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PORTUGUÊS. INSTRUÇÃO: As questões de 1 a 8 relacionam-se com o texto abaixo. Leia-o com atenção e responda: Excluídos

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Texto

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PORTUGUÊS

INSTRUÇÃO: As questões de 1 a 8 relacionam-se com o texto abaixo. Leia-o com atenção e responda:

Excluídos

DE ALGUM tempo para cá, a parte da sociedade que mora em favelas e bairros pobres é qualificada como "excluída". Ou seja, os moradores da Rocinha e do Vidigal, por exemplo, não vivem ali porque não dispõem de recursos para morar em Ipanema ou Leblon, e sim porque foram excluídos da comunidade dos ricos. E eu, com minha mania de fazer perguntas desagradáveis, indago: mas alguma vez aquele pessoal da Rocinha morou nos bairros de classe média alta e dos milionários? Afora um ou outro que possa ter se arruinado socialmente ou que tenha optado por residir ali, todos os demais foram levados a isso por sua condição econômica ou porque ali nasceram. Então por que considerá-los "excluídos", se nunca estiveram "incluídos"?

No meu pouco entendimento, excluído é quem pertenceu a uma entidade ou a comunidade e dela foi expulso ou impedido de nela continuar. Quem nunca pertenceu às classes remediadas ou abastadas não pode ter sido excluído delas.

Mais apropriado seria dizer que nunca foi incluído. Ainda assim, se não me equivoco, incorreríamos em erro. Senão, vejamos: a Rocinha, o Vidigal, o Borel e a favela da Maré fazem parte da cidade do Rio de Janeiro, não fazem? Seria correto afirmar, então, quer seja do ponto de vista urbanístico, quer do demográfico e social, que o Rio são apenas os bairros em que reside a parte mais abastada da população? Se fizermos isso, então, sim, estaremos excluindo parte considerável do território e da gente que constitui a cidade do Rio e que, portanto, pertence a ela.

Consideremos agora a questão de outro ponto de vista. Nos morros e favelas da cidade residem cerca de 1 milhão de pessoas, que têm vida social ativa, pois trabalham, estudam, participam de organizações comunitárias e recreativas. A maioria delas trabalha fora de sua comunidade, no comércio, na indústria, no serviço público, ou desenvolve atividade informal. Logo, participa da vida econômica, cultural e esportiva da cidade. Em que sentido, então, essa gente estaria excluída? Não resta dúvida de que as famílias faveladas, na sua ampla maioria, vivem em condições precárias, tanto no que se refere ao conforto domiciliar quanto à alimentação, às condições de higiene e saneamento, educação, saúde e segurança. Mas não estão excluídas da preocupação dos políticos que, na época das eleições, vão até lá em busca de votos. Há, nessa comunidade, cabos eleitorais, pessoas que atuam em associações de bairro e fazem a ligação com os centros políticos de poder. É certo que a grande maioria dessa gente não participa da vida política, mas isso ocorre também com as demais pessoas, morem onde morarem. Por todas essas razões, somos obrigados a concluir que os pobres e favelados estão incluídos na vida econômica, social e política da sociedade.

No entanto, isso não significa que estejam em pé de igualdade com as pessoas das classes médias e ricas. Não estão e, na sua grande maioria, descendem de gerações de brasileiros que tampouco gozaram dessa igualdade. Muitos descendem de antigos escravos e de brancos pobres que, pela carência de meios e pela

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econômica e socialmente. Eles não foram excluídos simplesmente porque jamais estiveram incluídos entre os mais ou menos privilegiados.

Por que, então, cientistas políticos, sociólogos e jornalistas, entre outros, falam de exclusão social? Por ignorância não será, já que todos eles estão a par do que, bem ou mal, tentei demonstrar aqui. Creio que, consciente ou inconscientemente, procura-se levar a sociedade a pensar que a desigualdade social não é conseqüência de fatores objetivos, do sistema econômico, mas sim resultado da deliberação de pessoas cruéis que empurram os mais fracos para fora da sociedade e os condenam à miséria.

Em vez de admitir que esse sistema, por visar acima de tudo o lucro e ser, por definição, concentrador da riqueza, é que dificulta, ainda que não impeça, a ascensão dos mais pobres, procura-se fazer crer que a desigualdade é fruto de decisões pessoais. Ignora-se que, no sistema capitalista, quem não tem emprego também está incluído nele, como exército de reserva de mão-de-obra, com a função de pressionar o trabalhador e limitar-lhe as reivindicações. A eliminação da miséria beneficia o sistema pois amplia o mercado consumidor. O empresário pode ser, como você ou eu, bom ou mau, generoso ou sovina, mas, como disse Marx, "o capital governa o capitalista". O problema está no sistema, não nas pessoas.

Ferreira Gullar

Disponível em: http//cronicasbrasil.blogspot.com/2008 Acesso em: 19/12/2008

01- “No meu pouco entendimento, excluído é quem pertenceu a uma entidade ou a

comunidade e dela foi expulso ou impedido de nela continuar. Quem nunca pertenceu às classes remediadas ou abastadas não pode ter sido excluído delas.”

Em relação ao trecho acima o autor apresenta um ponto de vista que a) Busca explicar a desigualdade social no Rio de Janeiro.

b) Busca alertar a sociedade sobre os excluídos.

c) Busca questionar o conceito recente de excluído utilizado pela sociedade.

d) Busca orientar os profissionais da área social sobre a vida dos excluídos.

