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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE NÚCLEO DE GESTÃO ADMINISTRAÇÃO MARIA LIDIANE DE OLIVEIRA CHAGAS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE

NÚCLEO DE GESTÃO ADMINISTRAÇÃO

MARIA LIDIANE DE OLIVEIRA CHAGAS

PROCESSO DECISÓRIO SOB A ÓTICA DA BIBLIOMETRIA EM PERIÓDICOS DE ADMINISTRAÇÃO, NO PERÍODO DE 2003 A 2012

CARUARU

2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE

NÚCLEO DE GESTÃO ADMINISTRAÇÃO

MARIA LIDIANE DE OLIVEIRA CHAGAS

PROCESSO DECISÓRIO SOB A ÓTICA DA BIBLIOMETRIA EM PERIÓDICOS DE ADMINISTRAÇÃO, NO PERÍODO DE 2003 A 2012

Trabalho apresentado à Coordenação do Curso de Graduação em Administração, da Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico do Agreste, como requisito parcial para aprovação na disciplina do Trabalho de Conclusão de Curso.

Orientadora Dra. Maria das Graças Vieira.

CARUARU

2013

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Catalogação na fonte:

Bibliotecário Aécio Oberdam/CRB-4: 1895

C433p Chagas, Maria Lidiane de Oliveira.

Processo decisório sob a ótica da bibliometria em periódicos de administração, no período de 2003 a 2012 / Maria Lidiane de Oliveira Chagas - Caruaru: O Autor, 2013.

79f.; il.; 30 cm.

Orientador: Maria das Graças Vieira

Monografia – Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico do Agreste, Núcleo de Gestão - Curso de Administração, 2013.

Inclui referências.

Processo decisório. 2. Bibliometria. 3. Periódico científico. I. Vieira, Maria das Graças (Orientador). II. Título.

658 CDD (23. ed.) UFPE (CAA 2013-126)

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DEDICO este trabalho a todos aqueles que colaboraram para meu ingresso e conclusão neste curso, em especial a minha família e amigos.

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradeço Deus por ter me dado forças e entendimento para compreender cada dia de estudo, de dedicação, ou seja, foi quem me sustentou durante toda esta caminhada.

Também sou grata a minha mãe Celina por seu exemplo, amor incondicional, pelo esforço imensurável para moldar meu caráter e educar a mim e minha irmã com valores morais.

A minha irmã Liliane pelo companheirismo e ajuda que sempre tem me dado, sempre presente em todas as horas.

Além do mais, tenho imensa gratidão ao meu amigo Carlos pelo grande apoio para que este trabalho fosse concluído, mas também lhe agradeço por toda sua preocupação com a minha pessoa em todas as áreas de minha vida.

Não podendo deixar de fora desta lista meus preciosos amigos, os quais trilharam comigo a jornada de uma graduação árdua, mas recompensadora. Como minha querida amiga Rubiana sempre prestativa a me ouvir, minha amiga Vanuza que faz tudo na maior paciência e minha amiga Gisele com quem passei excelentes momentos.

Em especial, a minha orientadora Graça Vieira que no momento em que mais precisei me deu apoio para iniciar e concluir este trabalho.

A todos os professores que sempre estavam dispostos a promoverem meu aprendizado, cada um transmitindo o conhecimento por intermédio de suas habilidades.

A todos os funcionários da Compesa com quem realizei meu estágio, os quais me ensinaram através da convivência o que significa aplicar a teoria da gestão à prática empresarial.

Enfim, o sentimento de gratidão vai a todos que de modo direto ou indireto contribuíram para minha formação acadêmica e como cidadã.

Obrigada!

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Todas as vitórias ocultam uma abdicação.

Simone de Beauvoir

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RESUMO

O objetivo desta pesquisa foi de realizar um estudo bibliométrico em Processo Decisório em periódicos nacionais de Administração classificados pela CAPES como A2, B1 e B2. Trata-se de estudo quantitativo, de cunho exploratório e descritivo e analisado por meio da análise estatística com técnicas preconizadas pela Bibliometria. Para atingir este propósito foram coletados nos sites das revistas em estudo artigos científicos que continham em seu título ou palavra-chave a palavra „processo decisório‟ e/ou „decisão‟. Logo após a triagem dos trabalhos foram selecionados 39 artigos publicados entre o período de 2003 a 2012. A pesquisa mostrou que a maioria dos trabalhos possui natureza quanti-qualitativa, mas quando se trata do tipo de pesquisa prevalece a exploratória. Conquanto, o método mais utilizado foi a estudo de caso. Assim, os resultados obtidos mostram a necessidade de fomentar outras pesquisas na área com o fim de firmar redes de pesquisadores capacitados a promover uma integralização para o aprofundamento e troca de informações sobre processo decisório, promovendo uma estrutura teórica essencial sobre o andamento das pesquisas na área.

Palavras-chave: Processo decisório. Bibliometria. Periódico científico. Produção acadêmica.

(9)

ABSTRACT

The objective of this research was to perform a bibliometric study in Decision Making Process in national journals of Directors as ranked by CAPES A2, B1 and B2. This is a quantitative study of exploratory and descriptive research and analyzed by statistical analysis techniques established by Bibliometrics. To achieve this purpose were collected from the journals studied scientific articles that contained in its title or keyword word 'decision-making ' and / or ' decision' . Soon after the screening of 39 selected works were published between the period 2003 to 2012 items. Research has shown that most studies has quantitative and qualitative nature, but when it comes to the type of exploratory research prevails. While the most widely used method was the case study. Thus, our results demonstrate the need to foster further research in the area in order to establish networks trained to promote payment for deepening and exchange of information on decision-making researchers, providing an essential theoretical framework on the progress of research in the area.

Keywords: Decision making . Bibliometrics. Scientific journal. Academic production.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CAPES- Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior EBAPE.BR- Escola Brasileira de Administração Pública

G&T- Revista de Gestão & Tecnologia FGV- Fundação Getúlio Vargas

RAC- Revista de Administração Contemporânea RAP- Revista de Administração Pública

RAM- Revista de Administração Mackenzie

REGE-USP- Revista de Gestão da Universidade de São Paulo

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1- A tomada de decisão e ajuda ao decisor ... 21

Figura 2-Modelo da pirâmide ... 25

Figura 3-A tomada de decisão e os três níveis administrativos... 25

Figura 4- Modelo decisório ... 29

Figura 5- Modelo racional de tomada de decisão ... 30

Figura 6- Modelo decisório convencional ... 32

Figura 7- Modelo decisório dinâmico ... 33

Figura 8-Leis Bibliométricas ... 35

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1- Distribuição dos artigos por classificação ... 46

Gráfico 2- Distribuição dos artigos por ano ... 47

Gráfico 3-Estudos de caso por classificação ... 59

Gráfico 4-Estudos de caso por ano ... 60

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Periódicos pesquisados ... 44

