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A Ystoria sancti Thome de Aquino: hagiografia ou história? Igor S. Teixeira 1

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Academic year: 2021

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Igor S. Teixeira1

Resumo:

Este trabalho faz parte do projeto Os tempos da santidade: Processos de Canonização e relatos hagiográficos dos santos mendicantes, o qual coordeno na UFRGS. Nosso objetivo, nesta comunicação, é apresentar uma reflexão acerca do aparecimento de palavras como ystoria, vita e legenda nos manuscritos do relato produzido pelo frade pregador Guilherme de Tocco sobre Tomás de Aquino no contexto de sua canonização (1319-1323). Pretendemos discutir possíveis significados para os termos, bem como analisar o estatuto e características de textos de “história” no início do século XIV. As investigações iniciais apontam para uma indistinção entre aqueles termos, porém, características dos relatos sobre vidas de santos produzidos na Ordem dos Pregadores podem apontar outra direção.

Palavras-chave: Ystoria; Hagiografia; Tomás de Aquino

Resumé:

Ce travail il fait partie du projet Les Temps de Sainteté: Procès de canonisation et hagiographies des saints mendiants que je le coordonne à UFRGS. Dans ce travail-ci on veut présenter une réflexion sur les mots ystoria, vita et legenda dans le texte écrit par le frère prêcheur Guillaume de Tocco sur Thomas d’Aquin pendant sa canonisation (1319-1323).

Notre objectif s’est faire une discussion sur les usages possibles pour ces mots et aussi d’analyser le statut des textes d’histoire au début du XIVème siècle. Les investigations initiaux indiquent que ces mots elles n’avaient pas des significats différentes, mais nos recherches sur les hagiographies dominicaines mettent au point d’autres directions.

Mots-clés: Ystoria, Hagiographie, Thomas d’Aquin.

1 Dr. em História – Professor de História Medieval/UFRGS

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Introdução:

« Nam historia est, ut ipse Augustinus exponit, cum simpliciter aliquid proponitur » (Tomás de Aquino. Suma Teológica, I, Q.1, a.10, rep.2)

Utilizamos as palavras de Tomás de Aquino para iniciarmos a problematização que propomos neste trabalho: o que se entendia por história na Idade Média? Mais especificamente, qual o estatuto de um texto entitulado por história escrito no início do século XIV? A fonte que analisamos é a Ystoria sancti Thome de Aquino, escrita por Guilherme de Tocco entre 1319- 1323 visando a canonização daquele teólogo. Mas a Ystoria então é uma hagiografia, ou seja, um relato sobre vida de santo? Pode ser um relato que, segundo afirmou o próprio teológo na Suma, “expõe-se por si mesmo”?

Estas interrogações fazem sentido não apenas pelo fato do texto que analisamos levar ao título a palavra ystoria. A questão se faz necessária pelo fato de existirem diferentes manuscritos com diferentes títulos. Ao analisar a tradição manuscrita do texto de Guilherme de Tocco, Claire Le Brun-Gouanvic levantou cerca de vinte e cinco versões entre textos completos, incompletos e resumos dos milagres. (LE BRUN-GOUANVIC, 1996: 61-67) Considerando os dezenove manuscritos completos, constatamos que não há distinção. Ystoria (ou historia) e legenda são utilizados como sinônimos. O Ms F2, datado da primeira metade do século XIV tem o título: “Prohemium in ystoria sancti Thome de Aquino et de necessitate institutionis ord. Predicatorum et eius commendatione”. Ou o Ms L3, do fim do século XIV, com o título:

“Prohemium de hystoria beati Thome de Aquino ordinis fratrum predicatorum. Et primo de necessitate institucionis eiusdem ordinis et eius commendatio”, com a subscrição: “Explicit legenda sancti Thome de Aquino”. Ou, ainda, o Ms V4, também do fim do século XIV, possui a inscrição: “Prohemium in ystoria sancti Thome de Aquino. De necessitate institutionis ordinis predicatorum et eius commendatione. Primum Capitulum”. Dentre os do século XV,

2 Firenze, Bibliotheca Nazionale, Conv. Soppr. J. VII. 27, ff. 96ra-132va; pergaminho, 215 x 145mm. Origem:

convento de Santa Maria de Florença.

