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GEOGRAFIA 1 Geografia política do mundo atual

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Academic year: 2022

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GEOGRAFIA

1 Geografia política do mundo

atual

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1. GEOGRAFIA POLÍTICA DO MUNDO ATUAL

Geografia Política e Geopolítica? São Sinônimos?

A Geografia Política clássica tem como precursor o geógrafo alemão Friedrich Ratzel, que lançou as bases científicas e sistematizadoras dessa ciência com a publicação, em 1897, da obra Geografia Política.

Para Ratzel, a força do Estado estava intimamente ligada ao espaço - na sua forma, extensão, relevo, clima e disponibilidade de recursos naturais -, à sua posição - relações sociais estabelecidas entre o Estado e o seu meio circulante no âmbito nacional e internacional - e, por último, ao sentido (ou espírito) do povo, que representava a força desse determinado povo em relação a outro. Essas idéias, entendidas de maneira simplista e distorcida, ficariam conhecidas como "determinismo geográfico". (O determinismo geográfico, no entanto, ocorre quando se dá aos elementos naturais o papel de única causa na definição de aspectos constitutivos das sociedades.)

O pensamento de Ratzel, influenciado por experiências pessoais - nascidas de uma viagem que realizou aos Estados Unidos e de sua participação na Guerra Franco- Prussiana -, bem como por influências intelectuais, oriundas das idéias evolucionistas de Darwin e do positivismo de Comte, refletia sobre a necessidade do "espaço vital", já que o Estado, considerado como um organismo vivo, estava submetido às mesmas leis implacáveis da sobrevivência e da evolução.

Já o termo Geopolítica foi usado, a primeira vez, pelo geógrafo suíço Rudolph Kjéllen, em 1905, num artigo denominado "As grandes potências". Em 1916, ele reafirmaria as bases da Geopolítica em seu livro O Estado como forma de vida, no qual sua preocupação fundamental é a de estudar o Estado enquanto organismo geográfico. Como suas teses eram inspiradas nas idéias de Ratzel, Kjéllen se preocupou em estabelecer as diferenças entre as duas formas de conhecimento.

Essas diferenças estariam baseadas, principalmente, na forma de abordagem. A Geografia Política deveria ser compreendida como um conjunto sistemático de estudos restritos às relações entre o território e o Estado (posição, situação, características das fronteiras, etc.), enquanto que à Geopolítica caberia a formulação de teorias e estratégias políticas voltadas à obtenção de poder sobre determinado território. Essa distinção é bastante questionada por alguns geógrafos, já que, no fundo, a Geopolítica é tão somente a Geografia Política aplicada pelo Estado em busca de poder sobre certo território.

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1.1 O SURGIMENTO DA ATUAL GEOGRAFIA POLÍTICA DO MUNDO

Para o aluno...

O cenário atual político que observamos diariamente é mais do que qualquer coisa o resultado de uma série de confluências históricas, por isso é inevitável uma consideração mais profunda da história nesse conteúdo de Geografia. Para compreendermos a condição atual da política mundial vamos fazer um breve salto na história, partindo do que conhecemos como Velha Ordem Mundial até a Nova Ordem Mundial, considerando as principais características de cada um desses períodos da história da humanidade.

1.2 A VELHA ORDEM MUNDIAL

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, enquanto a Europa Ocidental ainda se recuperava de duas grandes guerras, o mundo observava o surgimento de duas grandes potências, a União das Republicas Socialistas Soviéticas (URSS) e os Estados Unidos da América (EUA). A bipolaridade deste momento e o enfrentamento ideológico com o objetivo de aumentar áreas de influência marcava a Ordem Mundial do período e eram a expressão clara da geopolítica da Guerra Fria. Neste momento, podemos dividir o mundo em três grandes grupos segundo influência:

1. O Bloco Capitalista: Liderados por EUA – Europa Ocidental, América do Norte, Coréia do Sul e Japão.

2. O Bloco Socialista: Influenciados pela URSS – Leste Europeu e Balcãs, Cuba, Coreia do Norte e China.

3. O Terceiro Mundo: O Grupo que pregava o não alinhamento, pois o terceiro mundo tinha questões mais urgentes para resolver. Iniciado na conferencia de Bandung e tendo como principais figuras Nasser, do Egito, e Tito, da Iugoslávia.

