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Objetivo Você aprenderá sobre o surgimento daquelas que são consideradas as primeiras civilizações complexas

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O Mundo Antigo

Objetivo

Você aprenderá sobre o surgimento daquelas que são consideradas as primeiras civilizações complexas

Se liga

Para esse conteúdo é legal você saber o que foi o período conhecido como Pré-História

Curiosidade

Você sabia que o termo “idiota” surgiu na Grécia Antiga? Ele se referia a pessoas que abdicavam da participação na vida pública da pólis

Teoria

Período marcado pelo surgimento das primeiras civilizações com organizações políticas, sociais, econômicas e culturais mais complexas.

O Mundo Antigo

Quando começamos a estudar a Idade Antiga, é bastante comum ouvirmos dizer que esse período histórico foi marcado pelo surgimento das primeiras civilizações. É importante lembrar, no entanto, que a existência de uma civilização não faz referência à existência de um povo “mais evoluído” do que outros que viveram anteriormente. Essa nomenclatura, ao contrário disso, é utilizada para explicar a existência de uma série de características específicas, como instituições políticas, hierarquização e diversificação social.

Não é possível apontar um local específico onde teria surgido “a primeira civilização” do mundo antigo. Quando olhamos para o Oriente, temos o desenvolvimento das civilizações chinesa e indiana, além da formação da civilização egípcia e dos vários povos que dominaram a região Mesopotâmica - localizada nas proximidades dos rios Tigre e Eufrates. Também conhecidas como civilizações hidráulicas, essas culturas agruparam largas populações que sobreviviam da exploração das águas e terras férteis presentes na beira dos rios.

No Ocidente se faz necessário destacar o surgimento da civilização greco-romana, que teve grande influência na formação de conceitos e costumes que ainda hoje permeiam o mundo ocidental. Esse período também é chamado de Antiguidade Clássica e, como a história que estudamos é nitidamente eurocêntrica, em geral, os vestibulares tendem a privilegiar a história dessas duas civilizações. É importante lembrarmos que, além dessas, há as civilizações que se desenvolveram na América muito antes da chegada dos Europeus, com os maias, astecas, incas.

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Mesopotâmia, a “terra entre rios”

A região da Mesopotâmia (palavra que em grego significa “entre rios”) marca um processo histórico de sedentarização da humanidade. Os antigos grupos humanos que habitavam aquele território costumavam viver como nômades, sem lugar fixo, no entanto, a ocupação da região ao redor dos rios Tigre e Eufrates permitiu uma experiência revolucionária, que estabeleceu Cidades-Estados, uma agricultura estável e a construção de importantes tecnologias e técnicas para aproveitar a água da região.

A escolha da Mesopotâmia para a ocupação está relacionada a larga faixa de terra fértil que vai do rio Nilo ao Golfo Pérsico, permitindo acesso à água, fácil agricultura e uso das cheias para irrigação. Assim, a geografia da região influenciou diretamente na formação de sociedades hidráulicas, que dependiam profundamente das cheias dos rios e do que as águas poderiam fornecer.

A região foi habitada por diversos povos e civilizações, como os sumérios, os primeiros povos que se estabeleceram na região. Depois dos sumérios, habitaram a região os Acádios, os amoritas (babilônios), os assírios e, por fim, os caldeus. Durante a ocupação amorita e a formação do I Império Babilônico, foi escrito o primeiro código de leis conhecido como o “Código de Hamurabi”, sintetizadas pela frase “Olho por olho, dente por dente”. Na lei, aquele que cometesse um crime, seria condenado com uma pena semelhante ao crime que cometeu.

Também foi entre essas civilizações que se desenvolveu a primeira forma de escrita da humanidade: a escrita cuneiforme. Criada para manter um controle sobre a contabilidade dos palácios reais, essa escrita era feita em blocos de argila com um instrumento pontiagudo chamado cunha. Além disso, é atribuído a essas civilizações importantes invenções para o desenvolvimento tecnológico e arquitetônico, como a roda.

