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PR\493353PT.doc PE 329.306

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PARLAMENTO EUROPEU

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2004

Comissão dos Assuntos Externos, dos Direitos do Homem, da Segurança Comum e da Política de Defesa

PROVISÓRIO 2003/2049(INI)

24 de Setembro de 2003

PROJECTO DE RELATÓRIO

sobre as relações entre a União Europeia e a Organização das Nações Unidas (2003/2049(INI))

Comissão dos Assuntos Externos, dos Direitos do Homem, da Segurança Comum e da Política de Defesa

Relator: Armin Laschet

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PE 329.306 2/15 PR\493353PT.doc

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PR_INI

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PR\493353PT.doc 3/15 PE 329.306

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Í N D I C E

Página PÁGINA REGULAMENTAR...4 PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO EUROPEU...5 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS...

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PE 329.306 4/15 PR\493353PT.doc

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PÁGINA REGULAMENTAR

Na sessão de 13 de Março de 2003, o Presidente do Parlamento comunicou que a Comissão dos Assuntos Externos, dos Direitos do Homem, da Segurança Comum e da Política de Defesa fora autorizada a elaborar um relatório de iniciativa, nos termos do artigo 163º do Regimento, sobre as relações entre a União Europeia e a Organização das Nações Unidas e que a Comissão para o Desenvolvimento e a Cooperação havia sido encarregada de emitir parecer.

Na sua reunião de 25 de Março de 2003, a Comissão dos Assuntos Externos, dos Direitos do Homem, da Segurança Comum e da Política de Defesa designou relator Armin Laschet.

Na sua reunião/Nas suas reuniões de..., a comissão procedeu à apreciação do projecto de relatório.

Na mesma/última reunião, a comissão aprovou a proposta de resolução por ... votos a favor, ...

contra e ... abstenção(abstenções)/por unanimidade.

Encontravam-se presentes no momento da votação ... (presidente/presidente em exercício), ...

(vice-presidente), ... (vice-presidente), Armin Laschet (relator), ..., ... (em substituição de ...), ... (em substituição de ..., nos termos do nº 2 do artigo 153º do Regimento), ... e ... .

O relatório foi entregue em ... .

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PR\493353PT.doc 5/15 PE 329.306

PT

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO EUROPEU sobre as relações entre a União Europeia e a Organização das Nações Unidas (2003/2049(INI))

O Parlamento Europeu,

Tendo em conta o seguimento dado ao relatório do Secretário-Geral das Nações Unidas intitulado "Nós os povos: o papel das Nações Unidas no século XXI"; a Declaração do Milénio de 2000 e a Comunicação das Nações Unidas intitulada "Uma visão de parceria:

as Nações Unidas e a União Europeia", bem como o relatório do Secretário-Geral da ONU sobre a aplicação da Declaração do Milénio1 de 31 de Julho de 2003,

Tendo em conta as recomendações 1476 (2000)2, 1411 (1999)3 e 1967 (1998)4 da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa,

Tendo em conta as directrizes adoptadas pelo Conselho de Gotemburgo5 sobre a

cooperação UE/ONU e os acordos alcançados no Conselho "Assuntos Gerais" de 11-12 de Junho de 2001 e no Conselho "Relações Externas" de 21-22 de Julho de 2003,

Tendo em conta o empenhamento do Conselho da UE em reforçar o papel da União Europeia nas organizações internacionais e, em particular, na ONU6,

Tendo em conta a sua Resolução de 16 de Maio de 2002, sobre a parceria União Europeia/Nações Unidas (desenvolvimento e questões humanitárias)7,

Tendo em conta as conclusões da Presidência do Conselho Europeu de Salónica8 e os relatórios apresentados sobre a prevenção de conflitos, luta contra o terrorismo e uma Europa melhor num mundo melhor,

Tendo em conta a Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho "A União Europeia e as Nações Unidas: a escolha do multilateralismo" (COM(2003) 526), Tendo em conta o artigo 163º do seu Regimento,

Tendo em conta o relatório da Comissão dos Assuntos Externos, dos Direitos do Homem, da Segurança Comum e da Política de Defesa (A5-0000/2003),

1 Relatório do Secretário-Geral das Nações Unidas apresentado à 57ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, A/57/270, de 31 de Julho de 2002.

