Universidade
Federalde Santa
CatarinaCentro de
Ciências Agrárias
Departamento
de
Aquicultura
Implantação
da Fazenda
do
Pontal
Cultivo
de Camarões
Marinhos
Acadêmico:
FlávioCorrêa
Florianópolis/SC
Julho
de 2003
W/
0%
Universidade
Federalde Santa
CatarinaCentro de
Ciências Agrárias
Departamento
de
Aquicultura
Implantação
da Fazenda
do
Pontal
Cultivo
de Camarões
Marinhos
Relatório apresentado
como
pré-requisito
do
Estágio Supervisionadoll do Curso
de
Engenhariade
Aquicultura,
do
Centrode
CiênciasAgrárias,
UFSC
Acadêmico: Flávio Corrêa
Orientador:
Edemar
Roberto AndreattaSupervisor:
Mauro
Remor
TeixeiraEMPRESA: FAZENDA
DO
PONTAL
F
lorianópolis/SCAgradecimentos
A
Mauro
Remor
Teixeira, Eng. Civil e Sócio Gerente daFazenda do
Pontal, pela oportunidade de estágio, inúmeras dicas e conhecimentos
compartilhados, pelo apoio e amizade.
Ao
amigo
Walter Quadros Seiffert, pelo grande apoio, pela atenção econhecimentos transferidos.
A
Edemar
Roberto Andreatta,meu
orientador, pelaamizade
e apoio.A
Elpídio Beltrame, pelos conhecimentos fornecidos na partede
execução de projetos, pela amizade.
A
Sérgio Winckler da Costa, coordenadordo Programa
Estadualde
Cultivo de
Camarões
Marinhos, pela oportunidadede
estágio e pelas valiosasorientações fornecidas.
Ao
Valdir, encarregado da execução da parte civilda
Fazenda, pelosconhecimentos, dicas e macetes repassados, pela amizade.
Ao
José Luiz “nego”, proprietário da empreiteira, pelas inúmeras dicas eapoio na execução do projeto.
Ao
seo Osvaldo, capataz da fazenda e família, pela receptividade eamizade. 'A
todos aqueles que
de alguma
forma contribuíram para a realização1
-
|NTRoouçÃo
... _. 2-
DEscR|çÃo
DA EMPRESA
... ._ 3-
AT|v|oADEs
oEsENvoLv|oAs
... _. s 3.1-
Levantamento
topográfico
... _. 8 3.2-
Preparo
da
área
... _. 3.2.1-
Drenagem da
área ... ._ 3.2.2-
Limpeza da área ... ._ 3.3-
Locação
do
projeto ... _. 3.4-
Terraplanagem
... _. 3.5-
Comportas
... .. 3.5.1-
Comportas de abastecimento ... __ 3.5.2-
Comportas dedrenagem
... ._ 3.6-
Estação
de
bombeamento
... ..3.7
-
Ensaibramento
dos
taludes
... ._3.8
-
Instalação elétrica ... ..3.9
-
Preparo
dos
viveiros ... _.3.9.1
-
Revolvimentodo
solo ... ._3.9.2
-
Calagem
... _.3.9.3
-
Lavagem
dos viveiros ... ._3.9.4
- Secagem
dos viveiros ... ._3.9.5
-
Vedação
das comportas ... ._38
3.9.6
-
Colocação das telas de proteção ... ._3.9.7
-
Esterilização quimica ... _.3.9.8
-
Colocação das estacas doscomedouros
... _.3.10
-
Iníciode operação
... ..3.10.1
-
Enchimento e fertilização dos viveiros ... ._3.10_2
-Povoamento
dos viveiros ... _.3.10.3
-
Manejo alimentar ... ..44
3.10.4
-
Monitoramento dos parametros físico-químicosda água ... ._ 3.10.5
-
Aeração mecânica ... ... _. 3_10.6-
Biometrias ... ._ 3.10.7-
Despescas
... _.4
-
coNs|DERAçÕEs
FINAIS
... _.5
-
coNc|_usÃo
... _. 6-
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
...Lista
de
Figuras
Figura 01 - Rio Jordão
-
captação de água ... ._Figura 02
-
Estação de bombeamento para drenagemdo terreno ... ..
Figura 03
-
Talude interno recém construídocom
declividade 3:1 ... ... ..
Figura
04
-
Crista de taludecom
4 metros de largura...Figura 05
-
Canal de recirculação ... ..Figura 06
-
Canal de drenagem ... ..Figura 07
-
Inicio do canal de drenagem ... _.Figura 08
-
Canalde adução
... ._Figura 09
-
Canal de abastecimento ... _.Figura 10
-
Construção de viveiro retirando-se aterroapenas de suas laterais ... ._
Figura 11
-
Comporta de abastecimento.Parte externa do viveiro ... ..
Figura 12
-
Comporta de abastecimento.Parte interna do viveiro ... ..
Figura 13
-
Comporta de drenagem construídaem
concretoamado
... ._Figura 14
-
Concretagem da base da comporta ... _.Figura 15
-
Vista superior da comportacom
utilizaçãode passarelas para facilitar o manejo de
tábuas e telas ... ..
Figura 16
-
Sistema de frisos utilizado para instalaçãode telas de proteção e tábuas de vedação
bag
despesca ... ..
Figura 19
-
Detalhe da superfície áspera naparede externa da comporta,
evitando infiltrações ... ..
Figura 20
-
Estäçãode
bombeamento
... _.Figura 21
-
Bombas
axiaiscom
tubulação de 60cm
de diâmetro ... _.
Figura 22
-
Tubulação dabomba
chumbada na parede .... ..Figura 23
-
Galerias utilizadas para abastecimentodos reservatórios ... ..
Figura
24
-
Ensaibramento dos taludes ... _.Figura 25
-
Secagem
dos viveiros ... _.Figura 26
-
Comedouro oonfeccionadocom
virola de pneuFigura 27
-
Alimentação dos camarões através deLista
de
Tabelas
Tabela 1 - Produção mundial de
camarão
cultivado2001
-
2002
(mil ton.) ... _.Tabela 2 -
Quadro
Geral da Carcinicultura Marinha por Estadoem
2002
..._ppt-
Partes por milppm
-
Partes por milhãoha
-
Hectareton
-
ToneladaTM
-
Tonelada métricapH -
Potencial hidrogênio iônicoCaCO3
-
Carbonatode
cálcioGPS
-
Sistemade
posicionamento globalCV
-
Cavalo vaporPL -
Pós
larvaN
-
NitrogênioP
-
FósforoMg/I
-
Miligramas por litroWSSV
-
Síndrome virótica damancha
brancaResumo
O
Estágio Supervisionado ll foi realizado na área de carciniculturamarinha, mais especificamente na parte de execução de projetos de fazendas
de cultivo de camarões, haja visto
que
consistenum
segmento
da atividadecom
uma
carência muito grande de profissionais habilitados para tal tarefa.Desta forma, o estágio foi realizado junto à implantação da
FAZENDA
DO
PONTAL,
localizada no município de Governador CelsoRamos
-
SC, 30Kmiao
norte de Florianópolis via BR-101.O
projetoda
fazenda prevê aimplantação
de
60,2 hade
lâmina d'águacom
ampliação para 100 hanum
totalde 27 viveiros de produção. Futuramente, a fazenda contará ainda
com
unidade
de
beneficiamento própria, a ser instalada nomesmo
local, capazde
atender
mercados
tanto interno quanto externo, agregando valor ao produtofinal,
aumentando
a atratividade econômica da atividade.Durante o periodo de estágio tivemos a oportunidade
de acompanhar
ecolaborar
com
a execução do projetodesde
o balizamento para a alocação dosviveiros dentro da propriedade, passando pela parte de movimentação de terra,
através
da
construção de canaisde
adução, recirculação, reservatórios emontagem
dos taludes, construçãode
comportas de despesca eabastecimento, estação de
bombeamento,
sub-estação de energia, instalaçãoelétrica
da
fazenda e preparo dos viveiros para o iníciode
atividade.Acreditamos
que
para o sucesso da atividade, hoje maisdo que
nunca,devido ao período ao qual
passamos
de estagnação do valorde mercado
docamarão
cultivado,acompanhado
da elevação do custode
produçãodo
mesmo
em
consequênciado aumento do
valor dos insumos utilizados,devemos
dar grande atenção a dois aspectos fundamentais e possivelmenteirreversíveis no cultivo
de camarões
marinhos: a seleção da área e aimplantação do empreendimento.
