Capítulo
20
L
Aspectos Toxicológicos e Ambientais
dos Agrotóxicos Aplicados na Cultura
do Melão
Vera Lúcia Ferracini e Maria Conceição Y. P. Pessoa
Para atender às exigências internacionais de
qua-lidade de produtos voltadas para Boas Práticas A
grí-c o las (BPAs) e P rodução Integrada (PI), tornou-se
fundamental a aenção aos critérios que atestem
segu-rança e aos que igregam valor diferencial aos
produ-tos cultivados, fom entando m aior com petitividade e
m enores problenas com barreiras fitossanitárias
inter-nacionais.
A P roduçío Integrada, inicialm ente, visava
otim izar o Manejo Integrado de Pragas (MIP) nas
fru-teiras de clim a temperado da Europa, com foco na
re-dução de agrotóxicos, mediante a adoção de alternativas
de controles c u lu ra is, quím icos e biológicos.
Poste-riorm ente, por cbmandas reais do consum idor final, a
Produção Integnda passou a incorporar outros
aspec-tos im portantes Jo sistem a de produção. A Produção
Integrada dá especial ênfase ao enfoque holístico do
sistem a, que incui a totalidade da exploração agrária
com o a unidade básica, no papel dos agroecossistemas,
nos ciclos de nitrientes equilibrados e no bem -estar
de todas as espéáes de produção animal. A
conserva-ção e a melhoriada fertilidade do solo e da diversidade
do m eio am biene são componentes essenciais do
sis-tem a de produçã). Equilibra-se cuidadosam ente o uso
de m étodos biobgicos, químicos e técnicos,
conside-rando a qualidace do m eio am biente, a rentabilidade
e as dem andas tociais (TITI et al., 1995).
As frutas e hortaliças apresentam alta dem anda
d o s m e rc a d o s e x te rn o e in te rn o , so m a n d o a a lta
q u a lid a d e dos fru to s p ro d u z id o s, livres de pragas,
d oen ças e d is tú rb io s fis io ló g ic o s , c o n q u is ta n d o
n o v o s m ercados. N esse contexto, esse segm ento
agropecuário necessitou adequar-se às dem andas da
Produção Integrada, mais especificam ente àquelas
re-lacionadas à Produção Integrada de Frutas (PIF).
A participação da cultura do m elão apresenta-se
em constante ascensão, no que se refere às taxas de
exportação brasileiras. Há cerca de vinte anos, esse
mesmo comércio não chegava a 5% da produção m
un-dial, hoje o país ocupa a décim a nona posição entre
seus produtores. Os m aiores produtores exportadores
do país estão no N ordeste, mais especificam ente nos
Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e
Bahia. Os pólos irrigados do Vale do São Francisco em
Pernambuco e Bahia, Açu-M ossoró no Rio Grande do
N orte, e do Jag u arib e no C eará, são os centros de
m aior expressão. N essas áreas, grandes projetos de
irrigação, que aliados às condições edafoclim áticas
locais, permitem a sistematização da oferta de frutas e
o alto índice da produtividade da cultura (2,5 safras/
ano), quando com parado a outros centros produtores
como a Califórnia, im portante produtor mundial, onde
a m édia é de 1,5 safra/ano.
238
Proteção Integrada da PlantaA localização geográfica privilegiada do E
stado stado R io G rande stado N orte, m ais próxim o stados co n
-tinentes africano e europeu, confere m aior facilidade
de transporte, tornando assim o prin cip al ex p o
rta-d o r rta-do m elão b ra s ile iro , re sp o n sá v e l p o r 44% rta-de
toda a exportação nacional (P anoram a R ural, 2004).
E ntretan to , atingir plenam ente esse m ercado im põe
aos seus p ro d u to res cu id ad o s red o b rad o s com ex
i-g ên c ia s esp e c ífic a s dos p aíses im p o rtad o re s, p ara
que as frutas sejam aceitas sem restrições e, p rin
ci-palm ente, sem devolução. O controle aos agrotóxicos
u tiliz a d o s n a fase de p ro d u ç ã o e p ó s -c o lh e ita das
fru ta s , é a lv o d as B PA s e d os p ro g ra m a s de P IF
nacionais e intern acio n ais.
O B rasil situase entre os m aiores consu m id o
-res de agrotóxicos, o que traz p reocupações quanto
aos risc o s de c o n ta m in a ç õ e s in d e se já v e is, p ro v o
-ca d as p e la u tiliz a ç ã o d e sse s p ro d u to s, d e n tro ou
fora dos procedim entos definidos pela PIF. P or esse
m otivo, os resíduos dos agrotóxicos são objetos de
v ig ilâ n c ia p e rm a n e n te , p o is m u ita s v ez es n ão se
encontram dentro das faixas aceitáveis para os m
er-cados consum idores m ais exigentes. P or esse m
oti-vo, e sp e cial aten ção vem sendo d ad a à tecn o lo g ia
de a p lic a ç ã o de a g ro tó x ic o s no c o n te x to da PIF,
com preendendo o uso e a calibração correta de
equi-pam entos e a segurança do aplicador, bem com o a
escolha apropriada dos agrotóxicos a serem u
tiliza-dos, in serid o s em p ro g ram as de M anejo Integ rad o
de P rag a s, e sta b e le c id o s p ara a P IF e sp e c ífic a da
c u ltu ra . O s a g ro tó x ic o s d e v e m e s ta r re g is tra d o s
para a cultura, m inim izando im pactos ao am biente e
com aplicações o rientadas, assegurando o controle
quím ico eficiente das pragas, doenças ou plantas
da-ninhas. Dessa forma, diminuem-se os riscos de
intoxi-cação e de contam inação am biental de solo e água.
Nesse contexto, “risco” deve ser entendido como
a probabilidade de que uma situação física com
poten-cial de ca u sar danos (perigos) possa acontecer, em
qualquer nível, em decorrência da exposição, durante
um determ inado espaço de tempo. Tratando
especial-mente dessa questão, NEELY (1994) define a avaliação
de risco am biental com o “a caracterização do efeito
potencial adverso causado em seres hum anos
expos-tos a quím icos no a m b i e n t e Assim , o efeito citado
considera a atividade exercida no am biente, cujos
as-pectos mais im portantes para a geração de im pactos
negativos devem ser avaliados.
R essalta-se, nesse contexto, que im pacto am
bi-ental é entendido por “qualquer alteração das
propri-edades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente,
cau sad a p o r q u alq u er fo rm a de m a té ria ou energ ia
resultante das atividades hum anas que direta, ou
indi-retamente, afetam: a saúde, a segurança e o bem -estar
da população, às atividades so ciais e econôm icas, a
biota, as condições estéticas e sanitárias do m eio am
-biente e a quantidade dos recursos naturais” (CONAMA
/).Sem a avaliação de risco, aum enta-se a tendência
de ocorrência de im pacto ambiental negativo e,
conse-qüentem ente, a necessidade de g asto s com m edidas
corretivas.
O uso de agrotóxicos em fru tas, cuja produção
está orientada para o m ercado, p rin cip alm en te o
in-te rn a c io n a l no q u e se re fe re a P ro g ra m a s de PIF,
obedece a critérios rígidos de co n tro le de qualidade,
os quais devem m erecer aten ç ão d o s fru ticu lto re s.
