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RELEVO CÁRSTICO

ROCHA SOLÚVEL + ÁGUA

Carste: karst – krs = pedra dura, deserto de pedra

Prof.ª Gisele Mara Hadlich - UFBA-IGEO-DGq

RELEVO CÁRSTICO

10% do relevo terrestre 5-7% do território brasileiro

 Bahia

• Grupo Bambuí – oeste da Bahia, cráton São Francisco, região de Bom Jesus da Lapa (BA)

• Grupo Una – região central da Bahia principalmente sobre rochas carbonáticas

 formadas no fundo de mares antigos pelo acúmulo de microcristais de calcita (CaCO3) ou pelo acúmulo de fragmentos de conchas de animais que retiram o CaCO3da água do mar para construir suas carapaças

• T e P → mármore  calcários, mármores, dolomitos

 evaporitos (halita ou gipsita) muito solúveis; carste somente em clima seco  rochas menos solúveis, como quartzitos, granitos e basaltos sob longo

período de ação de água subterrânea

rochas solúveis:após sofrerem intemperismo produzem pouco resíduo insolúvel

RELEVO CÁRSTICO



Componentes principais do sistema cárstico



sistemas de cavernas



aquíferos de condutos



relevo cárstico



feições cársticas: formas de relevos

elaborados sobretudo pelos processos de

corrosão (química - dissolução) e

processos de abatimentos (físicos)

espeleologia

hidrologia

geomorfologia

RELEVO CÁRSTICO

 Gênese e evolução  água + rocha solúvel

+ temperatura, h, pressão, CO2, ácidos húmicos e fúlvicos, bactérias para fixar calcita secundária

 água: dissolve CO2: H2O + CO2 ⇔H2CO3[ácido carbônico]

 H2CO3+ CaCO3⇔Ca+2+ 2HCO3-⇔Ca(HCO3)2[bicarbonato de cálcio, solúvel] • reação reversível - Ca(HCO3)2existe em solução com CO2

• reversão: precip. Ca(HCO3)2 no mar, cimentação em rochas sedimentares, gotas que evaporam em extremidade de estalactite

• CO2na água: ataque e equilíbrio

 temperaturas mais altas aceleram a dissolução, mas retém menos CO2 em solução → diferentes formas cársticas em diferentes climas: do globo e das oscilações climáticas ← estudo do Quaternário

• maior denudação: regiões frias ou quentes e úmidas? • clima seco: mantém ou destrói formas cársticas?

dissolução da rocha

água + rocha solúvel dissolução princip. através de fraturas e linhas de fraqueza processos físicos – mecânicos • abatimento de vazios subterrâneos

• desabamento de blocos das lapas e paredões

•ácido sulfúrico em águas

oxidação de sulfetos como pirita e galena (freqüentes em rochas carbonáticas

RELEVO CÁRSTICO

Gênese e evolução – condições

 rocha solúvel próxima ou na superfície; espessa

 rocha descontínua (falhas, fraturas, estratificação)[passagem da água]  precipitação (quantidade) para dissolução

 clima quente e úmido → vegetação → produção biogênica de CO2  elevada amplitude topográfica para favorecer circulação da água

subterrânea (gradiente hidráulico)

Gênese e evolução depende  do grau de dissolução da rocha

 da quantidade e qualidade de água associada

Tendência: destruição total

Principal aspecto de uma área cárstica:

(2)

REDE DE DRENAGEM



Fluviocárste

 drenagem criptorreica

 curso d’água com trechos em superfície, outros

subterrâneos, que direcionam a funcionalidade cárstica

 águas autóctones ou alóctones

 rios fluem no seu leito - desaparecem em sumidouros,

tornando-se subterrâneos

 rios subterrâneos afloram em ressurgências, em

desfiladeiros profundos e abruptos

Quanto mais desenvolvido o sistema cárstico, maior o número de sumidouros e respectivas bacias de drenagem centrípeta