02- Com base na leitura do texto é incorreto a seguinte afirmação a) Na realidade os excluídos nunca foram incluídos.

b) Na realidade os excluídos são incluídos, mas não são pessoas abastadas.

c) Na realidade o próprio sistema dificulta a ascensão dos excluídos.

d) Na realidade o que produz os excluídos são as pessoas cruéis.

03- Através das informações contidas no texto é correto afirmar que a) O autor discorda do conceito atual aplicado a palavra excluído.

b) Os excluídos são os próprios culpados por sua condição social.

c) As pessoas que moram nos morros não participam da vida econômica do Rio de Janeiro.

d) A eliminação da miséria não beneficiaria o sistema capitalista.

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04- “Não resta dúvida de que as famílias faveladas, na sua ampla maioria, vivem em condições precárias, tanto no que se refere ao conforto domiciliar quanto à alimentação, às condições de higiene e saneamento, educação, saúde e segurança.

Mas não estão excluídas da preocupação dos políticos que, na época das eleições, vão até lá em busca de votos.”

A afirmação que contém uma análise coerente do parágrafo acima é a) Que as famílias faveladas sempre são lembradas pelos políticos.

b) Que as famílias faveladas são excluídas do processo político.

c) Que os políticos em época de eleições contam com os votos dessas comunidades.

d) Que essas comunidades vivem em péssimas condições por culpa exclusiva dos políticos.

05- “E eu, com minha mania de fazer perguntas desagradáveis, indago: mas alguma vez aquele pessoal da Rocinha morou nos bairros de classe média alta e dos milionários?

Afora um ou outro que possa ter se arruinado socialmente ou que tenha optado por residir ali, todos os demais....”

É correto afirmar que, sem prejudicar o sentido original do período acima, a palavra sublinhada não pode ser substituída por

a) exceto b) logo c) salvo d) somente

06- “Consideremos agora a questão de outro ponto de vista.”

Podemos afirmar que a palavra grifada é a) Um verbo regular no modo indicativo b) Um verbo irregular no modo indicativo c) Um verbo regular no modo subjuntivo d) Um verbo irregular no modo subjuntivo.

07- “Por que, então, cientistas políticos, sociólogos e jornalistas, entre outros, falam de exclusão social? Por ignorância não será, já que todos eles estão a par do que, bem ou mal, tentei demonstrar aqui.”

É correto afirmar que, nesse período, as palavras em destaque são:

a) Preposição por + pronome interrogativo que, na introdução de orações interrogativas diretas ou indiretas

b) Preposição por + pronome relativo que, referindo-se a um substantivo.

c) Preposição por + conjunção integrante que.

d) Preposição por + que com valor de substantivo.

08-“O problema está no sistema, não nas pessoas.”

O enunciado acima somente não pode ser dito, sem alterar a idéia original, da seguinte forma

a) O problema está no sistema e não nas pessoas.

b) As pessoas não são culpadas pelo problema e sim o sistema.

c) O problema está no sistema e nas pessoas.

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09- Marque os vocábulos que apresentam o sentido de movimento a) Hipertensão, perímetro, metabolismo, sintonia.

b) Metafísica, apogeu, hipertrofia, euforia.

c) Metamorfose, paradigma, antídoto, autógrafo.

d) Eclipse, catástrofe, êxodo, diâmetro.

10- “Todo homem morre porque isso faz parte do seu destino.”

É correto afirmar que, nesse período, a oração destacada trata-se de a) Coordenada explicativa

b) Subordinada adverbial causal c) Coordenada conclusiva

d) Subordinada adjetiva explicativa

Para responder as questões 11 e 12 leia o texto abaixo:

“Nada mais melancólico do que Uma pedra encharcada por Longos dias de chuva.”

Millôr Fernandes

Revista Veja: 10/12/08

11- Em relação ao texto acima é correto afirmar a) Que a palavra melancólico é um substantivo.

b) Que a palavra melancólico é proparoxítona.

c) Que a palavra melancólico é um advérbio d) Que a palavra melancólico é um adjetivo

12- Com base na leitura do texto, marque a alternativa que não traduz a idéia do autor a) Pedra encharcada: tempo chuvoso

b) Melancólico: tristeza nos dias de chuva

c) Longos dias de chuva: encharcam pedras e traz melancolia d) Pedra encharcada: traz dias chuvosos.

13- Ficarei em casa, se não confirmarem a viagem.

As palavras acima grifadas exercem respectivamente as funções de a) Conjunção coordenativa explicativa e advérbio de modo.

b) Conjunção subordinativa condicional e advérbio de negação.

c) Conjunção subordinativa temporal e advérbio de negação d) Conjunção coordenativa causal e advérbio de tempo.

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14-Indique a alternativa que apresenta erro na pontuação dos enunciados abaixo a) Nós todos ou melhor poucos de nós, estamos certos.

b) Puxa! Nossa! Santo Deus! Que demora!

c) “Dorme, cidade maldita, teu sono de escravidão.”

d) Escreva aí: “é nos pequenos frascos que estão os grandes perfumes.”

15- Marque a alternativa que não apresenta verbos no futuro.

a) Morrerás da tua beleza.

b) Mudaremos de casa.

c) Quem me dera!

d) Não escreverei o poema.

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