A c re sc e n ta -se tam b ém q u e as ta x a s d e a p lic a ç ã o
podem variar, sob d iferen tes c o n d iç õ e s ag ríco las e
clim áticas, de país para país, e entre regiões
diferen-tes do m esm o país. S alienta-se, tam b ém , a n ec
essi-dade, do conhecim ento sobre a proibição ou restrição
de uso de d eterm in ad o s p rin cíp io s ativ o s por parte
dos p aíses im p o rtad o re s das fru ta s e da leg islação
local e, um a vez d efinidos os p ro d u to s a serem
uti-lizad o s, de ado ção de m o n ito ra m e n to s co n sta n te s
d os p ro d u to s a p lica d o s d u ra n te o cic lo da cu ltu ra,
colheita e p ó s-colheita. E ssa ro tin a p o ssib ilita av
a-lia r a e fic iê n c ia do c o n tro le de p ra g a s , d o en ç as e
p la n ta s d an in h as e de a te sta r se o s p ro d u to s u
tili-zados encontravam -se dentro de lim ites m áxim os de
resíduos, permitidos pelos países im portadores e pela
leg islação local, p ara os p ro d u to s aplicad o s.
Ingredientes A tivos P erm itidos para
Uso na C ultura do M elão
Os ingredientes ativos dos agrotóxicos perm
iti-dos na Produção Integrada do M elão estão
relaciona-dos na Tabela 1. Essas moléculas podem ser avaliadas
em term os de risco de co n tam in ação am b ien tal por
parâmetros próprios que descrevem a sua dinâm ica no
ambiente.
A sp ecto s Toxicológicos e A m bientais dos A grotóxicos A plicados na Cultura do M elão
239
T abela 1.
Propriedades físico-químicas dos compostos recomendados para PIF Melão.
Compostos
Solubilidade em água
(mg.L)
K„c
(m L g 1)
DTsó solo
(dias)
K
h(Pa.m'.mol')
DT
50
água
(dias)
Abamectina
insolúvel
5.000
14; 60
-1
-1
Acefato (Orthene)
818.000
2
3
0
169
Acetamiprido
4.200
-1
-1
-1
-1
Azoxistrobin
6
581
112
0
31
Benomil
3,8
2100
0
67
0,08
Bifentrina
0,1
240.000
26
0,1
-1
Bitertanol
5
-1
-1
0
-1
Captam
3,3
255
10
0
-1
Carbaril
104
210
6
0
12
Cartape
-1
-1
-1
-1
-1
Ciromazina
13.600
756
63
0
28
Corfenapir
0,13
104,9
1370
0
30
Clorotalonil
1
1787
35
0,2
49
Deltametrina
0
6.291
23,5
0,51
20,2
Difenoconazol
15
-1
-1
0
-1
Dimetoato
39.800
20,00
7
0
68
Fenarimol
14
600
360
0
28
Fenitrotiona
21
-1
-1
0,15
41
Fentiona
4
1.870
0,15
41
Flutriafol
130
-1
-1
0
-1
Folpete
1
-1
-1
0,01
-1
Fluquinconazol
1
-1
-1
0
-1
Imidacloprida
514
262
997
0
30
Iprodiona
12
700
64
0
5
M ancozebe
6
2.000
70
0
1,48
Metalaxil
8.400
50
70
0
1.000
Metconazol
15
-1
-1
0
-1
M evinfós
600.000
44
3
0
27,7
Miclobutanil
142
-1
-1
0
-1
Piraclostrobin
-1
-1
-1
-1
-1
Pirazofós
4,2
-1
-1
-1
-1
Pirimetanil
121
-1
-1
0
-1
Tebuconazol
36
1000
597
0
28
Tiabendazol
50
2.500
403
0
531
Tiacloprida
-1
-1
-1
-1
-1
Tiametoxam
-1
-1
-1
-1
-1
Tiofanato metilico
3,50
1.830
10
0
41
Triadimefon
4
2.400
82
0
1.760
Triclorfon
120.000
10
10
0
35,1
Tri flori ne
30
200
21
0
-1
Triflumizol
12.500
1.244
23
0
116
240
Proteção Integrada da PlantaPrincipais Parâm etros dos
A grotóxicos U tilizados na Avaliação
de sua D inâm ica no A m biente
Os agrotóxicos apresentam toxicidade relativa aos
seres vivos, m inim izados os riscos se obedecidos os
critérios técnicos de aplicação e de seleção, dos
pro-dutos a serem u tiliza d o s. A pós a aplicação , os
agrotóxicos encontram -se dispersos no ar, na água,
no solo e nas superfícies das plantas. O destino de
alguns agrotóxicos é o resultado final que é dado a
uma molécula após sua entrada e atuação,no ambiente,
e é governado pelos processos de retenção,
transfor-mação e transporte, e pela interação destes processos.
A retenção é a conseqüência da interação entre
o agrotóxico e a superfície das partículas do solo ou
aos com ponentes do solo com o um todo. O s
proces-sos de retenção são freqüentem ente descritos com o
adsorção ou sim plesm ente com o sorção. P odem ser
reversíveis ou irreversíveis, podem retardar ou impedir
o m ovimento do agrotóxico e afetar sua
disponibilida-de para absorção pelas plantas e m icrorganism os ou
para transformações bióticas ou abióticas. Enquanto a
reten ção é co n sid erad a principalm ente com o sendo
um processo físico, a transform ação é caracteris-
ticam ente um a m odificação na estrutura quím ica da
molécula, em bora os limites entre os processos físicos
e químicos não sejam sempre facilmente diferenciados.
O processo de transform ação pode ser de n atureza
puramente química, pode ser catalisado pelos
constitu-intes do solo ou induzido fotoquim icam ente. A m
aio-ria d os a g ro tó x ic o s, e n tre ta n to , é transform ada
predom inantem ente por reações bioquím icas através
dos m icroorganism os do solo. As tr a n sfo r m a ç õ e s
b ió tic a s de a g ro tó x ic o s g e ra lm e n te resu ltam na
degradação da estrutura molecular em formas mais
sim-ples (CHENG, 1990).
O destino de um determ inado agrotóxico pode
ser avaliado pela análise de seu com portam ento. O
com portamento do agrotóxico é a maneira, ou jeito, da
m olécula se com p o rtar ou ag ir em um determ inado
am biente, segundo as propriedades físico-químicas da
molécula e do am biente, juntam ente com a influência
clim ática durante as interações (LAVORENTI, 1996).
Ele é fortemente influenciado pelas propriedades físico-
quím icas com o a solubilidade em água, pressão de
vapor ou volatilidade, e tendência em sorver as m
até-rias orgânica e inorgânica presentes no solo. Tam bém
depende de p ropriedades físico -q u ím icas do in
gre-diente ativo; das condições am bientais, com o tem
pe-ra tu pe-ra e um idade; das pro p ried ad es do so lo , com o
textura, m atéria orgânica e da atividade m icrobiana.
Assim, o comportamento e destino de um agrotóxico
no solo dependem , prin cip alm en te, de sua estrutura
q u ím ic a , q u e é d e p e n d e n te d e s u a e s tr u tu r a
m o lecu lar, isto é, o tam an h o da m o lé c u la , g rau de
ionização, solubilidade em água e em m ateriais
orgâni-cos (lip o sso lu b ilid ad e ), p o la riz a ç ã o e v o la tilid a d e
(BLANCO, 1979).
A v o la tiliz a çã o é o p ro c e sso p e lo q u al o
agrotóxico passa para a fase de vapor, proveniente de
um compartim ento ambiental, para a atm osfera. E
im-portante m ecanism o de perda do a g ro tó x ic o d o solo
para o ar (BLANCO, 1979). Os m étodos para estimar a
volatilização de um agrotóxico do solo para a atm
os-fera são na sua maioria, m odelos m atem áticos do
pro-cesso físico da volatilização baseados nas leis de Raoult
e H enry. A v o la tilid a d e in d ic a a te n d ê n c ia que
u m a m o léc u la tem de p a ssa r p a ra o e sta d o
de vap or, e a p re ssã o de v ap o r, é u m ín d ic e deste
fen ô m en o . A v o la tiliz a ç ã o é um fa to r q u e a tu a na
persistência.
