Conexão com a Qualidade do Ar e a
Mudança Climática
1. Ferramentas de Financiamento e seu Uso
a) Que ferramentas para a geração de recursos a partir da exploração do solo urbano sua cidade usa?
Resposta:
1. Outorga Onerosa de Potencial Adicional Construtivo, instrumento previsto na Lei de Uso e Ocupação do Solo desde a aprovação do Plano Diretor Estratégico – PDE da cidade de São Paulo (2002);
2. CEPAC – Certificado de Potencial Adicional Construtivo, título vendido na Bolsa de Valores como antecipação de recursos para as obras previstas nas Operações Urbanas Consorciadas – OUC.
i) Das ferramentas que sua cidade utiliza, qual ou quais você acredita serem as mais eficazes para gerar recursos a partir do solo urbano?
Da experiência de São Paulo a melhor até o momento, é o CEPAC.
ii) Das ferramentas que sua cidade utiliza, qual ou quais são as mais usadas? O quê impede que sejam mais eficazes?
b) Que novas ferramentas de geração de recursos a partir da exploração do solo urbano lhe interessaria utilizar no futuro?
Resposta:
Concessão Urbanística;
Áreas de Intervenção Urbana – AIU ao longo dos sistemas de transporte de alta e média capacidade.
i) Destas novas ferramentas, quais você acredita serem mais eficazes?
Embora ainda não tenhamos uma resposta conclusiva, uma vez que essas
ferramentas estão em estudo ou em início de implantação, consideramos as AIU’s como um importante instrumento para associar o desenvolvimento urbano ao
transporte.
ii) Quais são as barreiras mais importantes que impedem a utilização destas ferramentas?
c) Que ferramentas de cobrança a donos de imóvel para financiar projetos ou melhoras em transporte sua cidade usa? (Cobrança por impactos ou impact fees; normatividade sobre nível mínimo de serviços públicos (APFO por suas inicias em inglês) e determinantes de um projeto; cobranças por valorização
generalizada (betterment levy); ou outras ferramentas não citadas) Resposta:
Não temos conhecimento quanto ao uso das ferramentas acima citadas em São Paulo.
i) Das ferramentas que se utilizam, quais você pensa serem as mais eficazes?
ii) Das ferramentas que se utilizam, quais são as de maior uso? O quê impede que sejam mais eficazes?
d) Que novas ferramentas de cobrança a donos de imóvel para financiar projetos de transporte lhe interessaria utilizar no futuro?
Resposta:
Uma ferramenta possível seria a Contribuição de Melhoria, prevista nas legislações federal, estadual e municipal. Entretanto falta a edição de Lei Complementar para regular os conflitos de competência entre essas esferas e para fixar “regras gerais” tributárias a serem obedecidas uniformemente pelos membros da federação brasileira.
i) Destas novas ferramentas, quais acredita serem mais eficazes?
Seria preciso atualizar e aprofundar os estudos a respeito da ferramenta acima, envolvendo aspectos técnicos, políticos e jurídicos, para avaliar, tanto a viabilidade de sua implantação, quanto a sua eficácia.
ii) Quais são as barreiras mais importantes que impede a utilização destas ferramentas?
2) Dados de Desenvolvimento Urbano e Transporte
a) Sua cidade tem um plano estratégico de desenvolvimento urbano, de ordenamento especial, ou de crescimento? Quando foi atualizado pela última vez? Há algum decreto, lei, ou regulamentação que requeira a criação deste tipo de plano? Como pode emendar ou atualizar o plano?
Resposta:
Sim, trata-se do Plano Diretor Estratégico – PDE, Lei Municipal 13.430 de 2002, complementado pela Lei de Uso do Solo (Lei Municipal 13.885/2004). Há que se considerar ainda a legislação referente às Operações Urbanas Consorciadas.
A revisão do Plano elaborada pelo Executivo está, atualmente, em discussão na Câmara Municipal. O Plano Diretor é exigido pelo Estatuto da Cidade – Lei Federal nº 10.257/2001, para municípios
com mais de 20.000 habitantes, para as cidades integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, áreas de especial interesse turístico e aquelas localizadas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.
O executivo municipal pode propor revisões ou atualizações do Plano Diretor, devendo submetê-las à aprovação do Legislativo, que pode introduzir modificações a partir de emendas ao plano encaminhado. O Estatuto da Cidade estabelece que a lei do Plano Diretor deve ser revista , pelo menos, a cada 10 anos.
b) Existe um observatório de preços de imóveis na sua cidade? Liderado por quem? Atualizado com que freqüência?
O município dispõe de informações para atualização da Planta Genérica de Valores, que fundamenta a cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU. Entretanto não se trata, a rigor, de um observatório de preços de imóveis, pois a referida planta de valores considera não os preços reais de mercado, mas os valores venais dos imóveis com a finalidade de calcular o imposto a ser cobrado (IPTU).
c) Com que freqüência se atualiza a base cadastral/predial da sua cidade?
A freqüência é anual, com base num fluxo de informações entre a Secretaria da Habitação, responsável pela aprovação das plantas e a Secretaria das Finanças do município.
d) Quando foi feita a última votação de habitações onde se perguntou por transporte e mobilidade na sua cidade?
Resposta:
A Pesquisa Origem e Destino foi realizada em 2007 e seu banco de dados disponibilizado em 2008.
e) Quando foi feita a última votação de origens e destinos de viagens na sua cidade?
