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O povoamento na área da Lagoa da Pederneira : da ocupação romana até ao século XII

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Academic year: 2021

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(1)Carlos Abílio Fidalgo Guincho. O povoamento na área da Lagoa da Pederneira (Da ocupação Romana até ao século XII). Volume II. Dissertação de Mestrado em Estudos do Património Orientador: Professor Doutor João Luís Cardoso Universidade Aberta Departamento de Ciências Sociais e Gestão (2008 – 2010).

(2) Carlos Abílio Fidalgo Guincho O povoamento na área da Lagoa da Pederneira (Da ocupação Romana até ao século XII) Volume II Dissertação de Mestrado em Estudos do Património Orientador: Professor Doutor João Luís Cardoso Departamento de Ciências Sociais e Gestão Universidade Aberta, Lisboa. 2.

(3) Índice. Anexo I 1: Fichas de Inventário. Época Romana. 4. Anexo II Igreja de São Gião da Nazaré. (Do século V ao século XII). 33. 1 – A arquitectura de São Gião. 35. 1.1 – Os capiteis de São Gião. 35. 1.2 – Elementos arquitectónicos e escultóricos de São Gião da Nazaré. 39. 1.3 – Análise Arquitectónica de São Gião. 50. Bibliografia. 62. 3.

(4) Fichas de Inventário. Época Romana. 4.

(5) Anexo: I 1: Fichas de Inventário. Época Romana.. Advertência: Nos objectos apresentados abaixo, nomeadamente os que se encontram no Museu Dr. Joaquim Manso (Nazaré), não existe, em muitos deles, informação sobre o enquadramento em que foram encontrados, assim como a sua datação. As fichas de inventário consultadas são as mesmas que, salvo as dos elementos que não estão em exposição, podem ser consultadas em (http://www.mtriznet.imc-ip.pt/ipm/MWBINT/MWBINT00.asp). Consultado em (25/01/2010) Ainda assim socorremo-nos das fichas antigas, manuscritas, para tentar complementar alguma informação, mas não foi possível actualizar os dados porque, como seria de esperar, as novas fichas de inventário contêm os elementos constantes das anteriores. Gostaria de relevar todo o empenho da Sr.ª Directora do Museu, Dr.ª Dóris Santos assim como dos restantes funcionários, na disponibilização dos elementos e na busca de mais informação que pudesse complementar a existente.. 5.

(6) Ficha de Inventário: 01 Instituição/Proprietário: Sr.ª Madalena Pereira Matias dos Santos. Local: Quintal de casa particular. Freguesia: Alfeizerão Concelho: Alcobaça. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Equipamento. Denominação: Miliário de Adriano. Data da Aquisição: Não conhecida. Achador/Doador: Não (Foto: Carlos Fidalgo) possui. Numero de Inventário: Não possui. Dimensões: Altura: 98 cms; Diâmetro: 46 cms. Época: Romana Datação: Século II a.C. (1ª metade). [1] Função/Uso: Demarcação das distâncias entre localidades nas vias romanas. Proveniência: Ramalheira/Alfeizerão. Descrição da peça: «Miliário cilíndrico em calcário, incompleto…» [1] Estado de Conservação: Razoável. Adulterado na sua parte superior por ter sido cortado para criar uma base plana para a implantação de um “artefacto” que sustenta um conjunto de vasos com plantas, mas a inscrição ainda se consegue ler bem. (ver fotos) Historial: Encontrado no local de Ramalheira. Conteúdos inscritos: IMP/CAESAR DIVI/TRAIANI PAR/THICI DIVI. NE/RVAE NEPO TR/AIANVS AVG PO/NT MAX. TR . POT V .CO S III FE [CIT] Tradução: “O imperador César Trajano Adriano Augusto, filho do divino Trajano Pártico, neto do divino Nerva, portifice máximo, no seu quinto poder tribunício, cônsul pela terceira vez, fez. [1] Fonte documental: [1] - MANTAS, Vasco Gil, (1986) – Um Miliário de Adriano em Alfeizerão, Coimbra, Conímbriga, XXV, pp.213-225.. 6.

(7) Ficha de Inventário: 02 Instituição/Proprietário: Museu Municipal Dr. Santos Rocha – Figueira da Foz. Local: Tornada Freguesia: Tornada. Concelho: Caldas da Rainha Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Epigrafia. Denominação: Estela Funerária. Data da Aquisição: Não conhecida. Achador/Doador: Não possui. Numero de Inventário: Não possui. Dimensões: Altura: 118.50 cm; Largura: 50.0 cm; Espessura: 15.5 cms. Época: Romana Datação: Século I d.C.[1] Função/Uso: Funerária. Proveniência: Tornada. Descrição da peça: «Estela funerária de calcário, lisa, rectangular, sem qualquer decoração. (…) Documenta (…) os primeiros tempos da romanização da área litoral do Conventus Scallabitanus. Datável da segunda metade do século I da nossa era, merece referência por (Foto: Carlos Fidalgo) apresentar o praenomem Marcus por extenso e por a mãe se identificar ainda à maneira indígena, com um só nome, embora já latino (Avita). (…)» [1] Estado de Conservação: Razoável. A inscrição ainda se consegue ler bem. Historial: Esta estela «…proveio da Tornada, freguesia do concelho de Caldas da Rainha, distrito de Leiria.» [1] Segundo a notícia do Arqueólogo «Lê-se no Diário de Noticias, de 5 de Junho de 1910, que numa vinha do lugar da Tornada, (…) aparecera uma lápide com uma inscrição. Esta lápide estava a 30 metros de profundidade, cobria parte de uma sepultura em que havia um esqueleto com o crânio voltado para Poente. Segundo me informa o Sr. Eduardo Gonçalves Neves, ilustre Director da Escola de Cerâmica de Rafael Bordalo Pinheiro (Caldas da Rainha), a lápide guarda-se hoje no Museu da Figueira da Foz.» [2]. Conteúdos inscritos: D(iis) . M(anibus) MARCO . ALLIO BALBO ANNORVM . XXX AVITA . MARCI . F (ilia) MATER . F.(aciendum) . C(uravit) S(it) .T(ibi) . T(erra) . L(evis). 7.

(8) Tradução: “Aos Deuses Mane. A Marco Allio Balbo, falecido na idade de 30 anos, mandou fazer esta sepultura sua mãe, de nome Avita, filha de Marco. A terra te seja leve.” [2] Registos Fotográficos:. Inscrição (Foto: Carlos Fidalgo). Perfil da Estela (Foto: Carlos Fidalgo). Fonte documental: [1] – ENCARNAÇÃO, José D. (1993-1994) – Monumentos Epigráficos Romanos no Museu Dr. Santos Rocha, (Figueira da Foz), Conímbriga, 32-33, pp.295 a 302. [2] – VASCONCELOS, José Leite de. (Três inscrições – Inscrição romana da Tornada (Caldas da Rainha), O Archeologo Português, Vol. XXV, 1921/22, pp. 274 – 248.. 8.

(9) Achados Arqueológicos da época romana existentes no Museu Dr. Joaquim Manso. Ficha de Inventário: 03 Instituição/Proprietário: Museu Dr. Joaquim Manso Local: Rebolo. Freguesia: Famalicão. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Epigrafia. Denominação: Cipo Funerário. Data da Aquisição: 16/10/1975. Achador/Doador: Não possui. Numero de Inventário: MEAJM – 2 Epi. Dimensões: Altura: 66.00 cm; Largura: 36.00 cm; Espessura: 34.00 cms. Época: Romana Datação: Não definida. Função/Uso: Funerária. Proveniência: Rebolo. Descrição da peça: «O material do cipo é de (Foto: Carlos Fidalgo) um calcário rijo, idêntico ao que existe em S. Gião. (…) Está fracturado junto da 5ª linha da epígrafe, que, por esta razão já não está completa. As letras são um tanto toscas e irregulares, parecendo a inscrição ser bastante antiga.» [1] Estado de Conservação: Razoável. Historial: Apareceu após o início das «obras para a modernização duma antiga casa com alpendre no lugar do Rebolo, surgiu numa pedra que servia de bancada, uma inscrição romana.» [1] Em 16/10/1975 foi doado ao Museu Dr. Joaquim Manso por Eduíno Borges Garcia, onde se encontra actualmente na exposição permanente de Arqueologia. Conteúdos inscritos: DM AVITV S. AVITI ANI. AV ITIANO Tradução: “Aos Deuses Manes de Avitus, filho de Avitus, de 1 ano de Idade, da tribo Avitiano.” [1] Fonte documental: [1] – GARCIA, Eduíno Borges, (1962) – Achados Arqueológicos em Famalicão da Nazaré. Do paleolítico ao Período Árabe. Publicações do XXVI Congresso Luso-Espanhol para o Progresso das Ciências, Porto, pp. 235 a 253.. 9.

