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CÁLCULO DE PENSÕES E DE INDEMNIZAÇÕES

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Academic year: 2021

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Centro de Formaç ão de Oficiais de Justiç a

__________________________________________________ANEXOS

- 209 -

FÓRMULAS PARA O

CÁLCULO DE PENSÕES

E DE

INDEMNIZAÇÕES

(2)
(3)

Centro de Formaç ã o de Oficiais de Justiç a

Fórmulas para o cálculo de pensões e de indemnizações

- 211 -

FÓRMULAS PARA O CÁLCULO DE

PENSÕES e de INDEMNIZAÇÕES

A - PRESTAÇÕES POR INCAPACIDADE

Se do acidente resultar redução na capacidade de trabalho ou ganho do sinistrado, este terá direito às seguintes prestações:

1. NAS INCAPACIDADES PERMANENTES:

Na incapacidade permanente absoluta para todo e qualquer trabalho - (I.P.A):

1. Pensão anual = retribuição anual × 80 %

(Acrescida de 10% por cada familiar a cargo(1), até ao limite da retribuição);

2. Subsídio por situações de elevada incapacidade permanente = 12 × R.M.M.

(Art.ºs 17.º, n.º 1 al. a) e 23.º da Lei n.º 100/97)

(1) - Familiar a cargo – cfr. nota 7.

Na incapacidade permanente absoluta para o trabalho habitual - (I.P.A-T.H.)

1. Pensão anual =

= Retribuição anual : 2 + (retribuição anual : 5 × grau de incapacidade)

ou

= ( Retribuição anual : 2 ) +

[

( Retribuição anual × 0,70 ) − − ( Retribuição anual : 2 )

]

× grau de incapacidade

ou ainda

= Retribuição anual : 10 ×

[

5 + ( 2 × grau de incapacidade )

]

2. Subsídio por situações de elevada incapacidade permanente = 12 × R.M.M.

(Art.º 17.º, n.º 1 al. b) e 23.º da Lei n.º 100/97)

(4)

2. Subsídio por situações de elevada incapacidade permanente (2) =

= 12 × R.M.M. × grau de incapacidade

(Art.º 17.º, n.º 1 al. c) e 23.º da Lei n.º 100/97)

(2) - Só é devido se a I.P.P. for igual ou superior a 70 %.

Na incapacidade permanente parcial (I.P.P) inferior a 30 %:

Capital de remição da pensão assim calculada:

Retribuição anual × 70 % × grau de incapacidade

(Art.º 17.º, n.º 1 al. d) da Lei n.º 100/97)

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2. NAS INCAPACIDADES TEMPORÁRIAS:

Na incapacidade temporária absoluta - (I.T.A.):

Indemnização diária = Retribuição diária × 70 %

(Art.º 17.º, n.º 1 al. e) da Lei n.º 100/97)

Na incapacidade temporária parcial - (I.T.P.):

Indemnização diária = Retribuição diária × 70 % × grau de incapacidade

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Fórmulas para o cálculo de pensões e de indemnizações

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B - PENSÕES POR MORTE

Se do acidente resultar a morte, as pensões anuais serão as seguintes:

Ao cônjuge ou pessoa em união de facto (3):

1. Até perfazer a idade de reforma por velhice: Pensão anual = Retribuição anual × 30 %

2. A partir da idade de reforma por velhice ou no caso de doença (4):

Pensão anual = Retribuição anual × 40 %

(Art.º 20.º, n.º 1 al. a) da Lei n.º 100/97) (4) – Doença física ou mental – cfr. nota 9.

(3) - União de facto – cfr. nota 8.

