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ESTUDOS ESPECIAIS PATENTES USP

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Elisabeth Adriana Dudziak

Relatório apresentado ao Prof. Fernando Palop como requisito à conclusão da Oficina VantagePoint.

10 de abril de 2014

ESTUDOS ESPECIAIS PATENTES USP

Estudo analítico e bibliométrico das patentes depositadas

pela Universidade de São Paulo no período de

1994 a 2013

Derwent Innovations Index

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

SISTEMA INTEGRADO DE BIBLIOTECAS

PATENTES

DEPOSITADAS PELA

USP 1994 – 2013

Uma análise a partir da Base de Dados

Derwent Innovations Index

ELISABETH ADRIANA DUDZIAK

São Paulo, SP

Abril 2014

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

SISTEMA INTEGRADO DE BIBLIOTECAS DA USP DEPARTAMENTO TÉCNICO

GRUPO DE ESTUDOS BIBLIOMÉTRICOS APLICADOS DO SIBiUSP

ELISABETH ADRIANA DUDZIAK – DT/SIBI - (COORDENAÇÃO) SIBELE SILVA DE FAUSTO – DT/SIBI

EIDI RAQUEL FRANCO ABDALLA – FM STELA DO NASCIMENTO MADRUGA - FMVZ RUBENILDO OLIVEIRA DA COSTA – FO GIRLEI APARECIDO DE LIMA - FZEA IRENE LUCINDA – ICMC

GRACIELLI PEPE – IFSC

DANIEL JORGE CAETANO - DT/SIBI RICARDO AMARAL DE FARIA – DT/SIBI TARCISIO PEREIRA – DT/SIBI

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SUMÁRIO

1 FICHA TÉCNICA______________________________________________________ 5 2 RESUMO EXECUTIVO_________________________________________________ 5 3 INTRODUÇÃO ______________________________________________________ 6 4 ESTADO DA ARTE: PATENTES __________________________________________ 6 4.1 CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE PATENTES ___________________________ 7 4.2 MINERAÇÃO TECNOLÓGICA E PATENTES _________________________________ 7 5 SITUAÇÃO DAS PATENTES NA USP ______________________________________ 9 5.1 ANTECEDENTES HISTÓRICOS___________________________________________ 9 5.2 GESTÃO DE PATENTES NA USP_________________________________________ 10 5.3 ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE PATENTES NA USP _______________ 11 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS______________________________________________ 22 REFERÊNCIAS_______________________________________________________ 24 ANEXOS___________________________________________________________ 25

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1 FICHA TÉCNICA

Data de início do informe 01 de abril de 2014

Data de finalização do informe 04 de abril de 2014

Bases de Dados utilizadas Derwent Innovations Index – ISI Web of Knowledge

Especialistas consultados Agência USP de Inovação

Grupos de Pesquisadores analisados Universidade de São Paulo

Autores e Instituição do Estudo Elisabeth Adriana Dudziak - USP

2 RESUMO EXECUTIVO

O objetivo geral deste estudo é compreender a evolução da produção de patentes pela Universidade de São Paulo nas últimas décadas, aplicando uma análise quantitativa e qualitativa que permite avaliar: a) em primeiro lugar, a evolução no número de patentes depositadas pela USP nos últimos 20 anos; b) as tendências temáticas das patentes depositadas pela USP nesse período; c) em terceiro lugar, estabelecer correlações de evolução das patentes; d) em quarto lugar, conhecer geograficamente onde se encontram depositadas as patentes da USP; e) estabelecer redes de colaboração.

As patentes da Universidade de São Paulo produzidas no período de 20 anos (1994-2014) foram analisadas a partir da Base de Dados Derwent Innovations Index, e uma série de informações foram detalhadas:

- Evolução do número de Patentes depositadas pela USP (1994-2014) – a pesquisa não trouxe resultados para 2014. Desta forma, a evolução compreende o período 1994-2013 de fato.

- Principais áreas do conhecimento - Classificação Internacional de Patentes - Distribuição geográfica de depósitos e redes de colaboração

Principais conclusões do estudo:

 A Agência USP de Inovação realiza importante atividade de auxílio ao processo

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 A USP produz mais patentes na área de Assistência Humana segundo a Classificação Internacional de Patentes, com ênfase em Medicina.

