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Aspectos que Influenciam a Motivação em Treinamento a Distância

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Academic year: 2021

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Aspectos que Influenciam a Motivação em Treinamento a Distância

Autoria: Samuel Brauer Nascimento

Resumo : Este Estudo objetivou investigar a influência de variáveis de Dados Demográficos e de Hábitos de Estudo em Variáreis de Valor Instrumental do Treinamento. Para cumprir o objetivo proposto, o Estudo foi subdivido em duas etapas, a saber: (1) Aprimoramento e revalidação de escala de Valor Instrumental do Treinamento; (2) Análise do relacionamento entre variáveis antecedentes de Hábitos de Estudo e de Dados Demográficos com médias das respostas aos instrumentos de Valor Instrumental do Treinamento, variável critério. Na Etapa 1, o instrumento apresentou índices psicométricos satisfatórios. Na Etapa 2, de modo geral, todos os modelos tiveram baixo poder explicativo, o que corrobora achado de outras pesquisas que afirmam que dados demográficos possuem baixo poder preditivo sobre variáveis de resultados de treinamento. As contribuições desse estudo estão relacionadas ao aprimoramento e revalidação da Escala de Valor Instrumental do Treinamento. Neste artigo serão delineadas considerações acerca dos resultados apresentados.

APRESENTAÇÃO

Este estudo tem como objetivo principal investigar a influência de variáveis de Dados Demográficos e de Hábitos de Estudo em Variáreis de Valor Instrumental do Treinamento. Assim, pretende contribuir para a construção do conhecimento concernente a modelos de avaliação de treinamentos a distância, a partir do aprimoramento da escala de Valor Instrumental do Treinamento e da análise do relacionamento entre variáveis de Características da Clientela (Hábitos de Estudo,Dados Demográficos e Valor Instrumental do Treinamento)

Almeida e Liedke (1998) afirmam que no “novo” mercado, as condições da inserção dos trabalhadores no mercado de trabalho são influenciadas pelo contexto de valorização da flexibilidade no processo de produção. Além da obtenção de graus escolares sucessivos, o empenho pessoal na busca do aprendizado contínuo, tanto do ponto de vista cognitivo, técnico, formal, quanto no desempenho prático cotidiano do trabalho é um desafio e uma realidade para o trabalhador na atualidade.

Diante deste cenário, órgãos fomentadores de formação e qualificação profissional, tanto públicos quanto privados, estão buscando flexibilizar e ampliar as ofertas de crescimento profissional dos indivíduos em estruturas de treinamento, desenvolvimento e educação, nas modalidades presencial, mista e a distância, com os mais diversos meios, ferramentas e estratégias.

Com isso, o presente estudo busca avaliar um curso de qualificação profissional, oferecido pelo Sebrae, disponibilizado pela Internet e sem exigência de pré-requisitos, cujo objetivo é elaborar um plano de negócios com os principais fatores para o planejamento, abertura e manutenção adequados de um negócio, visando a garantir a longevidade do mesmo. 1. A Educação a Distância: Conceitos e Características

Para que os indivíduos consigam atender às novas exigências do mercado de trabalho, que vem passando por diversas transformações sociais e tecnológicas, é preciso garantir a aquisição de novas competências, rotineiramente. A Educação a Distância - EaD, em sua terceira geração, vem para contribuir com esse objetivo como ferramenta importante à formação profissional , bem como à educação corporativa contemporânea.

O desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação (NTIC) tem sido no decorrer dos últimos anos, um agente relevante de aprendizagem que conduz à expansão das oportunidades de combinação de recursos tecnológicos e humanos.

Zerbini e Abadd (2005) afirmam que treinamento a distância (TaD) refere-se a ações educacionais, planejadas e desenvolvidas predominantemente em contexto de flexibilidade espacial e temporal entre professor e aluno, em eventos síncronos e assíncronos, de interação

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e interatividade e de abertura de espaços físicos, utilizando novas tecnologias para facilitação, aperfeiçoamento e aquisição de competências de auto-aprendizagem.

Percebe-se que a principal característica que diferencia um treinamento presencial de um ofertado a distância é justamente a modalidade de entrega, ou seja, o meio para que conteúdo e aluno se aproximem, devendo ser as duas modalidades sistematicamente planejadas.

2. Revisão de Literatura: Preditores de resultados de treinamentos

Para esta pesquisa, a ênfase está no estudo de variáveis do componente Características da Clientela, com foco nas variáveis de Dados Demográficos, Hábitos de Estudo e na variável motivacional Valor Instrumental do Treinamento em clientela de um curso à distância.

Assim, a revisão de literatura, a seguir, trata das variáveis descritas acima. 2.1.Características da Clientela e Resultados de Treinamento

Características da Clientela representam um conjunto de variáveis importantes para os resultados de treinamentos, uma vez que esses eventos instrucionais devem estar cada vez mais ajustados, sobretudo na EaD, aos diferentes perfis e preferências de cada grupo em específico.

Segundo Abbad, Pilati e Pantoja (2003), as pesquisas sobre Características Individuais investigam os aspectos motivacionais, atitudinais e afetivos, de personalidade, demográficos e funcionais dos participantes e seus efeitos sobre resultados de treinamento. Segundo os autores, o interesse pelo estudo de tais variáveis cresceu nos últimos anos.

As pesquisas com essas variáveis investigam, segundo Abbad (1999), o relacionamento entre Características Pessoais (demográficas, cognitivas, afetivas, motivacionais) da clientela e a eficácia de eventos instrucionais, nos níveis de aprendizagem, reação e transferência.

Em revisão de literatura, Abbad, Pilati e Pantoja (2003) encontraram que variáveis de Características da Clientela como idade, gênero, nível de instrução, cargo, motivação, comprometimento, auto-eficácia, locus de controle, estratégias de aprendizagem e autoconceito profissional predizem impacto de treinamento no trabalho, embora tais variáveis apresentem menor poder de explicação, quando comparadas a variáveis de suporte e clima para transferência.

Cada vez mais, segundo os autores, estudos apontam para a importância de descrever o perfil da clientela alvo de cursos, tanto presenciais quanto a distância, buscando não apenas conhecer a fundo as características dessa clientela, mas também, para desenhar cursos cada vez mais personalizados e ajustados aos hábitos de estudo e estratégias de aprendizagem desses indivíduos.

2.2.Hábitos de Estudo

Hábitos de Estudo, variável de interesse para esse trabalho, é definida por Warr e Allan (1998) como os procedimentos utilizados pelo aluno para integrar os melhores aspectos contextuais e maneiras de estudo com o objetivo de melhorar a aquisição e retenção da aprendizagem. Hábitos de Estudo podem ser habilidades de leitura, gerenciamento do tempo, uso efetivo de biblioteca, procedimentos de revisão, fazer anotações.

