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Região Sudeste. Gráfico 4.1 Índice de Atividade Econômica do Banco Central Brasil e Região Sudeste Dados dessazonalizados 2002 =

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Região Sudeste

A atividade econômica do Sudeste, em cenário de retração da produção industrial, deterioração do mercado de trabalho e redução das vendas, manteve trajetória de contração no trimestre encerrado em agosto. Nesse contexto, o IBCR-SE recuou 0,8% no período, em relação ao trimestre finalizado em maio, quando diminuíra 1,3%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados. Considerados períodos de doze meses, o IBCR-SE variou -1,5% em agosto (-1,4% em maio).

As vendas do comércio ampliado diminuíram 1,5% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao terminado em maio, quando haviam recuado 3,5%, no mesmo tipo de comparação, segundo dados dessazonalizados da PMC, do IBGE. Esse resultado refletiu retrações das vendas em nove dos dez segmentos pesquisados (equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, -7,2%; livros, jornais, revistas e papelaria, -5,4%; móveis e eletrodomésticos, -5,2%). O comércio varejista, excluídas as variações nas vendas de material de construção (-2,3%) e de veículos, motos, partes e peças (-0,2%), recuou 2,0% no trimestre até agosto (-2,5% no terminado em maio).

Considerados intervalos de doze meses, as vendas do comércio ampliado diminuíram 5,6% em agosto (-6,1% em maio). Destacaram-se as reduções nos segmentos veículos, motos, partes e peças (15,8%), móveis e eletrodomésticos (9,3%), livros, jornais, revistas e papelaria (8,9%) e material de construção (5,6%). O comércio varejista recuou 1,4% e 0,6% nos períodos considerados.

Os emplacamentos de automóveis e comerciais leves na região decresceram 4,2% no trimestre finalizado em setembro, em relação ao terminado em junho, quando retraíram 10,7%, na mesma base de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da Fenabrave. Os emplacamentos acumulados em doze meses recuaram 15,5% em setembro (-14,0% em junho).

Tabela 4.1 – Comércio varejista – Sudeste Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores 2014 2015

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses Comércio varejista 1,8 -2,5 -2,0 -1,4 Combustíveis e lubrificantes 0,0 -2,1 -1,6 -3,9 Hiper e supermercados 1,7 -1,3 -1,3 -1,3 Tecidos, vestuário e calçados -3,5 -4,9 -3,6 -5,7 Móveis e eletrodomésticos -1,4 -9,1 -5,2 -9,3 Comércio ampliado -3,6 -3,5 -1,5 -5,6 Automóveis e motocicletas -15,9 -4,9 -0,2 -15,8 Material de construção -2,2 -6,2 -2,3 -5,6

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados dessazonalizados. 135 140 145 150 Ago

2012 Nov Fev2013 Mai Ago Nov Fev2014 Mai Ago Nov Fev2015 Mai Ago IBC-Br IBCR-SE

Gráfico 4.1 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e Região Sudeste

Dados dessazonalizados 2002 = 100 Fonte: IBGE 90 95 100 105 110 115 120 Ago

2012 Nov Fev2013 Mai Ago Nov Fev2014 Mai Ago Nov Fev2015 Mai Ago Fonte: IBGE

Comércio varejista Comércio ampliado Gráfico 4.2 – Comércio varejista – Sudeste

Dados dessazonalizados

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O índice de volumes do setor de serviços do Sudeste recuou 3,2% no trimestre encerrado em agosto, em relação a igual período de 2014 (outros serviços, -10,1%; transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios, -6,8%; serviços prestados às famílias, -4,7%), de acordo com a PMS, do IBGE. Considerados períodos de doze meses, o volume do setor retraiu 0,9% em agosto, ante expansão de 0,3% em maio (outros serviços, -7,0%; serviços prestados às famílias, -5,1%; transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios, -3,3%).

As operações de crédito superiores a R$1 mil totalizaram R$1.679,8 bilhões em agosto, no Sudeste, elevando-se 2,1% no trimestre e 10,3% em doze meses. As contratações com recursos direcionados somaram R$798,1 bilhões (aumentos respectivos de 2,8% e 17,1%) e as realizadas com recursos livres, R$881,7 bilhões (elevações de 1,4% e 4,8%, na ordem).

A carteira de pessoas físicas totalizou R$681,6 bilhões (elevações de 1,4% no trimestre e 8,6% em doze meses), com destaque para a modalidade financiamento imobiliário, e a de pessoas jurídicas, R$998,2 bilhões (expansões respectivas de 2,5% e 11,5%), sobressaindo os financiamentos a exportações e as operações do BNDES.

A inadimplência dessas operações de crédito atingiu 2,8% em agosto, mantendo-se estável no trimestre e em doze meses. O desempenho no trimestre decorreu de aumento de 0,1 p.p. no segmento de pessoas físicas e de estabilidade no de pessoas jurídicas, que registraram taxas de 3,9% e 2,0%, respectivamente.

Os desembolsos do BNDES para a região totalizaram R$12,5 bilhões no trimestre encerrado em agosto e R$73,5 bilhões no período de doze meses encerrado no mesmo mês, com retrações respectivas de 40,7% e 18,4% em relação a iguais intervalos de 2014.

O mercado de trabalho do Sudeste registrou a eliminação de 191,4 mil postos formais de trabalho no trimestre encerrado em agosto (criação de 48 mil em igual período de 2014), de acordo com o Caged/MTE. Ocorreram cortes na indústria de transformação, 102,7 mil; no setor de serviços, 59,7 mil; na construção civil, 34,2 mil; e no comércio, 29,6 mil; e criação de 40,5 mil empregos na agropecuária. Considerados dados dessazonalizados, o nível de emprego formal do Sudeste recuou 1,1% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando decrescera 0,9%, na mesma base de comparação.

0 5 10 15 20 25 Ago

2012Nov Fev2013 Mai Ago Nov Fev2014 Mai Ago Nov Fev2015Mai Ago

PF PJ Total

Gráfico 4.3 – Evolução do saldo das operações de crédito1/– Sudeste

Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Discriminação

2012 2013 2014 20151/ R$ milhões Part.( %)

Sudeste 6,2 20,2 2,8 -18,4 73 462 46 Brasil 12,3 22,1 -1,4 -14,1 159 900 100

Fonte: BNDES

1/ Valores acumulados em doze meses até agosto.

20151/ Var. % acum. 12 meses

Tabela 4.3 – Desembolsos do BNDES – Sudeste

Tabela 4.4 – Evolução do emprego formal – Sudeste Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2014 2015

Ago Nov Fev Mai Ago Total 48,0 -11,2 -355,6 -66,1 -191,4 Indústria de transformação -43,6 -47,2 -74,1 -60,8 -102,7 Comércio 29,3 79,1 -83,2 -24,7 -29,6 Serviços 58,8 45,3 -71,3 2,5 -59,7 Construção civil -14,3 -30,3 -63,1 -30,2 -34,2 Agropecuária 15,0 -57,5 -49,7 50,0 40,5 Serv. industr. de utilidade pública -0,1 -0,3 -1,8 -1,0 -3,2 Outros2/ 2,9 -0,3 -12,5 -2,0 -2,4

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado. 2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outros. Tabela 4.2 – Volume de serviços – Sudeste

Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educação

Variação % no período

Segmentos 2014 2015

Ano Mai1/Ago1/12 meses

Total 2,1 -0,3 -3,2 -0,9

Serviços prestados às famílias -2,7 -7,3 -4,7 -5,1 Serviços de informação e comunicação 4,6 4,0 0,3 2,4 Serviços profissionais e administrativos 0,3 0,5 -1,8 -0,4 Transportes e correio 2,8 -3,1 -6,8 -3,3 Outros serviços -3,7 -8,2 -10,1 -7,0

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período do ano anterior.

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A taxa média de desemprego do Sudeste, consideradas as Regiões Metropolitanas de São Paulo (RMSP), Rio de Janeiro (RMRJ) e Belo Horizonte (RMBH), atingiu 6,8% no trimestre finalizado em agosto, de acordo com a PME do IBGE. O aumento de 2,5 p.p. em relação a igual período de 2014 refletiu redução de 0,9% na população ocupada e elevação de 1,6% na PEA. O rendimento real médio habitual e a massa salarial real contraíram 3,6% e 4,5%, respectivamente, no período. Considerados dados dessazonalizados, a taxa média de desemprego atingiu 6,6% no trimestre encerrado em agosto (5,4% no finalizado em maio).

A taxa de desemprego da região, mensurada pela PNADC, do IBGE, atingiu 8,3% no trimestre encerrado em junho, ante 6,9% em igual período de 2014, com aumento de 0,2% da população ocupada e de 1,8% da PEA. O rendimento real médio habitual aumentou 3,8% e a massa salarial, 3,9%, no período.

O superavit primário dos governos dos estados, das capitais e dos principais municípios do Sudeste totalizou R$15,2 bilhões no primeiro semestre de 2015, (R$12,5 bilhões no primeiro semestre de 2014). Os superavits dos estados e das capitais aumentaram 35,6% e 23,4%, respectivamente, e o dos principais municípios recuou 19,4%.

Os juros nominais, apropriados por competência, somaram R$32,0 bilhões no período (R$26,3 bilhões no primeiro semestre de 2014), com expansões respectivas de 22,7% e 18,6% nos governos estaduais e das capitais, e retração de 24,1% nos demais municípios. O deficit nominal atingiu R$16,9 bilhões (R$13,8 bilhões no mesmo período de 2014).