 O registro de patentes no exterior é baixa, concentrando as atividades no

Brasil.

 A cooperação entre os inventores é baixa.

 Não foi possível estabelecer uma relação positiva entre as patentes e os artigos

científicos produzidos, nem em termos de quantidade nem em termos das áreas de conhecimento predominantes.

3 INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é apresentar a evolução da produção de patentes pela Universidade de São Paulo nos últimos 20 anos. O estudo foi realizado em abril de 2014 na Base de Dados Derwent Innovations Index, delimitado pelo período de 1994 a 2014.

Além da análise do número de patentes depositadas pela USP no período, também serão apresentados dados sobre as principais áreas de conhecimento nas quais a USP se destaca e a distribuição geográfica de depósitos. Tais estudos buscam identificar domínios de interesse prioritários para a USP e estabelecer como e o quanto os cientistas se comunicam.

O estudo não pretende ser exaustivo por tratar-se de aplicação do software VantagePoint em um estudo cientométrico, por ter como objeto de estudo assuntos, disciplinas, campos científicos e tecnológicos, e patentes.

4 ESTADO DA ARTE – PATENTES

A patente é um produto tecnológico que exprime um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, cuja garantia de propriedade é dada pelo Governo aos inventores ou pessoas físicas ou jurídicas que detêm os direitos de criação e exclusividade de uso.

Podem ser patenteados: processos, produtos ou ambos. A patente pode referir-se a uma única invenção, ou a um grupo de invenções que estão relacionadas a um conceito inventivo único. O sistema brasileiro de patentes considera as invenções resultantes de criações que sejam soluções a problemas tecnológicos específicos, modelos de utilidade que são concepções da prática que resulta em produtos ou processos com aplicação industrial e adição de invenção que representa um desenvolvimento ou aperfeiçoamento de uma invenção.

Segundo Cruz (2013), os cientistas brasileiros publicaram 46,7 mil artigos científicos em periódicos em 2012, colocando o Brasil em 14º lugar como produtor

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mundial de pesquisas, o que equivale a 2,2% da produção científica mundial, tendo subido no ranking mundial dez posições em 20 anos. No período de 2008 a 2012 a área da medicina clínica foi a que mais produziu artigos (quase 35 mil), seguido pela ciência de plantas e animais, com 19,5 mil artigos, enquanto que nas ciências agrárias foram produzidos 13,5 mil. Nas ciências sociais houve um aumento de 1,5 mil para 9,8 mil.

Em termos de registros de pedidos de patentes, a China está em primeiro lugar em no cenário mundial, seguida pelos Estados Unidos e o Japão. No Brasil, devido ao crescimento de sua produção científica, houve um aumento no número de patentes depositadas no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual). O INPI é o órgão brasileiro que registra as patentes no país.

De 2003 a 2012 foram realizados 170 mil pedidos de patentes. Segundo o presidente do INPI, Jorge Ávila, os maiores produtores e depositantes de patentes no país foram a Petrobras que, de 2003 a 2012 registrou 450 patentes, seguida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com 395 patentes, enquanto a Universidade de São Paulo (USP) registrou 284 patentes de 2003 a 2012 (CRUZ, 2013).

4.1 CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE PATENTES

O texto da primeira edição da Classificação foi criado de acordo com as disposições da Convenção Europeia sobre a Classificação Internacional de Patentes de Invenções de 1954. A Classificação internacional de patentes é atualizada

periodicamente1

A World Intellectual Property Organization (WIPO) é responsável por toda e qualquer questão relacionada à classificação. Tal classificação é composta por Seções, classe, sub-classe, grupo - Cada seção é identificada por uma letra maiúscula, de A até H.O título da seção deve ser considerado uma indicação bem ampla do conteúdo daseção. As oito seções têm os seguintes títulos:

A. NECESSIDADES HUMANAS

B. OPERAÇÕES DE PROCESSAMENTO; TRANSPORTES C. QUÍMICA; METALURGIA

D. TÊXTEIS; PAPEL E. CONSTRUÇÕES FIXAS

F. ENGENHARIA MECÂNICA; ILUMINAÇÃO; AQUECIMENTO; ARMAS; EXPLOSÕES G. FÍSICA

H. ELETRICIDADE

A classificação internacional de patentes também:

a) É um instrumento para o arranjo ordenado de documentos de patente, a fim de facilitar o acesso à informação tecnológica e legal neles contidos;

1 WIPO. International Patent Classification (version 2013 )

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b) É uma base para a disseminação seletiva de informações para todos os usuários de informações sobre patentes;

c) É uma base para investigar o estado da arte em determinados campos da tecnologia;

d) É uma base para a elaboração de estatísticas da propriedade industrial, que por sua vez permitem a avaliação do desenvolvimento tecnológico em diversas áreas.

4.2 MINERAÇÃO TECNOLÓGICA E PATENTES

A evolução das tecnologias de informação e comunicação produziu uma ambiência informacional e tecnológica esplêndida, porém difícil de ser controlada e prospectada.

À medida que a ciência, a produção científica, as invenções e as inovações ganhavam impulso, os estudos métricos de informação evoluíram, traduzindo-se nos estudos bibliométricos, cientométricos, webométricos e patentométricos, produzindo também ferramentas para análise e mineração de dados e textos.

No âmbito desses estudos, ferramentas para criar inteligência também ganharam importância estratégica para as organizações e economias. A efetiva gestão da informação e do conhecimento somou-se à capacidade de processar informações e dados e criaram resultados que definitivamente impactaram a sociedade e as economias globais e locais.

Os sistemas de inteligência competitiva se estruturam por meio de ferramentas especializadas e métodos de análise que implicam em processos coordenados de acesso a dados e informações estruturados, elaboração de estratégia de busca, filtros, reformatação de dados e textos antes das análises que, em síntese, levam aos resultados de prospecção de tendências ou simples análises do estado da arte de determinada área do conhecimento e/ou de pesquisas e produção de tecnologia.

Os indicadores de produção científica, somados a outros indicadores de ciência, tecnologia e inovação (CT&I), têm contribuído de forma definitiva para a análise do desempenho e melhoria da eficiência dos sistemas nacionais de ciência, tecnologia e inovação.

Os estudos relacionados à mineração de patentes podem resultar em estudos de caso, melhoria da qualidade e eficiência de processos, monitoramento da concorrência, áreas de destaque, áreas passíveis de maior investimento, prospecção de tendências e de redes de colaboração, localização de parceiros ou clientes potenciais, identificação de melhores produtos ou serviços consumidos, padrões de desenvolvimento de tecnologias, entre outros estudos. P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) são os focos das patentes.

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Neste cenário, cresce a importância da consolidação de datawarehouses, um novo conceito de organização de dados que agregam bases de dados financeiros, jurídicos, administrativos, de recursos humanos, recursos técnicos, científicos e tecnológicos, organizados em ambiente computacional que disponibiliza tais dados para análises e estudos relacionados à inteligência competitiva.

Certamente, ter os dados não basta. É preciso realizar a correta coleta, tratamento e preparação de dados têm papel decisivo em qualquer análise e geração de resultados. Antes de analisar, é necessário preparar, integrar dados de diferentes bases, padronizar nomes, agrupar os conceitos, reorganizar campos e gerar análises e mapas, recursos de visualização.

Ferramentas de análise de dados como o VantagePoint2 são muito úteis na

recuperação e organização de dados, possibilitando diversas extrações e análises que resultam em estudos relevantes para as organizações. O VantagePoint é uma ferramenta que possui como diferenciais: a importação de dados a partir de qualquer formato, padronização, limpeza e integração de dados, visualização analítica, incluindo

valores estatísticos. O software permite diversas aplicações, incluindo a elaboração de

estatísticas para gestão de acervos, a elaboração de indicadores de produção científica

(artigos e trabalhos) e tecnológica (patentes) - indicadores de publicação, de citação e

de colaboração, entre outras aplicações. Ressalta-se ainda, dentre as instituições que

utilizam o referido software a EMBRAPA, FIOCRUZ, INPI, INT, PETROBRAS, UFBA, UNICAMP.