Zerbini e Abbad (2005) definem hábitos de estudo como preferências do aprendiz quanto a aspectos contextuais do ambiente de estudo e a maneiras de estudar. Compreende a escolha dos indivíduos por determinadas estratégias de aprendizagem e por aspectos do contexto de estudo que o levam a escolher horário e formas de estudo individual ou em grupo, maneiras de adquirir e processar as informações como origem do feedback-tutor ou

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computador, horas de estudo na Internet, horário preferido de estudo, quantidade de leitura do material do curso.

Zerbini e Abbad (2005) em seu estudo, já mencionado, encontraram, quanto aos hábitos de estudo dos participantes de sua pesquisa, que a maioria preferiu que o tutor corrigisse os exercícios (55,5%), preferiu estudar sozinha (84,4%), leu todo o material (80,9

%) e grande parte optou por estudar entre 18h e 0 h (49,1 %). A média de horas de estudo na Internet foi 4,64 (DP = 3,83), e fora da Internet, 3,27 (DP = 3,89).

2.3.Valor Instrumental do Treinamento

A palavra motivação é derivada do latim motivus, cujo significado é “mover”.

Gondin e Silva (2004) afirmam que motivação passou a significar “tudo o que pode fazer mover”, tudo o que causa ou que determina algo, o fim ou a razão de uma ação.

As teorias de processo entendem motivação, segundo Gondin e Silva (2004), como um processo de tomada de decisão em que estão em jogo as percepções, os objetivos, as expectativas e as metas pessoais dos indivíduos.

Abbad e Borges-Andrade (2004) afirmaram que alguns pesquisadores têm sugerido que os aspectos motivacionais relacionados à TD&E devem ser estudados sob a perspectiva da Teoria da Expectância de Vroom (1964), por se tratar de uma teoria cognitiva de processo que trata de um modelo multiplicativo VIE (Valência, Instrumentalidade, Expectância).

Vroom (1964) define valência como toda e qualquer orientação afetiva voltada para resultado. Valência é interpretada como valor, importância, atratividade, desejabilidade ou satisfação antecipada de resultados.

Vroom (1964) define instrumentalidade como um resultado intermediário associado a outros resultados. Tal conceito não diz respeito apenas a um resultado associado a outro mas também à probabilidade de obtenção do mesmo.

Vroom define expectância como a probabilidade subjetiva de que uma ação ou esforço conduzirá a um resultado ou desempenho. Na prática, expectância é medida como a relação percebida, ou a correlação entre uma ação e um resultado. Assim, esse constructo pode ser interpretado como a probabilidade subjetiva que um esforço conduzirá o indivíduo para um resultado final do desempenho ou para um resultado intermediário, necessário ao atingimento do resultado final.

Gondin e Silva (2004) afirmam que a Teoria da Expectância de Vroom (1964) concebe motivação como uma força de natureza emocional e consciente, e que esta força é ativada no momento em que o indivíduo escolhe entre diversos planos de ação. A força dessa escolha estaria relacionada a dois fatores: expectativas individuais e avaliação subjetiva das conseqüências esperadas por meio da comparação entre várias alternativas de ação.

As autoras afirmam ainda que Vroom supõe que as pessoas decidem sobre suas ações de modo instrumental, procurando maximizar seu prazer e seus ganhos e minimizar seu desprazer e suas perdas. Assim, uma escolha é resultante de uma múltipla função de três conceitos cognitivos: valência, instrumentalidade e expectância. O primeiro conceito é uma atribuição de qualidade positiva ou negativa que orienta afetivamente o indivíduo na busca dos resultados pretendidos; o conceito de instrumentalidade diz da força ou da clareza da relação percebida entre a ação a ser empreendida e a obtenção do resultado esperado; expectância é a intensidade com que uma pessoa é capaz de antecipar os resultados esperados e visualizar sua concretização.

Van Eerde e Thierry (1996) afirmam que os conceitos de expectância e de Instrumentalidade são, muitas vezes, confundidos.

Vroom (1964) afirma que, do produto final de seu modelo, se obtém o conceito de força motivacional. O autor afirma que o único conceito do modelo que tem sido ligado diretamente com eventos potencialmente observáveis é o conceito de força, na qual o

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comportamento de uma pessoa é assumido como o resultado de um campo de forças, cada uma com sua direção e magnitude.

Van Eerde e Thierry (1996) observam que o conceito de força é uma metáfora. As principais definições operacionais utilizadas em pesquisas a definem como esforço, intenção, derivações de medidas de desempenho, engajamento em atividades.

É possível expressar as dimensões da teoria de expectância de Vroom, que percebe a motivação como produto de três fatores, por meio da seguinte fórmula: valência x instrumentalidade x expectância = força motivacional ou motivação

Assim, valor instrumental do treinamento, construto de Vroom (1964), parte do pressuposto de que necessidades humanas podem ser satisfeitas por meio de seu engajamento em certos comportamentos. Essa teoria se baseia na proposição de que as pessoas optam por aqueles comportamentos que acreditam que as levarão a resultados/recompensas que lhes são mais atraentes.

Vroom (1964) defende que as pessoas estão motivadas quando acreditam que podem cumprir determinada tarefa (resultado intermediário) e que as recompensas (resultado final) dela decorrentes são maiores do que a energia a ser despendida na atividade.

Segundo Vroom (1964), existem três fatores que determinam em cada pessoa a motivação para produzir: (1) os objetivos individuais; (2) a relação percebida entre o alcance dos objetivos e a alta produtividade; (3) e a percepção que a pessoa possui de ela própria influenciar seu nível de produtividade. O primeiro fator, objetivos individuais, pode incluir dinheiro, aceitação social, reconhecimento, etc. Existem combinações de objetivos que uma pessoa pode procurar alcançar simultaneamente. O segundo fator é a relação que a pessoa percebe entre produtividade e o alcance dos objetivos individuais. O terceiro fator diz que, se o indivíduo acredita que um enorme esforço despendido tem efeito sobre o resultado, ele tenderá a ser esforçar mais.

Lacerda e Abbad (2003) realizaram um estudo cujos objetivos foram: (1) construir e validar uma escala de Valor Instrumental do Treinamento, baseada na teoria da expectância de Vroom (1964); (2) aprimorar e revalidar escalas de Motivação para Aprender, Motivação para Transferir e de Suporte Pré-Treinamento; (3) Investigar se as variáveis antecedentes motivação para aprender, motivação para transferir, valor instrumental do treinamento, reação ao programa, reação ao desempenho do instrutor, suporte psicossocial e suporte material explicam a variável critério impacto do treinamento no trabalho.

Esse estudo foi desenvolvido em uma instituição pública federal, avaliando 28 cursos presenciais, com carga horária de, aproximadamente, 635 horas.

