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Academic year: 2022

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Prof.ª Fernanda Coelho

Liderança em Enfermagem

Significados da liderança

Como um dos processos que concretiza a administração de pessoal  nas organizações, trata da condução ou coordenação de grupos.

Na Teoria da Relações Humanas, relacionava‐se às características  pessoais do líder. 

Psicólogos tendem a definir liderança em termos de comportamento  interpessoal

Pensadores da administração enfatizam o modo como líderes  moldam as características estruturais das organizações

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Significados da liderança

Liderança como uma das várias funções do administrador Administrar enfatiza o controle(de horas, custos, salários, 

tempo extra, uso de folgas, inventário, estoque) Administrar é somente mais um papel do líder

Liderar aumenta a produtividade, maximizando a eficiência  da força de trabalho.

Todo administrador deveria ser um líder (dirigir, motivar, orientar). 

Todo líder deve administrar (a falha resulta em caos, fracasso  individual e organizacional)

A teoria do Grande Homem e as Teorias dos Traços

• Postulada por Aristóteles, a teoria do Grande Homem diz que alguns homens nascem para liderar e outros para serem liderados.

• Esses grandes líderes surgem quando a situação assim o exigir.

• As teorias dos traços afirmam que algumas pessoas possuem traços de personalidade ou características que as tornam melhores lideres que outras pessoas.

• Estudou-se as características de personalidade de pessoas famosas por terem sido bons líderes. Mas desconsiderou-se a influência de outras pessoas ou da própria situação no papel do líder.

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A teoria do Grande Homem e as Teorias dos Traços

• Divergência entre as teorias dos traços e os estudos mais atuais reside na possibilidade de que as habilidades para liderar sejam desenvolvidas e não apenas herdadas.

• Se assumirmos que líderes dependem de características inatas, estaremos excluindo a possibilidade de uma pessoa adquirir essa habilidade.

• Segundo Marquis e Huston (2015), os estudos mais recentes indicam que os líderes tanto possuem características inatas quanto aprendidas ao longo da vida.

Teorias Comportamentais (1940-1980)

• Período das relações humanas: Estudos paralelos sobre administração e liderança.

• Com o avanço nos estudos, os pesquisadores diminuíram o foco nas características dos líderes e se concentraram em suas ações.

• Os estudos de Lewin (1951), White e Lippitt (1960) permitiram identificar três estilos de liderança, que mais tarde ficaram conhecidas como:

LIDERANÇA AUTORITÁRIA LIDERANÇA DEMOCRÁTICA LIDERANÇA LAISSEZ‐FAIRE 5

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liderança autoritária

• Forte controle sobre o  grupo de trabalho

• motivação pela coerção

• direcionamento por meio  de comandos

• comunicação ocorre de  cima para baixo

• tomada de decisao não  envolve os demais

• Ênfase na diferença de  status (eu e você)

• Crítica serve para punir.

liderança democrática

• manutenção de menos  controle

• motivação por prêmios  econômicos e pessoais

• direcionamento por meio  de orientações e 

sugestões

• comunicação se dá para  cima e para baixo

• tomada de decisao  envolve os demais

• Maior ênfase é dada no 

"nós" que no "eu e você"

• Crítica construtiva

liderança laissez‐faire 

• Permissividade, pouco ou  nenhum controle

• motivação por meio de  apoio, se solicitado

• pouco ou nenhuma  orientação

• comunicação de cima  para baixo ou de baixo  para cima entre os  membros do grupo

• tomada de decisão  dispersa

• ênfase no grupo.

• Ausência de críticas.

Fonte: Marquis e Huston, 2015.

Liderança autoritária ou autocrática

Estrutura rígida

Ações bem delimitadas e previsíveis Centralização das decisões

Hierarquia bem definida

Pouca flexibilidade na tomada de decisões e na forma de cobrança.