(10) Ficha de Inventário: 04 Instituição/Proprietário: Museu Dr. Joaquim Manso Local: Bico do Frei António. Freguesia: Valado dos Frades. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Ourivesaria. Denominação: Bracelete. Data da Aquisição: 05/03/1980. Achador/Doador: Compra a Tito Lívio Calixto. Numero de Inventário: MEAJM – 2 Our. Dimensões: Diâmetro: 9.0 cms; Espessura: 4.0 cms. Época: Romana (Foto: Carlos Fidalgo) Datação: Não definida. Função/Uso: Ornamental. Proveniência: Bico do Frei António. Descrição da peça: «Bracelete em prata lisa de secção circular, amolgado, com diâmetro irregular.» [1] Estado de Conservação: Razoável. Historial: Encontrada no local chamado de “Bico do Frei António”, terá sido «vendida a um antiquário de Lisboa, onde Tito Calixto o encomendou (compra indirecta) em 1975, que a terá vendido ao Museu Dr. Joaquim Manso por 3.000$00.» [1] Encontra-se actualmente na exposição permanente de Arqueologia no referido museu e identificada com o Nº26 da mesma exposição.. Fonte documental: [1] – Ficha de inventário do Museu Dr. Joaquim Manso, pp. 01 a 05.. 10.

(11) Ficha de Inventário: 05. Instituição/Proprietário: Museu Dr. Joaquim Manso Local: Bico do Frei António. Freguesia: Valado dos Frades. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Ourivesaria. Denominação: Busto de dama romana. Data da Aquisição: 05/03/1980. Achador/Doador: Compra a Tito Lívio Calixto. Numero de Inventário: MEAJM – 4 Our. Dimensões: Altura: 6.20 cm; Largura: 3.00 cm; Espessura: 2.00 cms. Época: Romana Datação: Tardo Romano. Função/Uso: Ornamental. Proveniência: Bico do Frei António. Descrição da peça: «Busto de dama romana, tardio, em prata, com túnica apanhada nos ombros e colar de contas à volta do pescoço; cabelo apanhado em “bando”; brincos de arrecada em argola; feições gastas, mostrando rosto sereno; olhos bem marcados; queixo redondo.» [1] Estado de Conservação: Bom. (Foto: Carlos Fidalgo) Historial: «Achado avulso nas proximidades (cerca de 2 kms) do Bico do Frei António (valado dos Frades) e comprado por Tito Calixto no ano mesmo ano (1945)» [1] Foi comprada a Tito Calixto por 10.000$00 e incorporada no Museu Dr. Joaquim Manso em 05/03/1980. Encontra-se actualmente na exposição permanente de Arqueologia no referido museu e identificada com o Nº22 da mesma exposição.. Fonte documental: [1] – Ficha de inventário do Museu Dr. Joaquim Manso, pp. 01 a 05.. 11.

(12) Ficha de Inventário: 06. Instituição/Proprietário: Museu Dr. Joaquim Manso Local: Bico do Frei António. Freguesia: Valado dos Frades. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Escultura. Denominação: Cabeça. Data da Aquisição: «1980-1990» [1]. Achador: Museu Dr. Joaquim Manso. Numero de Inventário: MEAJM – 602 Arq. Dimensões: Altura: 2.00 cm; Largura: 1.70 cm; Espessura: 2.10 cms. Época: Romana Datação: Não estudada. Função/Uso: Escultórica/ornamental? Proveniência: Bico do Frei António. Descrição da peça: «Pequena cabeça em calcário (Foto: Carlos Fidalgo) representando rosto feminino com penteado a tapar as orelhas. Parece tratar-se de fragmento de escultura.» [1] Estado de Conservação: Razoável. Historial: «Recolhida em prospecção arqueológica feita pelo Museu.» [1] Encontra-se actualmente na exposição permanente de Arqueologia no referido museu e identificada com o Nº24 da mesma exposição.. Fonte documental: [1] – Ficha de inventário do Museu Dr. Joaquim Manso, pp. 01 a 04.. 12.

(13) Ficha de Inventário: 07. Instituição/Proprietário: Museu Dr. Joaquim Manso Local: Bico do Frei António. Freguesia: Valado dos Frades. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Brinquedos. Denominação: Copos com dois dados. Data da Aquisição: 05/03/1980 Doador: Tito Lívio Calixto. Numero de Inventário: MEAJM – 193 Arq. Dimensões: Altura: 4.20 cm; Largura: 1.00 cm; Espessura: 2.40 cms. Época: Romana Datação: Não estudada. Função/Uso: Diversão/jogo. Proveniência: Bico do Frei António. Descrição da peça: «Copo de bronze cilíndrico com friso saliente na base e moldura circular no fundo. Um dos dados é liso e quadrado; o outro, embora também seja quadrado, tem moldura, mas vêem-se (Foto: Carlos Fidalgo) ainda nas faces os seus pontos de numeração.» [1] Estado de Conservação: Razoável. Historial: Estes objectos foram encontrados junto ao Bico do Frei António e «vendidos para Lisboa onde o pai de Tito Calixto o comprou ao antiquário que o adquiriu (1903).» [1] Encontram-se actualmente na exposição permanente de Arqueologia no referido museu e identificada com o Nº29 da mesma exposição.. Fonte documental: [1] – Ficha de inventário do Museu Dr. Joaquim Manso, pp. 01 a 04.. 13.

(14) Ficha de Inventário: 08 Instituição/Proprietário: Museu Dr. Joaquim Manso Local: Quinta de São Gião. Freguesia: Famalicão da Nazaré. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Equipamento e utensílios. Denominação: Sarcófago. Data da Aquisição: 08/11/1973 Doador: Cedido pelo Museu Nacional de Arqueologia. Numero de Inventário: MEAJM – 01 Arq. Dimensões: Altura: 51.00 cm; Largura: 59.00 cm; Comprimento: 194 cms. Época: Romana. Baixo-Império. Datação: Séculos III a V. Função/Uso: Sarcófago. Proveniência: Famalicão da Nazaré. Descrição da peça: Túmulo em calcário de «forma rectangular, liso sem decoração, apresentando um pequeno orifício (testemunho de (Foto: Carlos Fidalgo) uma posterior reutilização) e algum restauro em cimento. Internamente observam-se diferenças nas suas dimensões, pelo que numa das extremidades (a cabeceira) apresenta-se mais larga que na extremidade oposta oscilando entre os 44 cm. e os 38.5 cm., respectivamente. Desconhece-se o paradeiro da tampa.» [1] Estado de Conservação: Razoável. Historial: «Sobre esta mesma tumba, diz-me a Sr.ª D. Maria Emília, irmã do Sr. Adriano, actuais proprietários da Quinta: “Tenho a certeza de que o túmulo de pedra continha um esqueleto inteiro que em pouco tempo se desfez. Junto a esse esqueleto, estava uma bolsa (de couro?) contendo moedas romanas e um frasquinho ou tubo de vidro, contendo “as lágrimas”. O túmulo foi descoberto há uns 48 a 50 anos» [2] Encontra-se actualmente na exposição permanente de Arqueologia no referido museu.. Fonte documental: [1] – Ficha de inventário do Museu Dr. Joaquim Manso, pp. 01 a 04. [2] – GARCIA, Eduíno Borges, (1962) – Achados Arqueológicos em Famalicão da Nazaré. Do paleolítico ao Período Árabe. Publicações do XXVI Congresso Luso-Espanhol para o Progresso das Ciências, Porto, pp. 235 a 253.. 14.

