OCUPAÇÕES DE TERRAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS
Juliana Hilkner Guartieri de Oliveira
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologias juliana.hgo@puccampinas.edu.br
Prof.ª Dr.ª Laura Machado de Mello Bueno
Grupo de Pesquisa: Políticas Territoriais e Água no Meio Urbano
Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologias laurab@puc-campinas.edu.br
Resumo: A moradia, apesar ser considerada um item básico para o seu humano, apresenta uma traje- tória perturbadora, devido à situação contraditória de ser também produzida e consumida como uma mer- cadoria. A situação alarmante em que se encontram as cidades brasileiras é resultado da situação fundiá- ria, junto à falta histórica de uma política pública efi- caz e de um mercado imobiliário abusivo. Com o ob- jetivo de analisar cronologicamente as condições urbanísticas, a morfologia e a paisagem dos assen- tamentos precários das microbacias dos córregos Buracão e Cafézinho, em bairro consolidado no mu- nicípio de Campinas, SP, foi realizado um levanta- mento das informações registradas em diversas fon- tes oficiais A partir de tabelas comparativas, foi pos- sível analisar a evolução dos assentamentos, consi- derando o parcelamento do solo, políticas públicas e a situação da paisagem.
Palavras-chave: ocupação irregular, assentamento precário, políticas públicas.
Área do Conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas – Fundamentos da Arquitetura e Urbanismo.
1. INTRODUÇÃO
De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU de 1948, a moradia é um item básico para todo e qualquer ser humano. Esse termo vai além da habitação construída, uma vez que para ter moradia digna é necessário o acesso a serviços indispensáveis. “Entende-se por moradia digna aque- la que proporciona qualidade de vida e desenvolvi- mento econômico e social aos cidadãos” [1].
Porém, independentemente de onde esteja localiza- da e qual o nome que carrega, “mansão em condo- mínio fechado ou num barraco sob um viaduto” [2], a habitação urbana precária é reflexo da descontrolada situação fundiária, somada a falta de uma política pública eficaz e um mercado imobiliário abusivo.
No Brasil, a histórica falta de uma política habitacio- nal e fundiária contribuiu para definir ocupações ilegais de terra, espontâneas ou organizadas, co- mo sendo parte de um modelo de desenvolvimento urbano brasileiro [3]. A ausência de uma reforma agrária resultou em uma grande migração para a cidade, condicionando dificuldades na vivência da cidade sem melhora urbana e emprego para todos.
As grandes cidades apresentam ampla quantidade de assentamentos com construções precárias em terrenos ocupados irregularmente. Uma vez que mo- radores destas áreas supostamente não precisam cobrir os custos de moradias legais, assentamentos acabam sendo funcionais por possibilitar o rebaixa- mento de salários [4].
Por mais que a ideia de invadir gere uma imagem de rebeldia, muitas vezes impostas pela mídia, esta ile- galidade não tem apenas uma face. “A ocupação de terra urbana tem sido tolerada”, [5]. Ao contrário do que rege a lei, o Estado permite que isso ocorra. O contrário também se tornaria um cenário alarmante, uma vez que a população de baixa renda não encon- traria alternativa para ter direito ao morar. Esta reali- dade, que segrega e tira o direito a cidade, é fruto de um mercado que se impõe e rege as políticas públi- cas.
Ainda:
“Ao invés de priorizar o caráter público e social dos investimentos municipais em uma cidade com gigantescas carências, o gover- no municipal o fez de acordo com interesses privados, em especial de empreiteiras de construção pesada e agentes do mercado imobiliário” [5].
Nos anos 1990, a oportunidade de financiamento dado pelo mercado privado legal, ou seja, os bancos, era direcionada apenas para os que ganhavam mais de 10 salários mínimos. Para entender a problemáti- ca, na Região Metropolitana de São Paulo apenas 40% da população se enquadra nos critérios, exclu- indo os demais do mercado legal a moradia [5].
Campinas, apesar de sua dinâmica econômica, de desenvolvimento educacional e tecnológico, tam- bém apresenta grande parte da população com rendimentos médios a baixos, o que se reflete no padrão construtivo dos domicílios, tendo como indicador o número de banheiros levantado pelo Censo do IBGE 2010. Na Figura 1 destacam-se os setores censitários com tonalidade mais clara. Nos dois últimos extratos, tem-se os setores onde de 63 a 82% e de 82 a 100% dos domicílios tem um banhei- ro- (Fig. 1).