A dívida líquida dos estados, das capitais e dos principais municípios do Sudeste totalizou R$513,1 bilhões em junho de 2015 (74,6% da dívida de todos os estados, capitais e principais municípios do país), elevando-se 5,7% em relação a dezembro de 2014.

Os governos dos estados, das capitais e dos principais municípios do Sudeste registraram deficit de R$5,7 bilhões no período de doze meses encerrado em agosto de 2015. Os juros nominais, apropriados por competência, somaram R$59,1 bilhões e o deficit nominal, R$64,8 bilhões (28,7% superior ao de 2014). O endividamento líquido dos três segmentos totalizou R$541,0 bilhões em agosto (74,0% do total de estados, capitais e principais municípios do país), elevando-se 11,5% em relação a dezembro de 2014.

3 4 5 6 7 8

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2012 2013 2014 2015

Gráfico 4.4 – Taxa de desemprego aberto – Sudeste %

Fonte: IBGE

Tabela 4.5 – Necessidades de financiamento – Sudeste1/

R$ milhões UF

2014 2015 2014 2015 Jan-jun Jan-jun Jan-jun Jan-jun Total -12 481 -15 158 26 311 32 033 Governos estaduais -5 830 -7 907 21 012 25 791 Capitais -4 420 -5 453 5 204 6 170 Demais municípios -2 230 -1 798 95 72

1/ Inclui inform. dos estados e de seus principais municípios. Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Tabela 4.6 – Dívida líquida e necessidades de financiamento – Sudeste1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2014 Nominal Outros3/ 2015 Dez Primário Juros Total4/ Mar

Total 485 365 -15 158 32 033 16 876 10 908 513 149 Gov. estaduais 397 934 -7 907 25 791 17 884 9 059 424 877 Capitais 86 099 -5 453 6 170 718 1367 88 186 Demais municípios 1 332 -1 798 72 -1 726 482 88

1/ Inclui inform. dos estados e de seus principais municípios. Dados preliminares. 2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz. 4/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

Fluxos acumulados no ano

Tabela 4.7 – Dívida líquida – Sudeste1/ Composição

R$ milhões Região Sudeste 2013 2014 2015

Dez Dez Jun

Dívida bancária 28 686 50 130 56 817 Renegociação2/ 380 342 394 794 411 761 Dívida externa 29 436 43 032 52 436 Outras dívidas junto à União 15 863 15 029 13 897 Dívida reestruturada 896 985 1 147 Disponibilidades líquidas -24 208 -18 605 -22 910

Total (A) 431 014 485 365 513 149 Brasil3/ (B) 578 634 655 704 687 821 (A/B) (%) 74,5 74,0 74,6

1/ Inclui inform. dos estados e de seus principais municípios. Dados preliminares. 2/ Lei nº 8.727/1993, Lei nº 9.496/1997 e MP n° 2.185/2000.

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A safra de grãos da região deverá totalizar 18,8 milhões de toneladas em 2015 (8,9% da produção nacional) de acordo com o LSPA de setembro, do IBGE. O aumento anual de 4,7% repercute, em especial, as elevações de 14,9% para a colheita da soja e de 9,0% para a de milho segunda safra. Ressaltem-se, adicionalmente, as projeções de elevação para as safras de laranja (13,0%) e cana-de-açúcar (2,7%) e de retração de 8,6% para a de café, impactada pelos efeitos das estiagens sobre a cultura, especialmente no Espírito Santo.

Os abates de suínos, aves e bovinos realizados em estabelecimentos inspecionados pelo SIF variaram 11,1%, 1,6% e -11,1%, respectivamente, nos oito primeiros meses de 2015, em relação a igual período de 2014, de acordo com o Mapa. Os abates de suínos e de aves foram estimulados pela dinâmica favorável das demandas interna e externa, enquanto restrições de oferta e contração da demanda limitaram os abates de bovinos.

A produção industrial do Sudeste contraiu 2,4% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando diminuíra 2,0%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da PIM-PF Regional, do IBGE. A produção da indústria extrativa recuou 0,4% e a da transformação, 2,6% (equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, -20,6%; produtos têxteis, -11,6%; veículos automotores, reboques e carrocerias, -10,6%).

Considerados intervalos de doze meses, a produção industrial da região decresceu 6,9% em agosto, em relação a igual período de 2014, ante recuo de 5,8% em maio (veículos automotores, reboques e carrocerias, -19,9%; equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, -13,7%; máquinas e equipamentos, -13,1%).

O Icei do Sudeste, calculado pela CNI, atingiu 32,6 pontos em setembro, situando-se pelo sétimo trimestre abaixo da linha de indiferença (35,4 pontos em junho e 42,8 pontos em setembro de 2014). A retração trimestral refletiu recuos respectivos de 1,5 ponto e 3,5 pontos nos componentes que avaliam as condições atuais e as expectativas.

O indicador de expectativas da Sondagem Industrial da CNI para o Sudeste atingiu 40,8 pontos em agosto, permanecendo pelo sétimo trimestre na zona de pessimismo (39,9 pontos em maio e 46,0 pontos em agosto de 2014). O indicador de estoques, evidenciando patamar superior ao Tabela 4.8 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Sudeste1/

R$ milhões UF Dezembro de 2014 Agosto de 2015

Dívida Fluxos 12 meses Dívida2/ Fluxos 12 meses Primário Nominal3/ PrimárioNominal3/

ES 1 394 504 684 1 523 541 805 MG 89 370 -3 140 5 647 100 726 -1 976 9 579 RJ 96 738 7 182 14 939 116 456 7 274 18 576 SP 297 864 3 447 29 094 322 279 -137 35 853 Total (A) 485 365 7 994 50 364 540 983 5 702 64 814 Brasil4/ (B) 655 704 10 713 67 433 730 720 4 284 82 410 (A/B) (%) 74,0 74,6 74,7 74,0 133,1 78,6

1/ Por UF, totalizando gov. estadual, capital e principais municípios. Dados preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário. 4/ Refere-se à soma de todas as regiões.

Tabela 4.9 – Produção agrícola – Sudeste Itens selecionados

Em mil toneladas Discriminação Peso1/ Produção2/ Var. %

2014 2015 2015/2014

Grãos 17 932 18 773 4,7

Arroz (em casca) 0,1 86 75 -12,5

Feijão 3,1 787 699 -11,1 Milho 7,2 10 640 10 850 2,0 Soja 6,9 4 973 5 715 14,9 Outras lavouras Café 16,8 2 357 2 153 -8,6 Banana 2,7 2 271 2 371 4,4 Cana-de-açúcar 40,9 433 158 445 039 2,7 Laranja 5,1 11 248 12 712 13,0 Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2013.

2/ Estimativa segundo o LSPA de setembro de 2015.

80 90 100 110 120 130 140 Ago

2012 Nov Fev2013 Mai Ago Nov Fev2014 Mai Ago Nov Fev2015 Mai Ago

Bovinos Aves Suínos

Fonte: Mapa

Gráfico 4.5 – Abates de animais – Sudeste Média móvel trimestral

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considerado adequado, totalizou 52,7 pontos (50,2 pontos em maio e 52,0 pontos em agosto de 2014).

O deficit da balança comercial do Sudeste totalizou US$2 bilhões nos nove primeiros meses de 2015 (US$6,7 bilhões em igual período de 2014). As exportações atingiram US$71,0 bilhões e as importações, US$73,0 bilhões, recuando 19,4% e 23,0%, respectivamente, no período.

O desempenho das exportações repercutiu variações de -24,4% nos preços e de 6,5% no quantum. Houve reduções nas vendas de produtos básicos, 28,6% (minérios de ferro, -44,4%; óleos brutos de petróleo, -23,4%), de manufaturados, 14,0% (plataformas de perfuração ou de exploração de petróleo, -63,0%; óleos combustíveis, -59,0%) e de semimanufaturados, 10,1% (açúcar de cana em bruto, -28,6%). As vendas externas da região para os EUA, China, Argentina, Holanda e Chile representaram, em conjunto, 48,7% do total no período, destacando-se as reduções nas direcionadas para a Holanda (27,9%) e para o Chile (27,4%).

A trajetória das importações, resultante de retrações de 9,0% nos preços e de 15,4% no quantum, repercutiu diminuição nas compras em todas as categorias de uso, com destaque para combustíveis e lubrificantes, 57,6%, e matérias-primas e produtos intermediários, 18,0% (naftas, -71,8%; partes e peças para veículos automóveis e tratores, -29,1%). As importações originadas dos EUA, China, Alemanha, Argentina e Coreia do Sul representaram, em conjunto, 51,2% do total adquirido pela região no período, com destaque para os recuos nas provenientes da Argentina (26,8%), da Alemanha (24,5%) e da Coreia do Sul (22,3%).

A inflação no Sudeste, considerada a média ponderada das variações do IPCA nas Regiões Metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro , Belo Horizonte e Vitória (RMV), atingiu 1,44% no terceiro trimestre do ano (2,01% no segundo). Ocorreram desacelerações dos preços livres, de 1,75% para 1,04%, e dos monitorados, de 2,81% para 2,65%, destacando-se, neste segmento, a redução na variação dos preços de produtos farmacêuticos (de 4,95% para 0,69%) e as elevações dos preços dos itens gás de botijão (11,96%), tarifas de energia elétrica residencial (6,30%), taxas de água e esgoto (4,89%), e planos de saúde (3,79%).