Quadro 2- Autores por trabalho e classificação ... 48

Quadro 3- Autores por trabalho e ano ... 49

Quadro 4- Autores por instituição de origem segundo classificação ... 50

Quadro 5- Autores por instituição de origem segundo o ano ... 52

Quadro 6- Abordagem por classificação ... 55

Quadro 7- Abordagem por ano ... 56

Quadro 8- Tipo de estudo por classificação ... 57

Quadro 9- Tipo de estudo por ano ... 58

Quadro 10- Coleta de dados por classificação ... 61

Quadro 11- Coleta de dados por ano ... 62

Quadro 12- Temática por classificação ... 64

Quadro 13- Temática por ano... 65

(14)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 16

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ... 17

1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA ... 18

1.2.1 Objetivo Geral ... 18

1.2.2 Objetivos Específicos ... 18

1.3 JUSTIFICATIVA ... 18

2. REFERENCIAL TEÓRICO ... 20

2.1 ORIGEM E DEFINIÇÃO DO PROCESSO DECISÓRIO ... 20

2.2 O PROCESSO DECISÓRIO NAS ORGANIZAÇÕES ... 23

2.3 A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE DE TOMADA DE DECISÃO ... 26

2.4 O MODELO RACIONAL DA TOMADA DE DECISÃO ... 27

2.5 OS MODELOS DECISÓRIOS ... 28

2.5.1 O processo de resolução de problemas ... 29

2.5.2 O modelo racional ... 30

2.5.3 O modelo decisório convencional ... 31

2.5.4 Modelo decisório dinâmico ... 32

2.6 BIBLIOMETRIA ... 33

2.7 LEIS BIBLIOMÉTRICAS ... 35

2.7.1 Lei de Bradford ... 36

2.7.2 Lei de Lotka ... 37

2.7.3 Lei de Zipf ... 37

2.8 A CITAÇÃO, A COCITAÇÃO E A TEORIA EPIDÊMICA DE GOFFMAN ... 38

2.9 O PERIÓDICO CIENTÍFICO ... 39

2.9.1 Periódico científico eletrônico e sua evolução ... 39

3. METODOLOGIA ... 43

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 43

3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA ... 43

(15)

3.3 TIPO DE PESQUISA ... 43

3.4 AMOSTRA DA PESQUISA ... 43

3.5 INSTRUMENTO DA COLETA DE DADOS ... 44

3.6 LIMITAÇÕES ... 45

4 ANÁLISES E RESULTADOS DA PESQUISA ... 46

4.1 ANÁLISE DOS ARTIGOS EM PROCESSO DECISÓRIO ... 46

4.3 ASPESCTOS METODOLÓGICOS UTILIZADOS NOS ARTIGOS ... 55

4.4 TEMÁTICA ABORDADA ... 63

5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ... 67

5.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 67

5.2 RECOMENDAÇÕES ... 68

REFERÊNCIAS ... 69

APÊNDICE ... 75

(16)

1. INTRODUÇÃO

A gestão do processo decisório desperta grande interesse de acadêmicos e praticantes, pois esse tema se faz presente em todos os campos do conhecimento, devido sua abrangência, importância e destaque (ORDOOBADI, 2009; SALAS et al, 2010; KATSIKOPOULOS, 2011).

O processo decisório pode ser definido como um procedimento em que há pensamento e ação, e, por conseguinte uma escolha (SIMON, 1965). A escolha ou decisão corresponde a um processo que visualiza soluções e observa procedimentos de ação, além de implantar o plano mais viável para resolução dos problemas.

No entanto, para haver uma gestão eficaz das organizações é preciso eficiência no processo decisório com o auxílio de gerentes aptos a serem excelentes decisores. Mas, o tomador de decisão não necessariamente será o gerente, mas também, os próprios colaboradores (funcionários nos diversos níveis organizacionais) podem assumir este papel, porque estes também presenciam as situações cotidianas da empresa e necessitam juntamente com os gestores encontrar soluções para os problemas de suas próprias tarefas diárias.

Para Chen (2006) o processo de tomada de decisão é um dos aspectos mais importantes na vida dos indivíduos, fator que tem despertado a atenção de muitos pensadores.

Apesar dos estudos nacionais recentes na área de processo decisório, como os de Pereira, Löbler e Simonetto (2010); Corso e Löbler (2010a); Corso e Löbler (2010b); Visentini e Löbler (2010); Reis et al (2011); e Reis e Löbler (2012), ainda há a necessidade de expansão do conhecimento científico neste campo no tocante ao comportamento de indivíduos, grupos e organizações.

Diante desse contexto, este trabalho tem a missão de identificar, por meio das normas da bibliometria, qual o estado da arte em processo decisório nos seguintes periódicos de Administração do Brasil: na Revista de Administração Contemporânea (RAC), na Revista de Administração Pública (RAP), na Revista de Administração Mackenzie (RAM), no Cadernos EBAPE.BR (FGV.Online), na Revista de Gestão da USP (REGE) e na Revista Gestão &

Tecnologia (G&T), considerando o período de 2003 a 2012. Estes periódicos são considerados relevantes para o estudo em questão, pois a RAC e a RAP são classificadas pelo Qualis da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) como

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Qualis A2, enquanto a RAM e o Cadernos EBAPE.BR como Qualis B1; e a REGE-USP e a G&T como Qualis B2, todos de circulação nacional.

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

Pode-se afirmar que os estudos acerca do processo decisório têm crescido na última década, mas no Brasil esta área de pesquisa ainda não se encontra consolidada (LÖBLER, HOPPEN, 2004). E estes aspectos podem indiciar para certa dificuldade em estabelecer metodologias para a operacionalização nesta área de estudo, acarretando assim insuficiência de dados para o aumento do conhecimento acerca do tema.

A ausência de dedicação por parte de muitos estudiosos para desenvolverem pesquisas científicas acerca da temática em questão alavanca extremo atraso na sua maturidade científica. Pois, este é um ramo do conhecimento sobre o qual as organizações necessitam fazer uso frequente para atingir seus objetivos estratégicos com eficiência.

As organizações vivem hoje um cenário de constantes mudanças. Estas sofrem pressões tanto de seus problemas internos, quanto de dificuldades advindas de seu mundo externo (governo, mídia, fornecedores, economia etc.). E é este cenário, turbulento e inconstante, o qual impulsiona os tomadores de decisão na busca de uma maior proatividade (DRUCKER, 1998).

Como exemplo prático da deficiência de estudos no Brasil no campo do processo decisório pode-se citar a pesquisa realizada por Löbler & Hoppen (2004), onde numa avaliação realizada tendo como fonte de pesquisa os principais periódicos em Administração do país, no período de 1993 a 2002, houve apenas a identificação de 53 artigos publicados com diversas abordagens sobre processo decisório nas organizações. Ou seja, este baixo índice de publicações reflete a fragmentação existente no desenvolvimento desta área do conhecimento.

Desta maneira, o campo de estudo não consegue se desenvolver no mesmo ritmo que as demais áreas ligadas a esta de forma direta ou indireta. Assim, esta deficiência afeta não só os interessados no ramo do conhecimento em questão, mas também pode inibir o desenvolvimento dos campos de estudo interligados a este.

(18)

Em virtude disto, este trabalho busca investigar e identificar: Qual o estado da arte em processo decisório em revistas nacionais de Administração no período de 2003 a 2012?

1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA

1.2.1 Objetivo Geral

Identificar o estado da arte, através das normas da bibliometria, em processo decisório nas publicações ocorridas em revistas de Administração, considerando o período de 2003 a 2012.

1.2.2 Objetivos Específicos

 Realizar um levantamento dos artigos científicos publicados em periódicos brasileiros de Administração a respeito do tema processo decisório;

 Efetuar uma bibliometria nas publicações selecionadas, identificando o perfil metodológico utilizado e a temática relacionada predominante.

 Analisar os pontos fortes e os pontos fracos dos resultados obtidos na pesquisa.

1.3 JUSTIFICATIVA

O ato de tomar decisões é uma atitude inerente a qualquer atividade humana e uma ação presente em campos pluridisciplinares.

Sabe-se que existem muitas formas de avaliação do conhecimento científico e de como mensurar seu nível de informações. A geração de conhecimento, as discussões teóricas e constatações empíricas contribuem para os avanços científicos como meios que acrescentam novos elementos ao debate.