Figura 1. Porcentagem de domicílios com apenas um ba- nheiro por Setor censitário. Fonte: dados básicos IBGE 2010.
A região de “Campinas está entre as dez metrópoles brasileiras com maior proporção de população resi- dente em favelas e ocupações irregulares” (Fonseca [6] apud Queiroga [7]).
Referente aos assentamentos precários, ressalta-se que de acordo com os dados do Plano Municipal de Habitação de 2011 de Campinas, a cidade apresenta 53.365 domicílios em assentamentos precários, sen- do quase um terço não consolidáveis. Destes, quase um quarto localizado na Macrozona 4 da RMC, a área consolidada e estruturada da cidade, onde está localizada a área de estudo [8].
A exclusão territorial e assentamentos espontâneos estão indiretamente ligados a predação ambiental [5].
Geralmente, as áreas de risco estão localizadas em lugares nos quais as Áreas de Preservação Perma- nente (conforme definição do Código Florestal brasi- leiro) não foram respeitadas. Isso acontece por essas áreas, na maioria dos casos, como já citado, serem áreas de desinteresse imobiliário, tornando-a atrativa para ocupações irregulares. Em São Paulo, foi ob- servado que a proximidade de habitações a cursos d’água tem uma relação direta com renda familiar e escolaridade [9]. Pera, Arruda e Bueno [10] constata- ram essa relação também em Campinas.
Desastres ambientais são fenômenos naturais que impactam o meio construído, atingindo grupos mais vulneráveis [8] [11]. Estes desastres afetam o que pode ser considerado mais vulnerável, ou seja, o
grupo que está exposto a certos riscos, podendo ou não os evitar.
Segundo o Ministério das Cidades, p. 30, [12] pode- se definir risco como o “termo que indica a probabili- dade de ocorrência de algum dano a uma população (pessoas ou bens materiais). É uma condição poten- cial de ocorrência de um acidente” classificado pelo grau de probabilidade, que vai de inexistente há mui- to alto, de acordo com a vulnerabilidade.
2. CONHECIMENTO DO PROBLEMA
Esta pesquisa teve como principal objetivo analisar os assentamentos precários localizados nas micro- bacias dos córregos Buracão e Cafezinho- (Fig. 2), sub bacia hidrográfica do Ribeirão Anhumas, para que através de uma análise morfológica e cronológi- ca fosse possível compreender a situação em que a moradia se encontra na cidade de Campinas e o mo- delo de política pública relacionada à moradia.
Figura 2. À esquerda, a localização das micro-bacias dos córregos Buracão e Cafézinho no mapa de Campinas. Ao lado, a localização e ampliação da área e os assentamentos estudados marcados e numerados.
3. METODOLOGIA
A metodologia foi composta por três atividades distin- tas e complementares. A primeira deu-se com o le- vantamento e comparação dos mapas e dados sobre os assentamentos precários existentes nas sub- bacias em fontes oficiais: laudos de risco elaborados pela Defesa Civil em 2004, mapeamentos da Secre- taria de Planejamento Municipal realizados para o Plano Diretor de 2006 sobre restrições legais e con- dicionantes ambientais, localização de equipamentos de saúde e educação, leitura ambiental e caracterís- ticas topográficas da cidade; dados do IBGE de 2010 contendo informações sobre densidade populacional, diagnóstico de todas as favelas e ocupações do Pla- no Municipal de Habitação, realizado em 2011; ma- pas fornecidos pela empresa de saneamento munici- pal - SANASA, contendo informações sobre as redes de água e esgoto. Como resultado, foram geradas 12 tabelas (em parceria com Renata Costa, membro do grupo de pesquisa em Iniciação Científica), com indi-
cadores qualitativos e quantitativos. A segunda ativi- dade foi a análise das plantas dos loteamentos das sub-bacias fornecidas pelo cadastro municipal (obti- das por Agenor Mello, membro do grupo de pesquisa em Iniciação Científica), verificando-se a situação fundiária, o uso do solo original comparados com as imagens geradas pelo Google Earth Pro nos anos de 2012 e 2015, A terceira atividade incluiu visitas de campo. Desta forma foi possível obter uma análise das transformações do espaço e da paisagem, le- vando em consideração o que há registrado e com- parando com a realidade.