A p ressão de vap or de um a g ro tó x ic o puro,
a 25 °C, é medida em milímetros de m ercúrio (m m Hg)
e é a m edida da ten d ên cia de v o la tiliz a ç ã o de um
agrotóxico em seu estado puro (líquido ou vapor), que
é utilizado na estim ativa de vida das aplicações
depo-sitad as na fo lh a ou no solo. A p re ssã o d e v a p o r de
um a m olécula é im p ortan te para a v a lia r a d
is-tr ib u içã o (is-tra n sp o rte ou is-tra n s fe rê n c ia ) n o a m b
i-ente. A pressão de vapor é a principal pro p ried ad e da
m olécula a ser usada no cálculo da v o latiliz açã o , as
moléculas com alta pressão de vapor são voláteis e as
co m b aix a p re ssã o de v a p o r p ra tic a m e n te não
volatilizam.
A partição do agrotóxico en tre o ar e a água
d esc rita p ela co n sta n te da lei d e H en ry - H,
expressa em Pa mVmol, é a relação da pressão parcial
do soluto no ar, em equilíbrio com a co ncentração na
água e, é essencialmente um balanço das solubilidades
do agrotóxico entre o ar e a água (SUNTIO et al., 1988;
SHIU, 1990). A constante da lei de H enry vai definir
A sp ecto s Toxicológicos e A m bientais dos A grotóxicos A plicados na Cultura do M elão
241
a te n d ê n c ia d e um a g ro tó x ic o em v o la tiliz a r
da so lu ç ã o para o ar, em d ec o rrên cia d e um alto
valor para esta constante, favorecendo, a volatilização
e baixo valor para esta constante podem persistir no
solo ou na água.
A s m o lécu las que têm baixa so lu b ilid a d e em
água podem estar presentes em grande proporção no
ar, m esm o que tenham baixa pressão de vapor. A
so-lubilidade do agrotóxico em água não som e o peixe do
pro d u to q u e está presente na água. A solu b ilid ad e
de um a substância em um solvente está relacionada à
q u an tid ad e do soluto para saturar um a q uantidade
específica de solvente (OHLWEILER, 1971), e é
influ-enciada pela temperatura e pressão. A solubilidade dos
agrotóxicos em água tem uma variação muito grande e
é função da temperatura, pH, força iônica, e de outras
substâncias orgânicas como a matéria orgânica do solo.
A m aioria das m oléculas torna-se mais solúvel com o
au m en to da tem p eratu ra. A so lu b ilid ad e de um
agrotóxico em água vai facilitar a sua lixiviação, que
é o m o v im e n to d estes no solo, co n d u zid o s pela
água e que ocorrem em qualquer direção, sendo que o
m o v im e n t o m a is c o m u m da á g u a é p a r a
b aixo e co n h ecid o com o p ercolação (B L A N C O ,
1979).
E m geral, a adsorção, processo que descreve a
tran sferê n cia, das m oléculas do agrotóxico, da fase
m óvel (líq u id a ou v apor) para a fase esta c io n á ria
(p a rtíc u la s do solo), é o fator m ais im p ortan te
q u e a f e t a a l ix iv ia ç ã o d e a g r o t ó x ic o s em
solos. A lixiviação tende a ocorrer com m aior
proba-bilidade em solos de texturas arenosas. Os agrotóxicos
são fortem ente sorvidos (adsorvidos ou absorvidos)
pelas partículas do solo ou de sedim entos, tornando-
se mais persistentes, porque ficam protegidos das
de-gradações química ou biológica e da volatilização, pois
não são lixiviados até às águas subterrâneas. Portanto,
a so rç ã o do solo é o p rin cip a l p r o ce sso que
a fe ta a p o lu iç ã o p o te n c ia l p o r a g r o t ó x ic o .
um a vez que a adsorção tom a o agrotóxico “ligado”
às estruturas do solo, deixando-o indisponível para ser
absorvido pelas plantas e m icroorganismos.
O c o e f ic ie n t e d e p a r tiç ã o o c t a n o l-á g u a
(Kow) é o valor que representa a tendência da molécula
do agrotóxico particionar entre a fase orgânica e uma
fase aquosa. Os agrotóxicos lipofílicos, isto é, com log
Kow > 4, tendem a acumular nos materiais gordurosos
ou no solo. Os agrotóxicos hidrofílicos, ou seja
apre-sentando log Kow < 0, são solúveis em água e,
portan-to, apresentam baixo fator de bioconcentração, baixa
sorção e alta m obilidade nos solos e sedim entos.
A ligação dos agrotóxicos ao solo depende do
con teú d o de ca rb o n o org â n ico (que favorece a
reten ção de água), tip o e con teú d o de argila, c a p a
-c id a d e de tro -ca -ca tiô n i-c a , pH e área de su p erfí-cie
da p artíc u la do solo. O co n teú d o de carb o n o o rg â
-n ic o do so lo p o d e se r o fa to r p r e d itiv o da
b io d isp o n ib ilid a d e do agro tó x ico , um a vez que
os agrotóxicos hidrofóbicos (insolúveis em água)
po-dem ligar-se reversivelm ente ao conjunto de carbono
orgânico.
O v a lo r K oc m ed e a te n d ên cia q u e um a
m o lé c u la so fr e p a r tiç ã o e n tr e a fa se s ó lid a ,
e a s o lu ç ã o d o s o lo no s is te m a s o lo -á g u a .
Assim, como Koc mede a quantidade de carbono
orgâ-nico adsorvido ao solo, pode ser usado para estim ar:
• A extensão em que um soluto orgânico sofrerá
par-tição no solo, quando a água
m ovim entar-se
atra-vés do perfil do solo:
• O grau em que as m oléculas adsorverão na
super-fície do solo.
• A partição durante o escoam ento superficial.
• A partição em sedim entos aquosos.
O pH (concen tração de íons H +) é um fator
que in flu i na lix iv ia ç ã o de um a g ro tó x ic o do
solo, porque afeta a adsorção dos agrotóxicos pelas
partículas do solo e tam bém in terfere nas
reaç õ e s q u ím ic a s e n tr e o a g r o tó x ic o e os c o m
-ponentes do solo (B L A N C O , 1979). A deg rad ação
de alguns agrotóxicos, principalmente organofosforados
e carbamatos, é afetada pelo pH do solo (KUHR ,1976),
enquanto a persistência dos organoclorados raras
ve-zes é afetada por este parâm etro. Os efeitos da m
odi-ficação do pH na ad so rção de ag ro tó x ic o s são
com um ente utilizados para determ inar os mecanismos
de ligação de com postos ácidos ou básicos. Os
herbicidas básicos com o as triazinas podem
apresen-tar-se na form a neutra ou protonada, dependendo do
pH do solo. As m oléculas ácidas apresentam -se tanto
242
P roteção Integrada da Plantana form a de ânions co m o na form a de m oléculas não
d isso c ia d a s. A o d im in u ir o p H d o solo, p o d e se a u
-m e n ta r a a d so rç ã o e-m v irtu d e do c o n ju g a d o ác id o -
base (CROSBY, 1976).
