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A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO PELA PERDA DE UMA CHANCE

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Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 29, jul/dez 2019 ISSN 2595-928X (on-line)

164 A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO PELA PERDA DE UMA

CHANCE

THE LAWYER’S CIVIL RESPONSIBILITY FOR LOSING A CHANCE

Karla Dayane Borges da Cruz

1

Carlos Henrique do Carmo Silva

2

Data da submissão 03.09.2019 Data da aprovação 11.11.2019

RESUMO

A presente monografia tem como objetivo a análise da responsabilidade civil do advogado frente à Teoria da Perda de Uma Chance. Dada à sua importância, por conta da ocorrência de danos que podem ser praticados pela utilização equivocada de técnicas inadequadas pelo patrono da causa, observando também a omissão nos deveres de defesa dos interesses do cliente. Deste modo, tem- se uma pesquisa direcionada a analisar a responsabilidade civil do advogado pela perda de uma chance como dano autônomo e também uma análise da mesma teoria como dano reparável.

Destarte, não se pode desprezar a conduta do advogado que causou dano ao seu cliente.

Palavras Chave: perda de uma chance, dano, responsabilidade civil.

ABSTRACT

The objective of this monograph is the analysis of the civil liability of the lawyer before the Theory of Loss of Chance. Due to its importance, due to the occurrence of damages that can be practiced by the misuse of techniques inadequate by the patron of the cause, noting also the omission in defending the interests of the client. Thus, there is a research aimed at analyzing the lawyer's civil liability for the loss of a chance as autonomous damage and also an analysis of the same theory as reparable damage. Thus, one can not dismiss the conduct of the lawyer who caused harm to his client.

Keywords: loss of a chance, damage, civil liability.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como finalidade o estudo do instituto da Responsabilidade Civil do Advogado pela teoria da perda de uma chance.

Apresentada sua importância, por conta da ocorrência de danos praticados pelo patrono da causa, incluindo omissão nos deveres de defesa dos interesses do cliente.

Portanto, indaga-se em quais situações deve-se aplicar a teoria da perda de uma chance, busca a possibilidade de aceitação da teoria da perda de uma chance como dano autônomo, e em quais hipóteses a teoria da perda de uma chance pode ser tida como dano reparável.

O objetivo geral da pesquisa é compreender o instituto da responsabilidade civil pela perda de uma chance em nosso ordenamento jurídico.

Portanto, foram delineados os objetivos específicos, para verificar em quais situações a perda de uma chance pode ser aplicada, reconhecer a possibilidade de aceitação da perda de uma chance como dano autônomo e, por fim, analisar se a teoria da perda de uma chance pode ser tida como dano reparável.

1

Bacharela em Direito, Centro de Ensino Superior de Jataí-GO.

2

Bacharel em Direito, especialista em Direito Processual, Professor do Centro de Ensino Superior de Jataí–GO.

(2)

Ab Origine – Cesut em Revista. V. 2, N. 29, jul/dez 2019 ISSN 2595-928X (on-line)

165 Realiza-se uma pesquisa com revisão bibliográfica, coleta de jurisprudência e a posição doutrinária do assunto abordado.

A primeira parte abordará o instituto da Responsabilidade Civil de forma genérica, e delimitará suas espécies, sendo a responsabilidade civil subjetiva e objetiva.

Em um segundo momento o trabalho traz o contexto da Responsabilidade Civil do Advogado, e abordagem da obrigação de meio e de resultado do profissional da advocacia.

Por último, o trabalho abordará a definição da teoria da perda de uma chance, depois o enfoque da mesma teoria como dano autônomo e reparável.

Reafirma-se a necessidade de dar continuidade à pesquisa por ser bastante recorrente meio à sociedade.

1 RESPONSABILIDADE CIVIL

1.1 CONCEITO DA RESPONSABILIDADE CIVIL

Gonçalves (2010, p.19) conceitua a Responsabilidade Civil da seguinte forma “[...] tem sua origem na raiz latina spondeo, pela qual se vincula o devedor, solenemente, nos contratos verbais do direito romano.” Nesse sentido, na era romana, a forma de se dar segurança às relações jurídicas se dava na confiabilidade pela palavra do devedor comprometendo-se em honrar seus contratos, tem-se então a noção de responsabilidade como aspecto da realidade social.