2 Recomendação da AP do CE sobre as Nações Unidas no dealbar do novo século.

3 Recomendação da AP do CE sobre as relações com as Nações Unidas.

4 Recomendação da AP do CE sobre a reforma das Nações Unidas.

5 Conselho Europeu de Gotemburgo, de 15 e 16 de Junho de 2001, na sequência das conclusões do Conselho "Assuntos Gerais" de 11-12 de Junho de 2001.

6 Conselho "Assuntos Gerais" de 18/19 de Fevereiro de 2002.

7 JO C 180 E de 31.7.2003, p. 538.

8 Conselho Europeu de 20/21 de Junho de 2003.

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PE 329.306 6/15 PR\493353PT.doc

PT

Reforçar o papel da UE na ONU

1. Saúda a Comunicação da Comissão de 10 de Setembro de 20031 que contribui para clarificar o ponto da situação em matéria de cooperação entre a instituição executiva da União Europeia e a ONU; lamenta verificar, todavia, que a comissão não desejou formular qualquer recomendação relativamente ao desenvolvimento da cooperação entre a ONU e o Parlamento Europeu (uma das autoridades políticas da União e a Autoridade Orçamental neste sector), apesar de o fazer em matérias que são da competência do Conselho da União Europeia e dos Estados-Membros;

2. Entende que a Constituição da UE terá um impacto positivo nas relações entre a UE e a ONU e que também reforçará a eficácia da acção da UE dentro da ONU, contribuindo, em consequência, com um apoio enérgico à ONU no seu papel essencial na governação mundial e no multilateralismo;

3. Considera que tal será possível não apenas devido ao reconhecimento da personalidade jurídica internacional da UE, mas também em virtude da esperada clarificação da competência política e/ou executiva de cada instituição da UE nas relações

internacionais, da criação de um ministro da UE para os assuntos externos e do previsto reforço das competências da UE nas áreas da segurança e da política de defesa;

4. Salienta que o êxito da governação mundial, baseado num sistema multilateral eficaz e equitativo centrado na Organização das Nações Unidas dependerá:

- do reforço do papel das Nações Unidas nos moldes propostos na Declaração do Milénio, particularmente aperfeiçoando a representatividade, a estrutura e a eficácia do Conselho de Segurança, da Assembleia Geral, do Conselho Económico e Social (ECOSOC) e, quando necessário, reajustando o Conselho de Tutela,

- do reforço e da racionalização dos mecanismos de acompanhamento e avaliação da aplicação das decisões adoptadas no âmbito do sistema das Nações Unidas, incluindo conferências e cimeiras internacionais, e do aperfeiçoamento do sistema de

aplicação das decisões tomadas em todas as instituições e, em particular, no Tribunal de Justiça internacional,

- do aumento da coerência e da consistência entre as acções das Nações Unidas e das instituições financeiras internacionais (Instituições Bretton Woods),

- da promoção da participação activa das organizações regionais na preparação e execução de iniciativas da ONU e do estabelecimento de uma prática de coordenação de todos os tipos de iniciativas da ONU com os seus principais parceiros, tais como a União Europeia e, sempre que possível, da promoção de acções e programas

conjuntos,

- do reforço da capacidade de lançamento de operações de manutenção e construção da paz lideradas pelas Nações Unidas e, sempre que necessário, em cooperação com os seus principais parceiros, tais como a União Europeia, à luz das directrizes

1 Comunicação da Comissão ao Conselho e ao Parlamento Europeu "A União Europeia e as Nações Unidas: a escolha do multilateralismo" (COM(2003) 526).