(15) Ficha de Inventário: 09. Instituição/Proprietário: Museu Dr. Joaquim Manso Local: Rossio da Pederneira. Freguesia: Nazaré. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Equipamento e utensílios. Denominação: Peso de rede. Data da Aquisição: 06/12/2006 Aquisição a: Noémia Garcia Calixto. (Foto: Carlos Fidalgo) Numero de Inventário: MEAJM – 231 Arq. Dimensões: Altura: 7.20 cm; cm; Espessura: 9.40cms; diâmetro: Irregular. Época: Romano Tardio ou Paleocristão. Datação: Não estudada. Função/Uso: Peso de rede. Proveniência: Pederneira. Descrição da peça: Peso de rede em terracota de «… forma cónica truncada, com bojo, perfurado ao centro no sentido vertical.» [1] Encontra-se já bastante desgastado na sua face exterior, contudo apresenta, em termos gerais, uma boa leitura do objecto e da função que teve. Estado de Conservação: Mau. Historial: Não se conseguiu recolher elementos sobre a história deste peso de rede. Encontra-se actualmente nas reservas.. Vistas do Peso de rede. (Fotos: Carlos Fidalgo). Fonte documental: [1] – Ficha de inventário do Museu Dr. Joaquim Manso, pp. 01 a 04.. 15.

(16) Ficha de Inventário: 10. Instituição/Proprietário: Museu Dr. Joaquim Manso Local: Rossio da Pederneira. Freguesia: Nazaré. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Equipamento e utensílios. Denominação: Peso de rede. Data da Aquisição: 06/12/2006 Aquisição a: Noémia Garcia Calixto. Numero de Inventário: MEAJM – 232 Arq. Dimensões: Altura: 6.90 cms; Espessura: (Foto: Carlos Fidalgo) 8.30cms; diâmetro: 5.00cms. Época: Romano Tardio ou Paleocristão. Datação: Não estudada. Função/Uso: Peso de rede. Proveniência: Pederneira. Descrição da peça: Peso de rede em terracota de «… forma cónica truncada, com bojo, perfurado ao centro no sentido vertical.» [1] Estado de Conservação: Razoável. Historial: Não se conseguiu recolher elementos sobre a história deste peso de rede. Encontra-se actualmente nas reservas.. Vista lateral do Peso de rede. (Foto: Carlos Fidalgo). Fonte documental: [1] – Ficha de inventário do Museu Dr. Joaquim Manso, pp. 01 a 04.. 16.

(17) Ficha de Inventário: 11. Instituição/Proprietário: Museu Dr. Joaquim Manso Local: Rossio da Pederneira. Freguesia: Nazaré. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Equipamento e utensílios. Denominação: Peso de tear. Data da Aquisição: 06/12/1981 Aquisição a: Noémia Garcia Calixto. Numero de Inventário: MEAJM – 230 Arq. (Foto: Carlos Fidalgo) Dimensões: Altura: 12.20 cm; Largura: (Variável) entre 5.90 e 4.90cms. Época: Romano. Datação: Não estudada. Função/Uso: Peso de rede. Proveniência: Pederneira. Descrição da peça: Peso de tear de barro em forma de paralelepípedo com um meio furo. O facto do furo não trespassar todo o objecto pode indicar que não terá sido acabado. O contorno apresenta-se irregular, desgastado nas faces e arestas. Estado de Conservação: Razoável. Historial: Não se conseguiu recolher elementos sobre a história deste peso de rede. Encontra-se actualmente nas reservas. Vista lateral do Peso de tear. (Foto: Carlos Fidalgo). 17.

(18) Ficha de Inventário: 12. Instituição/Proprietário: Museu Dr. Joaquim Manso Local: Rossio da Pederneira. Freguesia: Nazaré. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Escultura. Denominação: Máscara - aplique. Data da Aquisição: 05/03/1980 Aquisição a: Tito Lívio Calixto. Numero de Inventário: MEAJM – 194 Arq. Dimensões: Altura: 7.00 cms; Largura: 4.00cms; Altura da face: 5.00cms. Época: Romano. Datação: Não estudada. (Foto: Carlos Fidalgo) Função/Uso: Mascara de adorno? Proveniência: Rossio da Pederneira. Descrição da peça: «Máscara de barro coado bem cozido, feita à mão, representando uma anciã. Esta máscara – aplique é uma miniatura das máscaras de teatro trágico da Antiguidade. Servia como aplique porque tem no topo posterior do cabelo um furo de suspender. Teria sido pintada de branco. Os olhos são dois furos.» [1] Estado de Conservação: Razoável. Historial: «Foi achado nas terras do Rossio da Pederneira, em trabalhos de lavoura, em 1941, juntamente com vasilhame de cerâmica que foi completamente destruído.» [1] Encontram-se actualmente na exposição permanente de Arqueologia no referido museu e identificada com o Nº25 da mesma exposição.. Fonte documental: [1] – Ficha de inventário do Museu Dr. Joaquim Manso, pp. 01 a 05.. 18.

(19) Ficha de Inventário: 13. Instituição/Proprietário: Museu Dr. Joaquim Manso Local: Rossio da Pederneira. Freguesia: Nazaré. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Equipamento e Utensílios. Denominação: Lucerna. Data da Aquisição: 05/12/1981 Aquisição a: Noémia G. Calixto. Numero de Inventário: MEAJM – 198 Arq. Dimensões: Altura: 2.95 cms; Largura: 7.25 cms; Comprimento: 9.20 cms. Época: Romano. Datação: Não estudada. Função/Uso: Utensílio utilizado para iluminação. Proveniência: Rossio da Pederneira. Descrição da peça: «Lucerna (grega?) com tampo decorado, grande bocal para o enchimento ao meio do disco com cercadura dourada; apresenta gargalo com bico exibindo o orifício da mecha. Tem rebordo estreito e base circular.» [1] Estado de Conservação: Bom. Historial: «Foi achado nas terras do Rossio da Pederneira, em trabalhos de lavoura, em juntamente com entulhos antigos.» [1] Encontra-se actualmente nas reservas.. (Foto: Carlos Fidalgo). Fonte documental: [1] – Ficha de inventário do Museu Dr. Joaquim Manso, pp. 01 a 05.. 19.

(20) Ficha de Inventário: 14. Instituição/Proprietário: Museu Dr. Joaquim Manso Local: Rossio da Pederneira. Freguesia: Nazaré. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Ourivesaria. Denominação: Anel. Data da Aquisição: 08/05/1973 Aquisição a: Noémia G. Calixto. Numero de Inventário: MEAJM – 1 Our. Dimensões: Altura: 1.90 cms; Diâmetro: 2.00 cms. Época: Romano. (Foto: Carlos Fidalgo) Datação: Não estudada. Função/Uso: Objecto de adordo. Proveniência: Rossio da Pederneira. Descrição da peça: «Anel de ouro maciço em barra fundida e ornamentada. Tem uma depressão redonda no espelho que serviu para ter uma pedra que, pelos vestígios deixados, parece ter sido uma opala. O ouro é de 24 quilates. É um anel de senhora ou jovem.» [1] Estado de Conservação: Razoável. Historial: «Foi comprado por Tito Calixto em Alcobaça uma vez que tivera conhecimento do achado avulso (construção de casa onde apareceram cerâmica, ossos e um pulseira de prata que desapareceu).» [1] Encontram-se actualmente na exposição permanente de Arqueologia no referido museu e identificada com o Nº28 da mesma exposição.. Fonte documental: [1] – Ficha de inventário do Museu Dr. Joaquim Manso, pp. 01 a 04.. 20.

(21) Ficha de Inventário: 15. Instituição/Proprietário: Museu Dr. Joaquim Manso Local: Quinta de São Gião. Freguesia: Famalicão da Nazaré. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Ourivesaria. Denominação: Anel. Data da Aquisição: 05/03/1980 Doação: Tito Lívio Calixto. Numero de Inventário: MEAJM – 3 Our. Dimensões: Espessura: 0.3 cms; Diâmetro: 2.00 cms. Época: Romano. Datação: Não estudada. Função/Uso: Objecto de adorno. Proveniência: Quinta de São Gião. (Foto: Carlos Fidalgo) Descrição da peça: «Anel de prata lisa, de secção circular, com enfeites de pequenas “pérolas” de prata de vários diâmetros na parte do fecho ou de ligação da argola» [1] Estado de Conservação: Razoável. Historial: Foi encontrado na Quinta de São Gião. «Achado avulso (…) em 1935, então comprado por Tito Calixto.» [1] Encontram-se actualmente na exposição permanente de Arqueologia no referido museu e identificada com o Nº27 da mesma exposição.. Fonte documental: [1] – Ficha de inventário do Museu Dr. Joaquim Manso, pp. 01.. 21.