Mapa da região conhecida como Antigo Oriente Próximo, onde teriam se desenvolvido as primeiras civilizações. Grand atlas historique. Paris: Larousse, 2006.

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O Egito e o Nilo

Assim como as sociedades que se desenvolveram ao redor dos rios Tigre e Eufrates, na África, povos anteriormente nômades passaram a ocupar as margens do rio Nilo e desenvolver uma sociedade hidráulica e agrária graças às cheias do rio. Tendo em vista que o norte da África possui um clima árido e regiões desérticas, o rio Nilo, como afirmou o grego Heródoto, tornou-se a “dádiva do Egito”.

Antes das formações dinásticas do Egito, as civilizações que viviam na região já desenvolviam muitas tecnologias e técnicas fundamentais para o estabelecimento da agricultura e para o uso das águas do rio Nilo. Esse desenvolvimento também culminou na própria divisão da sociedade em “nomos” e, posteriormente, na formação de cidades e de um império com um governo centralizado na figura do Faraó.

Para compreendermos o desenvolvimento dessa civilização, podemos dividir a história do Egito em 3 fases: o Antigo Império (3200 a.C. – 2100 a.C.), o Médio Império (2100 a.C. – 1580 a.C.) e o Novo Império (1580 a.C.-715 a.C.).

Por volta de 3500 a.C., enfim, dois reinos haviam se formado na região, sendo eles o Alto Egito, ao sul e o Baixo Egito, no Norte. Apesar de ainda ser algo controverso e da existência do Faraó Menés não ser amplamente aceita, estima-se que mais ou menos em 3.200 a.C. este Faraó teria unificado os dois territórios e iniciado os períodos dinásticos do Antigo Império. O novo Faraó passou a ser cultuado como um deus, em um regime conhecido como monarquia teocrática, centralizou o governo dos nomos e desenvolveu ainda mais os aparatos de controle sobre o rio Nilo, burocratizando o acesso às tecnologias, à terra e desenvolvendo um modo de produção.

Sobre essa questão, vale destacar que, quem controlava as terras e a exploração das tecnologias usadas para canalização do Nilo, para a irrigação, para a drenagem e para o aproveitamento das enchentes era o Estado e uma elite local. Visto isso, o Estado aproveitava a mão de obra que trabalhava nas terras e nas obras públicas em um regime de servidão coletiva. Assim, apesar de utilizarem a terra para a subsistência de suas famílias, estes servos deveriam pagar ao Estado tributos em forma de dinheiro, mercadoria, excedente de produção ou mais trabalho pelo uso da terra. Essa forma de relação social desenvolveu classes sociais distintas e foi muito comum em regiões como o Egito e a Mesopotâmia, sendo conhecido como o Modo de Produção Asiático.

Graças ao trabalho dessas pessoas, o Egito viveu um grande período de desenvolvimento político, econômico e cultural e, durante a terceira e a quarta dinastia, sobretudo no poder dos faraós Seneferu (2613 – 2589 a.C.) e Quéops (2589 – 2498 a.C.) o Antigo Império viveu seu auge, com a construção inclusive de grandes pirâmides e monumentos arquitetônicos. Essas obras, apesar de terem um importante significado político, pois demonstrava o poder de seus Faraós, eram utilizadas como túmulos para Faraós e nobres. Os egípcios, politeístas, acreditavam que com a mumificação e o enterro dos Faraós ao lado de seus pertences, o corpo divino do líder estaria protegido pela pirâmide e pronto para uma possível reencarnação no futuro, segundo os ideais religiosos.

Vale destacar que, graças à prática da mumificação, os egípcios também foram fundamentais para o desenvolvimento de noções anatômicas, de componentes químicos e de uma medicina antiga muito rica. Assim como, a construção das pirâmides levou à descoberta de noções matemáticas e ao desenvolvimento de técnicas de arquitetura avançadíssimas.