4. RESULTADOS
Maricato afirma que “(...) não há números gerais, confiáveis, sobre a ocorrência de favelas em todo o Brasil” [5]. Existe uma dificuldade, devido a frágeis procedimentos técnicos, em conhecer a titularidade da terra sobre as quais há ocupação. Atualmente não se encontra fontes com informações completas ou são estas subdimensionadas.
Como primeiro resultado, percebeu-se que em Cam- pinas, as informações relacionadas a moradia precá- ria são díspares e incompletas. Desta forma, existe uma dificuldade em realizar um planejamento urbano continuo e eficaz. Através de análise realizada, por meio de fontes diversas, pode-se notar que, por mais que as informações sejam extraídas de fontes pro- duzidas em sua maioria por órgãos da Prefeitura de Campinas, há diferenças e desatualizações das in- formações no que diz respeito às áreas de interesse social presente na cidade.
A falta de dados organizados confiáveis e o desco- nhecimento sobre o tema se mostra um descaso com a política urbana e habitacional justamente para os que mais necessitam. Assim, é possível deduzir a razão das más condições e a falta de incentivo públi- co para as áreas. Não se pode modificar algo que não se conhece. Pode-se notar em alguns pontos estudados, que não há registro das modificações da situação de moradia, que indiquem melhora ou dete- rioração das condições habitacionais. Para exemplifi- car, é notório a presença de novos assentamentos precários na região, além de expansão de favelas e volta de moradores para locais de risco que houve remoção, sem serem registrados e/ou de conheci- mento pelos órgãos responsáveis.
De acordo com Berner [13], assentamentos precários estão diretamente ligados a pobreza em três grandes aspectos: habitação como um fator de pobreza, habi- tação como um indicador de pobreza e habitação como causa da pobreza. Pode-se relacionar a habi- tação a esses indicadores devido o vínculo com a
falta de qualidade, infraestrutura, serviços e seguran- ça. A moradia é um fator segregativo.
Quadro 1. Caracterização dos assentamentos analisados, conforme as políticas habitacionais a que correspondem.
Numeração dos assentamentos conforme a Figura 1.
Quadro 2. Caracterização dos assentamentos analisados, conforme as políticas habitacionais a que correspondem.
Continuação da Tabela 1. Numeração dos assentamentos conforme a Figura 1.
Levando em consideração os fatores, qualidade, in- fraestrutura, serviços e segurança, foi observada nas microbacias dos córregos Buracão e Cafézinho cinco tipos de assentamento habitacional relacionados a posturas ou políticas municipais: novo assentamento precário, expansão de assentamento existente, as- sentamentos que receberam investimento público
(urbanização) e assentamentos com remoção por completo e com retorno da ocupação (Quadro 1 e 2).
Comparando os tipos de assentamentos apresenta- dos acima, um fator claro que se revela é a falta de interesse em efetivar ações contínuas e investir em áreas que não estão diretamente ligadas ao merca- do. Na Macrozona 4 (Área de Urbanização Prioritária – AUP – segundo o Plano Diretor Municipal de Cam- pinas, elaborado em 2006 e vigente, observa-se na malha urbana assentamentos precários junto a con- domínios fechados com lotes generosos e glebas ociosas, denunciando com mais evidencia a diferen- ça social constante. Além disto, a discrepância entre estes tipos de assentamentos marca o desprezo por aqueles que não conseguem comprar seu espaço na cidade de maneira legal, apontando a ausência de políticas. Expansão de ocupações ao longo de córre- gos, volta de moradores removidos de áreas de risco são fenômenos encontrados na área de estudo. A região apresenta uma constante barreira entre a mo- radia ilegal e grandes glebas particulares desocupa- das (invadidas por esses para conquistar o seu es- paço).
Ao compreender que ainda existem ocupações sur- gindo e expandindo, torna-se claro a ineficiência das políticas públicas que tratam esta questão. Segundo Berner [13], é de maior eficiência melhorar as condi- ções de assentamentos existentes, providenciando infraestrutura, do que começar do zero. Afirmando que providenciar terra para autoconstrução é uma estratégia melhor do que vê-las crescer incontrola- das. Dito isso, as táticas exercidas pelo poder público são, em sua maioria, paliativas. Ocupações ficam sujeitas a situações de risco durantes anos antes de conseguir investimento. Quando se investe, como no caso de remoção, mesmo por risco de inundação, a ausência de acompanhamento social, de fiscalização e manutenção das áreas livres, torna comum ver ca- sos de reocupação dos locais de risco.