Para a análise de patentes, diversas bases de dados possibilitam a mineração de textos, fornecem dados e informações relevantes.

O Derwent Innovations Index é uma das bases internacionais mais reconhecidas no cenário mundial quando se fala em patentes. Trata-se de uma base de dados do grupo Thomson Reuters. Cada nova patente que entra semanalmente na Base é analisada e classificada segundo o Derwent Classification Index, suplementando a Classificação Internacional de Patentes. O Derwent Innovations Index contém mais de 14 milhões de invenções básicas registradas desde 1953 até o presente. A cada três ou sete dias, todas as informações referentes a patentes são atualizadas, obtidas de 41 órgãos emissores de patentes de todo o mundo.

5 SITUAÇÃO DAS PATENTES NA USP 5.1 ANTECEDENTES HISTÓRICOS

Pelo decreto estadual nº 6.283, de 25 de janeiro de 1934, a Universidade de São Paulo foi criada. O propósito de seus fundadores era criar uma universidade

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“avançada”, voltada ao ensino e à pesquisa integrados, tendo como base a Filosofia, o que de fato aconteceu, no início.

Se por um lado as influências francesas se faziam sentir no modelo de ensino de formação especializada e profissionalizante, com base nas "Grand Écoles", a influência alemã se manifestava em sentido diverso, de ênfase na pesquisa e da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e formação mais generalista (DUDZIAK, 2007).

No ano do cinqüentenário (1984) começa a se falar em modernização e racionalização da atividade acadêmica. Eficiência e eficácia surgem no vocabulário uspiano. A questão da avaliação dos docentes tomou boa parte do debate e, neste momento, foram ressaltados os métodos internacionais de avaliação peer review, muito usados em outros países, e que eliminariam o corporativismo e os favoritismos existentes. Em 1989 a Internet chega à Universidade, quando é criada a Rede Nacional de Pesquisas. No início dos anos 90, a reorganização do mercado mundial e suas consequências, modificaram o cenário de produção da ciência e das patentes.

Ao longo da década de 90, a cooperação universidade-empresa ganhou impulso, tanto do lado do segmento produtivo, quanto do lado das Instituições de Ciência e Tecnologia, a partir de modelos inovadores de financiamento à pesquisa, projetos e redes cooperativas, criação de empresas juniores, cursos cooperativos. O número de convênios e contratos passa de 500, envolvendo as Unidades e Fundações ligadas à Universidade (PLONSKI, 2000, p.63). Os anos 2000 iniciam-se com a Universidade em rede, implementando programas de qualidade e políticas de recursos humanos, diploma duplo e internacionalização.

Indicadores gerais relativos aos anos 2001 a 2005 dão notícia de que o sistema de pesquisa na USP progrediu significativamente, em qualidade e quantidade, superando o sistema nacional de pesquisa. A instituição hoje mantém 1635 grupos de pesquisa certificados junto ao CNPq, órgão nacional de fomento à pesquisa no Brasil. 5.2 GESTÃO DE PATENTES NA USP

A partir do final de 2003, o crescimento no interesse pela proteção à propriedade industrial fez com que fosse criada a Agência USP de Inovação, seguindo a proposição do projeto da Lei de Inovação. A gestão de patentes na Universidade de São Paulo é realizada pela Agência USP de Inovação.

A missão da Agência USP de Inovação é promover a utilização do conhecimento científico, tecnológico e cultural produzido na Universidade em prol do desenvolvimento sócio-econômico do Estado de São Paulo e do país. Tem como objetivos identificar, apoiar, promover, estimular e implementar parcerias com o setor empresarial, governamental e não governamental na busca de resultados para a sociedade. No que diz respeito à pesquisa, os canais dominantes de ação sistêmica da Agência são:

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 desenvolvimento de investigações cooperativas com empresas ou organizações públicas;

 licenciamento de invenções desenvolvidas na Universidade;

 divulgação ao grande público dos resultados obtidos nos laboratórios

universitários.