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A Grécia antiga

A região que conhecemos hoje como a Grécia, no Mar Mediterrâneo, possui uma história milenar de formação civilizacional que chegou a construir um dos maiores impérios do mundo. Essa civilização, apesar de ser formada por diversos povos que se identificarem por um laço histórico, por uma cultura comum, pela semelhança linguística e pela mesma religião, não apresentou durante séculos uma estrutura política e administrativa unificada. Assim, para estudar o passado dessa chamada civilização grega, a divisão em períodos históricos facilita a compreensão de sua construção: Período Pré-Homérico (XX – XII a.C.), Período Homérico (XII – VIII a.C.), Período Arcaico (VIII – VI a.C.), Período Clássico (V – IV a.C.) e o Período Helenístico (IV – II a.C.).

Do ponto de vista político, a Grécia tinha diversas cidades-estados autônomas, as chamadas poleis. As duas principais eram Atenas e Esparta. Atenas é considerada o berço da democracia. O modelo de democracia ateniense, vale lembrar, difere muito do que temos atualmente. Lá, além de a democracia ser direta, ela era confundida com a ideia de cidadania, já que só votavam homens, maiores de idade, filhos de pais e mães atenienses. Esparta, sua por sua vez, era uma cidade-estado fortemente militarizada, que vivia o regime oligárquico.

As divergências entre as cidades-estados promoveram disputas - conhecidas como a Guerra do Peloponeso - que permitiram a conquista da Grécia pelos macedônios, com Alexandre, O Grande. Ele foi responsável por expandir o território, o que levou a fusão dos elementos da cultura grega com as culturas da Ásia Menor, Eurásia, Ásia Central, Síria, África do Norte, Fenícia, Mesopotâmia, Índia e Irã. Este período – Helenístico – foi um marco entre o domínio da cultura grega e o surgimento da civilização romana.

Roma Antiga

As origens de Roma nos remetem a explicação mítica dos irmãos Rômulo e Remo. Apesar dos mitos difundidos, é conhecido pela historiografia que, inicialmente, a região da península itálica era composta por diferentes povos, como os sabinos, os latinos, os etruscos, os italiotas e, ao sul os próprios gregos com suas colônias. Visto isso, a partir deste período, a história da Roma Antiga pode ser dividida cronologicamente em três fases: a Monarquia, a República e o Império.

Após a fundação, Roma vivenciou seu período monárquico (753-509 a.C.). Neste período a divisão social já se destacava de forma hierárquica, com os chamados patrícios dominando as terras férteis e os privilégios políticos; os plebeus, que eram trabalhadores livres, mas sem direitos políticos; os clientes, que também eram trabalhadores livres, mas prestavam serviços aos patrícios e, por fim, os escravizados, que se encontravam nesta situação por dívidas ou por serem espólios de guerras.

Com o passar do tempo, houve a formação de um regime republicano (509-27 a.C.). Foi durante a república que cresceram as tensões entre patrícios e plebeus, já que as conquistas territoriais enriqueciam as elites romanas e determinavam a dependência de uma massa de plebeus.

Patrícios

Clientes

Plebeus

Escravos

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No século I a. C. o general Otávio instituiu o Império (27 a.C.- 476 d.C.) e os governos subsequentes conseguiram manter a ordem e reduzir as tensões sociais. Um dos marcos do período imperial foi a política de Pão e Circo, instituída ainda no período de transição da República para o Império. Através dela, promovia- se o apaziguamento das tensões sociais, através da promoção de festas, banquetes e da distribuição de alimentos. O seu objetivo era entreter a plebe, a fim de evitar levantes e movimentos de insatisfação.

No século I d.C., o desenvolvimento da religião cristã foi um ponto fundamental na transformação do Império. A partir do século III, o Império Romano entrou em declínio. Com o fim das guerras de conquista, esgotou-se a principal fonte fornecedora de escravos, o que abalou seriamente a economia, fez surgir o colonato e provocou o êxodo urbano. Enfraquecido, o Império Romano foi dividido em dois e a parte ocidental não resistiu às invasões dos bárbaros germânicos. A queda do Império Romano do Ocidente marcou o fim da Idade Antiga e o Início da Idade Média.