A c o n sta n te d e io n iz a ç ã o á c id o /b a s e (pK a
ou p K b ) d o s a g ro tó x ic o s re p re s e n ta a te n d ê n c ia de
io n iz a ç ã o n u m a d e te rm in a d a fa ix a de v a lo r de pH .
Q u a n d o o v alo r do pH > p K a +l, a m a io ria d as m o
lé-cu las ácid as ou b ásicas estará na fo rm a an iô n ica ou
neutra, o q u e re p re se n ta m a io r d isp o n ib ilid a d e p ara
m aior m ovim entação do solo.
A lém dos efeitos diretos na m olécula orgânica, o
pH pode ter influência indireta na persistência, em razão
do efeito na atividade m icro b ian a e nos pro cesso s de
adsorção/dessorção.
A longevidade de um agrotóxico é norm alm ente
expressa em term os de m eia-vida (O/
2) do com posto, e
é defin id a com o o tem po requerido para o agrotóxico
so fre r d issip a ção e/ou d e g rad aç ão na m etad e de sua
co n cen tração inicial, d eterm in ad a em condições
nor-m ais de u so na re g iã o enor-m q u e é u tilizad o . D e fo rnor-m a
geral, a m eia-vida é o tem po requerido para que metade
d a co n c en traç ão do ag ro tó x ico d esap areça, in d ep en
-d entem ente -da co n c en traç ão inicial no solo. A m eia-
vida pode ser calculada para diferentes tipos de reações
com o volatilização, fotólise, potencial de lixiviação, e
d e g ra d a ç ã o (q u ím ic a e b io ló g ic a ). O c o n c e ito é útil
para a com paração da persistência relativa de
diferen-tes agrotóxicos. Os valores de m eia-vida são im
portan-tes p a ra o e n te n d im e n to d o p o te n c ia l im p a c to no
am biente, ca u sad o p o r ag ro tó x ic o s. P or e x e m p lo , se
acid en talm en te um agrotóxico altam ente tóxico atinge
um lago, e a velocidade de fotólise é rápida (sugerindo
b a ix a O/
2), as c o n se q ü ê n c ia s a m b ie n ta is p o d e m ser
m ín im as se os p ro d u to s d a fo tó lise fo rem ató x ico s.
Entretanto, se for um agrotóxico m oderadam ente
tóxi-co, m as co m b aix a v elocid ad e de fotólise (indicando
alta t‘/i), o im pacto no am biente pode ser substancial.
E ste ce n ário tam b ém p ode ser u sad o co m o ex e m p lo
para d e te rm in a r im p acto s am b ien tais re la c io n a d o s à
volatilização, potencial de lixiviação e características
de deg rad ação de vários agrotóxicos.
O parâm etro cham ado de D ose Letal 50 (D L50)
é u tilizado p a ia avaliar os efeitos dos agrotóxicos em
d ife re n te s o rg a n ism o s-a lv o . T ra ta -se d a d o se do
agrotóxico que possivelm ente causa a m ortalidade de
50% de um a população-alvo. Em razão da
D L
50,
os
agrotóxicos são classificados em:
•
D L
50< 5 mg.kg
1
são extrem am ente tóxicos;
• 5 < D L50 < 50 m g.kg 1
são altam ente tóxicos;
• 50 < DLgo < 500 m g.kg
1
são m oderam ente tóxicos;
• 500 < DL50
< 5.000 m g.kg
1
são levem ente tóxicos;
•
D L
50> 5.000 mg.kg 1
são relativamente não tóxicos.
A valiando-se o com portam ento da m olécula no
am biente e a ten d ên cia de seu destino, p ad rõ es de
referência foram estabelecidos para co n statação de
risco de impacto negativo. O “limite m áxim o de
resí-duo” (LMR), ou tolerância, é a quantidade m áxim a de
resíduo de um determinado agrotóxico sobre um
deter-minado produto agrícola permitida por lei,
consideran-do aspectos toxicológicos e agronôm icos, ou seja, é a
concentração perm itida do resíduo de um ingrediente
ativo, que pode ser aceito para consum o hum ano ou
animal. Expresso em m iligram as de ingrediente ativo
por quilograma de peso do alimento fresco (mg/kg), ou
em parte por m ilhão (ppm). O objetivo de estabelecer
os LM R s perm itidos para alim entos é p ro teg e r a
saúde do consum idor.
A lguns países apresentam m aiores restrições ao
uso de agrotóxicos im pondo LM Rs m ais rígidos que
outros. A constante modificação dos valores dos LMRs
também vem dificultando o monitoramento correto dos
produtos aplicados. A tualm ente, estão sendo
realizdos esforços para p adronização m undial desses v
a-lores. A FAO (Organização das Nações Unidas para a
A gricultura e A lim entação) e a O M S (O rg an ização
M undial de S aúde), através da C o m issão C odex
A lim entarius, p reo cupando-se com os resíduos de
agrotóxicos publicam periodicam ente, um a lista de
LM Rs internacionalm ente recom endados. A Tabela 2
a p resen ta os L M R s de alg u n s in g re d ie n te s a tiv o s
recom endados para diferentes países.
A v a lia ç ã o d o P o te n c ia l d e R isc o
d e C o n t a m in a ç ã o p o r A g r o t ó x ic o s
Algum as propriedades físico-quím icas dos
agro-tóxicos são frequentemente utilizadas em modelos m
a-tem áticos e sim uladores disponíveis para a avaliação
A sp ecto s Toxicológicos e A m b ien ta is d o s A g ro tó xic o s A p lic a d o s na C u ltu ra do M elão
243
Tabela 2. Limites máximos de resíduos (LMR), dos compostos recomendados para PIF Melão.
Compostos
FAO
EPA
Canadá
Espanha
União Européia
Abamectina
_
-
.
0,01
Acefato (Orthene)
-
-
-
-
0,02
Acetamiprida
-
-
-
-
-Azoxistrobina
-
-
-
-
0,5
BenomilBifentrina
-
1
0,5
-
0,5
Bifentrina
-
-
-
-
0,05
Bitertanol
-
-
-
-
0,05
Captam
-
-
-
-
0,1
Carbaril
3,0
10,0
3
-Cartape
-
-
-
-
-Clorotalonil
2,0
5,0
5
-
1
Clorfenapir
-
-
-
-Ciproconazol
-
-
-
0,05
-Ciromazina
0,2
-
1
-
0,3
Difenoconazol
-
-
-
0,02
-Deltametrina
0,01
-
-
-
0,05
Dimetoato
-
0,01
-
-
-Fenarimol
Fenitrotiona
0,05
0,05
Fentiona
-
-
-
-
-Flutriafol
-
-
-
-
-Folpete
-
15,0
15
-
0,1
Fluquiconazol
-
-
-
-
-Iprodiona
-
-
-
-
0,3
Imidacloprida
-
-
-
0,05
“
M ancozebe
0,5
-
-
-
0,5
M anebe
0,5
-
-
-
0,5
Metalaxil
0,2
-
-
-
0,2
Metconazol
-
-
-
-
-Mevinfós
0,05
0,5
-
-
-Miclobutanil
-
-
0,3
-Pirazofós
0,1
-
-
-
-Pirimetanil
-
-
-
0,02
-Tebuconazol
-
-
-
0,05
-Tiabendazol
-
-
-
-
-Tiacloprida
-
-
-
0,1
-Tiofanato metilico
-
0,1
0,5
-
0,5
Trifumizol
-
-
-
0,05
-Triflorina
-
-
-
-
-Triadimefon
-
-
-
-
0,1
Quinometionato
-
-
-
-
-Fonte: C odex A lim entarius C om m ission, Joint FAO/W H O Food S tan d ard s P ro g ram m e (2 0 0 3 ); EPA (2 0 0 3 ); R eal D e cre to 28/9 4 E sp anha-M inisterio de A gricultura, Pesca e A lim entacion; w w w .h c -sc .g c .c a /fo o d -a lim e n t/friia -ra a ii/fo o d -d ru g s-a lim e n ts-d ru g s/a c t- lo i/pdf/f-c-tableau.pd. A cesso em: 30 abr. 2004.