A Universidade hoje já conta com seis polos de inovação, constituindo a Rede USP de Inovação. A vocação de cada um deles reflete a competência local. Segundo a Agência USP de Inovação, os resultados financeiros obtidos pela Universidade advindos dos contratos assinados são divididos da seguinte forma:

 50% para os inventores a titulo de incentivo;

 40,5% para o departamento onde ocorreu o desenvolvimento com a finalidade

de ser preferencialmente aplicado em pesquisa;

 4,5% para a Unidade onde ocorreu o desenvolvimento;

 5% para a Reitoria.

A Agência USP de Inovação também integra o PIT (Programa de Investigação Tecnológica), representando a USP no conjunto de instituições parceiras que são a UNICAMP, UNESP, IPT e IPEN. Além disso, disponibiliza os serviços Disque-Tecnologia, programa orientado ao apoio às micro, pequenas e médias empresas.

5.3 ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE PATENTES NA USP

A Agência USP de Inovação promove a proteção dos resultados de pesquisas USP desde a década de 1980, possibilitando à sociedade o acesso aos resultados de suas pesquisas, aos mais diversos produtos produzidos em parceria com empresas e outras organizações para as quais a USP licenciou a tecnologia. Ainda segundo a Agência USP de Inovação, o crescimento das patentes da USP tem sido constante, principalmente nos últimos cinco anos, devido a vários fatores, entre eles:

 Adoção de políticas pelo governo de apoio à proteção e parcerias, como a Lei

de Inovação em 2004, que levou a comunidade acadêmica à ampla discussão do tema,

 A criação da Agência USP de Inovação,

 A contratação de novos colaboradores para atuarem na área,

 A contratação de agentes de propriedade industrial para redação dos

relatórios,

 Palestras e eventos relacionados ao tema, entre outros.

A pesquisa sobre patentes da USP foi realizada no dia 01 de abril de 2014 na Base de Dados Derwent Innovations Index, da ISI Thomson Reuters Scientific / ISI Web Services, disponível a toda a comunidade da USP para pesquisas a partir do Portal

CAPES: www.periodicos.capes.gov.br, no item Buscar Bases.

Em seguida foi elaborada a estratégia de busca, considerando como o principal parâmetro o Depositante: Universidade Sao Paulo, expressão que já abrange as

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variações de nome da instituição. Também foi inserida a restrição por data, para abranger somente duas décadas. Foram recuperadas 443 patentes. O Gráfico 01 abaixo, mostram as curvas de crescimento das patentes durante estes anos.

Gráfico 1 – Evolução de pedidos de patentes USP - Fonte: Agência USP de Inovação (2014)

Verifica-se a prevalência de resultados de pesquisa patenteados ligados à biotecnologia (química, farmácia, medicina, biomedicina), uma tendência que tem sido observada desde o fim dos anos 2000 em função de mudanças na legislação de patentes, em vigor desde 1997, que permitiu a proteção de processos e produtos ligados a fármacos e alimentos. Tal aumento nessas áreas também se deve aos incentivos governamentais (AGENCIA USP, 2014).

Também é possível observar que a distribuição geográfica da produção de patentes nos Campi da USP acontece de forma desigual. Algumas Unidades de Ensino e Pesquisa, bem como alguns Institutos se destacam em algumas cidades: predominância para as Unidades POLI (Escola Politécnica), IQ (Instituto de Química) em São Paulo, IFSC (Instituto de Física de São Carlos), FCF (Faculdade de Ciências Farmacêuticas) também em São Paulo, FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto) e EESC (Escola de Engenharia de São Carlos).

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Gráfico 2 – Patentes depositadas por Unidades USP Fonte:Agência USP de Inovação (2014)

O Gráfico 03 apresenta a evolução da produtividade de patentes depositadas pela USP nos últimos 20 anos, segundo a base de dados ISI Derwent Innovations Index..

Gráfico 3 – Evolução da produção de patentes depositadas pela USP nos últimos 20 anos Fonte: ISI Derwent Innovations Index (2014)

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Observa-se que em 2009 houve um número maior de depósitos de patentes pela Universidade, tendência que não se manteve nos anos seguintes. Entretanto, aparentemente, em 2013 a tendência de crescimento volta a se estabelecer.