A evolução dos preços livres repercutiu reduções nas variações dos preços dos bens não comercializáveis, de 1,63% para 0,86%, (tubérculos, de 17,20% para -20,60%) e dos bens comercializáveis, de 1,90% para 1,28% (leites e derivados, 3,32%; vestuário, 0,82%). O índice de difusão Tabela 4.10 – Produção industrial – Sudeste

Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores Pesos1/2015

Mai2/ Ago2/ 12 meses Indústria geral 100,0 -2,0 -2,4 -6,9 Indústrias extrativas 13,6 1,1 -0,4 6,6 Indústrias de transformação 86,4 -2,7 -2,6 -8,6 Veículos, reb. e carrocerias 12,8 -8,7 -10,6 -19,9 Produtos alimentícios 12,7 6,3 1,2 -9,6 Deriv. petróleo e biocombustíveis 12,0 -3,6 0,5 -2,7 Metalurgia 7,1 -3,0 -3,3 -4,8 Outros produtos químicos 5,8 -1,4 -0,1 -7,3

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE. 2/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados dessazonalizados.

Tabela 4.11 – Exportação por fator agregado – FOB Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Sudeste Brasil

2014 2015 Var. % Var. % Total 88 078 70 970 -19,4 -16,8 Básicos 35 790 25 571 -28,6 -22,3 Industrializados 52 288 45 399 -13,2 -11,2 Semimanufaturados 11 570 10 402 -10,1 -8,4 Manufaturados1/ 40 718 34 998 -14,0 -12,2 Fonte: MDIC/Secex 1/ Inclui operações especiais.

Tabela 4.12 – Importação por categoria de uso – FOB Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Sudeste Brasil

2014 2015 Var. % Var. % Total 94 814 73 037 -23,0 -23,0 Bens de capital 21 994 18 558 -15,6 -17,5 Matérias-primas 42 427 34 801 -18,0 -19,1 Bens de consumo 15 144 13 208 -12,8 -16,0 Duráveis 6 853 5 758 -16,0 -21,6 Não duráveis 8 290 7 450 -10,1 -9,7 Combustíveis e lubrificantes 15 249 6 471 -57,6 -46,2 Fonte: MDIC/Secex

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médio atingiu 61,4% no terceiro trimestre do ano (64,4% no segundo).

A análise em doze meses mostra que o IPCA do Sudeste variou 9,48% em setembro, ante 8,85% em junho, reflexo de acelerações dos preços monitorados, de 14,77% para 16,85%, e dos livres, de 7,02% para 7,20%.

A economia do Sudeste segue em retração na margem, refletindo, principalmente, o arrefecimento da produção industrial e dos mercados de crédito e a distensão no mercado de trabalho. A mudança desse cenário dependerá amplamente da reversão das expectativas de empresários e consumidores, que deverá ser favorecida, no médio prazo, pelos efeitos das novas diretrizes econômicas em implementação, assim como pela recuperação do dinamismo das exportações da região, beneficiada pela trajetória da taxa de câmbio.

Tabela 4.13 – IPCA – Sudeste

Variação % no período Discriminação Pesos1/ 2014 2015

Ano II Tri III Tri 12 meses IPCA 100,0 6,37 2,01 1,44 9,48 Livres 74,9 6,97 1,75 1,04 7,20 Comercializáveis 32,5 6,18 1,90 1,28 5,78 Não comercializáveis 42,4 7,59 1,63 0,86 8,31 Monitorados 25,1 4,48 2,81 2,65 16,85 Principais itens Alimentação 23,4 8,27 2,78 1,00 9,36 Habitação 16,2 7,53 3,15 3,40 19,48 Artigos de residência 4,1 5,53 1,87 0,69 3,48 Vestuário 5,5 4,20 2,14 0,83 3,74 Transportes 18,7 4,01 -0,01 0,35 7,73 Saúde 11,6 7,06 3,07 2,17 8,66 Despesas pessoais 11,5 8,53 2,33 1,73 9,28 Educação 4,9 8,53 0,56 1,21 9,56 Comunicação 4,1 -2,12 0,65 0,38 -0,07 , Fonte: IBGE 1/ Referentes a setembro de 2015.

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Minas Gerais

O PIB de Minas Gerais recuou 1,5% no segundo trimestre de 2015, em relação ao primeiro, quando contraíra 1,2%, de acordo com dados dessazonalizados da Fundação João Pinheiro (FJP). Considerados períodos de doze meses, o PIB do estado retraiu 3,3% no segundo trimestre de 2015 (-2,9% no primeiro), ante redução de 1,2% do PIB nacional. Estatísticas divulgadas mais recentemente indicam a continuidade do desempenho negativo da economia mineira, com ênfase na trajetória adversa das vendas do comércio, da indústria de transformação, da construção civil e do mercado de trabalho. Nesse contexto, o IBCR-MG retraiu 0,5% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando recuara 1,4%, considerados dados dessazonalizados. O indicador contraiu 1,2% no intervalo de doze meses encerrado em agosto (-1,5% no terminado em maio).

As vendas do comércio ampliado em Minas Gerais diminuíram 2,2% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando recuaram 2,4%, conforme dados dessazonalizados da PMC, do IBGE. Houve reduções em sete das dez atividades pesquisada (material de construção, -3,5%; hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, -0,7%; veículos, motos, partes e peças, -0,3%; outros artigos de uso pessoal e doméstico, 5,2%; móveis e eletrodomésticos, 1,4%). As vendas do comércio varejista, excluídas as de veículos e de materiais de construção, aumentaram 0,2% no trimestre (-1,2% no trimestre finalizado em maio).

Considerados períodos de doze meses, as vendas do comércio ampliado decresceram 4,1% em agosto (-2,1% em maio), em relação a igual período do ano anterior (veículos, motos, partes e peças, -11,1%; móveis e eletrodomésticos, -6,4%; material de construção, -6,1%; hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, 1,2%; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 6,0%). As vendas do comércio varejista reduziram 0,3% em agosto, ante estabilidade em maio.

Os emplacamentos de automóveis e comerciais leves no estado diminuíram 1,5% no trimestre encerrado em setembro, em relação ao terminado em junho, quando recuaram 9,1%, neste tipo de comparação, segundo dados dessazonalizados da Fenabrave. Os emplacamentos acumulados em doze meses reduziram 8,2% em setembro (-9,0% em junho). 138 140 142 144 146 148 150 152 Ago

2012 Nov Fev2013 Mai Ago Nov Fev2014 Mai Ago Nov Fev2015 Mai Ago IBC-Br IBCR-MG

Gráfico 4.6 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e Minas Gerais

Dados desazonalizados

2002 = 100

Tabela 4.14 – Índice de vendas no varejo – Minas Gerais Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores 2014 2015

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses

Comércio varejista 2,6 -1,2 0,2 -0,3 Combustíveis e lubrificantes 3,2 -2,5 -0,3 -1,3 Hiper, supermercados 2,7 -0,3 -0,7 1,2 Tecidos, vestuário e calçados -2,9 -2,6 -0,5 -5,1 Móveis e eletrodomésticos 1,0 -8,7 1,4 -6,4 Outros art. de uso pessoal e dom. 9,3 -2,0 5,2 4,2 Comércio ampliado -0,2 -2,4 -2,2 -4,1 Veículos e motos, partes e peças -5,5 -3,9 -0,3 -11,1 Material de construção 0,5 0,5 -3,5 -6,1

Fonte: IBGE

(8)

O volume de serviços no estado decresceu 3,8% no trimestre encerrado em agosto, em relação a igual período em 2014, segundo a PMS, do IBGE (serviços profissionais, administrativos e complementares, -10,3%; transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, -8,6%; e serviços prestados às famílias, -8,4%). O indicador variou -2,6% no período de doze meses encerrado em agosto em relação a igual intervalo de 2014 (serviços prestados às famílias; -7,0%; serviços profissionais, administrativos e complementares, -6,3%; e transportes, e serviços auxiliares dos transportes e correio, -5,8%).

As operações de crédito superiores a R$1 mil realizadas em Minas Gerais atingiram R$273,4 bilhões em agosto, com acréscimos de 1,0% no trimestre e de 7,4% em doze meses. O saldo das contratações com recursos direcionados somou R$126,8 bilhões, variando, na ordem, 1,4% e 10,5%, e o das realizadas com recursos livres totalizou R$146,7 bilhões, aumentando 0,6% no trimestre e 4,9% em doze meses.

Os empréstimos a pessoas físicas somaram R$143,1 bilhões, elevando-se 1,9% no trimestre, com destaque para a evolução das modalidades financiamento imobiliário, crédito consignado e crédito rural, e 10,1% em doze meses. A carteira de pessoas jurídicas atingiu R$130,4 bilhões, permanecendo estável no trimestre – destaque para os aumentos nas operações com a administração pública, com as empresas de eletricidade e saneamento e com o setor agropecuário, e para a retração nos empréstimos ao comércio, à construção, e às indústrias de transformação (principalmente aos setores siderúrgico e automotivo) – e elevando-se 4,6% em doze meses.

A taxa de inadimplência atingiu 3,21% em agosto, variando de 0,07 p.p. no trimestre e 0,09 p.p. em doze meses. O aumento trimestral repercutiu elevações de 0,06 p.p. no segmento de pessoas físicas e de 0,07 p.p. no de pessoas jurídicas, que registram taxas de inadimplência de 3,59% e 2,79%, respectivamente.

O Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte (ICCBH), divulgado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), atingiu 36,6 pontos em setembro (36,6 pontos em junho e 46,0 pontos em setembro de 2014). A estabilidade no trimestre refletiu retração de 0,7 p.p. no componente que avalia a expectativa econômica – destacando-se o recuo de 3,5 p.p. na avaliação sobre o emprego – e aumento de 0,9 p.p. no que considera a Tabela 4.15 – Índice de volume de serviços – Minas Gerais

Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educação

Var. %

Segmentos 2014 2015

Ano Mai1/Ago1/12 meses

Total -0,4 -2,7 -3,8 -2,6

Serviços prestados às famílias -2,4 -10,6 -8,4 -7,0 Serviços de informação e comunicação -1,7 6,9 8,2 4,7 Serviços profissionais e administrativos -4,0 -7,2 -10,3 -6,3 Transportes e correio 3,7 -6,6 -8,6 -5,8 Outros serviços -5,1 -11,9 -15,0 -10,3

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período do ano anterior. 0 4 8 12 16 20 Mai

2013 Ago Nov 2014Fev Mai Ago Nov 2015Fev Mai Ago

PF PJ Total

Gráfico 4.7 – Evolução do saldo das operações de crédito – Minas Gerais1/

Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

20 25 30 35 40 45 50 55 60 Jun

2013 Set Dez 2014Mar Jun Set Dez 2015Mar Jun Set ICC geral Expectativa econômica Expectativa financeira

Gráfico 4.8 – Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte

(9)

expectativa financeira (melhora de 2,7 p.p. na expectativa sobre a situação financeira da família).

O mercado de trabalho mineiro registrou a eliminação de 30,8 mil postos no trimestre encerrado em agosto, ante criação de 0,9 mil empregos formais no mesmo trimestre em 2014, segundo o Caged/MTE. Destacaram-se os cortes na indústria de transformação, 17,2 mil (em especial nos segmentos automotivo, produtos de metal, vestuário e metalurgia); na construção civil, 14,9 mil; e no setor de serviços, 9,1 mil, e a criação de 19,2 mil vagas na agropecuária. O nível de emprego no estado recuou 1,3% no trimestre, considerados dados dessazonalizados.

As horas trabalhadas na indústria de Minas Gerais recuaram 2,5% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao terminado em maio, quando haviam retraído 2,4%, na mesma base de comparação, de acordo com estatísticas dessazonalizados da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). No mesmo período, a massa salarial real e o emprego reduziram 1,8% e 3,6%, na ordem, e o rendimento médio expandiu 0,9%.

A taxa média de desemprego na RMBH atingiu 6,1% no trimestre finalizado em agosto, segundo a PME, do IBGE. O aumento de 2,0 p.p. em relação a igual período de 2014 repercutiu variações de -1,3% no número de ocupados e de 0,9% na PEA. A massa de rendimentos real média diminuiu 1,4% no período, refletindo redução de 1,4% na população ocupada remunerada e estabilidade do rendimento real médio. Considerados dados dessazonalizados, a taxa de desemprego aumentou 0,7 p.p. no trimestre.

O superavit primário dos governos do estado, da capital e dos principais municípios de Minas Gerais atingiu R$2,6 bilhões no primeiro semestre de 2015 (R$3,1 bilhões em igual período de 2014). Houve redução de 31,0% no

superavit do governo estadual e acréscimos nos da capital

(de R$3 milhões para R$271 milhões) e dos principais municípios (15,1%).

Os juros nominais, apropriados por competência, somaram R$6,2 bilhões e o deficit nominal, R$3,6 bilhões (R$5,3 bilhões e deficit de R$2,2 bilhões, na ordem, no primeiro semestre de 2014).

A arrecadação de ICMS no estado somou R$18,5 bilhões no período, de acordo com a Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF/MG), recuando, em Tabela 4.16 – Evolução do emprego formal – Minas Gerais

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/ Discriminação 2014 2015

Ago Nov Fev Mai Ago Total 0,9 -14,7 -76,7 -20,5 -30,8 Indústria de transformação -5,4 -7,0 -16,6 -16,3 -17,2 Comércio 3,1 17,7 -13,3 -4,9 -7,1 Serviços 8,2 10,2 -16,5 -0,7 -9,1 Construção civil -2,1 -10,4 -17,9 -15,6 -14,9 Agropecuária -3,7 -24,8 -9,3 18,6 19,2 Outros2/ 0,8 -0,4 -3,1 -1,7 -1,7 Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, serv. ind. de utilidade pública e administração pública.

Tabela 4.17 – Necessidades de financiamento – Minas Gerais1/

R$ milhões UF

2014 2015 2014 2015 Jan-jun Jan-jun Jan-jun Jan-jun Estado de Minas Gerais -3 091 -2 601 5 329 6 172 Governo estadual -2 654 -1 830 5 217 6 052

Capital -3 -271 74 88

Demais municípios -434 -500 38 31

1/ Inclui informações do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Tabela 4.18 – Dívida líquida e necessidades de financiamento – Minas Gerais1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2014 Nominal Outros4/ 2015 Dez Primário Juros Total3/ Jun

Estado de Minas Gerais 89 370 -2 601 6 172 3 570 1 857 94 797 Governo estadual 87 544 -1 830 6 052 4 222 1 623 93 388 Capital 2 405 -271 88 -183 103 2 325 Demais municípios -579 -500 31 -468 131 -916

1/ Inclui inform. do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares. 2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz. 4/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

Fluxos acumulados no ano

2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2012 2013 2014 2015

Gráfico 4.9 – Taxa de desemprego aberto – RMBH %

(10)

termos reais, 4,7% em relação a igual período de 2014 (deflacionado pelo IGP-DI).

A dívida líquida do estado, da capital e dos principais municípios de Minas Gerais somou R$94,8 bilhões em junho, elevando-se 6,1% em relação a dezembro de 2014. A dívida do governo estadual cresceu 6,7%, a da capital recuou 3,3% e o saldo credor líquido dos governos dos principais municípios aumentou 58,2%, para R$916 milhões.

A safra de grãos de Minas Gerais deverá atingir 11,8 milhões de toneladas em 2015, com aumento de 0,4% em relação ao ano anterior, de acordo com o LSPA de setembro, do IBGE. O desempenho da colheita de grãos no estado reflete, em especial, a maior destinação de áreas para o plantio de soja, cuja produtividade corresponde a cerca de 50% da relativa ao milho. Nesse cenário, estão estimadas variações de -1,5%, -10,3% e 5,2%, na ordem, para as safras de milho, feijão e soja, impactadas por variações, de -3,3%, -10,7% e 6,5% nas respectivas áreas plantadas. No âmbito das demais culturas, ressaltam-se as projeções de reduções de 1,9% para a produção de café e de 2,5% para a de cana-de-açúcar.

A produção de grãos do estado deverá expandir entre 9,1% e 10,1% em 2016, de acordo com prognóstico da Conab de outubro. Essa projeção considera aumentos entre 5,9% e 7,2% para a produção de milho primeira safra e entre 17,0% e 18,1% para a de soja.

Os abates de bovinos em estabelecimentos fiscalizados pelo SIF (75,0% do total) recuaram 9,5% nos oito primeiros meses de 2015, em relação a igual período de 2014, enquanto os de aves e de suínos aumentaram 4,3% e 13,6%, respectivamente. O valor médio da arroba do boi aumentou 19,9% no período e 18.0% no trimestre terminado em agosto, em relação a igual período de 2014. As exportações de carnes de bovinos recuaram 16,1% nos oito primeiros meses de 2015, sensibilizadas por reduções nos embarques para Hong Kong, Chile e Israel; as de suínos decresceram 83,8%, influenciada por contração nas vendas para a Rússia; e as carnes de aves aumentaram 2,2%, impactadas pelo aumento das compras da Arábia Saudita, Catar e Bahrein.

A produção industrial de Minas Gerais recuou 0,4% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando havia contraído 2,8% nesse tipo de comparação, segundo dados dessazonalizados da PIM-PF do IBGE. A indústria extrativa retraiu 0,2%, e a Tabela 4.19 – Produção agrícola – Minas Gerais

Itens selecionados

Em mil toneladas Discriminação Pesos1/ Produção2/ Variação % 2014 2015 2015/2014 Grãos 32,4 11 707 11 754 0,4 Feijão 6,3 573 514 -10,3 Milho 12,5 6 967 6 865 -1,5 Soja 12,0 3 346 3 519 5,2 Outras lavouras Cana-de-açúcar 16,1 71 087 69 279 -2,5 Café 29,6 1 364 1 339 -1,9 Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2013.

2/ Estimativa segundo o LSPA de setembro de 2015.

70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 Ago

2012 Nov Fev2013 Mai Ago Nov Fev2014 Mai Ago Nov Fev2015 Mai Ago Bovinos Aves Suínos Gráfico 4.10 –Abates de animais –Minas Gerais Média móvel trimestral

2012 = 100

Tabela 4.20 – Produção industrial – Minas Gerais Geral e setores selecionados

Variação % trimestral Setores Pesos1/ 2015

Mai2/ Ago2/ Ac. 12 meses Indústria geral 100,0 -2,8 -0,4 -5,8 Indústrias extrativas 24,6 3,1 -0,2 -0,5 Indústrias de transformação 75,4 -4,8 -0,7 -7,5 Metalurgia 16,5 -0,6 -7,1 -1,6 Veículos, reb. e carrocerias 13,9 -26,4 -13,8 -23,2 Deriv. petróleo e biocomb. 6,7 -4,0 4,6 0,3 Prod. miner. não-metálicos 4,5 -7,0 -3,7 -10,6 Outros produtos químicos 3,3 -4,3 -2,5 -4,1

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

(11)

de transformação, 0,7% (veículos automotores, -13,8%; máquinas e equipamentos, -10,6%; metalurgia, -7,1%; minerais não-metálicos, -3,7%; celulose e papel, 10,6%; e coque e produtos derivados de petróleo e biocombustíveis, 4,6%).