(22) Ficha de Inventário: 16 Instituição/Proprietário: Museu Dr. Joaquim Manso Local: São Gião. Freguesia: Famalicão da Nazaré. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Adereços. Denominação: Enfeite de capacete. Data da Aquisição: 05/03/1980 Doação: Tito Lívio Calixto. Numero de Inventário: MEAJM – 191 Arq. Dimensões: Altura: 4.00 cms; Largura: 2.90 cms. Época: Romano. Datação: Não estudada. Função/Uso: Objecto de adorno de capacete. Provável distinção entre as várias classes de soldados. Este pertenceria à actualmente (Foto: Carlos Fidalgo) chamada “cavalaria”. Proveniência: São Gião. Descrição da peça: «Enfeite de capacete romano, representando uma cabeça de cavalo, sem freio.» [1] Estado de Conservação: Bom. Historial: Não possui quaisquer elementos que enquadrem o seu achado. Encontram-se actualmente na exposição permanente de Arqueologia no referido museu e identificada com o Nº30 da mesma exposição.. Fonte documental: [1] – Ficha de inventário do Museu Dr. Joaquim Manso, pp. 01 a 04.. 22.

(23) Ficha de Inventário: 17 Instituição/Proprietário: Museu Dr. Joaquim Manso Local: São Gião. Freguesia: Famalicão da Nazaré. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Escultura. Denominação: Busto. Data da Aquisição: 31/12/1993 Aquisição: Por liquidação de herança de Tito Lívio Calixto. Numero de Inventário: MEAJM – 577 Arq. Dimensões: Altura: 4.00 cms; Largura: 1.70 cms; Espessura: 1.40 cms. Época: Romano. Datação: Não estudada. Função/Uso: Objecto escultórico de adorno. (Foto: Carlos Fidalgo) Proveniência: São Gião. Descrição da peça: «Busto de dama romana, em miniatura, com cabelo rematado atrás e diadema na cabeça; feições simples; peito saliente com decoração. Apresenta saliência inferior para fixação.» [1] Estado de Conservação: Bom. Historial: Não possui quaisquer elementos que enquadrem o seu achado. Encontram-se actualmente na exposição permanente de Arqueologia no referido museu e identificada com o Nº23 da mesma exposição.. Fonte documental: [1] – Ficha de inventário do Museu Dr. Joaquim Manso, pp. 01 a 05.. 23.

(24) Ficha de Inventário: 18 Instituição/Proprietário: Museu Dr. Joaquim Manso Local: São Gião. Freguesia: Famalicão da Nazaré. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Equipamento e Utensílios. Denominação: Chave. Data da Aquisição: 05/03/1980 Doação: Tito Lívio Calixto. Numero de Inventário: MEAJM – 192 (Foto: Carlos Fidalgo) Arq. Dimensões: Altura: 4.00 cms; Diâmetro: 2.50 cms; Espessura: 0.60 cms. Época: Romano. Datação: Não estudada. Função/Uso: Chave. Proveniência: São Gião. Descrição da peça: «Pequena chave, simples, cuja parte superior (pega) termina em forma de arco.» [1] Estado de Conservação: Razoável. Historial: Não possui quaisquer elementos que enquadrem o seu achado. Encontra-se actualmente nas reservas.. Fonte documental: [1] – Ficha de inventário do Museu Dr. Joaquim Manso, pp. 01 a 04.. 24.

(25) Ficha de Inventário: 19 Instituição/Proprietário: Museu Dr. Joaquim Manso Local: São Gião. Freguesia: Famalicão da Nazaré. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Equipamento e Utensílios. Denominação: Insígnia. Data da Aquisição: 05/03/1980 Doação: Tito Lívio Calixto. Numero de Inventário: MEAJM – 195 Arq. (Foto: Carlos Fidalgo) Dimensões: Comprimento: 10.00 cms; Diâmetro: 2.50 cms; Comp. Pomba: 2.50cms. Época: Romano. Datação: Não estudada. Função/Uso: Estandarte, divisa, emblema. Proveniência: São Gião. Descrição da peça: «Insígnia tardo - romana representando uma haste com argola na base e uma pomba no topo..» [1] Estado de Conservação: Razoável. Historial: Não possui quaisquer elementos que enquadrem o seu achado. Encontra-se actualmente nas reservas.. Pormenor da Insígnia onde pode observar na extremidade esquerda a representação de uma pomba. (Foto: Carlos Fidalgo). Fonte documental: [1] – Ficha de inventário do Museu Dr. Joaquim Manso, pp. 01 a 04.. 25.

(26) Ficha de Inventário: 20 Instituição/Proprietário: António Varelo. Local: São Gião. Freguesia: Famalicão da Nazaré. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Equipamento e Utensílios. Denominação: Possível bordo de dólio. (C2) Data do achado: 1980.(Data aproximada.) Enquadramento: Encontrado junto à eira da Igreja de São Gião. (Foto: Carlos Fidalgo). Numero de Inventário: Não possui. Dimensões: Altura Máxima: 8.60 cms; Largura Máxima: 12.10 cms; Espessura Máxima: 2.36 cms. Época: Romano. Datação: Não estudada. Função/Uso: Utensílio de armazenamento de bens consumíveis. Proveniência: São Gião. Descrição da peça: Bordo e parte de parede lateral de um possível dollium. Estado de Conservação: O fragmento encontra-se num razoável estado de condição, não apresentando fissuras internas. Historial: Foi encontrado junto à eira da Igreja de São Gião pelo Sr. António Varelo há cerca de 30 anos. Faz parte do espólio particular do Sr. António Varelo que as tem acondicionadas e identificadas por local do achado.. Vistas do fragmento C2. (Foto: Carlos Fidalgo). (Foto: Carlos Fidalgo). 26.

(27) Ficha de Inventário: 21. Instituição/Proprietário: António Varelo. Local: São Gião. Freguesia: Famalicão da Nazaré. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Equipamento e Utensílios. Denominação: Possível bordo de Ânfora. (C4) Data do achado: 1980.(Data aproximada.) (Foto: Carlos Fidalgo) Enquadramento: Encontrado junto à eira da Igreja de São Gião. Numero de Inventário: Não possui. Dimensões: Altura Máxima: 12.80 cms; Largura Máxima: 7.70 cms; Espessura Máxima: 3.66 cms. Época: Romano. Datação: Não estudada. Função/Uso: Utensílio de armazenamento de bens consumíveis. Proveniência: São Gião. Descrição da peça: Bordo e parte de parede lateral de uma possível ânfora. Estado de Conservação: O fragmento encontra-se num razoável estado de condição, não apresentando fissuras internas. Historial: Foi encontrado junto à eira da Igreja de São Gião pelo Sr. António Varelo há cerca de 30 anos. Faz parte do espólio particular do Sr. António Varelo que as tem acondicionadas e identificadas por local do achado.. (Foto: Carlos Fidalgo) Vistas do fragmento C4. (Foto: Carlos Fidalgo). 27.

(28) Ficha de Inventário: 22 Instituição/Proprietário: António Varelo. Local: São Gião. Freguesia: Famalicão da Nazaré. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Equipamento e Utensílios. Denominação: Fragmento de Imbrex. Data do achado: 1980.(Data aproximada.) Enquadramento: Encontrado junto à eira da Igreja de São Gião. Numero de Inventário: Não possui. (Foto: Carlos Fidalgo) Dimensões: Altura Máxima: 12.40 cms; Largura Máxima: 11.66 cms; Espessura Média: 1.60 cms. Época: Romano. Datação: Não estudada. Função/Uso: Coberturas/Telhados. Proveniência: São Gião. Descrição da peça: Fragmento de imbrex, com interior côncavo, de tipologia romana. Estado de Conservação: O fragmento encontra-se num razoável estado de condição, não apresentando fissuras internas. Historial: Foi encontrado junto à eira da Igreja de São Gião pelo Sr. António Varelo há cerca de 30 anos. Faz parte do espólio particular do Sr. António Varelo que as tem acondicionadas e identificadas por local do achado.. Vistas do Interior. (Foto: Carlos Fidalgo). 28.