Se
o interessado selecionaum
local inapto àinstalação da atividade devido a questões técnicas ou legais
ou
se executao
projeto
de
uma
forma inadequada, certamente o empreendimento teráuma
orientando e auxiliando os empresários
que
ingressam na atividade.Durante o período
de
estágiopudemos
aprimorar técnicas utilizadas eacumular conhecimentos no
campo
de
elaboração, execução e gerenciamentode projetos
de
cultivode camarões
marinhos, sendo o Estagio Supervisionadoll,
uma
ferramenta fundamental nacomplementação
acadêmicado
Engenheiro1
1 -
INTRODUÇÃO
A
aquicultura é consideradauma
atividade capaz de produzir alimentospara o
homem,
contribuindo efetivamente para a satisfação de suasnecessidades nutricionais e para a diminuição da sobrepesca.
Como
atividade praticadaem
mais de 50 países (Rosemberry, 1994), acarcinicultura marinha tem favorecido sobremaneira, as suas regiões de
intervenção, pois além de se destacar
como
importantesegmento
sócio-econômico,
tem
se apresentadocomo
a alternativa mais viável para oincremento do nível da oferta mundial de camarões, face à estabilização e
provável decréscimo das produções de captura.
W Apesar de ser
uma
atividade produtiva relativamente nova nopais, o
cultivo de
camarões
em
menos
deuma
década já demonstrou sua realviabilidade técnica e econômica, despontando
como
uma
das alternativas maispromissoras do setor primario da economia nacional
em
termos de geração deemprego
e renda para o desenvolvimento regional, e de divisas para fortalecero Brasil no âmbito financeiro internacional.
Em
2002, a produção decamarão
cultivado no Brasil chegou a 60.000toneladas,
num
total de 11.000 hectares de cultivo euma
produtividade médiade 5.458 Kg/ha/ano
(ABCC
2002).P1`fínc"iÍ1ais~5 0 ` 'Países Produtores 2001 f 1' _ . . .1 __._*__¿,ç__.__;%1,M.1..M__,, M, ,,,,,,,,MW › . _ __._._,;_._,.1..1.c,..¿... __. ...HW _ _ .__ 2002 ;zzzzzzzzzzzzzWWW»zsszz»zzzwzmzzzzyzzz»z4zzzzzzzzz.zz›zzz.z,w,»»;2¢.;..z›z.».›zzzz.,.zz.z;‹2»5- - ›z›zzz_zzz..»W.-- V zm' ~ .»...›~ -»--..-...-»---z-.-zzz--zzzzzzzzzzzz-zzzzzzzzzzzzzz-w...~-›~-›-=.¬-›-›--zzâzwzzzzzzzzzzzzz-z=zzzz.zz
Hecta res MÉf.edišíi.viÍ1“š5ÉÍ
zi › » V ~«-- ~~-.zâ.›«›.¬¬,¬~ '.»»:»»«» 2 Pf00“S?Ê0. ..H.00Ía.f0$ iPf0d1.'Í¡.YÍÊ1.0d0i Pf00“.Çã0 ;¡` china zi ...2...0..Ê.:20.3. < . ._ 1' 219 399 1.2.0.0 í 310-75061 268.400 1Ç"i`š`š"` f Tailândia 1 320.000 . ________ _. › _ W...u,aa.6 1 z 86.000 3.695 0 za 2602.2000 A 76.0000 3.421 . I ...V¡e“1ÉL_... .1 155000 324 zé 178.000 699.613 índia
1100000
102.940 157.000 i Indonésia . 99.000 380.000 12.60 102.000 »...¬...~...~~› ‹ ~ .×,..›› 380.000 ... Bangladesh = 63.000 1 .i0%í0%íz90<ãiÂii..~0.Í 0.5.0 63.164 144.202 438 W-=.*.z z Brasil 40.000 8.500WÍWW
410.0 11.016 5.458 1 ~ ~ ~ 652 .z : México 40.000 35.000 1.143 35.000 57.000 0 90.000 633 _. . ... ` 1.086 2.» =~‹.‹«zz Eí Honduras 1 15.000 14.000 1.071 18.000 16.000 1.125 Outros 1 ` gia _,_ .2__,,..._...,..1.¡ ~ ~ ~ 1.Tabe
la 1 - Produção mundial de camarão cultivado 2001 - 2002 (mil ton.).FONTE:
ABCC
As
projeções de médio prazo elaboradas pela Associação Brasileira deCriadores de Camarão, para o
camarão
cultivado até2005 prevêem
ainstalação de mais 16.500 hectares de viveiros totalizando 25.000 hectares
em
produção
com
uma
produtividade média de 6.000 Kg/ha/ano euma
produçãototal de 150.000 toneladas de
camarão
cultivado euma
entrada de divisas daordem
deUS$
500 milhões.O
Brasilcom
8.500 quilômetros de costa marinha, clima subtropical eum
extenso parque agro-industrial, desponta hoje
como
o recordista mundialem
produtividade de
camarões
cultivados e apresenta-secomo
uma
das principaispotências na produção deste crustáceo,
ocupando
a 70 posição no rankingmundial.
Em
Santa Catarina, a carcinicultura marinha teve início no ano de 1983através da reprodução e cultivo do
camarão
rosa (Penaeus pau/ensis),porém
os resultados obtidos não foram satisfatórios devido à falta de estudos
aprofundados
com
relação à espécie utilizada etambém
devido às própriasrestrições da espécie,
somando-se
a isto, os sistemas de construção de3
As
improvisaçoes praticadas até entao,começaram
a cederespaço para o profissionalismo e o planejamento estratégico, fundamentados
em
tecnologias inovadoras, quevem
sendo adotadascomo
a principalferramenta dos novos e
bem
sucedidos empreendimento comerciais.Em
1998, a Universidade Federal de Santa Catarina e aEPAGRI,
introduziram no estado a espécie exótica de
camarão
Litopenaeus vanname/(Boone, 1931), originária do
Oceano
Pacífico e que se adaptou muitobem
àsnossas condições climáticas e ambientais. Esta espécie de
camarão
secaracteriza pela sua rusticidade, por
uma
alta taxa de sobrevivência, boaconversão alimentar e crescimento rápido. Este conjunto de características foi
importante na viabilização da instalação de empreendimentos no estado de
Santa Catarina.