Produtividade elevada Pouca criatividade 7

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Liderança democrática

Menor controle

Liderança que melhor se encaixa para grupos que trabalham juntos durante muito tempo Promove autonomia e crescimento em cada colaborador

Bons frutos para pacientes e equipe, porque estimula as relações interpessoais e a cooperação entre  grupos

Maior criatividade

Menor produtividade em números absolutos se comparada à liderança autoritária. Demanda mais  tempo e pode causar frustração em pessoas que desejam decisões mais  rápidas.

Liderança laissez-faire

Deixe fazer.

Trata‐se de uma liderança sem direcionamento

Pode causar frustração, apatia grupal e desinteresse

Por outro lado, em grupos altamente motivados, pode resultar em muita criatividade e  produtividade

É uma alternativa quando os problemas estão definidos de forma insatisfatória e há necessidade de  brainstorming

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Teorias da liderança situacional ou contingencial

• Ao longo do tempo, começou-se a observar que os líderes não combinavam com um quadro puro de um dos estilos.

• Situavam-se em algum ponto entre liderança autoritária e laissez- faire. E que eles se movimentavam ao longo desse contínuo, em reação às situações que surgem.

• Fiedler (1967): Nenhum estilo de liderança é o ideal a cada situação.

As inter-relações entre líder e grupo dependiam da capacidade do líder, da tarefa a ser feita e do poder associado ao cargo.

• Blake e Mouton (1964): grade com focos do líder-administrador (produtividade, tarefas, pessoas, relações). Pontuações diferentes em cada área, conforme desempenho. Resulta em comportamentos de liderança

Teorias da liderança situacional ou contingencial

Hersey e Blanchard (1977): modelo tridimensional de eficiência em liderança. Prevê o estilo de líder mais adequado a cada situação, baseado no nível de maturidade dos seguidores. Com o amadurecimento, o estilo deixa de se concentrar nas tarefas e passa a focar as relações.

Tannenbaum e Schmidt (1958) defendiam misturas de comportamento autocrático e democrático de liderança. O que determinaria o estilo seria a natureza da situação, as habilidades do administrador e as capacidades dos membros do grupo.

Por volta dos anos 1970, os teóricos passaram a elencar outros fatores contribuintes para uma liderança eficiente. Entre esses fatores, foram citados: valores do líder e seus seguidores, cultura organizacional, trabalho, ambiente, influência do líder e as situações com seus desdobramentos. Isso levou ao desenvolvimento das teorias interacionais.

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Teorias interacionais

• O comportamento do líder é determinado pela interação entre sua personalidade e a situação.

• Até aqui, os pesquisadores já pensaram sobre o processo de trabalho, os traços de personalidade do líder e a influência das situações. Separadamente.

• Schein (1970): o comportamento do líder é determinado pelas relações entre a sua personalidade e a situação específica. Para ele, os indivíduos são seres complexos e que o ambiente de trabalho constitui um sistema aberto ao qual eles reagem.

Teorias interacionais

• As pessoas são muito complicadas e altamente variáveis. Têm múltiplos motivos  para fazer as coisas. 

• As motivações não são constantes, pois mudam com o tempo.

• As metas podem diferir nas várias situações. Por exemplo, as metas de um grupo  informal podem ser diferentes daquelas de um grupo formal.

• O desempenho e a produtividade de um indivíduo são influenciados pela natureza  da tarefa, bem como por sua capacidade, experiência e motivações individuais.

• Nenhuma estratégia de liderança é eficiente em todas as situações.

São pressupostos de Shein, citados por Marquis e Huston (2015): 

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Teorias interacionais

Hollander (1978): Marquis e Huston (2015) nos informam que este autor foi um dos  primeiros a reconhecer que líderes e seguidores têm papéis dentro e fora das  situações de liderança e que os acontecimentos de fora têm poder para influenciar o  que ocorre em seus outros papeis. 

Segundo Hollander, uma troca de liderança envolve três pontos básicos e que  interagem entre si . 

• O líder, com suas capacidades, percepções e personalidade

• O seguidor, com suas capacidades, percepções e personalidade

• A situação em que agem o líder e os seguidores, incluindo as normas formais e informais do grupo, seu  tamanho e densidade.