(29) Ficha de Inventário: 23 Instituição/Proprietário: António Varelo. Local: São Gião. Freguesia: Famalicão da Nazaré. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Equipamento e Utensílios. Denominação: Fragmento de Imbrex. Data do achado: 1980.(Data aproximada.) Enquadramento: Encontrado junto à eira da Igreja de São Gião. (Foto: Carlos Fidalgo) Numero de Inventário: Não possui. Dimensões: Altura Máxima: 12.40 cms; Largura Máxima: 11.66 cms; Espessura Média: 1.60 cms. Época: Romano. Datação: Não estudada. Função/Uso: Coberturas/Telhados. Proveniência: São Gião. Descrição da peça: Fragmento de imbrex, com interior côncavo, de tipologia romana. Estado de Conservação: O fragmento encontra-se num razoável estado de condição, não apresentando fissuras internas. Historial: Foi encontrado junto à eira da Igreja de São Gião pelo Sr. António Varelo há cerca de 30 anos. Faz parte do espólio particular do Sr. António Varelo que as tem acondicionadas e identificadas por local do achado.. Vistas do Interior. (Foto: Carlos Fidalgo). 29.

(30) Ficha de Inventário: 24 Instituição/Proprietário: António Varelo. Local: São Gião. Freguesia: Famalicão da Nazaré. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-categoria: Arqueologia. Categoria: Equipamento e Utensílios. Denominação: Fragmento de Dolllium. Data do achado: 1980.(Data aproximada.) Enquadramento: Encontrado junto à eira da Igreja de São Gião. Numero de Inventário: Não possui. Dimensões: Altura Máxima: 11.50 cms; Largura Máxima: 9.30 cms; Espessura Média: 1.50 cms. Época: Romano. (Foto: Carlos Fidalgo) Datação: Não estudada. Função/Uso: Utensílio de armazenamento de bens consumíveis. Proveniência: São Gião. Descrição da peça: Bordo e parte de parede lateral de um possível dollium. A parede interior assim como o bordo apresentam sinais de pigmentação de cor verde vidrada. No arranque exterior do bordo aparece-nos uma linha como que a demarcar a zona limite de enchimento. Estado de Conservação: O fragmento encontra-se num razoável estado de condição, não apresentando fissuras internas. Historial: Foi encontrado junto à eira da Igreja de São Gião pelo Sr. António Varelo há cerca de 30 anos. Faz parte do espólio particular do Sr. António Varelo que as tem acondicionadas e identificadas por local do achado.. Vistas da face interior. (Foto: Carlos Fidalgo). 30.

(31) Pormenor da linha de “cintura” e do bordo exterior. (Foto: Carlos Fidalgo). Vistas de perfil. (Foto: Carlos Fidalgo). 31.

(32) Enquadramento dos achados de fragmentos cerâmicos do espólio do Sr. António Varela. C. A) Igreja de São Gião B) Zona aplanada, a uma cota mais alta. Que se tenha conhecimento nunca foi objecto de qualquer prospecção arqueológica. C) Zona onde segundo o Sr. António Varela foram encontrados os fragmentos de cerâmica. A quantidade de vegetação impede uma leitura do limite da eira e mesmo do próprio solo. A indicação, notei, foi dada com alguma dificuldade uma vez que são peças que já foram encontradas há mais de uma década, segundo a indicação do Sr. Varela. (Composição: Carlos Fidalgo). 32.

(33) Anexo II A Igreja de São Gião (Do século V ao século XII). 33.

(34) Anexo: II 1: Igreja de São Gião da Nazaré. (Do século V ao século XII). Advertência: O facto da Igreja de São Gião se encontrar coberta por uma protecção não nos permitiu visualizar os seus alçados. Para obter uma imagem do seu aspecto exterior tivemos que recorrer a outras fontes de informação fotográfica. Neste sentido alguns documentos fotográficos apresentados são provenientes do espólio de alguns particulares e de algumas entidades públicas. Neste Anexo serão sempre identificadas as proveniências dos documentos apostos. Todas as fotografias que foram tiradas pelo autor deste trabalho serão identificadas como: (Foto: Carlos Fidalgo) Será também apresentada outro tipo de documentação gráfica sobre a Igreja de São Gião.. 34.

(35) 1 – A arquitectura de São Gião 1.1 – Os capiteis de São Gião. Foto: 01 – Capitel da igreja de São Gião. (Foto de Carlos Fidalgo). Foto: 02 – Capitel pré-romano. Église St. Pierre de Montmartre. (Foto retirada do livro: Documents de Sculpture Française. Paul Vítry and Gaston Brière, Edition Arno – Press, New York, 1969, PL – III). Segundo Borges Garcia o capitel de São Gião é um elemento visigótico porque «a escultura, embora rude, não há dúvida que é constituída por folhas de acanto, e por isso cremos tratar-se de elemento visigótico.» GARCIA (1962:243) Theodor Hauschild refere que na igreja de São Gião «os capitéis são executados com simplicidade semelhante (estilizadas): por cima de um bocel há duas filas de folhas; caules e folhas estão representados apenas sob formas planas e caneladas. Enquanto aqui predominam formas claras, de tradição romana…» HAUSCHILD (1986:168) Como verificamos, as folhas de acanto já surgiam nas composições vegetalistas antes e após o período visigótico como é exemplo o capitel representado na foto nº 2 e na foto nº 5, o primeiro identificado com o período pré-romano, o segundo como pertencendo ao século IV.. 35.

(36) Apesar desta questão sobre a origem dos capitéis com coluna de São Gião, consideramos que após a nossa intensa pesquisa não encontrámos uma tipologia de capitel idêntica à de São Gião. Mesmo os que estão referenciados como capitéis visigóticos apresentam uma maior protuberância das folhas e caules e apenas em São Frutuoso de Montélios aparece a base e o fuste construídos a partir de uma só peça. Quanto ao capitel ou capitéis de São Frutuoso, atribuídos à época visigótica, as folhas e os caules possuem uma leitura mais proeminente. Apesar das questões que também envolvem a data de edificação de São Frutuoso,. 1. podemos apontar os capitéis da mesma como exemplo comparativo com São Gião. (ver foto nº 04). Foto: 03 – Coluna da igreja de São Gião. Em relação à linha vertical pode verificarse o maior diâmetro da zona central da coluna, em relação aos extremos superior e inferior. (Foto de Carlos Fidalgo). Foto: 04 – Colunas com capitel de São Frutuoso de Montélios. Note-se a diferença de espessura do capitel em relação à coluna que também apresenta uma ligeira forma oval. (Foto de Carlos Fidalgo). (1) – ALMEIDA, D. Fernando. (1962) - Arte Visigótica em Portugal, O Arqueólogo Português, Nova Série IV, Lisboa, pp. 07 a 278.. 36.

(37) Foto: 05 – Capitel classificado como sendo do século IV, proveniente da Capela de Nossa Senhora da Guia, Beja. (Foto: Catálogo do Núcleo Visigótico, Museu Regional de Beja.). Existem algumas semelhanças no capitel apresentado na foto nº5, nomeadamente na simplicidade de apresentação dos elementos vegetalistas, assim como a sua geometria se assemelha, em alguns pormenores, aos de São Gião. No nosso entendimento, a particularidade das colunas existentes em São Gião reside no facto de serem monolíticas, i.e., a base o fuste e o capitel estão integradas apenas numa única peça de calcário com 1.51 mts de altura. (ver foto nº 03) Após analisarmos o local e termos tirado as medidas ao perímetro da coluna, constatámos que a mesma possuía os seguintes valores:. Base = 0.96 mts. Centro da Coluna = 0.94 mts. Inicio do capitel = 0.86 mts. Topo do capitel. (Secção Quadrada) = 0.96 mts.. Conforme se pode observar pelas medidas apresentadas, a coluna de São Gião possui uma forma ligeiramente oval, onde os elementos vegetalistas, existentes no capitel, se encontram “embutidos” na coluna, o que nos permite assumir que as folhas de acanto possuem muito pouca protuberância para o exterior, não excedendo a medida máxima, 0.96 mts, da coluna.. 37.