Vale lembrar que mesmo após o declínio do Império, muitos foram os legados romanos ao mundo ocidental. Dentre eles podemos destacar o Direito Romano, a língua (já muitas línguas faladas atualmente - inclusive o português - são derivadas do Latim, falado pelos romanos), o alfabeto e, claro, o cristianismo.

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Exercícios de fixação

1. O que marca o surgimento do Mundo Antigo?

2.

Por que as civilizações construídas ao redor da Mesopotâmia são chamadas de sociedades hidráulicas?

3.

Em que consiste o modo de produção asiático?

4.

Por que não podemos afirmar que a Grécia Antiga era uma região unificada?

5.

Qual foi a importância da política do Pão e Circo em Roma?

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Exercícios de Vestibulares

1.

(Unesp – 2016) 129. Se a esposa de alguém for surpreendida em flagrante com outro homem, ambos devem ser amarrados e jogados dentro d’água, mas o marido pode perdoar a sua esposa, assim como o rei perdoa a seus escravos. [...]

133. Se um homem for tomado como prisioneiro de guerra, e houver sustento em sua casa, mas mesmo assim sua esposa deixar a casa por outra, esta mulher deverá ser judicialmente condenada e atirada na água. [...]

135. Se um homem for feito prisioneiro de guerra e não houver quem sustente sua esposa, ela deverá ir para outra casa e criar seus filhos. Se mais tarde o marido retornar e voltar a casa, então a esposa deverá retornar ao marido, assim como as crianças devem seguir seu pai. [...]

138. Se um homem quiser se separar de sua esposa que lhe deu filhos, ele deve dar a ela a quantia do preço que pagou por ela e o dote que ela trouxe da casa de seu pai, e deixá-la partir.

Disponível em: www.direitoshumanos.usp.br

Esses quatro preceitos, selecionados do Código de Hamurabi (cerca de 1780 a.C.), indicam uma sociedade caracterizada

a) pelo respeito ao poder real e pela solidariedade entre os povos. b) pela defesa da honra e da família numa perspectiva patriarcal. c) pela isonomia entre os sexos e pela defesa da paz.

d) pela liberdade de natureza numa perspectiva iluminista.

e) pelo antropocentrismo e pela valorização da fertilidade feminina.

2.

(Enem Libras 2017) O sistema de irrigação egípcio era muito diferente do complexo sistema mesopotâmico, porque as condições naturais eram muito diversas nos dois casos. A cheia do Nilo também fertiliza as terras com aluviões, mas é muito mais regular e favorável em seu processo e em suas datas do que a do Tigre e Eufrates, além de ser menos destruidora.

CARDOSO, C. F. Sociedades do antigo Oriente Próximo. São Paulo: Ática, 1986.

A comparação entre as disposições do recurso natural em questão revela sua importância para a a) desagregação das redes comerciais.

b) supressão da mão de obra escrava. c) expansão da atividade agrícola.

d) multiplicação de religiões monoteístas. e) fragmentação do poder político.

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3.

(UEFS 2018) Uma opinião aceita amplamente é a de que os gregos receberam o alfabeto dos povos fenícios. O nosso próprio alfabeto é derivado do alfabeto grego. Os intermediários foram os etruscos, cuja escrita foi transmitida aos romanos.

(John F. Healey. “O primeiro alfabeto”. In: Lendo o passado, 1996. Adaptado.)

O excerto explicita a existência de

a) igualdades culturais, linguísticas e políticas entre as sociedades das antiguidades Oriental e Clássica.

b) desenvolvimentos paralelos e independentes dos povos mesopotâmicos, semitas, africanos e greco-romanos.

c) encontros intercivilizacionais e políticos decorrentes da formação do antigo Império Egípcio na Europa e na Ásia.

d) diálogos e trocas culturais transcorridos na região do Mar Mediterrâneo na Antiguidade. e) vínculos necessários entre difusão de regimes democráticos e formação cultural dos cidadãos.

4.