Teorias interacionais

Efetividade da liderança requer capacidade de:

• solucionar problemas, 

• manter a eficiência grupal, 

• comunicar‐se bem, 

• demonstrar justiça, 

• competência, 

• possibilidade de contar com o líder e

• criatividade ao liderar, 

• desenvolvimento da identificação do grupo.

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Teorias interacionais

Ouchi (1981) aplicou o gerenciamento japonês às  corporações norte‐americanas. 

A Teoria Z, proposta por ele, é um desdobramento da  Teoria Y, de McGregor, apoiada na liderança 

democrática. 

Teorias interacionais

• tomada de decisão consensual, 

• adequação dos empregados aos trabalhos, 

• segurança no trabalho, 

• promoções mais lentas, 

• exame das consequências das decisões a longo  prazo, 

• círculos de qualidade, 

• garantia do emprego para toda vida, 

• estabelecimento de vínculos sólidos de  responsabilidade entre superiores e  subordinados e 

• preocupação holística com os trabalhadores

Os 

principais  pontos da 

Teoria Z  são: 

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Teorias interacionais

• Nelson e Burns (1984) sugeriram que as organizações possuem níveis de desenvolvimento e que esses níveis influenciam a satisfação e produtividade dos empregados.

Equipes de alto desempenho: produtividade máxima e satisfação do  empregado.

Nível pró‐ativo: lider e seguidores voltam‐se para o futuro e  possuem valores e estimulantes em comum

Líder responsivo: consegue moldar os subordinados a trabalharem  unidos. Conserva a maior parte das responsabilidades e decisões.

Líder reativo: concentrado no passado, movido a crises e abusa dos  subordinados

Liderança transacional e transformacional

• Burns (2003) sugeriu que tanto líder quanto seguidor tem

capacidade de se alçarem reciprocamente a níveis mais elevados de moralidade e motivação.

• Essa ideia foi identificada como liderança transformacional

• Defendeu a existência de dois tipos de líderes nas organizações

Transacional: líder tradicional, preocupado como ações do cotidiano

Transformacional: administrador comprometido, que tem visão e consegue delegar poder aos demais

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Liderança transacional e transformacional

Líder   tr ansacional

Foco nas atividades É comprometido

Usa negociação para atingir  metas

Não identifica valores  compartilhados

Examina as causas Utiliza a recompensa  contingencial 

Líder   tr ans formacional

Identifica valores comuns É aquele que cuida

Inspira os outros com a  sua visão

Tem visão a longo prazo Observa os efeitos Delega poder

Liderança transacional e transformacional

• Liderança transformacional eleva o moral dos seguidores

• O líder faz a coisa certa pelo motivo certo, trata as pessoas com cuidado e compaixão

• Encorajamento aos seguidores para serem mais criativos e inovadores

• Inspiram outros com sua visão

• O líder transformacional nutre um conjunto profundo de valores e ideias. Isso leva os seguidores a sustentar o bem comum, em vez de seus próprios interesses.

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Liderança transformacional - ressalvas

• Ainda que seja entendido como o líder ideal, um líder transformacional pode fracassar sem as habilidades administrativas tradicionais.

• As qualidades transacionais e transformacionais devem estar presentes em graus variados na mesma pessoa, sob pena de queda no desempenho e na efetividade das ações.

• Deve haver espaço para liderança por meio do exemplo e de outras formas de liderança discreta.

• Líderes transformacionais precisam tomar cuidado para não confundirem verdade e realidade com paixão e confiança.

Teoria da liderança em âmbito geral

• Início do século XXI

• Surgiu da ideia de que o contexto é um importante mediador da liderança transformacional.