(38) Normalmente as colunas são constituídas pelos elementos que já mencionámos, mas aqui, apesar de se identificar a zona do capitel, a separação entre os vários elementos constituintes da coluna é assegurada pelo bocel, existindo um localizado na base da coluna e outro na transição do falso fuste para o capitel. A descrição do capitel de Beja refere que se trata de um «capitel corintizante ostenta duas coroas de folhas de acanto em que se nota ainda o enrolamento clássico. Em três dos quatro campos centrais do cesto inscrevem-se outras tantas rosetas em final de voluta.» [5] Pela comparação que fizemos dos tipos de capitel aqui representados e com outros observados na vasta bibliografia que consultámos, pensamos que os capitéis de São Gião se podem identificar com o capitel apresentado na imagem nº5, embora não se encontre qualquer roseta nem o “enrolamento”, a que se faz menção no parágrafo anterior. Contudo, a geometria das folhas e caules entre os dois capiteis, juntamente com a falta de volume dos motivos vegetalistas representados, leva-nos a considerar que os capitéis de São Gião poderão ter uma datação aproximada àquela que foi atribuída ao capitel representado na foto nº5, século IV. O facto de serem monolíticos pode também contribuir para uma interpretação de um reaproveitamento de material anterior. Bibliografia: GARCIA, Eduíno Borges. (1962) - Achados Arqueológicos em Famalicão da Nazaré. Do paleolítico ao Período Árabe. Publicações do XXVI Congresso Luso-Espanhol para o Progresso das Ciências, Porto, p. 243. HAUSCHILD, Theodor.(1986) - Arte Visigótica, História da Arte em Portugal, 1, Do Paleolítico à Arte Visigótica, Lisboa, Publicações Alfa.. Registos Fotográficos: 01 – Capitel da igreja de São Gião da Nazaré. (Foto: Carlos Fidalgo.) 02 – Capitel pré-romano da Église St Pierre de Montmartre. In VÍTRY, Paul and BRIÉRE, Gaston, (1969) - Documents de Sculpture Française, Edition Arno – Press, New York, PL – III) 03 – Coluna da igreja de São Gião. (Foto: Carlos Fidalgo) 04 – Colunas com capitel de São Frutuoso de Montélios. (Foto: Carlos Fidalgo) 05 – Capitel do Século IV. In Catálogo do Núcleo Visigótico, Museu Regional de Beja, Edição Subsidiada por: Fundação Calouste Gulbenkian; Fundação Oriente; Somincor – Sociedade Mineira Neves – Corvo, 1993, p. 39.. 38.

(39) 1.2 – Elementos arquitectónicos e escultóricos de São Gião da Nazaré Antes de iniciarmos a apresentação de alguns elementos arquitectónicos e escultóricos existentes em São Gião, considera-se pertinente ressalvar que, nas datações das peças, será avançado um período cronológico entre a época visigótica e o final das incursões muçulmanas, verificadas nesta zona ainda durante o século XII. No estudo comparativo que fizemos entre a Igreja de São Gião e outras igrejas, a maior parte dos autores depara-se com o problema da datação exacta, não só do edifício em si mas dos elementos escultóricos que existem na sua composição interior. Tomou-se como exemplo o trabalho de Luis Caballero Zoreda e Fernando Sáez Lara na igreja de Santa Lúcia Del Trampal, Alcuéscar (Cáceres), porque verificámos que existem muitas semelhanças nas formas escultóricas existentes entre São Gião e a igreja espanhola. Durante os trabalhos de prospecção de arqueologia, os autores concluem que: «Las inscripciones romanas se fechan en el siglo II-III, mientras que el edifício se há situado hasta ahora en el s. VII y hoy lo fechamos a fines del s. VIII o en el s. X. No parece existir ningún nexo cronológico entre tan amplio compás cronológico. (…) Los arcos de herradura tienen un peralte de un tercio del radio, como los arcos de las iglesias consideradas visigodas. Tienen el mismo trazado de los arcos mayores de Melque, aunque, de seguir las normas de los de esta iglesia toledana, los de Sta. Lúcia, por su tamaño, deberían ser aún más peraltados. También se asimila por su metrologia, distribución de unidades y modulación, a las iglesias de Melque, asturianas y burgalesas. Creemos posible que tuviera una torre-campanario para la que no encontramos paralelos hispánicos anteriores al siglo IX/X – considerando la de Nazaré de esta cronologia.» ZOREDA e LARA (1999:326) Parece-nos que este problema se identifica com a questão da igreja de São Gião, que, embora nunca tenha sido estudada tão exaustivamente como esta em Espanha, possuí todos estes problemas temporais que a colocam também numa lacuna cronológica como a referida pelos autores espanhóis. De referir que Zoreda estudou também a igreja de São Gião, mantendo as mesmas dúvidas sobre a sua datação, tendo concluído que esta igreja, com base na análise dos vários elementos estudados, «implica necesariamente la contextualización de Nazaré en la arquitectura altomedieval peninsular, donde estas nuevas características amplían sin embargo la problemática que rodea esta iglesia. Tipologicamente, la fábrica de mampostería, la planta de una nave com habitaciones laterales y transepto de três tramos, los arcos peraltados, el sistema de cubriciones (ábside abovedado, nave con 39.

(40) techumbre de madera), el iconostasis y la tribuna occidental no facilitan su inclusión en el grupo considerado visigodo del siglo VII. Muchos de estos elementos se encuentran, por el contrário, en la arquitectura del prerromânico asturiano del siglo IX. Por otro lado, tampoco se puede desprender una cronología absoluta para este primer momento, donde, de nuevo, la tipologia arquitectónica y decorativa vuelven a ser el instrumento de datación determinante…» ZOREDA (2003) Aceita-se o exposto por Zoreda, indo também de encontro ao que defendemos no I Volume, sobre a importância do estudo dos elementos escultóricos para uma datação da igreja de São Gião e, consequentemente, uma maior sustentação nas questões do povoamento daquela zona durante o período em causa, século V a XII. Neste sentido, faremos nesta fase uma apresentação de alguns elementos escultóricos e arquitecturais da igreja de São Gião, mantendo o intervalo cronológico entre o século VII e XII, o primeiro coincidindo com a eventual chegada dos visigodos a esta zona e o segundo período com as últimas incursões muçulmanas nesta zona, 1184 e 1195, conforme referimos no I Volume, ponto 3.1.. Bibliografia: ZOREDA, Luis Caballero e LARA, Fernando Sáez, (1999) – La Iglesia Mozárabe de Santa Lucía del Trampal, Alcuéscar, (Cáceres), Mérida, Edición: Junta de Extremadura, Consejería de Cultura. ZOREDA, L. C., SÁINZ, F.A., AGUDO, Utrero, M. de los A. (2003) – São Gião de Nazaré – Un tipo original de iglesia, Arqueologia de la Arquitectura, Nº2, pp. 75 a 79.. 40.

(41) Ficha: 01 Instituição/Proprietário: Ministério da Cultura. Local: Igreja de São Gião. Freguesia: Famalicão. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-Categoria: Arquitectura. Categoria: Estrutural e Funcional Denominação: Iconóstase. Período Cronológico: séc. VII a X. Função/Uso: Parede divisória entre o cruzeiro e a nave central. Estado de Conservação: Razoável.. Foto: 06 – Vista da Iconóstase de São Gião tirada da Nave Central. (Foto: Carlos Fidalgo). Observações: Segundo Meyrelles de Souto, «a iconóstase é uma espécie de divisória transversal das igrejas coptas e gregas, com o significado literal de “lugar de ícones”. (…) Ela fecha o santuário propriamente dito, heikal, e protege o altar onde o celebrante (pope) exerce seu ministério e realiza os sacros mistérios, furtando-se assim aos olhares dos profanos fora dos actos litúrgicos. (…) Antigamente constituída por tríade de arcos justapostos, nas modernas esse pormenor arquitectónico e decorativo, ritual, é substituído por armação de madeira, recamada de ícones.» SOUTO (1969:13). Bibliografia: SOUTO, Meyrelles, (1969) – Acerca da Iconóstase, Revista de Artes e Letras, Fundação Calouste Gulbenkian, Nº53.. 41.

(42) Ficha: 02 Instituição/Proprietário: Ministério da Cultura. Local: Igreja de São Gião. Freguesia: Famalicão. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-Categoria: Arquitectura. Categoria: Escultura. Denominação: Imposta decorada. Conjunto de palmas ou ciprestes. Período Cronológico: Desconhecido. Função/Uso: Ornamental. Estado de Conservação: Razoável.. Foto: 07 – Pormenor das três palmas ou cipreste existentes na zona do transepto. (Foto: Carlos Fidalgo). Observações: Segundo Borges Garcia estas palmas ou ciprestes «lembram o martírio (palmas) ou enterramento (ciprestes). Lindo desenho talhado em bisel em material romano de aproveitamento.» (GARCIA:1966). Bibliografia: GARCIA, Eduíno Borges, ALMEIDA, Fernando de. (1966) - S. Gião: Descoberta e Estudo Arqueológico de um Templo Cristão -Visigótico na Região da Nazaré, Lisboa, Separata da revista Arqueologia e História, 8ª Serie, Vol. XII, pp. 339 a 350.. 42.