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PT

estabelecidas no Conselho Europeu de Gotemburgo;

5. Salienta que o reforço do papel da UE dentro das Nações Unidas exigirá:

- o aperfeiçoamento do intercâmbio de informação, da consulta e, sempre que conveniente, a coordenação entre as instituições da UE em matéria de agenda das Nações Unidas,

- o desenvolvimento da dimensão parlamentar das relações UE-ONU de modo sólido e transparente,

- garantir a aplicação, nos domínios do âmbito de actividades da ONU, em devido tempo e de forma adequada, o artigo 19º do Tratado da União não apenas em termos de informação, mas também de coordenação, bem como de todos os acordos

interinstitucionais aprovados pelo Parlamento Europeu, o Conselho e a Comissão (por exemplo, acordos interinstitucionais sobre PESC/PESD e sobre disciplina orçamental),

- reforço dos mecanismos de coordenação da Política Externa e de Segurança

Comum/Política Europeia de Segurança e Defesa (PESC/PESD) com vista a garantir que os Estados-Membros da UE membros do Conselho de Segurança (membros permanentes e membros não permanentes) disponham de informação clara sobre a posição da UE nas matérias objecto de análise do Conselho de Segurança,

- aplicação transparente e eficiente dos acordos de cooperação (ou memorandos de acordo) entre o Conselho da UE ou a Comissão da UE e a ONU e suas agências, programas e fundos,

- a associação do diálogo e da cooperação a nível de serviços (diálogo estreito e cooperação entre unidades) ao actual diálogo ao mais alto nível entre as instituições da ONU e da UE (Parlamento Europeu, Conselho e Comissão), tendo em vista desenvolver parcerias problemáticas e, quando adequado, agendas comuns,

- o reforço e o alargamento do diálogo político não apenas entre as instituições da UE e os países que são membros do Grupo Regional da Europa Ocidental nas Nações Unidas, mas também com outros grupos regionais (bem como com organizações regionais internacionais), sobre as principais questões constantes das agendas da ONU e da UE, particularmente as relacionadas com os objectivos do Milénio;

Reforço da cooperação entre as instituições da UE e os sistema da ONU

6. Apoia a aplicação pelo Secretário-Geral da ONU da estratégia que visa reforçar a cooperação com as organizações regionais e aumentar a coordenação entre as acções da ONU e os seus parceiros principais, tais como a União Europeia, particularmente dentro do quadro da prevenção de conflitos, da ajuda humanitária, do desenvolvimento, da protecção dos direitos humanos, dos aspectos civis e militares da gestão de crises, bem como do combate ao terrorismo, da luta contra a criminalidade organizada, em

particular do tráfico de seres humanos, de droga e de armamento;

7. Considera que esta abordagem e o desenvolvimento do diálogo político com o

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PT

Parlamento Europeu, tal como referido no nº 19, constituem os pontos de partida para uma estratégia comum de constituição de blocos que vise reforçar os sistemas

multilaterais com base no princípio da cooperação, do diálogo construtivo e dos compromissos e rejeitar abordagens de hostilidade multipolar ou rígida a nível internacional;

8. Saúda, em consequência, o acordo-quadro assinado pelas Nações Unidas e a Comissão da UE sobre os aspectos financeiros e administrativos da cooperação entre agências, fundos e programas da ONU e a Comissão1, bem como os acordos de parceria estabelecidos entre 2000 e 2002 por troca de cartas entre as agências da ONU e a Comissão2;

9. Verifica com satisfação que este acordo-quadro é também uma tentativa para

corresponder aos pedidos dirigidos pelo Parlamento Europeu e pelo Tribunal de Contas à Comissão para que ajustasse os regimes de cooperação com a ONU às regras

financeiras e administrativas da UE, mas lamenta que o Parlamento Europeu, ou as suas comissões competentes, não tenham sido devidamente consultadas e informadas sobre a sua preparação;

10. Solicita que a Comissão informe o Parlamento Europeu (antes do termo do actual exercício orçamental) sobre as dificuldades com que se confrontou na aplicação deste acordo, particularmente sobre as razões por que até agora o ECHO não seguiu

totalmente as suas disposições;

