
insulina, e, portanto,são
inteiramente
dependentes da
insulinaexógena
para a sobrevida imediata.A
doença
associa-se nitidamente à herançade
antígenos histocompativeis e à auto-imunidade
orgânica específica,embora
exista muita evidênciade
heterogeneidade nesta subclasse. Esta forma
de
doença
geralmente,mas
nem
sempre,
desenvolve-se antesdo
inícioda
vida adulta.Termos
antigos para estasíndrome são
diabetesdo
inícioda
infância, diabetes juvenil, diabetespropenso
acetose e diabetes instável. ,
o. Tipo2,
ou
Diabete Mellito não-insulino-dependente __1(DMNID
), ocorre
em
pacientes
que
retêmcapacidade
significativade
secreçãode
insulinaendógena.
Embora
possa
ser necessário o tratamentocom
insulina para o controleda
hiperglicemia,
esses
pacientesnão desenvolvem
cetosena
ausênciade
insulinoterapia e
não
dependem
da
insulinaexógena
para a sobrevivência imediata.Termos
anteriores para esta formade doença são
diabeteda
maturidade
ou
adulto, não-cetóticoe
estável.1
A
título de curiosidade citei apenas neste item 0 tipo 2.
3.2.3.
Epidemiologia:
Levantamentos nos Estados
Unidos indicamque
a prevalênciade
diabetes entre escolaresé de
cercade
1,9/1000.A
freqüência está altamente correlacionadacom
oaumento
da
idade.A
variação estimada éde
um
caso
em
1430
criançascom
cincoanos de
idade aum
caso
em
360
adolescentescom
16anOS.
No
Brasil,são mais de
5 milhõesde
diabéticos. Cinco milhõesque
jádesvendaram
este mistérioe
que
levam
uma
vidaabsolutamente
normal.Os
sexos
masculinoe
femininosão quase
que
igualmente afetados enão há
qualquer correlação aparente
com
a condição sócio-econômica. Ocorre picosde
apresentação
em
dois grupos etários:dos
cincoaos
seteanos e na
puberdade.O
primeiro pico corresponde àépoca de
maior exposição a agentesinfecciosos
no
início escolar e osegundo
estirão puberal induzido pelosesteróides gonadais,
que
podem
neutralizar aação da
insulina eaos
estressesemocionais
da
puberdade. (SPERLING,
1990
).Os
dados
sobre prevalênciaem
relaçãoaos
fatores raciaisou
étnicossão
incompletos.
Os
negrossão
menos
freqüentemente afetadosque
os brancos. Várias publicações relataramque
a ocorrênciade
Diabetesdependente de
insulina
em
negrosamericanos
éde apenas
20-30%
ou
até dois terçosda
taxaencontrada
em
brancos americanos.3.2.4. Etiologia:
O
Diabetes tipo1é
caracterizado pela destruiçãodas
células betado
pâncreas.Atualmente,
é
tidocomo
o resultadode
uma
combinação de
fatores genéticos,imunológicos e, possivelmente ambientais, contribuindo para a destruição
das
células beta
(BRUNNER
&
SUDDARTH,
1994).Com
relaçãoaos
fatores genéticos, aspessoas
herdam
uma
predisposição genética,ou
tendência, para desenvolver o Diabetes tipo1. Esta tendênciagenética
tem
sido encontradaem
pessoas
com
determinados
tiposde
HLA
(antígeno Ieucocitário
humano
).O
HLA
refere-se aum
aglomerado de genes
responsáveis por antígenos
de
transplante e outros processos imunes.Quanto
aos
fatores imunológicos,há
evidênciasde
uma
resposta auto-imune,no
Diabetes tipo1.Esta éuma
resposta anormal na qual os anticorpos se voltamcontra os tecidos normais
do
corpo,respondendo
a estes tecidoscomo
sefossem
exógenos.