(Enem 2018) Então disse: “Este é o local onde construirei. Tudo pode chegar aqui pelo Eufrates, o Tigre e uma rede de canais. Só um lugar como este sustentará o exército e a população geral”. Assim ele traçou e destinou as verbas para a sua construção, e deitou o primeiro tijolo com sua própria mão, dizendo: “Em nome de Deus, e em louvor a Ele. Construí, e que Deus vos abençoe”.

AL-TABARI, M. Uma história dos povos árabes. São Paulo: Cia. das Letras. 1995 (adaptado).

A decisão do califa Al-Mansur (754-775) de construir Bagdá nesse local orientou-se pela a) disponibilidade de rotas e terras férteis como base da dominação política.

b) proximidade de áreas populosas como afirmação da superioridade bélica. c) submissão à hierarquia e à lei islâmica como controle do poder real. d) fuga da península arábica como afastamento dos conflitos sucessórios. e) ocupação de região fronteiriça como contenção do avanço mongol.

5.

(Enem PPL 2019) A ausência quase completa de fantasmas na Bíblia deve ter favorecido também a vontade de rejeição dos fantasmas pela cultura cristã. Várias passagens dos Evangelhos manifestam mesmo uma grande reticência com relação a um culto dos mortos: “Deixa os mortos sepultar os mortos”, diz Jesus (Mt 8:21), ou ainda: “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos” (Mt 22:32). Por certo, numerosos mortos são ressuscitados por Jesus (e, mais tarde, por alguns de seus discípulos), mas tal milagre — o mais notório possível segundo as classificações posteriores dos hagiógrafos medievais — não é assimilável ao retorno de um fantasma. Ele prefigura a própria ressurreição do Cristo três dias depois de sua Paixão. Antecipa também a ressurreição universal dos mortos no fim dos tempos.

SCHMITT, J.-C. Os vivos e os mortos na sociedade medieval. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.

De acordo com o texto, a representação da morte ganhou novos significados nessa religião para a) extinguir as formas de ritualismo funerário.

b) evitar a expressão de antigas crenças politeístas. c) sacramentar a execução do exorcismo de infiéis. d) enfraquecer a convicção na existência de demônios.

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6.

(Unesp 2016) A partir do século VII a.C., muitas comunidades nas ilhas, na Grécia continental, nas costas da Turquia e na Itália construíram grandes templos destinados a deuses específicos: os deuses de cada cidade. As construções de templos foram verdadeiramente monumentais. [...] Tornaram-se as novas moradias dos deuses. Não eram mais deuses de uma família aristocrática ou de uma etnia, mas de uma pólis. Eram os deuses da comunidade como um todo. A religião surgiu, assim, como um fator aglutinador das forças cooperativas da pólis. [...] A construção monumental foi influenciada por modelos egípcios e orientais. Sem as proezas de cálculo matemático, desenvolvidas na Mesopotâmia e no Egito, os grandes monumentos gregos teriam sido impossíveis.

(Norberto Luiz Guarinello. História antiga, 2013.)

Segundo o texto, um papel fundamental da religião, na Grécia antiga, foi o de a) eliminar as diferenças étnicas e sociais e permitir a igualdade social. b) estabelecer identidade e vínculos comunitários e unificar as crenças. c) impedir a persistência do paganismo e afirmar os valores cristãos. d) eliminar a integração política, militar e cultural entre as cidades-estados. e) valorizar as crenças aristocráticas e eliminar as formas de culto populares.

7.

(Unesp 2014) Apesar de não ter sido tão complexo quanto os governos modernos, o Império [Romano] também precisava pagar custos muito altos. Além de seus funcionários, da manutenção das estradas e da realização de obras, precisava manter um grande exército distribuído por toda a sua extensão. A cobrança de impostos é que permitia ao governo continuar funcionando e pagando seus gastos.

(Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004.)