Segundo Gonçalves (2010, p.24), trata-se “de um dever jurídico sucessivo que surge para recompor o dano decorrente da violação de um dever jurídico originário”, que tem como objetivo principal reparar a vítima pelo prejuízo causado.

Nos dizeres de Diniz (2013, p.35).

A aplicação de medidas que obriguem alguém a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiros em razão de ato do próprio imputado, de pessoa por quem ele responde, ou de fato de coisa ou animal sob sua guarda ou, ainda, de simples imposição legal.

Gonçalves (2013, p.48) entende que “conforme fundamento que se dê à responsabilidade, a culpa será ou não considerada elemento da obrigação de reparar o dano”.

2 ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADE CIVIL 2.1 RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA

Para que haja a configuração da obrigação de indenizar na esfera da responsabilidade

civil subjetiva, é importante que o ato praticado seja decorrente de ato ilícito, expressos no artigo

186 do Código Civil brasileiro: “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou

imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato

ilícito”. Ao regular as consequências do ato ilícito, o artigo 927, também do Código Civil, dispõe

que “Aquele que, por ato ilícito (arts.186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-

lo”.

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166 Também deve estar presente a idéia de culpa latu sensu, deve estar presente a intenção do agente em causar dano a outrem (ANDRESSA, 2009, p.183).

Nas palavras de Gonçalves (2013, p.48):

Diz-se, pois, ser “subjetiva” a responsabilidade quando se esteia na idéia de culpa. A prova da culpa do agente passa a ser pressuposto necessário do dano indenizável. Nessa concepção, a responsabilidade do causador do dano somente se configura se agiu com dolo ou culpa.

Complementando o assunto, Gonçalves (2010, p.35) define o dolo como sendo o “pleno conhecimento do mal e perfeita intenção de praticá-lo”, e a culpa stricto sensu, como sendo a

“violação de um dever que o agente podia conhecer ou observar, segundo os padrões de comportamento médico”.

Portanto, para que haja a configuração da responsabilidade civil subjetiva, é irrefutável que haja a presença de culpa lato sensu, bem como a comprovação do dano e do nexo de causalidade em conformidade com a ação do agente, ato praticado e a consequência do dano.

Comprovada a responsabilização civil, esta deve ser indenizada na proporção do dano sofrido, para evitar o enriquecimento ilícito de ambas às partes (GONÇALVES, 2010, p.33-35).

2.2 RSPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA

Quanto a Responsabilidade Civil Objetiva, prescinde-se totalmente da prova da culpa.

Ela é reconhecida, como mencionado, independentemente de culpa. Basta, assim, que haja relação de causalidade entre a ação e o dano (GONÇALVES, 2013, p.48).

Segundo Gonçalves, (2013, p.49) uma das teorias que justifica a responsabilidade civil objetiva é a teoria do Risco. Vejamos:

Para esta teoria, toda pessoa que exerce alguma atividade cria um risco de danos para terceiros. E deve ser obrigado a repará-lo, ainda que sua conduta seja isenta de culpa. A responsabilidade civil desloca-se da noção de culpa para ideia de risco, ora encarada como “risco-proveito”, que se funda no princípio segundo o qual é reparável o dano causado a outrem em consequência de uma atividade realizada em beneficio do responsável (ubi emolumentum, ibi onus); ora mais genericamente como “risco criado‟‟, a que se subordina todo aquele que, sem indagação de culpa, expuser alguém a suportá-lo (...).

Código Civil brasileiro regula um grande número de casos especiais de responsabilidade civil objetiva, filiou-se como regra à teoria “subjetiva”. É o que se pode verificar no art.186, que erigiu o dolo e a culpa como fundamento para as obrigações de reparar o dano.

O entendimento do artigo 927, do Código Civil brasileiro, trata da obrigação de reparar o dano, independentemente de Culpa, nos casos específicos em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

Segundo o entendimento de ANDRESSA JÚNIOR, (2009, p. 186) “as teorias objetivas

modernas trazem novos posicionamentos, visando sempre à satisfação da vítima do dano, como

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167 por exemplo, a re ipsa loquitor, assim como a parte d’ une chance”.