Considerados períodos de doze meses, a produção industrial mineira recuou 5,8% em agosto, em relação a igual período de 2014 (-5,6% em maio). A indústria extrativa contraiu 0,5% e a de transformação, 7,5% (máquinas e equipamentos, -33,5%; indústria automobilística, -23,2%; produtos de metal, -11,2%; minerais não-metálicos de -10,6%).

Indicadores da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) também apontam retração na atividade industrial. Nesse sentido, considerados dados dessazonalizados, o faturamento real recuou 3,8% no trimestre encerrado em agosto (-8,2% no finalizado em maio), e o Nuci diminuiu 1,8 p.p., para 81,6%.

O Icei de Minas Gerais, divulgado pela Fiemg, atingiu 32,9 pontos em setembro (34,7 pontos em junho e 42 pontos em setembro de 2014), mantendo-se na zona de pessimismo pelo décimo oitavo mês consecutivo. A trajetória trimestral refletiu recuos de 2,4 pontos no Índice de Expectativas para os próximos seis meses e de 0,8 ponto no Índice de Condições Atuais.

O superavit da balança comercial do estado totalizou US$10,0 bilhões nos nove primeiros meses de 2015, de acordo com o MDIC. A redução de 31,5% em relação a igual período de 2014 repercutiu retrações de 26,2% nas exportações e de 16,7% nas importações, que somaram US$16,7 bilhões e US$6,7 bilhões, respectivamente.

O comportamento das exportações repercutiu contração de 27,8% nos preços e aumento de 2,2% no

quantum. Houve reduções nas vendas externas em todas

as categorias de fator agregado: produtos básicos, 37,0% (minérios de alumínio, -94,9%; carne de suíno, -84,9%; minério de ferro, -51,6%; carne de bovino, -8,9%; café cru em grão, -5,9%), produtos semimanufaturados, 2,8% (açúcar de cana em bruto, -21,4%; ferro-ligas, -11,0%; pastas químicas de madeira, -6,2%; produtos semimanufaturados, de ferro ou aço, 64,1%) e de produtos manufaturados, 10,5% (medicamentos, -42,5%; automóveis, -36,6%; tubos de ferro fundido, ferro ou aço e seus acessórios, -15,2%). China, EUA, Argentina, Holanda, Japão e Alemanha, adquiriram, em conjunto, 56,0% das exportações do estado,

88 91 94 97 100 103 106 Mai

2012Ago Nov Fev2013 Mai Ago Nov Fev2014 Mai Ago Nov Fev2015 Mai Ago Brasil Minas Gerais

Gráfico 4.11 – Produção industrial – Minas Gerais Dados dessazonalizados – Média móvel trimestral

2012 = 100

Tabela 4.21 – Exportação por fator agregado – FOB Janeiro-setembro

US$ milhões Discriminação Minas Gerais Brasil

2014 2015 Var. % Var. % Total 22 609 16 690 -26,2 -16,8 Básicos 14 547 9 165 -37,0 -22,3 Industrializados 8 062 7 524 -6,7 -11,2 Semimanufaturados 4 070 3 951 -2,9 -8,4 Manufaturados1/ 3 991 3 573 -10,5 -12,2 Fonte: MDIC/Secex 1/ Inclui operações especiais.

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no período. Destacaram-se as reduções nos embarques de minérios de ferro para China, Japão e Holanda, e de café para a Alemanha; e os aumentos nas exportações de produtos semimanufaturados de ferro e aço para a Alemanha, e de laminados planos de ferro ou aço para os EUA e Argentina.

A redução nas importações refletiu decréscimos respectivos de 11,5% e de 5,9% no quantum e nos preços. Houve recuo nas aquisições em todas as categorias de uso: bens de capital, 10,5% (acessórios de maquinaria industrial, -27,2%; equipamento móvel de transporte, -23,3%), matérias-primas, 19,7% (acessórios de equipamentos de transporte, -39,3%; outras matérias-primas para a agricultura, -22,7%), bens de consumo duráveis, 23,1% (automóveis, -26,6%); bens de consumo não duráveis, 13,1% (produtos farmacêuticos, -60,1%; produtos de toucador, -14,3%); e combustíveis e lubrificantes, 14,7% (hulhas, -15,7%). As importações provenientes da China, EUA, Argentina e Itália corresponderam, em conjunto, a 55,0% das aquisições do estado no período. Destacaram-se as reduções nas compras de equipamento móvel de transporte e acessórios de equipamentos de transporte da Argentina e Itália; de automóveis da Argentina; de maquinaria industrial da China, e os aumentos nas aquisições de partes e peças para equipamento de transporte dos EUA e equipamento fixo de transporte da China e EUA.

O IPCA da RMBH variou 1,10% no terceiro trimestre de 2015 (2,09% no segundo), com desacelerações nos preços livres (de 1,51% para 0,90%) e nos monitorados (de 4,01% para 1,76%). Sobressaíram as variações de preços nos grupos habitação (1,97%), despesas pessoais (1,89%) e saúde e cuidados pessoais (1,80%).

A evolução dos preços livres repercutiu desacelerações dos preços dos itens comercializáveis, de 1,71% para 1,15% (leite longa vida, 4,04%; pão francês 3,40%; carnes, 2,04%) e dos não comercializáveis, de 1,34% para 0,69% (empregado doméstico, 2,59%; alimentação fora do domicílio, 2,10%; e aluguel residencial, 1,68%). A menor variação dos preços monitorados repercutiu, em grande parte, as reduções nos aumentos de preços dos itens energia elétrica residencial (de 8,47% para 0,70%), taxa de água e esgoto (de 15,04% para 0,00%) e produtos farmacêuticos (de 5,34% para 0,33%). O índice de difusão atingiu 56,7% no trimestre encerrado em setembro (64,6% no finalizado em junho).

O IPCA da RMBH variou 8,32% no período de doze meses encerrado em setembro (7,65% no finalizado Tabela 4.22 – Importação por categoria de uso – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões Discriminação Minas Gerais Brasil

2014 2015 Var. % Var. % Total 8 083 6 737 -16,7 -23,0 Bens de capital 2 419 2 166 -10,5 -17,5 Matérias-primas 3 684 2 959 -19,7 -19,1 Bens de consumo 1 485 1 188 -20,0 -16,0 Duráveis 1 022 786 -23,1 -21,6 Não duráveis 463 402 -13,1 -9,7 Combustíveis e lubrificantes 496 423 -14,7 -46,2 Fonte: MDIC/Secex

Tabela 4.23 – IPCA – Belo Horizonte

Variação % trimestral Discriminação Pesos1/2014 2015

IV Tri I Tri II Tri III Tri IPCA 100,0 1,22 3,67 2,09 1,10 Livres 75,9 1,21 2,47 1,51 0,90 Comercializáveis 35,2 0,92 0,87 1,71 1,15 Não comercializáveis 40,8 1,47 3,88 1,34 0,69 Monitorados 24,1 1,26 7,83 4,01 1,76 Principais itens Alimentos e bebidas 22,0 1,76 3,35 2,27 0,34 Habitação 16,6 0,94 7,78 4,66 1,97 Artigos de residência 5,1 0,90 0,21 2,75 0,74 Vestuário 6,6 0,57 -0,56 1,55 0,92 Transportes 17,8 1,45 4,66 -0,16 0,76 Saúde 10,9 1,35 1,30 3,36 1,80 Despesas pessoais 12,2 1,44 3,76 1,58 1,89 Educação 4,7 0,47 7,70 0,63 0,41 Comunicação 4,1 -0,05 -0,98 1,15 0,70 Fonte: IBGE 1/ Referentes a setembro de 2015

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em junho), destacando-se os aumentos nos grupos habitação (16,10%), educação (9,33%) e despesas pessoais (8,94%). A variação nos preços monitorados atingiu 15,56% (energia elétrica residencial, 45,89%; ônibus urbano, 15,44%, taxa de água e esgoto, 15,04% e gasolina, 14,25%) e a dos preços livres, 6,23% (bens comercializáveis, 4,73%; bens não comercializáveis, 7,55%).

A continuidade do arrefecimento da atividade econômica mineira repercute a desaceleração acentuada em segmentos relevantes para o estado, como a indústria automobilística, a indústria de produtos de metal e a construção civil, em cenário de intensificação da distensão nos indicadores de emprego no comércio e nos serviços, e do pessimismo dos empresários industriais. Nesse contexto, a retomada da atividade deverá ocorrer no médio prazo e deverá ser impulsionada pelos efeitos das medidas de ajuste macroeconômico em implementação no país.

(14)

Rio de Janeiro

A atividade econômica do Rio de Janeiro seguiu em retração no trimestre encerrado em agosto, em linha com a continuidade do processo de ajuste macroeconômico em curso no país e da interferência adversa de eventos não econômicos sobre as expectativas de empresários e consumidores. A atividade nos setores do comércio varejista, serviços e industrial recuaram no período, com desdobramentos sobre o mercado de trabalho. Nessa conjuntura, o IBCR-RJ contraiu 0,5% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando recuara 1,1%, de acordo com dados dessazonalizados. Considerados intervalos de doze meses, o índice registrou estabilidade em agosto, ante aumento de 0,4% em maio.