O
crescimento da produçao catarinense entre os anos de 1998 a 2001foi de
1044%,
passando de 50 toneladasem
1998 para 609 toneladasem
2001e atingindo 1.650 toneladas de
camarão
em
2002.' 0 "'
K
"W
5.15230,77%
, . 2,... ._ . . 126 ú 2.260 M16.38327,25%
. .z.×...\ 4.622 ,_....;PE
6.58811,30%
151 5o"`"` 582 3.018" 5.1865,02%
22 2.776 ~2,94%
. 0 Êfèíiè âivv-\ 5 1 55 727 4.690 10, .. ..9Z 250,, 2-522 ~PR
_\ (TIÉ ¿ -ÀÉ 21800 .ii/-\Lšfiô
.. _. . _ |\) _\ ÓÚ _\ Õ @ 6.1160,17%
OJ ..3.z§.f}50,13%
tToTAi_z sao 11.016 60.128 z zzzz;`‹,z‹zz›;×××"-z.z=›=zz=zzzz._. zzzzzzzzzz zzzrz zzz .fzz›z.==z»=z›zzzz.z,zzz.z.¿..›z›z›zzz,~z›zM.zzzw;=z›,;z›=›:›zzzz.zzz.z..._›.z..zzzz.mzmz›z=z»>zzzzzzzz¿.z.z...,.›.›z«z«‹=z 5.458 ›‹;=›=›-›z.z›z›.›»z...z.zzz1.»z»,»z.z.zz›z›.z...«zzzzz zz~›.»‹..›z»›..z,z›.»z›.100,00%
mzzzz.zzzzzzzzzzzzz.z>zzzz:zz.zz»zz=zz==zz-mx. . .psiTabela 2 - Quadro Geral da Carcinicultura Marinha por Estado
em
2002.FONTE:
ABCC
Visando o crescimento da atividade nao só
em
Santa Catarina,mas
anível nacional e objetivando o aprimoramento de técnicas e o
aumento
deconhecimentos, procuramos realizar o estágio
em
um
segmento
da atividadeque atualmente consideramos carente de profissionais qualificados. Para tal, o
estágio foi realizado na
FAZENDA
DO
PONTAL,
que está iniciando suasatividades neste
mesmo
ano.A
fazenda fica situada na localidade de Jordão,municipio de Governador Celso
Ramos
-
SC.O
estágio foi realizado no período de 1 de fevereiro a 30 de junho de2003, abrangendo todo processo de implantação da fazenda.
Os
responsáveis pelo estágio foramMauro
Remor
Teixeira, Eng. Civil eproprietário da fazenda,
como
supen/isor no local do estágio eEdemar
RobertoAndreatta
como
orientador.Sem
sombra
de dúvidas, o Estagio Supen/isionado ll foi de grandeimportância
em
nossa formação euma
ferramenta que nos fornecerá subsídiospara desenvolver a atividade
com
um
nivel maior de conhecimentos técnico-científicos e responsabilidade.
O
Estágio Supervisionado temcomo
objetivo direto a introdução dosacadêmicos à parte prática da aquicultura, demonstrando o cotidiano de
um
empreendimento
aquícola, face aos atributos, obrigações e problemas5
2
-DESCRIÇÃO DA
EMPRESA
A FAZENDA
DO
PONTAL,
euma
extensão daPONTAL
Engenharia eConstrução Ltda, situada no município de Laguna-SC,
empresa
esta quetomou
a iniciativa de investir na atividade de carcinicultura marinha, diversificando sua
área de atuação.
O
projeto daFAZENDA
DO
PONTAL
consiste na implantação de 60,2hectares de viveiros de cultivo de
camarões
marinhos da espécie Litopenaeusvannamei,
com
16 viveiros de produção, e ampliação para 100 hectares delâmina d'água,
num
total de 27 viveiros. Futuramente aempresa
pretendecontar
com
unidade de beneficiamento própria, instalada no próprio local dafazenda, agregando valor ao produto e atendendo tanto
mercado
internoquanto externo. Todavia, foram implantados inicialmente
num
primeiro módulo20,5 hectares de produção de camarão.
A
empresa
optou por instalar-se na região devido às inúmerasvantagens que esta possui
em
relação ao pólo produtivo de Laguna, no sul doEstado. Dentre estas vantagens
podemos
destacar a possibilidade de realizar3ciclos anuais de produção, devido às temperaturas mais elevadas;
caracteristica argilosa do solo, extremamente desejável à produção do L.
vannamei
; disponibilidade de água para abastecimento dos viveiros de altaqualidade,
com
altíssima produtividade natural; topografia plana; região livre deconflitos originados por questões politico-ambientais; proximidade
com
acapital.
O
total da área adquirida é de 175 hectares, 'tendocomo
limites a Baiade Tijucas,
SC-410
e o Rio Jordão, que sen/irácomo
veículo para oabastecimento de água dos viveiros da fazenda.
A
água a ser utilizada para o abastecimento dos viveiros é provenienteda Baía de Tijucas,
um
estuário piscoso e ricoem
vida marinha. Entretanto,Suspensão, tornando-se necessário
um
processo de decantação, antesde
ingressar nos viveiros de produção.
No
ponto de captação,temos
uma
variação diária de salinidade ealcalinidade,
em
virtude da influência das marés, ou seja, écomum
encontrarmos valores entre 34 ppt e 120
ppm
de CaCO3,
respectivamente ealgumas
horas depois valoresem
torno de 2 ppt e 20ppm
de
CaCO3
,demonstrando a necessidade de
um
monitoramento contínuo, durante a operação debombeamento
d'água.O
solo, de característica altamente argilosa, apresentouum
índicemédio
de
pH
entre 6,5 a 7,0 e matéria orgânicaem
torno de 3,5%,
níveisque
podem
ser considerados
como
ideais para o cultivoda
espécie.7
A
propriedade era utilizada anteriormente para a prática da pecuáriaatravés da engorda de gado, sendo que esta já contava
com
infra-estrutura deapoio
como
casa e galpão para depósito de máquinas e equipamentos.O
sistema de produção a ser utilizado na fazenda é o semi-intensivo,utilizando até 30 camarões/mz,
com
duração dos ciclos estimada entre 90 a110 dias, e peso médio dos
camarões
na despesca entre 12 a 14 gramas,3
-ATIVIDADES
DESENVOLVIDAS
Dentre todas as atividades desenvolvidas durante o período de estágio,
procuramos destacar as de maior importância e fundamentais para a execução
da obra.
3.1 -
Levantamento
topográficoO
levantamento topográfico da propriedade consistiu de 3 etapas:I Levantamento planimétrico, para identificação da área total e
disposição do terreno;
I Levantamento altimétrico, para identificação das cotas de altura e
relevo da propriedade, sendo estas necessárias para posterior
alocação dos viveiros no projeto;
I Identificação dos pontos atingidos pela preamar, dentro da
propriedade, para alocação dos limites de recuo exigidos pelos
Órgãos ambientais.
