AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
GIL VICENTE
Regulamento das Visitas de
Estudo
REGULAMENTO DAS VISITAS DE ESTUDO
I
DEFINIÇÃO
Artigo 1º
1. As visitas de estudo decorrem do projecto curricular, integram o Plano Anual de
Actividades do Agrupamento, são consideradas de complemento curricular, no âmbito das várias disciplinas, e obedecem a uma planificação que incluirá os objectivos pretendidos de acordo com os conteúdos e as competências previstas nos currículos das mesmas. Enquanto espaço de aula, as visitas de estudo regem-se pelos mesmos princípios e normas previstos, no Regulamento Interno do Agrupamento, para as demais actividades lectivas.
2. As visitas de estudo são organizadas pelos professores, realizadas fora do recinto escolar
e o seu planeamento deve decorrer de pressupostos que visem a valorização e mobilização de saberes conducentes à formação integral dos alunos.
3. As visitas de estudo realizadas no âmbito dos cursos profissionais e dos cursos de
educação e formação correspondem a tempo de formação para os alunos. Assim, estas actividades e os respectivos objectivos devem enquadrar-se no desenvolvimento do projecto curricular de turma e ser objecto de planificação integrada, de forma a envolver várias disciplinas.
4. Nos cursos de educação e formação de adultos, as visitas de estudo e os respectivos
objectivos devem enquadrar-se no desenvolvimento do referencial de competências do respectivo curso. Devem ser objecto de planificação integrada, de forma a envolver o maior número de áreas de formação.
a) Estas actividades constituem estratégias pedagógico-didácticas que, dado o seu
carácter tendencialmente mais prático, podem contribuir para o desenvolvimento, aprofundamento e/ou reforço dos conteúdos a leccionar nas várias áreas de formação.
5. Todas as viagens de alunos deste Agrupamento, planificadas e organizadas pela
Associação de Estudantes, ou por grupos de alunos não são consideradas visitas de estudo.
II
PLANIFICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO
Artigo 2º
1.
As visitas de estudo devem ser planificadas e concebidas de acordo com os conteúdos2.
Para cada visita será elaborado um guião que traçará o trabalho a desenvolver/realizar pelos alunos no(s) local(ais) a visitar. Nos casos em que as visitas têm um carácter interdisciplinar, o guião será preparado pelos professores intervenientes, de acordo com objectivos transversais.3.
O guião deverá ser dado a conhecer aos respectivos delegados de grupo/disciplina, bem como aos directores das turmas envolvidas.4.
A programação das visitas, em cada conselho de turma, deve prever uma distribuição ao longo do ano lectivo, acautelando, assim, as aprendizagens e o sucesso escolar dos alunos.5. Na organização das visitas, dever-se-á, nos 2º e 3º ciclos e no ensino secundário, evitar a
realização das mesmas no terceiro período no qual, dada a menor extensão relativamente ou comparativamente com os anteriores, as avaliações finais decorrem em regime de grande proximidade.
6. A marcação de visitas de estudo, em cada turma, nos 2º e 3º ciclos e no ensino
secundário, deverá ainda evitar:
a) que ocorra mais do que uma visita
na mesma semana;
b) a realização repetida e/ou consecutiva no mesmo dia da semana;
c) que coincidam com a antepenúltima e penúltima semanas de cada período
lectivo;
d) que dificultem, quer pelo elevado número, quer pelo seu período de duração, o
cumprimento dos currículos das diferentes disciplinas.
Artigo 3º
1. A participação dos alunos em visitas de estudo é de carácter obrigatório e rege-se pelas
mesmas normas previstas para qualquer outra actividade lectiva. Não obstante o atrás disposto, para a participação em visitas de estudo, é necessária a autorização por escrito dos encarregados de educação, pelo que, para os alunos não participantes deverão ser encontradas tarefas ou actividades alternativas a desenvolver na escola.
a) A autorização é subscrita, no modelo em uso no Agrupamento, com as devidas
adaptações aos diferentes estabelecimentos de ensino que o integram.
b) Todos os alunos que não participam na visita de estudo seja por não terem autorização,
seja por terem faltado sem aviso prévio, estão sujeitos à obrigatoriedade de frequência das aulas que constam do respectivo horário lectivo.
c) O professor organizador deverá dar a conhecer a identificação dos alunos que não irão
participar na visita de estudo ao director de turma que, por sua vez, fará chegar essa informação não só à direcção do Agrupamento, como também aos demais elementos do conselho de turma pela via mais célere. No caso dos alunos do Jardim de Infância ou do 1º ciclo, deverá ser dado conhecimento desse facto ao coordenador de escola e os mesmos serão distribuídos pelas outras turmas e cumprirão o horário lectivo habitual.