Na verdade, novos elementos são sinônimos de inovação. Novidades estas que com freqüência são divulgadas em eventos científicos, periódicos, congressos, palestras, exposições e outros canais de disseminação. Ou seja, este é um momento onde pesquisadores

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têm a oportunidade de expressar opiniões, críticas e qualquer outro tipo de informação que gerem aprendizagem e aumento de conhecimento.

Segundo Vieira (2003) a renovação e o vigor da produção científica no âmbito de cada programa de pós-graduação e pesquisa, ocorrem principalmente em função da própria produção científica e pelo o que ela reflete na forma de publicação científica.

Sendo assim, uma das maneiras de analisar o estado da arte de uma ciência é através do uso dos preceitos da bibliometria, o qual para Spinak (1996) e Tague-Sutckiffe (1992) é um estudo que analisa aspectos quantitativos da produção, disseminação e uso da informação registrada com emprego de métodos matemáticos e estatísticos.

Uma vez que o “artigo científico é parte de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento” (ABNT. NBR 6022, 2003, p. 2).

De acordo com Machado da Silva et al (1990, p. 11) um dos modos se analisar o estágio de desenvolvimento de um certo campo do conhecimento é por meio da análise de sua produção acadêmica. Pois, artigos publicados mostram, ao menos em parte, o estado de ebulição de uma área do conhecimento, suas tendências teóricas e metodológicas, suas dificuldades e incertezas, as perspectivas e abordagem mais usadas, os temas mais focados, todavia, exibem orientações básicas que dirigem os estudiosos do assunto.

Desta maneira, o desenvolvimento deste trabalho tem grande importância para o meio acadêmico e principalmente para as organizações, levando em conta que estes dependem de modo significativo do conhecimento científico sobre Processo Decisório na área da Administração para o alcance de seus objetivos estratégicos.

(20)

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Nesta seção do trabalho será realizada a definição do processo decisório, retomando a sua origem e destacando seus elementos. Logo depois, será demonstrada a importância deste processo de escolha no contexto das organizações. Como sequência ao trabalho também serão detalhadas a importância da informação e da comunicação como fatores relevantes no ambiente de tomada de decisão. Depois será mostrado o modelo racional de tomada de decisão seguindo com o detalhamento de seus modelos decisórios. Após isso, será apresentado o conceito da bibliometria. Em sequência ao trabalho serão mostradas as leis bibliométricas: a Lei de Bradford, a Lei de Lotka e a Lei de Zipf. E por fim, haverá alusão ao periódico científico destacando as revistas eletrônicas.

2.1 ORIGEM E DEFINIÇÃO DO PROCESSO DECISÓRIO

Durante a Escola Clássica ou Racional (1910 a 1950) poucos temas foram abordados de maneira tão técnica, fragmentada e unilateral como o processo decisório. Todavia, este campo começou a evoluir a partir dos anos de 1940, devido ao aumento dos problemas aplicados, ao desenvolvimento de novas técnicas administrativas, informacionais e a absorção de novos procedimentos quantitativos advindos da Matemática e da Pesquisa Operacional (MORITZ; PEREIRA, 2006).

O economista norte-americano Herbert Simon (1916 - 2001) criou a Teoria das Decisões, a qual usou para explicar o comportamento humano nas organizações, pois afirmava ele que o ambiente organizacional está permeado de decisões e ações oriundas de cada indivíduo de forma racional.

Segundo Shimizu (2006) o processo decisório envolve basicamente o problema, objetivos, alternativas, avaliação e a implementação da decisão.

Enquanto isso, Chaves et al (2012) afirmam que o processo decisório proporciona ao tomador de decisão uma melhor compreensão sobre o contexto a ser analisado, o que lhe permite um juízo de valores organizado para medir tudo o que considera relevante para que no fim ele esteja apto a fazer a escolha correta. Desta maneira, se entende que a etapa final deste processo, ou seja, o ato de escolher algo se restringe a ser apenas uma parte do processo decisório dentro de uma lógica de escolha dependente de fatores como o contexto, os interesses, a racionalidade, a sensação, a percepção, a crença e o estilo do decisor.

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Baseados nisto, muitas premissas dentro de uma organização são unidas para promover o processo decisório com excelência, o que pode ser observado no esquema a seguir proposto por Freitas (1993).

Situação: Informações Decisões Ações

Incerteza Complexidade

Fonte: FREITAS (1993, p. 74)

Na figura 1 pode-se analisar o processo de tomada de decisão no ambiente das organizações, onde se destaca muitas variáveis relevantes que influem neste processo. O tomador de decisão está no centro do processo e os esforços de todos os colaboradores devem ser despendidos para ajudá-lo neste momento através do uso das ferramentas da informação, racionalidade, valores, crenças, recursos e objetivos da organização.

O conceito de decisão pode ser tido como um comprometimento específico para a ação, quer dizer uma junção de recursos que se destinam a alcançar resultados (MINTZBERG et al, 1976).

Para Benakouche (2010) o ato de decidir geralmente é tido como a consequência de um debate, ou seja, de uma “batalha de argumentação” entre os membros do staff de uma

Figura 1- A tomada de decisão e ajuda ao decisor

A Tomada de Decisão

Critérios de racionalidade e eficácia Objetivos da organização

Valores Crenças Recursos

Raciocínio Conteúdo da

informação

Apoio ao decisor

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organização. Sendo assim, há informações e conhecimentos disponíveis, os quais muitas vezes necessitam ser bem estruturados para que a escolha ocorra de forma clara e seja regida pela razão e pela força.

De acordo com Pereira e Barbosa (2008, p. 1), existem três princípios gerais que baseiam as normas e procedimentos para a decisão:

[...] evitar a incerteza, adotando métodos como o feedback de curto prazo para desencadear a ação e impor regras para a tomada de decisão; manter as regras, buscando conservar procedimentos decisórios pelo máximo tempo possível para evitar a tarefa de re-elaborar todo o processo, e; usar regras simples.

Para Hammond et al (2004) é possível o processo decisório ser composto por oito elementos, os quais seriam eles:

 Problema: a problemática deve ter uma definição clara e abrangente, levando-se em conta a sua complexidade e evitando definições que impeçam os diferentes cursos de ação para seu enfrentamento;

 Objetivos: corresponde a definição daquilo que se almeja alcançar com a resolução do problema. Os objetivos são essenciais, porque estes guiam o esforço de avaliação de alternativas possíveis durante o processo decisório;

 Alternativas: os objetivos e os problemas estão ligados as alternativas, ou seja, representam as possíveis escolhas do tomador de decisão;

 Consequências: comparação das alternativas, visando ao atendimento dos objetivos definidos. Esse elemento do processo de decisão corresponde o entendimento das consequências inerentes à escolha de cada alternativa proposta;

Trade-offs: as decisões importantes podem trazer, geralmente, objetivos com muitos conflitos. Os trade-offs correspondem a uma análise que procura verificar o balanceamento entre a escolha das alternativas ante o atendimento dos objetivos;

 Incertezas: não é simples realizar um levantamento de todas as possíveis consequências para todas as alternativas. Há casos em que é necessário identificar as principais incertezas envolvidas no processo decisório, as suas possibilidades de acontecer e as consequências de cada resultado previsto;

 Tolerância ao risco: o tomador de decisão deve ter capacidade de lidar com os riscos inerentes a este processo;

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 Decisões interligadas: em diversas decisões, as alternativas escolhidas num certo momento geram alternativas disponíveis em um momento subsequente. Em problemas de decisão desse tipo, as decisões atuais possuem conexão com as posteriores.