11. Exorta a Comissão a dar novos passos, dentro do quadro das suas competências

executivas, no sentido de reforçar a cooperação e a coordenação, tal como foi proposto pelas Nações Unidas na sua Comunicação "Uma visão da parceria"3, particularmente:

- reforçando o diálogo já estabelecido e a parceria programática por meio:

· da concretização com a maior urgência do compromisso de desenvolver o diálogo entre unidades e de o estender também aos países e regiões nos quais tenha sido já conseguida uma experiência significativa de cooperação (por exemplo, Europa do Sudeste, Congo),

· do desenvolvimento de parcerias estratégicas não apenas nas áreas do

desenvolvimento e da ajuda humanitária, mas também nos domínios da prevenção de conflitos e da solução civil de crises emergentes,

· do alargamento a outros domínios, para além das questões do desenvolvimento e da ajuda humanitária, do actual diálogo político e parceria programática (por exemplo, ambiente, saúde pública - em particular a luta contra a Sida -, política do consumidor, política de luta contra o terrorismo, combate da criminalidade

organizada, em particular, o tráfico de seres humanos, droga e armas),

1 Acordo-quadro financeiro e adminsitrativo assinado pelo Comissário Nielson, em nome da Comissão, e o Vice Secretário-Geral da ONU, em nome da ONU, em 29 de Abril de 2003.

2 Troca de cartas de 06.07.2000 entre a Comissão e o ACNUR.

Troca de cartas de 14.12.2000 entre a Comissão e a OMS.

Troca de cartas de 14.05.2001 entre a Comissão e a OIT.

3 Uma visão da parceria: as Nações Unidas e a União Europeia.

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PT

· do desenvolvimento de programação conjunta e de avaliação de projectos, tendo em vista o planeamento estratégico mais eficaz e a identificação de áreas de maior coordenação e cooperação, não apenas ao nível dos funcionários das unidades, mas também dos representantes dos países,

- aplicação, à luz do regulamento Financeiro da UE e sempre que possível, da cooperação financeira com a ONU com base num sistema de financiamento programático e de procedimentos simplificados; explicação clara à ONU e suas agências, programas e fundos, dos sistemas de financiamento da UE e dos casos em que essa cooperação não é possível às instituições da UE com base numa abordagem programática,

- convite aos secretariados do Conselho e da comissão competente do Parlamento Europeu para assistirem a reuniões intra-unidades e a informarem os secretariados do PE e do Conselho do seguimento dado às decisões tomadas nessas reuniões,

- apresentação ao PE e ao Conselho, antes de Abril de cada ano, de um relatório sobre o ponto da situação das relações entre a União Europeia e as suas instituições, por um lado, e a ONU, por outro, particularmente no que se refere:

· à aplicação do acordo-quadro financeiro e administrativo e seu alargamento a todas as iniciativas da ONU, particularmente às executadas por agências, fundos e programas da ONU,

· à aplicação das parcerias estratégicas com agências, fundos e programas das Nações Unidas e possibilidade de desenvolvimento de novas parcerias,

· à participação de delegações da UE nas iniciativas e acções das Nações Unidas, incluindo as reuniões anuais dos seus organismos, e em conferências

internacionais,

· ao resultado do Diálogo de Programação Estratégica (DPE) sobre questões humanitárias,

· à identificação (por rubrica orçamental) do contributo do orçamento da UE para as Nações Unidas e suas agências, fundos e programas,

· à avaliação da utilização por parte das Nações Unidas dos recursos do orçamento da UE (por rubrica orçamental) durante o exercício orçamental anterior;

12. Exorta igualmente o Conselho a negociar, à luz da sua decisão de 21 de Julho de 20031 e da declaração conjunta da Presidência italiana da UE e do Secretário-Geral das Nações Unidas, de 24 de Setembro2, um acordo com as Nações Unidas sobre a prevenção de conflitos e a gestão de crises que reflicta os seguintes princípios:

– Aplicação do artigo 24º do Tratado da União como base jurídica da UE,

1 Conclusões da Presidência do Conselho da UE para as relações externas de 21 de Julho de 2003.

2 Declaração conjunta aprovada na reunião da Troika-Ministerial durante a 58ª Assembleia Geral da ONU de 24 de Setembro de 2003.