• Antonakis, Avolio e Sivasubramaniam (2003)

• Nove fatores que afetam o estilo de liderança e o impacto sobre os seguidores

• Cinco transformacionais

• Três transacionais

Um alheio à liderança ou do tipo Laissez-faire

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Nove fatores da teoria da liderança em âmbito geral

Fator 1

• Motivação inspiracional

• articulação do líder e  representação da sua  visão

• transformacional

Fator 2

• Influência idealizada  (atribuída)

• Baseia‐se no carisma  do líder para criar  vínculos emocionais  com os seguidores,  aumentando a  confiança e a lealdade

• transformacional

Fator 3

• Influência idealizada  (comportamento)

• O líder cria uma noção  coletiva de missão e de  valores, estimulando os  seguidores a agirem  conforme esses valores

• Transformacional

Nove fatores da teoria da liderança em âmbito geral

Fator 4

• Estímulo intelectual

• Líderes desafiam as  pressuposições das  crenças dos seguidores,  além de analisarem os  problemas dos  subordinados e as  possíveis soluções.

• Transformacional

Fator 5

• Consideração  individualizada

• Ocorre quando o líder é  capaz de individualizar  seus seguidores,  prestando  reconhecimento e  apreciação pelas suas  necessidades, pontos  fortes e desafios  específicos.

• Transformacional

Fator 6

• Recompensa contingente

• O líder é voltado para a  conclusão de tarefas,  usando esse critério para  conferir recompensas  significativas

• Transacional 25

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Nove fatores da teoria da liderança em âmbito geral

Fator 7

• Administração ativa  por exceção

• O líder observa e  procura ativamente  qualquer coisa que  fuja às regras e  padrões, tomando  medidas corretivas  quando necessário

• transforsacional

Fator 8

• Administração passiva  por exceção

• O líder só intervém  depois que erros são  detectados e padrões  violados

• transacional

Fator 9

• Alheio à liderança

• Laissez‐faire

Integração entre liderança e administração

• Gardner (1990) – líderes-administradores integrados apresentam seis características distintas:

• Raciocinam a longo prazo. São visionários e futuristas. Analisam o efeito de suas decisões ao longo dos anos, bem como as

consequências imediatas

• Enxergam além, na direção da organização como um todo. Não estreitam o foco. Conseguem entender como sua unidade ou departamento se encaixa no quadro organizacional todo

• Influenciam outros além do seu próprio grupo. Vão além dos limites burocráticos da organização.

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Integração entre liderança e administração

• Enfatizam a visão, os valores e a motivação. Compreendem de forma intuitiva os aspectos inconscientes, e muitas vezes irracionais, nas interações com os outros. São sensíveis aos demais e às diferenças em cada situação.

• São politicamente astutos. Conseguem enfrentar exigências conflitantes e expectativas dos seus apoiadores.

• Pensam em termos de mudança e renovação. Quer atualizar a organização para que se adapte ao mundo em mudança

Ano: 2017 Banca: INSTITUTO AOCP

O papel que um elemento assume no grupo é determinado pelas necessidades do próprio grupo, pelas características próprias de cada um dos elementos desse grupo e pela forma como essas características são percebidas pelos demais elementos. O enunciado refere-se ao estilo de liderança

a) democrática.

b) situacional.

c) permissiva.

d) autocrática e) laissez-faire.

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Ano: 2017 Banca: CESPE

Julgue o próximo item, relativos ao trabalho em equipe na saúde e na educação. A coesão organizacional é favorecida quando os profissionais de uma equipe estão estimulados e envolvidos no processo de planejamento e de tomada de decisões, de modo a estabelecerem relações de cooperação e reciprocidade que os façam se sentir responsáveis pelo desempenho da equipe.

CERTO ERRADO

Ano: 2016 Banca: IBFC

O Enfermeiro chefe da Unidade de Oncologia possui um estilo de liderança que se caracteriza pelo trabalho com excesso de

liberdade permitida aos subordinados, possibilitando uma situação em que os trabalhadores não conhecem os objetivos e

consequentemente acabam não desempenhando suas tarefas.