3 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO 3.1 DO ADVOGADO

A advocacia diante do seu importante papel social foi inserida na Constituição Federal de 1988 entre às funções essenciais da justiça, ao lado do Ministério Público e da Defensoria Pública. Sendo-lhe assegurada a inviolabilidade por seus atos e manifestações, nos limites da lei.

Contudo, os advogados devem responder pelos seus atos quando violadores de deveres profissionais.

Sobre a responsabilidade dos advogados, Diniz diz que (2013, p.316):

Sabe-se que o advogado é indispensável à administração da justiça (Lei n.

8.906/94, arts.2° e 6°). Apesar de a função do advogado participar do caráter de múnus publico, o mandato judicial apresenta característica contratual, por decorrer de obrigação de meio, exceto, nos casos em que presta assistência judiciária (Lei n. 8.906/94, art.34, XII).

Diz ainda que (2013, p. 316-317):

A Lei n.8.906/94, art.34, VI, considera infração disciplinar advogar contra a lei, presumindo-se a boa-fé , quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior. A lei ainda estatui que é dever do advogado recusar prestar concurso a cliente ou a terceiro para a realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la (art.34, XVII) ou a receber valores do constituinte para aplicação ilícita ou desonesta ( art.34, XVIII), ou da parte contrária ou terceiro, relacionados com o objeto do mandato, sem expressa autorização do constituinte (art. 34, XIX).

O advogado deverá responder contratualmente perante seu constituinte, em virtude de mandato, pelas suas obrigações contratuais de defendê-lo em juízo ou fora dele (Lei. 8.906/94 arts. 1° e 2°) e de aconselhá- lo profissionalmente.

Gonçalves (2010, p.271) reforça que,

[...] O advogado responde pelos erros cometidos no desempenho do mandato.

Quanto aos últimos, é necessário que o erro em si se revista de gravidade, para conduzir à responsabilidade do advogado.

3.2 RESPONSABILIDADE CIVIL DO PROFISSIONAL DA ADVOCACIA

A prestação de serviços advocatícios é, em regra, uma obrigação de meio, uma vez que o profissional não tem como assegurar o resultado da atividade ao seu cliente (GAGLIANO, 2013, p. 283).

Neste caso, demanda uma responsabilidade civil subjetiva, com fundamento contratual que, em processo judicial, decorre de mandato.

“O mandato é uma das formas de contrato previstas no Código Civil. O mandato judicial impõe responsabilidade de natureza contratual do advogado perante seus clientes”

(GONÇALVES, 2013, p. 277).

Para Aguiar Dias:

O advogado responde pelos erros de fato e de direito cometidos no

desempenho do mandato. Quanto aos últimos, é necessário que o erro em si

se revista de gravidade, para conduzir à responsabilidade do advogado (apud

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168 Gonçalves, 2013, p.277).

A perda de prazo, por exemplo, constitui erro grave, por constar expressamente da lei, não se tolera que o advogado o ignore. Para não deixar possibilidade de prejuízo ao cliente.

(GONÇALVES, 2013, p.277).

4 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO PELA PERDA DE UMA CHANCE A teoria da perda de uma chance surgiu na França (perte d’ une chance), foi neste país europeu que se desenvolveu e teve seu primeiro julgado acerca do presente tema de estudo.

Desenvolveu-se especialmente no âmbito da responsabilidade profissional dos advogados, isto porque nos casos envolvendo perda de uma chance de resolver um processo judicial, o juiz da ação reparatória posterior serve como perito da causa, portanto um especialista do assunto, não necessitando de prova para apreciação da seriedade do tema.

Savi (2009, p.3) trata do assunto da seguinte forma:

Na França, houve dedicação maior ao tema por parte da doutrina e da jurisprudência. Em razão dos estudos desenvolvidos no país, ao invés de admitir a indenização pela perda da vantagem esperada, passou-se a defender a existência de um dano diverso do resultado final, qual seja, o da perda de uma chance.

Nas palavras de Gondim (2005,p.21-22) “[...] este enfoque da teoria da chance perdida foi um surgimento jurisprudencial francesa que significa perda de uma chance de cura, limitando sua aplicação nos casos de aplicação medica”.

Sobre o fundamento e a configuração da responsabilidade é através do mandato judicial que se configura a natureza contratual do advogado perante seus clientes.