Embora o mundo convivesse sempre na iminência de um desastre nuclear, o equilíbrio pelo medo sempre se fez presente. Uma guerra “quente” entre as duas potências militares do período seria uma ameaça à própria existência do ser humano no planeta, já que os poderes de destruição possuíam uma escala planetária extremamente grande. As estratégias encontradas ficavam no campo da propaganda, no poder da exibição e no patrocínio de outros países para aliviar tensões militares, portanto, podemos destacar as principais estratégias como sendo:

1. A propaganda através de filmes, séries, quadrinhos e todo tipo de material cultural que possa reforçar o sentimento de “nós”e “eles”. No campo dos quadrinhos,

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podemos destacar o Capitão América e o Caveira Vermelha como claros exemplos desta estratégia.

2. A exibição de mísseis, poder tecnológico, bombas e paradas militares com o objetivo de mostrar a superioridade; a corrida armamentista é uma das principais características do período e diversas armas em circulação hoje foram produzidas neste momento da história.

3. Patrocínio e treinamento para conflitos regionais de terceiros: com essa estratégia, as duas principais potências poderiam levar a guerra para longe dos seus territórios e disputar o controle político-territorial, além de reforçar a posição geopolítica, sem perdas econômicas dentro de sua nação, sem o confronto direto e sem a perda de vidas nos seus território.

1.3 A NOVA ORDEM MUNDIAL

A Nova Ordem Mundial – ou Nova Ordem Geopolítica Mundial – significa o plano geopolítico internacional das correlações de poder e força entre os Estados Nacionais após o final da Guerra Fria.

Logo após a derrubada do muro de Berlim e a posterior dissolução da URSS, o mundo deixou de existir sobre a égide geopolítica da bipolarização. Não havia dúvidas de que os Estados Unidos eram a maior potência militar e econômica do mundo.

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O planeta que a queda do muro de Berlim inaugura é marcado pela intensa globalização, pelo grande poder de influência estadounidense e, mais do que nunca, dos blocos econômicos e transações comerciais. Por isso, podemos destacar algumas das muitas características da nova ordem mundial como sendo:

1. A globalização; o mundo agora está interligado em diversas frentes, seja economicamente, culturalmente ou politicamente.

2. Os blocos econômicos; com o êxito das integrações europeias, os países nesta nova ordem procuram através de blocos, tratados bilaterais e uniões aduaneiras, aumentar seu poder de barganha e de influência econômica no mundo.

A primeira expressão que pode ser designada para definir a Nova Ordem Mundial é a unipolaridade, uma vez que, sob o ponto de vista militar, os EUA se tornaram soberanos diante da impossibilidade de qualquer outro país rivalizar com os norte- americanos nesse quesito.

A segunda expressão utilizada é a multipolaridade, pois, após o término da Guerra Fria, o poderio militar não era mais o critério principal a ser estabelecido para determinar a potencialidade global de um Estado Nacional, mas sim o poderio econômico. Nesse plano, novas frentes emergiram para rivalizar com os EUA, a saber: o Japão e a União Europeia, em um primeiro momento, e a China em um segundo momento, sobretudo a partir do final da década de 2000.

Por fim, temos uma terceira proposta, mais consensual: a unimultipolaridade. Tal expressão é utilizada para designar o duplo caráter da ordem de poder global: “uni” para designar a supremacia militar e política dos EUA e “multi” para designar os múltiplos centros de poder econômico.

A nova hierarquia mundial – o ruir de conceitos antigos

Outra mudança acarretada pela emergência da Nova Ordem Mundial foi a necessidade da reclassificação da hierarquia entre os Estados nacionais. Antigamente, costumava-se classificar os países em 1º mundo (países capitalistas desenvolvidos), 2º mundo (países socialistas desenvolvidos) e 3º mundo (países subdesenvolvidos e emergentes). Com o fim do segundo mundo, uma nova divisão foi elaborada.

A partir de então, divide-se o mundo em países do Norte (desenvolvidos) e países do Sul (subdesenvolvidos), estabelecendo uma linha imaginária que não obedece inteiramente à divisão norte-sul cartográfica, conforme podemos observar na figura abaixo.