Essa liderança é chamada de:

a) Autocrática b) Democrática c) Coercitiva d) Controladora

e) Laissez-faire (Liberal)

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Ano: 2014 Banca: UFBA

A liderança é uma característica considerada como inerente ao trabalho de enfermagem e de grande influência no seu processo gerencial, devendo ser exercida com firmeza para que o

Enfermeiro possa ser respeitado no que se refere à hierarquia dentro da equipe.

Certo Errado

Ano: 2013 Banca: FUNCAB

Na administração, uma liderança sem direção pode causar frustração e apatia do grupo. Porém, se todos os membros do grupo são altamente motivados e autodirecionados esse estilo de liderança pode resultar em muita criatividade e produtividade. A liderança caracterizada por pouca orientação, tomada de decisão dispersa e ênfase no grupo é chamada:

a) democrática.

b) laissez-faire.

c) autocrática.

d) decisória.

e) autoritária.

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liderança autoritária

• Forte controle sobre o  grupo de trabalho

• motivação pela coerção

• direcionamento por meio  de comandos

• comunicação ocorre de  cima para baixo

• tomada de decisao não  envolve os demais

• Ênfase na diferença de  status (eu e você)

• Crítica serve para punir.

liderança democrática

• manutenção de menos  controle

• motivação por prêmios  econômicos e pessoais

• direcionamento por meio  de orientações e 

sugestões

• comunicação se dá para  cima e para baixo

• tomada de decisao  envolve os demais

• Maior ênfase é dada no 

"nós" que no "eu e você"

• Crítica construtiva

liderança laissez‐faire 

• Permissividade, pouco ou  nenhum controle

• motivação por meio de  apoio, se solicitado

• pouco ou nenhuma  orientação

• comunicação de cima  para baixo ou de baixo  para cima entre os  membros do grupo

• tomada de decisão  dispersa

• ênfase no grupo.

• Ausência de críticas.

Fonte: Marquis e Huston, 2015.

Evolução até a Liderança no século XXI

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Contexto atual

Mudanças na dinâmica das organizações Avanços tecnológicos

Alteração das expectativas dos pacientes (qualidade e segurança) Atendimento de saúde como negócio

Envolvimento dos administradores no aspecto financeiro e marketing.

Necessidade de desenvolver equipes e tratar com a rotatividade e escassez de profissionais

Liderança baseada em pontos fortes

• Cresceu a partir do movimento da psicologia positiva (final dos anos 90).

Wong (2012) – desenvolvimento e delegação de poder aos pontos fortes dos trabalhadores, ao invés de identificar problemas, melhorar pontos fracos e obstáculos.

• Prestar atenção a múltiplos pontos de vista, tentar encontrar um terreno comum, priorizar o aprendizado contínuo no local de trabalho e promover relações colaborativas.

• Liderança baseada em pontos fortes faz parte do desenvolvimento de conhecimento acadêmico organizacional positivo,

• Concentração no desempenho bem-sucedido, superação da norma, orientação para os pontos fortes e desenvolvimento da eficácia coletiva nas organizações.

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Princípios da liderança baseada em pontos fortes

• Gottlieb, Gottlieb e Shamian (2012): oito princípios da liderança baseada em pontos fortes que criam mudanças sustentáveis necessárias no atendimento de saúde.

• Uso consistentes desses princípios permitem o avanço dos enfermeiros para criação de um sistema de atendimento mais holístico, humanista, integrado e baseado em saúde no século XXI.

• Centrar no que há de melhor, no que funciona e naquilo que tem potencial.

Princípios da liderança baseada em pontos fortes

Funciona com o todo, ao mesmo tempo em que reconhece as inter‐relações  entre as partes

Reconhece a singularidade do quadro de funcionários, dos enfermeiros‐líderes  e da organização

Cria ambientes de trabalho que promovem a saúde dos enfermeiros e que  facilitam o seu desenvolvimento

Compreende a importância da realidade subjetiva e da criação de significado

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Princípios da liderança baseada em pontos fortes

Valoriza a autodeterminação

Reconhece que a pessoa e o ambiente são integrais e que os enfermeiros atuam melhor em  ambientes onde há uma “qualidade de adaptação” que tira proveito dos seus pontos fortes Cria ambientes que promovem o aprendizado e reconhece a importância da prontidão e da  sincronicidade

Investe em parcerias colaborativas

Liderança de nível 5

• Jim Collins (2005) –From Good to Great

• O que separa as empresas boas das ótimas?