Sobre o recolhimento de impostos e os gastos públicos no Império Romano, é correto afirmar que a) os patrícios e os proprietários de terras não pagavam tributos, uma vez que estes eram de

responsabilidade exclusiva de arrendatários e escravos.

b) o desenvolvimento da engenharia civil foi essencial para integrar o Império e facilitar o deslocamento dos exércitos.

c) as obras financiadas com recursos públicos foram apenas as de função religiosa, como altares ou templos.

d) a desvalorização da moeda foi uma das formas utilizadas pelos governantes para aliviar o peso dos impostos sobre a população despossuída.

e) os tributos eram cobrados por coletores enviados diretamente de Roma, não havendo qualquer intermediação ou intervenção de autoridades locais.

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8.

(UFPR 2011) O cristianismo católico tornou-se religião oficial do Império Romano no ano de 380 d.C., data da edição do famoso édito de Tessalônica, outorgado pelo Imperador Teodósio. Desde a sua criação até este momento, a caminhada foi dura e difícil para os seguidores de Cristo. Exemplo disso foram as perseguições movidas por alguns imperadores romanos, eternizadas pelos relatos fantásticos e emotivos de vários escritores e historiadores cristãos. Podemos apontar como principais causas dessas perseguições:

a) O ódio e a intolerância tanto das autoridades como da população pagã do mundo romano, que viam na figura de Cristo e na comunidade cristã uma ameaça ao poder do Imperador.

b) A constante penetração de elementos cristãos tanto nas filas do exército imperial romano como em cargos administrativos de elevada importância, que poderiam servir de “mau exemplo” tanto em termos políticos como ideológicos.

c) Aspectos de índole moral, na medida em que os cristãos eram acusados pelos pagãos de realizarem orgias e assassinatos de crianças em seus rituais.

d) A associação entre os cristãos e os inimigos bárbaros que punha em risco a estabilidade política e religiosa interna do mundo imperial romano.

e) A necessidade de oferecer à população de Roma “pão e circo”, com os cristãos sendo sacrificados na arena do Coliseu para minimizar a ameaça de revoltas populares contra as autoridades imperiais.

9.

(Fuvest 2010) As cidades [do Mediterrâneo antigo] se formaram, opondo-se ao internacionalismo praticado pelas antigas aristocracias. Elas se fecharam e criaram uma identidade própria, que lhes dava força e significado.

Norberto Luiz Guarinello, A cidade na Antiguidade Clássica. São Paulo: Atual, p. 20, 2006. Adaptado.

As cidades-estados gregas da Antiguidade Clássica podem ser caracterizadas pela a) autossuficiência econômica e igualdade de direitos políticos entre seus habitantes. b) disciplina militar imposta a todas as crianças durante sua formação escolar.

c) ocupação de territórios herdados de ancestrais e definição de leis e moeda próprias.

d) concentração populacional em núcleos urbanos e isolamento em relação aos grupos que habitavam o meio rural.

e) submissão da sociedade às decisões dos governantes e adoção de modelos democráticos de organização política.

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10.

(UEPA 2014) Os escribas do Egito antigo ocupavam uma posição subalterna na hierarquia administrativa governamental frente à aristocracia burocrática. Sua posição social era inferior em relação aos conselheiros do Faraó, aos chefes da administração, à nobreza territorial, à elite militar e aos sacerdotes. Mas as características de seu ofício os afastavam de trabalhos forçados e das arbitrariedades das elites, que subjugavam e exploravam camponeses livres e escravos de origem estrangeira. Tal condição privilegiada se explicava:

a) pelas possibilidades de ascensão social dos escribas que, em função do sucesso de suas carreiras, poderiam ocupar posições no alto escalão da administração pública.

b) por serem provenientes do meio social dos felás, camponeses livres, que investiam na formação educacional de seus filhos mais inclinados ao serviço público.

c) pelo domínio dos escribas dos segredos da escrita demótica e dos hieróglifos, do cálculo e, por conseguinte, da organização das atividades da administração pública.

d) pelo domínio exclusivo dos escribas do idioma escrito, da matemática, da agrimensura e dos processos administrativos em geral.

e) pela dependência direta de faraós e altos funcionários reais relativa aos conhecimentos dos escribas, que formavam uma corporação intelectual dotada de poder político.