A partir das informações coletadas no Setor de Ca- dastro Municipal, que forneceu as plantas originais dos loteamentos aprovados, foi realizada análise de dos locais onde há assentamentos precários. Foi possível comparar o plano de loteamento para a ci- dade, entre 1975-79, com os locais que hoje apre- sentam assentamentos irregulares. Apesar de conta- bilizar em doze agrupamentos estudados, foi possível a comparação em apenas cinco dos casos (Jardim Nilópolis, Novo Nilópolis, Jardim Santana, Getúlio Vargas e Conjunto Parque São Quirino), devido a desatualização por parte da prefeitura.
As imagens abaixo são compostas das plantas for- necidas pela Prefeitura de Campinas e imagens do programa Google Earth Pro (2012). Nestas estão delimitadas as áreas em que hoje apresentam as- sentamentos precários- (Fig. 3 – 5).
Figura 3. Planta do Jardim Nilópolis de 1979 e imagem atual.
Segundo a Fig. 3, na planta da situação da gleba do Jardim Nilópolis, em 1979, pode-se notar que o agrupamento do Nilópolis se deu em um terreno pú- blico, destinado a ser um espaço livre de 9940m².
Semelhante a este, Novo Nilópolis, ocupa uma praça de aproximadamente 3500m². Vale destacar uma nota feita a mão no terreno desta praça, salientando que ocorreu a urbanização de uma favela, detecta-se ser Novo Nilópolis.
Figura 4. Planta do loteamento Jardim Sant`Ana e imagem atual.
Na fig. 4, a planta do loteamento Jardim Sant’Ana mostra-nos que o agrupamento Jardim Santa- na/Novo Horizonte se dá na área de bosque da Fa- zenda Sant’Ana – pertencendo ao proprietário Fran- cisco Xavier de Arruda Camargo e Irmãos até 1956.
O mesmo acontece com o agrupamento Getúlio Var- gas, que se situa em um terreno público destinado a parque.
Figura 5. Planta do Condomínio chácara São Quirino de 1975 e imagem atual.
Na fig. 5 a planta de Arruamento e Loteamento do Condomínio Chácara São Quirino, de 1975, denuncia a cidade que estava sendo pensada para os mais afortunados, com condições de adquirir lotes varian- do de aproximadamente 2000m² à 4000m². A ocupa- ção atual do Conjunto Parque São Quirino se deu em um espaço livre reservado para parque.
Segundo a planta fornecida pela Prefeitura de Cam- pinas, datada 1979, pode-se notar assentamentos precários utilizando de terreno público, sendo estes projetados para serem praças e parque, nos casos:
Jardim Nilópolis, Novo Nilópolis, Getúlio Vargas, e Conjunto Parque São Quirino- (Fig. 3-5). Vale desta- car uma nota feita a mão no terreno desta praça, sa- lientando que ocorreu a urbanização de uma favela.
Ambas as praças são limite de uma gleba particular.
Junto à essas informações, é marcante a planta de arruamento e loteamento do Condomínio Chácara São Quirino- (Fig. 5), em que os lotes variam de 2000m² e 4000m². Localizado em áreas destina a parque, as margens deste loteamento fechado, nota- se um assentamento precário ilegal. Este, por estar ao longo do córrego, é um exemplo de caso em que a apropriação de terras não ocupáveis (por questões ambientais - APP) torna-se a solução para o direito à moradia.
Como já descrito na bibliografia sobre moradia no Brasil, como o loteamento privado não tem lotes com preços acessíveis, as áreas destinadas a uso co- mum, doadas à Prefeitura pelo loteador, acabam sendo ocupadas, com a conivência da Prefeitura.
Outro fato que se pode compreender a partir das análises realizadas é como o vazio urbano ocioso permite a ocupação indevida. É notória a presença de glebas à espera de especulação imobiliária na cidade. Enquanto alguns esperam a valorização do solo, outros não têm a possibilidade de adquirir terre- no no mercado legal. Desta forma é possível associ- ar a ideia de vacâncias ociosas a assentamentos precários. Assim, contraditoriamente, a existência de um terreno vazio de grande porte, apesar do Estatuto da Cidade proporcionar instrumentos legais urbanís- ticos e tributários para impedir a vacância, proporcio-
nou que em 2013 um grupo de famílias de baixa ren- da ocupasse esse terreno. A ocupação é precária, sem infraestrutura organizada (contendo água e energia), com barracos de madeira e encontra-se sob litígio legal com o proprietário que solicitou rein- tegração de posse ainda não julgada- (Fig. 6).