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PT

– Maior cooperação positiva com base mais no princípio da eficácia pragmática do que em aspectos formais que criam limitações desnecessárias,

– Estabelecimento de mecanismos e procedimentos de protecção do intercâmbio entre a UE e a ONU de informação relacionada com a gestão de crises (operações de manutenção e construção da paz),

– Estabelecimento de um conjunto de normas-quadro e procedimentos comuns a serem seguidos pela UE e a ONU na gestão de crises,

– Informação e, quando adequado, consulta do Parlamento Europeu em matéria do Tratado da União e de acordos interinstitucionais assinados pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu;

13. Insiste na necessidade de que a Presidência do Conselho da UE informe o Parlamento Europeu, em devido tempo, dos trabalhos preparatórios de qualquer posição da UE ou qualquer proposta a ser apresentada a organismos ou agências das Nações Unidas (por exemplo, o documento das prioridades da UE para a sessão anual da Assembleia Geral, propostas de resoluções apresentadas em nome da UE ao Conselho de Segurança ou à sessão anual do CES, particularmente à Comissão dos Direitos Humanos) e de informar as comissões competentes do PE sobre propostas de cooperação da ONU em matéria de gestão de crises (por exemplo, cooperação no Gongo, Libéria) ou de prevenção de conflitos, ou mesmo de gestão pós-conflito;

14. Convida o Conselho e os Estados-Membros a reforçarem, à luz do artigo 19º do Tratado UE, não apenas a informação mútua, mas também a coordenação interna tanto em Bruxelas como na ONU, sobre as questões a serem analisadas nos organismos da ONU;

para este fim, propõe que o papel dos grupos de trabalho do Conselho da UE e dos Partidos em Bruxelas (por exemplo, o CONUN ou Grupo de Trabalho para preparação das Conferências das Nações Unidas) seja reforçado e inclua a preparação de posições comuns ou mandatos e directrizes da UE antes de qualquer decisão ser tomada nos organismos políticos das Nações Unidas (Conselho de Segurança, Assembleia Geral e CES);

15. Sublinha, neste contexto, a necessidade urgente de melhorar o sistema actual de intercâmbio de informação e de coordenação entre os representantes dos Estados- Membros da UE nas Nações Unidas , particularmente entre os que têm assento no Conselho de Segurança da ONU, e a Presidência da UE; considera que este

aperfeiçoamento evitará qualquer contradição entre posições ou directrizes políticas comuns adoptadas pela União Europeia e as posições manifestadas nos órgãos das Nações Unidas por qualquer Estado-Membro da UE;

16. Considera que a clarificação das relações entre o Conselho da UE e os seus Estados- Membros representados no Conselho de Segurança da ONU pode ser abordada no quadro de um Código de Conduta a ser adoptado nos termos do artigo 19º do Tratado da União, em linha com as directrizes do Conselho já adoptadas, devendo estas ser

reforçadas;

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PT

17. Propõe que o Conselho e a Comissão organizem, com regularidade, reuniões conjuntas entre representantes da Presidência da UE, do Secretariado do Conselho, da Comissão e do Parlamento Europeu com representantes da ONU, para coordenar e, sempre que possível, realizar avaliações por país em matéria de prevenção de conflitos, do

funcionamento de um "sistema de alerta precoce" e implementação dos mecanismos de gestão de crises existentes na UE e nas Nações Unidas;

18. Entende que, à luz da próxima Constituição da UE, a racionalização da representação diplomática da UE nas Nações Unidas é da mais elevada importância para melhorar as relações entre ambas; exorta, em consequência, o Conselho e a Comissão a obterem tão rapidamente quanto possível um acordo sobre uma delegação externa comum em cada um dos seguintes centros de actividade das Nações Unidas: Nova Iorque, Genebra e, possivelmente, Viena;