Nas palavras de Ernesto Lippmann (apud GONÇALVES, 2013, p.280):

A responsabilidade civil do advogado significa que este deverá ser considerado culpado, arcar com aquilo que seria razoavelmente ganho na demanda, ou ainda com os prejuízos que, comprovadamente, a parte perdedora sofrer em função da má atuação profissional. E há outras perdas, pois ser vencido numa demanda, sem dúvida, se traduz naquele estado depressivo, o que leva a uma compensação em dinheiro pelo dano moral.

Não perde uma causa certa; perde um jogo sem que lhe permitisse disputá-lo, e essa incerteza cria um fato danoso. Portanto, na ação de responsabilidade ajuizada pelo profissional do direito, o juiz deverá, em caso de reconhecer que realmente ocorreu a perda dessa chance, criar um segundo raciocínio dentro da sentença condenatória, ou seja, auscultar a probabilidade ou o grau de perspectiva favorável dessa chance.

Para o mencionado autor “o único parâmetro confiável para o arbitramento da indenização, por perda de uma chance, continua sendo a prudência do juiz”.

Gonçalves diz que “Se fosse possível afirmar, com certeza, que o recurso acaso interposto seria provido, a hipótese seria de indenização dos lucros cessantes e não perda da chance, entendida, repita-se, como dano material emergente”. (apud Savi, 2013, p.280-281).

Para Gonçalves, mera possibilidade não é passível de indenização, pois a chance deve

ser séria e real para ingressar no domínio do dano ressarcível.

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169 4.1 DEFINIÇÃO DE PERDA DE UMA CHANCE

Insta salientar que existem modalidades de „perda de uma chance‟, que ensejam naturezas jurídicas distintas. Noronha (2003, p.668-669) identifica duas fases de perda chance perdidas:

[...] a frustração da chance de obter uma vantagem que era esperada no futuro (casos clássicos), que se subdivide em perda de chance de realizar um beneficio em expectativa e perda de uma chance de evitar um prejuízo futuro;

e a frustração da chance de evitar um dano que aconteceu, que se apresenta na perda da chance de evitar que outrem sofresse um prejuízo e na perda da chance por falta de informação.

Savi (2009, p.103) identifica duas modalidades de perda de uma chance: na primeira, o processo aleatório em que se encontra o ofendido é interrompido, com a perda definitiva da vantagem esperada e a total aniquilação das chances da vítima, e na segunda, o processo aleatório chegou ao seu final.

Peteffi (2007, p.137) adverte que, “a responsabilidade civil pela perda de uma chance somente é utilizada porque a vítima está impossibilitada de provar o nexo causal entre a conduta do agente e a perda definitiva da vantagem esperada”.

4.2 RESPONSABILIDADE CIVIL COMO DANO REPARÁVEL

Para que a perda de uma chance tenha um caráter indenizável, é necessário um exame ao caso concreto e que se verifique a possibilidade séria e real de uma vantagem ou de evitar um prejuízo, que tenha sido obtido por ato ilícito cometido pelo causador do dano.

No tocante à caracterização do dano pela perda de uma chance, importante observar um aspecto relevante no estudo da responsabilidade civil do advogado é no que diz respeito à sua desídia ou atraso na propositura de uma ação judicial. Para Gonçalves (2010, p.274), é “[...] a perda da oportunidade de obter no Judiciário o reconhecimento e a satisfação íntegra ou completa de seus direitos”.

Segundo Pontes de Miranda (1984), “o dever de indenizar supõe ter havido um dano” e exige a causa entre o ato e o dano, sendo que, em alguns casos, a culpa é elemento essencial para conferir responsabilidade, em outros, prescinde- se de qualquer culpa.

No caso de perda de chance conforme a doutrina, a indenização da chance perdida será sempre inferior ao valor do resultado útil esperado.

Conclui-se que a vítima tem maior relevância no instituto da responsabilidade civil com a possibilidade de reparar o dano mesmo sem culpa, pelo risco da atividade desenvolvida.

A teoria por perda de uma chance está fundamentada na chance real do ofendido. A

perda de uma chance é uma nova espécie de dano para muitas pessoas, o que enseja numa vasta

pesquisa, com o fim de compreender e entender as correntes doutrinárias e decisões

jurisprudenciais sobre a questão.