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Mapa com a divisão norte-sul e a área de influência dos principais centros de poder

No mapa acima percebemos que a divisão entre norte e sul não corresponde à divisão estabelecida usualmente pela Linha do Equador, uma vez que os critérios utilizados para essa divisão são econômicos, e não cartográficos. Percebe-se que alguns países do hemisfério norte (como os Estados do Oriente Médio, a Índia, o México e a China) encontram-se nos países do Sul, enquanto os países do hemisfério sul (como Austrália e Nova Zelândia), por se tratarem de economias mais desenvolvidas, encontram-se nos países do Norte.

No mapa acima também podemos visualizar as áreas de influência política dos principais atores econômicos mundiais. Vale lembrar, porém, que a área de influência dos EUA pode se estender para além da divisão estabelecida, uma vez que sua política externa, muitas vezes, atua nas mais diversas áreas do mundo, com destaque para algumas regiões do Oriente Médio.

1.4 A DIVISÃO DO PODER NO MUNDO – ZONAS DE INFLUÊNCIA ECONÔMICA E MILITAR

1.4.1 Os Blocos Econômicos

As transformações econômicas mundiais ocorridas nas últimas décadas, sobretudo no pós segunda guerra mundial, são fundamentais para entendermos as dinâmicas de poder estabelecidas pelo grande capital e, também, pelas grandes corporações transnacionais.

Além delas, não podemos deixar de mencionar a importância crescente das instituições supranacionais, que atuam como verdadeiros agentes neste jogo de interesses, como por exemplo, o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial, entre outros.

O cenário que se afigura com a chegada destes novos agentes econômicos é imprescindível para compreendermos o significado da chamada globalização econômica.

Esta tem como características:

 A ruptura de fronteiras, ou seja, tal ruptura é atribuída à dinâmica do capital, que circula livremente pelo globo, sem respeitar a delimitação de fronteiras territoriais;

 Perda da soberania local, ou seja, países, estados e cidades tem que se submeter à lógica do capital para conseguir gerar lucro em seus orçamentos;

 Expansão da dinâmica do capital, fato que se relaciona à ruptura de fronteiras, ou seja, o capital se dirige agora também à periferia do capitalismo, uma vez que as transnacionais compreenderam que a exploração (no sentido de explorar a força de trabalho diretamente) dos países subdesenvolvidos promoveria grandes lucros para estes.

O surgimento dos blocos econômicos coincide com a mudança exercida pelo Estado.

Em um primeiro momento, a ideia dos blocos econômicos era de diminuir a influência do Estado na economia e comércio mundiais. Mas, a formação destas organizações supranacionais fez com que o estado passasse a garantir a paz e o crescimento em períodos de grave crise econômica. Assim, a iniciativa de maior sucesso até hoje foi a experiência vivida pelos europeus.

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A União Europeia iniciou-se como uma simples entidade econômica setorial, a chamada CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, surgida em 1951) e depois, expandiu-se por toda a economia como “Comunidade Econômica Europeia” até atingir a conformação atual, que extrapola as questões econômicas perpassando por aspectos políticos e culturais.

Além da União Europeia, podemos citar o NAFTA (North American Free Trade Agreement, surgido em 1993); o Mercosul (Mercado Comum do Sul, surgido em 1991); o Pacto Andino; a SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, surgida em 1992), entre outros. A busca pela ampliação destes blocos econômicos mostra que o jogo de poder exercido pelas nações tenta garantir as áreas de influência das mesmas, controlando mercados e estabelecendo parcerias com nações que despertem o interesse dos blocos econômicos.

Além disso, o jogo de poder também está presente internamente aos blocos, ou seja, existem países líderes dentro do bloco, que acabam submetendo os outros países do acordo aos seus interesses. Assim, nem sempre a constituição de um bloco econômico é benéfica a todos os membros; por exemplo, a constituição do NAFTA (México, Canadá e EUA) fez com que a frágil economia mexicana aumentasse ainda mais sua dependência em relação aos EUA, o Canadá, por sua vez, passou a ser considerado uma extensão dos EUA, dada sua subordinação à economia de seu vizinho.