O propósito destes elementos não é de fazerem a decisão difícil se transformar numa decisão fácil, mas sim de serem facilitadores do desenvolvimento do processo decisório em si.

Ou seja, são itens que podem ser utilizados como norteadores das atividades diárias dos tomadores de decisão, quer sejam estas rotineiras ou inovadoras.

2.2 O PROCESSO DECISÓRIO NAS ORGANIZAÇÕES

Muitas são as mudanças ocorridas nas últimas décadas na ordem social, política e econômica a nível mundial. Tais transformações foram as propulsoras das inovações nas estruturas organizacionais decorrentes principalmente das mudanças oriundas na área da tecnologia, nas formas de produção, nas relações entre mercados, nas ações governamentais, nas novas relações estabelecidas entre fornecedores e empresas, entre os próprios clientes que se tornaram mais exigentes.

Como ressalta Abell (1995), grandes mudanças vêm acontecendo nas organizações, processo, sistemas, participação, delegação, liderança, culturas corporativas e no modo de gerenciar seu capital intelectual, fazendo-se fundamental uma revolução no ambiente organizacional com o propósito de ter domínio sobre o presente e ao mesmo instante desenvolverem as atitudes para garantir o futuro. Logo, existe um sistema nas organizações que precisa ser observado e controlado com a ausência de incertezas e a presença de informações relevantes, para que haja antecipação as mudanças com o objetivo destas se manterem competitivas no mercado.

O processo decisório é não estruturado (SIMON, 1960), ou seja, é novo, incerto, algo que nunca ocorreu antes e para ele não existe um conjunto explícito e predeterminado de respostas ordenadas na organização (BATAGLIA, 2006).

Os objetivos estratégicos das empresas estão „recheados‟ de dificuldades diversas e em diferentes intensidades. Assim, duas são as formas de tomar decisões nas empresas: o enfoque tradicional - que tem a decisão como um ato isolado e individual; e o enfoque behaviorista - o qual considera o ambiente e a decisão como um ato coletivo e mais racional (CURY, 1983).

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Todavia, não basta apenas analisar como o líder organizacional deve atuar. A empresa deve oferecer um ambiente onde possam ser trabalhadas as potencialidades de seu pessoal promovendo a criatividade e o talento a partir da delegação de responsabilidades aos níveis mais baixos da organização, o que implica desenvolvimento de habilidades para a tomada de decisão (SOLINO; EL-AOUAR, 2001).

O desenvolvimento das habilidades dos indivíduos é essencial no processo decisório, ou seja, a preparação de todos os colaboradores da empresa deve ser constante a fim destes aprenderem a enfrentar cada situação no ambiente de trabalho do modo mais adequado. Pois, a decisão não é uma ação apenas válida para os grandes projetos empresariais, mas também para os pequenos projetos (DACORSO, 2000) onde em ambos os casos se faz necessário a participação de todos os membros da organização independente de seu nível hierárquico.

Para Chiavenato (1994) a hierarquia das decisões dentro da estrutura organizacional está dividida em três categorias: decisões estratégicas, decisões táticas ou gerenciais e decisões operacionais. Para o mesmo autor, as decisões estratégicas são aquelas que norteiam as decisões nos níveis intermediários e operacional com uma visão no longo prazo. Já a decisão tática envolve escolhas observando o curto prazo envolvendo o nível intermediário da organização, onde se preocupa com o conjunto de tomada de decisões envolvendo empreendimentos mais limitados, áreas menos amplas e níveis mais inferiores na hierarquia da empresa (CHIAVENATO, 1994). E por fim, Chiavenato (1994) afirma que as decisões operacionais são aquelas que necessitam de detalhamento de atividades e operações a serem executadas.

Cada um destes níveis organizacionais administrativos tem sua função específica, porém todos colaboram entre si para atingir os objetivos estratégicos da organização. Esta perspectiva pode ser visualizada também pela ilustração da pirâmide organizacional que representa a abrangência e importância das decisões dentro da organização.

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Figura 2-Modelo da pirâmide

Fonte: Adaptado de Kendall e Kendall, (1991, p.31) e Le Moigne, (1974, p. 63)

No entanto, o processo de tomada de decisão nestes três níveis administrativos também pode ser apresentado na forma de um continnuum. A figura 3 abaixo representa esta afirmação, onde o planejamento estratégico se situa em um dos extremos, enquanto que a administração de operações se localiza no outro extremo. Já os gerentes de nível médio encontram-se em um nível intermediário.

Figura 3-A tomada de decisão e os três níveis administrativos

Fonte: Kendall e Kendall (1991, p. 33)

(26)

Conquanto, a realidade de cada organização necessita ser observada com cautela pelo administrador por se tratar de um ambiente inconstante. O gestor precisa enxergar o que acontece no mundo (DRUCKER, 2001) a fim de saber aproveitar cada oportunidade com sabedoria.

2.3 A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE DE TOMADA DE DECISÃO

Tanto a informação como a comunicação são consideradas extremidades essenciais no contexto da tomada de decisão. De acordo com Valentim (2010) a informação é essencial para as ações da organização, levando em conta que toda ação origina-se de uma informação que por sua vez dá origem à uma nova informação. Diante disto, Gomes (2002, p. 18) diz que é possível determinar “as informações que deverão ser coletadas e analisadas sob a ótica da estratégia da empresa, de modo a auxiliar a tomada de decisão”.

Neste contexto, toda informação necessita ser gerida com excelência em qualquer tipo de ambiente, a fim de que não haja transmissão de mensagens com „falhas‟ entre os envolvidos no processo de escolha e acabe gerando mal-entendidos. E atrelado a isto, também cabe ao decisor saber atribuir a cada informação graus de relevância e propósito.

O responsável pela decisão deve demonstrar capacidade de refinar a informação, pois a grande quantidade de informações produzidas no cotidiano traz, de um lado, muitos benefícios, porém de outro modo, traz muitas responsabilidades aos responsáveis pelo processo de escolha (MORENO, 2009).

Candido, Valentim e Contani (2005) citam que a informação deve ter uma gestão de modo integrado, a fim de utilizá-la no processo decisório; a organização deve manter a sinergia entre todos os seus departamentos para garantir que haja compartilhamento de informações de modo seguro entre estes com o objetivo de assegurar sua sobrevivência, crescimento e evolução. Os mesmo autores continuam afirmando sobre a importância do uso de ferramentas de apoio á gestão estratégica da informação, de modo que possam contribuir para a seleção e filtragem da informação mais adequada à tomada de decisão.

A gestão estratégica da informação passou a ser o principal ativo para manter a competitividade nas organizações e sobrevivência num ambiente de negócios turbulento, inconstante e de rápidas mudanças. Sendo este, um diferencial que contribui para que o mundo dos negócios consiga enxergar as oportunidades e solução de problemas em tempo hábil.

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Já por intermédio da comunicação, as organizações juntamente com seus colaboradores permutam conteúdos, contextualizam entendimentos, orientam atividades, exercem influência, socializam-se, e ainda geram e mantêm sistemas e crenças, símbolos e valores (MORITZ; PEREIRA, 2006).

Segundo Angeloni (2003, p. 17) “dado, informação e conhecimento são elementos fundamentais para a comunicação e a tomada de decisão nas organizações”.

Sabe-se que a comunicação ocorre em todos os níveis da organização e está estabelecida em contextos diferentes, ou seja, cada situação exige uma forma comunicação diversa, além de contribuir para o contato social entre indivíduos.

A comunicação no ambiente organizacional pode acontecer por intermédio de dois sistemas diferentes: o formal e o informal. Para Carvalho e Tonet (1994) a comunicação formal é sistêmica entre a organização e o ambiente externo ou interno. Porém, para os mesmos autores a comunicação informal é tida como assistemática e não está sujeita a normas ou controles e ocorre por intermédio das relações de ajuda, simpatias, compadrios, boatos, etc.