Existem
cada vez mais
pesquisas sobre os possíveis fatores externos(ambientais)
que
podem
iniciar a destruiçaoda
célula beta. (BRUNNER
&
SUDDARTH,
1994).V
3.2.5. Fisiopatologia
e Manifestações
Clínicas:O
pâncreas
éuma
glândula mista exócrina e endócrina.A
parte endócrina éconstituída por dois tipos
de
células predominantes: alfa e beta,das
llhotasde
Langerhans,
e seus
produtosde
secreção internasão
respectivamente oglucagon (hiperglicemiante )
e
a insulina ( hipoglicemiante ).A
insulina é secretada pelas células beta,um
dos
quatro tiposde
célulasdas
llhotas
de Langerhans no
pâncreas.A
insulina é considerada anabólica,ou
um
hormônio de estocagem.
Quando
se ingereuma
refeição, a secreçãode
insulinaaumenta
e mobiliza a glicoseda
circulação para o músculo, fígado e célulasgordurosas, resultando
nos
seguintes efeitos as células: estimula oarmazenamento de
glicoseno
fígado e músculos,aumenta
oarmazenamento
da
gordura dietética
no
tecido adiposo, acelera o transportede
aminoácidos.A
insulinatambém
inibe adegradação da
glicosearmazenada, das
proteínas edas
gorduras.Durante os períodos
de
“jejum háuma
diminuição,porém
contínua,da
liberaçao
de
insulina.Concomitantemente,
háum
aumento de
liberaçaode
outrohormônio
pancreático,chamado
de
glucagon.O
efeito líquidodo
balanço entreos níveis
de
insulinae
glucagon fazmanter
o nível constantede
glicoseno
sangue
pela liberaçãode
glicoseno
fígado. (MARCONDES,
1991 ).No
Diabetes tipo1há
uma
acentuada
diminuiçãoda produção de
insulina pelascélulas beta pancreáticas. Ocorre hiperglicemia
de
jejumcomo
resultadode
uma
produção
descontroladade
glicose pelo fígado.Além
disso, a glicose derivadados
alimentos ingeridosnão
pode
ser estocada,e
permanece
na correntesangüínea
contribuindo para a hiperglicemia pós-prandial (após
refeição ).Se
a concentraçãoda
glicoseno sangue
for suficientemente alta, os rinspodem
não
absorver toda a glicose filtrada, e ela entãoaparece
na urina(glicosúria).
Quando
oexcesso de
glicose é excretadona
urina, ele éacompanhado
de excesso de
líquido e perdade
eletrólitos.Este
quadro
échamado
de
diurese osmótica.Como
resultadoda
perdaexcessiva
de
líquido o pacientetem
um
aumento
no volume de
urina ( poliúria ) esede
intensa ( polidipsia ).A
deficiênciade
insulinatambém
prejudica ometabolismo
de
proteínas egorduras, levando à perda
de
peso.Os
pacientespodem
sofrerum
aumento
de
apetite ( polifagia ) devido à diminuiçaodo
armazenamento
de
calorias. Outrossintomas incluem fadiga
e
fraqueza.À
medida que
a deficiênciade
insulina progride, os processos geralmente inibidos pela insulinaocorrem
livremente. Assim, a glicogenólise (quebra da
glicose
armazenada
) e,mais
significativamente, a gliconeogênese (produção
de
nova
glicose a partirde aminoácidos
e outros substratos ) contribuemmais
aindapara a hiperglicemia.
Em
adição, ocorre aquebra
de
gorduras, resultandoaumento de
produção de
corpos cetônicos,que são
subprodutosda quebra de
gorduras.
Os
corpos cetônicossão
ácidosque
perturbam o equilíbrio ácido-básicodo
corpoquando
seacumulam
em
quantidades excessivas.A
cetoacidosediabética (
CAD)
resultantepode
levar a sinaise
sintomas taiscomo
dorabdominal, náuseas, vômitos, hiperventilação, respiração
com
odorde
frutas, e,quando
não
tratada, alteraçãono
nívelde
consciência,coma, e
atémesmo
aO
iníciodo
Diabetes tipo1 geralmente ocorreabruptamente e
antesdos 30
anos
de
idade.O
iníciodo
tratamentocom
insulina juntamentecom
líquidos eeletrólitos necessários para corrigir a
CAD
rapidamentemelhora
as anomaliasmetabólicas e elimina os sintomas
de
hiperglicemiae
CAD.
