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Clubes apostam em transmissões
ao vivo de bastidores na internet
O F E R E C I M E N T OQ U I N TA - F E I R A , 4 D E F E V E R E I R O D E 2 0 1 6
R$ 7,1 mil
foi a receita de Fluminense x
Bonsucesso, pelo Estadual do
Rio; 537 pessoas foram ao jogo
N Ú M E R O D O D I A
E D I Ç Ã O • 4 3 5
O Santos exibiu no último fim de semana a nova estratégia para suas redes sociais durante os jogos do time. O clube usará suas ferramentas para passar uma série de conteúdo ao vivo, em vídeo, para os torcedores. E essa é uma modalidade que deverá crescer durante o ano, mesmo sem os direitos de transmissão dos princi-pais jogos oficiais.
Pelo YouTube, o Santos mostrou imagens antes dos jogos, com os jogadores Elano e David Braz, que interagiram com os torce-dores por meio do Twitter. Pelo Periscope, ferramenta que passa vídeos ao vivo, a comunicação santista gravou mais entrevistas após a partida do Paulistão.
O Corinthians é outro que tem implementado suas transmis-sões. Há alguns anos, o clube faz exibições esporádicas, como o primeiro treino na Arena Corin-thians. Hoje, faz desde entrevistas exclusivas a cenas inéditas dos bastidores. No amistoso contra o Shakhtar Donetsk, na Flórida,
uma câmera atrás dos jogadores chegou a mostrar a visão dos atletas no momento de entrar em campo. Tudo ao vivo.
Para o gerente de conteúdo digital do Corinthians, André Ste-pan, esse movimento irá crescer nos próximos anos graças à evolu-ção da tecnologia. “Além do You-tube, você tem outras ferramentas para fazer isso, e ferramentas mais simples. Hoje, pelo celular você consegue fazer uma transmissão ao vivo”, explicou à reportagem.
Os direitos dos principais tor-neios na internet ainda pertencem aos grandes grupos de mídia,
caso da Globo com o Campeona-to Brasileiro, por exemplo. Mas o Palmeiras já demonstrou que esse é um próximo passo viável.
O clube também tem apostado em cenas de bastidores, como as entrevistas coletivas do time. Mas, há uma semana, o Palmeiras foi além e exibiu um jogo treino pela TV Palmeiras, no Youtube. No total, a transmissão atingiu uma audiência de 80 mil pessoas.
O jogo fez com que o número de inscrições no canal palmeiren-se aumentaspalmeiren-se em 10 mil inter-nautas. Hoje, a ferramenta tem patrocínio da FAM.
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diretor de conteúdo da Máquina do Esporte
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
diretor da conteúdo da Máquina do Esporte
Parece que os clubes paulistas
co-meçaram a se atentar para a
impor-tância do “ao vivo” nas redes sociais.
Recentemente, o Palmeiras atraiu
uma legião de 10 mil novos
segui-dores em seu canal no YouTube
simplesmente porque exibiu ao vivo
o jogo-treino contra o River Plate,
do Uruguai. A partida teve média
de audiência de 25 mil pessoas. Com
384 mil seguidores, o time é hoje
quem tem mais fãs em seu canal.
Já o Corinthians passou a usar
câ-meras GoPro e fazer transmissões
ao vivo pelo Periscope, aplicativo
do Twitter para exibição de vídeos.
São mais de 4 milhões de seguidores
nessa rede social.
O Santos foi primeiro time
pau-lista a investir nessa plataforma.
Através da Santos TV, o clube se
aproximou dos torcedores
mostran-do bastimostran-dores de treinos e jogos. As
imagens de vestiários ou
entrevis-tas muientrevis-tas vezes eram aproveitadas
nos programas esportivos da TV. A
onda do ao vivo também chegou à
Vila Belmiro, com filmes exibidos
nas diversas plataformas do clube.
Entre os grandes de SP, o mais
tí-mido é o São Paulo, ainda atrelado
aos vídeos gravados, que mesmo
as-sim têm público cativo. O resto do
país pouco utiliza essa ferramenta.