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170 De acordo com a doutrinadora Diniz, (2007 p.59): “ o dano é um dos pressupostos da responsabilidade civil, contratual e extracontratual, visto que não poderá haver ação de indenização sem a existência do prejuízo.”

O Dano material é o que afeta somente o patrimônio do ofendido. Diniz (2013, p.84) preceitua que:

O dano patrimonial mede-se pela diferença entre o valor atual do patrimônio da vítima e aquele que teria, no mesmo momento, se não houvesse a lesão. O dano, portanto, estabelece-se pelo confronto entre o patrimônio realmente existente após o prejuízo e o que provavelmente existiria se a lesão não se tivesse produzido.

O critério para o ressarcimento do dano material encontra-se no art.402 do Código Civil, que assim dispõe:

Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu e o que razoavelmente deixou de lucrar.

As perdas e danos compreendem, pois, o dano emergente e o lucro cessante. Devem cobrir todo o dano material experimentado pela vítima. (GONÇALVES, 2013,p.368).

Savi (2009, p.14) explica que:

Seja no caso de lucro cessante, seja no caso de perda de uma chance, restará sempre a dúvida sobre se algum outro evento fortuito não teria, igualmente, impedido que aquela esperança fundada se realizasse. Afinal, aquilo que não aconteceu não pode nunca ser, a rigor, objeto de certeza absoluta; a única coisa indubitável é que a possibilidade foi perdida, que permanece na condição de hipótese e é privada de verificação completa.

Portanto, diante da dificuldade probatória nas situações que envolvem lucro cessante e perda de uma chance, vem se exigindo apenas uma prova de verossimilhança das alegações e não a certeza de configuração do dano propriamente dita, pois obstaria a vítima de demonstrar o prejuízo sofrido, conforme aponta o doutrinador italiano Bocchiola, em sua obra “Perdita di uma chance e certezza del dano” (SAVI, 2009, p. 15).

Bocchiola, defende que a perda de uma chance jamais poderá ser indenizada como lucro cessante, mas como dano emergente, concluindo que:

(i) nestes casos, não se concede a indenização pela vantagem perdida, mas sim pela perda da possibilidade de conseguir esta vantagem, isto é, faz-se distinção entre resultado perdido e a chance de conseguí-lo;

(ii) segundo esta perspectiva, com o termo chance não se indica uma vantagem possível e, consequentemente, um dano eventual, mas a possibilidade ou a probabilidade de um resultado favorável;

(iii) ao assim proceder, a indenização da perda de uma chance não se afasta da regra de certeza do dano, tendo em vista que a possibilidade perdida, em si considerada, era efetivamente existente; perdida a chance, o dano é, portanto, certo (apud SAVI, 2009, p. 18).

4.3 PERDA DE UMA CHANCE COMO DANO AUTÔNOMO

Existe também uma corrente doutrinaria que diz: deve-se analisar o instituto da perda da

chance como dano autônomo em separado do dano final. A perda da chance de se obter

vantagem futura é o que se chama de dano autônomo (SILVA, 2009, p.19).

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171 Joseph King Jr, entende que, “no caso das chances perdidas, como danos autônomos, são perfeitamente indenizáveis por terem como causa necessária a ação ou omissão do ofensor”

(apud SILVA, 2009, p.77).

Noronha (2007, p. 678-9), o dano indenizável da perda da chance é um prejuízo distinto do dano final, qual seja a perda da vantagem esperada.

Conforme fora apresentado, a aplicação da teoria da responsabilidade civil pela perda de uma chance demanda busca por soluções em nosso ordenamento jurídico.

4.4 RESPONSABILIDADE CIVIL DOS PROFISSIONAIS LIBERAIS E O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Ao tratar da responsabilidade civil pelo fato do serviço, o Código de Defesa do Consumidor ressalva situações dos profissionais liberais que, nos termos do §4° do art.14, somente respondem com fundamento na culpa profissional.

Ainda, o artigo 20 trata da responsabilidade civil por vício do serviço capaz de ocasionar apenas dano de natureza econômica e patrimonial ao consumidor, cuja responsabilidade civil é do fornecedor – in casu, o advogado.