Os
equipamentos utilizados para elaboração do projeto planialtimétricoforam
uma
estação total,um
GPS
portátil euma
trena de 50 metros. Paradigitalizar os dados, utilizou-se o aplicativo
TOPOGRAPH.
No
levantamento altimétrico, os pontos cotados tiveramespaçamentos
9
3.2
- Preparo da
área 'Após
concluído o projeto, e obtidas as devidas licenças ambientais, deu-se inicio ao preparo da área, para posterior início da operação de
terraplanagem.
3.2.1
-
Drenagem
da
áreaDevido à topografia plana do local e ao assoreamento dos canais de
drenagem
existentes, a propriedade teve inicialmente que passar porum
processo de desassoreamento dos canais já existentes no seu interior, tendo
em
vista que a área encontrava-se parcialmente alagadaem
decorrência dasfortes chuvas que atingiram a região.
A
drenagem
da área antes do início da terraplanagem éuma
operaçãomuito importante, pois facilita a rotina de trabalho do maquinário utilizado,
aumentando
seu rendimento e diminuindo os custos de implantação do projeto.Para tal operação, utilizou-se
uma
retroescavadeira, máquina estacom
um
menor
peso, custo reduzido e capaz de realizar o trabalhocom
perfeição,sendo que criou-se
uma
malha de canais por todo perímetro da fazenda,interligando-os a
um
canal principal.Para otimizar a
drenagem
da área, foi instaladauma
estação debombeamento,
no final do canal principal de drenagem, composta poruma
bomba
axialcom
tubulação de 40cm
de diâmetro e motor elétricocom
25CV
Figura 2
-
Estação debombeamento
paradrenagem do
terreno.Desta forma, pôde-se acelerar o processo através
da
drenagem
forçadada
área.3.2.2
-
Limpeza da
áreaA
limpezada
área consistiu inicialmente, na retiradade
qualquerelemento estranho e
que
pudessecomprometer
oandamento da
obra. Destaforma, através
do
auxílio deum
trator agrícola, foram retiradas cercas,moeirões, tubos e troncos
que
encontravam-se pelo perímetro.Em
uma
outra etapa, reduziu-se a vegetaçãocomposta apenas
porpastagem
natural, através deuma
roçadeira acopladaao
trator agrícola.A
redução
da
vegetação faz-se necessária para diminuiçãoda
matéria orgânicall
Além
disso, optou-se pela prática de revolvimento do solo através delâmina rotativa acoplada ao trator agrícola, antes
mesmo
do início daterraplanagem. Esta prática é recomendável tendo
em
vistaque
auxilia noprocesso de oxidação da
camada
superficial do solo além da redução emineralização da matéria orgânica encontrada na
camada
arável(MUEDAS
etal. 1997). Esta operação foi realizada por 3 vezes seguidas, durante a
terraplanagem da área.
3.3
-
Locação do
projetoApós
o primeiro módulo do projeto estar devidamente drenado e limpo,realizou-se a locação dos taludes e canais dentro da área. Este procedimento
foi executado por profissionais devidamente habilitados munidos de estação
total,
GPS
e trenas. Para a locação dos pontos, foram utilizadas varas debambu, disponíveis
em
abundância na propriedade.Devido à característica altamente argilosa do solo no local, os taludes
foram alocados prevendo
uma
declividade de 3:1 na parte interna dos viveiros._`.¡É'4..=..Àí' f _
Figura 3
-
Talude internorecém
construídocom
declividade 3:1.A
crista dos taludes periféricos foi de3
metros, distância esta, suficientepara
o
fluxode pequenos
veículos, enquantoque
nos taludes principais,onde
13
Figura 4
-
Cristade
taludecom
4
metros de largura.A
altura dos taludes foi ampliadaem
cerca de 50cm
alémdo
previsto noprojeto, prevendo-se o encolhimento dos
mesmos
por tratar-sede
materialargiloso,
sendo
que
ficaramcom
uma
alturamédia de
2,20 metros.No
lado externo dos viveiros, deixou-seuma
“saia” (espaçamento)com
4
metros
de
largura, até atingir os canaisde
recirculação, evitando desta formaque
o pesodo
aterroacumulado
nos taludes provocasse o assoreamento doscanais.
Os
canaisde
recirculação, capazesde
fornecera opção de
reaproveitamento
da água
dos viveiros foram alocadoscom uma
largura eFigura 5
-
Canalde
recirculação. oO
canalde
drenagem,que
levará todaágua
descartada até o mar,quando
necessário, teve 6 metrosde
largura, 1,5 metrosde
profundidade e› _-\z ~. *.;~z=›-'--1~z‹_ ..zz f_'¬'z.f_;zz;~~_-'_,z‹r, -A -
Figura 6
-
Canalde
drenagem.O
canalde
adução, responsável pela captaçãoda
água
do Rio Jordãoaté a estação
de bombeamento,
teveuma
profundidade de 1,8 metros,uma
largura de 16 metros e
250
metros de comprimento. Esta largura foiconvencionada devido a alta concentração
de
sólidosem
suspensão
naágua
da
Baía de Tijucas, fazendocom
que
o canaltambém
sirvacomo
um
local dedecantação deste material.
.L
iu,
;17
Sendo
assim, foram alocados 5 viveirosde
produçãode
camarões,com
áreas individuais entre 3,4
a
4,6 hectares, perfazendo 20,5 hectaresde
área decultivo, mais
um
viveirode
tratamento e reservatóriocom
3,5 hectares e canalde abastecimento.
.a
Figura 9
-
Canal de abastecimento.3.4
-
Terraplanagem
A
terraplanagem consiste namovimentação de
aterro provenientedo
interior dos viveiros e dos canais para posterior construção dos taludes.
Existem atualmente dois sistemas
de
terraplanagem utilizados naprincipalmente
em
locais arenosos ecom
topografia irregular, consistena
remoção de
todo aterro excedente existente no fundo do viveiro,sendo
estelevado até as laterais do
mesmo,
onde
sãomontados
os taludes. Geralmenteneste sistema, são utilizadas máquinas pesadas
como
tratoresde
esteira escrapers,
que
além de retirarem o aterro, realizam a sistematização do fundodo viveiro.
O
outro método, e quetambém
foi utilizado na construçãoda
FAZENDA
DO
PONTAL,
é conhecido por “construçãocom
sistema de gamboas”. Estemétodo
é mais eficazem
locais quepossuem
uma
característica argilosa doterreno e
com
topografia plana. Desta forma, devido à topografia plana, não sefaz necessária a
remoção de
todo o aterro do interior do viveiro,sendo
esteretirado
apenas
das suas laterais paramontagem
dos taludes. Este sistemapermite
uma
maioreconomia
nos custosde
implantação, devido a rapidez epraticidade proporcionadas.
- -1¡':›b^Í=.`*{f¿':â. ,
Figura 10
-
Construção de viveiro retirando-sel9
Em
ambos
os casos, deve-se preveruma
declividade média de 0,1 a0,2%
no fundo dos viveiros, no sentido da comporta de drenagem, para o totalescoamento
da água de seu interior, evitando desta forma,que
oscamarões
fiquem retidos no seu interior durante a despesca.
