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1. RESUMO Introdução: Objetivo: Metodologia: Resultados parciais: Palavras-chave 2. INTRODUÇÃO

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Academic year: 2022

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1. RESUMO

Introdução: A hipertensão gestacional se caracteriza por pressão arterial sistólica de valor ≥ 140 mmHg e/ou a pressão arterial diastólica de valor ≥ 90 mmHg, em duas medidas com intervalo de pelo menos quatro horas após a 20ª semana de gestação, sem proteinúria, em gestante sem história de hipertensão arterial e perdura até doze semanas após o parto. O conhecimento das características epidemiológicas dessas mulheres e da Rede de Atenção às gestantes de alto risco é essencial para acompanhamento e tratamento delas e de seus bebês, além do fornecimento de informações úteis para o planejamento de ações e políticas específicas. Objetivo: Descrever e analisar os dados epidemiológicos da síndrome hipertensiva em gestantes no município de Piracicaba/SP. Metodologia: Estudo descritivo dos dados secundários provenientes de prontuários (sem dados de contato) de gestantes de alto risco no município de Piracicaba nos últimos 05 anos, os quais estão armazenados no Pacto pela Redução do Óbito Infantil do município.

Foram analisados os dados referentes à idade, unidade de saúde pertencente (território), se é SUS dependente ou não, se a paciente fazia uso de medicamentos para hipertensão e/ou controlados e as consultas pré-natais. Resultados parciais:

Diante do analisado, no período de 2016 a 2018, das 2280 gestações de alto risco, 378 foram classificadas de alto risco por hipertensão. Referente ao controle pressórico, 73,01% das gestantes utilizava somente o medicamento metildopa para controle da síndrome hipertensiva. 19,31% das gestantes realizaram o pré-natal na Atenção Básica; 13,75% gestantes realizaram o pré-natal compartilhado; e 51,05%

nos serviços especializados.

Palavras-chave: Gravidez de alto risco; Eclâmpsia; Rede de Atenção à Saúde;

Hipertensão gestacional.

2. INTRODUÇÃO

A hipertensão arterial complica cerca de 7 a 10% de todas as gestações, sendo a complicação médica mais comum da gravidez e a principal causa de morbimortalidades materna e perinatal. A gestação pode agravar a hipertensão existente antes da gravidez (hipertensão arterial crônica), bem como induzi-la em mulheres normotensas (hipertensão gestacional/pré-eclâmpsia). Alguns fatores como primiparidade, gestação gemelar, história familiar de síndromes hipertensivas gestacionais (SHG), diabetes mellitus, hipertensão arterial crônica, gestação molar,

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idade materna maior que 35 anos, aborto prévio, sobrepeso ou obesidade pré- gestacional e ganho de peso gestacional excessivo estão associados ao surgimento de síndromes hipertensivas na gestação.

A hipertensão gestacional se caracteriza por pressão arterial sistólica de valor

≥ 140 mmHg e/ou a pressão arterial diastólica de valor ≥ 90 mmHg, em duas medidas com intervalo de pelo menos quatro horas após a 20ª semana de gestação, sem proteinúria, em gestante sem história de hipertensão arterial e perdura até doze semanas após o parto. As síndromes hipertensivas podem provocar várias complicações, como encefalopatia hipertensiva, falência cardíaca, grave comprometimento da função renal, hemorragia retiniana, coagulopatias e associação com pré-eclâmpsia. O feto, que também fica em situação de risco, apresenta maiores probabilidades de restrição de crescimento intrauterino, descolamento prematuro de placenta, sofrimento fetal, morte intraútero, baixo peso e prematuridade.

No Brasil, as altas taxas de mortalidade materna e neonatal encontradas se configuram como uma violação dos Direitos Humanos de Mulheres e Crianças e um grave problema de saúde pública, e a fim de fortalecer e ampliar ações que vinham sendo utilizadas para redução da mortalidade materna e infantil, o Ministério da Saúde propôs um Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, que tem como objetivo articular vários setores governamentais e sociedade civil para qualificar a atenção à saúde das mulheres e de recém-nascidos.

3. OBJETIVOS DA PESQUISA

Objetivo Geral: Pesquisar e descrever os dados epidemiológicos da síndrome hipertensiva em gestantes no município de Piracicaba/SP, nos últimos 03 anos.

Objetivos Específicos: Identificar os possíveis eventos associados à hipertensão materna de alto risco; Conhecer o tratamento da hipertensão materna e o uso de medicamentos para hipertensão e controlados; Descrever os atendimentos pré- natais de gestantes hipertensas quanto à origem (rede pública ou particular).

4. METODOLOGIA

Estudo descritivo dos dados secundários provenientes de prontuários (sem dados de contato e, portanto, sem TCLE) de gestantes de alto risco armazenados na

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estrutura física do programa Pacto pela Redução do Óbito Infantil de Piracicaba.

Foram analisados prontuários dos últimos 05 anos. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Anhembi Morumbi (UAM) pelo CAAE 47645221.9.0000.5492.

Foram inclusos no estudo os prontuários referentes às gestantes classificadas como alto risco por hipertensão gestacional pelo profissional de saúde da unidade em que é adscrita, com idades entre 10 e 50 anos (idade fértil). Foram excluídos os prontuários de gestantes de alto risco por diabetes ou má formação uterina e prontuários com dados incompletos e/ou ilegíveis.

Foram analisados os dados referentes à idade, unidade de saúde pertencente (território), se é SUS dependente ou não e se a paciente fazia uso de medicamentos para hipertensão e/ou controlados.

5. DESENVOLVIMENTO

Foi realizada revisão bibliográfica sobre a temática. Após aprovação no CEP, foi iniciada a coleta de dados no Pacto pela Redução do Óbito Infantil de Piracicaba.