O art. 32 da Lei 8.906/94, que responsabiliza o advogado pelos atos que, no exercício de seu mister, praticar com dolo ou culpa, acrescentando seu parágrafo único que “em caso de lide temerária, o advogado será solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado com este para lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria”.

A atividade profissional do advogado é resguardada mediante o contrato de prestação de serviços o qual se obriga a prestar de acordo com o que foi ajustado.

5 POSICIONAMENTO JURISPRUDÊNCIA TJGO E STJ

5.1 EMBORA A RESPONSABILIDADE CIVIL PELA PERDA DE UMA CHANCE NÃO ESTEJA POSITIVADA, VEM SENDO APLICADA NOS POSICIONAMENTOS JURIS- PRUDENCIAIS, VEJAMOS:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO.

NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE CULPA. NOTÍCIA DE RENÚNCIA DO MANDATO DESACOMPANHADA DE PROVA INEQUÍVOCA DA CIÊNCIA DO MANDANTE. INEFICÁCIA. PERDA DE UMA CHANCE. REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS CABÍVEL.

AFASTADA A CONDENAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. 1. A

responsabilidade civil do advogado é subjetiva, de modo que o profissional

só responderá pelos danos causados na medida que for comprovada sua culpa

no exercício da profissão; 2. A declaração do advogado nos autos sobre

renúncia do mandato é inoperante se não constar do processo a notificação ao

seu constituinte; 3. Demonstrada a manifesta negligência do advogado no

cumprimento do mandato e na prestação dos serviços contratados, impõe-se a

reparação pelos danos morais suportados; 4. Em relação aos danos materiais

com base na teoria da perda da chance, é certo que a indenização deve ser

pautada na própria chance perdida, e não na perda ou lucro que

consequentemente dela era objeto, pois passível de reparação é a perda da

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172 chance de ter obtido um resultado vitorioso, e não a vantagem que traria esse resultado; 5. Estando o cliente inadimplente com os honorários advocatícios contratados, não se pode exigir que a contratação de novo advogado para substituir o renunciante se dê às expensas deste. Apelações conhecidas e parcialmente providas. Sentença parcialmente modificada (TJGO, APELACAO CIVEL 93615- 25.2005.8.09.0137, Rel. DES. ITAMAR DE LIMA, 3A CAMARA CIVEL, julgado em 12/05/2015, DJe 1793 de 27/05/2015)

No entendimento do Desembargador Itamar de Lima, a responsabilidade civil do advogado no caso em tela é subjetiva, de modo que o profissional só responderá pelos danos causados na medida em que for comprovada sua culpa no exercício da profissão.

No caso em discussão, ficou demonstrada a manifesta negligência do advogado no cumprimento do mandato e na prestação dos serviços contratados, impondo sua reparação pelos danos morais suportados pelo cliente.

Em relação ao dano material, a indenização é pautada na chance perdida, pois é passível de reparação a perda da chance de ter obtido um resultado vitorioso, e não a vantagem que traria o resultado.

Outro caso de aplicação da teoria da perda de uma chance vejamos:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO. DESÍDIA NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL.

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO SEM COMPROVAÇÃO DO RECOLHI- MENTO DE PREPARO. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO EXTRA- PATRIMONIAL CONFIGURADO. DANO MATERIAL IMPERTINEN- TE. I - Cediço que a obrigação assumida pelo advogado é de meio e não de resultado, de sorte que o seu desiderato não é o sucesso da demanda, mas sim o desempenho diligente e consciente no exercício do mandato. Entretanto, se o profissional se mostrar negligente e imperito, por inadmissível desconhecimento da legislação, da teoria do Direito e do próprio mister a que se dedica, raiando esse procedimento ao erro grosseiro, considerado inescusável, tal procedimento traduz-se e se transfunde em proceder culposo e que obriga a que se indenize a parte assistida. II - Na espécie, a desídia da causídica na atuação da causa, conquanto deixou de interpor recurso de apelação sem comprovação do recolhimento do respectivo preparo, consubstancia ofensa à direito expresso da contratante, dando azo à indenização. III - Não há falar em indenização por danos materiais, por perda de uma chance, na medida em que, no caso em testilha, não é possível delimitar se seria favorável à autora o desfecho do recurso que deixou de ser conhecido. IV - O valor da indenização por danos extrapatrimoniais deve ser arbitrado de forma que não seja irrisório, tampouco exagerado, em atenção aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade. RECURSO DE APELAÇÃO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO (TJGO, APELACAO CIVEL 225530-62.2010.8.09.0093, Rel. DES. AMELIA MARTINS DE ARAUJO, 1ª

CAMARA CIVEL, julgado em 18/03/2014, DJe 1512 de 27/03/2014).