Participantes:
Horacio Nelson Hasson Hirsch
Secretaria dos Transportes Metropolitanos – STM Governo do Estado de São Paulo
Email: hhirsch@sp.gov.br
Nilza Maria de Toledo Antenor
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano – SMDU Prefeitura da Cidade de São Paulo
Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo:
Instrumentos Relacionados ao Transporte
DIRETRIZ - ESTIMULAR AO LONGO DA REDE ESTRUTURAL DE TRANSPORTE PÚBLICO: (Artigo 121)
ADENSAMENTO POPULACIONAL
INTENSIFICAÇÃO/DIVERSIFICAÇÃO DO USO DO SOLO
FORTALECIMENTO/FORMAÇÃO DE POLOS TERCIÁRIOS
INSTRUMENTOS
ÁREAS DE INTERVENÇÃO URBANA AO LONGO DOS EIXOS TRANSPORTE
Plano Diretor Estratégico do Município de São
Paulo:
Áreas de Intervenção Urbana - Art. 122
OBJETIVOS
QUALIFICAR ESTAS ÁREAS E SEU ENTORNO
OBTER RECURSOS PARA APLICAÇÃO NA IMPLANTAÇÃO E MELHORIA DAS
LINHAS DE TRANSPORTE PÚBLICO (OUTORGA ONEROSA)
DELIMITAÇÃO
FAIXAS DE ATÉ 300m DE CADA LADO DOS ALINHAMENTOS DO SISTEMA DE
TRANSPORTE PÚBLICO DE MASSA
CÍRCULOS COM RAIO DE ATÉ 600m TENDO COMO CENTRO AS ESTAÇÕES
Áreas de Intervenção Urbana
Condições e Parâmetros de Aplicação
DEPENDEM DE LEI ESPECÍFICA DISCIPLINARÁ A APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS (ARTS. 221, 225)
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO MÁXIMO IGUAL A 4,0 (QUATRO)*
ESTOQUES DE POTENCIAL ADICIONAL CONSTRUTIVO
DEVERÃO SER COMPATÍVEIS COM A CAPACIDADE INSTALADA DE TRANSPORTE E DO SISTEMA VIÁRIO (ARTS. 121, 221)
COEFICIENTE PODERÁ SER SUPERADO
NUM RAIO DE ATÉ 600m EM TORNO DAS ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS
Para cada AIU há necessidade de um Projeto Urbanístico Específico – PUE aprovado pela Prefeitura. (Art.101, § 2º, § 4º)
conjunto de ações proposta nos PUEs poderá ser desenvolvido em parceria com os demais níveis de governo e com o setor privado.
Potencial adicional construtivo das AIUs não pode exceder o estoque de potencial dos distritos envolvidos (Art.101, § 4º e Quadro nº 10).
Áreas de Intervenção Urbana
Áreas de Intervenção Urbana
Recursos Financeiros
FONTE
OUTORGA ONEROSA DE POTENCIAL ADICIONAL CONSTRUTIVO (ART.146, XVI)
APLICAÇÃO
FUNDURB - FUNDO DE DESENVOLVIMENTO URBANO
FUNDO TAMBÉM ABSORVE RECURSOS DE OUTRAS NATUREZAS
FINALIDADE - APOIAR OU REALIZAR INVESTIMENTOS
RELACIONADOS ÀS PRIORIDADES ESTABELECIDAS NO PLANO DIRETOR (ART. 235)
concluído em dezembro de 2006, passou a ser feito de forma integrada com o Uso do Solo.
Diretrizes de Desenvolvimento Urbano
1. Balanceamento empregos / habitações Uso misto
Tratamentos específicos para centro e periferia
2. Adensamento seletivo – centralidades AIUs : polares e lineares
Operações Urbanas
Centros Logísticos Integrados
3. Contenção da área urbanizada
Outros determinantes (por quadra)
Legislação zoneamento
Tipo de uso
Largura de vias
CA máximo e básico
Ocupações atuais e possíveis transformações
PITU 2025 - Transporte e Urbanismo
• Aumento da Oferta + Gestão da Demanda;• Integração Transporte / Uso do Solo (Cenários Tendencial e
Equilibrado);
• Proposição de políticas públicas conjugadas à de transporte:
Uso do Solo, Habitacional, de Logística Urbana de Cargas, de Desenvolvimento e de Financiamento (base fundiária);
• Concluído em dezembro de 2006; • Base de Dados: OD 1997
Estudos de cenários de desenvolvimento urbano /
capacidade de suporte
Desenvolvidos após o PITU 2025
Objetivos:
• melhorar o equilíbrio na distribuição territorial entre empregos
e habitantes
• requalificação e/ou criação de novas centralidades por meio de
adensamento e diversificação de atividades junto ao sistema sobre trilhos;
• avaliação da capacidade de suporte do sistema de transportes
Estudos de cenários de desenvolvimento urbano /
capacidade de suporte
1º estudo:
Concluído em dezembro de 2008;
Base de Dados: OD 1997
Modelagem de Apoio: TRANUS
2º estudo:
Em andamento
Base de Dados: OD 2007
Estudos de cenários de desenvolvimento urbano /
capacidade de suporte
Resultados esperados
Consolidação do Cenário Equilibrado e dos instrumentos de indução necessários na legislação ;
Utilização das AIU / OUC como fontes de recursos para expansão do sistema sobre trilhos;
Redução das distâncias de viagem com aumento das viagens intra-zonais
Aumento do IPK
Redução das deseconomias nos sistemas de transporte, em especial sobre trilhos (carregamentos mais equilibrados nos dois sentidos)
Aumento da participação do Transporte Coletivo na Divisão Modal
Redução do congestionamento
Melhoria da qualidade ambiental
Melhoria da qualidade de vida da população (redução nos tempos de viagem)
Impactos positivos no cronograma de investimentos do PITU