Para o estudo de validação da escala de Valor Instrumental do Treinamento, foi utilizada amostra com 284 participantes que responderam aos itens do questionário ao final de seus cursos. Após análises exploratórias, os itens do questionário foram submetidos às análises de componentes principais (PC), análises fatoriais (PAF) e de consistência interna (Alfa de Cronbach). Após análises, os resultados desse estudo sugeriram uma estrutura unifatorial para o instrumento de Valor Instrumental do Treinamento, com 27 itens explicando 37,62 % da variância de respostas dos indivíduos aos itens desse instrumento. As cargas fatoriais dos itens variaram de 0,32 a 0,73 e o Alpha de Cronbach foi de 0,94. Esses resultados mostraram que a escala construída “Valor Instrumental do Treinamento” mostrou índices psicométricos adequados.

Lacerda e Abbad (2003), analisando o relacionamento entre as variáveis descritas, encontraram que as variáveis explicativas de Impacto do Treinamento foram: Suporte Psicossocial (Sr2 = 0,23), Valor Instrumental do Treinamento (Sr2 = 0,19) e Reação ao Desempenho do Instrutor (Sr2 = 0,16). Juntas, essas três variáveis explicam aproximadamente 61% (58% ajustado) da variabilidade no Impacto do Treinamento. Esses resultados, segundo a autora, demonstraram que Valor Instrumental do Treinamento, a segunda variável explicativa

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de Impacto do Treinamento no Trabalho no modelo deste estudo, apresentou um resultado inédito na literatura.

Lacerda e Abbad (2003) afirmam que uma importante questão prática deste estudo diz respeito à atribuição de conseqüências, pelos indivíduos, na participação em treinamentos por eles valorizados. Desta maneira é importante que o treinando conheça os possíveis ganhos a serem obtidos com cada programa instrucional do qual participa. Identificando-se quais as aspirações de cada treinando, é possível viabilizar uma programação de soluções instrucionais mais ajustada e, conseqüentemente, mais motivadora.

Assim, sabe-se que variáveis motivacionais podem apresentar fortes valores preditivos para avaliação de eficácia de treinamentos, presenciais e a distância.

Em estudo de meta-análise com as variáveis do modelo de expectância de Vroom e variáveis-critério relacionadas ao trabalho, apresentadas a seguir, Van Eerde e Thierry (1996) discutem a relevância do modelo de Vroom e suas correlações com tais variáveis.

As variáveis critério definidas para o estudo de Van Eerde e Thierry (1996) foram: desempenho, que diz respeito a medidas objetivas de produtividade, aumento de desempenho, desempenho de tarefas, avaliações de supervisores, auto-avaliação; esforço, inclui medidas objetivas de esforço despendido em um tarefa, auto-avaliação do esforço destinado à determinada tarefa no trabalho, tempo despendido, cotação de esforços medida pelos supervisores; preferência, diz respeito a atratividade ou preferência por trabalhos, ocupações ou organizações; escolha, refere-se à medidas de “turnover” voluntário, escolha de trabalho e escolha de organização.

A meta-análise foi conduzida no estudo de Van Eerde e Thierry (1996), pelo exame da relação entre as variáveis do modelo e expectância de Vroom e variáveis relacionadas ao trabalho. O objetivo principal desse estudo foi o de prover um resumo preciso da força entre essas variáveis.

Os resultados demonstram que as variáveis mais fortemente relacionadas ao modelo de Expectância são as atitudinais, como Intenção e Preferência (r = 0.65), em detrimento das variáveis comportamentais, como Desempenho (r = 0.09) , Esforço e Escolha. Isso apóia a validade do modelo de Vroom, relacionado para aspectos cognitivos, e não necessariamente direcionado para ações.

Segundo Van Eerde e Thierry (1996) existem diferentes interpretações, definições operacionais, propostas de aplicação e métodos de análises para o modelo de Vroom, por se tratar de um modelo com componentes abstratos e, assim suscetível a diferentes leituras. Em geral, existem discordâncias sobre o significado dos constructos e de como medi-los.

Van Eerde e Thierry (1996) afirmam que muitos autores têm comparado empiricamente as definições para os constructos de Vroom (1964) e que os resultados de seus estudos mostram que mudanças de definições operacionais não proporcionam efeitos consistentes. Os achados apontam que valência definida como atratividade, desejabilidade ou satisfação antecipada explicam mais variância que valência definida como importância.

O modelo de expectância de Vroom (1964) não discorre sobre a causalidade do valor concedido a algumas recompensas em detrimento de outras. Pode-se verificar as recompensas mais valorizadas pelo indivíduo, mas não identificar sobre o que explica a Instrumentalidade. Dessa maneira, esse nível de motivação é baseado na combinação da crença do indivíduo de que ele pode alcançar resultados que espera e valoriza.

De acordo com Vroom (1964), haveria ainda duas questões importantes a serem discutidas acerca da motivação: estímulo ou energização do organismo e a direção do comportamento. A primeira estaria relacionada às condições que conduzem o indivíduo à ação, determinam sua duração e finalmente cessam, e a segunda, às condições sob as quais uma pessoa escolhe ou responde em direção a uma ou outra atividade.

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A escolha da teoria de expectância de Vroom com a inclusão de valor instrumental neste estudo se deve ao fato de que as demais abordagens de conteúdo supõem relações de causalidade entre necessidades, empenhos e ações, enquanto valor instrumental do treinamento é um construto cujas variáveis estão associadas às conseqüências e ao valor dessas conseqüências ou resultados para o indivíduo.

Para este estudo, valência é medida pela importância, valorização, dada pelo indivíduo às conseqüências/resultados que obterá por meio da sua participação no curso, tendo em vista que certos resultados são menos importantes do que outros e, além disto, são específicos para cada situação e variam de indivíduo para indivíduo. Vroom (1964) não especifica quais são tais resultados.

Instrumentalidade, neste estudo, expressa o quanto fazer o curso ajudará o indivíduo a obter as conseqüências/resultados que deseja. Trata-se da utilidade do curso para o alcance dos resultados esperados.

Tendo em vista essa perspectiva, fica proposta, como variáveis antecedentes deste estudo, valor instrumental do treinamento, mensurada em termos de importância (valência), que aqui se refere ao quanto o indivíduo valoriza as conseqüências que obterá por meio da sua participação no curso e utilidade (instrumentalidade), que se refere à efetividade do curso para ajudar o indivíduo na obtenção dos resultados desejados.

3. METODOLOGIA

Esta seção descreve as características metodológicas desse Estudo, cujos objetivos de uma primeira etapa são o aprimoramento e a revalidação de escala de Valor Instrumental do Treinamento e, em uma segunda Etapa, analisar o valor explicativo de variáveis da Clientela (Dados Demográficos e Hábitos de Estudo) sobre cinco medidas de Valor Instrumental do Treinamento.

A seguir, são descritas a organização na qual foi realizada a pesquisa, o curso avaliado, as características da população de alunos inscritos no curso e a amostra utilizada. Mais adiante, apresentam-se os procedimentos de coleta e análises de dados.