Sendo
assim, a terraplanagem naFAZENDA
DO
PONTAL
foi realizadaatravés do auxílio de escavadeiras hidráulicas, máquinas estas suficientes para
a execução das tarefas.
Além
disso, contou-secom
o auxílio deum
tratoragrícola, necessário para o transporte de insumos e equipamentos, além de
ajudar no
acabamento
da terraplanagem. Foi utilizada aindauma
retroescavadeira, para sen/iços leves
como
abertura de valas de drenagem,estaqueamento e
remontagem
de alguns trechos dos taludes.Devido à umidade contida no solo e ao seu
enorme
peso (cerca de 17toneladas), as escavadeiras foram obrigadas a trabalhar sobre toras de
eucalipto, visando melhorar seu
desempenho.
Levando
em
conta a característica argilosa do solo, não foi necessária autilização de lonas no interior dos taludes para evitar a percolação de água
através dos
mesmos.
Cuidado
especial foidado
à retiradade vegetação do
solo antesda
montagem
dos
taludes, evitandodessa forma
a possibilidadede
ocorrência
de
infiltraçãona
base dos
mesmos.
É
desejávelque
logoapós
o términoda
terraplanagem, seja feito oplantio
de algum
tipode vegetação nas paredes dos
taludes,de
preferência
pastagem
natural,em
mudas,
evitando destaforma
asua
erosão, todavia,
na
FAZENDA
DO
PONTAL
não
foi necessário esteprocedimento, pois a
vegetação
brotou naturalmentede forma
rápida,demonstrando
assim, a alta taxade
fertilidadedo
solona
região.Assim
sendo, os viveiros ficaramcom uma
profundidademínima
em
seu
interiorde
0,90 a 1,00 metros euma
profundidademáxima, na
3.5
- Comportas
As
comportas são estruturas utilizadas no auxílio do enchimento edrenagem
dos viveiros.São
geralmente munidas de tábuas para o controle defluxo de
água
e sistemade
telasde
proteção.Podem
ser divididasem
duasestruturas distintas:
3.5.1
- Comportas
de
abastecimentoAs
comportas de abastecimento são utilizadas para suprir os viveiroscom
a água
proveniente do canalde
abastecimento,sendo
que
normalmentesão alocadas
do
lado mais raso dos viveiros.Na
FAZENDA
DO
PONTAL,
tais comportas foram confeccionadasem
concreto armado, sendo
que na
galeria, ou seja, na parte situada logo abaixodo
talude, foram utilizados tubos de concretocom
80cm
de
diâmetro,interligados por cinta de concreto.
Figura 11
-
Comporta de
abastecimento.21
Figura 12
-
Comporta de
abastecimento.Parte interna
do
viveiro.As
comportas foram alocadas deuma
formaque
se necessário, todaa
secção do tubopermanecesse
inundada durante o abastecimento, otimizandoo
tempo de
enchimento dos viveiros.Um
sistema para instalação de telasde
proteção foi utilizado atravésde
frisos confeccionados na parede das comportas,
onde
serão colocados osquadros
com
as respectivas malhas,sendo
possível a utilizaçãode
2 bitolasdiferentes de malhas e mais
um
bag
netcom
malha
de450
micrômetros.A
utilização
de
telas éuma
prática fundamental no cultivo decamarões
marinhos,pois evita o ingresso de predadores e competidores no ambiente
de
cultivo,além
de
diminuir o riscode
contatocom
possiveis organismos portadores deTendo
em
vista a bitola reduzida das malhas, é desejável que durante ociclo de cultivo, estas telas sejam limpas periodicamente, de preferência
diariamente, evitando o seu entupimento e diminuição da vazão de água para o
viveiro e até
mesmo
seu rompimento.3.5.2
-
Comportas
de
drenagem
Normalmente
as comportas dedrenagem
sao estruturasbem
maiores,se
comparadas
às comportas de abastecimento.Tais comportas são utilizadas para renovação de água, regulagem do
nível de
água
dos viveiros e para a retirada doscamarões
do viveiro durante adespesca.
Na
fazenda, elastambém
foram construídasem
concretoarmado
usinado.
As
ferragens utilizadas tinham 6,3mm
de espessura e foraminstaladas através de empastilhamento
com
uma
distância de 3cm
do ladoexterno e 5
cm
do lado interno, para evitar a corrosão das estruturas através da ação daágua
do mar, sendo que a espessura das paredes das comportas era23
Figura 13
-
Comporta de drenagem
construídaem
concreto armado.Devido
ao enorme
peso docaminhão de
concreto, fator esteque
oimpedia
de
subir através dos taiudesrecém
construídos e levar o material até olocal desejado,
a
concretagem das comportas foi realizada atravésdo
auxíliodo
trator agrícola,que
transportava o concreto até o localonde
as comportasseriam construídas, juntamente
com
o auxílio deum
carretão.O
concreto eradespejado no interior das caixarias utilizando-se baldes e pás ,
onde
logo apósera vibrado manualmente, evitando-se desta forma o surgimento
de
falhas no¶*-‹&›`_¡=_
Figura 14
-
Concretagem da
baseda
comporta.Procurou-se realizar a concretagem das estruturas de
uma
única vez, ouseja, concretar
uma
comportaem
uma
única etapa, evitando-se desta forma osurgimento
de
fissuras e rachaduras nasemendas,
oque
poderia ocasionarvazamentos
eo
seu enfraquecimento.Sete dias após a concretagem, as estruturas estavam suficientemente
curadas e prontas para
serem
desenformadas.Após
a retirada das caixarias,realizou-se o
acabamento
das comportas manualmente, atravésdo
25
J
_,ƒ" 7 ' - -‹ _
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Á
5
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-za
S
Figura 15
-
Vista superiorda
comportacom
utilizaçãode
passarelas para facilitar omanejo
de tábuas e telas.As
comportas dedrenagem
foram instaladas no viveirode
forma opostaà comporta de abastecimento, facilitando
a
circulaçãode água
no interiordo
mesmo.
Além de serem
construídas na parte mais funda dos viveiros, foramalocadas 30
cm
abaixode
seu piso, favorecendo o totalescoamento da água
em
seu interior.Da
mesma
formaem
que
as comportasde
abastecimento, as comportasde
drenagem
também possuem
um
sistema de telasde
proteção,porém
paranão permitir
que
os animais confinados escapem.A
vazãona
comporta édeterminada através
de
um
sistema de tábuas sobrepostas.As
tábuas..â=Á.z.;*Í-`É'_~.'Z"=°'.-MÍÊ * Ã-ía' f =~' ." ,'z""' * z~‹"- *Á ÚIÍL
il
I.¿ '.››
l
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Figura 16
-
Sistemade
frisos utilizado para instalaçãode
telasde
proteção e tábuasde
vedação.No
lado externodo
viveiro, na caixade
despesca, as comportasapresentaram
um
alargamento para facilitar omanejo da
redebag
net, durante*Ae
.`¡§_.¬ "'‹
Figura 17
-
Caixade
despesca.a. z _ ¬- -'~ .»-z.fza¿_fzL;.-fzz;-»==::Lz_ _._z.,x ..›z, :_,¬_..¬_ ,_
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d
Flgura 8 Fnsos ut|I|zados para mstalaçao
da
redeEspecial atenção foi
dada à compactação
do aterro nas laterais dascomportas.