As vendas do comércio varejista ampliado diminuíram 1,0% no trimestre terminado em agosto, em relação ao encerrado em maio, quando contraíram 4,8%, na mesma base de comparação, segundo dados dessazonalizados da PMC, do IBGE. Houve redução em sete das dez atividades pesquisadas (móveis e eletrodomésticos, -8,4%; tecidos, vestuário e calçados, -4,0%). Excluídas as variações nas vendas de veículos (-0,2%) e de material de construção (-0,8%), o comércio varejista recuou 1,3% no período (-2,7% no trimestre finalizado em maio).

Considerados períodos de doze meses, o comércio ampliado contraiu 1,7% em agosto, ante 0,9% em maio (móveis e eletrodomésticos, -12,1%; veículos, motos, partes e peças, -6,0%). As vendas do comércio varejista registraram estabilidade e aumento de 1,7%, respectivamente, em iguais períodos.

Os emplacamentos de automóveis e comerciais leves realizados no Rio de Janeiro totalizaram 47,2 mil unidades no terceiro trimestre do ano, contraindo 8,4% em relação ao trimestre anterior, de acordo com dados dessazonalizados da Fenabrave. Considerados intervalos de doze meses, os emplacamentos decresceram 15,8% em setembro (-11,2% em junho).

O volume dos serviços não financeiros recuou 5,0% no estado no trimestre finalizado em agosto, em relação a igual período de 2014 (serviços de informação e comunicação, -4,2%; serviços profissionais, administrativos e complementares, -10,6%), de acordo com a PMS do IBGE. As atividades associadas ao turismo contraíram 3,3% em agosto (-2,6% em maio), na mesma referência.

125 130 135 140 145 150 Mai

2012Ago Nov Fev2013Mai Ago Nov Fev2014Mai Ago Nov Fev2015Mai Ago IBC-Br IBCR-RJ

Gráfico 4.12 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e Rio de Janeiro

Dados dessazonalizados

2002 = 100

Tabela 4.24 – Índice de vendas no varejo – Rio de Janeiro Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores 2014 2015

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses Comércio varejista 3,2 -2,7 -1,3 0,0 Combustíveis e lubrificantes 3,3 -2,1 -0,2 -1,6 Hiper e supermercados 3,5 -1,2 0,1 -1,1 Tecidos, vestuário e calçados -0,3 -3,9 -4,0 -4,7 Móveis e eletrodomésticos -3,8 -12,3 -8,4 -12,1 Comércio ampliado 1,7 -4,8 -1,0 -1,7 Veículos e motos, partes e peças -1,0 -11,2 -0,2 -6,0 Material de construção 0,7 -13,0 -0,8 -1,2

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

Tabela 4.25 – Índice de volume de serviços – Rio de Janeiro

Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educação

Var. %

Segmentos 2014 2015

Ano Mai1/ Ago1/12 meses

Total 2,3 -1,9 -5,0 -2,7

Serviços prestados às famílias -5,2 -12,4 -9,8 -10,1 Serviços de informação e comunicação 6,2 1,2 -4,2 -0,3 Serviços profissionais e administrativos -2,1 -8,1 -10,6 -7,7 Transportes e correio 3,0 2,3 -1,3 -0,2 Outros serviços -2,1 -9,7 -5,4 -6,1

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período do ano anterior.

(15)

Considerados intervalos de doze meses, o índice de serviços diminuiu 2,7% em agosto, ante -0,5% em maio (serviços profissionais, administrativos e complementares, -7,7%; serviços prestados às famílias, -10,1%). As atividades turísticas recuaram 4,1% em agosto (-3,7% em maio), na mesma base de comparação.

O estoque de operações de crédito superiores a R$1 mil realizadas no estado totalizou R$430,7 bilhões em agosto, aumentando 4,7% no trimestre e 19,3% em doze meses. As contratações com recursos direcionados somaram R$239,3 bilhões, com acréscimos respectivos de 6,4% e 30,0%, nas mesmas bases de comparação, e os empréstimos com recursos livres atingiram R$191,4 bilhões, elevando-se 2,6% no trimestre e 8,2% em doze meses.

A carteira de pessoas físicas somou R$118,6 bilhões, aumentando 0,8% no trimestre – com ênfase nas modalidades financiamento imobiliário, cartão de crédito à vista e crédito consignado – e 7,6% em doze meses. A carteira de pessoas jurídicas totalizou R$312,1 bilhões, elevando-se 6,2% no trimestre – com destaque para os empréstimos às indústrias de refino de petróleo, coque e álcool, ao comércio atacadista (com exceção de veículos e motocicletas) e à administração pública – e 24,5% em doze meses. Ressalte-se que essa evolução refletiu, em parte, os efeitos da depreciação cambial sobre o valor dos empréstimos atrelados a moeda estrangeira, que representaram cerca de 20% da carteira de pessoas jurídicas em agosto.

A inadimplência atingiu 2,47% em agosto, crescendo 0,02 p.p. no trimestre e 0,14 p.p. em doze meses. A variação trimestral repercutiu aumentos respectivos de 0,12 p.p. e 0,02 p.p. nos segmentos de pessoas físicas e de pessoas jurídicas, nos quais a inadimplência atingiu 4,78% e 1,59%, na ordem.

A economia do estado eliminou, de acordo com o Caged/MTE, 35,9 mil postos formais no trimestre encerrado em agosto (geração de 9,3 mil em igual período de 2014), dos quais 18,4 mil no setor de serviços e 9,4 mil na indústria de transformação. O nível de emprego formal decresceu 1,0% em relação ao trimestre finalizado em maio, quando havia recuado 0,8%, na mesma base de comparação, segundo dados dessazonalizados.

Nos últimos doze meses encerrados em agosto, houve redução de 101,6 mil empregos formais no estado (2,6% da população ocupada no setor privado), dos quais 33,9 mil no setor de serviços, 29,0 mil na indústria de transformação e 24,5 mil na construção civil (diminuições

0 10 20 30

Mai

2012Ago Nov Fev2013Mai Ago Nov Fev2014Mai Ago Nov Fev2015Mai Ago

PF PJ Total

Gráfico 4.13 – Evolução do saldo das operações de crédito – Rio de Janeiro1/

Variação em 12 meses (%)

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Tabela 4.26 – Evolução do emprego formal – Rio de Janeiro

Novos postos

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2014 2015

Ago Nov Fev Mai Ago Total 9,3 26,8 -72,9 -19,6 -35,9 Indústria de transformação -2,8 -0,8 -9,0 -9,8 -9,4 Comércio 4,3 21,2 -21,7 -2,2 -7,6 Serviços 9,5 12,2 -22,5 -5,2 -18,4 Construção civil -3,3 -3,7 -17,1 -1,7 -2,1 Agropecuária 1,5 -2,5 -0,7 -0,1 2,1 Serviços ind. utilidade pública 0,2 -0,1 -0,7 -0,2 -0,3 Outros2/ -0,1 0,4 -1,3 -0,4 -0,2

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado. 2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outros.

(16)

respectivas de 1,6%, 5,9% e 7,4% das ocupações formais nessas atividades).

A taxa média de desemprego da RMRJ atingiu 5,3% no trimestre encerrado em agosto, ante 3,3% em igual período de 2014, resultado de variações de -1,0% na população ocupada e 1,2% na PEA, de acordo com a PME, do IBGE. O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas e a massa de rendimentos recuaram 2,6% e 3,9%, respectivamente, no período. Considerados dados dessazonalizados, a taxa média de desemprego cresceu 0,5 p.p. no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio.

A taxa de desemprego no estado, consideradas estatísticas da PNADC, do IBGE, atingiu 7,2% no segundo trimestre do ano (6,4% no período equivalente de 2014). O rendimento médio real habitualmente recebido pelos ocupados e a massa salarial real cresceram, na ordem, 4,4% e 5,5%, no período.

Os governos do estado, da capital e dos principais municípios do Rio de Janeiro acumularam superavit primário de R$1,8 bilhão no primeiro semestre de 2015, ante R$2,7 bilhões em igual período de 2014. O recuo refletiu o impacto das reversões dos superavits dos governos da capital e dos demais municípios, mitigado parcialmente pelo aumento de R$1,5 bilhão no superavit do governo estadual.

Os juros nominais, apropriados por competência, totalizaram R$6,1 bilhões no semestre (aumento de 34,1% em relação ao primeiro semestre de 2014) e o deficit nominal somou R$4,3 bilhões (R$1,8 bilhão em igual período de 2014).

A dívida líquida dos entes governamentais considerados atingiu R$104,7 bilhões em junho, elevando-se 8,3% em relação a dezembro de 2014. As dívidas do governo estadual e da capital aumentaram 6,7% e 15,2%, respectivamente, em parte devido ao impacto da depreciação cambial sobre os financiamentos em moeda estrangeira.