• Cinco níveis de liderança podem estar presentes em uma organização.

• Organizações consideradas ótimas costumam contar com líderes que possuem as qualidades encontradas em todos os cinco

níveis.

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Liderança de nível 5

Nível 1: indivíduo altamente capaz

• O líder faz contribuições de alta qualidade ao trabalho da equipe; possui níveis  úteis de conhecimento e tem talento e habilidades para fazer um bom trabalho

Nível 2: membro colaborador em equipe

• O líder usa o conhecimento e as habilidades para ajudar no sucesso de sua 

equipe; trabalha com eficiência, produtividade e com sucesso com outras pessoas  em seu grupo

Nível 3: administrador competente

• O líder é capaz de organizar um grupo de maneira eficiente para alcançar metas e  objetivos específicos

Liderança de nível 5

Nível 4: líder efetivo

• O líder é capaz de contaminar com seu entusiasmo todo um 

departamento ou uma organização para cumprir com objetivos de  desempenho e colocar em prática uma visão

Nível 5: ótimo líder

• O líder tem todas as competências necessárias aos outro quatro  níveis, além de uma mescla singular de humildade e disposição  que é necessária para a verdadeira grandeza.

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Liderança servil

Greenleaf (1977).

A maior parte dos líderes de sucesso liderava de maneiras diferentes dos administradores tradicionais.

Líderes servidores tinham como prioridade maior colocar-se a serviço dos outros, inclusive empregados, clientes e comunidade.

Líderes servis estimulam uma propensão a servir dentro dos outros, o que promove a colaboração, o trabalho em equipe e o ativismo coletivo

Sutton (2009) observa que alguns indivíduos alçados a condições de autoridade passam a se importar menos com os sentimentos e necessidades dos outros. Resultando em funcionários que se sentem desvalorizados e excessivamente controlados.

Bons líderes, segundo Sutton (2009) encontram maneiras de passar aos funcionários mais previsibilidade, compreensão, controle e compaixão.

Recompensa é a fidelidade a longo prazo por parte dos funcionários.

Qualidades dos líderes servidores

Capacidade de escutar com atenção e realmente compreender

Capacidade de manter a mente aberta e escutar sem julgar

Capacidade de lidar com ambiguidade, paradoxos e questões complexas

Crença de que o compartilhamento real de desafios importantes  com todos os envolvidos,  bem como solicitar sua contribuição, é mais importante que oferecer soluções pessoais.

Clareza quanto a metas e habilidade em apontar a direção para que sejam cumpridas sem  dar ordens

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Qualidades dos líderes servidores

Capacidade de ser, em primeiro lugar, alguém que serve, auxilia e ensina para,  então, liderar.

Sempre pensa antes de agir

Escolhe as palavras com cautela para que não causem dano aos liderados Capacidade de usar a habilidade de prever e intuir

Analisar as situações em seu todo, percebendo suas relações e conexões

Teoria do chefe-agente

Os aspectos positivos dos efeitos dos liderados sobre o líder foram discutidos na liderança  transformacional (líder e liderado podem se alçar respectivamente a níveis mais elevados)

A teoria do chefe‐agentes sugere que nem todos os liderados (agentes) estão motivados de forma  inerente a agir pelo melhor interesse do chefe (líder ou empregador)

Liderados podem ter alguma vantagem de informação, conhecimento ou experiência sobre o chefe,  além de preferências possivelmente divergentes. Isso pode levar a discrepância nas metas

Cabe ao líder criar incentivos para que os liderados ajam no melhor interesse da organização

Exemplo: horas extras ao final do turno de trabalho.