O
acabamento
foi feitoa
mão, utilizando-se material argilosodo
fundo dos viveiros, diminuindo assim, a possibilidade
de
ocorrênciade
infiltrações.
Figura 19
-
Detalheda
superfície áspera na parede externada
comporta, evitando infiltrações.3.6
-
Estação
de
bombeamento
Sem
sombra de
dúvidas,a
construçãoda
estaçãode
bombeamento
foi29
devido principalmente
a
consistência argilosa do solo, aliado à própriadimensão da
estrutura.Todo
processo de escavação e preparoda
áreaonde
seria implantada aestação, teve necessariamente
que
ser feito manualmente, caso contrário,corria-se o risco
de
desmoronamento.A
estaçãode
bombeamento
foi dimensionada para atendera
primeiraetapa do projeto, ou seja, 60,2 hectares de viveiros
de
produção,sendo
alocada entre os viveiros
de
tratamento e resen/atórios 1 e 2 e o canal deadução.
Toda
estrutura foi construídaem
concretoarmado
usinado, totalizandocerca
de
80m3
do produto.Quanto a
colocação das ferragens, seguiu-se omesmo
padrão das comportas, 5cm
na extremidadeque
entrariaem
contatocom
aágua
salgada e 3cm
na extremidadeque
ficaria protegida pelo aterro.A
ferragem utilizada
também
foide
6,3mm
de
espessura nas paredes e 10mm
nas vigas.
Apresenta
como
opçõesa
utilizaçãoda água
do canal deadução
parabombeamento
até o reservatório, reutilizaçãoda água
contida nos canais derecirculação ou sua
drenagem
até o mar,drenagem
dos reservatórios porbombeamento
edrenagem
do canal de adução.Todas
estas opções sãocontroladas por
um
sistemade
comportas através de tábuas sobrepostas,regulando o nível
de água
na estação.A
estação conta atualmentecom
duasbombas
axiais de aço inoxidávelcom
60cm
de
diâmetro e dois motores elétricoscom
50CV
de potênciacada
Um.
[_ 3;? ¬
:.~
fz _. ., ' .Figura 22
-
Tubulaçãoda
bomba
chumbada
na parede.A
distribuição deágua
até os restambém
construídasem
en/atórios é feita através
de
2 galerias,concreto
armado
eque
passam
por sob os taludes.Depois disso,
a
água
passa ao canalde
abastecimento e entra nos viveiros deproduçao por gravidade, haja visto u elevado.
za~¬' "I Ê* .z.›.~ 'far' f -*-'z
:
fig
Figura 23
-
Galerias utilizadas para abastecimento dos reservatórios.3.7
-
Ensaibramento
dos
taludesLogo
após o términoda
terraplanagem, e assimque
possível o tráfegode veiculos por sobre os taludes, é desejável
que
eles sejam Iastreadoscom
saibro, para
que
forneçam mais segurança aos veículosque
irão transitar sobreeles.
Na
FAZENDA
DO
PONTAL
foram ensaibrados inicialmente os taludesque dão
acesso às comportasde
despesca,à
estaçãode
bombeamento
e àsub-estação
de
energia. Isto porque são acessosque
serão transitados por1”
WI'
O
~
Brauorecâ
zzí3C,llzlUFi5fÍf
O
aterro foi trazido de forada
fazenda,de
uma
barreiraüpgruoçimrna ao local,por
uma
caçamba
com
capacidadede
5m3
_O
aterro era depositadoem
pequenos montes
pelacaçamba
e espalhado pelo trator agrícola,com
o auxíliode
uma
lâmina niveladora.Sendo
assim,a
lâmina nivelava o aterro e o própriopeso do trator
compactava
o material sobre os taludes.Desta forma, foi feita
uma
camada
com
cerca de 10cm
de
espessura deaterro compactado, suficiente para suportar o peso dos veículos
sem
que
elesatolassem.
_ _.-L.. .
Figura,24
-
Ensaibramento dos taludes.¡ -,
3.8
-
Instalação elétricaA
instalação elétrica da fazenda foi terceirizada e dividiu-seem
2 etapasdistintas: instalação da rede de alta tensão e instalação da rede de baixa
tensão.
A
rede de alta tensão consistiu na instalação dos postes, 2transformadores de 150 e 1 de 75 KVA, devidamente aterrados, além de cerca
de 3000 metros de cabos de alumínio.
Todo
processo levouapenas
2 dias desen/iço.
A
rede de baixa tensão foi feita através de eletrodutos dePVC
subterrâneos.
Foram
instalados vários refletores de400
W
e quadros decontrole para aeração mecânica.
Além
disso, a fazenda contoucom
uma
sub-estação abrigada,construída
em
alvenaria, para leitura doconsumo
da energiaem
alta tensão.3.9
-
Preparo
dos
viveirosO
preparo dos viveiros éuma
das etapas mais importantes do cultivopropriamente dito, pois ele está diretamente relacionado aos resultados obtidos
ao final do ciclo de produção.
Sendo
assim, deve-se dar especial atenção afatores
como
disponibilidade de alimento natural e nutrientes na água deabastecimento, existência ou não de predadores, competidores e patógenos no
interior dos viveiros, qualidade do solo do viveiro,
manutenção
de comportas etubulações, nivelamento e existência de poças no piso dos viveiros, etc...
O
preparo foi feito respeitando-se a seguinte ordem: revolvimento dosolo, calagem, lavagem dos viveiros,
secagem
dos viveiros, vedação dascomportas, colocação das telas, esterilização química e por último enchimento
35
3.9.1» Revolvimento
do
soloApesar do piso dos viveiros já haverem sido rotativados anteriormente,
optou-se por realizar esta operação
uma
última vez, já que a vegetaçãoencontrava-se
com
um
porte volumoso, além de ser esta,uma
práticaaltamente benéfica. Desta forma, utilizou-se o trator agricola juntamente
com
alâmina rotativa para executar a tarefa.
Os
pequenos
buracos existentes e queprovavelmente tornariam-se
em
poças depois de drenados os viveiros,eram
então eliminados após cada passada
com
o trator.3.9.2
- Calagem
A
calagemtambém
se constituinuma
etapa importantíssima, sendorealizada
com
a finalidade de corrigir opH
do solo dos viveiros, disponibilizarmicro e
macro
nutrientes que estavam estabilizados no meio, precipitar atravésda floculação partículas minerais
em
suspensão na coluna d'água e exterminarpelo câmbio repentino de pH, certos grupos de organismos indesejáveis ao
cultivo.
Segundo
BOYD
(1995), a aplicação de substâncias calcáriasquando
detectada
uma
acidez pronunciada dos solos de viveiros de produção deorganismos aquáticos, é bastante eficiente na sua correção.
A
calagemtambém
érecomendada quando
detectadas alcalinidades edurezas baixas na água dos viveiros.
Na
FAZENDA
DO
PONTAL,
realizou-se omapeamento
dopH
do solodos viveiros, fazendo-se alguns pontos de amostragens, para determinar a
quantidade certa de calcário a ser ministrada.