No entanto, os clubes ainda não
conseguiram tornar essa
platafor-ma uplatafor-ma nova fonte de renda.
San-tos e Corinthians tiveram acordos
esporádicos. O Palmeiras possui
contrato com a FAM, marca que já
é patrocinadora de camisa.
Público amplo e engajamento são
ótimas ferramentas para atrair
pa-trocinadores. Os times brasileiros,
falham ao não conseguir vendê-la.
Times de SP falham ao
não vender redes sociais
Perrier levará torcedores para assistir
Roland Garros com Guga
POR REDAÇÃO A Nestlé vai levar três torcedores para assistir
ao torneio de Roland Garros, em Paris, que acon-tece no final de maio. Os contemplados terão a chance de encontrar o ex-tenista Gustavo Kuer-ten, três vezes campeão
do Grand Slam disputado em quadras de saibro.
A marca utilizada para a ação é a da água mineral Perrier, patrocinadora ofi-cial da competição, uma das mais tradicionais do circuito mundial de tênis.
Para o torcedore brasi-leiro concorrer à viagem,
é preciso comprar um produto Perrier, disponível nas embalagens de 330ml e 750ml nas versões limão e tradicional de Slin Can.
O segundo passo é fazer o cadastramento no site www.promoperrier.com.br, informar os dados pessoas e os do cupom fiscal. Cada item dá direito a um código para o sorteio. As inscrições
serão aceitas até o dia 30 de abril e os ganhadores terão direito a levar um acompanhante para capital francesa.
Esse será mais uma ação de ativação de um patroci-nador de grande evento no Brasil. Recentemente, Visa e Budweiser anunciaram ações no país com a NFL, a liga de futebol americano. Já a Continental usou o aporte à Eurocopa para se relacionar com fãs brasileiros. E a Goodyear fez ação com a Nascar.
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O Vasco relançou nesta quarta--feira seu programa de sócio-tor-cedor. O Gigante estará disponí-vel aos adeptos do clube carioca para um pré-cadastro.
“Na verdade, não tínhamos só-cio-torcedor. O que era contabili-zado eram os sócios estatutários do Vasco”, conta Marco Antônio Monteiro, vice-presidente de marketing do Vasco.
O clube atualmente conta com 17.466 associados segundo o Torcedômetro, ranking que mede o número de sócios-torcedores de cada clube vinculado ao Movi-mento por um Futebol Melhor. A ideia nesse relançamento do pro-grama vascaíno é que ele consiga abarcar o interesse de torcedores do clube no país inteiro.
“Setenta por cento dos
tor-cedores do Vasco estão fora do Estado do Rio. Fizemos o progra-ma com uprogra-ma lógica de bilheteria para quem for do Rio e uma de rede de vantagens para quem for de fora”, conta Monteiro.
Há quatro tipos de associação. O programa “Sempre ao teu lado”, com mensalidades de R$ 99,98 a R$ 179,98 dá ingresso garantido ao associado.
O plano “Amor infinito”, com pagamentos de R$ 24,98 a R$ 79,98, dá desconto de 30% a 70% no ingresso. O “De Norte a Sul” é destinado ao vascaíno de fora do Rio. Por R$ 14,98, o foco maior é em oferecer descontos e vanta-gens na rede de parceiros.
Já o “Almirantinho”, é desti-nado ao vascaíno menor de 12 anos. Por mensais de R$ 9,98, o
torcedor tem ingresso garantido, mas só pode estar atrelado a ou-tro sócio em qualquer categoria.
O programa será gerido em conjunto com a FutebolCard, que cuida do Avanti, do Palmeiras.
“Teremos os parceiros do Mo-vimento por um Futebol Melhor em conjunto com uma rede de vantagens que a gente vai im-plementar. Serão 1.200 parceiros nacionais”, comenta Monteiro.