REDE DE DRENAGEM



Fluviocárste

Quanto mais desenvolvido o sistema cárstico, maior o número de sumidouros e respectivas bacias de drenagem centrípeta  sumidouro

 abertura natural que se comunica com uma rede de galerias; fluxos de água superficiais → subterrâneos

 vale cego ou fechado

 vale que termina num sumidouro ou dolina

 vale seco

 leito seco temporária ou permanentemente

 ponor

 abertura natural que se comunica com uma rede de galerias e que pode funcionar como perda ou como emissor de água superficial, dependendo do nível do lençol freático

 exsurgência

 nascente onde águas que circulam nas rochas calcárias atingem a superfície  ressurgência

 local onde a água volta à superfície após ter “sumido” da superfície, a montante

 circulação de água subterrânea

 zona vadoza: água circula rapida e livremente

 zona freática: água circula sob pressão; fissuras preenchidas

REDE DE DRENAGEM



Dolina [= pequeno vale]

 forma mais comum no relevo cárstico

 depressão cônica de forma elíptica ou circular, com

tamanhos variados

 associada à rede de drenagem centrípeta

 gênese: dissolução, aluvial, subsidência, abatimento • revela possíveis condutos de água do endocarste • de dissolução

em cruzamento de fraturas processo lento • de colapso

desabamento: abatimento de cavidades devido à perda de sustentação da água subterrânea sobre paredes dos vazios

• rebaixamento do nível freático

 alinhamentos de dolinas refletem antigos lineamentos

estruturais (zonas de maior fragilidade da rocha)

RELEVO CÁRSTICO

RELEVO CÁRSTICO



Uvalas

 formada pela coalescência de dolinas  pouco profundas; forma e dimensão variadas  com um ou múltiplos sumidouros  forma intermediária

entre dolinas e poljes

Polje [planície cárstica] – Poliés [campo de cultura]  grande depressão fechada ou aberta; planície cárstica  tectônica: sinclinais, falhas; esculpidas

 podem permanecer secos, serem atravessados por um curso de água ou serem inundados, permanente ou temporariamente

 cursos de água desembocam em lagoas ou cavernas, ou desaparecem em sumidouros

 constituem bacias de recepção, onde pode se desenvolver uma drenagem endorreica e centrípeta

 gênese: estrutura da rocha x processos de corrosão

• corrosão atinge rocha horizontalizada não cálcica – somente alargamento Ponor

 abertura natural que comunica rede de galerias

 pode funcionar como fonte (dependendo do nível do lençol freático) Hum [colina]

 pequeno relevo rochoso abrupto, isolado e disperso, freqüente em poljes

(3)

RELEVO CÁRSTICO

Vales cársticos ou de abatimento

 galerias de cavernas sofrem abatimento → exposição de rios subterrâneos → depressões alongadas com vertentes verticalizadas originados a partir de fraturas que se expandem por dissolução ou

processos mecânicos

• ocorrem quando o calcário é resistente e as paredes evoluem por solapamento basal

Canhões

 Lapiás ou lapiés ou lapiez

 caneluras ou sulcos de espessura milimétrica a dezena de metros, com formas escavadas e proeminentes

 desenvolvimento: escoamento superficial – diretamente sobre rocha

 Campos de lapiás: grandes superfícies recobertas por lapiesamento

 Megalapiás: engloba formas variadas com grandes dimensões

 Terra rossa

 solo oriundo da decomposição do calcário

 acumulação de argilas, areia fina e óxidos de ferro, comuns em calcários; ficam retidos como um solo residual

 rendzina

RELEVO CÁRSTICO

Bloco pedunculado

Arco Bloco residual



Cones cársticos

 morros residuais, com vertentes fortemente inclinadas e

paredões rochosos

 típicos em relevo acidentado  regiões tropicais úmidas

RELEVO CÁRSTICO

 Caldeirão ou marmita

 cavidade circular, decimétrica a métrica e com profundidade variável, escavada na rocha por redemoinhos ao longo de rios  desenvolve-se pela abrasão da rocha proporcionada por areia,

grânulos, seixos e até blocos que giram em alta velocidade em pontos preferenciais onde se formam redemoinhos ou vórtices ao longo do rio



Tufo calcário

 depósitos de calcário de água doce

 incrustação irregulares originadas da ressurgência

em terrenos calcários cujo depósito de carbonato de cálcio endurece com o tempo, incorporando plantas, conchas, etc.



Travertino

 mais compactos que tufo calcário

RELEVO CÁRSTICO



Cavernas ou grutas

 cavidades subterrâneas naturais simples ou com

ramificações

 com desenvolvimento vertical e/ou horizontal  condutos subterrâneos de acesso ao homem  o movimento da água, que promove a dissolução da

rocha, é controlado por variações litológicas e linhas de falha e fraturas

• zona superior ou zona vadosa: a água circula livremente sob ação da gravidade

• zona inferior ou zona freática: á água circula sob pressão hidrostática e todas as fissuras e juntas estão preenchidas

(4)