A arrecadação de ICMS no estado somou R$21,6 bilhões nos oito primeiros meses de 2015, de acordo com a Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro (Sefaz-RJ), redução real de 2,5% relativamente a igual período de 2014 (deflacionado pelo IGP-DI). O declínio nos recursos da tributação sobre a maioria das atividades econômicas, em especial sobre petróleo e combustíveis, foi parcialmente compensado pela elevação na arrecadação

2 3 4 5 6

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2012 2013 2014 2015

Gráfico 4.14 – Taxa de desemprego aberto – Rio de Janeiro

%

Fonte: IBGE

Tabela 4.27 – Necessidades de financiamento – Rio de Janeiro1/

R$ milhões UF Resultado primário Juros nominais

2014 2015 2014 2015 Jan-jun Jan-jun Jan-jun Jan-jun Estado do Rio de Janeiro -2 721 -1 825 4 557 6 110 Governo estadual -1 342 -2 838 4 131 5 542

Capital -934 175 465 608

Demais municípios -445 838 -39 -40

1/ Inclui inform. do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

Tabela 4.28 – Dívida líquida e necessidades de financiamento – Rio de Janeiro1/

R$ milhões UF Dívida Fluxos acumulados no ano Dívida2/ 2014 Nominal Outros4/ 2015

Dez Primário Juros Total3/ Jun Estado do Rio de Janeiro 96 738 -1 825 6 110 4 286 3706 104 729 Governo estadual 89 785 -2 838 5 542 2 704 3308 95 796 Capital 8 739 175 608 783 546 10 068 Demais municípios -1 785 838 -40 799 -149 -1 135

1/ Inclui inform. do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares. 2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário. 4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

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sobre energia elétrica. As transferências da União (exceto Fundeb) somaram R$3,0 bilhões, com retração real de 4,9% no período, de acordo com a STN.

A safra de cana-de-açúcar, cultura relevante do estado, deverá recuar 16,0% em 2015, de acordo com o LSPA de setembro do IBGE, reflexo de reduções respectivas de 13,3% e 3,1% na área colhida e na produtividade. Dentre as demais culturas, estão projetados decréscimos para as produções de laranja (20,9%), mandioca (19,9%), abacaxi (15,1%) e tomate (9,1%), e aumentos para as de banana (11,0%) e café (6,3%). A redução anual de 55,9% na estimativa para a safra de grãos do estado repercute recuos de 51,0% na área colhida e de 10,0% na produtividade.

A produção industrial fluminense contraiu 0,9% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando recuara 1,0%, no mesmo tipo de comparação, segundo dados dessazonalizados da PIM-PF do IBGE. A atividade extrativa decresceu 0,7% e a indústria de transformação aumentou 0,8% (coque, derivados de petróleo e biocombustíveis, 8,4%; metalurgia, 2,5%; veículos automotores, -26,9%, destacando-se, nesse segmento, o impacto sobre a demanda decorrente da deterioração do mercado de trabalho e das condições mais desfavoráveis no mercado de crédito).

Considerados períodos de doze meses, a atividade industrial do estado recuou 4,7% em agosto (-3,3% em maio), resultado de variações respectivas de 6,2% e -8,8% nas indústrias extrativa e de transformação, que registrou retrações em doze dos treze segmentos pesquisados (veículos automotores, -28,0%; coque, derivados de petróleo e combustíveis, -7,3%; metalurgia, -7,1%).

O Icei, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), atingiu 35,9 pontos em julho (36,0 pontos em abril e 47,4 pontos em igual período de 2014), menor nível da série iniciada em abril de 2005. A trajetória trimestral derivou de estabilidade no componente que avalia as condições atuais e elevação de 0,4 ponto no que considera as expectativas.

Os desembolsos do BNDES para o estado totalizaram R$8,0 bilhões no primeiro semestre do ano (R$12,7 bilhões em período equivalente de 2014).

A balança comercial do Rio de Janeiro acumulou

deficit de US$22,5 milhões nos nove primeiros meses de

2015 (superavit de US$1,4 bilhão no mesmo período de Tabela 4.29 – Produção agrícola – Rio de Janeiro

Itens selecionados

Em mil toneladas Discriminação Pesos1/ Produção Variação %

2014 20152/ 2015/2014 Grãos Milho 0,6 11,1 4,6 -58,3 Feijão 0,5 2,5 1,6 -36,7 Outras lavouras Tomate 21,3 207,4 188,5 -9,1 Cana-de-açúcar 18,5 4 783,1 4 019,3 -16,0 Abacaxi (mil frutos) 14,5 109,8 93,2 -15,1 Mandioca 12,0 193,4 154,9 -19,9

Banana 8,8 131,7 146,2 11,0

Café 6,1 17,5 18,6 6,3

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2013.

2/ Estimativa segundo o LSPA de setembro de 2015.

Tabela 4.30 – Produção industrial – Rio de Janeiro Geral e setores selecionados

Variação % no período Setores Pesos1/2015

Mai2/ Ago2/ Ac. 12 meses Indústria geral 100,0 -1,0 -0,9 -4,7 Indústrias extrativas 28,1 1,1 -0,7 6,2 Indústrias de transformação 71,9 -3,9 0,8 -8,8 Deriv. petróleo e biocomb. 25,9 -3,0 8,4 -7,3 Metalurgia 10,4 -3,7 2,5 -7,1 Veículos, reb. e carrocerias 5,8 -9,0 -26,9 -28,0

Bebidas 3,9 -4,6 3,6 -7,1

,

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

85 90 95 100 105 110 Mai

2012Ago Nov Fev2013Mai Ago Nov Fev2014Mai Ago Nov Fev2015Mai Ago Indústria geral Indústria extrativa Indústria de transformação

Gráfico 4.15 – Produção industrial – Rio de Janeiro Dados dessazonalizados – Média móvel trimestral 2012 = 100

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2014), de acordo com o MDIC. As exportações recuaram 28,5% e as importações, 22,4%, totalizando, ambas, US$12,7 bilhões. As vendas e as compras externas de óleos brutos de petróleo, que representaram 55,9% e 8,1% do total exportado e importado pelo estado no período, decresceram 27,9% e 63,0%, na ordem.

A evolução das exportações repercutiu redução de 40,5% nos preços, em parte devido ao declínio das cotações internacionais do petróleo, e acréscimo de 20,1% no quantum. Houve recuos nos embarques em todas as categorias de fator agregado: produtos básicos, 28,4% (óleos brutos de petróleo, -27,9%), semimanufaturados, 34,9% (semimanufaturados de ferro ou aço, -35,9%) e manufaturados, 26,9%, influenciado por menor volume de operações de sale and lease back de plataformas. As vendas externas direcionadas à China, EUA e Holanda representaram, em conjunto, 51,4% das exportações do estado nos nove primeiros meses do ano.

A diminuição das importações repercutiu reduções de 10,1% nos preços e de 13,6% no quantum. Houve recuos das aquisições em todas as categorias de uso, excetuado o aumento de 12,5% nas de bens de capital, impulsionado pelas compras de plataformas da China. Destacou-se a contração de 55,8% nas importações de combustíveis e lubrificantes, reflexo de recuos de 63,0% nas de óleos brutos de petróleo (principalmente da Arábia Saudita e Iraque) e de 64,1% nas de gás natural liquefeito, consequência do desligamento de parte das usinas termelétricas brasileiras. As importações provenientes dos EUA, China, Arábia Saudita e Alemanha representaram, em conjunto, 47,9% das compras do estado no período.

O IPCA-RMRJ variou 0,93% no terceiro trimestre de 2015 (1,82% no segundo), de acordo com o IBGE. Ocorreram desacelerações dos preços livres, de 1,54% para 0,69%, e dos monitorados, de 2,55% para 1,55% (plano de saúde, 3,80%; gás de botijão, 8,55%; taxa de água e esgoto, 9,98%; gás veicular, 11,24%). A trajetória dos preços livres repercutiu reduções nas variações dos preços dos itens comercializáveis, de 1,88% para 1,13% (carnes, 4,54%; brinquedo, 7,77%), e dos não comercializáveis, de 1,33% para 0,42% (alimentação fora do domicílio, 2,49%; empregado doméstico, 2,90%). Ressaltem-se, no trimestre, os aumentos de preços nos grupos saúde e cuidados pessoais, 2,43%, e habitação, 1,20%. O índice de difusão médio atingiu 53,8% no terceiro trimestre (57,4% no segundo e 53,0% em igual período de 2014). 25 30 35 40 45 50 55 60 65 Abr

2012 Jul Out Jan2013 Abr Jul Out Jan2014 Abr Jul Out Jan2015 Abr Jul Geral Expectativas Condições atuais Fonte: Firjan

Gráfico 4.16 – Índice de Confiança do Empresário Industrial – Rio de Janeiro

Pontos

Tabela 4.31 – Exportação por fator agregado – FOB Janeiro-setembro

US$ milhões Discriminação Rio de Janeiro Brasil

2014 2015 Var. % Var. % Total 17 730 12 681 -28,5 -16,8 Básicos 9 963 7 132 -28,4 -22,3 Industrializados 7 767 5 549 -28,6 -11,2 Semimanufaturados 1 605 1 045 -34,9 -8,4 Manufaturados1/ 6 162 4 504 -26,9 -12,2 Fonte: MDIC/Secex 1/ Inclui operações especiais.

Tabela 4.32 – Importação por categoria de uso – FOB Janeiro-setembro

US$ milhões Discriminação Rio de Janeiro Brasil

2014 2015 Var. % Var. % Total 16 374 12 704 -22,4 -23,0 Bens de capital 2 970 3 342 12,5 -17,5 Matérias-primas 5 708 5 134 -10,1 -19,1 Bens de consumo 2 232 1 814 -18,7 -16,0 Duráveis 1 151 827 -28,1 -21,6 Não duráveis 1 081 987 -8,7 -9,7 Combustíveis e lubrificantes 5 463 2 413 -55,8 -46,2 Fonte: MDIC/Secex

(19)

A inflação na RMRJ atingiu 9,83% no intervalo de doze meses encerrado em setembro (9,58% em junho). Os preços monitorados aumentaram 15,97% e os livres, 7,59% (comercializáveis, 6,13%; não comercializáveis, 8,51%). Destacaram-se, no período, as elevações de preços nos grupos habitação, 19,26% (energia elétrica, 55,60%) e alimentação e bebidas, 9,94%.