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Gabaritos

Exercícios de fixação

1. A sedentarização humana, marcada pelo domínio da agricultura, somada a formação de sociedades com características mais complexas, com instituições políticas, hierarquização e diversificação social, marcam o surgimento do Mundo Antigo e das primeiras grandes civilizações.

2. As primeiras civilizações surgiram ao redor de rios, como o Tigre, o Eufrates e o Nilo, e ficaram conhecidas como sociedades hidráulicas por viverem diretamente em função da exploração das águas e terras férteis presentes na beira dos rios.

3. Nas sociedades do Antigo Oriente Próximo, grande parte das terras pertenciam ao Estado, que aproveitava a mão de obra que trabalhava nas terras e nas obras públicas em um regime de servidão coletiva. Assim, apesar de utilizarem a terra para a subsistência de suas famílias, estes servos deveriam pagar ao Estado tributos em forma de dinheiro, mercadoria, excedente de produção ou mais trabalho pelo uso da terra. Forma de organização social e econômica ficou conhecido como o modo de produção Asiático.

4. A civilização grega, apesar de ser formada por diversos povos que se identificarem por um laço histórico, por uma cultura comum, pela semelhança linguística e pela mesma religião, não apresentou durante séculos uma estrutura política e administrativa unificada. Sua constituição territorial estava ligada a formação de cidades-estados que possuíam total autonomia política e administrativa.

5. Com uma sociedade marcada por uma intensa desigualdade social, que se aprofundou durante o período republicano, o governo e as classes mais altas promoviam o apaziguamento das tensões sociais, através da promoção de banquetes e da distribuição de alimentos. Além disso, promoviam atividades de lazer e eventos festivos e militares, como a luta de gladiadores, com o objetivo de entreter a plebe, a fim de evitar levantes e movimentos de insatisfação.

Exercícios de Vestibulares

1. B

O Código de Hamurabi¸ conhecido pela máxima “olho por olho, dente por dente”, foi criado pelos babilônios que ocuparam a região da Mesopotâmia e fica evidente nos preceitos destacados a perspectiva de uma sociedade marcada pelo patriarcalismo, onde a figura do homem é detentor de toda autoridade.

2. C

O trecho aponta para a importância dos rios e do domínio da construção de importantes tecnologias e técnicas para aproveitar a água de cada região, fatores que favoreceram a expansão de uma agricultura mais estável.

3. D

Todos os povos citados pelo autor se localizavam na região do Mar Mediterrâneo e a utilização de um alfabeto oriundo dos fenícios pelos diversos grupos aponta para uma intensa troca cultural, política e econômica na região.

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4. A

A escolha da região da Mesopotâmia foi estratégica, haja vista que a presença e o controle dos recursos hídricos foram um dos fatores apontados pelo Califa para sua a escolha.

5. B

Quando se tornou a religião oficial do Império Romano, a Igreja Católica promoveu uma perseguição a toda e qualquer manifestação de cunho pagão, assim como precisou absorver algumas das práticas das antigas religiões como forma de consolidar o seu poder.

6. B

Seguindo o trecho, a modificação da forma de cultuar os deuses foi responsável por criar uma identidade cultural e unificar as crenças dentro das cidades-estados na região que conhecemos como Grécia Antiga. 7. B

Com a expansão territorial romana, aumentou-se a necessidade de obras que facilitassem o deslocamento pelos novos territórios conquistados, facilitando o desenvolvimento da engenharia civil. 8. B

A rápida expansão do cristianismo pela população foi um dos fatores que levaram a religião cristã a se tornar a religião oficial do Império, uma vez que ela representava um risco direto ao poder do imperador que até então possuía um caráter divino.

9. C

A formação das cidades-estados foi marcada pela sedentarização de diversos povos e pela continuidade da ocupação pelos seus descendentes que criaram uma língua, uma moeda e diversas características política, econômicas e sociais em comum.

10. C

Em uma sociedade altamente hierarquizada, os escribas gozavam de determinado prestígio social por saberem ler e escrever e serem os responsáveis pelos registros oficiais do império.

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