244
P roteção Integrada da Plantade tendência de com portam ento desses com postos em
diferentes am bientes (Pessoa et al., 1997). O s m odelos
m atem ático s do tipo screen in g são m o d elo s sim ples
q u e fo rn ece m re su ltad o s b a se ad o s nas p ro p rie d ad es
físico-quím icas dos agrotóxicos e de m acro inform
a-ções do am biente. A partir delas, possibilita-se a
deter-m inação de índices visando a classificação do potencial
de lixiviação e de retenção dos com postos por m eio de
equ açõ es m atem áticas ou de intervalos m atem áticos.
A m aior parte desses m odelos é am plam ente utilizada
nos E stados U nidos, A lem anha, D inam arca, H olanda,
B rasil, A ustrália, entre outros, p ela facilidade de uso,
em razão dos dados solicitados, e da agilidade na o b
-te n ç ã o de r e s p o s ta s , e m u ita s v e z e s in c o rp o r a d o s
aos sim u lad o res.
A an álise de ten d ên c ia de tran sp o rte de ag ro tó
-xicos, d issolv id o em água ou retidos em sedim entos,
p ara fin s d e c o n ta m in a ç ã o d as águ as su b te rrâ n e a s e
su perficiais pode ser realizad a u tilizando critério s do
tipo screening. Esses critérios fornecem um a avaliação
prelim inar, fundam entada em descrição relativa de
pro-cessos im prescindíveis para sua representação, tendo
g e ra lm e n te u m a e n tra d a de d ad o s m en o s co m p lex a.
S egundo JO N E S (1 9 9 3 ) e s s e s c rité rio s n ão d e s c re
-vem precisam en te todos os m ovim entos do agrotóxico
no solo, m as disponibilizam um m étodo para agrupar,
dentre um grande núm ero de com postos presentes no
solo, aq u eles com m aior m ob ilid ad e relativa. A ssim ,
facilitam a seleção de com postos prioritários, ao custo
m ínim o, p ara fins de m o nitoram ento desses produtos
por m eio de m étodos m ais precisos.
E n tre os c rité rio s “ s c re e n in g ” m ais u tiliz a d o s
m undialm ente citam -se, os critérios da E nvironm ental
Protection A gency (EPA), (C O H E N et al., 1995) e o
índice de G U S (G U STA FSO N , 1989), para análise de
te n d ê n c ia de c o n ta m in a ç ã o das ág u a s su b terrân ea s.
O s c rité rio s p ro p o sto s p elo m éto d o de G o ss (19 9 2 )
an alisam a ten d ên cia de co n tam in ação das águas su
-perficiais.
A s av alia çõ es fu n d a m e n tad as n esse s critério s
propiciam o conhecim ento prévio dos agrotóxicos com
m a io r p o te n c ia l de risc o de c o n ta m in a ç ã o de so lo e
água e, c o n se q u e n te m e n te , a id e n tific a ç ã o d a q u e le s
que devem ser priorizados no m onitoram ento ambiental
“in lo co ” , em análises de resíd u o s ou em sim u laçõ es
d e sistem as fundam entadas em m odelos m atem áticos
de pesquisa (FE R R A C IN I et al., 2(XX)).
índice de G U S
O método proposto por Gustafson (1989) calcula
o ín d ice de G U S para o agro tó x ico m ed ian te o
fornecimento de valores de coeficiente de adsorção ao
carbono orgânico (K()c) e de m eia-vida (t Vi) da m
olé-cula no solo.
O valor de GUS obtido para o agrotóxico
possi-b ilita classific ar a m olécu la quanto a ten d ên c ia de
lixiviação, definidas nos seguintes intervalos:
a) GUS < 1 ,8
Não sofre lixiviação (NL).
b) 1,8 < GUS < 2,8=> Faixa de Transição (T).
c) GUS > 2,8
=> Provável Lixiviação (L).
Avaliação do Potencial de T ransporte
dos Agrotóxicos pelos Critérios da EPA
O potencial de transporte de agrotóxicos tam bém
pode ser avaliado usando os critérios de “screening”
da EPA (COHEN et al., 1995). Os agrotóxicos que
obe-decerem concomitantem ente às inequações m atem
áti-cas abaixo, oferecem m aior potencial de risc o de
transporte e, conseqüente tendência a contam inação,
de águas subterrâneas:
a) solubilidade em água > 30 mg.mL
b) coeficiente de adsorção à m atéria orgânica:
Koc < 300-500 mL.g
c) constante de Henry: K h < 1 0 2
P a .m \m o l‘;
d) meia vida no solo( t Vi no solo): > 14-21 dias;
e) m eia vida na água ( t Vi na água) > 1 7 5 dias;
Neste critério devem ser consideradas as con d
i-ções de campo:
• f l ) pluviosidade anual > 250 mm;
• f
2) presença de solo poroso;
• f3) presença de aqüífero não confinado.
O M é t o d o de G O S S para avaliação d o p o
-tencial de transporte de agrotóxicos pa ra
águas superficiais, associado a sedimento ou
dissolvido e m á g u a
O método proposto por GOSS (1992) faz uso das
mesmas informações utilizadas para o cálculo do índice
de GUS, já discutido, acrescido da informação de
solu-A sp ecto s Toxicológicos e solu-A m b ien ta is d o s solu-A g ro tó xic o s solu-A p lic a d o s na C u ltu ra do M elã o
245
bilidade do agrotóxico em água. O m étodo é
represen-tado por um conjunto de cláusulas de regras,
apresen-tad as nos intervalos m atem áticos, para classific ar a
m olécula com o de alto potencial, m édio potencial e
baixo potencial de transporte em água, associado ao
sedim ento ou dissolvido em água.
A valiação do Potencial de R isco dos
A grotóxicos A plicados na PIF M elão
U tiliz a n d o o p ro g ra m a A G R O S C R E , da
E m b rap a M eio A m biente, foi possív el av a lia r os
agrotóxicos aplicados na cultura do melão, em termos
de potencial de risco de contam inação de água pelos
m étodos já citados. O s resu ltad o s ap resen tad o s na
Tabela 3 foram obtidos com os valores das constantes
relacionadas na Tabela 1.
C onsiderando os critérios aplicados nas
avalia-ções, verificar que os com postos com m aior potencial
C o m p o s to s G U S /V a lo r G O S S a s s o c ia d o ao s e d im e n to G O S S d i s s o lv id o em á g u a EPA A cefato (O rthene) N L / l,76 B M NL A zoxistrobin T /2 ,5 3 M A NL Benomil N L /1,24 A A NL B ifentrina N L /-0.07 B B N L
B itertanol N L/-1.95 NA NA F alta in fo rm ação
C aptam N L /1,59 B M F alta in fo rm ação
Carbaril N L /I.3 I B M N L Cirom azina T /2 ,0 2 M A N L C lorfenapir L/6,21 M M NL C lorotalonil N L /1,15 M M NL D eltam etrina N L /0,28 M B NL D im etoato T /2 ,2 8 B M NL Fenarim ol L /3,12 M A NL Imidacloprida L /4 ,7 4 M A NL Iprodiona T /2 ,0 9 M A NL M ancozebe N L /1,29 A A NL M etalaxil L /4,25 M A L M evinfós N L /1,12 B M NL Tebuconazol T /2 ,7 8 A A N L Tiabendazol N L / l , 54 A A N L T iofanato m etilico N L /0,74 M M N L Triadim efon N L /1,19 A A N L
T riflorine L /5 .5 6 NA NA F alta in fo rm ação
Triflum izol N L / l,23 M M NL
Quadro
1.