Cabe afirmar que uma rede de comunicação informal não pode ser descartada, nem considerada menos importante.

No entanto, a excelente comunicação no ambiente organizacional produz qualidade, além de ser um fator crítico influenciador nas decisões tanto das organizações mais tradicionais quanto nas que buscam modelos de gestão mais avançados.

2.4 O MODELO RACIONAL DA TOMADA DE DECISÃO

O Modelo racional baseia-se na teoria microeconômica neoclássica, no qual a racionalidade é item fundamental para a tomada de decisão.

As pessoas procuram ter pensamentos racionais mesmo em contextos externos as empresas, mas a definição da racionalidade ocorre somente pelo contexto. E é no espaço das organizações que se defrontam múltiplas racionalidades.

A tomada de decisão implica no comprometimento em um processo em que a racionalidade, o tratamento de informações, a percepção e a sensação são exigidos ao extremo, na tentativa de minimizar riscos existentes e êxito nas ações.

Para Bernstein (1997) a racionalidade e a medição são fatores fundamentais para a tomada de decisão sob incerteza, todavia o comportamento racional faz com que as pessoas

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tratem as informações de forma objetiva e não tenham tendências obstinadas para o otimismo ou pessimismo; já os erros quando ocorrem são aleatórios.

Na verdade, a racionalidade procura eleger dentre diversas alternativas aquela que mais se encaixa em algum sistema de valores. Segundo March e Simon (1966, p. 174) a alternativa selecionada normalmente significa apenas a mais adequada entre as disponíveis, entretanto não quer dizer que irão ser atingidos por completo todos os objetivos pretendidos.

Baron (1994) considera que tanto para o pensamento quanto para as decisões, os métodos racionais são aqueles que geralmente melhor conseguem fornecer a uma pessoa a conquista de seus objetivos.

Todavia, a tomada de decisão de forma racional nas organizações surge devido ao seu cenário de incertezas, o que também faz surgir a necessidade de um decisor que pense racionalmente, ou seja, que deverá estar em consonância com as informações advindas do diagnóstico da problemática. De acordo com Choo (2003):

Para fazer uma escolha totalmente racional, o indivíduo teria de identificar todas as alternativas disponíveis, prever as consequências de cada alternativa e avaliar as consequências de cada alternativa e avaliar essas consequências de acordo com seus objetivos e preferências (CHOO, 2003, p. 265).

Logo, percebe-se que a capacidade de compreender e de escolher do gestor são desafiadas frequentemente a tornarem-se objetivas, pela necessidade da decisão ser racional diante do cenário de incertezas no qual estão inseridas as organizações. Apesar do uso da racionalidade pelo administrador, este poderá realizar suas escolhas baseado em crenças que, anteriormente, foram concebidas de modo irracional (BARON, 1994).

O ser humano tem limitações dentro do processo de escolha, e por isso ele busca os resultados mais aceitáveis aos objetivos estratégicos das organizações. Porém, a racionalidade do processo decisório surge de acordo a decisão do gestor, a partir de alternativas viáveis.

2.5 OS MODELOS DECISÓRIOS

O processo de tomada de decisão é algo constante nas atividades das organizações, e para que este tenha um resultado positivo é preciso que todos os envolvidos, independente de nível hierárquico, compreendam bem cada etapa deste processo.

As atitudes tomadas por cada administrador têm grande importância, pois devem coexistir mutuamente em sintonia com os objetivos almejados e o que a organização consegue realmente alcançar.

(29)

No entanto, os modelos decisórios podem ser identificados por intermédio de etapas ou fases, de acordo com a explicitação de cada autor, bem como pela denominação dada a cada um deles (VITAL, FLORIANI, VARVAKIS, 2010).

Segundo Maximiano (2004) o modelo decisório recebe o nome de „processo de resolução de problemas‟; para Stoner e Freeman (1995) „modelo racional de tomada de decisão‟; já Rezende (2005) descreve como „modelo decisório convencional‟ e „modelo decisório dinâmico‟.

2.5.1 O processo de resolução de problemas

No modelo decisório de Maximiano (2004) em cada fase exibida na figura está presente a questão de que o processo de tomada de decisão advém de uma situação desagradável, desfavorável, oportuna e desafiadora.

Fonte: Maximiano (2004)

Na primeira etapa da figura 4 se observa o surgimento do problema, onde se faz necessário a partir de então se tomar uma decisão. Na segunda fase do processo está o diagnóstico, o qual “procura entender o problema ou a oportunidade e identificar suas causas e consequências” (MAXIMIANO, 2004, p. 114). Já na terceira fase, a geração de alternativas, o mesmo autor diz que geralmente as alternativas já vêm junto com o problema ou oportunidade, e há casos em que não existe alternativas prévias, por isso é necessário ter ideias como pela técnica do brainstorming (tempestade de ideias). Todavia, na quarta fase do processo decisório está a escolha de uma alternativa, onde para o mesmo autor as alternativas são avaliadas, julgadas e comparadas, a fim de que escolha possa ser realizada. Logo, observa-se que neste modelo o homem é ícone principal deste processo.

2.5.2 O modelo racional

Figura 4- Modelo decisório Figura 4- Modelo decisório

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O segundo modelo descrito por Stoner e Freeman (1995), chamado modelo racional de tomada de decisão é um dos modelos mais conhecidos no processo decisório e composto quatro etapas ou fases.

Figura 5- Modelo racional de tomada de decisão

Fonte: Stoner e Freeman (1995)

Neste modelo de escolha racional, Stoner e Freeman (1995) afirmam que primeiramente é preciso examinar a situação através de três vias: (a) definir o problema; (b) identificar os objetivos da decisão e (c) diagnosticar as causas.

No segundo estágio é necessário se criar alternativas viáveis e múltiplas, antes de tomar qualquer decisão. Neste momento, também é oportuno aplicar as técnicas do brainstorming.

Já no terceiro estágio há a avaliação de alternativas e seleção da melhor. Aqui é sugerido aos tomadores de decisão a levantarem questionamentos sobre a exeqüibilidade da alternativa; da satisfação que a alternativa trará e suas conseqüências para o ambiente organizacional (STONER, FREEMAN, 1995). Os autores também propõem neste estágio a árvore da decisão como instrumento de avaliação das alternativas.

A árvore da decisão consiste em um modo gráfico de visualizar as conseqüências de decisões atuais e futuras, além de mostrar os eventos aleatórios relacionados. Ou seja, esta permite a conceptualização e o controle de uma boa quantidade de problemas de investimentos sujeitos a riscos, mas ela não apresenta todas as informações necessárias para a tomada de decisão.

No entanto, quanto ao quarto e último estágio se tem à implementação e monitoramento da decisão. Pois, implementar uma decisão é mais do que dar ordens adequadas, e os recursos devem ser conseguidos e postos segundo a necessidade (STONER,

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FREEMAN, 1995, p. 187). Logo depois, vem o monitoramento da decisão, onde se analisa fatores da organização internos e externos.

Stoner e Freeman (1995) afirmam que os desafios do uso do modelo racional de tomada de decisão criam uma imagem do tomador de decisão como uma supermáquina, todavia sabe-se que estes são na verdade seres humanos reais que não realizam todas as suas escolhas deste modo.