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Ao ex-cônjuge ou cônjuge judicialmente separado à data do acidente e com direito a alimentos:

Pensão anual = à anterior, não podendo ultrapassar o montante dos alimentos

fixados judicialmente

(Art.º 20.º, n.º 1 al. b) da Lei n.º 100/97)

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Aos filhos:

1. Se não forem órfãos de pai e mãe:

1 filho: ... Pensão anual = Retribuição anual × 20 %

2 filhos: ... Pensão anual = Retribuição anual × 40 %

3 ou mais filhos:... Pensão anual = Retribuição anual × 50 %

2. Se forem órfãos de pai e mãe:

1 filho: ... Pensão anual = Retribuição anual × 40 %

2 ou mais filhos... Pensão anual = Retribuição anual × 80 %

(Art.º 20.º, n.º 1 al. c) da Lei n.º 100/97)

(6)

Pensão anual = Retribuição anual × 10 % por cada um (não podendo o

total exceder 30 % da retribuição anual)

(Art.º 20.º, n.º 1 al. d) da Lei n.º 100/97) 2. Se não houver cônjuge, pessoa em união de facto ou filhos com direito a pensão:

2.1. Até perfazer a idade de reforma por velhice:

Pensão anual = Retribuição anual × 15 % por cada um (não podendo

o total exceder 80 % da retribuição anual)

2.2. A partir da idade de reforma por velhice ou no caso de doença:

Pensão anual = Retribuição anual × 20 % por cada um (não podendo

o total exceder 80 % da retribuição anual)

(Art.º 20.º, n.º 2 da Lei n.º 100/97)

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NOTAS:

1 – R.M.M. Æ remuneração mínima mensal (salário mínimo nacional) garantida à data do

acidente – (v. art.º 23.º da Lei n.º 100/97, de 13 de Setembro - Regime Jurídico dos Acidentes de Trabalho e das Doenças Profissionais).

2 – O conceito de “retribuição”, em sentido amplo, consta do art.º 26.º da Lei n.º 100/97.

Nos termos do n.º 3 daquela disposição legal, “entende-se por retribuição mensal tudo o que a lei considera como seu elemento integrante e todas as prestações recebidas mensalmente que revistam carácter de regularidade e não se destinem a compensar o sinistrado por custos aleatórios”.

É sobre este valor mensal que se centra o conceito de retribuição, uma vez que tanto a retribuição diária como a retribuição anual se determinam com referência àquela retribuição mensal.

Assim, a retribuição diária (caso não esteja expressamente referida) é igual à 30.ª parte da retribuição mensal (n.º 1 do referido art.º 26.º) e a retribuição anual é igual ao produto de 12 vezes a retribuição mensal, acrescida dos subsídios de Natal e de férias e outras remunerações anuais a que o sinistrado tenha direito com carácter de regulari-dade (n.º 4).

Note-se que deverão ser sempre considerados os valores ilíquidos de retribuição, sendo esta, no caso dos acidentes de trabalho, reportada à data do acidente, se repre-sentar a retribuição normal.

3 – As pensões respeitantes a incapacidade permanente e por morte são fixadas em

montante anual -(art.ºs 43.º, n.º 1 e 49.º, n.º 1 do Dec.-Lei n.º 143/99);

As indemnizações por incapacidades temporárias são pagas em relação a todos os dias, incluindo os de descanso e feriados -(art.ºs 43.º, n.º 2 do Dec.-Lei n.º 143/99).

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Centro de Formaç ã o de Oficiais de Justiç a

Fórmulas para o cálculo de pensões e de indemnizações

- 215 -

4 – As indemnizações por incapacidade temporária começam a vencer-se no dia seguinte ao

do acidente e as pensões por incapacidade permanente no dia seguinte ao da alta -(art.º 17.º, n.º 4 da Lei n.º 100/97), devendo a retribuição correspondente ao dia do acidente ser paga pela entidade empregadora -(n.º 3).

As pensões por morte começam a vencer-se no dia seguinte ao do falecimento do sinistrado, inclusive as referentes aos nascituros, e são cumulativas com quaisquer outras –(art.º 49.º, n.º 7 do Dec.-Lei n.º 143/99).

5 – Aos sinistrados afectados por uma incapacidade permanente absoluta ou por uma

incapacidade permanente parcial igual ou superior a 70 % é devido um subsídio por

situações de elevada incapacidade permanente, igual a 12 vezes a remuneração mínima

mensal garantida à data do acidente, ponderado pelo grau de incapacidade, sendo pago de uma só vez –(art.º 23.º da Lei n.º 100/97):

Subsídio por situações de elevada incapacidade permanente = R.M.M. × 12 × IPP.