Neste caso, a Desembargadora Amélia Martins Araújo entendeu que a obrigação assumida pelo advogado é de meio e não de resultado. Por isso não se obriga a ter sucesso na demanda.

No entanto, deve ter um desempenho diligente e consciente no exercício do mandato.

No caso em questão, o advogado deixou de interpor o recurso de apelação sem

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173 comprovação do recolhimento do respectivo preparo, consubstancia ofensa a direito expresso da contratante, dando azo à indenização.

Vejamos outra decisão:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPARACAO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS. NEGLIGÊNCIA. ADVOGADO QUE DEIXA DE COMPARECER AUDIÊNCIA INSTRUÇÃO TRABALHISTA.

CONFISSÃO FÁTICA. PERDA DA CHANCE. DANO MATERIAL. NÃO CONFIGURAÇÃO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. REDUÇÃO. I - OS ADVOGADOS SOMENTE PODEM SER RESPONSABILIZADOS SE AGIREM COM DOLO OU CULPA NO PATROCÍNIO DE DETERMINADA DEMANDA, GERANDO PREJUÍZOS AO SEU MANDATARIO, CONFORME DISPOE O ART. 32 DA LEI 8.906/1994. II - O PROFISSIONAL QUE DEIXA DE EMPREGAR HABILIDADE ELEMENTAR QUE DE SUA FORMAÇÃO SE ESPERA, INCIDINDO EM ERRO DECORRENTE DA IGNORÃNCIA DE PRECEITOS DO OFÍCIO, RESPONDE PELAS CONSEQUÊNCIAS DA CONDUTA. III - ADVOGADO QUE, CONTRATADO PARA AJUIZAR RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, NAO O FAZ A TEMPO, CAUSANDO AO SEU CONTRATANTE A PERDA DA CHANCE DE QUE SEU PLEITO FOSSE CONHECIDO, RESPONDE PELO PREJUÍZO MORAL DECORRENTE DE SUA CONDUTA DESIDIOSA. IV - NAO HÁ QUE SE FALAR EM DANO MATERIAL NO CASO DOS AUTOS, JÁ QUE A MERA PERDA DE UMA EXPECTATIVA, SEM UM MÍNIMO DE CERTEZA, NÃO CARACTERIZA DANO EMERGENTE OU LUCRO CESSANTE. V - NAO HAVENDO COMPLEXIDADE NA QUESTÃO SUBMETIDA AO JUÍZO, CABÍVEL Á REDUCAO DOS HONORARIOS ADVOCATICIOS, OBSERVANDO-SE AS ALÍNEAS 'A', 'B' E 'C' DO PARAGRAFO 3º DO ART. 20 DO CPC. APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA (TJGO, APELAÇÃO CÍVEL 131718-6/188, Rel. DES.

GILBERTO MARQUES FILHO, 2ª CAMARA CIVEL, julgado em 17/02/2009, DJe 305 de 30/03/2009)

Neste caso, o Desembargador Gilberto Marques Filho entende que advogado que contratado para ajuizar reclamação trabalhista, não o faz a tempo, causando ao seu contratante a perda da chance de que seu pleito fosse conhecido, responde pelo prejuízo moral decorrente de sua conduta desidiosa.

Vejamos a Jurisprudência do STJ:

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA. PREPARO.

AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE PAGAMENTO. PERDA DE UMA CHANCE. SUSCITADA OFENSA AOS ARTS. 17, § 11º, DA LEI 8.429/92 E 267, IV E VI, DO CPC/73. FALTA DE COMANDO NORMATIVO CAPAZ DE DESCONSTITUIR OS FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO RECORRIDO. SÚMULA 284/STF. RAZÕES DE RECURSO QUE NÃO IMPUGNAM, ESPECIFICAMENTE, OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 182/STJ.

AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS LEGAIS APONTADOS COMO VIOLADOS. SÚMULA 211/STJ. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE, À LUZ DAS PROVAS DOS AUTOS, CONCLUIU PELA RESPONSABILIDADE CIVIL DOS AGRAVANTES, PELA TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE. REEXAME. IMPOS- SIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO INTERNO PARCIALMENTE CONHECIDO, E, NESSA EXTENSÃO, IMPROVIDO.

I. Agravo interno interposto contra decisão publicada em 30/05/2016, que,

por sua vez, julgará recurso interposto contra decisum publicado na vigência

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174 do CPC/73.

II. Trata-se, na origem, de ação civil pública por ato de improbidade administrativa e de ressarcimento de danos, proposta pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul contra Perondi Advogados Associados S/C, Rita Perondi e Cláudio Silveira Gomes, sustentando que os réus não desempenharam, com zelo e dedicação, suas atividades profissionais, ao defender a Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE, em Juízo, ocasionando-lhe prejuízo econômico. Afastada a configuração de ato de improbidade administrativa, a demanda prosseguiu somente quanto ao pleito sucessivo de reparação de danos, em razão de ilícito contratual.

III. Interposto Agravo interno com razões que não impugnam, especificamente, os fundamentos da decisão agravada, mormente quanto à incidência da Súmula 284/STF - aplicada em relação à apontada ofensa aos arts. 267, IV e VI, do CPC/73 e 17, § 11, da Lei 8.429/92 -, não prospera o inconformismo, em face da Súmula 182 desta Corte.

IV. O Recurso Especial é manifestamente inadmissível, por falta de prequestionamento dos dispositivos apontados como violados - arts.

48, 49, 267, IV e VI, 499 do CPC/73, 17, § 11, da Lei 8.429/92, 54 da Lei 8.666/93, 1.060 do Código Civil de 1916 e 403 do Código Civil de 2002 -, pois não foram objeto de discussão, nas instâncias ordinárias, pelo que incide, quanto ao referido ponto, o óbice da Súmula 211/STJ.

V. Na forma da jurisprudência do STJ, "ainda que o Tribunal a quo tenha acolhido parcialmente os embargos de declaração para dar por prequestionados os dispositivos constitucionais e infraconstitucionais tidos por violados, tal fato não enseja, por si só, o regular prequestionamento da matéria, na medida que o referido requisito exige o efetivo debate da questão pelo Tribunal a quo, tendo por enfoque as normas supostamente malferidas"

(STJ, AgRg no REsp 1.493.604/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe de 28/08/2015).

VI. O Tribunal a quo, com fundamento no conjunto fático-probatório dos autos, reconheceu a responsabilidade civil dos agravantes, concluindo que a omissão da juntada da guia do preparo do recurso ordinário deve ser atribuída à sociedade de advogados que patrocinava a defesa da Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE. Ainda segundo o acórdão recorrido, restou devidamente configurada a probabilidade de êxito do recurso ordinário, tendo em vista a existência de precedentes em sentido favorável à pretensão da referida Companhia. Nesse contexto, considerando os fundamentos do acórdão recorrido, acolher as teses sustentadas pelos agravantes, de modo a afastar a responsabilidade reconhecida pelo Tribunal a quo, demandaria inevitavelmente, o reexame de provas, incidindo, na espécie, o óbice da Súmula 7 desta Corte. Precedentes do STJ.

VII. Agravo interno conhecido, em parte, e, nessa extensão, improvido (AgInt no REsp 1435370/RS, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 07/02/2017, DJe 15/02/2017)

No julgado acima, a sociedade de advogados deixou de agir com zelo e dedicação nas suas atividades profissionais, causando prejuízo econômico.

CONCLUSÃO

Com a presente monografia, conclui-se que o advogado deve responder pelos danos causados aos seus clientes, na esfera da responsabilidade civil, pela perda de uma chance.

Observou-se no decorrer do trabalho a aplicação da teoria da perda de uma chance e o posicionamento doutrinário e jurisprudencial.A teoria da perda de uma chance foi trabalhada ao longo da monografia, por fim, a problemática apresentada como dano autônomo e reparável foi respondida e aceita suas hipóteses de aplicação.

O interesse pelo tema abordado se deu pela crescente discussão da teoria nos tribunais,

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175 principalmente por compor quadro de danos indenizáveis na responsabilidade civil.

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