2.5.3 O modelo decisório convencional

O modelo decisório convencional também recebe a denominação de modelo mental trivial. Este modelo trata dados para serem convertidos em informações. Logo, as informações externas, ajudam os administradores a efetivarem algumas escolhas e consequentemente atuarem com base nisto. As ações trabalhadas pelos gestores trazem resultados, que sejam positivos ou negativos, retroalimentando este ciclo de decisões (REZENDE, 1999;

REZENDE; ABREU, 2003; REZENDE, 2003). A figura 6 ilustra o modelo decisório convencional proposto por Rezende (2005).

Segundo Rezende (2005) nesse modelo os dados são convertidos em informações e consequentemente em conhecimentos. Por conseguinte, é aceitável que os agentes realizem as escolhas e ações imperativas. E adiciona “as ações executadas pelos decisores ou gestores geram resultados, sejam positivos ou negativos, retroalimentando o ciclo decisório”.

(REZENDE, 2005, p. 46).

A retroalimentação é fundamental no processo decisório, principalmente porque os ambientes internos e externos estão sempre em constante mudança, tais como projetos, mercado, funcionários, fornecedores, bancos, concorrentes, e outros stakeholders.

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Figura 6- Modelo decisório convencional

Fonte: Rezende (2005)

É importante salientar que no modelo convencional sua aplicação ocorre em ambientes e situações rotineiras, as quais não precisem de análises profundas (REZENDE, 2005).

2.5.4 Modelo decisório dinâmico

Já quanto ao segundo modelo decisório dinâmico proposto por Rezende (2005), tem-se o mesmo ilustrado na figura 7.

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Figura 7- Modelo decisório dinâmico

Fonte: Rezende (2005)

No modelo decisório dinâmico as necessidades de informações produzem dados a serem trabalhados, com o fim de gerar novas informações oportunas, informações personalizadas, conhecimentos com padrões de excelência elevados.

De acordo com este modelo, Rezende (2005) afirma que as necessidades de informação devem ser modeladas a partir das exigências dos decisores e gestores da organização. O destaque neste modelo corresponde a necessidade de informação e não ao tratamento de dados.

Este modelo é uma excelente alternativa de administração para organizações de caráter público ou privado, sabendo que é essencial a identificação das informações.

2.6 BIBLIOMETRIA

No ano de 1917 Cole e Eales publicaram uma pesquisa sobre análise estatística da história da disciplina de anatomia comparada (SANCHO, 2002, p. 80; OKUBO, 1997, p. 10;

VANTI, 2002, p.153), e nesta pesquisa surgiu o conceito de bibliometria estatística. Todavia, tal expressão somente se transformou em disciplina no ano de 1969 por intermédio de Pritchard com a publicação de seu artigo intitulado Statistical Bibliography or Bibliometrics?, a respeito do qual estava a propor o uso de métodos quantitativos para analisar a produção escrita como o elemento principal da comunicação do conhecimento de Ciência, Tecnologia e Informação [C,T& I].

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Atualmente, este termo é designado apenas de bibliometria o qual corresponde a uma aplicação da matemática e de métodos estatísticos em substituição aos livros ou outros meios de comunicação (PRITCHARD, 1969). Ou seja, consiste numa técnica quantitativa e estatística que tem como objetivo mensurar índices de produção e disseminação do conhecimento, além de acompanhar o desenvolvimento de várias áreas científicas e os padrões de autoria, publicação e uso dos resultados de investigação, ou seja, o objetivo do estudo bibliométrico é mensurar a produção científica.

Diante disso, a bibliometria analisa por meio de uma técnica de pesquisa publicações em livros, relatórios e periódicos científicos através de métodos técnicos. Na visão de Daisy (2008) tal tema corresponde a:

uma avaliação quantitativa do progresso cultural do homem, incluindo ciência e tecnologia que pode ser revelada através de dados bibliográficos. Dados bibliográficos são aqueles que podem ser coletados ou decifrados a partir de diferentes parâmetros, que podem ser atribuídos para um documento.

Os estudos bibliográficos têm sido ultimamente utilizados em vários campos do conhecimento como maneira de se obterem indicadores para a avaliação da produção científica. Logo, muitos são os motivos para a aplicação de estudos bibliométricos, Saes (2000, p. 10-11) os resumem em apenas dois:

 “o propósito de analisar o tamanho, o crescimento e a distribuição da bibliografia científica (livros, revistas, patentes e outros), com o objetivo de aprimorar as atividades de informação, de documentação e de comunicação científica;”

 “também para analisar os procedimentos de geração, de propagação e de utilização da literatura científica, com o fim de se conhecerem os meios da investigação científica enquanto atividade social, e a dinâmica e a estrutura dos grupos de investigadores que produzem e utilizam esta literatura.”

Quanto a divisão dos estudos bibliométricos estes podem ocorrer em dois planos: o macroplano e o microplano. No tocante ao macroplano, diz Boyack et al. (2002) que este busca encontrar unidades básicas estruturais de uma ciência, suas inter-relações e redes, o que ocorre em escala global. Já o microplano engloba a maioria dos mapas de conhecimento e busca propor o melhor conhecimento possível de um domínio disciplinar específico com o fim de comunicar o seu estado da arte (BOYACK et al., 2002).

Assim, a análise bibliométrica é relevante para compreender o desenvolvimento da ciência e de seus resultados em si. Segundo Santos et al. (2007) os indicadores de produção

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científica de um país ou instituição proporcionam ter-se uma visão minuciosa dessa produção e, através destes, analisar o estado da ciência e tecnológico, produzindo algo como um raio-x da atividade técnico científica, diante de uma linguagem que proporciona comparar a produção de um país em relação à de outro ou do restante do mundo, entre instituições, além de cientistas entre si.

A aplicação da bibliometria tem hoje o papel fundamental de elaborar previsões e apoiar tomadas de decisão, além de ser de acordo com Cardoso et al. (2005) um instrumento para análise dos fenômenos da comunicação científica, a qual mostra-se como uma metodologia útil para se avaliar os impactos das teorias e autores, demonstrando as variações e suas tendências.

2.7 LEIS BIBLIOMÉTRICAS

O desenvolvimento bibliométrico ocorreu diante da elaboração de leis empíricas sobre o comportamento da literatura (EGGHE, 2005). No entanto, como disciplina científica esta se desenvolveu em três leis básicas que referenciam os estudos de modo sistemático, as quais foram advindas de três estudiosos que se destacaram por suas pesquisas Bradford, Zipf e Lotka, geralmente relacionadas à produção científica.

A mais conhecida é a Lei de Bradford (produtividade de periódicos) ou Lei de Dispersão, a qual mede o nível de importância dos periódicos sobre certa área (ACEDO;

CASILLAS, 2005). Enquanto isso, a Lei de Lotka (produtividade de autores) ou Lei do Quadrado Inverso descreve a produtividade e as citações de autores por intermédio de um modelo de distribuição de tamanho-frequência em um conjunto de pesquisas, mostrando aspectos de coautoria. Já a Lei de Zipf (freqüência de ocorrência de palavras) ou Lei do Mínimo Esforço, procura medir a quantidade de ocorrências das palavras em diversos textos, promovendo uma lista de terminações de um certo assunto ou palavra, sendo usada para analisar qual temática é mais evidenciado nos trabalhos (EGGHE, 2005).

Figura 8-Leis Bibliométricas

Fonte: Adaptação de Guedes e Borschiver (2005)

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2.7.1 Lei de Bradford

Em um trabalho pioneiro ocorreram as primeiras análises de Bradford sobre a dispersão de artigos em 1934, mas este estudo apenas foi consolidado como lei em 1948.