 Espeleotemas [grego: depósito mineral]  depósitos de precipitação carbonática

 formas de acumulação mais comuns em carste, especialmente no interior de cavernas

 ocorre recristalização da calcita

 estalactites

 gota de água com Ca(CO3)2e CO2dissolvidos atinge o teto de uma caverna através das fraturas

 em contato com o ar da caverna, o CO2migra para a atmosfera da caverna  após, a calcita (insolúvel em água pura) se cristaliza e forma um anel em

volta da gota

 sucessão de anéis: estalactite  estalagmite

 dissolução da estalactite → gotejamento → precipitação no assoalho/anéis  a estalagmite despenca do teto

• o impacto com o chão pode provocar um novo desequilíbrio na estabilidade do bicarbonato

 parte do CO2restante na gota será retirado para a atmosfera e haverá precipitação de calcita sobre o solo da caverna

 a sucessão de gotas fará com que apareça um monte formado por microcristais de calcita

RELEVO CÁRSTICO

BRASIL

 BA, TO, MG, GO: predominam calcários e dolomitos pouco

deformados e drenagens de pouco gradiente, com relevos suaves e vastas depressões com dolinas de abatimento e vales cársticos

• MG: Bacia do Rio das Velhas – mais de uma centena de grutas • Caverna dos Brejões, BA: 7.500 m de extensão

• maior do mundo: Holloch, Suiça – 74 km  SP, PR: calcários metamorfizados e dobrados,

com relevo acidentado e carste poligonal, com bacias de drenagem centrípeta

• SP: Bacia do Rio Ribeira do Iguape – ex: Caverna do Diabo (Eldorado Paulista): 4.500m

 MS, MT: cavernas com lagos subterrâneos.

Lagoa Azul, Bonito, MS

ASPECTOS AMBIENTAIS



Cárste: área frágil



geralmente é um armazenador de água que

pode ser facilmente contaminado



grandes ou pesadas edificações requerem

estudos geofísicos para detectar possíveis

vazios subterrâneos



o excessivo bombeamento do aqüífero cárstico

pode gerar abatimentos do terreno



Ex: “buraco” de Cajamar, SP, 1986. Dolina.

• Decifrando a Terra, p. 138.

RELEVO CÁRSTICO



Formas elementares

 vertentes

• escarpas com mantos de desabamento países temperados ao norte do Mediterrâneo • vertentes rochosas escalonadas

Mediterrâneo – Grécia

rocha aflora, erodida; com terra rossa recobrindo • torres e pináculos

áreas tropicais

 áreas esculpidas em detalhe • lapiás

 depressões fechadas • dolinas, uvalas, poljes



Fluviocárste

• drenagem centrípeta – vales cegos, sumidouros • drenagem criptorreica

(5)

ESTUDO DIRIGIDO



Onde são encontradas rochas que originam relevo

cárstico na Bahia? Quais as Unidades Geológicas

correspondentes?



Como se formam as rochas carbonáticas?



É possível ter rochas calcárias no interior (longe do

litoral)? Justifique sua resposta.



O relevo cárstico desenvolve-se por dissolução da

rocha e por abatimentos. Explique o que são e

como se formam dolinas de dissolução e dolinas

de abatimento.



A água pura dissolve rochas calcárias? Justifique

sua resposta.

ESTUDO DIRIGIDO



Considerando que quanto maior a temperatura da

água, menor a dissolução de CO2, conclui-se que

em climas frios o relevo cárstico desenvolve-se

mais rapidamente que em clima quente.

Entretanto, alguns autores afirmam que o relevo

cárstico desenvolve-se mais em clima quente. Qual

o argumento utilizado por esses autores para

afirmarem isso?



Áreas cársticas são caracterizadas por

determinadas especificidades quanto à rede de

drenagem. Nesse sentido, defina: drenagem

criptorreica; drenagem centrípeta; vale cego; vale

seco; sumidouro; ressurgência.



Como se formam as estalactites e as estalagmites?

ESTUDO DIRIGIDO - TEXTO



TEXTO: Poço Encantado, Chapada Diamantina

(Itaetê), BA

 1. O que foi feito no Poço Encantado para evitar sua degradação?  2. No texto, encontra-se: “A superfície cárstica caracteriza-se por

amplas depressões poligonais de pequena amplitude altimértica que contornam dolinas de subsidência lenta e colapso. Os terrenos cársticos apresentam alto índice de subsidências catastróficas relacionadas principalmente com eventos de alta pluviosidade, conforme dados históricos recuperados em Pereira (1998).” Pergunta-se: como ocorrem esses eventos catastróficos?  3. Qual a relação entre o desenvolvimento de condutos freáticos e a

formação de salões em cavernas, como citado no texto?

 4. Quais os principais aspectos ambientais a serem observados para explorar turisticamente o local?

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