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
Vasco mira seguidores de fora do
Rio em programa de sócio
A Under Armour fez sua estreia entre jogadores que atuam no futebol brasileiro. A marca ame-ricana fechou seu primeiro contrato do tipo, e o escolhido foi um jovem do São Paulo, clube com aporte da empresa. Murilo, de 18 anos, calçará produtos da companhia nos gramados do país.
Além de usar as chuteiras da Under Armour, Murilo fará parte das campanhas da marca, tanto no brasil quanto no resto do mundo.
Esse será o primeiro passo da marca em um mercado disputado no Brasil e no mundo. As negociações não são rápidas porque a grande maioria dos atletas já possui acordo com alguma
marca. E os atletas mais famosos são dominados pela dupla Adidas e Nike.
Mundialmente, são poucos os jogadores de futebol que calçam Under Armour. É o caso ape-nas do holandês Memphis Depay, do Manchester United, e do americano Jermaine Jones, do New England Revolution.
A Under Armour já possui um time de atletas no Brasil, mas nenhum do futebol. Ricardo, Talita, Larissa e Bruno Schmidt, do vôlei de praia, e Elias Silvério, do MMA, já fazem mantêm acordos com a marca americana. E, segundo a empresa, o plano agora é aumentar o grupo.
Um dos maiores corredores da história do esporte é hoje tam-bém um dos homens mais ricos de seu país. Haile Gebrselassie, dono de dois ouros olímpicos nos 10.000 m e por quatro vezes recordista mundial da maratona, tornou-se um empreendedor de sucesso na Etiópia antes ainda de abandonar as pistas.
“Hoje sou um homem de ne-gócios na Etiópia. Tenho muitas fazendas, escolas, hotel, conces-sionária de automóvel. Emprego 1.700 trabalhadores”, orgulha-se Gebrselassie, em entrevista à Má-quina do Esporte, durante visita ao Brasil em evento da Adidas, uma de suas patrocinadoras.
Desde o período em que ainda corria, Gebrselassie já começou a utilizar o dinheiro recebido de patrocinadores e premiações para empreender em seu país. De origem rural, iniciou compran-do extensas fazendas. Hoje é dono de alguns milhares de acres
de terra, onde planta feijão e café. Posterior-mente, pas-sou a fazer investimentos urbanos. Assim, comprou um resort em Lake Awasa, ponto turístico ao sul de Adis Abeba,
a capital do país. É dono também de uma incorporadora imobiliária responsável pela construção de sete prédios.
Também é proprietário do edi-fício Alem, cujo nome é uma ho-menagem à sua mulher. O prédio de escritórios é um dos mais altos da capital etíope. Outro de seus empreendimentos é um grande showroom da Hyundai em Adis Abeba. O ex-maratonista detém a exclusividade na Etiópia para a importação de carros da marca.
Mas é em um investimento sem lucro tão visível que se tornou a menina dos olhos de Gebrselas-sie. Ele é dono de duas escolas primárias gratuitas. Para o atleta, a educação é chave para resolver os graves problemas de desigual-dade social na Etiópia.
“A Etiópia possui muitos pro-blemas com a pobreza. As pesso-as não têm o suficiente para viver. Como melhorar isso? Dando educação aos jovens”, prega o fundista. “Educação implica ensi-nar valores” acrescenta.
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
Ícone da maratona vira caso de
gerenciamento de carreira
No fim de fevereiro, sete membros da comissão técnica do Borussia Dortmundo estarão no Brasil para a realização do projeto BVB Evonik Soccer School, que visa a formação de jovens atletas do projeto social Clube Pequeninos do Jockey, de São Paulo, contemplando 100 crianças entre 7 e 13 anos, e 60 professores a escolinha de futebol.
A ação é patrocinada pela indústria química Evonik, parceira comercial do clube alemão.
“Ao aproveitar a presença da equipe do BVB aqui de uma forma diferenciada, pretendemos realmente deixar um legado transformador e duradouro” disse Weber Porto, diretor presidente da região Central e América do Sul da empresa.