Classificação dos compostos de acordo com seu potencial de contam inação de águas subterrâneas
pelos critérios GUS e EPA e superficiais pelo GOSS.
d e c o n ta m in a ç ã o d as ág u a s su b te rrâ n e a s p elo G U S
são: azoxistrobin, cirom azina, clorfenapir, dim etoato,
f e n a rim o l, im id a c lo p rid a , ip ro d io n a , m e ta la x il,
teb u co n a zo l e triflo rin a, en q u a n to p elo s c rité rio s da
EPA nenhum dos in g re d ie n te s ativ o s lix iv ia. A lg u n s
c o m p o sto s, p o r fa lta de d ad o s de su as p ro p rie d a d e s
fís ic o -q u ím ic a s , n a literatu ra co n su ltad a, não foram
avaliados (NA).
De acordo com os índices de G O SS, usados para
avaliar o potencial de determ inado com posto em
atingir águas su perficiais, são classificad o s em dois g ru
-pos: o s q u e p o d em se r tra n sp o rta d o s d isso lv id o em
ág u a e os q u e são tra n sp o rta d o s asso c ia d o s ao sed
i-m ento ei-m suspensão. As infori-m ações disponibilizadas
na Q uadro 1, m ostram que grande núm ero de com
pos-tos apresenta potencial de ser transportado dissolvido
em á g u a co m o : a z o x istro b in , b e n o m il, c iro m a z in a ,
fe n a rim o l, im id a c lo p rid a , ip ro d io n a , m a n c o z e b e ,
m etalaxil, tebuconazol, tiabendazol e triadim efon. R
es-saltam os com postos: benom il, m ancozebe, tiabendazol
246
P roteção Integrada da Plantae tria d im e fo n n ão são c o n ta m in a n te s p o te n c ia is de
águas su b terrân eas. P o r ap re se n tarem alta afin id ad e
pela m atéria orgânica, benomil, mancozebe, tebuconazol
e tia b e n d a z o l p o d e m se r tra n s p o rta d o s s u p e rfic ia
l-m ente, tanto dissolvidos el-m água col-m o associados ao
sedimento.
C onsiderando-se as características do clim a e do
solo da região e por se tratar de área irrigada, os riscos
de contam inação das águas superficiais e subterrâneas
não p o d em ser d esp reza d o s. A lém d isso , as c a ra c te
-rísticas físicas dos solos da reg ião q u e p ro p icia m a
lixiviação dos agrotóxicos, para camadas mais profundas,
favorecem contam inações subterrâneas e superficiais.
C on sid erações F inais
A s dem andas internacionais pela adoção de Boas
P rática s A g ríc o la s do c a m p o à m esa e de P ro d u çã o
I n te g r a d a d e F ru ta s , em p a r tic u la r d a P IF M e lã o ,
trazem oportunidades significativas aos produtores
ex-portadores nacionais. E ntretanto, essas oportunidades
dem an d am que os p rodutores se ad eqüem às práticas
do siste m a de p ro d u ç ã o , in se rid o em seu c o n te x to
am biental. G rande atenção vem sendo d ada à im
por-tância d a tecnologia de aplicação de agrotóxicos
utili-zados, em razão do poder tó x ico dessas m o lécu las no
am biente. D essa form a, os cuidados se iniciam com a
esco lh a da grade de agrotóxicos registrados no nosso
país p ara a cultura do m e lã o e q u e são ac eito s pelo s
p aíses im p o rtad o res. O s in g re d ie n te s a tiv o s, e seu s
re s p e c tiv o s lim ite s m á x im o s de resíduos, devem ser
acom p an h ad o s em m onitoram entos da ca d eia p ro d u
-tiv a e p ó s-c o lh e ita , p ara e v ita r d e v o lu ç õ e s de lotes.
N o c o n te x to de M a n e jo In te g ra d o de P ra g a s, os
agrotóxicos ainda são im prescindíveis no controle de
p ra g as, d o en ç as e p lan tas d aninhas.
A s propriedades físico-quím icas dos agrotóxicos,
aliadas ao conhecim ento do am biente físico on d e são
ap lica d o s, p o ssib ilitam a av a lia ção de ten d ên c ias de
seu co m p o rta m e n to no am b ien te, ac o m p a n h a d o por
m eio de screening, pelos m étodos da EPA, de G U S ou
de G O SS. Existe ainda limitação, na disponibilidade de
inform ações das propriedades físico-quím icas no am
bi-ente, onde são efetivam ente aplicados, entretanto são
im prescindíveis p ara a v a lia ç õ e s m ais co n fiá v e is do
c o m p o rta m e n to d esse s produtos.
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Jaguariúna: E M B R A P A -C N P M A , 1997. 87 p. (E M B R A P A - C N P M A . D o cu m en to s, 8).
S H IU , W. Y.; M A , K .C ; S E IB E R , J .N .; W A U C H O P E . S o lu b i-lid a d e o f p e s tiic d e c h e m ic a ls in w ater. P a rt I: e n v iro n m e n ta l p h y s ic a l c h e m is try . R e v ie w s o f E n v ir o n m e n ta l C o n ta m i- n a tio n a n d T o x ic o lo g y , v .1 1 6 , p. 1-11, 1990. S U N T IO , L. R .; S H IU , W. Y.; M A C K A Y , D .; S E IB E R , J. N .; G L O T F E L T Y , D . C ritic a i re v ie w s o f H e n r y ’law c o n s ta n ts fo r p e s tic id e s . R e v ie w s o f E n v ir o n m e n ta l C o n ta m in a tio n a n d T o x ic o lo g y , v. 103, p. 1-59, 1988. T IT I, A .; B O L L E R , E .F ; G E N D R IE R , J. P (E d .). P ro d u c c ió n in te g r a d a : p r in c íp io s y d ir e c tr ic e s té c n ic a s . I O B C .W P R S B u lle tin , v. 18 n. 1, p. 1 -2 2 , 1995.
308
A n e x o sA n e x o 1 .
Principais requisitos legais a serem observados na PIF Melão.
• L ei 9 .6 0 5 , d e 1 2 /0 2 /1 9 9 8 - L ei d e C rim e s A m b ie n ta is . • L ei 6 .9 3 8 , 3 1 /0 8 /1 9 8 1 - e s ta b e le c e a P o lític a N a c io n a l d e M eio A m b ien te . • L ei 8 .1 7 1 , d e 1 7 /0 1 /1 9 9 1 — L e i d e P o lític a A g r íc o la — e sta b e le c e a p ro te ç ã o a m b ie n ta l d o s re c u rs o s n a tu ra is d a p ro p ried a d e a g ríc o la . • L ei 9 .4 3 3 , d e 0 8 /0 1 /1 9 9 7 - P o lític a N a c io n a l d e R e c u rs o s Hídricos.
• Lei 7 .8 0 2 , d e 1 1 /0 7 /1 9 8 9 d is c ip lin a a p e s q u is a , e x p e rim e n -tação, a p ro d u ç ã o , a e m b a la g e m e ro tu la g e m , o tra n s p o rte , o a rm a z e n a m e n to , a c o m e rc ia liz a ç ã o , a u tiliz a ç ã o , im p o rta -ção e e x p o rta ç ã o , d e s tin o fin a l, o re g is tro , a c la s s ific a ç ã o , o c o n tro le , a in s p e ç ã o e fis c a liz a ç ã o d e a g ro tó x ic o s .