Ainda que Cruz (2013) afirme que, como consequência do aumento na produção científica, o pedido de patentes no país chegou a 170 mil no período de 2003 a 2012, não foi possível estabelecer essa mesma correlação positiva na USP entre a produção científica e a produção de patentes. O Gráfico 4 a seguir demonstra que, no caso da USP, não há correspondência de tendências. Por meio da comparação entre a produção científica da USP registrada na Base de Dados ISI Web of Science e sua produção de patentes no período de 2005 a 2013, registrada na ISI Derwent Innovations Index, não é possível estabelecer qualquer relação.

Gráfico 4 - Comparativo da evolução da produção científica x produção de Patentes USP (Fontes: ISI WoS/ ISI Derwent Innovations Index)

O Gráfico 5 apresenta as áreas de conhecimento nas quais houve maior número de depósitos de patentes pela USP, de acordo com dados obtidos da base de dados ISI Derwent.

0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 5.676 6.410 8.026 8.996 9.472 9.953 10.041 10.571 10.554 19 22 41 42 75 45 46 35 50

Comparativo da evolução da produção científica x produção de Patentes USP - 2005 -2013

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Gráfico 5 – Principais áreas de conhecimento segundo a Classificação da ISI Derwent Innovations Index

Utilizando a Classificação Internacional de Patentes, o quadro modifica-se um pouco. Das mais de 150 áreas de estudo relacionadas à USP, foram selecionadas as Top 10 áreas, apresentadas a seguir. Nas patentes estudadas foi possível saber quais foram os códigos mais citados e quais as palavras-chave mais utilizadas. Pela análise do Gráfico 65, verifica-se que o código mais utilizado foi o A61k, que corresponde à área de estudos médicos e dentais.

Gráfico 6 – Top 25 códigos de classificação áreas de conhecimento com patentes

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A seguir, na Tabela 1, são apresentados os Top 10 assuntos mais patenteados da USP por área de conhecimento, segundo a Classificação Internacional de Patentes.

Tabela 1 – Top 10 áreas de conhecimento com patentes geradas pela USP (1994-2013)

Registros CIP Áreas de conhecimento – C.I.P.

100 A61K PREPARAÇÕES PARA FINALIDADES MÉDICAS, ODONTOLÓGICAS OU HIGIÊNICAS

71 A61P

ATIVIDADE TERAPÊUTICA ESPECÍFICA DE COMPOSTOS QUÍMICOS OU PREPARAÇÕES MEDICINAIS

45 C12N

ORGANISMOS OU ENZIMAS; SUAS COMPOSIÇÔES. MICRO-ORGANISMOS; ENGENHARIA GENÉTICA OU DE MUTAÇÕES 44 G01N

INVESTIGAÇÃO OU ANÁLISE DOS MATERIAIS PELA DETERMINAÇÃO DE SUAS PROPRIEDADES QUÍMICAS OU FÍSICAS

25 A61B DIAGNÓSTICO; CIRURGIA; IDENTIFICAÇÃO

21 C07K PEPTÍDEOS

20 C07D COMPOSTOS HETEROCÍCLICOS

17 A61C ODONTOLOGIA; APARELHOS OU MÉTODOS PARA HIGIENE ORAL OU HIGIENE DENTAL

16 A23L ALIMENTOS, PRODUTOS ALIMENTÍCIOS OU BEBIDAS NÃO ALCOÓLICAS

15 C12Q PROCESSOS DE MEDIÇÃO OU ENSAIO ENVOLVENDO ENZIMAS OU MICRO-ORGANISMOS

Fonte: http://ipc.inpi.gov.br/ipcpub/#refresh=page Observa-se a prevalência das áreas de conhecimento de cuidados humanos agrupados em nove sub-áreas dedicadas à medicina, odontologia e higiene (A61k), atividades terapêuticas de compostos químicos ou preparação medicinal (A61P), estudos de micro-organismos (C12N), Análise de materiais por suas propriedades químicas ou físicas (G01N), diagnósticos e cirurgias (A61B), peptídeos (C07K), compostos heterocíclicos (C07D), aparelhos e higiene dental (A61C), alimentos (A23L) e processos de medição ou ensaios com enzimas (C12Q). A recuperação de dados 2014 resultou nula.