Logo, afirma Pinheiro (1983) a respeito desta lei que:

Se os periódicos forem ordenados em ordem de produtividade decrescente de artigos sobre um determinado assunto, poderão ser distribuídos num núcleo de periódicos mais particularmente devotados a esse assunto e em diversos grupos ou zonas contendo o mesmo número de artigos que o núcleo, sempre que o número de periódicos e das zonas sucessivas for igual a 1:n:n² (....)

Cabe ressaltar, que Bradford foi um especialista da informação da Biblioteca do Museu de Ciências, na Inglaterra, o qual observou que revistas de resumos publicavam menos da metade dos documentos úteis a serem publicados. Diante desta perspectiva, muitos documentos ficavam sem utilidade pelos usuários e não eram de conhecimento do público.

Para o autor, estas omissões seriam oriundas do fato dos serviços de resumos se concentrarem nos periódicos dedicados ao assunto de seu interesse específico, acrescentando somente alguns poucos especializados em outras áreas ligadas mais de perto a esse tema. Isto não seria suficiente para extrair a maioria dos artigos publicados sobre o assunto. Ademais, livros, folhetos, especificações de patentes e semelhantes eram ignorados pelos serviços de resumos.

Diante deste contexto, Bradford se pronuncia sobre a necessidade de identificar a dispersão dos artigos sobre certa área, divulgados estes em revistas de especializações diversas, pois os campos científicos estão interrelacionados, a fim de que grande número de artigos importantes possa ser recuperado, além daqueles publicados em periódicos dedicados especificamente á área de interesse.

Segundo a Lei de Bradford na proporção que os primeiros artigos sobre uma nova temática são desenvolvidos e tais submetidos a alguma seleção, por revistas especialistas, e se aceitos, tais revistas atraem cada vez mais artigos no transcorrer do desenvolvimento da área do tema. Ao mesmo tempo outros periódicos divulgam seus primeiros artigos sobre o assunto. E se tal tema continua se aperfeiçoando acarreta eventualmente em um núcleo de periódicos, os quais correspondem as revistas com mais produtividade em termos de publicações sobre tal assunto. 1

1 Localização em uma lista, confeccionada segundo a ordem decrescente de freqüência de ocorrência das palavras, que compõem um determinado texto.

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2.7.2 Lei de Lotka

A lei de Lotka está relacionada à produtividade dos autores e baseada no fato de que poucos são os pesquisadores que muito publicam e muitos são aqueles que publicam em pequena quantidade (VOOS, 1974).

Lotka (1926) com o objetivo de estabelecer a parte com que homens de diversas qualidades contribuem para o desenvolvimento científico, propôs os fundamentos da lei do quadrado inverso, onde o número de autores que fazem n contribuições em um certo campo científico é aproximadamente 1/n² e que a proporção daqueles que fazem uma só contribuição é de mais ou menos 60%. E este pressuposto que tem sido chamado de lei de Lotka ou lei do quadrado inverso.

Entretanto, desde que este estudo foi proposto muitas foram as pesquisas desenvolvidas relacionadas ao assunto, com o fim de pesquisar a produtividade dos autores em diversos campos de estudo. Segundo Urbizagástegui & Lane (2002), cerca de 250 trabalhos, dentre artigos, capítulos de livros, monografias e outros até dezembro de 2000, foram produzidos com o objetivo de criticar, replicar ou reformular este modelo bibliométrico. Contudo, independente da grande quantidade de pesquisas efetuadas sobre a lei de Lotka ainda existem contradições que permeiam o tema.

2.7.3 Lei de Zipf

A lei de Zipf foi formulada na década de 1940, a qual rege a dimensão, relevância ou frequência dos elementos de uma lista ordenada. Zipf observou que, num texto suficientemente longo, existia uma relação entre a frequência que uma dada palavra ocorria e sua posição na lista de palavras ordenadas segundo sua frequência de ocorrência. Essa lista era confeccionada, levando-se em conta a frequência decrescente de ocorrências. À posição nesta lista dá-se o nome de ordem de série (rank). Assim, a palavra de maior frequência de ocorrência tem ordem de série 1, a de segunda maior frequência de ocorrência, ordem de série 2 e, assim, sucessivamente.

A lei de Zipf também é chamada de Lei do Menor Esforço, a qual se divide em (GUEDES; BORSCHIVER, 2005):

a) Primeira Lei de Zipf: esta afirma que o produto da ordem de série de uma palavra multiplicado pela frequência de ocorrência era aproximadamente constante.

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Representada pela seguinte fórmula: r . f = c, onde r = produto; f = frequência; c = constante.

b) Segunda Lei de Zipf: a segunda lei afirma que “em um determinado texto, várias palavras de baixa frequência de ocorrência (alta ordem de série) têm a mesma frequência” (GUEDES; BORSCHIVER, 2005, p. 6). Tal lei foi mudada em 1967 por Booth, que teria que fornecer o comportamento típico das palavras de alta frequência, ou seja, o número de palavras que tem frequência n tenderia a 1. Sua representação matemática é a seguinte:

2.8 A CITAÇÃO, A COCITAÇÃO E A TEORIA EPIDÊMICA DE GOFFMAN

As leis bibliométricas utilizam a análise matemática e estatística de dados para analisar e mensurar a produção científica sobre uma determinada área de estudo. Diante deste pressuposto, destacam-se alguns importantes princípios da bibliometria: a citação, a cocitação e a teoria epidêmica de Goffman.

A verificação da citação constitui uma técnica que permite a identificação de diversos padrões na produção do conhecimento científico, sendo estes: autores mais citados, mais produtivos, elite de pesquisa e origem geográfica (ARAUJO, 2006). No entanto, as citações permitem a procura e o acesso ao artigo citado, indicando a utilização desse artigo pelo artigo citante.

Quanto a cocitação esta mensura o nível de ligação entre dois ou mais artigos de acordo com o número de documentos que os citam (GUEDES; BORSHIVER, 2005). A observação da cocitação se faz necessária na proporção que se identifica grupos de conhecimento ou frentes de pesquisas, propostos por grupos de autores que constantemente se referenciam.

Já a Teoria Epidêmica de Goffman, a qual cita Guedes e Borshiver (2005) que se baseia na analogia entre a transmissão de uma doença infecciosa e a transmissão e desenvolvimento de ideias, informações registradas, em uma comunidade científica.

De acordo com o Modelo proposto por Goffman as ideias científicas são infecciosas e repassadas de modo direto, dialogado, ou em artigos de periódicos, para certo público. Aqui,

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por intermédio da análise matemática, Goffman detectou as condições de “controle” da epidemia, ou seja, o motivo de aumento e decréscimo, de uma determinada área do conhecimento, além de ter proporcionando a definição das condições sob as quais a epidemia declinaria e se tornaria estável (PAO apud GUEDES; BORSHIVER, 2005).

A teoria de Goffman permite calcular os níveis de relevância de linhas de pesquisa, em uma certa área de estudo, e prognosticar o comportamento dessas linhas de pesquisas (GOFFMAN apud GUEDES; BORSHIVER, 2005).

2.9 O PERIÓDICO CIENTÍFICO

Os periódicos científicos são meios de divulgação do conhecimento para promover o progresso da ciência, muitas vezes publicando novas pesquisas, além de ter uma divulgação mais rápida em comparação aos livros.

Para Garvey (1979) a comunicação científica pode ser conceituada como o grupo de atividades ligadas à produção, disseminação e utilização da informação, a partir de quando cientista tem a ideia de pesquisa até o momento em que a informação sobre os resultados seja aceito como formador do conhecimento científico.