1.4.2 A influência militar

Em termos militares, a bipolaridade foi substituída pela chamada pax imperial americana, que significa que não existe país no mundo capaz de se contrapor ao poderio militar norte-americano. A supremacia militar dos EUA é exercida de forma intensa em todas as partes do mundo onde seus interesses econômicos ou geopolíticos se fazem presentes.

Contudo, mesmo com a supremacia militar norte-americana, o campo das relações internacionais e da política caminha em águas turvas neste novo período. A globalização e as relações econômicas deixaram os países mais dependentes entre si. Uma guerra de grandes proporções é sempre evitada. Após as recentes intervenções militares fracassadas no oriente médio, a política dos EUA é mais diplomática e seu poder militar,

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embora ainda o mais preponderante, menos eficaz. Portanto, resumindo os principais pontos abordados, podemos destacar:

1. Os novos cenários colocados pela globalização, com diversos espaços políticos de mediação e deliberação internacional; a extrema dependência econômica relativiza o poder militar dos países, tornando a diplomacia a principal estratégia para resolução de conflitos.

2. As intervenções militares fracassadas que criaram inimigos piores, como a investida militar no solo Iraquiano e o vazio institucional que corroborou para a criação do Estado Islâmico, relativizou o poder da guerra e da força, criando um momento de incertezas quanto ao poder militar e a eficácia desta estratégia.

3. Novos atores surgem a todo instante gerando novas configurações geopolíticas e novos desafios para as nações, tornando esse período, um período de diversas incertezas.

1.4.5 TENSÕES E CONFLITOS ATUAIS Europa

No continente europeu, um dos principais motivos de conflitos é a questão do povo basco. O povo basco está distribuído no nordeste da Espanha e sudoeste da França.

Essa etnia luta pela independência política e territorial há pelo menos 40 anos. Os bascos correspondem a um grupo social de origem não identificada e que provavelmente teria chegado à península Ibérica há 2000 anos. Em todo esse tempo, as nações que estão subordinadas preservaram seus principais elementos culturais, como a língua (euskara ou

vasconço), costumes e tradições.

A partir desse fato, no ano de 1959, foi criado um movimento com ideias socialistas e separatistas denominado de ETA (Euskadi ta Askatsuna ou Pátria Basca e Liberdade).

Com o surgimento desse grupo tiveram início os atentados, sobretudo, às autoridades.

A Irlanda do Norte (Ulster) integra o Reino Unido e por esse motivo as decisões são geradas em Londres. No caso da Irlanda do Norte, o que acontece é a luta entre católicos e protestantes. Os católicos lutam há pelo menos 30 anos em busca da unificação com a República da Irlanda e se opõem aos protestantes, que são a maioria e querem permanecer subordinados ao Reino Unido. O grupo responsável pelas ações é formado pela parte católica que criou o Ira (Exército Republicano Irlandês). Esse exército realiza diversos atos terroristas, pois existe uma grande intolerância por parte dos grupos religiosos.

Outro caso de focos de conflitos no continente europeu tem relação com a península balcânica. O desconforto ou descontentamento nesse caso diz respeito às questões étnicas, uma vez que estão inseridas na região diversas origens de povos, como os sérvios, croatas, eslovenos, montenegrinos, macedônios, bósnios e albaneses. As divergências contidas entre esses povos são desenvolvidas ao longo de muito tempo. O que provoca tensão nessa região é a temática nacionalista e étnica.

África

No continente africano, o que motiva os conflitos é o modo pelo qual o continente foi dividido. Antes da chegada dos europeus, os africanos viviam em harmonia, pois os grupos rivais se respeitavam e isso não gerava instabilidade. No processo de colonização, os países europeus se reuniram em Berlim, em uma Conferência, para

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definir a divisão do espaço africano para que esse fosse administrado e explorado pelas nações envolvidas na reunião. Mas as fronteiras impostas pelos europeus não levaram em conta as disparidades étnicas existentes no continente. Esse ato equívoco provocou a separação de grupos aliados, “união” de grupos rivais e assim por diante. Ao serem agrupados de forma desordenada e sem analisar a estrutura social, cultural e religiosa, promoveu-se uma grande instabilidade em vários pontos da África.