19. Convida o Secretário-Geral das Nações Unidas e os organismos políticos, agências, fundos e programas das Nações Unidas a alargarem ao Parlamento Europeu as práticas actuais de diálogo, cooperação e coordenação com o Conselho e a Comissão da UE recorrendo:

– à colaboração ao mais elevado nível na preparação de um debate anual do PE sobre as actividades das Nações Unidas e suas relações com a UE e suas Instituições, – à apreciação conjunta dos casos em que acções e programas conjuntos poderiam ser

propostos ou decididos pelo PE na sua qualidade de uma das Instituições políticas da UE e a Autoridade Orçamental na maioria dos domínios de actividade das Nações Unidas e suas agências, fundos e programas,

– à identificação conjunta de domínios em que poderiam ser estabelecidas ou reforçadas parcerias programáticas com a UE e, sempre que adequado, em que poderiam ser acordadas agendas comuns,

– ao lançamento conjunto, em cooperação com Assembleias Parlamentares regionais ou mundiais (por exemplo, a União Interparlamentar, a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa) de uma rede de representantes parlamentares que se reuniriam com regularidade numa conferência parlamentar sob a égide das Nações Unidas para debaterem questões políticas de grande importância para a actividade da ONU e os desafios com que ela se confronta,

– ao convite ao Parlamento Europeu para participar no painel em curso sobre "Nações Unidas - relações da sociedade civil",

– à aceitação da participação de representantes do PE nas delegações da UE às

reuniões do Conselho de Segurança da ONU, às sessões anuais da Assembleia Geral e do CES, bem como nas representações da UE/CE nas agências fundos e programas da ONU para os quais o orçamento da UE contribui e nas suas delegações às

conferências internacionais,

– à promoção conjunta de encontros periódicos entre altos funcionários da ONU, bem como Presidentes das agências fundos e programas da ONU, e das comissões competentes do PE para questões de interesse actual,

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PT

– à organização conjunta da intervenção anual do Vice-Secretário-Geral da ONU numa reunião conjunta com as comissões e delegações competentes do PE,

– à organização conjunta de uma reunião anual entre o Vice-Secretário-Geral da ONU e o Secretário-Geral do Parlamento Europeu com vista a promover a cooperação e acções comuns aos níveis administrativo e de gestão, incluindo actividades de formação e informação;

20. Considera que o reforço do diálogo e da cooperação política com o Parlamento Europeu (o Parlamento de uma União de 25 Estados e representando cerca de 450 milhões de pessoas a partir de 2004) contribuirá para o êxito dos esforços do Secretário-Geral das Nações Unidas para desenvolver, em estreita cooperação com a União Parlamentar Internacional, uma dimensão parlamentar das Nações Unidas; reforçará também a dimensão democrática das Nações Unidas, promovendo a sua aproximação dos cidadãos de uma das regiões mais relevantes do mundo e que é um dos parceiros principais na resolução dos desafios e das ameaças com que o mundo se confronta actualmente;

21. Recomenda o estabelecimento de uma delegação parlamentar para as relações com a Organização das Nações Unidas e suas agências, fundos e programas na próxima legislatura do PE (2004/2009);

22. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho e à Comissão da UE, ao Secretário-Geral da ONU, ao Presidente do Conselho de Segurança da ONU, ao Presidente da Assembleia Geral da ONU, ao Presidente do CES das Nações Unidas, bem como aos Parlamentos nacionais da UE, à União Interparlamentar e à Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa.

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PT

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

1. As restrições em vigor quanto à extensão da proposta de resolução impediram que o relator apresentasse na Parte I do projecto de relatório algumas recomendações e directrizes políticas que convém sublinhar neste momento.

2. O relator apresenta-as agora na exposição de motivos (Parte II), de modo a permitir que os restantes deputados possam ter conhecimento delas na fase mais precoce possível. O relator apresentá-las-à posteriormente como propostas de alteração.