3.1. Características da Organização e do Curso

O estudo foi realizado no período de Março de 2003 a Junho de 2005 e consistiu da avaliação de um curso gratuito, o Iniciando um Pequeno Grande Negócio (IPGN), realizado totalmente a distância, via internet, com tutoria ativa e que visa a ensinar a clientela a elaborar um Plano de Negócios. A duração prevista para realização do curso é de 40 horas, distribuídas em 60 dias. Apresenta-se em cinco módulos seqüenciais, cada qual composto por dois a cinco capítulos, acessível ao aluno no portal eletrônico do curso e/ou por meio de download do material. Além dos materiais e exercícios, o portal contém os seguintes recursos eletrônicos de interação (aluno-aluno; aluno-tutor; aluno-tutor-material): tutoria ativa, lista de discussão, mural de notícias, chat, troca de mensagens.

O curso é ofertado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), que trabalha pelo desenvolvimento sustentável das empresas de pequeno porte, promovendo cursos de capacitação, facilitando o acesso a serviços financeiros, além de estimular a cooperação entre empresas, organizar feiras e rodadas de negócios e incentivar o desenvolvimento de atividades que contribuem para a geração de emprego e renda.

3.2. População de Inscritos no Curso IPGN e Amostra Utilizada

Para este estudo, utilizou-se a população de alunos inscritos no curso entre julho a outubro de 2004, composta de 15.889 matriculados em, aproximadamente, 100 turmas virtuais. O SEBRAE forneceu os dados demográficos, cuja amaioria dos respondentes é do sexo masculino (55,9 %), possui idade entre 25 e 34 anos (40 %), possui terceiro grau

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incompleto (34,6 %) e reside na região Sudeste (49,7%). Entre os participantes do IPGN, a maioria de 66% dos inscritos concluiu o curso. A média de idade da população é de 32,19 anos (DP = 9,76).

Para cumprir os objetivos propostos, foi utilizada amostra com 1.940 casos válidos. A maior parte pertence ao sexo masculino (52,1%), possui terceiro grau incompleto (31,9%) e reside na região Sudeste (50,8%). A média de idade dos participantes é de 33,7 anos (DP = 10,8). Por ocasião da pesquisa, a maioria (74,7%) da amostra não possuía negócio, dizia-se experiente na utilização da Internet (51,6%) e já havia participado participado anteriormente de pelo menos um curso a distância (50,2). Quanto indagados sobre os motivos pelos quais se inscreveram no curso IPGN, a maioria disse que desejava aprender a elaborar um plano de negócios (52,3%).

3.3. Instrumento de Medida: Adaptação, validação semântica e por juizes

Esta etapa objetivou aprimorar a Escala de Valor Instrumental do Treinamento, construída e validada por Lacerda e Abbad (2003). A autora utilizou essa escala para avaliar o perfil motivacional de participantes de cursos presenciais, oferecidos por uma instituição pública federal, bem como para estudar o relacionamento entre valor instrumental do treinamento e impacto de treinamento no trabalho. Conforme descrito na revisão de literatura, a referida escala mostrou-se estatisticamente válida e confiável, porém precisaria ser adaptada a um novo contexto de pesquisa.

Os itens do questionário de Valor Instrumental do Treinamento, originalmente construídos por Lacerda e Abbad (2003), foram adaptados para novo contexto de pesquisa, em que o curso era aberto e gratuito, oferecido via Internet para clientela heterogênea, sem vínculo empregatício com a organização que disponibilizou o treinamento.

O questionário referente a hábitos de estudo é composto por cinco itens de múltipla escolha, que dizem respeito a informações sobre preferência dos participantes quanto a aspectos contextuais do ambiente de estudo e a sua maneira de estudar, (horários e agrupamento para estudo – individual, duplas ou em grupo, preferência por método de correção de exercícios, veículos para leitura. Esses itens foram extraídos diretamente do questionário adaptado por Zerbini e Abbad (2005) e Carvalho e Abbad (2006), inspirados nos estudos de Warr e Allan (1998).

O questionário de Valor Instrumental do Treinamento foi submetido a análises semânticas, cujos objetivos são a identificação e correção de falhas nos itens e instruções de preenchimento, sendo aplicado em cinco (5) pessoas com nível mínimo de escolaridade de 2º grau completo. Posteriormente, dando continuidade à etapa de validação, realizou-se uma oficina de aprimoramento dos itens dos questionários supracitados, com os mesmos indivíduos que participaram das seções anteriores.

A etapa de validação dos questionários por juízes objetivou analisar a representatividade, clareza e precisão dos itens, além de checar as instruções para o preenchimento dos questionários, bem como a adequação das escalas de resposta aos itens dos questionários.

Com a finalização das etapas de aprimoramento, construção e validação semântica e validação por juízes dos questionários de avaliação utilizados neste estudo, todos os questionários foram digitalizados para o formato HTML e hospedados em duas páginas tipo

“free host” (hospedagem gratuita), para o envio aos participantes da pesquisa. 3.4. Procedimentos de Coleta de Dados

Os dados necessários a esse Estudo oriundos de fontes primárias e secundárias. Os dados primários, obtidos mediante respostas dos participantes às Escalas de Valor Instrumental do Treinamento e Hábitos de Estudo foram coletados via Internet. Os dados

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secundários foram os da população de inscritos nas turmas avaliadas do curso IPGN, fornecidos pelo Sebrae (sexo, idade, escolaridade e região geográfica).

Tabela 1. Momento de coleta de dados, escalas, envio e retorno de casos válidos MOMENTO DE

COLETA ESCALA E-MAILS RETORNO %

Envio para alunos em conclusão e concluintes.

Dados demográficos, Valor Instrumental

e Hábitos de Estudo 12.988 1.940 válidos 15,0

O momento de coleta, descritos na Tabela 1, foi realizado com o auxílio do software de envio de e-mails em massa Word Cast (www.superdownloads.com).Esse software indica os e- mails que não foram recebidos corretamente, o que permitiu o reenvio daqueles classificados como “erro”. O questionário foi enviado porr e-mail com instruções que continham o link de acesso, devidamente digitalizados para o formato HTML e hospedados em duas páginas tipo

“free host” (hospedagem gratuita), associados a uma estrutura de bancos de dados em ACCESS.

A seguir serão listados todos os procedimentos de análises de dados adotados.

3.5. Procedimentos de Análises de Dados (Etapas 1 e 2)

Os dados primários deste estudo foram coletados pelo programa Access for Windows de banco de dados. Os dados secundários são oriundos de arquivos do programa Excel for Windows. Todos os dados foram, após a coleta, importados para o programa SPSS 10.0 para que pudessem ser analisados, submetidos a análises descritivas e exploratórias para verificar problemas de inconsistência ou de falha na importação, bem como a presença de casos extremos e de casos omissos, a distribuição das variáveis. Não foram encontrados problemas de importação ou inconsistência dos dados em nenhum dos arquivos de dados.