A evolução dos principais indicadores econômicos do estado evidencia a continuidade da contração da atividade, em ambiente de persistência de níveis de confiança em patamar reduzido, distensão no mercado de trabalho e condições de crédito mais restritivas. Esse cenário deve permanecer nos próximos trimestres, até que os efeitos da consolidação dos ajustes macroeconômicos em curso conduzam à redução significativa dos desequilíbrios e à formação de ambiente mais propício para a retomada gradual do nível de atividade.

Tabela 4.33 – IPCA – Rio de Janeiro

Variação % trimestral Discriminação Pesos1/ 2014 2015

IV Tri I Tri II Tri III Tri

IPCA 100,0 2,46 4,31 1,82 0,93 Livres 71,7 2,41 2,76 1,54 0,69 Comercializáveis 27,4 1,67 1,31 1,88 1,13 Não comercializáveis 44,3 2,87 3,66 1,33 0,42 Monitorados 28,3 2,60 8,54 2,55 1,55 Principais itens Alimentação 23,9 2,85 3,57 2,40 0,79 Habitação 17,8 4,40 9,44 3,14 1,20 Artigos de residência 3,6 0,27 0,44 0,51 0,28 Vestuário 4,7 2,47 -0,69 1,70 -0,08 Transportes 17,3 2,61 5,10 0,93 -0,03 Saúde 11,9 1,29 2,22 2,81 2,43 Despesas pessoais 11,3 2,48 4,08 0,62 1,78 Educação 5,0 0,40 7,53 0,43 0,77 Comunicação 4,6 0,13 -1,68 0,43 0,09 Fonte: IBGE 1/ Referente a setembro de 2015.

(20)

São Paulo

O PIB de São Paulo recuou 2,6% no segundo trimestre de 2015, em relação ao primeiro, quando havia declinado 1,3%, no mesmo tipo de análise, considerada a série dessazonalizada da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). O agregado retraiu 4,0% no primeiro semestre de 2015, em relação a igual período do ano anterior. A análise de estatísticas mais recentes indica persistência na trajetória de retração da economia do estado, em ambiente de recuo acentuado da atividade industrial, menor dinamismo do mercado de crédito e deterioração das expectativas de empresários e consumidores. Nesse contexto, o IBCR-SP retraiu 0,8% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao encerrado em maio, quando declinara 1,3%, na mesma base de comparação, dados dessazonalizados. Considerados períodos de doze meses, o indicador recuou 2,5% em agosto (-2,8% em maio).

As vendas do comércio ampliado decresceram 1,3% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando haviam contraído 3,3%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da PMC, do IBGE (equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, -9,7%; outros artigos de uso pessoal e doméstico, -6,7%; livros, jornais, revistas e papelaria, -6,5%; móveis e eletrodomésticos, -5,9%). As vendas do comércio restrito, excluídas as variações nas de veículos, motos, partes e peças (2,8%) e de material de construção (-1,8%), diminuíram 3,2% no período (recuo de 2,3% no trimestre encerrado em maio).

Considerados períodos de doze meses, o comércio ampliado retraiu 7,0% em agosto, ante 8,7% em maio (veículos, motos, partes e peças, -19,1%; móveis e eletrodomésticos, -10,5%; material de construção, -6,7%). O comércio varejista decresceu 2,1% no período (-1,4% em maio).

Os emplacamentos de automóveis e comerciais leves no estado diminuíram 6,3% no trimestre encerrado em setembro, em relação ao finalizado em junho, quando contraíram 7,5%, segundo dados dessazonalizados da Fenabrave. Os emplacamentos acumulados em doze meses reduziram 18,1% em setembro (-16,9% em junho).

O índice de volumes do setor de serviços de São Paulo diminuiu 2,5% no trimestre finalizado em agosto, em relação a igual período de 2014, de acordo com a PMS do IBGE (outros serviços, -10,7%; transportes, serviços

135 140 145 150 155 Ago

2012 Nov Fev2013 Mai Ago Nov Fev2014 Mai Ago Nov Fev2015 Mai Ago IBC-Br IBCR-SP

Gráfico 4.17 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e São Paulo

Dados dessazonalizados

2002 = 100

Fonte: IBGE

Tabela 4.34 – Comércio varejista – São Paulo Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores 2014 2015

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses Comércio varejista 1,2 -2,3 -3,2 -2,1 Combustíveis e lubrificantes -2,3 -1,4 -2,5 -5,2 Hiper e supermercados 1,4 -1,2 -2,1 -2,0 Tecidos, vestuário e calçados -5,3 -6,8 -4,5 -6,2 Móveis e eletrodomésticos -2,6 -9,1 -5,9 -10,5 Comércio ampliado -6,2 -3,3 -1,3 -7,0 Automóveis e motocicletas -22,4 -3,5 2,8 -19,1 Material de construção -3,7 -6,1 -1,8 -6,7

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

90 95 100 105 110 115 120 Ago

2012 Nov Fev2013Mai Ago Nov Fev2014 Mai Ago Nov Fev2015 Mai Ago Fonte: IBGE

Comérico varejista Comércio ampliado Gráfico 4.18 – Comércio varejista – São Paulo Dados dessazonalizados

2011 = 100

Tabela 4.35 – Volume de serviços – São Paulo

Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educação

Variação % no período

Segmentos 2014 2015

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses

Total 2,7 0,9 -2,5 0,0

Serviços prestados às famílias -1,9 -4,2 -1,8 -2,6 Serv. de informação e comunicação 5,1 4,9 0,7 3,2 Serv. profissionais e administrativos 1,9 4,7 2,4 2,9 Transportes e correio 2,6 -3,8 -8,1 -3,8 Outros serviços -4,1 -7,2 -10,7 -6,9

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período do ano anterior.

(21)

auxiliares aos transportes e correios, -8,1%). Considerados períodos de doze meses, o volume de serviços apresentou estabilidade em agosto, ante crescimento de 1,2% em maio (serviços de informação e comunicação, 3,2%; outros serviços, -6,9%; transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios, -3,8%).

O saldo das operações de crédito superiores a R$1 mil contratadas em São Paulo atingiu R$925,5 bilhões em agosto, com expansão de 1,3% no trimestre e de 7,6% em doze meses. As contratações com recursos direcionados totalizaram R$408 bilhões, aumentos respectivos de 1,3% e 13,1%, e as realizadas com recursos livres, R$517,5 bilhões, elevando-se 1,3% no trimestre e 3,7% em doze meses.

A carteira de pessoas físicas, impulsionada pela modalidade financiamento imobiliário, somou R$393,5 bilhões, com aumento de 1,5% no trimestre e de 8,4% em doze meses; e a de pessoas jurídicas totalizou R$532,1 bilhões, com crescimentos de 1,1% no trimestre, enfatizando-se os financiamentos a exportações, e de 7,1% em doze meses.

A inadimplência dessas operações de crédito atingiu 2,8% em agosto, mesmo patamar registrado em maio e em igual período de 2014. A evolução trimestral repercutiu estabilidade na taxa do segmento de pessoas físicas (3,7%) e o aumento de 0,1 p.p. na do segmento de pessoas jurídicas (2,1%).

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), divulgado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio SP), atingiu 86,6 pontos em agosto (100,1 pontos em maio e 109,2 pontos em agosto de 2014). A evolução trimestral refletiu reduções de 28,3 pontos no componente que avalia as condições econômicas atuais e de 3,6 pontos no relativo às expectativas.

O arrefecimento na atividade econômica do estado foi evidenciado na eliminação de 107,4 mil postos de trabalho formais no trimestre encerrado em agosto (criação de 40,8 mil em igual período de 2014), de acordo com o Caged/MTE. Destacaram-se os cortes na indústria de transformação (73,7 mil) e no setor de serviços (29,6 mil), e a geração de 24,7 mil postos na agropecuária. Considerados dados dessazonalizados, o nível de emprego formal recuou 1,1% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao encerrado em maio, quando havia declinado 0,8%, no mesmo tipo de comparação. 0 5 10 15 20 25 Ago

2012 Nov Fev2013 Mai Ago Nov Fev2014 Mai Ago Nov Fev2015 Mai Ago

PF PJ Total

Gráfico 4.19 – Evolução do saldo das operações de crédito – São Paulo1/

Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Tabela 4.36 – Evolução do emprego formal – São Paulo Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2014 2015

Ago Nov Fev Mai Ago Total 40,8 -28,9 -192,9 -21,2 -107,4 Indústria de transformação -36,7 -41,2 -46,7 -33,6 -73,7 Comércio 20,6 35,7 -44,8 -15,5 -11,1 Serviços 38,9 20,4 -30,2 13,4 -29,6 Construção civil -8,4 -14,5 -23,6 -10,5 -14,7 Agropecuária 24,4 -28,9 -39,0 25,6 24,7 Serv. industr. de utilidade pública -0,3 -0,2 -0,8 -0,5 -1,9 Outros2/ 2,3 -0,1 -7,8 -0,0 -1,2

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado. 2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outros.

Referências

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