O
produto utilizado para a calagem do solo do viveiros foi o calcáriodolomítico, rico
em
Cálcio e Magnésio ecom
cerca de75%
deCaCO3.
Destaforma, o calcário foi aplicado manualmente, além do auxílio do trator agrícola.
A
quantidade de calcário utilizada foi de 2.000 Kg/ha, haja visto que opH
3.9.3
-
Lavagem
dos
viveirosLogo após a calagem dos viveiros, estes foram deixados
em
repouso porcerca de 30 dias,
tempo
suficiente para que o produto fizesse efeito.Terminado este prazo, realizou-se então a lavagem dos viveiros, prática
esta essencial para novos empreendimentos.
A
lavagem é feitacom
o intuitode se estabilizar a ecologia dos viveiros através da eliminação de compostos
tóxicos aos camarões,
como
ácidos e ferro por exemplo. Outra função dalavagem, é o estabelecimento no viveiro de comunidades de microorganismos
existentes na água, que servirão
como
fontes de alimento aos animais queserão cultivados.
No momento
da expulsão da drenagem,acabam
saindo junto à águarestos da vegetação existente, que acabariam fermentando e acidificando a
água de cultivo.
Dependendo
da região e da condição do viveiro, são necessárias váriaslavagens até que o viveiro esteja apto a ser enchido definitivamente.
Felizmente na
FAZENDA
DO
PONTAL,
uma
única lavagem nos viveirosfoi suficiente para nos mostrar que eles estariam prontos para o início de
operação, tendo
em
vista à coloração favorável e estabilização dopH
ealcalinidade da água.
3.9.4
-
Secagem
dos
viveirosA
secagem
dos viveiros é de tremenda importância no preparo destes,pois permite que haja
uma
troca gasosa entre o sedimento e o ar atmosférico.Além
disso éum
método
eficiente no combate de organismos indesejáveiscomo
predadores, competidores e organismos patogênicos. Outraconveniência, é a mineralização da matéria orgânica contida no fundo dos
viveiros.
A
formação de condições de anoxia ou redução,aumentam
a37
ao seu frequente hábito
de
enterrar-se no substrato, principalmente após asmudas(CIifford III, 1994).
Todavia, para nós, tendo
em
vistaque
os viveiroseram
novos, asecagem
sen/iu maiscomo
formade
combater organismos indesejáveisatravés
da
exposição à radiação dos raios solares e diminuição do volume daspoças,
que
receberão tratamento químico.1»
l .3.9.5
-
Vedação
das
comportas
A
vedação das comportas éum
processo realizado afim
de
se evitar aentrada
de água
até o interiordo
viveiro, otimizando sua secagem, efuturamente a saída
de
água,quando
eles estiverem cheiosA
vedação foi feita através da colocação de tábuascom
cerca de 20cm
de altura sobrepostas
umas
sobre as outrasem
meio aos frisos existentes nascomportas.
Na
primeira tábua, foi utilizadamassa
de telhacomo
elemento vedante,a
fim
de se evitar possíveis vazamentos. Tiras de sacos de ração e deespuma
também
podem
ser utilizados.3.9.6
-
Colocação das
telasde
proteçãoA
colocação das telas éuma
etapa fundamental no processo de preparodos viveiros, pois elas evitam a fuga dos animais confinados
bem
como
aentrada
de
organismos indesejáveis ao cultivocomo
larvas e ovos depredadores e competidores, elementos patogênicos e outros corpos
que
nãosejam interessantes
ao
cultivo.As
telas utilizadas nas comportasde drenagem tem
oespaçamento
entre nós
de 450
micrômetros e 1mm. Após
oscamarões
atingirem cerca de 1grama, as telas de
450
micrômetrospodem
ser retiradas e substituídas pelasde 1
mm. Quando
oscamarões
atingem cerca de 3 a 4 gramas, as telaspodem
ser substituídas por telas
de
3mm.
Em
épocasde
despesca as telas dacomporta
de drenagem
são substituídas por telas de 6mm
para permitirum
melhor fluxo de água, evitando assim seu rompimento.
Diariamente as telas precisam ser escovadas, permitindo desta forma,
sua desobstrução, facilitando a
passagem
deágua
durante a renovação eenchimento dos viveiros.
Nas
telas das comportas de abastecimento, pode-se utilizar 3 malhas39
com 3mm,
outracom
1mm
e a últimaum
bag
netcom
450
micrômetros, paraevitar o ingresso de organismos indesejáveis, sendo
que
dependendo
doestágio
de
adiantamento do cultivo, estebag
net pode ser retirado,aumentando
a vazãoda
comporta.Nas
frestas existentes entre os quadros das telas e a comporta, utilizou-se tiras
de
bidin, para evitar a fuga das PLs,que
devido ao seu diminutotamanho,
podem
circular livremente por entre estas.3.9.7
-
Esterilização químicaTambém
éum
processo importantíssimo e é feitocom
o intuito de seeliminar os organismos indesejáveis remanescentes nas poças existentes no
fundo dos viveiros através da adição de algum produto químico.
Segundo
BOYD
(1995), aságuas
podem
ser tratadascom
toxinas paraque patógenos e organismos selvagens sejam eliminados dos viveiros antes
de
seu povoamento.
A
toxina deve ser aquelaque
rapidamente se degradasem
deixar resíd uos tóxicos.
Na
FAZENDA
DO
PONTAL,
o produto químico utilizado foi o clorogranulado, devido à sua eficiência e
menor
impacto ambiental. Este foi diluídocom
água
e derramado sobre as poçasque
ainda restavam e abrigavam algumas formasde
vida.Alguns
segundos
após a sua aplicação, os animais remanescentesboiavam, garantindo a boa eficiência do produto,
que
não representa perigopara os animais
que
se pretende cultivar, pois poucotempo
depoisde
suautilização, este possui a capacidade
de
se volatilizar por completo.A
quantidade utilizada variou de acordocom
o volumede água
3.9.8
-
Colocação das
estacasdos
comedouros
Logo após a esterilização química, realizou-se a colocação das estacas
utilizadas para fixação dos comedouros.
As
estacas utilizadas consistiamem
bambus,
uma
alternativa barata, poiseram
encontradosem
abundância nopróprio local. Desta forma, estes foram balizados uniformemente pelo interior
de todos os viveiros, garantindo
que
o alimento artificial chegasse a todos osanimais confinados.
Recomenda-se
a utilização das bandejas na proporçãode
1 bandeja porhectare para cada
camarão
estocado por metro quadrado.Todath,
naFAZENDA
DO
PONTAL
foi utilizadauma
maior quantidadede
bandejas, nointuito
de
diminuir a competição por alimento no interior dos comedouros,fazendo
com
que
houvesseuma
concentração das classesde
pesode
camarão, ou seja, a intenção foi diminuir a disparidade de
tamanho
entre oscamarões
cultivados.41
3.10
-
Iníciode
operação
Depois
de
passar por todas estas etapas, finalmente os viveiros estãoprontos para
serem
enchidos e povoados, dando-se início ao cultivopropriamente dito.