• L ei 9 .9 7 4 , 0 6 /0 6 /2 0 0 0 - a lte ra a L ei N o. 7 .8 0 2 , d e 1 1 /0 7 / 1989.
• L ei 6 .2 2 5 , d e 1 4 /0 7 /1 9 7 5 - d is p õ e s o b re a d is c rim in a ç ã o de reg iõ es d e e x e c u ç ã o o b rig a tó ria d e p la n o s d e p ro te ç ã o do so lo e d e c o m b a te à e ro são . • L ei 5 .1 9 7 , d e 0 3 /0 1 /1 9 6 7 - d is p õ e s o b r e a p r o te ç ã o d a fauna. • L ei 4 .7 7 1 , d e 1 5 /0 9 /1 9 6 5 - C ó d ig o F lo re s ta l B ra s ile iro e M P 1.511 - 2 d e 1 9 /0 9 /1 9 9 6 e M P 2 .0 8 0 -5 8 , d e 2 7 /1 2 /2 0 0 0 (altera m o C ó d ig o F lo re s ta l). • L ei 6 .9 0 2 , d e 2 7 /0 4 /1 9 8 1 — d is p õ e s o b r e a c r ia ç ã o de E sta ç õ e s E c o ló g ic a s , Á re a s d e P ro te ç ã o A m b ie n ta l e d á o u tras p ro v id e n c ia s . • L ei 7 .8 0 3 , d e 1 8 /0 7 /1 9 8 5 — a m p lia o C ó d ig o F lo r e s ta l, in clu in d o p o n to s im p o rta n te s , em e sp e c ia l q u a n to às R e s e r-vas F lo re s ta is L eg a is . • D e c re to 9 4 .0 7 6 , d e 0 5 /0 3 /1 9 8 7 - in s titu i o P ro g ra m a N a c i-onal d e M ic ro b a c ia s H id ro g rá fic a s . • D e cre to 2 4 .6 4 3 , d e 1 0 /0 7 /1 9 3 4 - C ó d ig o d a s Á g u a s. • D ecreto 8 5 2 , d e 1 1 /1 1 /3 8 - a lte ra o C ó d ig o d a s Á g u a s. • D e cre to 8 9 .3 3 6 , d e 3 1 /0 1 /8 4 — d is p õ e s o b re as Á re a s E c o -ló g icas e Á re a s d e R e le v a n te In te re s s e E c o -ló g ic o e d á o u tra s p ro v id ên c ia s. • R e so lu ç ã o C O N A M A 0 0 1 , d e 2 3 /0 1 /1 9 8 6 — d e fin e Im p a c to A m b ien tal. • R e s o lu ç ã o C O N A M A 0 0 3 , d e 2 8 /0 6 /1 9 9 0 - e s ta b e le c e p a d rõ es d e q u a lid a d e d o ar. • R e so lu çã o C O N A M A 0 0 5 , d e 1 5 /0 6 /1 9 8 9 - e s ta b e le c e o P r o g r a m a N a c i o n a l d e C o n t r o l e d a Q u a l id a d e d o A r (PR O N A R ). • R e so lu çã o C O N A M A 0 0 4 , d e 1 8 /0 9 /1 9 8 5 - e s ta b e le c e as áreas c o n s id e ra d a s c o m o re s e rv a s e c o ló g ic a s . • R e s o lu ç ã o C O N A M A 0 0 6 , d e 2 4 /0 1 /1 9 8 6 — a p r o v a o s m o d elo s d e p u b lic a ç ã o d e p e d id o s d e lic e n c ia m e n to .
• R e s o lu ç ã o C O N A M A 10, d e 1 4 /1 2 /1 9 8 8 - e s ta b e le c e a c o m p e tê n c ia e o b jetiv o s das á rea s d e P ro te ç ã o A m b ien tal.
• R e so lu çã o C O N A M A 13/1995 - d is p õ e s o b re uso d e C FC (clo ro -flú o r-ca rb o n o ). • R e so lu çã o C O N A M A 20, 1 8 /0 6 /1 9 8 6 - e sta b e le c e c la sses de uso d a ág u a e p ad rõ es d e la n ç a m e n to d e eflu e n te s. • R e so lu çã o C O N A M A 237, de 1 9 /1 2 /1 9 9 7 - L ic en -c iam en to A m biental • R e so lu çã o C O N A M A 334, d e 3 /1 1 /2 0 0 3 - d isp õ e so b re o lic e n ciam e n to de e stab e le c im e n to s d e re c e b im e n to d e e m b a -lagens.
• R e s o lu ç ã o C O N A M A 3 0 2 , d e 2 0 /0 3 /2 0 0 2 - d is p õ e so b re A P P (área d e p ro teção p e rm a n e n te ) d e re serv a tó rio s a rti-ficiais.
• R e so lu ç ã o C O N A M A 9, de 3 1 /0 8 /1 9 9 3 - n o rm a tiz a d estin o d o ó leo lu b rific an te usado.
• P o r ta r ia 0 3 6 9 0 , M in is té r io d a S a ú d e e s ta b e le c e p a -d rõ e s -de P o ta b ili-d a -d e -d a Á g u a p a ra C o n s u m o H u m an o ).
• P o rta ria 1428, M in istério d a S a ú d e , d e 2 6 /1 1 /1 9 9 3 A p ro -v a o “ R e g u la m e n to T é c n ic o p a ra In s p e ç ã o S a n itá ria de A lim e n to s” - CO D -IO O a 0 0 1 .0 0 0 1 , as “ D ire triz e s p a ra o E stab e lec im e n to de B oas P rá tic as d e P ro d u ç ã o e de P re s ta -ç ã o d e S e r v i-ç o s n a Á re a d e A l i m e n t o s ” - C O D -IO O a 0 0 2 .0 0 0 1 , e o “ R e g u la m en to T é c n ic o p a ra o E s ta b e le c i-m en to de P ad rão d e Id e n tid ad e e Q u a lid a d e " (P IQ ’s) para S e rv iço s e P ro d u to s n a Á rea de A lim e n to s.
• P o rta ria 2 3 1 , d e 2 7 /0 4 /1 9 7 6 - e s ta b e le c e o s p a d rõ e s de q u a lid a d e do ar. • P o r t a r i a 3 .2 1 4 , d e 8 /0 6 /1 9 7 8 - a p r o v a a s N o r m a s R e g u la m e n ta d o ra s N R . d a C o n s o lid a ç ã o d a s L eis T ra b a -lh is ta s, re la tiv a s à S e g u ra n ç a e M e d ic in a d o T rab a -lh o . • P o rta ria IB A M A 114, de 2 9 /1 2 /1 9 9 5 (D O U de 9 .1 .9 6 ) - e s ta b e le c e p ro c e d im e n to s lig a d o s à R e p o s iç ã o F lo re s ta l O brigatória.
• A B N T N B R 1004 - R esíd u o s s ó lid o s - C las sific a çã o .
• A B N T N B R 1005 - L ix iv iaç ão d e r e s íd u o s - P ro ced im en to .
• A B N T N B R 1006 - S o lu b iliz a ç ã o d e re s íd u o s - P ro c e d i-m e n to .
• A B N T N B R 1007 - A m o s tra g e m d e re s íd u o s - P ro c e d i-m e n to .
