Mestrado em Políticas Públicas – UFABC
DISCIPLINA DEMOCRACIA, AÇÃO COLETIVA E GOVERNANÇA
Quadrimestre 03.2016 Docentes:
Klaus Frey (klaus.frey@ufabc.edu.br ) Artur Zimerman (artur@ufabc.edu.br ) Maria da Glória Gohn (gloria.gohn@ufabc.edu.br) Ementa
Concepções contemporâneas sobre democracia. Teoria econômica da democracia e do desenvolvimento. Mensuração da Democracia e pesquisa empírica. Governança pública e suas implicações para a democracia e a ação coletiva. Redes de Políticas Públicas e de governança. Outros aspectos da governança. A lógica da Ação Coletiva. Abordagens Clássicas e Contemporâneas sobre as Ações Coletivas. Ação coletiva de grupos sociais na atualidade: na sociedade e nas políticas públicas.
Artigos e material de apoio disponível em:
https://sites.google.com/site/zimermanartur/disciplinas/democracia-acao-coletiva-e-governanca
Metodologia e avaliação
As aulas serão realizadas em duas partes. Na primeira, de aula expositivo-dialogada, o professor responsável introduz o tema do dia, tendo como base principal o primeiro artigo indicado na programação. A segunda parte consiste de uma discussão geral com ênfase no segundo texto indicado, tendo sempre um grupo de alunos como responsáveis para instigar e conduzir a discussão. O terceiro texto indicado é complementar ao tema, devendo também ser considerado no debate.
O conceito final da disciplina se compõe a partir da participação e do envolvimento geral dos alunos, da assiduidade e, especialmente, da condução do debate enquanto grupo responsável por um tema específico e de um artigo a ser entregue até o dia 11 de setembro de 10 a 12 páginas. No caso deste ser elaborado em grupo de dois a três alunos pode se estender até 15 páginas. Os artigos deveriam ser primordialmente de caráter teórico e necessariamente devem levar em consideração os artigos discutidos em sala de aula sobre o tema abordado.
Na elaboração do artigo levar em consideração o “Guia de Normalização de Trabalhos Acadêmicos“, disponível no site da UFABC:
http://portal.biblioteca.ufabc.edu.br/images/stories/docs/Guia_normatizacao.pdf; ou tomando como referência as normas de uma revista acadêmica previamente escolhida. Recomenda-se fortemente a leitura prévia de cartilha sobre plágio, disponível também no blog supracitado, lembrando que a prática de plágio implica em reprovação na disciplina e acionamento da Comissão de Ética da UFABC.
Plano de aula
Aula Data Tema/Área Alunos responsáveis
pela discussão 1 30.05 Abertura e planejamento da disciplina
2 06.06 Concepções contemporâneas sobre democracia – Artur
SCHMITTER, Philippe C.; KARL, Terry Lynn (1991). “What democracy is…and is not”. Journal of Democracy, 2(3), pp.75-88.
*SARTORI, Giovanni (1995). “How far can a free government travel”? Journal of Democracy, 6(3), pp.101-111.
DIAMOND, Larry Jay (2002). “Thinking about hybrid regimes”. Journal of Democracy, 13(2), pp.21-35.
3 13.06 Teoria econômica da democracia e desenvolvimento – Artur
DOWNS, Anthony (1957). “A estática e a dinâmica de ideologias partidárias”. IN: Uma Teoria Econômica da Democracia. EDUSP, 1999. Cap.8, pp.135-162.
*PREWORSKI, Adam (2004). “Democracy and economic development”. IN: Edward Mansfield and Richard Sisson (eds.) The Evolution of Political Knowledge. Columbus: Ohio State University Press.
LIPSET, Seymour Martin (1959). “Some social requisites of democracy: Economic development and political legitimacy”. The American Political Science Review, 53(1), pp.69-1015.
4 20.06 Mensuração da democracia e pesquisa empírica – Artur LAB. (SPSS)
MUNCK, Gerardo; VERKUILEN, Jay (2009). “Conceptualizing and measuring democracy: An evaluation of alternative indices”. In: Gerardo Munck (ed.), cap.2, pp.13-37. Baltimore: John Hopkins University Press.
LEDUC, Lawrence; Richard G. NIEMI; Norris, PIPPA (2014), “Introduction: Democracy and autocracy”. IN: Lawrence LeDuc, Richard G. Niemi, Pippa Norris (eds.) Comparing Democracies: Elections and Vote in a Changing World. Los Angeles, CA: Sage.