2. Os professores que participam na visita de estudo deverão deixar no gabinete da
direcção, um plano de aula (ou actividades no âmbito da respectiva disciplina) para os alunos que não participam na visita.
3. No caso de ausência dos alunos à visita de estudo, esta situação deve ser comunicada
Artigo 4º
1. As visitas de estudo contarão com a presença de professores acompanhantes, na
proporção de um professor por cada grupo de dez alunos. O professor dinamizador (organizador da visita) e os acompanhantes sairão da escola e a ela regressarão com todos os alunos, excepto se houver indicação por escrito em contrário da parte dos encarregados de educação.
a) Caso os alunos tenham autorização expressa por parte dos respectivos
encarregados de educação para se deslocarem, autonomamente, de casa para o local da visita e deste para casa, a sua deslocação deixa de estar coberta pelo Seguro Escolar. Como tal, deverão os alunos entregar o destacável do impresso, em uso no Agrupamento, devidamente preenchido e subscrito (pelo EE).
b) A qualquer situação disciplinar que ocorra durante a realização da visita
serão aplicadas as medidas correctivas e/ou sancionatórias previstas no Capítulo V, Secção IV, Artigos 30º a 37º do Regulamento Interno deste Agrupamento.
c) Os encarregados de educação serão responsabilizados pelos eventuais
danos que os alunos provoquem no decurso da visita de estudo.
2. A organização de cada visita de estudo deve prever se outras actividades lectivas
podem ser levadas a cabo no mesmo turno ou dia da realização da visita.
3. No caso dos alunos participantes terem aulas em dois turnos, deverá ser respeitado um
intervalo de 60 minutos entre o fim da visita de estudo e o início das respectivas actividades lectivas.
Artigo 5º
Os professores envolvidos numa visita de estudo com uma turma de qualquer nível de
escolaridade, incluindo cursos profissionais e de educação e formação, deverão assinar sumários e numerar aulas dessa turma, sempre que estas coincidam com o horário da actividade. Deverão sumariar – “Acompanhamento da turma a uma visita de estudo a…”
Artigo 6º
Os professores dinamizadores de uma visita de estudo, no âmbito de um curso profissional ou de educação e formação, contabilizarão para a sua área de formação, na respectiva turma, além do tempo de aulas previsto no número anterior, dois tempos lectivos, entendidos como trabalho de preparação necessário à formação dos alunos.
Artigo 7º
1. Os professores envolvidos em visitas de estudo que, no decurso das mesmas, se vejam obrigados a faltar a aulas de outras turmas e não considerem necessário assegurar pessoalmente a sua leccionação em sistema de compensação de aulas, deverão deixar um plano de aula e proceder do seguinte modo:
a) Tratando-se de aulas do ensino básico (à excepção dos CEF) ou de cursos
científico-humanísticos do ensino secundário, as aulas não serão numeradas, e deverão ser, sempre que possível, substituídas no âmbito da ocupação plena dos tempos escolares.
b) Tratando-se de aulas de cursos profissionais ou de educação e formação, os
professores, para além de deixarem um plano de aula, procurarão que este seja cumprido por um outro professor da mesma área disciplinar, preferencialmente escolhido e indicado previamente por aquele que se encontra envolvido na actividade.
uma proposta de actividades que possam ser realizadas autonomamente pelos alunos, sob orientação de um professor de outra área disciplinar, no âmbito da ocupação plena dos tempos escolares. Em qualquer dos casos, a substituição é obrigatória e é garantida pelo órgão de direcção executiva do Agrupamento. Asseguradas assim as horas de formação dos alunos, o professor ausente numera as lições e contabiliza as respectivas horas de formação na turma a que faltou.
d) Os planos de aula referenciados nas alíneas anteriores deverão ser entregues,
no gabinete da direcção executiva, com 24 horas de antecedência.
2. O disposto anteriormente não é aplicado aos professores das disciplinas de Educação
Física e de Educação Tecnológica, devido às características específicas destas disciplinas e das instalações e materiais didácticos que lhes estão associadas. Nesta situação, as aulas destas disciplinas, com excepção dos cursos de educação e formação do ensino básico e dos cursos profissionais do ensino secundário, não deverão ser numeradas.
Artigo 9º
1. Os professores não participantes em visitas de estudo cujas aulas não sejam
leccionadas devido à participação dos alunos nessas actividades, não deverão repor as aulas em falta. Deverão ainda proceder do modo que a seguir se discrimina:
a) caso haja alunos que não participem na visita de estudo, não lhes poderão leccionar
novos conteúdos;
b) deverão averbar falta de presença aos alunos que não compareçam à aula e que
não tenham participado na visita;
c) no caso de todos os alunos participarem na visita de estudo, deverão assinar o livro
de ponto e sumariar – “Os alunos participam numa visita de estudo”.