Todas as variáveis foram transformadas em escores Z para identificação dos casos extremos univariados. Eliminaram-se todas as respostas com escores padronizados iguais ou superiores a 3,29 (p ≤ 0,001, two-tailed), critério sugerido por Tabachnick & Fidell (2001). Não sendo encontrados, em nenhuma das amostras, casos extremos multivariados, através da análise de distância Mahalanobis (α< 0,001). A amostra não apresentou casos extremos univariados, nem multivariados, não sendo necessária a retirada de casos dessa natureza.

Para a Etapa 1, foram realizadas as análises de validação estatística do questionário de Valor Instrumental do Treinamento. Realizaram-se análises de componentes principais (PC), análise de fatoração dos eixos principais (PAF) e de consistência interna (Alpha de Cronbach).

Adotou-se, para este estudo, segundo critério de Pasquali (2004), número de participantes necessários à validação superior a 10 casos por variável observável. Em se tratando dos critérios de normalidade das distribuições de freqüências, Pasquali (2004) afirma que a distribuição normal dos dados favorece a análise fatorial, mas não é absolutamente necessária, não justificando o uso de técnicas de transformações estatísticas. Neste estudo, não se realizaram transformações de variáveis nos casos de índices de assimetria (Skewness) e achatamento (Kurtosis). Adotou-se o índice de correlação máximo, entre as variáveis na matriz de correlação, de 0,90, para evitar o problema da multicolinearidade ou singularidade, ou seja, variáveis com nível alto de correlação, o que, segundo Pasquali, parece sinônimo. As variáveis observadas na matriz de correlação apresentaram índices satisfatórios.

Os critérios adotados neste estudo para decisão do número de fatores a serem considerados em cada escala foram, inicialmente, os seguintes: eigenvalues ou valores

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próprios maiores que 1 (Kaiser, 1974 em Paquali, 2004); teste do scree plot para análise da distribuição dos valores próprios; variância total explicada mínima de 3% por fator (critério de Harman em Pasquali, 2004); análise da interpretabilidade do fator; análise paralela de Horn, que, de acordo com revisão de Laros (2004), apresenta índice de precisão de 92% de indicação correta do número de fatores, sendo portanto, o melhor método para definição do número de fatores de uma matriz de respostas a questionários.

Laros (2004) afirma que a análise paralela de Horn compara valores próprios empíricos, obtidos pela Análise da PC, com os valores próprios aleatórios, obtidos com o auxílio do software RanEign, em função da quantidade de variáveis e do tamanho da amostra. Os fatores são retirados da estrutura quando apresentam valor próprio empírico igual ou menor que os valores aleatórios.

Para a Etapa 2, cujo objetivo principal é a análise do relacionamento entre variáveis de Características da Clientela (Hábitos de Estudo, Dados Demográficos e Valor Instrumental do Treinamento), foram analisados cinco modelos de regressão múltipla padrão, sendo que cada modelo possui como variável dependente cada média fatorial dos cinco fatores encontrados para a Escala de Valor Instrumental do Treinamento, respectivamente: (1) Utilidade do curso para o alcance de metas, (2) Importância do curso para o alcance de metas e crescimento profissional, (3) Importância e Utilidade do curso para a melhoria do relacionamento entre pares, amigos e familiares, (4) Importância e Utilidade do curso para as atividades acadêmicas e melhorias curriculares e (5) Importância e Utilidade do curso para os negócios e empreendimentos. As variáveis antecedentes foram experiência no uso da Internet (0-pouca experiência e 1-muita experiência), participação anterior em curso a distância (0-sim e 1-não), preferência por correção de exercícios (0-tutor e 1-computador), turno preferido de estudo: (0- diurno e 1-noturno) , sexo: (0-masculino e 1-feminino), faixa etária: 1(15 a 24 anos), 2(25 a 34 anos), 3(35 a 44 anos) e 4 (acima de 45 anos), escolaridade: 0(até 2º grau), 1(3º grau incompleto),2(3º grau completo) e 3(pós-graduação), região geográfica: (0-norte,nordeste e centro-oeste e 1-sul e sudeste) e elaboração de plano de negócios (0-elaborar plano de negócios e 1-outros motivos).

De acordo com critério sugerido por Tabachnick e Fidell (2001), o número de casos necessários para a realização da regressão padrão segue as fórmulas 104 + m ou 50+8 (m), em que “m” é o número de variáveis antecedentes do modelo. Todos os modelos tiveram quantidade de casos válidos, compatível com este critério. Todos os resultados e discussões decorrentes destas análises serão apresentados a seguir.

4. RESULTADOS

As respostas de 2.060 sujeitos aos 15 itens de avaliação de importância (valência) e aos 15 itens de utilidade (instrumentalidade), submetidas a análises exploratórias, apresentaram 120 casos extremos univariados, os quais foram inicialmente deletados. Restou uma amostra de 1.940 casos válidos. Em nenhuma variável desse arquivo de dados havia mais que 5% de casos omissos; logo, não se utilizou nenhum método de substituição ou de análise de padrão. Não se identificaram casos extremos multivariados por meio da distância Mahalanobis (α< 0,001).

Na análise dos componentes principais (PC), com tratamento pairwise para casos omissos, obteve-se um KMO de 0,93, o que demonstra índice denominado “maravilhoso” por Pasquali (2002), indicando alta fatorabilidade da matriz de covariâncias. Os resultados iniciais sugeriram estrutura empírica com seis componentes que explicava, em conjunto, 67,7 % da variância total de respostas dos participantes ao questionário de valor instrumental do treinamento.

A análise do scree plot, sugere estrutura com cinco fatores, com eigenvalues, ou valores próprios maiores que 1. A análise paralela de Horn também sugere estrutura composta

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por cinco fatores, conforme Tabela 4. Por isso, foram feitas análises fatoriais dos eixos principais (PAF) forçando-se a solução para 5, 4 e 3 fatores, de modo a verificar qual dos estudos era mais consistente. A análise de interpretabilidade dos fatores mostrou que a melhor solução era a que continha cinco fatores.

Como dito em seção anterior, a análise paralela Horn compara valores próprios empíricos, obtidos pela análise da PC, com os valores próprios aleatórios, obtidos com o auxílio do software RanEign, em função da quantidade de variáveis e do tamanho da amostra. Os fatores são retirados da estrutura quando apresentam valor próprio empírico igual ou menor que os valores aleatórios (Laros, 2004). A Tabela 2 sugere uma estrutura composta por cinco fatores.

Tabela 2. Valores próprios empíricos e aleatórios dos primeiros dez componentes de Valor Instrumental do Treinamento.

Componentes

Valores Próprios 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Empírico 12,102 2,825 1,648 1,496 1,201 1,042 0,850 0,799 0,746 0,683 Aleatório 1,235 1,205 1,182 1,162 1,144 1,127 1,112 1,096 1,082 1,068

* Nº de itens (30); N=1.940

Como pode ser observado na Tabela 2, os cinco primeiros componentes da estrutura apresentam valor próprio maior que o fornecido pela análise paralela, o que sugere uma estrutura composta por cinco fatores.