3. Essas recomendações e directrizes dizem respeito aos seguintes pressupostos políticos a expressar sob a forma de considerandos:

– o desenvolvimento harmonioso da humanidade só poderá ser conseguido no âmbito de um sistema de governação mundial capaz de promover um mundo pacífico, próspero e justo, no qual sistemas multilaterais eficazes de governação, tais como as Nações Unidas, desempenham um papel vital e central e Instituições internacionais eficientes garantem que a ordem internacional se baseie no primado do direito e seja devidamente respeitada; (Considerando A)

– a importância de um sistema multilateral internacional credível baseado em processos eficazes de decisão e execução, no respeito dos princípios universais da democracia e do primado do direito e promotores do desenvolvimento e harmonioso;

(Considerando B)

– a União Europeia não é uma organização internacional, mas sim uma União com uma política externa e de segurança comum, que a partir da Primavera de 2004 contará um total de 25 Estados-Membros e que deve, como uma União, desenvolver as suas actuais relações com a Organização das Nações Unidas na base de uma estratégia política mais forte; manifestando o seu apoio à governação mundial, baseada num sistema multilateral democrático, esta abordagem deveria beneficiar da experiência acumulada no quadro do seu contributo financeiro para as actividades da ONU, particularmente nos domínios do desenvolvimento e das questões

humanitárias; (Considerando C)

– uma cooperação reforçada entre a União Europeia e as Nações Unidas e uma melhor coordenação das instituições da UE e dos seus Estados-Membros levarão a respostas mais eficazes ao terrorismo internacional, à existência persistente de Estados

enfraquecidos, à degradação da situação social e da pobreza no mundo, ao crescimento das redes internacionais de crime organizado, ao tráfico de seres humanos, armamento e droga e à proliferação de armamento não clássico, que constituem ameaças graves com que a comunidade internacional se confronta actualmente; (Considerando D)

– o papel essencial de uma estratégia pró-activa para a União Europeia na resolução das questões e conflitos internacionais numa base multilateral; convicto, em consequência, da importância de uma UE reforçada, dotada de uma personalidade jurídica e de um Ministro dos Assuntos Externos, para alterar o quadro actual das relações da UE e seus Estados-Membros com as Nações Unidas; (Considerando E)

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– a capacidade actual da UE de projectar valores europeus fica aquém do seu peso político e económico na cena internacional, bem como do contributo financeiro para o sistema das Nações Unidas do orçamento da Comunidade Europeia e dos

contributos dos seus 15 Estados-Membros e 10 futuros Estados-Membros;

(Considerando F)

– o contributo positivo que o alargamento da UE prestará para melhorar as capacidades de negociação e conciliação no âmbito do sistema das Nações Unidas, já que a UE incluirá países que participam em diversos grupos regionais das Nações Unidas, o que facilitará o estabelecimento das pontes políticas e económicas necessárias num sistema multilateral de governação mundial; (Considerando G)

– o êxito de qualquer sistema multilateral baseado no respeito do primado do direito dependerá da sua capacidade para aplicar as decisões tomadas; (Considerando H) – a importância de clarificar e reforçar o papel das Nações Unidas e suas instituições

no sistema de segurança mundial, particularmente na resposta a crises e na prevenção ou reacção a violações em massa e sistemáticas dos direitos humanos; salientando, neste contexto, que a consecução das reformas institucionais lançadas pela

Declaração do Milénio da ONU quanto à estrutura, composição e processo decisório do Conselho de Segurança, bem como da Assembleia Geral e do CES, são condições prévias para uma Organização das Nações Unidas mais eficiente; (Considerando I) 4. Serão também aditados pelo relator ao projecto de relatório alguns novos números, sob a forma de alterações, relativos ao "Reforço do papel da ONU na governação mundial e sua eficácia". Visam em particular:

– saudar a crescente coerência da ONU nas suas relações com a UE, já conseguida no quadro da reforma administrativa da ONU em curso e também expressa na nomeação de um representante da ONU junto da UE com um mandato global estratégico; (Nº 21bis)