(43) Ficha: 03 Instituição/Proprietário: Ministério da Cultura. Local: Igreja de São Gião. Freguesia: Famalicão. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-Categoria: Arquitectura. Categoria: Escultura. Denominação: Imposta decorada. Quadrifólios e SS. Período Cronológico: Desconhecido. Função/Uso: Ornamental. Estado de Conservação: Razoável.. Foto: 08 – Imposta – ábaco decorado com Quadrifólios e ”SS” encadeados. (Foto: Carlos Fidalgo). 43.

(44) Ficha: 04 Instituição/Proprietário: Ministério da Cultura. Local: Igreja de São Gião. Freguesia: Famalicão. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-Categoria: Arquitectura. Categoria: Escultura. Denominação: Imposta decorada. Período Cronológico: Desconhecido. Função/Uso: Estrutural e ornamental. Estado de Conservação: Mau.. Foto: 10 – Imposta no lado NE da Iconóstase. (Foto: Museu Dr. Joaquim Manso. s.d.). Foto: 09 – Imposta no lado NE da Iconóstase. (Foto: Carlos Fidalgo). Observações: Figura: 01 - Uma imposta parecida com a que apresentamos agora encontra-se na Igreja de Santa Lúcia Del Trampal, Alcuéscar (Cáceres).. 44.

(45) Figura 02 – Composição gráfica dos motivos vegetalistas que se encontram na iconóstase de São Gião.(Composição: Adriano Monteiro, Eng.º.). Bibliografia: ZOREDA, Luis Caballero e LARA, Fernando Sáez, (1999) – La Iglesia Mozárabe de Santa Lucía del Trampal, Alcuéscar, (Cáceres), Mérida, Edición: Junta de Extremadura, Consejería de Cultura.. Figuras: 01 – in: ZOREDA, Luis Caballero e LARA, Fernando Sáez, (1999) – La Iglesia Mozárabe de Santa Lucía del Trampal, Alcuéscar, (Cáceres), Mérida, Edición: Junta de Extremadura, Consejería de Cultura. , p.137. 02 – (Composição: Adriano Monteiro, Eng.º.). 45.

(46) Ficha: 05 Instituição/Proprietário: Ministério da Cultura. Local: Igreja de São Gião. Freguesia: Famalicão. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-Categoria: Arquitectura. Categoria: Escultura. Denominação: Mísula. Período Cronológico: Desconhecido. Função/Uso: Estrutural e ornamental. Estado de Conservação: Razoável.. Foto: 11 – Mísula localizada na zona do Cruzeiro, acima da Iconóstase. A existência desta peça pode justificar a existência de um torreão na zona do cruzeiro uma vez que a sua decoração e/ou localização deveria ter uma continuidade arquitectónica, nomeadamente de apoio de uma estrutura. (Foto: Carlos Fidalgo). 46.

(47) Ficha: 06 Instituição/Proprietário: Particular. Local: Igreja de São Gião. Freguesia: Famalicão. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-Categoria: Arquitectura. Categoria: Escultura. Denominação: Mísula.(Fragmento) Período Cronológico: Desconhecido. Função/Uso: Estrutural e ornamental. Estado de Conservação: Razoável.. Foto: 12 – Fragmento de Mísula proveniente de São Gião. Peça inédita. (Foto: Carlos Fidalgo). 47.

(48) Ficha: 07 Instituição/Proprietário: Ministério da Cultura. Local: Igreja de São Gião. Freguesia: Famalicão. Concelho: Nazaré. Distrito: Leiria. Super-Categoria: Arquitectura. Categoria: Escultura. Denominação: Imposta. Período Cronológico: Desconhecido. Função/Uso: Estrutural e ornamental. Estado de Conservação: Razoável.. Foto: 13 – Imposta. Está a ser utilizada para tapar um vão que dava para SE. Existem algumas semelhanças com a da igreja de Santa Lucía del Trampal, Alcuéscar, (Cáceres). (Foto: Carlos Fidalgo). Figura 03 – Imposta da igreja de Santa Lucía del Trampal.. 48.

(49) Bibliografia: ZOREDA, Luis Caballero e LARA, Fernando Sáez, (1999) – La Iglesia Mozárabe de Santa Lucía del Trampal, Alcuéscar, (Cáceres), Mérida, Edición: Junta de Extremadura, Consejería de Cultura.. Figuras: 03 – in: ZOREDA, Luis Caballero e LARA, Fernando Sáez, (1999) – La Iglesia Mozárabe de Santa Lucía del Trampal, Alcuéscar, (Cáceres), Mérida, Edición: Junta de Extremadura, Consejería de Cultura. p.140.. 49.

(50) 1.3 – Análise Arquitectónica de São Gião. Figura 04 – Composição estratigráfica da iconóstase de São Gião com as impostas. (Autor: Adriano Monteiro).. Figura 05 – Planta do piso 0 da Igreja de São Gião. Indicação da localização dos elementos, escultóricos, funcionais e arquitectónicos. (Autor: Adriano Monteiro).. 50.

(51) Figura 06 – Perspectiva conjectural da Igreja de São Gião. (Autor: Adriano Monteiro e Carlos Fidalgo).. Nesta perspectiva conjectural da Igreja de São Gião, mostra-se a iconóstase, embora consideremos que esse elemento deverá ter sido construído posteriormente à edificação do transepto e da ábside central. Caballero Zoreda defende que a diferença nos materiais aplicados é notória nas várias fases de construção em relação às impostas da iconóstase. É muito explícita a sua opinião, referindo que «…entre las cuales situamos las impostas de origen romano del arco de triumfo que separa ábside y transepto y los cimacios y las comnas e impostas norte del arco septentrional de los arcos dobles del transepto. Un segundo grupo, de peor calidad y talla tosca, es realizado ex novo como imitación o retalle del anterior, donde citamos las impostas del arco de triunfo y las centrales del iconostasis.» ZOREDA (2003) 51.

(52) Conforme defendemos na figura 05,a igreja primitiva deveria ter a tipologia apresentada, constituída por uma nave central, um transepto e uma ábside central. Estamos de acordo com o exposto por Luís Fontes, quando refere que a «construção do edifício original, em zona desaterrada (…) rompeu edificações pré existentes.» FONTES (2003) De facto, no lado setentrional da nave, conforme já referimos, existe uma estrutura construtiva organizada, mas que no nosso entendimento não faria parte da estrutura primitiva “desta” igreja que se encontra ainda parcialmente edificada. Quando nos referimos a essa zona, considerámos que o aparelho construtivo denotava uma diferença substancial na sua organização, que nos levou a pensar e a sustentar serem fundações de um edifício mais antigo que o actual, indo, assim, ao encontro do referido por Luís Fontes.. Foto: 14 – Vista da zona escavada por Luís Fontes, onde se pode verificar os anexos referidos, e uma zona central de passagem. (Foto: Carlos Fidalgo). A questão coloca-se quando se verifica a diferença de cota existente entre a nave central e esta zona, cerca de 0.58 mts, abaixo, o que, no nosso entender, não se torna impeditivo, mas dificultaria o acesso directo à nave pela porta que se encontra tapada a partir desta zona. Defendemos a existência de um vão, que neste momento se encontra tapado, que faria a ligação entre a nave central e o exterior, funcionando desta forma como um acesso alternativo ao interior da igreja.. 52.

(53) Foto: 15 – Vão de porta tapado, que deveria dar acesso aos anexos laterais da igreja. (Foto: Carlos Fidalgo). Foto: 16 – O mesmo vão de porta, visto do anexo. O traço a vermelho define o piso interior da nave central. (Foto: Carlos Fidalgo). Uma outra questão que se coloca é a eventual existência de uma tribuna, uma espécie de coro – alto, que deveria existir na zona da entrada na nave central, segundo indicação de Helmut Schlunk. Este autor apresenta uma perspectiva da igreja de São Gião, com a qual não estamos completamente de acordo. Por tal facto, tentámos justificar essa diferença de opinião com a identificação de algumas incorrecções na localização de elementos estruturais e/ou escultóricos e fizemos um “zonamento” dos locais onde temos mais dúvidas. (ver Fig. 07) 53.