3 Londres, British Museum, Burney 349, ff. 76v-126v; pergaminho, 260 x 190mm.

4 Vaticano, Biblioteca Apostólica, Vat. Lat. 10153, ff. 1vb-28vb. pergaminho, 290 x 208mm. Origem: convento dominicano de Orviedo.

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um exemplo: o Ms. B5 leva o título: “Incipt prohemium in Legendam sancti Thome de Aquino. Et primo necessitate institutionis ordinis predicatorum et eius commendacione sic incipit feliciter”.6 No Dicionário Du Cange, temos a seguinte definição para Legenda: “livro sobre os atos dos santos” e há a indicação dos termos Martyrum (martírio), Passionariis (passionário, no sentido de Paixão de Cristo), Leggendarius (legendário) e vita (vida). Além disso, para o termo Historiæ, temos: livros de lições divinas que são recitados na Igreja todos os dias.

Para Bernard Guenée, a História na Idade Média sequer foi considerada como um primeiro ofício. Os que se dedicaram à atividade de escrever sobre o passado e a construir narrativas memoráveis sobre personagens, como Reis, Príncipes e Santos, por exemplo, não faziam apenas isso, mas sempre desempenhavam outras funções. (GUENEE, 2006: 523) Entretanto, o autor defendeu que existiram muitos historiadores na Idade Média.

Segundo Guenée, existiam várias acepções e usos para a história naquele período. Por exemplo, a história podia ser uma narrativa simples sobre o que se passou, ou mesmo ser o que se passou; o livro no qual a narrativa se encontra; e, a partir do século IX, um uso litúrgico mais preciso: “historia [comme] un récit qui s’attache essentiellement à dire la vie d’un saint et sert de base à la composition de repons qui seront dits à l’office de ce saint”.

(GUENEE, 1980: 18) Portanto, importava que fosse um discurso verdadeiro e diferente da fábula. Segundo Guenée, a concepção cristã linear de tempo restringiu o terreno do historiador aos eventos e fenômenos com datas asseguradas, do começo do mundo ao tempo daquele que escreve. As coisas do porvir, das quais não se sabia quando aconteceriam, estavam relacionadas às profecias. (GUENEE, 1980: 19)

A princípio os termos que aparecem nos manuscritos relacionados à canonização de Tomás de Aquino seriam um caso simples de sinônimos: ystoria e legenda. Entretanto, Guenée nos

5 Berlim, Staatsbibliothek Preussischer Kulturbesitz, Lat. qu. 707, ff. 145r-183r, XVe s. (1479), papier, 210 x 144mm.

6 DU CANGE, Charles du Fresne. Glossarium ad scriptores mediae et infimae Latinitatis. T. II (D-H), p.842; T.

III (I-N), p.273. Na edição consultada não há verbete para Ystoria isponível em: http://www.uni- mannheim.de/mateo/camenaref/ducange/bd3/jpg/s0273.html. Consultado em fevereiro de 2009.

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oferece elementos para aprofundar a análise ao diferenciar história e hagiografia. Uma das diferenças consiste na atemporalidade do relato sobre vida de santo, ou seja, a ausência de datas, por exemplo, pois, o que interessa nesse tipo de texto é instruir. (GUENEE, 1980: 53- 54) Além disso, seguindo aquela definição, seria conveniente excluir as vidas de santos da categoria de história, pois “L’historiographie médiévale se situa mal dans l’espace mais vit dans le temps son essence même. Sur elle pesa la tyrannie de la chronologie”. (GUENEE, 1980: 22) Sendo assim, a história deveria tratar basicamente dos Príncipes. (GUENEE, 1980:

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Uma argumentação próxima foi desenvolvida por François Dosse na obra Le Pari Biographique, na qual considerou que o que ensina a hagiografia é uma verdade diferente da factual, mas também observa que o termo legenda pode ser traduzido como “o que deve ser lido sobre”.(DOSSE, 2005: 149-153) Para Dominique Boutet, textos que aparentemente seriam hagiográficos tendem a utilizar métodos historiográficos, principalmente no que tange à inserção e referências a documentos diplomáticos nos textos.(BOUTET, 2000: 277-293) Michel de Certeau indicou que o termo “hagiografia” trata-se de uma invenção do século XVII, com os termos hagiologia e hagiologique e que, desde então, são utilizados para definir os relatos sobre vidas de santos. Assim como Guenée, defendeu que a hagiografia é o oposto da historiografia, ou mesmo, “sua traição”, pois não está interessada no que se passou, e sim, no que é exemplar. (CERTEAU, 2003: 316-317) Além disso, o espaço é mais importante que o tempo, o que configura o relato hagiográfico distinto da biografia. (CERTEAU, 2003: 331) Outra característica, segundo Michel de Certeau, é que a hagiografia estaria fora do dogma e da norma, pois era uma leitura festiva, que, ao invés de tratar das coisas proibidas, trata do que é permissível. (CERTEAU, 2003: 322)

Faz-se necessário deixar claro que, diferentemente, entendemos que a hagiografia faz parte do dogma e da norma por ser um tipo de texto e de narrativa utilizada em sermões, por exemplo, com o objetivo de divulgar (ou vulgarizar) a doutrina. Portanto, para servir a esse objetivo, o

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relato sobre vida de santo deve possuir elementos que permitam ao pregador transmitir uma lição aos seus ouvintes. Tais elementos podem ser os recursos retóricos como os exempla.7 A partir da síntese das conclusões apontadas pelos historiadores citados anteriormente podemos caracterizar um relato hagiográfico, para o final do século XIII e início do século XIV, como um texto que podia utilizar de referências cronológicas e também de documentação oficial. Por documentação oficial em relação à Ystoria sancti Thome de Aquino entendemos os inquéritos no processo de canonização, bulas, cartas e outros textos produzidos por membros da ordem dos pregadores nos quais Tomás de Aquino figurava, como as Vita Fratrum e o Libellus de principii ordinis praedicatorum. A partir dessa consideração, afirmamos que Guilherme de Tocco conhecia a tradição hagiográfica dominicana bem como, por sua posição no processo de canonização como “postulador” da causa, utilizou os depoimentos prestados nos interrogatórios ocorridos em 1319 e 1321. Interrogatórios estes que somam 144 declarações sobre a vida e milagres de Tomás de Aquino.

A Ystoria sancti Thome de Aquino

Esta obra foi produzida no contexto da canonização de Tomás de Aquino, especificamente, entre 1317 (quando a ordem dos pregadores determina que Guilherme de Tocco seria o responsável para conduzir o caso) e 1323, ano da canonização. A obra pode ser considerada dividida em duas partes: vita e miracula. A vita contém cerca de setenta títulos os quais não diferem de textos hagiográficos contemporâneos: anúncio da santidade no ventre materno, sinais de santidade da infância à previsão do momento da morte, o aumento progressivo nas manifestações das virtudes do santo, milagres em vida, a incorruptibilidade do corpo e o odor de santidade nos primeiros traslados. (GUILLAUME DE TOCCO, 1996: 94-212).

É importante considerarmos como Guilherme de Tocco concebeu sua empreitada para compor a Ystoria. No Prólogo, o autor ressalta a característica da Ordem fundada por Domingos de Gusmão: a pregação. “Deus ensina aos fiéis pelos seus doutores”, escreveu Guilherme de

7 “conto breve dado como verídico (= histórico) e destinado a ser inserido num discurso (em geral, um sermão) a fim de convencer um auditório por meio de uma lição salutar”. (LE GOFF, 1994: 123)

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Tocco. Porém, se considerarmos o plano geral dos capítulos da Ystoria, a pregação não ocupa mais que quatro capítulos, com destaque para a conversão de dois judeus e sobre a piedade da pregação de Tomás. (GUILLAUME DE TOCCO, 1996: 145-146; 182-184)