2. No caso dos cursos profissionais e de educação e formação, o professor não
participante numerará as lições e contabilizará as respectivas horas de formação na sua área, uma vez que nesse período os alunos estiveram efectivamente em formação. Se assim o entender, poderá garantir a compensação da aula em falta, acordando com os alunos a respectiva data/hora.
III
APROVAÇÃO E AUTORIZAÇÃO
Artigo 10º
1. Os professores dinamizadores de visitas de estudo devem solicitar a autorização dos
professores das disciplinas afectadas e do órgão de direcção executiva do Agrupamento, informar atempadamente os directores das turmas envolvidas e registar as datas previstas nos livros de ponto das turmas em questão.
2. O professor responsável pela visita de estudo deve preencher integralmente o
Agrupamento, com 5 (cinco) dias de antecedência, bem como cópia do impresso a enviar aos encarregados de educação.
3. As propostas de visitas de estudo não previstas no Plano Anual de Actividades
carecem da aprovação prévia do delegado de grupo/disciplina afecto à(s) disciplina(s) e são autorizadas pela Direcção do Agrupamento.
4. As visitas de estudo carecem de autorização escrita dos encarregados de educação
dos alunos envolvidos. Para tal devem ser informados, com pormenor, dos objectivos e eventuais custos da visita, dos percursos a realizar, dos locais a visitar e dos transportes a utilizar, incluindo garantias de segurança do seu educando.
5. As visitas de estudo realizadas no estrangeiro têm de ser autorizadas pelo Director do
Agrupamento. O pedido é feito em impresso próprio, pelo professor organizador, com a antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
6. Nos termos da legislação em vigor, a realização de visitas de estudo ao estrangeiro
obriga à contratação prévia de um seguro de viagem e de estadia para cada um dos participantes.
7. A declaração de autorização de saída dos alunos para o estrangeiro deverá,
obrigatoriamente, ser subscrita pelos progenitores e as respectivas assinaturas autenticadas pelos serviços de registo e notariado, à excepção de outra indicação em contrário do Ministério Público e/ou Tribunal competente, no caso de situações de divórcio, separações de facto, entre outras.
8. Após a sua aprovação, as visitas de estudo passam a constar do projecto curricular de
turma, do Plano Anual de Actividades e são cobertas pelo Seguro Escolar.
9. No 1º ciclo e Jardins de Infância, o Coordenador deverá enviar um oficio, dirigido ao
Director, a ser entregue com a antecedência de 48h, indicando a data da visita, o local, o horário, as turmas envolvidas, o número de alunos e de acompanhantes, assim como os objectivos da visita em causa.
IV
TRANSPORTE E FINANCIAMENTO
Artigo 11º
1. O professor organizador da visita de estudo deve garantir que o meio de transporte
utilizado na deslocação dos alunos da escola para o local a visitar e deste para a escola decorra de modo a que estejam garantidas e/ou acauteladas as condições de segurança dos intervenientes.
2. Se a deslocação para o(s) local(is) a visitar estiver dependente da contratação de um
autocarro, todas as diligências serão, preferencialmente, levadas a cabo pela direcção do Agrupamento.
3. A angariação de fundos com o fim de obviar dificuldades financeiras não deverá ser
feita junto de instituições públicas ou privadas que mantêm laços regulares com o nosso Agrupamento e que habitualmente contribuem para um fundo comum. Nada obsta, no entanto, a que se obtenham financiamentos junto a outras instituições.
4. No caso de existirem alunos que não possam custear o montante relativo à visita de
estudo, o(s) docente(s) responsável(veis) pela sua organização devem informar a Direcção, no sentido de ser encontrada uma solução.
V
DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 12º
1. Todos os elementos da comunidade escolar que participam nas visitas de estudo são
acometidos do dever de cumprir o estipulado neste Regulamento.
2. Toda a documentação e formulários respeitantes, quer à organização das visitas de
estudo, quer à divulgação das mesmas junto dos encarregados de educação terão as devidas adaptações aos graus e ciclos de ensino a que se reportam, dada a composição alargada e diversificada deste Agrupamento.
3. Qualquer outra situação não prevista neste Regulamento de Visitas de Estudo que possa
constituir não só um atropelo aos direitos e deveres dos participantes das mesmas, mas também potenciar eventuais danos no local ou locais a visitar, é ponderada e avaliada pelo Director do Agrupamento que, atempadamente, sobre ela se pronunciará.
4. Os casos omissos neste regulamento serão decididos pela Direcção do Agrupamento. 5. O presente regulamento entra em vigor no dia seguinte ao da sua aprovação e faz parte