Figura 6.A ocupação Novo Cafezinho se deu por volta de 2013, situada em uma gleba particular. (FONTE: acervo do grupo de pesquisa, 2015).
5. CONCLUSÕES
Através das análises realizadas pode-se notar um problema relacionado a política pública pertinente à moradia precária na cidade de Campinas, tanto em relação ao aspecto da organização administrativa, investimentos de custeio, quanto à concepção e efe- tividade dos planos e projetos. As informações sobre assentamentos precários da região são dispares e incompletas, resultando em planejamentos ineficazes para a cidade. Como as informações não são conti- nuas (e georreferenciadas), há cada nova pesquisa faz-se necessário um levantamento novo da cidade, mesmo quando as fontes/bibliografias são conexas por um mesmo órgão. Percebeu-se também a au- sência de manutenção e fiscalização nos locais onde foram feitos os investimentos de urbanização de fa- velas.
A pesquisa permitiu também compreender o cenário das microbacias dos córregos Buracão e Cafezinho de acordo com os registros em datas distintas. Con- frontando-se com as visitas de campo, confirma-se como a moradia e o acesso a cidade é deixado de lado pelas autoridades. Ocupações irregulares ainda estão surgindo, locais de risco são reocupados, por- tanto o problema não está sendo sanado.
Pode-se concluir que ao comparar as condições ha- bitacionais e da paisagem, confirmou-se o que a bi-
bliografia indica, de que há falta de políticas públicas para melhoria e manutenção desses locais. Desta forma, deve-se investir em uma mudança significati- va de atitude para se alcançar uma cidade digna para todos.
AGRADECIMENTOS
Agradeço à orientadora Prof.ª Dr.ª Laura Bueno pela oportunidade de desenvolver este trabalho e todo o ensinamento passado. Agradeço também à geografa e técnica Simone Souza pelo auxilio e a colaboração dos integrantes do grupo de pesquisa de Iniciação Cientifica. Agradeço a PUC- Campinas pela bolsa.
REFERÊNCIAS
[1] Ghirello, B.; Astier, G.; Bueno, L. (2013), Habita- ção em Áreas de Risco de Campinas/SP: Avalia- ção e Propostas de Aprimoramento do Processo de Remoção e Reassentamento. ELECS – En- contro Latinoamericano de Edificações e Comu- nidades Sustentáveis. Curitiba, PR.
[2] Maricato, E. (2009), Por um novo enfoque teórico na pesquisa sobre habitação. Cadernos Metrópo- le (PUCSP), v.21, p.33-52.
[3] Carvalho, J. (2013), Ocupação Ilegal em Terra Urbana: O Caso de Campinas, X Encontro Naci- onal da Anpur.
[4] Maricato, E. (2004), Habitação e Cidade, Edição 20,Brasil, Atual.
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XIII Simpósio Nacional de Geografia Urbana, UERJ, Rio de Janeiro.
[7] Queiroga, E. (2008), A metrópole de Campinas diante da megalópole do Sudeste do Brasil: um olhar dialético-espacial. In: Souza, M. (Org.), A metrópole e o futuro: refletindo sobre Campinas.
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[8] Silva, R.; Bueno, L. (2013), Injustiça Urbana e Ambiental: O Planejamento de “Zonas de Sacrifí- cio”. In: ANAIS do ENANPUR.
[9] Torres, H. (2000), A demografia do risco ambien- tal. In Torres, H.; Costa, H. (org) População e meio ambiente: debates e desafios. São Paulo.
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[10] Pera C.; Arruda. L.; Bueno L. (2012) Avanços e Desafios no tratamento de áreas ambientalmente sensíveis urbanizadas: o caso da Vila e Parque do Ribeirão Anhumas. In Anais do II Seminário Nacional sobre Áreas de Preservação Perma- nente em Meio Urbano. Natal, RN.
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[12] Ministério das Cidades, Cities Alliance (2006), Prevenção de Riscos de Deslizamentos em En- costas: Guia para Elaboração de Políticas Muni- cipais. Celso Santos Carvalho e Thiago Galvão, organizadores – Brasília: Ministério das Cidades;
Cities Alliance.
[13] Berner, E. (2001), Learning from informal mar- kets: Innovative approaches to land and housing provision, Development in Practice, Vol. 11, Numbers 2 & 3, pp 292 – 307.