Ásia

Na Ásia, o principal ponto de conflito está localizado no Oriente Médio, mais precisamente no confronto entre árabes e israelenses. É comum observar nas páginas de jornal, revistas e meios de comunicação em massa os conflitos armados entre palestinos e israelenses. Geralmente são desenvolvidos por meio de ataques terroristas, atentados, homens-bomba, entre outros eventos sempre marcados por um elevado nível de violência.

No Iraque, as divergências estão ligadas às questões religiosas, econômicas, territoriais e étnicas. O país é protagonista de confrontos com o Irã e o Kuwait, além da divergência eterna com os Estados Unidos.

Outra questão territorial e com ideais separatistas é a respeito do povo curdo, que corresponde a uma nação sem pátria. Sua população é de aproximadamente 25 milhões de pessoas que estão distribuídas em grande parte da Turquia, Iraque, Irã, Armênia e Síria ? esses últimos em grupos menores. A partir dos anos 1980 teve início o movimento separatista curdo na Turquia ? a luta entre os rebeldes curdos e as autoridades gerou um saldo de pelo menos 40.000 mortes.

Em território afegão, a instabilidade política está presente há décadas e é promovida pela religião: 20% da população é xiita e 80% sunita. Além disso, existem as divergências e rivalidades entre as tribos nativas, promovendo um elevado número de refugiados (aproximadamente 3,5 milhões de pessoas).

Existe ainda no continente asiático um grande confronto entre Índia e Paquistão, foco de tensão impulsionado pela intolerância entre mulçumanos e hindus, na região da caxemira, no norte da Índia e nordeste do Paquistão, área que integra o território indiano e que não é aprovado pelos paquistaneses.

A Chechênia é um pequeno território de religião mulçumana que se tornou independente da Rússia, no ano de 1991. O governo russo não aceitou essa iniciativa e tal fato derivou

grandes confrontos.

Existe também a questão entre a China e o Tibet. Conflito que teve início quando a China se tornou socialista, no ano de 1949 e quando, no ano seguinte, esse país integrou ao seu território o Tibet, que possui uma restrita autonomia. Na busca por uma independência total, os monges budistas, sempre liderados pelo líder espiritual Dalai Lama, se rebelaram contra os chineses. No entanto, essa iniciativa foi reprimida pelo

exército chinês.

A Indonésia é um país constituído por um enorme arquipélago integrado por cerca de 17.000 ilhas e abriga uma população estimada de 215 milhões de habitantes, desse total muito são de etnias e religiões distintas, o que gera uma intolerância entre os grupos rivais e automaticamente confrontos armados.

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América do Sul

O ponto da América do Sul com maior instabilidade é a Colômbia, uma vez que nesse país existe um movimento de guerrilheiros denominados de FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), além do Exército de Libertação Nacional (ELN). Ambas têm forte ligação com a produção de cocaína e com o narcotráfico. Esses grupos atuam exercendo influência de um estado paralelo, cometem assassinatos, atentados, sequestros, etc.

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DICA DO PROFESSOR

A Geografia é uma disciplina que tem uma profunda ligaçao com o espaço e suas formas de representação, para o sucesso em sua avaliação um ótimo começo é se ligar na diversidade de formas de representar um determinado espaço colocado sob questão em sua avaliação!

Não deixe de pesquisar mapas em escalas diversas, por exemplo, como o conteúdo desta apostila é em escala mundial, não deixe de pesquisar e ler mapas a respeito desta tematica, a possibilidade de em sua avaliação haver essa forma de representação é muito grande.

Bons estududos!

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QUESTÕES VESTIBULAR 1. (Enem 2011)

O espaço mundial sob a “nova des-ordem” é um emaranhado de zonas, redes e

“aglomerados”, espaços hegemônicos e contra-hegemônicos que se cruzam de forma complexa na face da Terra. Fica clara, de saída, a polêmica que envolve uma nova

regionalização mundial. Como regionalizar um espaço tão heterogêneo e, em parte, fluido, como é o espaço mundial contemporâneo? HAESBAERT, R.; PORTO-GONÇALVES, C.W. A nova des-ordem mundial. São Paulo: UNESP, 2006.O mapa procura representar a lógica

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espacial do mundo contemporâneo pós-União Soviética, no contexto de avanço da

globalização e do neoliberalismo, quando a divisão entre países socialistas e capitalistas se desfez e as categorias de “primeiro” e “terceiro” mundo perderam sua validade explicativa.