*MUNCK, Gerardo (2009). “Drawing boundaries: The crafting of intermediate regime categories”. Cap.3 (pp.38-52). In:
Gerardo Munck (ed.). Baltimore: John Hopkins University Press.
5 27.06 Governança pública e suas implicações para a democracia e a ação coletiva – Klaus
BEVIR, M. (2009). Key concepts in governance. London, Thousand Oaks: SAGE. I. Parte: What is governance?
* FREY, K. (2007). Governança urbana e participação pública. RAC-eletrônica - Revista de Administração Pública, 1, 136-150. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/26503623_Governana_Urbana_e_Participao_Pblica SØRENSEN, Eva, & TORFING, Jacob (2008). Theoretical approaches to democratic network governance. In E.
SØRENSEN & J. TORFING (Eds.), Theories of democratic network governance (pp. 233-246). Houndmills, New York:
Palgrave MacMillan.
6 04.07 Redes de políticas públicas e de governança – Klaus
BÖRZEL, Tanja A. (2008). Organizando Babel: redes de políticas públicas In F. Duarte, C. Quandt & Q. Souza (Eds.), O tempo das redes (pp. 217-256). São Paulo: Perspectiva.
* PROCOPIUCK, M. & FREY, K. Redes de políticas públicas e de governança e sua análise a partir da websphere analysis. Revista de Sociologia e Política v. 17, No 34 : 63-83 Out. 2009.
LEWIS, Jenny M. (2011). The future of network governance research: strength in diversity and synthesis. Public Administration, 89(4), 1221-1234.
7 11.07 A lógica da ação coletiva –Teorias Clássicas - Glória
GOHN, Maria da Glória. Teorias dos Movimentos Sociais: Paradigmas Clássicos e Contemporâneos.12ª Edic. São Paulo, Ed Loyola, 2017. Cap 1: As Teorias Clássicas sobre as Ações Coletivas. P. 23-48
OLSON, Mancur. A lógica da ação coletiva: os benefícios públicos e uma teoria dos grupos sociais. 3ª ed. São Paulo:
EDUSP., 2015– Parte 1: Uma teoria dos grupos sociais e das organizações & Parte 2: Tamanho de Grupo e Comportamento Grupal . e parte 5 : Teorias Ortodoxas dos grupos de pressão (versão em inglês:
http://outsidethetext.com/archive/Olson.pdf)
8 18.07 Ação coletiva: Teorias Contemporâneas: C.Tilly , Diani, Touraine, - Glória
GOHN, Maria da Glória. Teorias dos Movimentos Sociais: Paradigmas Clássicos e Contemporâneos.12ª Edic. São Paulo, Ed Loyola, 2017. Cap.Teorias Contemporâneas ...p. 49- 163
GOHN, Maria da Glória. Novas Teorias dos Movimentos Sociais. 5ª edic. São Paulo, 2014.Cap III e IV.
TILLY, Charles. Movimentos sociais como política. In ABERS, Rebecca e von BULOW, Marisa (Orgs). Dossiê:
Movimentos sociais e ação coletiva. Revista Brasileira de Ciência Política, no 3, Brasília, jan-julho 2010.p 133-160.
DIANI, Mario e BISON Ivano Organizações, coalizões e movimentos in ABERS, Rebecca e von BULOW, Marisa (Orgs). Dossiê: Movimentos sociais e ação coletiva. Revista Brasileira de Ciência Política, no 3, Brasília, jan-julho 2010.p 219-249 http://periodicos.unb.br/index.php/rbcp/article/view/6562/5289
TOURAINE, Alain. Após a crise.Petrópolis, Vozes, 2011.
9 25.07 Outros aspectos da governança – Klaus
STOKER, Gerry. (2011). Was local governance such a good idea? A global comparative perspective. Public Administration, 89(1), 15-31
* RYDIN, Yvonne. (2008). Sustainable development and governance. In K. Cox, M. Low & J. Robinson (Eds.), The Sage Handbook of Political Geography (pp. 579-593). London: Sage.
FISCHER, Frank. (2006). Participatory Governance as Deliberative Empowerment. The cultural politics of discursive space. American Review of Public Administration, v.36, n.1, p. 19-40.