– saudar a avaliação anual do impacto dos programas da ONU1 e a decisão de

estabelecer um Centro de Informação Regional da ONU para a Europa Ocidental em Bruxelas a partir de 2004; notar, neste contexto, que este Centro dirigirá as suas actividades para a oferta de informação a cidadãos dos Estados-Membros da UE e de outros países europeus; convidar esse Centro a incluir no seu programa de

actividades anuais acções de informação sobre as relações entre a UE e a ONU;

convidar a Comissão da UE a lançar, se possível, conjuntamente com este Centro, uma iniciativa de informação sobre as relações entre a UE e a ONU, nomeadamente sobre o contributo financeiro da UE para as actividades da ONU, suas agências, programas e fundos; incentivar igualmente o Centro Regional da ONU a desenvolver as suas actividades em estreita cooperação com as associações e instituições

educativas da ONU, que constituem estruturas vitais da sociedade civil para transmitir aos cidadãos os valores comuns da UE e da ONU; (Nº 21ter)

– convidar as autoridades belgas a envidarem os maiores esforços para facultarem à

1 Relatório so Secretário-Geral da ONU à 58ª Assembleia Geral intitulado "Reforçar o sistema das Nações Unidas-questões relacionadas com a informação"

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PT

nova representação da ONU na UE e ao Centro de Informação Regional da ONU o estatuto e instalações adequados; (Nº 21quater)

– salientar o relatório do Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre a reforma do Conselho de Segurança, de 20 de Junho de 20031 e suas recomendações, bem como as propostas apresentadas pelo Secretário-Geral das Nações Unidas à 58ª

Assembleia-Geral sobre a reforma da ONU; exortar os Estados-Membros da UE a chegarem com a maior urgência a acordo sobre a reforma institucional do sistema da ONU, à luz da futura personalidade da UE, particularmente no que se refere:

· à composição do Conselho de Segurança (membros permanentes e não

permanentes), que deve reflectir melhor a actual situação no mundo, incluindo a União Europeia como membro permanente de pleno direito, logo que a sua personalidade jurídica seja reconhecida, bem como um lugar suplementar para cada uma das seguintes regiões: África, Ásia e a América Latina,

· a melhorar o processo decisório do Conselho de Segurança substituindo o actual sistema de veto por um sistema de veto duplo (veto apenas relevante se interposto por dois membros permanentes),

· a tornar mais flexíveis as relações entre o Conselho de Segurança e o Tribunal Internacional e de Justiça prevendo a possibilidade de aquele solicitar

aconselhamento jurídico ao Tribunal,

· a aumentar a aplicação da legislação ao nível do Conselho de Segurança (aplicação das suas resoluções) e do Tribunal Internacional de Justiça,

· a aceitar a participação de uma delegação da União Europeia na sessão anual da sua Assembleia-Geral, a qual deve incluir as suas três instituições políticas e decisórias (Parlamento Europeu, Conselho e Comissão da UE) e deve beneficiar do estatuto de "observador mais"2,

· à aceitação da participação de uma delegação da União Europeia na reunião anual do CES, a qual incluirá representantes do Conselho, do PE e da Comissão; regime semelhante de participação em todas as comissões e organismos subsidiários do CES (por exemplo, Comissão dos Direitos Humanos da ONU),

· à plena participação da UE no processo decisório de todas as agências, fundos e programas da ONU para os quais o orçamento da UE contribua, com um regime de representação semelhante ao proposto para o CES e em condições idênticas às estabelecidas para os Estados-Membros da ONU; (nº 21 quinquies)

1 Relatório do Grupo de Trabalho sobre a questão da representação equitativa e do aumento do número de membros do Conselho de Segurança e outras reuniões relacionadas com o Conselho de Segurança, de 20 de Junho de 2003 (57ª Assembleia Geral da ONU, suplemento 47-A/57/47).

2 Capacidade de intervenção, resposta e co-subscrição de resoluções.

Referências

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