(BRUNNER
&
SUDDARTH,1994
).De
acordo
com SPERLING
“(1990), a apresentação clássicado
diabetesem
crianças,
como
já foi citado, éuma
históriade
poliúria, polidipsia, polifagia e perdaponderal.
A
duraçao desses
sintomas varia,mas
costuma
ser inferior aum
mês.A
criança diabética é hospitalizadaem
várias circunstâncias: a criançarecentemente
diagnosticada geralmente é internada para diagnóstico definitivo eregulação
da
dosagem
de
insulina.A
reação,que
pode
ser a manifestação inicialda
doença
ou
uma
resposta intensaao
estresse físicoou
emocional, é acetoacidose diabética.
A
outra grave respostaque
afetapessoas
diabéticas é ahipoglicemia.
(\NHALEY
&
WONG,
1989
).Cetoacidose
Diabética (CAD
)-
ParaMINICUCCI,
aCAD
é
uma
complicação
sériado
diabete,que
pode
aparecerem
pessoas
que tem
grande
diminuiçao
de
insulinano organismo
( crianças, adolescentes emesmo
adultos ,embora
nestes seja muitomais
raro).A
CAD
começa com
descompensação
do
diabete (aumento
das
taxasde
glicemia ),
causando grande
aumento
da
quantidadeda
urina, sede,aumento
da
fome, mal-estar, seguidos
de
náuseas, vômitose
senão
tratada a tempo,coma
diabético.
Hipoglicemia
-
A
hipoglicemia refleteuma
incapacidadede
manter
ahomeostase
normalda
glicose devido aum
defeitono
substrato disponível,nas
enzimas,
ou nos
hormônios. (NELSON,1991
).As
causas da
hipoglicemiasão
opostasda
CAD.
Incluem a ingestãode
muitopouco
alimento,aumento
de
exercíciossem
o suporte alimentaradequado,
ou oaumento
na
insulina, acidentalou
proposital,sem
alimentos adicionais (WHALEY
&
WONG,
1989).De
acordocom
oPrograma
Harvard Joslin, as manifestações clínicasda
hipoglicemia
ocorrem
quando
glicemia <50
a60
mg/dl,melhoram
com
aadministração
de
carboidratos,sendo
decorrentesda
hiperatividade adrenérgica25
e/ou neuroglicopenia, os sintomas
podem
estar ausentesem
situações especiaise sao mais
freqüentesem
pacientesque
usam
insulina.As
manifestaçõesda
hipoglicemiasão
divididasem:
o
Manifestações
Leves
-u
a-) Hiperatividade adrenérgica
- tremores
- palpitações
-
aumento
da sudorese
-
fome
b-)
As
manifestações levesde
hipoglicemiamelhoram
rapidamente( 10-15
min. )
após
ingestãode
15gde
carboidratos:%
copo de suco de
frutasou
refrigerante
não
dietético.c-)
Pode
ser necessário repetir o lanche.o
Manifestações
moderadas
a-) Manifestações adrenérgicas
b-) Manifestações neuroglicopênicas
- cefaléia - irritabilidade
- alterações
de
humor: agressividade- diminuição
da
atenção- sonolência
c-)
Duram
mais
tempo
o
Manifestações
intensas_ .^ .