Já para Fachin e Hillesheim (2006) periódicos ou revistas científicas são publicações seriadas, independente dos suportes, nas quais vários autores, sob coordenação de um ou mais editores, publicam o resultado de suas pesquisas. Diante disso, se analisa que existe hoje uma grande demanda dos cientistas que buscam divulgar suas pesquisas em revistas. Todavia, muitas das revistas são especializadas em uma determinada área do conhecimento, porém também existem aquelas que abordam vários campos de pesquisa.

Uma das funções do periódico científico consiste em promover a ascensão do cientista no que tange a promoção, reconhecimento e alcance de poder em seu meio (ZIMAN, 1979).

Mas também, é relevante destacar que as publicações científicas também promovem a disseminação de informações históricas, metodológicas, pedagógicas, dentre outras.

2.9.1 Periódico científico eletrônico e sua evolução

De início o periódico científico eletrônico teve uso como um recurso alternativo aos periódicos impressos. Logo, com o passar do tempo foram se consolidando no meio da

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ciência sendo cada vez mais utilizados e tidos como um meio de divulgação respeitável e notório.

Os periódicos eletrônicos são edições de uma revista na Internet, nos quais há a disponibilização de documentos eletrônicos em formato digital. Segundo Kling e McKim (1999, p.891) a publicação eletrônica é “um documento primariamente distribuído através de meio eletrônico. O meio de distribuição é um fator que define sua natureza, pois uma publicação eletrônica pode ser impressa, a posteriori, para leitura e circulação”.

No final da década de 80 e início dos 90 houve a liberação da Internet para fins comerciais, e assim ocorreu um ápice na publicação de periódicos eletrônicos. A partir de então, iniciou-se o desenvolvimento de vários meios de divulgação do conhecimento científico por meios eletrônicos, como pode ser observada esta evolução na figura 9.

Figura 9: Momentos marcantes na evolução do periódico científico, do suporte impresso ao eletrônico

Fonte: Oliveira (2006a, p.46)

Analisando a figura 9 observa-se que a partir da década de 80 o surgimento dos principais meios eletrônicos de divulgação científica, sendo estes:

 O CD-ROM: a utilização deste suporte em sua grande maioria foram apenas imagens escaneadas das publicações impressas, contendo links entre a descrição bibliográfica e os resumos dos artigos e a imagem do texto. A vantagem deste meio foi ter proporcionado a primeira experiência no uso do meio eletrônico (BARNES, 1997);

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 A Popularização do P. E. : no início da década de 90 surgiram os primeiros projetos de disponibilização de Periódicos Eletrônicos (P. E.), alguns já encerrados e outros ainda ativos, como por exemplo: Adonis Project; TULIP Project – The University Licensing Program; Red Sage Eletronic Journal Project; SuperJournal Project; etc.

(OLIVEIRA, 2008b);

 A Open Archives Iniciative – OAI (Iniciativa de Arquivos Abertos): criada em 1991, baseada em instrumentos e processos como: auto-arquivamento pelos autores, metadados padronizados para descrição, acesso livre á produção científica, protocolo de interpolaridade entre divergentes arquivos (OLIVEIRA, 2008b). Além disso, também proporciona novas maneiras de disponibilização de publicações na Internet, como repositórios institucionais, edição de revistas científicas, repositórios de e- prints, gestão de eventos (WEITZEL, 2005);

 A Scientific Electronic Library - Scielo: é uma biblioteca eletrônica que abrange uma coleção selecionada de periódicos científicos de acesso livre a qualquer indivíduo.

Teve início em 1998 como um projeto de pesquisa da FAPESP em parceria com a BIREME, e logo a partir de 2002 passou a contar com a ajuda do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq;

 Programa Biblioteca Eletrônica – ProBE: foi um programa iniciado em 1999 com duração até o ano de 2002, onde havia um consórcio de oito instituições fundadoras (FAPESP, USP, UNICAMP, UNESP, UFSCar, UNIFESP, ITA e BIREME/OPAS/OMS). Em sua existência, o programa deixou disponível aos usuários das instituições do consórcio o acesso a mais de 2000 títulos de periódicos estrangeiros;

 O Portal de Periódicos da Capes: este portal proporciona acesso a artigos completos de mais de 9600 periódicos nacionais e internacionais e 90 bases de dados de resumos, nos mais variados campos do conhecimento;

 O Ulrich’s International Periodicals Directory: este é um diretório desenvolvido em 2006 que possui uma versão online para suas publicações chamada de Ulrichsweb, com cobertura internacional com foco em publicações em língua inglesa. Sua versão online conta atualmente com mais de 300.000 periódicos ativos e atuais.

Logo, diante das facilidades de acesso ao conhecimento científico que a Internet proporcionou ao mundo acadêmico e da ciência, o número de leitores somente têm crescido assim como aumentado o número de publicações qualificadas. Outra vantagem é a redução de

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custos para as revistas que não possuem mais o formato impresso, apesar de ainda existir um público prioriza somente periódicos impressos.

(43)

3. METODOLOGIA

Nesta parte do trabalho serão apresentadas: a classificação da pesquisa, a abordagem da pesquisa, o tipo de pesquisa realizado nos periódicos científicos selecionados para estudo, quais as revistas objetos da pesquisa, os instrumentos de coleta de dados utilizados e as limitações.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

Esta pesquisa é classificada quanto aos meios como bibliográfica. Segundo Lakatos e Marconi (1991), a pesquisa bibliográfica é apresentada como sendo de fontes secundárias, e inclui toda a bibliografia já publicada em relação ao tema em estudo.

3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA

De modo tradicional, a pesquisa exibe a abordagem quantitativa que faz uso de dados numéricos e estatísticos para assegurar sua representatividade.

No entanto, a pesquisa realizada foi descrita de caráter quantitativo.

3.3 TIPO DE PESQUISA

Neste estudo está sendo utilizada a pesquisa descritiva, a qual mostra as características de certa população ou de determinado fenômeno (VERGARA, 2009). Sendo esta que dá suporte a abordagem quantitativa.

3.4 AMOSTRA DA PESQUISA

Com o propósito de alcançar o objetivo do presente estudo, efetuou-se um levantamento sobre a produção científica brasileira relacionada a temática do processo decisório. Diante disto, pesquisou-se artigos publicados em periódicos nacionais classificados na lista Qualis 2012 da Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES), como A2, B1 e B2, no período compreendido entre 2003-2012.

(44)

A escolha dos 6 (seis) periódicos para estudo mostrados no Quadro 1 foram selecionados de modo aleatório e por conveniência devido serem destaque nas publicações do campo da Administração no país, além de obterem pontuação Qualis significativamente superior.

Qu adr o

1- Per iódi cos pes qui sad os

Fonte: Adaptado pelo autor da classificação WebQualis 2010-2012.

3.5 INSTRUMENTO DA COLETA DE DADOS

A captação dos dados foi realizada por intermédio de pesquisa eletrônica nas bases de dados dos periódicos. Por haver um curto espaço de tempo para produção deste trabalho foi determinado como critério de busca todos os trabalhos publicados entre 2003 e 2012, que continham as palavras “decisão” e/ou “processo decisório” no título ou na palavra-chave, totalizando assim 58 trabalhos.

Depois da coleta dos artigos procedeu-se a leitura dos resumos, problematização e metodologia, sendo que em certos casos houve a leitura integral dos trabalhos para uma melhor compreensão. Entretanto, apesar de muitos artigos conterem os dados desta pesquisa,

PERIÓDICOS

RAC. Revista de Administração Contemporânea A2

RAP. Revista Brasileira de Administração Pública A2

RAM. Revista de Administração Mackenzie B1

Cadernos EBAPE.BR (FGV. Online) B1

REGE. Revista de Gestão USP B2

Revista Gestão & Tecnologia (G&T) B2

Referências

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