Em seguida, realizou-se uma análise fatorial dos eixos principais (PAF), com método de rotação oblíqua e tratamento pairwise para casos omissos. Foram incluídos nas escalas os itens com cargas fatoriais superiores a 0,30.

Os cinco fatores obtidos, embora estejam com correlações altas entre si, variando de 0,19 a 0,55, são teoricamente aceitáveis, estando mesmo, melhor estruturados em cinco fatores, que explicam: fator 1: 39 %; fator 2: 7,8%; fator 3: 4,0 %; e fator 5 : 2,5 % do variância total de respostas dos indivíduos ao itens dos questionários.

A Tabela 3 apresenta a estrutura empírica da escala, as cargas fatoriais, as comunalidades (h2) dos itens, as médias e desvios padrões, os índices de consistência interna (Apha de Cronbach), bem como os valores próprios e as porcentagens de variância explicada de cada fator e do fator geral.

Tabela 3. Estrutura empírica da Escala de Valor Instrumental do Treinamento. Cargas Fatoriais

Código/Descrição dos Itens

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Fator 5 h2 X DP IMP 11- Melhorar relacionamento

com colegas 0,78 0,74 3,41 1,28

UTI 11- Melhorar relacionamento

com colegas 0,75 0,77 3,10 1,35

IMP 1- Melhorar relacionamento

com familiares e amigos 0,73 0,55 3,36 1,65 UTI 1- Melhorar relacionamento

com familiares e amigos 0,70 0,56 2,94 1,36 IMP 12- Resolver problemas pouco

relacionados à vida profissional 0,64 0,49 2,99 1,30 UTI 12- Resolver problemas pouco

relacionados à vida profissional 0,63 0,57 2,91 1,35 UTI 10 - Adquirir maior prestígio

na minha rede de relacionamentos

profissionais. 0,53 0,71 3,50 1,27

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Tabela 3. Continuação.

Cargas Fatoriais Código/Descrição dos Itens

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Fator 5 h2 X DP UTI 9 -Sentir-me mais valorizado

no meu grupo de trabalho 0,52 0,72 3,45 1,30 IMP 10 - Adquirir maior prestígio

na minha rede de relacionamentos

profissionais 0,50 0,62 3,74 1,18

IMP 9- Sentir-me mais valorizado

no meu grupo de trabalho 0,49 0,62 3,77 1,20 UTI 3-Montar meu próprio negócio 0,74 0,63 4,44 0,81 UTI 2-Elaborar um plano de

negócios 0,66 0,48 4,58 0,70

IMP 3-Montar meu próprio

negócio 0,62 0,37 4,60 0,70

IMP 2-Elaborar um plano de

negócios 0,54 0,29 4,69 0,56

UTI 4-Garantir a sobrevivência de

um empreendimento 0,49 0,51 4,31 0,95 IMP 4-Garantir a sobrevivência de

um empreendimento 0,48 0,42 4,55 0,71 IMP 6-Aumentar minhas chances

de crescer profissionalmente 0,73 0,62 4,52 0,72 IMP 5-Melhorar minha atuação

profissional 0,65 0,53 4,51 0,73

IMP 14-Atingir minhas metas

profissionais 0,51 0,56 4,40 0,81

IMP 8-Aumentar minhas chances de conseguir novas oportunidades de trabalho

0,42 0,45 4,03 1,09

IMP 7-Aumentar minha renda 0,40 0,37 4,14 0,98 UTI 6-Aumentar minhas chances

de crescer profissionalmente 0,53 0,67 4,14 1,00 UTI 7-Aumentar minha renda 0,48 0,37 3,76 1,17 UTI 5-Melhorar minha atuação

profissional 0,48 0,53 4,18 0,96

UTI 8-Aumentar minhas chances de conseguir novas oportunidades de trabalho

0,43 0,64 3,74 1,22

UTI 14-Atingir minhas metas

profissionais 0,42 0,56 4,15 1,01

IMP 15-Auxiliar-me a resolver

questões acadêmicas (estudo) 0,81 0,64 3,45 1,42 UTI 15-Auxiliar-me a resolver

questões acadêmicas (estudo) 0,75 0,65 3,29 1,48 UTI 13-Melhorar meu currículo 0,55 0,63 3,86 1,20 IMP 13-Melhorar meu currículo 0,52 0,53 3,96 1,16 Eigenvalue (Valor Próprio) 12,09 2,82 1,64 1,49 1,2

% da Variância Explicada 39,0 7,8 4,0 3,5 2,6

Nº de Itens 10 6 5 5 4

Alfa (α) 0,93 0,79 0,79 0,87 0,83

A Tabela 3 apresenta os itens da escala de valor instrumental do treinamento. Como já foi dito, foram elaborados 15 itens para serem avaliados com duas escalas diferentes, ou seja, duas dimensões diferentes: importância (valência) e utilidade (instrumentalidade). Assim, os

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itens aparecem dobrados mas se referem a variáveis diferentes, o que faz com que essa escala totalize 30 itens.

O Fator 1, denominado Relacionamento com Pares, Amigos e Familiares é composto por dez itens que avaliam a importância do curso para a vida profissional e a utilidade do curso para resolução de aspectos relacionados à melhoria nas relações interpessoais (pares, amigos e familiares). Este fator apresentou alto índice de consistência interna (α = 0,93), e as cargas fatoriais dos itens variaram entre 0,49 e 0,78.

O Fator 2, Negócios e Empreendimentos, é composto por sete itens que avaliam a importância do curso para a vida profissional e a utilidade do curso para ajudar o participante na montagem e/ou manutenção de seu próprio negócio e na elaboração de um plano de negócios para seu empreendimento. O fator apresentou índice de consistência interna moderado (α = 0,79) e cargas fatoriais entre 0,48 e 0,74.

O Fator 3, denominado Alcance de Metas e Crescimento Profissional, apresentou estrutura composta por cinco itens, que avaliam a importância do curso para aumentar as chances do indivíduo de melhoria na atuação profissional, alcance de metas e surgimento de novas oportunidades de trabalho. O índice de consistência interna foi de (α = 0,79) e as cargas fatoriais dos itens variaram de 0,40 a 0,73;

O Fator 4, denominado Utilidade do curso para Alcance de Metas, apresentou cinco itens que avaliam a utilidade do curso para aumentar as chances do indivíduo de melhoria na atuação profissional, alcance de metas e do surgimento de novas oportunidades de trabalho. Esse fator obteve índice de consistência interna de (α =0,87) e as cargas fatoriais variaram entre 0,42 e 0,53.

O Fator 5, denominado Melhorias Acadêmicas e de Currículo, possui quatro itens que avaliam a importância do curso para a vida profissional e a utilidade do curso para auxiliar na resolução de trabalhos acadêmicos, pesquisas e melhorias no currículo do participante, com índice de consistência interna de (α = 0,83) e cargas fatoriais entre 0,52 e 0,81.