Percebemos, porém, uma dedicação expressiva – na obra – à trajetória de Tomás de Aquino pelos locais onde estudou: o mosteiro de Montecassino, a entrada na Ordem, os estudos em Colônia e Paris, “seus livros e escritos”, os combates que travou para identificar e destruir os erros de Guilherme de Saint-Amour. (GUILLAUME DE TOCCO, 1996: 100-103; 115-122;

126-145)

Em relação ao nosso principal objetivo o capítulo quarenta e nove talvez seja o mais importante: de uisione habita de dicti sancti uirtutibus et ystoria uite sue. Traduzindo, temos algo próximo a “visões das virtudes do santo e da história de sua vida”. (GUILLAUME DE TOCCO, 1996: 184-185). Neste capítulo Guilherme de Tocco narra o sonho que um frade teve e no qual foram reveladas as virtudes e a “magnífica” história de Tomás de Aquino. No sonho, é avistado um caminho ladrilhado por pedras preciosas que correspondiam às virtudes do santo. Detalhe: neste caso o autor não menciona que o frade que teve o tal sonho é o próprio Guilherme de Tocco. O capítulo termina com o seguinte trecho:

quia dicti doctoris uita et doctrina ueritate prefulsit, et dompnus noster summus pontifex, dum ipsam in aspectu et affectu quasi in rationali sui iudicii habuit, sanctam potestate apostolica canonizationis titulo approbauiti”. (GUILLAUME DE TOCCO, 1996: 185)

A importância deste trecho em relação ao que nos propomos analisar está no fato de Guilherme de Tocco associar o sonho ao julgamento racional e ao reconhecimento oficial pelo pontífice na canonização. Neste caso, portanto, temos a inserção do autor na narrativa, a utilização de um elemento textual convencional nas hagiografias (o sonho) e a menção ao principal objetivo do texto: acompanhar o julgamento racional do papa para a canonização.

Guilherme de Tocco aparece em outro momento da narrativa. Trata-se do registro de um dos milagres de Tomás de Aquino: frades salvos de naufrágios. Guilherme de Tocco e Roberto de Benevento levavam para João XXII as primeiras atas com registros de milagres atribuídos a Tomás de Aquino. A viagem foi feita por mar, de Nápoles à cúria em Avignon, junto a muitos

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passageiros em uma embarcação. Ao serem surpreendidos por uma tempestade e o risco eminente do naufrágio os frades foram convocados pelos companheiros de viagem a orar pelos santos com o objetivo de salvá-los do perigo. Rezaram para Domingos de Gusmão e Pedro de Verona (os dois primeiros santos dominicanos) e não obtiveram sucesso. Assim conta o texto:

Cuius auxilium instantius gemitibus implorantes, quasi sanctum ex debito pro auxilio in diuino iudicio conuenissent, qui pro suo honore tam fideliter laborarent, rogabant confidentius ut eius meritis liberarentur miraculo, ne dicti sancti perirent scrpita miracula que portabant. (GUILLAUME DE TOCCO, 1996: 218)

Esta passagem está inserida em uma série de narrativas breves nas quais Guilherme de Tocco narra os primeiros contatos com o pontífice João XXII a respeito da causa da canonização de Tomás. (GUILLAUME DE TOCCO, 1996: 219-221) O frade pregador também afirma que anotou quantos milagres pode. Desde os que aconteceram em sua presença aos que foram recolhidos na vizinhança. No relato temos também a referência à bula que autoriza a abertura do processo e nomeia os encarregados para tal: o arcebispo de Nápoles, o bispo de Viterbo e Pandulfo de Sabello, notário do papa.8

Outros dados cobrem de “oficialidade” o relato de Guilherme de Tocco, como o capítulo com a data da morte de Tomás de Aquino, sete de março de 1274, aos quarenta e nove anos; o período da segunda abertura do túmulo (quatorze anos após a morte do doutor), e do terceiro milagre do odor, (quarenta e dois anos após a morte do santo). Ou, seja, 1288 e 1316, respectivamente.