As principais áreas de conhecimento com patentes registradas pela USP no período de 1994 a 2013 encontram-se demonstradas no Gráfico 7, a seguir.

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Gráfico 7 - Demonstrativo das áreas de conhecimento por ano de depósito de patentes USP - 1994-2013 (Fonte: ISI Derwent Innovations Index)

O ano de 2009 destaca-se em relação aos demais anos, ainda que siga a tendência histórica de prevalência da abordagem dos assuntos A61k, A61P, C12N e G01N. O Gráfico 8 apresenta as porcentagens de patentes depositadas pela USP em 2009, segundo a Classificação Internacional.

A61K G01N C07D C12Q 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 200 9 201 3 201 1 201 0 200 8 200 7 201 2 200 6 200 5 200 1 200 3 200 4 200 0 199 5 199 9 200 2 199 3 199 4 199 6 199 7 2009 2013 2011 2010 2008 2007 2012 2006 2005 2001 2003 2004 2000 1995 1999 2002 1993 1994 1996 1997 A61K 20 6 11 9 14 9 11 4 2 2 2 5 3 1 1 A61P 15 4 6 7 8 7 9 1 2 3 1 5 2 1 C12N 10 2 2 3 2 4 10 2 3 1 1 3 1 1 G01N 11 6 6 4 1 7 3 2 1 1 1 1 A61B 4 7 5 2 2 1 1 1 1 1 C07K 1 1 3 2 2 2 4 1 1 2 1 1 C07D 2 2 2 1 4 4 2 1 2 A61C 3 6 3 3 1 1 A23L 6 1 2 1 3 1 1 1 C12Q 5 1 1 3 2 1 1 1

Demonstrativo das áreas de conhecimento por ano de depósito de patentes USP - 1994-2013

A61K A61P C12N G01N A61B C07K C07D A61C A23L C12Q

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Gráfico 8 - Demonstrativo de patentes USP depositadas em 2009 por área de conhecimento (C.I.P)

Em comparação à produção científica, quando utilizada a classificação da base de dados Derwent, há uma relação positiva que recai especialmente na área de química. Porém, quando se utiliza a Classificação Internacional de Patentes, não foi possível estabelecer uma relação positiva entre as áreas de pesquisa científica que resultaram em publicações e as áreas que geraram patentes. A seguir, a Tabela 2 exibe as áreas de conhecimento mais relevantes na produção científica no período de 205 a 2013, segundo a base ISI Web of Science.

Tabela 2 – Evolução da produção científica da USP e as principais áreas de conhecimento 2005-2013

(Fonte: ISI Web of Science) 26% 19% 13% 14% 5% 1% 3% 4% 8% 7%

Demonstrativo de patentes USP depositadas em 2009 por área de conhecimento (C.I.P) A61K A61P C12N G01N A61B C07K C07D A61C A23L

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Quanto à distribuição geográfica de depósitos, a mesma pode ser visualizada na Figura abaixo. Observa-se a prevalência de depósitos no Brasil.

Figura 1 – Distribuição geográfica de depósitos efetuados pela USP (1994-2013)

As redes de relações institucionais estabelecidas com a USP estão demonstradas no Gráfico 9 abaixo.

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O Gráfico 9 a seguir apresenta a linha do tempo das patentes e famílias de patentes depositadas pela USP.

Gráfico 10 – Linha do tempo de patentes e famílias de patentes

A seguir é apresentado o mapa de inventores e suas interações na produção de patentes.

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Figura 2 – Mapa de co-autorias – inventores USP

Pelo mapa, é possível observar que há baixa interação entre os inventores na USP, sendo um grupo pequeno de pesquisadores que interage entre si.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo geral deste estudo foi buscar compreender a evolução da produção de patentes pela Universidade de São Paulo nas últimas duas décadas, a partir de uma análise quantitativa e qualitativa.

Para tanto, foram utilizadas as Base de Dados ISI Derwent Innovations Index e a ISI Web of Science, ambas da Thomson Reuters.

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Desde sua criação em 2003, a Agência USP de Inovação realiza importante atividade de auxílio ao processo de patenteamento na USP. Seu papel aglutinador e coordenador facilitou o processo na Universidade.