• In stru ç ão N o rm a tiv a 0 1 3 , 0 1 /1 0 /0 3 - e sta b e le c e as N o rm as T éc n ic a s e D o cu m en to s d e A c o m p a n h a m e n to d a P IM e (P ro -d u ç ão In teg ra -d a -de M elão).
A lém d e sse s, d e v em se r o b s e rv a d o s , tam b é m , re g u la -m en to s e stad u a is e sp e cífic o s que, u -m a v e z -m ais restritiv o s, d e v erã o ser a ten d id o s. E xem p lo s:
Anexos
309
P a ra o C e a rá
• L ei E stad u a l 1 2 .228, d e 09/12 /1 9 9 3 - P o lítica E stadual p ara A g ro tó x ico s - C E .
• L ei E s ta d u a l 1 2 .5 8 4 , de 0 9 /0 5 /1 9 9 6 - p ro íb e o uso d e h e rb ic id a s n a m a ta ciliar, no C eará.
• L ei E stad u a l 12.488, 13/09/1995 - C ó d ig o F lorestal do C eará.
• L ei E sta d u a l 13.1 0 3 , de 24/01/2001 - P o lítica E stadual d e R esíduos S ólidos.
• D e cre to E sta d u a l 2 0 .7 6 4 /9 0 - d isp õ e so b re os padrões d e q u a lid a d e d o ar n o territó rio cearense.
• P o rta ria E sta d u a l 154, de 22 de Ju lh o de 2002 - dispõe sobre p a d rõ es e c o n d iç õ e s p ara lan çam en to de e flu en tes líquidos, g erad o s p o r fo n te s p o lu id o ra s no C eará.
• In stru ç ão N o rm a tiv a E stadual 0 1 /99 n o rm atiza os p ro c e -d im e n to s a -d m in is tra tiv o s p a ra a e x p lo ra çã o florestal, o uso a lte rn a tiv o d o s o lo e p ara a q u eim a c o n tro lad a das flo restas e d em ais fo rm a s d e v eg etação em todo o E stad o do C eará e dá o u tras p ro v id ê n c ia s. P a ra o R io G r a n d e d o N o r te • L ei 5 .1 4 7 , d e 3 0 /0 9 /1 9 8 2 - d is p õ e s o b re a P o lític a e o S is te m a E s ta d u a l d e C o n tro le e P re s e rv a ç ã o d o M eio A m b i-e n ti-e i-e d á o u tra s p ro v id ê n c ia s • L ei 6 .3 6 7 , d e 1 4 /0 1 /1 9 9 3 - in s titu i o P la n o E stad u al de R e c u rs o s H íd ric o s e d á o u tra s p ro v id ê n c ia s . • L e i 6 .7 6 9 , d e 1 1 /0 5 /1 9 9 5 - d is p õ e so b re a P o lític a F lo restal d o E s ta d o d o R io G ra n d e d o N o rte e d á o u tra s p ro v id ên cias.
• L ei 6 .9 0 8 , d e 0 1 /0 7 /1 9 9 6 - d is p õ e s o b re a P o lític a E stad u al d e R e c u rs o s H íd ric o s , in s titu i o S is te m a In te g ra d o d e G estão d e R e c u rs o s H íd ric o s - S IG E R H e d á o u tra s p ro v id ên cias.
• D e c re to 8 .6 0 0 , d e 0 3 /0 3 /1 9 8 3 - a p ro v a o R e g u la m en to da P o lític a e S is te m a E s ta d u a is d e C o n tro le e P re se rv aç ã o do M e io A m b ien te .
• D e c re to 9 .1 0 0 , d e 2 2 /1 0 /1 9 8 4 e n q u a d ra c u rs o s e re se rv a -tó rio s d 'á g u a d o E s ta d o n a c la s s if ic a ç ã o e s ta b e le c id a na P o rta ria n° 13, d e 15 d e j a n e iro d e 1 9 7 6 , d o M in istro do I n te r io r e d á o u tr a s p r o v id ê n c ia s .
• D e c re to 10.6 8 3 , d e 0 6 /0 6 /1 9 9 0 - c ria a Á re a d e P ro teção A m b ie n ta l (A P A ) e d á o u tra s p ro v id ê n c ia s .
A n e x o
2. Formulário A
IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
Razão Social:______________________________________________________________________
Endereço:_________________ _______________________________________________________
CEP:--- C idade:________________________________ Estado:______
Telefone:--- Fax:________________ C .G C .:_____________________ I. E.:
Responsável T écnico:___________ ___________________________________________________
Supervisor do Program a de S egurança:_______________________________________________
Identificação do produto agrícola (como é expedido pela Fazenda):______________________
Destino e finalidade de uso da produção:_____________________________________________
310
A n e x o sA n e x o s 3 1 1
A n e x o 3. F o rm u lário B
ORGANOGRAMA DA PROPRIEDADE/EMPRESA
L Programa de S egurança^
Responsável pela propriedade/em presa que deve estar com prometido com
__________ |
a im plantação do p ro g ram a de seg u ran ça , an a lisa n d o e rev isa n d o
sistematicamente, em conjunto com o pessoal de nível gerencial.
--- Responsável pelo gerenciam ento da produção/processo, participando
--- '
da revisão periódica do Plano, junto à Direção Geral.
r ^_____Responsável
pela
elaboração,
implantação,
acompanham ento,
verificação
l--- 1
e melhoria contínua da produção/processo; deve estar diretam ente ligado
à Direção Geral.
312
A n e x o sA n e x o 4 . F o rm u lá rio C
EQUIPE APPCC/EQUIPE DO PROGRAMA DE SEGURANÇA
Nome
Função na Empresa
Data:--- Aprovado por:__________________________ s__________________________
Fonte: E x traíd o e a d ap tad o da P o rta ria 46, de 10/02/1998, do M inistério da A gricultura, P ecuária e A bastecim ento - MAPA.A n e x o s
313
A n ex o
5. Formulário D
CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO/PROPRIEDADE
Produto agrícola:________________________________________________ __ ______________________________
Lote: Data da produção final do
lote:---Características importantes do produto final: (pH, Aw, umidade, °Brix, etc.):
Umidade:_________________ Aw:---
°Brix.:---Outros (especificar):___________________________________________________ __________________________
Classificação:.—---—
---Forma de uso do produto pelo consumidor ou usuário:__________________________________________ _____
Características da embalagem:---—
---Local de venda do produto:---
—---Instruções contidas no
rótulo:---—---Controles especiais durante distribuição e comercialização:___________________________________________
Data:________________________ Aprovado por:-
--Fonte: E xtraído e adaptado da Portaria 46, de 10/02/1998, do M inistério da A gricultura, P ecu ária e A b astecim en to - MAPA.A n exo
6. Formulário E
INSUMOS USADOS NA PRODUÇÃO PRIMÁRIA
Insumos usados na pré-colheita
Tipo de solo:___________________ __________________________________________
A dubo:__________________________________________________________________
Tipo de água para irrigação:_________________________________________________
Agroquímicos:_________ ___________________________________________________ _
Outros (especificar):________________________________________________________
314
A n ex o sInsumos usados na pós-colheita
Tipo de água para lavagem :______________________________________________________________ ________
Impermeabilizante da superfície:_______ _ _________________________________________________________
Aditivos:____________________________ __________________________________________________________
Embalagem:____________________________ ________________________________________________________
Outros (especificar):_____________________________________________________________________________
Data:________________________Aprovado por:._____________________________________________________
Fonte: Extraído e adaptado da Portaria 46, de 10/02/1998, do M inistério da A gricultura, Pecuária e A bastecim ento - MAPA.Anexos