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Teoria do capital humano e social

Capital humano:  Atributos de uma  pessoa que são produtivos em algum  contexto econômico

• Termo usado muitas vezes ao se examinar o grau  de escolaridade, com a implicação de que a  educação é uma forma de investimento e que  retorna ao indivíduo em salários, honorários e  outras formas de compensação

Capital social: conhecimentos,  habilidade e capacidades coletivos de  um grupo

• Organizações e indivíduos investem em  educação quando acreditam que isso trará  retorno no futuro

Exemplo: investimento em formação  do corpo de enfermeiros retorna para a 

instituição em redução da mortalidade  cirúrgica.

Inteligência emocional

Capacidade que cada um tem de perceber, compreender e controlar suas próprias emoções e  também a dos outros

Mayer (1990) e Salovey (1997) sugeriram que a inteligência emocional (IE) se desenvolve em  três processos mentais:

• Avaliação e expressão das emoções em si mesmo e nos outros

• Regulação das emoções em si mesmo e nos outros

• Uso das emoções de forma adaptativa

Quatro capacidades mentais:

• Percepção/identificação das emoções

• Integração das emoções em processos de pensamento,

• Compreensão das emoções e

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Inteligência emocional

• Goleman (1998) –Inteligência Emocional

• Cinco componentes da IE

• Meta é alfabetização emocional, que significa ter a percepção das próprias emoções e saber reconhecer coo elas influenciam as ações subsequentes.

• Inteligência emocional pode ser até mais crucial para o sucesso da liderança do que ter inteligência intelectual (QI)

Cinco componentes da inteligência emocional

• Capacidade de reconhecer e compreender seus humores, emoções e  impulsos, bem como seus efeitos sobre os outros

Autopercepção:

• capacidade de controlar ou redirecionar impulsos de ruptura ou estados  de humor, bem como a propensão de suspender julgamentos

Autorregulação: 

• Paixão pelo trabalho ou razões que ultrapassem dinheiro ou posição; 

propensão para seguir metas com energia e comprometimento

Motivação: 

• Capacidade de compreender e aceitar a estrutura emocional das outras  pessoas

Empatia: 

• Proficiência em lidar com as relações e construir redes; capacidade de 

Habilidades sociais:

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Liderança autêntica

• Também conhecida como liderança congruente

• Sugere que, para liderar, os líderes têm que ser honestos consigo mesmos e com seus valores, agindo de acordo com eles.

• Diverge das teorias transformacionais, que sugerem que a visão ou as metas do líder são influenciadas por forças externas que deve haver, no mínimo, a aceitação dessa visão por parte dos seguidores

• Na liderança autêntica, o que inspira os liderados são os princípios do líder e sua convicção de agir em conformidade com eles.

• Liderança autêntica não é fácil. Demanda coragem para ser sincero com as próprias convicções frente a pressão dos colegas ou outras forças externas

• Não se deve pressupor que todos os bons líderes sejam boas pessoas é temerário. Nem todos lutam para serem líderes autênticos.

Características do líder autêntico

• Propósito: líderes autênticos compreendem as próprias finalidades e paixões como consequência de autorreflexão e autopercepção contínuas

• Valores: conectam propósito e paixão por meio de coerência entre crenças e ações

• Coração: preocupam-se com eles mesmos e com os liderados, sendo autêntico esse sentimento

• Relacionamentos: valorizam o estabelecimento de relaç~eos e conexões com os outros, o não recebimento de recompensas, valorizando o fortalecimento da conexão entre as pessoas

• Autodisciplina: lideres autênticos praticam autodisciplina, incorporando equilíbrio as suas vidas pessoais e profissionais

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Liderança de ideias

• Indivíduo reconhecido entre seus iguais por suas ideias inovadoras e que demonstra confiança para promovê-las

• Acontece quando uma pessoa convence outra a considerar uma ideia, novo produto ou nova forma de encarar as situações

• Líderes de ideias desafiam o status quo por assumirem o risco de serem inovadores. As ideias costumam ser voltadas para o futuro e ter um impacto considerável.