(54) Esta mísula C encontra-se no lado C’ oposto à porta Este balcão não deve ter existido Schlunk, deve ter sido influenciado pela existência das mísulas BB’ que estão sobre a porta da entrada. D G. F. A’ C’ C. B’. E. B. Tecnicamente a haver um balcão, as mísulas estariam nos pontos AA’ como vimos na igreja do mosteiro de Roriz - Santo Tirso, e não nos pontos BB’ como vemos em S. Gião. A sua colocação deve ter sido para outro fim, colocação de imagens por exemplo, já que elas aparecem igualmente em CC’ e não tiveram esse fim.. A Além da janela G existem vestígios de uma Janela D na parede do lado Norte e outra E do lado Poente o que pressupõe a existência de uma quarta F do lado Sul e portanto a existência de uma torre que Schlunk não regista.. O colorido é nosso. Figura: 07 - Igreja de São Gião. Reconstituição em perspectiva, segundo Schlunk, 1971. In 2.000 anos de Arte em Portugal, de Paulo Pereira, p. 119, ed. Temas e Debate, Lisboa, 1999. (As parte que aparecem a colorido é da nossa autoria: Adriano Monteiro e Carlos Fidalgo). Relativamente à indicação da mísula na zona do cruzeiro, Schlunk coloca-a no lado oposto onde ela efectivamente está. (cf.: Ficha nº5, deste Anexo) Quanto à tribuna, parece-nos não ser muito provável a sua existência por dois motivos: o acesso e o facto de diminuir, em cerca de 0.15mts, o vão de porta da entrada na nave central. Também Caballero Zoreda questiona a solução de Schlunk, quando refere que: «La hipótesis de Schlunk (1971) respecto a una iglesia conventual com espacios de uso diferenciados y jerarquizados arquitectónicamente necesita una revision: auque hallamos estos elementos en otras iglejas (iconostasis de Santullano y La Nave, tribuna de Quintanilla, Lillo, Lena o Valdeviós, entre otros), no los encontramos combinados como en Nazaré.» ZOREDA (2003) Podemos constatar, através da colocação de uma vara de madeira, certamente menos larga que um eventual lintel de madeira, a diminuição do vão de entrada na nave central.. 54.

(55) Foto: 17 – Porta de entrada na nave central com a régua de madeira apoiada nas mísula/cachorros que, segundo Schlunk, serviriam de apoio à estrutura que suportava a tribuna. (Foto: Carlos Fidalgo). Parece-nos que esta solução deveria contemplar uma porta cuja cota de soleira fosse mais baixa, o que não sabemos, ou que deveriam existir vestígios de apoios laterais para a sustentação da eventual tribuna. Quanto ao acesso, concordamos com a teoria de Caballero Zoreda quando defende que: « litúrgicamente, la tribuna, la habitación alta y los nichos requieren una interpretaçión funcional así como la consecución de unos paralelos. Los accesos a la tribuna y la habitación este se desconocen, no se ha constatado ninguna escalera o estructura que facilitase el aceso a estos vanos, por lo que podemos pensar en escaleras de madera. El enlucido tanto interior como exterior de la puerta norte impide conocer su momento secuencial, como ocurre igualmente en el vano sur.» ZOREDA (2003) Pelo acima exposto, considera-se que a probabilidade da existência de uma tribuna parece-nos muito pouco provável, uma vez que, após a demonstração da altura a que ficaria do chão actual da nave, ainda que o tecto primitivo possa ter sido mais baixo, não é muito viável em termos de funcionalidade arquitectónica.. 55.

(56) Luís Fontes contribui com um estudo tridimensional da igreja de São Gião, onde podemos constatar a solução que apresenta para a referida tribuna. Embora seja mais pacífica, pode notar-se que o autor não coloca as mísulas de apoio junto à porta de entrada da nave central, colocando o chão da tribuna acima do parapeito da porta, o que, na nossa opinião e conforme já foi demonstrado, não corresponde à realidade. (cf. Foto nº 17). Figura: 08 – Proposta de restituição do modelo arquitectónico de São Gião. FONTES et al (2004). Uma outra questão se coloca, contribuindo para sustentar a nossa teoria que a igreja apresentava uma implantação em cruz latina, como veremos mais à frente, e tem a ver com a existência das escadas, conforme se apresenta na imagem (08). Por que motivo existe uma porta no primeiro piso? Luís Fontes defende que o «piso superior revela uma organização complexa, admitindo-se que o acesso se faria por uma escada no lado esquerdo da nave, que ligaria a uma varanda (tribuna?), encostada à fachada norocidental (…). Daí comunicava-se com os pisos superiores das alas, através de vãos de portas de padieira horizontal, abertas em cada um dos lados da nave.» FONTES (2003:snp) Talvez seja esta a explicação para os vãos de porta no rés-do-chão da nave e, alinhado com o de baixo, mais um vão de porta no 1º piso. (ver fotos nº (s) 15 e 16). Achamos pouco provável esta solução, admitindo assim, como defendemos no caso da proposta de Schlunk, que não existem evidências da existência de um acesso vertical, nem o espaço suficiente disponível para tal, considerando mesmo uma escadaria de tipo “caracol”, feita em madeira ou pedra.. 56.

(57) Tivemos oportunidade de visitar uma igreja localizada na Galiza, que pertence ao período românico e que tem essa tribuna. Constatámos que a escada actual é em madeira mas verificámos também, que os cachorros que a apoiam estão dispostos de outra forma, mais separados e localizados nas paredes laterais e na parede de fundo, i.e., junto à porta de entrada da nave que não se encontra ao serviço. Trata-se da Ermida de Nosa Señora de Lanzada, junto a La Toja, classificada como sendo do século XII, mas estando numa zona onde foi encontrada uma necrópole e um castro do século VIII a.C. e das ruínas de uma fortificação do século X. Parece-nos que pode ter passado por algumas situações idênticas a São Gião, embora a sua arquitectura não apresente semelhanças com a da Nazaré. Importa, contudo, relevar os registos fotográficos sobre a zona da escadaria. Foto: 18 – Vista da tribuna da igreja de Nosa Señora de Lanzada. (Foto: Carlos Fidalgo). Foto: 19 – Pormenor do acesso. Note-se nos primeiros degraus em pedra e, posteriormente, os de madeira que concluem o acesso ao piso superior, ou tribuna. (Foto: Carlos Fidalgo). 57.

(58) Foto: 20 – Nesta foto, pode reparar-se no aumento da altura do cachorro, para aumentar também o pédireito, debaixo da tribuna. (Foto: Carlos Fidalgo). Ao verificarmos a subida do nível do cachorro, constatamos que a mesma se deveu à impossibilidade de entrar pela porta principal da igreja, pelas mesmas razões que apontámos para São Gião. O cachorro ao fundo da foto nº 21, está muito mais baixo que a base de apoio da tribuna, mas encontra-se ao nível da padieira da porta de entrada. Foto: 21 – Localização do cachorro original, neste momento não tem qualquer função, como se por verificar. (Foto: Carlos Fidalgo). Resta-nos, após esta análise sobre alguns aspectos arquitectónicos e escultóricos de São Gião, concluir que: Em relação à tribuna, consideramos que não encontrámos evidências que nos levassem a equacionar e defender a sua existência. Quanto à Iconóstase, defendemos a sua construção mais tardia, em relação ao transepto, pelas razões acima enunciadas.. 58.

(59) Em relação a outros elementos que se encontram descontextualizados, como os que apresentámos nas fichas nº (s) 5 e 7, achamos que são produto das várias intervenções que esta igreja teve. Neste sentido, apresentamos a nossa versão tridimensional da igreja de São Gião, uma em que se verificam as eventuais alterações arquitectónicas que terá sofrido, de acordo com a nossa opinião, outra uma perspectiva daquilo que deverá ser uma futura recuperação da igreja, mantendo os espaços que consideramos originais e a Iconóstase, que não a classificando como contemporânea do edificio primitivo, é um objecto de estudo que muito ainda tem para dar a conhecer.. Figura: 09 – Composição conjectural sobre fotografia da tipologia arquitectónica de São Gião, segundo a nossa opinião. (Composição Adriano Monteiro e Carlos Fidalgo).. 59.

Referências

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