Considerações Finais:

8 PROCESSVS INQUISITIONIS factæ super vitâ, conversatîone, & miraculis recol. Mem. Fr. THOMÆ DE AQUINO, Ordinis Fratrum Predicatorum, Sacræ Theologiæ Doctoris, Anno salutis MCCCXIX, Ioannis XXII, Pontificis Max. Pontificatus III, per Vmbertum Archiepiscopum Neapolitanum & Angelum Viterbiensem &

Tuscanensem Episcopum, Inquisitores vnà cum D. Pandulfo de Sabello Domini Papæ Notario, super hoc Pontifice deputatos. Apud: Acta Sanctorum. Martii. Tomus I. A Ioanne Bolland S.I. colligi felicit coepta A Godefrido Henschenio et Danielle Paperbrocchio eiusdem societatis Iessu aucta digesta & illustrata. Antuperpiæ, apud Iacobum Meursium. Anno MDCLXVIII. p.686-687.

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Ao nos perguntarmos se a Ystoria enquadra-se na característica de hagiografia ou história e se considerarmos que os relatos sobre vidas de santos progressivamente valem-se do uso de documentação produzida pelas causas de canonização podemos afirmar que Guilherme de Tocco – embora não sendo um dos grandes escritores da Ordem dos Pregadores – produziu um relato coerente e condizente com a missão que lhe fora delegada: promover, reunir e sistematizar as informações sobre as vidas e os milagres de Tomás de Aquino.

A utilização de documentos oficiais pode ser sim considerada a tentativa de se escrever uma obra de História, para dar conta do que se passou naquele período. Outra explicação é válida se considerarmos que a pesquisa de Guilherme de Tocco foi parte do processo de canonização. Ele mesmo foi testemunha durante todo o processo e também foi interrogado.

Neste caso, então, aquelas inserções de dados cronológicos e as citações de documentos oficiais revertiam a Ystoria com um caráter de prova. As provas certamente agradavam a um pontífice com formação jurídica, como João XXII.

Referências Bibliográficas:

Documentação :

GUILLAUME DE TOCCO. Ystoria Sancti Thome de Aquino de Guillaume de Tocco (1323).

Toronto: PIMS, 1996.

______. L’histoire de Saint Thomas d’Aquin. Paris: Cerf, 2005.

PROCESSVS INQUISITIONIS factæ super vitâ, conversatîone, & miraculis recol. Mem. Fr.

THOMÆ DE AQUINO. Apud: Acta Sanctorum. Martii. Tomus I. A Ioanne Bolland S.I.

colligi felicit coepta A Godefrido Henschenio et Danielle Paperbrocchio eiusdem societatis Iessu aucta digesta & illustrata. Antuperpiæ, apud Iacobum Meursium. Anno MDCLXVIII.

p.686-716.

Obras de referência:

DU CANGE, Charles du Fresne. Glossarium ad scriptores mediae et infimae Latinitatis. T. II (D-H), p.842; T. III (I-N), p.273. Na edição consultada não há verbete para Ystoria.

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Disponível em: http://www.uni-mannheim.de/mateo/camenaref/ducange/bd3/jpg/s0273.html.

Consultado em abril de 2012.

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Bibliografia citada:

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CERTEAU, M. de. L’Écriture de l’histoire. Paris: Gallimard, 2002.

DOSSE, F. Le pari biographique: écrire une vie. Paris: La Découverte, 2005.

GUENEE, B. Histoire et Culture historique dans l’Occident médiéval. Paris: Aubier Montaigne, 1980.

______. História”. In: LE GOFF, J. e SCHMITT, J-C. (orgs.). Dicionário Temático do Ocidente Medieval. São Paulo: EDUSC; Imprensa Oficial do Estado, v1. 2006, pp. 523-536.

LE BRUN-GOUANVIC, C. “La tradition du texte”. In: GUILLAUME DE TOCCO. Ystoria Sancti Thome de Aquino de Guillaume de Tocco (1323). Toronto: PIMS, 1996. pp. 61-83.

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Referências

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