• Necessária para aumento de qualidade e segurança e gestão de risco

Liderança quântica

Teoria relativamente nova. Surgiu na década de 1990.

Baseia-se na liderança transformacional e sugere que os líderes devem trabalhar com os subordinados para a identificação de metas comuns, exploração de oportunidades e o fortalecimento do corpo funcional, de modo que sejam tomadas decisões que gerem produtividade na organização

Sugere que o ambiente e o contexto em que as pessoas trabalham são complexos e dinâmicos, causando impacto direto na produtividade da organização.

Local de trabalho como um ambiente altamente fluido, flexível e móvel, o que requer um conjunto altamente inovador de interações e relações além da liderança necessária para sua criação (Porter-O’Grady e Malloch, 2011)

Capacidade de reagir às dinâmicas de crise e mudança é fundamental e não deve ser inerente apenas à liderança, mas inculcada no próprio tecido da organização e sua operação.

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Ano: 2015 Banca: INSTITUTO AOCP

No dia a dia de trabalho da enfermagem, destacamos alguns tipos de liderança assumidos pelos mais variados tipos de

personalidades, cada profissional assumindo seu perfil. É/são tipos de liderança de enfermagem:

A liderança democrática, autocrática e laissez-faire (liberal).

B liderança desconfiada, autoritária e descontraída.

C liderança autoritária, democrática e descontraída.

D liderança laissez-faire (liberal).

E liderança oportunista, democrática e autoritária.

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Ano: 2017 Banca: Quadrix

Acerca da administração e organização dos serviços e do processo de recrutamento e seleção de recursos humanos em enfermagem, julgue o item subsecutivo.

O enfermeiro desempenha um papel de liderança quando estabelece o perfil profissional, os critérios e as técnicas de seleção dos candidatos que serão admitidos.

Certo Errado

Ano: 2013 Banca: CESGRANRIO

Cada vez mais se fala da importância da liderança autêntica nas organizações como modelo de liderança eficaz. Para exercer uma liderança autêntica os líderes devem

A enaltecer a virtude moral, comunicar suas altas expectativas e transmitir valores centrados em si mesmos para alcançar seus objetivos.

B exibir comportamentos não convencionais e utilizar o carisma para aumentar seu poder sobre os liderados.

C divulgar a visão organizacional e conduzir seus seguidores em direção às metas estabelecidas, reconhecendo as suas conquistas.

D enfatizar as relações interpessoais e demonstrar interesse pelas necessidades da organização e de seus seguidores.

E ser considerados pessoas éticas e agir, conforme seus valores e crenças, de forma aberta e honesta.

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Ano: 2015 Banca: INSTITUTO AOCP

Assinale a alternativa que apresenta o estilo de liderança que, a longo prazo, é mais eficaz, porque favorece a maior motivação, a qualidade de decisão e a moral da equipe.

A Estilo de liderança contingencial.

B Estilo de liderança laissez-faire.

C Estilo de liderança democrático.

D Estilo de liderança compreensivo.

E Estilo de liderança autocrático.

Ano: 2019 Banca: FCC

Entre as abordagens correntes sobre o fenômeno da liderança emerge o conceito de “liderança transacional”, no qual a atuação do líder

A não é determinante, eis que o envolvimento dos liderados no

atingimento dos objetivos estratégicos decorre do denominado ajuste espontâneo.

B inspira os trabalhadores a aceitar mudanças, promovendo a cultura da responsabilidade, propriedade e autonomia no local de trabalho.

C é fundada no carisma e em suas habilidades inatas para conduzir os liderados, promovendo o engajamento aos objetivos propostos.

D é pautada principalmente pela obediência às regras e cumprimento das metas estabelecidas, além de seguir a ideia de recompensa

proporcional ao desempenho.

E depende da conjugação adequada do estilo adotado - diretivo ou apoiador - ao grau de maturidade dos liderados para se mostrar eficaz.

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Referências

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