Considerando esse objetivo interpretativo, tal distribuição espacial aponta para

a) a estagnação dos Estados com forte identidade cultural.

b) o alcance da racionalidade anticapitalista.

c) a influência das grandes potências econô d) a dissolução de blocos políticos regionais.

e) o alargamento da força econômica dos países islã

2. (UERJ 2010.2)

A política externa praticada pelos EUA no governo de Ronald Reagan, entre 1980 e 1988, reaqueceu os antagonismos que caracterizaram o período da Guerra Fria. A ilustração acima faz uma representação irônica dos continentes, condizente com as ideias propagadas pelo líder estadunidense.

Durante o governo Reagan, duas características importantes da geopolítica dos EUA são:

a) ênfase no combate às ditaduras – antagonismo com os países do Sul b) incentivo à fragmentação territorial – envolvimento em conflitos religiosos

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c) estímulo ao expansionismo colonial – estabelecimento de alianças militares d) acentuação da rivalidade ideológica – práticas de imperialismo econômico

3. (IBMECRJ) A chamada Nova Ordem Mundial, que marcou o final do século XX, é caracterizada por uma série de importantes acontecimentos, EXCETO:

a) A queda do Muro de Berlim.

b) A implosão da União Soviética

c) A redemocratização da Europa Oriental.

d) A reunificação da Coréia e) O fim da Guerra Fria.

4. (Ufrrj) A Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai formam o Mercosul (Mercado Comum do Sul), o organismo que estabelece as regras e os procedimentos para a integração econômica entre os quatro países. Sobre este bloco econômico, é correto afirmar que

a) integra países com povoamento, dinâmica econômica e nível de renda muito diferentes.

b)estabelece “fronteiras abertas” para o livre deslocamento de pessoas, produtos e capitais.

c) permite a livre circulação dos bens industriais sem restrições e barreiras alfandegária.

d) restringe os fluxos migratórios devido às rivalidades históricas existentes dentro do bloco.

e) amplia a competitividade do setor agropecuário devido à diferença no valor da terra.

5. (Enem) Em dezembro de 1998, um dos assuntos mais veiculados nos jornais era o que tratava da moeda única européia. Leia a notícia destacada a seguir.

“O nascimento do Euro, a moeda única a ser adotada por onze países europeus a partir de 1 de janeiro, é possivelmente a mais importante realização deste continente nos últimos dez anos que assistiu à derrubada do Muro de Berlim, à reunificação das Alemanha, à libertação dos países da Cortina de Ferro e ao fim da União Soviética.

Enquanto todos esses eventos têm a ver com a desmontagem de estruturas do passado, o Euro é uma ousada aposta no futuro e uma prova da vitalidade da sociedade européia.

A “Euroland”, região abrangida por Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal, tem um PIB (Produto Interno Bruto) equivalente a quase 80% do americano, 289 milhões de consumidores e responde por cerca de 20% do comércio internacional. Com este cacife, o Euro vai disputar com o dólar a condição de moeda hegemônica.”

(Gazeta Mercantil, 30/12/1998)

A matéria refere-se à “desmontagem das estruturas do passado” que pode ser entendida como

a) o fim da Guerra Fria, período de inquietação mundial que dividiu o mundo em dois blocos ideológicos opostos.

b) a inserção de alguns países do Leste Europeu em organismos supranacionais, com o intuito de exercer o controle ideológico no mundo.

c) a crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia levando à polarização ideológica da antiga URSS.

d) a confrontação dos modelos socialistas e capitalista para deter o processo de unificação das duas Alemanhas.

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e) a prosperidade as economias capitalistas e socialistas, com o conseqüente fim da Guerra Fria entre EUA e a URSS.

GABARITO

1. C 2. D 3. D 4. A 5. A

Referências

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