10 01.08 Ação coletiva de grupos sociais na Atualidade: na sociedade e nas políticas públicas - Glória
Gohn, Maria da Glória. Pluralidade da representação na América Latina. Revista Sociedade e Estado.UNB, Abr 2014, vol.29, no.1, p.73-90. http://periodicos.unb.br/index.php/estado/article/view/18117/12967
GOHN, M.G. Gestão pública e os conselhos: revisitando a participação na esfera institucional. Dossiê: Políticas Sociais na América Latina. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas. Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas – CEPPAC. Universidade de Brasília- UnB. Vol10, No3, pp. 15-28. http://dx.doi.org/10.21057/repam.v10i3 Gohn, M. G. . Manifestações de Junho de 2013 no Brasil e Praças dos indignados no mundo. 2ª ed, Petrópolis: Ed Vozes.
2015. Parte 1.
CASTELLS, M.. Redes de Indignação e de esperança: Movimentos sociais na era global. Rio de Janeiro, Zahar. 2013. . CASTELLS, M Era das wikirrevoluções apud Jordi Rovira, Observatório da Imprensa, site www. IHU – Instituto Humanitas Unisinos, 2/3/2011
11 08.08 Fechamento, com apresentação dos alunos da estrutura preliminar do artigo final
12 11.09 Prazo final para entrega dos artigos (atrasos na entrega dos trabalhos terão conceitos reduzidos)
*Leitura para discussão em classe dos alunos pré-selecionados.
Bibliografia complementar
ARATO, Andrew, COHEN, Jean. Civil Society and Political Theory. Cambridge, The Mitt Press, 1992 ALEXANDER, J The Civil Sphere. Oxford, Oxford University Press, 2005
BEVIR, M. The SAGE Handbook of Governance, London: Sage, 2011.
DIAMOND, L; PLATTNER, M.F. (Eds.) Democracy: A Reader. Baltimore: The John Hopkins University Press, 2009, p.1-400.
DIANI, Mario (Editor), McADAM, Doug (Editors) Social Movements and Networks: Relational Approaches to Collective Action (Comparative Politics).
Oxford: Oxford University Press, 2003.
DOWNS, A. An Economic Theory of Democracy. New York: Harper and Row, 1957.
DRYZEK, John; DUNLEAVY, Patrick. Theories of the Democratic State. Houndsmill: Palgrave, 2009.
GOODWIN, Jeff, JASPER, James M. Jasper (Editors).The Social Movements Reader: Cases and Concepts (Blackwell Readers in Sociology), Malden, USA:
Blackwell, 2009.
HAY, Colin; LISTER, Michael; MARSH, David (eds.). The State: Theories and Issues (Political Analysis, Houndsmill: Palgrave, 2006.
MUNCK, G.L. Measuring Democracy: A bridge between scholarship & politics. Baltimore: The John Hopkins University Press, 2009, pp.1-178;
JASPER, J. M. Protesto: uma introdução aos movimentos sociais. Rio, Zahar, 2016.
LEVI-FAUR, David (ed.). The Oxford Handbook of Governance. Oxford: Oxford University Press, 2012.
OSBORNE, S. P., Ed. (2010). Emerging perspectives on the theory and practice of public governance. London, New York, Routledge.
PATEMAN, C. Participação e teoria democrática. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1992
PRZEWOSKI, Adam, Democracy and the limits of self-government, Cambridge University Press, 2010.
SKOCPOL, T. Social Revolutions in the modern world. NY: Cambridge University Press, 1997, pp.1-354.
SCHERER-WARREN, Ilse. Redes emancipatórias – nas lutas contra a exclusão e por direitos humanos. Curitiba: APPRIS, 2012.
SENNET, R. Juntos. Os rituais, os prazeres e a política da cooperação. Rio/São Paulo, Record, 2012.
SMITH, B. C. (2007). Good governance and development. Houndsmills / New York, Palgrave MacMillan.
SØRENSEN, E. and J. TORFING, Eds. (2008). Theories of democratic network governance. Houndmills, New York, Palgrave MacMillan.
TORFING, Jacob; PETERS, B. Guy; PIERRE, Jon; and SØRENSEN, Eva (eds.). Interactive governance: advancing the paradigm. Oxford: Oxford University Press, 2012.
WEISSHAUPT, J. R. A teoria da ação em Alain Touraine. Alguns supostos e uma aplicação teórica. In: Maria do Carmo BRANT DE CARVALHO (Org).
Teorias da ação em debate. São Paulo, Cortez, 1993.