6. RESULTADOS PRELIMINARES

Até o presente momento foram compilados e analisados os dados dos anos de 2016, 2017 e 2018. No ano de 2016 o Pacto acompanhou 817 gravidez de risco, sendo 97 (11,87%) destas gestantes classificadas como alto risco por hipertensão arterial. A gestante mais nova acompanhada pelo Pacto tinha 11 anos, enquanto a mais velha, 44. Do total de gestantes, 05 eram adolescentes (<19 anos), 35 com idade entre 20 a 29 anos, 50 entre 30 a 39 anos e 07 com mais de 40 anos. Neste ano, 25 (25,77%) gestantes tinham como unidade de origem o CRAB, 25 (25,77%) eram oriundas de UBS e as demais 47 (48,45%) eram adstritas de USF.

Já em 2017, o município contou com 540 gestações classificados como alto risco durante o ano e as classificadas como alto risco por hipertensão arterial somaram 82 (15,18%). Em relação à faixa etária, neste ano, 03 gestantes tinham menos que 19 anos, 38 entre os 20 e 29 anos, 35 entre 30 a 39 e 06 com 40 ou mais. A mais nova acompanhada tinha 19 anos, enquanto a mais velha, 50 anos.

Apenas 10 das gestantes tinham CRAB como unidade de origem, 18 eram pertencentes à UBS, e 54 eram de USF.

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O ano de 2018 teve registro de 923 gestantes por alto risco, sendo 199 (21,56%) notificadas por síndromes hipertensivas. Neste ano, o predomínio de tipo de unidade foi de USF, com 111 pacientes, seguidas de 59 de UBS e, por fim, 29 de CRAB. A mais nova mulher tinha 16 anos; enquanto a com mais idade, 46 anos. As adolescentes (<19 anos) grávidas somam 11; entre 20 a 29 anos eram 79 mulheres, entre os 30 e 39 anos 92 gestantes e com mais de 40 anos eram 16.

Nos três anos analisados, 73,01% das gestantes usavam apenas o medicamento metildopa para controle das síndromes hipertensivas; 4,23%

utilizavam-no associado a outras drogas e 22,75% não usavam medicações e controlavam apenas com melhorias na dieta. Referente ao local da realização do pré-natal, de 2016 a 2018, 73 mulheres grávidas de alto risco (19,31%) realizaram o pré-natal apenas na Atenção Básica, seja ela nas USF, UBS ou CRAB; 52 (13,75%) gestantes realizaram o pré-natal compartilhado, isto é, a mulher frequentou consultas na atenção primária e intercalava com atendimentos nos serviços especializados (hospitais, CASAP e CADME). As gestantes de risco que fizeram o pré-natal em serviço especializado somaram 193 (51,05%) nos três anos analisados.

60 (15,87%) gestantes não informaram o local de realização do pré-natal.

Tendo em vista grande conscientização referente aos malefícios do fumo durante a gestação, do total de 378 gestantes hipertensas, apenas 08 (2,11%) mulheres se declararam como fumantes em algum período da gestação. Ademais, 47 (12,43%) de mulheres grávidas relataram ter tido pelo menos um parto prematuro pregresso, sendo esse um dos fatores predisponentes à classificação como alto risco de uma gestação.

Apesar de a coleta de dados ainda não ter sido finalizada, já se percebe uma tendência dos resultados, como por exemplo, a realização de pré-natal em locais de serviços especializados e a metildopa como medicação de predileção para esses casos. A finalização da coleta nos dará dados mais robustos e concretos, espelhando a realidade do acompanhamento de tais gestantes em Piracicaba/SP.

7. FONTES CONSULTADAS

1. Sousa MG, Lopes RG, Rocha ML, Lippi UG, Costa ES, Santos CM.

Epidemiologia da hipertensão arterial em gestantes. Einstein 2020;18:eAO4682.

2. Kerber GF, Melere C. Prevalência de síndromes hipertensivas gestacionais em usuárias de um hospital no sul do Brasil. Ver Cuid. 2017; 8(3): 1899-906.

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3. Jacob LMS, Lopes MHBM, Shimo AKK. Instrument about knowledge, attitudes, and practices of pregnant women about the hypertensive disease of pregnancy. Rev Rene 2021;22:e60040.

4. Manual de Orientação Gestação de Alto Risco. FEBRASGO, 2011.

5. Damasceno AAA et al . Níveis pressóricos e fatores associados em gestantes do Estudo MINA-Brasil. Ciênc. saúde coletiva 2020; 25(11):4583-4592.

6. Chaves Thuler ACM et al. Medidas preventivas das síndromes hipertensivas da gravidez na atenção primária. Revista de Enfermagem UFPE on line 2018;

12(4):1060-1071.

7. Vettore MV et al . Cuidados pré-natais e avaliação do manejo da hipertensão arterial em gestantes do SUS no Município do Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saúde Pública 2011; 27(5):1021-1034.

8. Catov JM, Nohr EA, OlsenJ, Ness RB. Chronic hypertension related to risk for preterm and term small for gestational age births. Obstetrics and Gynecology 2008;

112: 290–296.

9. Organização Mundial da Saúde. Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Brasil [internet]. [acesso em 16 abr 2021]. Disponível em:

http://www.odmbrasil.gov.br/.

10. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Pacto pela redução da mortalidade materna e neonatal (versão preliminar). Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

11. Fernandes JA, Campos GWS, Francisco PMSB. Perfil das gestantes de alto risco e a cogestão da decisão sobre a via de parto entre médico e gestante. Saúde em Debate 2019; 43(121):406-416.

12. Fernandes JA, et al . Avaliação da atenção à gestação de alto risco em quatro metrópoles brasileiras. Cad. Saúde Pública 2020; 36(5):e00120519.

13. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 5. ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010.

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