|~
a ) Diminuiçao
da
consciencia,coma
ou
convu soes
b-)
É sempre
necessário a ajudade
outra pessoa,pode
ser necessário aobservação
em
hospitalc ) Evitar a administraçao
de
carboidratos pela boca: riscode
aspiraçaod-)
Glucagon
1 mg., viaSC
ou IMou
glicose50%-
20
a50
ml viaEV
e-) Iniciar solução
de
glicose a5%
EV
60
gotas/min até iniciar alimentação.Além
da
cetoacidose diabéticae
hipoglicemia,podemos
citarcomo
complicações
também
a hiperglicemia.Hiperglicemia
-
A
hiperglicemia (excesso
de
açúcarno
sangue),quando
não
controlada,pode
levar à cetoacidose diabéticano
Diabetes tipo1,ou
síndrome
nao
cetótica hiperosmolarno
Diabetes tipo2 (BRUNNER
&
SUDDARTH,
1994).A
hiperglicemia ( glicemiaacima de 180
mg/dl ),pode
sercausada
por:alimentar-se
demasiadamente, ou
estar doenteou
com
infecçãoou tomar
1dose
menor
de
medicamento
do
que
a receitada.Caracteriza-se por estes sintomas: polidipsia (
sede
excessiva ), dormência,polifagia (
fome
excessiva ), visão embaralhada, náusea, poliúria ( urinarcom
freqüência), sonolência,
emagrecimento,
entre outras.Os
casos de
hiperglicemia é importante administrar líquidosem
abundância.Por exemplo: água, Iimonada. (
LOPES
).3.2.6. Diagnóstico:
As
criançase
adolescentesnas
quais o diagnósticode
Diabetes Mellitusdeve
ser considerado
e
podem
ser divididas, para fins práticos,em
três categoriasgerais: ( 1 ) aquelas
que
têm
uma
história sugestivade
Diabetes, especialmentepoliúria
ou
polidipsia e incapacidadede ganhar peso ou
perda ponderal, adespeito
de
um
apetite voraz, ( 2 ) aquelasque exibem
glicosúria transitóriaou
persistente, e ( 3 ) aquelas
que
apresentam
manifestações clinicasde
acidosemetabólica,
com
ou
sem
torporou coma.
Em
todos os casos, o diagnósticode
Diabetes Mellitus
depende
da demonstração de
hiperglicemiaacompanhada
de
glicosúria,
com
ou
sem
cetonúria -(
SPERLlNG,199O
).Em
relação a cetoacidose diabética os critérios diagnósticos são:o glicemia >
250
mg/dlø
pH
arterial < 7,2ou
bicarbonato plasmático < 15 mEq/l~ Cetonemia: positiva ( diluiçao 1:1
)
3.2.7.
Tratamento:
De
acordo
com
oprograma
Harvard Joslin-
Sociedade
Brasileirade
Diabetes,o tratamento
do
Diabetes tipo1 consisteem
educação e
insulinoterapia.A
educação
em
Diabetestem
como
objetivos: atingir obom
controlemetabólico, melhorar as habilidades
do
paciente para o auto-controle,promover
modificações
no
estilode
vida, minimizar a ocorrênciade
complicações agudas,reduzir hospitalizaçoes, prevenir e retardar as complicaçoes crônicas e melhorar a
qualidade
de
vida.A
atuaçãodo educador
em
Diabetes deveria conterno seu
plano assistencial,grupos educativos, consultas individuais,
acompanhamento
pelo telefone,cuidados domiciliares e colônias
de
férias.As
atividadesde educação da
criança eda
famíliacomeçam
no
momento
da
internação hospitalar,
com
a orientaçãode admissão
para a criança,sendo
continuada através
de
orientações individuais,de
palestras para os pais, entreoutros.
É
importante incentivar a famíliae
a criança para o auto-cuidado, estimular acontinuidade
dos
cuidados, proporcionar maior interaçãoda
famíliacom
a equipede enfermagem,
visando obem
estarda
criança,promover
aeducação
continuada
da
família eda
criança epromover
estímulosde
crescimento interior ede
valorização pessoal (Baseado
em
MOTTA
&
ROSSI,
1999
).No
tratamento educacionalcabe
salientarque
o planejamento alimentar, osexercícios e a monitorização
também
são
fundamentais.Depois
que
a criançae
a família estão aptas a prosseguirno
tratamento, acriança
é
liberada, continuando aadaptação
em
casa sob
supervisão diretado
médico
ouda
enfermeira visitadora.Em
poucas semanas,
obsen/a-seum
declíniodas necessidades
insulínicas e, às vezes,não
é necessárianenhuma
insulinapara
manter
a urina isentade
glicose porum
períodode
atémeses
(WAECHTER,
1979).