3.10.1
-
Enchimento
e fertilizaçãodos
viveirosO
enchimento dos viveiros éum
processo realizadoem
conjuntocom
afertilização,
sendo
executadoem
três etapas.Os
fertilizantes são utilizados visandoum
input de nutrientes noambiente de cultivo,
que
seresume
em um
aumento
da concentraçãode
microalgas no interior dos viveiros,
que
por sua vez são a base de toda acadeia trófica do cultivo.
Segundo
VILLALON
(1991), o objetivo principalde
uma
rotina defertilizações é encorajar o crescimento do fitoplâncton,
e
posteriormente outrosorganismos que servirão
como
fontesde
alimento aos camarões. Igualmenteimportante é a redução
do
consumo
de
alimento artificial,sem
causar inibiçãono crescimento dos animais.
Mesmo
para os cultivos semi-intensivos, a participação da biomassaalimentar natural na
promoção do
crescimento e engorda doscamarões
émajoritária (MAlA,1993), e cuja contribuição percentual poderá atingir a cifra de
70%
(CSAVAS,
1993).Os
fertilizantes mais utilizados são a uréia, nitratode
cálcio e nitrato desódio
como
fontede
nitrogênio e o superfosfato triplo (SPT),como
fonte defósforo. Pode-se
também
utilizaralguma
fonte de sílica, durante a fertilização,Durante a fertilização, é desejável
que
se respeiteuma
relação entre osnutrientes N:P.
A
relação utilizada é de 10:1 (VILLALON, 1991). Tal relação éutilizada para beneficiar a proliferação
de
algas diatomáceas,que
por sua vez,são as algas desejadas no cultivo, devido ao seu excelente valor biológico.
A
quantidadede
fertilizantes utilizada é variável,dependendo
daquantidade já existente na própria
água
captada, para isto, é necessário sefazer
uma
análise prévia daágua do
estuário.Sendo
assim, executa-se o enchimento de 1/3 do volume total dosviveiros e aplica-se a primeira dose
de
fertilizantes. Pára-se o enchimento porcerca de 2 dias até
que
hajauma
resposta do desenvolvimento algal e torna-sea encher os viveiros até 2/3
de
seu volume total. Aplica-se asegunda
dose defertilizantes e espera-se
novamente
uma
resposta na concentração algal.Finalmente,
numa
terceira etapa preenche-se os viveiros até seu nívelmáximo
e realiza-se a última etapa da fertilização.
Para verificar se a concentração algal encontra-se
num
nível aceitável,utiliza-se o disco
de
Secchi,um
instrumento simples e de fácil leitura.Assim
sendo, a concentração algal estaria ideal no ambiente
de
cultivoquando
aleitura no disco de Secchi acusasse
uma
leitura de 30-
40 cm.É
comum em
viveiros novos, não se atingir esta leitura,
permanecendo
aágua
destescom
uma
transparência bastante elevada. Nestes casos, é desejávelque
se renoveuma
parte daágua
dos viveiros eque
se façam novas aplicações defertilizantes.
Também
deve-se dar bastante importância à coloração daágua
dosviveiros,
sendo que
esta deve apresentaruma
cor marrom-dourada,caracterizando a presença
de
algas diatomáceas.Depois
de
fertilizados, os viveirosdevem
passar porum
períodode
descanso, necessário para o desenvolvimento
do
zoopláncton, zoobentos,perifíton e
de
outras formas de vidaque possam
ser utilizadas peloscamarões
como
fonte de alimento. Tal período é obtido geralmente após 15 a 20 dias,43
3.10.2
- Povoamento dos
viveirosO
povoamento
é realizado após detectar-se suficiente quantidadede
alimento natural nos viveiros.
Os
viveiros são então estocadoscom
PLs
zu, fornecidas pelo Laboratóriode
Camarões
Marinhos.As
PLs
são transportadas até a fazendaem
caixastransporte isotérmicas
com
capacidade de400
litros e munidasde
aeraçãoforte e alimentação. Ainda no laboratório, as
PLs
sofremum
processo deaclimatação,
sendo
a temperatura daágua
de transporte rebaixada até cercade
20 -
22°C, procedimento este necessário para diminuir o metabolismo dosanimais, evitando o canibalismo e produção de metabólitos durante o
transporte.
Chegando
na fazenda, asPLs
são transferidas atravésde mangotes
de2” para caixas
com
capacidade de2000
litros,também
munidas de aeração, afim
de diminuir a concentração dos indivíduos no ambiente durante aaclimatação.
Deve-se procurar utilizar densidades baixas de
estocagem
durante aaclimatação, ou seja no
máximo 400
PLs/litro, afim
de
se evitar predação eprodução excessiva
de
metabólitos.Uma
renovação constante deágua
é necessária, afim
de
estabilizar osparâmetros da caixa
de
aclimataçãocom
os do viveiro.Os
parâmetrosutilizados são a temperatura, salinidade e pH, além do monitoramento do
oxigênio dissolvido e amônia, no interior da caixa.
Alimentação à base de biomassa de artêmia congelada
também
éfornecida durante toda a aclimatação, buscando diminuir o canibalismo e o
estresse
causado
durante o procedimento 0/ILLALON, 1991). Geralmente asaclimatações levam
em
torno de 2 a 4 horasdependendo
da época do ano,sendo desejável
que
a duração destas não seja inferior a 2 horas,mesmo
que
os parâmetros sejam semelhantes.
É
desejável aindaque
ospovoamentos
sejam feitos durante a noite,pH
dos viveiros, fazendocom
que
os parâmetros seaproximem
maisrapidamente, diminuindo o período
de
aclimatação.Após
os parâmetros utilizadosserem
exatamente iguais, retira-sealgumas
PLs
das caixas para posterior realizaçãodo
controle de sobrevivência.As
demaisPLs
são transferidas para o viveiro de engorda através do auxílio deum
mangote
flexível.3.10.3
-
Manejo
alimentarO
manejo alimentar é consideradocomo
um
dos pontos maisimportantes dentre todos os procedimentos adotados
em
uma
fazendade
produção
de
camarões, pois elechega
a representar cercade
35%
do
custode
produção total, no caso do cultivode camarões
marinhos.Sendo
assim, a alimentação éum
ponto chave para o sucessodo
empreendimento, principalmente nas fases mais adiantadas do cultivo, devidoà diminuição gradativa do alimento natural presente no viveiro face à predação
dos camarões, portanto o alimento artificial fornecido deve ser de altíssima
qualidade e deve satisfazer as exigências nutricionais da espécie cultivada.
Segundo
\/VYBAN&
SWEENEY
(1991), o fornecimentode
váriasrefeições diárias
aumenta
a taxade
crescimento de Litopenaeus vannameiquando
produzidosem
sistema semi-intensivo.O
número de
alimentaçõesdiárias oferecidas
em
viveirosde
produção de Santa Catarina, variaem
tornode 3 a 4,
podendo
ser reduzidos até 2 ou menos,em
períodos de baixatemperatura.
Segundo
MARTINEZ-CORDOVA
et al. (1998), a utilização decomedouros
em
cultivos de L.vannamei
demonstrouuma
maior eficiênciaem
relação
ao ganho
de peso, conversão alimentar, sobrevivência e produtividade,se
comparado
aos métodos tradicionaisque
utilizavam tabelasde
alimentaçãoe