Pelo levantamento realizado na Base de dados ISI Derwent Innovatins Index e, segundo a Classificação Internacional de Patentes, a USP produz mais patentes na área de Assistência Humana, com ênfase em Medicina. Por outro lado, se utilizarmos a classificação da própria base de dados da Derwent, a área que se destaca é a química.

O registro de patentes no exterior é baixa, concentrando as atividades no Brasil. Considerado por alguns especialistas como importante índice, o depósito de patentes brasileiras nos Estados Unidos precisa ser promovido, para aumentar a visibilidade da produção técnica da USP e as possibilidades de colaboração internacional.

No âmbito da produção de patentes na USP, a cooperação entre os inventores é baixa. O estudo revelou também que na USP não há evidências de uma relação positiva entre produção científica e produção de patentes.

Entretanto, o estudo foi exploratório e não pretende ser conclusivo. Novos estudos serão necessários para estabelecer relações entre as atividades científicas e as atividades tecnológicas na Universidade.

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REFERÊNCIAS

AGÊNCIA USP DE INOVAÇÃO. Homepage da organização. São Paulo: USP, 2014. http://www.inovacao.usp.br/ Acesso em 07 abril 2014.

BUFREM, L.; PRATES, Y. O saber científico registrado e as práticas de mensuração da informação. Ci. Inf., Brasília, v. 34, n. 2, p. 9-25, maio/ago. 2005. http://mrvulpes.wordpress.com/2012/03/13/bibliometria-cientometria-informetria-infometria-e-webometria/ Acesso em 8 abril 2014.

CRUZ, F. Brasil está em 14º lugar no ranking mundial de pesquisas científicas. Agência

Brasil, 17 de setembro de 2013.

http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2013-09-17/brasil-esta-em-14%C2%BA-lugar-no-ranking-mundial-de-pesquisas-cientificas Acesso em 08 abril 2014.

DUDZIAK, E.A. Lei de inovação e pesquisa acadêmica: o caso PEA. São Paulo: Escola Politécnica da USP, 2007. http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-27072007-173047/pt-br.php Acesso em

MARICATO, J.M. Procedimentos metodológicos em estudos bibliométricos e cientométricos: opções e reflexões no contexto dos processos de recuperação e organização da informação. RABCI, 2011.

PLONSKI, G.A. Fundações de apoio e financiamento público na USP. Revista ADUSP -

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7 ANEXOS

A pesquisa foi realizada no dia 01 de abril de 2014 na Base de Dados Derwent Innovations Index, da ISI Thomson Reuters Scientific / ISI Web Services, disponível a toda a comunidade da USP para pesquisas a partir do Portal CAPES:

www-periodicos-capes-gov- br, no

item Buscar Bases.

Portal de periódicos da CAPES.

Em seguida foi elaborada a estratégia de busca, considerando como parâmetros o Depositante: Universidade Sao Paulo, expressão que já abrange as variações de nome da instituição. Também foi inserida a restrição por data, para abranger somente duas décadas: de 1994 a 2014.

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Estratégia da busca na Base de Dados Derwent Innovations Index

Nesta data, foram recuperados 443 itens, gerando uma lista marcada, que depois foi exportada como arquivo sem formato, segundo opção oferecida pela própria Base de Dados.

Resultados obtidos na Base de Dados Derwent Innovations Index

Os dados exportados foram salvos em um arquivo .txt intitulado patentes USP 1994-2014. Em seguida, o software Vantage Point foi aberto. Observando que não havia o filtro da Base Derwent, pelo item HELP foi acessado o site do Vantage Point, a partir do qual foi feito o download do filtro específico da Derwent e foi realizada a importação de dados.

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Imagem da tela do Vantage Point – Summary – com dados coletados da Base Derwent no período delimitado

Em seguida, foi realizada a limpeza de dados, agrupando instituições com nomes diferentes.

Imagem da tela do Vantage Point – Summary – com dados limpos e subgrupo criado

Foram selecionados então os 25 principais assuntos das patentes depositadas pela USP.

Imagem da tela do Vantage Point –subgrupo Top 25 de assuntos segundo classificação

Os demais mapas foram gerados com auxílio das ferramentas de visualização do Vantage Point.

Referências

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