Porém, tanto na incapacidade permanente absoluta para todo e qualquer trabalho como na incapacidade permanente absoluta para o trabalho habitual, uma vez que a incapa-cidade é 100 %, temos: Subsídio = R.M.M. × 12

6 – Caso se verifiquem os condicionalismos previstos na lei, poderá o sinistrado ter ainda

direito às seguintes prestações em dinheiro:

Prestação suplementar da pensão – art.º 19.º da Lei n.º 100/97 e art.º 48.º do

Dec.-Lei n.º 143/99;

Subsídio para readaptação de habitação – art.º 24.º da Lei n.º 100/97; e

Subsídio por morte e despesas de funeral – art.º 22.º da Lei n.º 100/97 e art.º

50.º do Dec.-Lei n.º 143/99.

7 – O conceito de “familiar a cargo” vem definido no art.º 45.º do Dec.-Lei n.º 143/99, de 30

de Abril, que regulamentou a Lei n.º 100/97, de 13 de Setembro, em matéria de repara-ção dos danos emergentes de acidentes de trabalho.

8 – Para efeitos do disposto no art.º 20.º da Lei n.º 100/97, são consideradas uniões de facto as que preencham os requisitos do art.º 2020.º do Código Civil -(art.º 49.º, n.º 2

do Dec.-Lei n.º 143/99).

9 - Consideram-se sensivelmente afectados na sua capacidade de trabalho os

beneficiários legais do sinistrado que sofram de doença física ou mental que lhes reduza definitivamente a sua capacidade geral de ganho em mais de 75% -(art.º 49.º, n.º 4 do Dec.-Lei n.º 143/99).

10– Considerações sobre o cálculo da pensão devida na incapacidade permanente absoluta

para o trabalho habitual:

Refere o art.º 17.º, n.º 1 al. b) da Lei n.º 100/97 que, no caso de incapacidade absoluta para o trabalho habitual, o sinistrado tem direito, além do subsídio por situa-ções de elevada incapacidade permanente, a uma pensão compreendida entre 50% e 70% da retribuição, conforme a maior ou menor capacidade funcional residual para o exercício de outra profissão compatível. Ou seja, a pensão a que tem direito nunca será

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intervalo de 20%, (70% – 50%), será tanto maior quanto menor for a capacidade funcional residual, ou, por outras palavras e para que melhor possamos compreender as fórmulas apresentadas, será tanto maior quanto maior for a incapacidade, uma vez que, por norma, os médicos atribuem incapacidades e não capacidades residuais, sendo que ambas se complementam em relação ao universo dos 100%.

Assim, para calcular aquela pensão, há que acrescentar ao seu limite mínimo de 50% da retribuição (ou retribuição : 2) um valor não superior a 20% dessa retribuição (ou 1/5, ou retribuição : 5); de outro modo seria ultrapassado o limite máximo de 70%. Porém, esse valor deverá ser ponderado pelo grau de incapacidade, como já vimos.

Pensão anual =

= Retribuição anual × 50% + (retribuição anual × 20% × grau de incapacidade)

ou, o que é equivalente,

= Retribuição anual : 2 + (retribuição anual : 5 × grau de incapacidade)

Chegámos, assim, à fórmula apresentada em primeiro lugar.

Como já vimos, os 20% acima referidos (ou retribuição : 5) mais não são do que a diferença entre os limites de 70% e 50% a que se refere a lei.

É, pois, apenas aquela diferença entre 70% e 50 % da retribuição que irá ser ponde-rada pela incapacidade.

Temos, então:

Pensão anual = Retribuição anual × 50% +

[

( Retribuição anual × 70% ) −

− ( Retribuição anual × 50%)

]

× grau de incapacidade ou, o que é equivalente,

= Retribuição anual : 2 +

[

( Retribuição anual × 0,70 ) −

− ( Retribuição anual : 2 )

]

× grau de incapacidade Chegámos, deste modo, à fórmula apresentada em segundo lugar.

A terceira fórmula obtém-se através de meras operações aritméticas sobre qual-quer uma das outras, sendo, pois, todas elas matematicamente equivalentes, pelo que se pode utilizar qualquer uma indiferentemente, sendo sempre o mesmo o resultado obtido.

Referências

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