A
insulinoterapiatambém
faz partedo
tratamento,sendo que
ahumana
émenos
antigênicaO
programa de
tratamento para qualquer criançacom
Diabetes Mellitusdeve
ser flexível
com
coberturade
insulinanas
24
horas e concebido para adaptar-seao
estilode
vidada
criança.As
insulinasmais
comumente
usadas são as de ação
intermediária,principalmente a
NPH, que
são
administradasem
dose
únicano
inícioda
manha
combinadas
auma
pequena
quantidadede
insulinade
ação
rápida.No
caso
de
Cetoacidose Diabética (CAD
),de
acordocom
SPERl_lNG
(1990),os
objetivos imediatosdo
tratamentosão expansão do volume
intravascular,correção
dos
déficitsde
líquido, eletrólitos edo
estado ácido-básico, eadministração
de
insulina para corrigiro metabolismo
intermediário.O
tratamentodeve
ser instituído tão logo o diagnóstico clínico estejaconfirmado
por hiperglicemia e cetonemia.Segundo
WHALEY
&
WONG
(1989
),os
sinais vitais, glicemiasde
horaem
hora e a monitorização cardíaca
são
outros parâmetros aserem
observados.A CAD
parao
Programa
Han/ard Joslin, éuma
emergência
médica,que
necessita
de
tratamentoem
centrode
tratamento intensivoou
local equivalente.As
causas
comuns
são: infecções, trauma,omissão de
insulina, epode
ser aprimeira manifestação
de
Diabetes Mellitus tipo1.3.3.
O
cuidado da
criançae
do
adolescente e
sua
famíliacom
Diabetes
Mellitus tipo 1
No
cuidado a criança, adolescente diabético esua
famíliaem
qualquerprograma
educacional,as
necessidades psicológicassão
tao importantes quantoas
necessidades físicasda
criança,devendo
ser respeitadas.Um
ciclode adaptação
evidente ocorre. Inicialmente,pode
surgir raiva, dúvida,sucedidos
de
negação,sendo
acompanhados
pela opressorasensação de
“PorA
seguir, e,na medida que
os aprendizes, paise
criançascompreendem
que
conseguem
expressare demonstrar sua
compreensão
do
material, há aceitação eintegração
do
que
lhes foi ensinado. (Baseado
em
WHALEY
& WONG,1989
).A
famíliaé
um
sistema aberto e,como
tal,contém
todos oselementos de
um
sistema- estrutura, propósito
ou
funçãoe
organização interna.A
família possuilimites definidos
e
consisteem
elementos
que
interagemmutuamente
entre sie
com
seu
ambiente.Como em
qualquer sistema, qualquer coisaque
afeteum
dos
componentes
(pessoa
), afeta todos os outros.Qualquer
alteraçãoque
se origineno
interiorou no
exteriordos
limitesdo
sistemacausa
impacto sobre os outrosmembros
desse
sistema.Ao
avaliare
analisar osproblemas de
saúde, a enfermeiradeve
considerartodos os
membros
da
família eseus
fatores internos,bem
como
aqueles externosque
poderiam
influenciar asaúde da
criançae
de sua
famíliaDe
acordo
com
WHALEY
&
WONG
(1989
),umavez
que
o diagnóstico éconfirmado
e
o tratamentocom
a insulina iniciado, a principal responsabilidadede
enfermagem
é
aeducaçao da
famíliae
o reforçodas
informaçoes.No
cuidado à criança, adolescente esua
famíliacom
Diabetes Mellitus,um
passo
fundamental é o reconhecimentodo
Diabetes Mellitus, estar alertaaos
sinais
e
sintomasdo
Diabetes e auxiliarno
diagnósticosão
fundamentaisAo
reporo
déficitde
insulinadeve
secompreender
asua
açao, as diferençasde
composição,tempo
de
inícioe duração
da
ação dos
diferentes tiposde
insulina,
assim como, empregar
técnicas corretasno
preparoe
administraçãode
insulina ( injeçao
SC
e rotaçaodos
locais ).É
importante avaliar o estado geralda
criança, os sinais vitais, medir balançohídrico
da
urina, verificar glicemia sangüínea,mantendo
ao
ladodo
leito folhapara registro
dos
sinais vitais, balanço hídrico, glicemia e insulina administradaVerificar os sinais vitais
segundo
a prescriçao é fundamental,assim como,
verificar a glicemiada
criança antesdas
refeiçõese
quando
prescritoÉ
importantetambém
reconhecerprecocemente
os sinaisde
hipoglicemia eestar particularmente atenta nos