A escala apresentada parece ser confiável e válida e não se excluiu nenhum item da estrutura proposta.

No cumprimento da Etapa 2, foram analisados cinco modelos de regressão múltipla padrão, sendo que cada modelo possui como variável dependente a média fatorial dos cinco fatores encontrados para o instrumento de Valor Instrumental do Treinamento, respectivamente: (1) Utilidade do curso para o alcance de metas (N = 1.410), (2) Importância do curso para o alcance de metas e crescimento profissional (N = 1.385), (3) Importância e Utilidade do curso para a melhoria do relacionamento entre pares, amigos e familiares (N = 1.412), (4) Importância e Utilidade do curso para as atividade acadêmicas e melhorias curriculares (N = 1.409) e (5) Importância e Utilidade do curso para os negócios e empreendimentos (N = 1.411). Os números de casos válidos são também oriundos do pareamento entre as respostas dos sujeitos às escalas citadas e os dados demográficos fornecidos pelo Sebrae. As variáveis que entraram nas análises como possíveis preditoras foram: experiência no uso da Internet (EXPNET) (0-pouca experiência e 1-muita experiência), participação anterior em curso a distância (PARTCUR) (0-sim e 1-não), preferência por correção de exercícios (CORREXE) (0-tutor e 1-computador), turno preferido de estudo (TUREST) (0-diurno e 1-noturno), sexo (0-masculino e 1-feminino), idade: 1 (15 a 24 anos), 2 (25 a 34 anos),3 (35 a 44 anos) e 4 (acima de 45 anos), escolaridade: (ESCOL) (0 - até 2º grau e 1 - 3º grau incompleto, 2 - 3º grau completo e 3 - pós-graduação) e região geográfica (REG) (0-Norte, Nordeste e Centro-oeste e 1-Sul e Sudeste) e elaboração de plano de negócios (PLANEG) (0-elaborar plano de negócios e 1-outros motivos).

A Tabela 4 refere-se ao relacionamento entre nove variáveis antecedentes do modelo e a variável critério Utilidade do curso para o alcance de metas.

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Tabela 4. Regressão múltipla padrão: utilidade do curso para o alcance de metas.

Variáveis EXP NET PART CUR CORR EXE TUR EST SEXO IDADE ESCOL PLAN NEG REG. β -0,082 -0,044 -0,043 -0,016 0,014 -0,029 -0,14 -0,028 -0,005 Sr2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,01 0,00 0,00 Sig. 0,009* 0,122 0,128 0,569 0,000* 0,353 0,000* 0,317 0,858 Constante = 4,8 R2 = 0,061 R2 (ajustado) = 0,054 R = 0,247

*p<0,01

Para este modelo, das nove variáveis antecedentes, três contribuíram significativamente para a predição de Utilidade do curso para o alcance de metas. São elas: experiência no uso da Internet (β= -0,082), sexo (β= 0,014) e escolaridade (β= -0,14). Essas variáveis explicaram juntas aproximadamente 6,1 % (5,4 % ajustado) da variabilidade de respostas para essa escala. De acordo com esses resultados, consideraram o curso mais útil para o alcance de metas os indivíduos do sexo feminino, com menor nível de escolaridade e que possuem menor experiência no uso da Internet.

A Tabela 5 refere-se ao relacionamento entre nove variáveis antecedentes do modelo e a variável critério Importância do curso para alcance de metas e crescimento profissional.

Tabela 4. Regressão múltipla padrão: importância do curso para alcance de metas e crescimento profissional. Variáveis EXP NET PART CUR CORR EXE TUR EST SEXO IDADE ESCOL PLAN NEG REG. β -0,080 -0,052 -0,050 -0,001 0,120 -0,004 -0,215 0,009 0,028 Sr2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,04 0,00 0,00 Sig. 0,009* 0,065 0,074 0,983 0,000* 0,898 0,000* 0,739 0,316 Constante = 4,65 R2 = 0,078 R2 (ajustado) = 0,071 R = 0,279

*p<0,01

Conforme Tabela 5, contribuíram para a explicação do mesmo as variáveis de experiência no uso da Internet (β = -0,080), sexo (β = 0,120) e escolaridade(β = -0,215). Essas variáveis explicaram juntas aproximadamente 7,8 % (7,1 % ajustado) da variabilidade de respostas para essa escala. De acordo com esses resultados, consideraram o curso mais importante para o alcance de metas e crescimento profissional os indivíduos do sexo feminino, com menor nível de escolaridade e que possuem menor experiência no uso da Internet.

A Tabela 6 refere-se ao relacionamento entre as variáveis antecedentes do modelo e a variável critério Importância e Utilidade do curso para relacionamento com pares, amigos e familiares.

Tabela 6. Regressão múltipla padrão: importância e utilidade do curso para relacionamento com pares, amigos e familiares.

Variáveis EXP NET PART CUR CORR EXE HOR EST SEXO IDADE ESCOL PLAN NEG REG. β -0,114 -0,088 -0,045 0,026 0,055 0,014 -0,189 0,015 0,033 Sr2 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,00 Sig. 0,000* 0,002* 0,110 0,350 0,056 0,644 0,000* 0,587 0,245 Constante = 4,25 R2 = 0,065 R2 (ajustado) = 0,058 R = 0,255

*p<0,01

Para a explicação desse modelo, as variáveis antecedentes que contribuíram significativamente foram experiência no uso da Internet (β= -0,114), participação anterior em curso a distância (β= -0,088) e escolaridade (β= -0,189). As três variáveis explicaram juntas

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aproximadamente 6,5 % (5,8 % ajustado) da variabilidade de respostas para essa escala. De acordo com esses resultados, consideraram o curso mais importante e mais útil para relacionamento com pares, amigos e familiares, os indivíduos com menor nível de escolaridade, que possuem menor experiência no uso da Internet e que já participaram anteriormente de algum curso a distância.

A Tabela 7, refere-se ao relacionamento entre as variáveis antecedentes do modelo e a variável critério Importância e Utilidade do curso para atividades acadêmicas e melhorias curriculares.

Tabela 7. Regressão múltipla padrão: importância e utilidade do curso para atividades acadêmicas e melhorias curriculares.

Variáveis EXP NET PART CUR CORR EXE HOR EST SEXO IDADE ESCOL PLAN NEG REG. β -0,082 -0,068 -0,044 0,022 0,146 -0,0123 -0,183 0,020 0,022 Sr2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,01 0,03 0,00 0,00 Sig. 0,007* 0,016 0,112 0,416 0,000* 0,000* 0,000* 0,477 0,421 Constante = 4,52 R2 = 0,094 R2 (ajustado) = 0,088 R = 0,307

*p<0,01

Para este modelo, das nove variáveis antecedentes, apenas quatro contribuíram significativamente para a predição de Importância e Utilidade do curso para atividades acadêmicas e melhorias curriculares, a saber: experiência no uso da Internet (β= -0,082), sexo (β= 0,146), idade (β= -0,012) e escolaridade (β= -0,183). Essas variáveis explicaram juntas aproximadamente 9,4 % (8,8 % ajustado) da variabilidade de respostas para essa escala. De acordo com esses resultados, consideraram o curso mais importante e útil para atividades acadêmicas e melhorias curriculares, os indivíduos do sexo feminino, com menor nível de idade, menor nível de escolaridade e que possuem menor experiência no uso da Internet.

A Tabela 8 refere-se ao relacionamento entre as variáveis antecedentes do modelo e a variável critério Importância e Utilidade do curso para os negócios e empreendimentos.

Tabela 8. Regressão múltipla padrão: importância e utilidade do curso para os negócios e empreendimentos. Variáveis EXP NET PART CUR CORR EXE HOR EST SEXO IDADE ESCOL PLAN NEG REG. β 0,000 0,000 0,000 0,028 0,048 0,037 -0,080 -0,121 -0,031 Sr2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 Sig. 0,987 0,999 0,999 0,326 0,102 0,232 0,007* 0,000* 0,283 Constante = 4,72 R2 = 0,026 R2 (ajustado) = 0,019 R = 0,162

*p<0,01

Conforme a Tabela 8 contribuíram para a explicação do mesmo as variáveis de escolaridade (β = -0,080) e elaboração de um plano de negócios (β = -0,121). Essas variáveis explicaram juntas aproximadamente 2,6 % (1,9 % ajustado) da variabilidade de respostas para essa escala. De acordo com esses resultados, consideraram o curso mais importante e útil para os negócios e empreendimentos os indivíduos com menor nível de escolaridade e que se matricularam no curso com o objetivo único de elaborar um plano de negócios.

Nas seções seguintes serão apresentadas as discussões acerca dos resultados encontrados neste estudo, a partir dos objetivos de pesquisa propostos e da literatura analisada.

5. DISCUSSÃO

Nesta seção serão discutidos os resultados e em seguida serão feitas algumas considerações finais acerca dos resultados encontrados nesta pesquisa, comparando-os com as

(15)

pesquisas encontradas em revisão de literatura. Serão apontadas as possíveis contribuições, bem como as limitações percebidas nesse estudo e, por fim será proposta uma agenda de pesquisa ao final desta seção.

Os resultados de Estudo mostraram que a Escala de Valor Instrumental do Treinamento, assim como no estudo de Lacerda e Abbad (2003), apresentou índices psicométricos confiáveis, com altos índices de consistência interna (0,79 < α < 0,93). Aprimorada e revalidada em contexto diferente, com modalidade de ensino a distância, em curso totalmente aberto, sem pré-requisitos e de qualificação profissional, esse estudo cumpriu item de agenda de pesquisa proposta por Lacerda e Abbad (2003), referente a

“aperfeiçoamento e aplicação do instrumento citado em novas organizações, cursos e metodologias, em treinamentos presenciais e a distância, de modo a confirmar sua confiabilidade e replicação” (pág.56).

Nesse estudo, após análises de componentes principais (PC), análise paralela de Horn e de rotação dos eixos principais (PAF), notou-se que, ao invés de estrutura unifatorial, como encontrado por Lacerda e Abbad (2003), encontrou-se uma estrutura composta por cinco fatores.

O Fator 1, diz respeito à Melhoria no Relacionamento com Pares, Familiares e Amigos, o que de certo modo, trata-se de um efeito não planejado pelo curso, tendo em vista que seus objetivos não se relacionam diretamente a aspectos de melhoria de relações interpessoais. Esse tipo de resultado, não previsto nos objetivos de ensino, se relaciona a efeitos do curso na vida pessoal do aluno, que atribuiu consideráveis importância e utilidade do mesmo para melhoria dos referidos aspectos.

O Fator 2 embora englobe itens de importância e de utilidade, encontra-se mais relacionado com valência e diz a aspectos relacionados de modo distal ao curso, faz referência à importância do mesmo para consolidação de resultados, como a montagem e a garantia de sobrevivência de um negócio.

Em relação aos Fatores 3 e 4, ficou claro para os respondentes que, quanto aos aspectos que visa o alcance de metas e crescimento profissional, as diferenças são claras quanto a importância dos mesmos para a vida profissional e quanto a utilidade do curso como meio para o alcance dos resultados esperados. Assim, os itens de importância, bem como os de utilidade, que tratavam dos mesmos aspectos, dividiram-se claramente em dois fatores, diferentemente dos demais, que englobam aspectos iguais de importância ou de utilidade.

Quanto ao Fator 5, relacionado a efeitos também indiretos e não previstos do curso, como aproveitamento do mesmo para trabalhos acadêmicos, sugere-se que esse pode ser encontrado nesse tipo de clientela, em contexto de um curso aberto e sem pré-requisitos. Entretanto, talvez esse fator não se mantenha em contextos de educação corporativa, em ambientes organizacionais.

Ainda que, tenha trabalhado com apenas duas dimensões do construto de valor instrumental do treinamento, valência e instrumentalidade, e não com as três dimensões do construto, incluindo expectância, como proposto por Lacerda e Abbad (2003), esse estudo buscou aprimorar os conceitos de tais dimensões, como sugerido por Abbad (1999).

Na Etapa 2 desse Estudo, observou-se nos modelos propostos que as variáveis demográficas e de Hábitos de Estudo apresentaram baixo poder explicativo nas médias fatoriais das respostas de Valor Instrumental do Treinamento. Na literatura revisada, não foram encontradas análises similares para comparação de resultados.

5.1. Considerações Finais

As contribuições desse estudo estão relacionadas ao aprimoramento e revalidação da Escala de Valor Instrumental do Treinamento, em contexto, modalidade e organização distintos da original e evasão em cursos a distância.

(16)

As limitações encontradas nesse estudo referem-se aos seguintes aspectos metodológicos: restrição de amostras de participantes a apenas uma organização, o que reduz a generalidade dos resultados; falhas de recebimento de questionários respondidos; perda de dados devido à utilização do e-mail do participante como variável chave para o pareamento de dados, tendo em vista que as pessoas mudam de e-mail com freqüência; diminuição do índice de retorno de dados devido à quedas de conexão da Internet.

De acordo com os resultados apresentados e discutidos, sugere-se a seguinte agenda de pesquisa:

ƒ Investigar o poder preditivo das dimensões de valência, instrumentalidade e expectância, do constructo de Vroom (1964) em Resultados de Treinamento;

ƒ Revalidar o instrumento de Valor Instrumental do Treinamento em outros cursos e contextos organizacionais;

ƒ Aprimorar procedimentos de coleta de dados pela Internet, tendo em vista os baixos índices de retorno;

Espera-se que os resultados desta pesquisa sejam úteis para a área de avaliação de cursos a distância, em especial, para os estudos de Variáveis da Clientela, com ênfase na variável motivacional de Valor Instrumental do Treinamento.

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