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DIREITO FISCAL PROGRAMA 2015/2016 INFORMAÇÕES GERAIS CONTEXTUALIZAÇÃO NA FORMAÇÃO JURÍDICA

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DIREITO FISCAL

PROGRAMA 2015/2016

INFORMAÇÕES

GERAIS

Coordenador: JORGE BACELAR GOUVEIA

Regente: RITA CALÇADA PIRES

Ano letivo: 2015/2016

Curso : 1º CICLO

Semestre: 2º SEMESTRE

ECTS: 6

Contacto do docente: rita.pires@fd.unl.pt

Horário:

Horário

Dia

Sala

10h30 – 11h45

4ª feira

3

12h – 13h15

3ª feira e 4ª feira

3

CONTEXTUALIZAÇÃO NA FORMAÇÃO JURÍDICA

A unidade curricular auxilia @ alun@ a construir uma formação especializada na área jurídico-económica. O estudo do Direito Fiscal surge como Unidade Curricular opcional, disponível aos alunos de 3º e 4º anos, sempre após o estudo da unidade curricular prévia do Direito Financeiro Público. Após a análise do funcionamento geral e das regras do sistema financeiro público, depara-se o aluno com a oportunidade de estudar aprofundadamente um dos tipos de receita pública mais significativo, quer quantitativamente quer qualitativamente: o imposto.

O estudo do Direito Fiscal está orientado para a formação de um jurista completo que pretenda saber como o Direito Público trabalha a imposição tributária, como o cidadão se relaciona com o imposto e quais os efeitos económicos desta figura, para lá dos seus efeitos sociais.

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Unidades curriculares que auxiliam o aluno na compreensão da matéria: Direito

Financeiro Público (Direito Financeiro e Fiscal; Finanças Públicas); Macroeconomia; Economia Pública; Direito das Obrigações; Direito da União Europeia; Direito da Economia; Análise Económica do Direito; Teoria da Norma

CONTEXTUALIZAÇÃO DAS MATÉRIAS A ESTUDAR

Numa sociedade contemporânea onde a intervenção pública persiste como importante e onde existe uma forte dependência do imposto como via para arrecadar a receita pública necessária à citada intervenção do Estado, pretende-se que @ alun@ conheça e apreenda o fenómeno impositivo no quadro da actividade financeira pública, identificando os seus princípios, as suas regras e as suas características fundamentais.

Contudo, o olhar sobre o imposto não é feito descontextualizado da relação intrínseca entre os níveis de despesa pública, de défice público e de dívida pública com o nível de fiscalidade e de esforço fiscal. Tal é fundamental para compreender a configuração legal assumida contemporâneamente pelo imposto.

OBJETIVOS E COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR

OBJECTIVO GERAL Em termos de conteúdos fiscais:

Promove-se, num primeiro momento, uma abordagem conceptual centrada no imposto enquanto instrumento financeiro e enquanto instrumento de intervenção económica e social, almejando a apreensão do imposto na sua configuração global e em interacção com as várias áreas de intervenção pública.

Tal percurso é efectuado, em primeira linha, com o olhar dirigido à conceptualização do tributo fiscal em termos gerais, tendo por base a construção constitucional e a construção presente na Lei Geral Tributária.

Num segundo momento dirige-se o olhar para uma concretização

específica, analisando os impostos que mais receita oferecem ao Estado: os

impostos sobre o rendimento e o imposto sobre o valor acrescentado, procurando traçar o seu funcionamento interno e modelo de cálculo, decorrente das opções legais estabelecidas.

(3)

Em termos de aprendizagem geral:

Pretende-se fomentar o desenvolvimento dos quadros mentais d@ alun@ na sua capacidade para compreender e avaliar criticamente o fenómeno impositivo. OBJECTIVOS ESPECIFICOS 1. Reconhecer os conceitos fundamentais sob os quais se fundamenta o Direito Fiscal e o Imposto: • Distinguir os diferentes tipo de tributos entre si, priorizando a análise sobre o regime jurídico do imposto;

• Identificar os elementos objectivo, subjectivo e finalístico do imposto;

• Identificar o quadro constitucional do imposto em que a ciência jurídica que os estuda se concentra; • Reconhecer qual a relação entre o regime legal dos impostos e os elementos económicos e financeiros; • Descrever o impacto económico do imposto; • Explicar as várias etapas do imposto.

2. Determinar as características, as tipologias e as organizações fundamentais do imposto em Portugal: • Identificar a existência de um sistema fiscal; • Caracterizar o sistema fiscal português e identificar os tipos de impostos que o compõe; • Reconhecer e explicar qual o peso dos principais impostos no quadro das receitas públicas portuguesas;

• Descobrir e evidenciar as consequências para a política fiscal do diferente peso dos impostos;

• Identificar e analisar a influência que a União Europeia e o Direito Internacional Fiscal têm no regime legal do imposto.

3. Tendo em consideração o regime legal do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) e do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC): • Identificar e analisar as principais fases do imposto, conduzindo ao apuramento, em concreto, do imposto final a pagar; • Identificar e analisar criticamente os problemas decorrentes da aplicação do quadro jurídico do IRS e do IRC.

(4)

PROGRAMA

I. PARTE GERAL: DO IMPOSTO MÓDULO 1 – NOÇÕES INICIAIS 1. O papel dos tributos na sociedade e na actividade pública

2. Direito Tributário vs Direito Fiscal vs Fiscalidade: conceitos prévios e distinções fundamentais

3. Direito Fiscal

3.1. Natureza e características do Direito Fiscal

3.2. Fontes: o plano nacional, o plano internacional e o plano da União Europeia. Identificação e o seu relacionamento

3.3. Interpretação, integração e aplicação da lei fiscal: aspectos fundamentais MÓDULO 2 – TEORIA GERAL DO IMPOSTO 1. O Imposto

1.1. O imposto como um tipo de tributo: conceito e diferenciação dos outros tributos - Imposto vs Taxa vs Contribuição Financeira. Ainda a figura da Contribuição Especial 1.2. Principais classificações de impostos: diferentes objectos e diferentes funções 1.3. Os momentos do imposto: dos pressupostos objectivos e subjectivos à determinação do quantum e ao devido cumprimento

1.4. Importância do imposto no quadro das receitas públicas e as questões da pressão fiscal e do esforço fiscal

1.5. O lado negro da fiscalidade: o planeamento fiscal, a evasão fiscal, a fraude fiscal e a difícil categoria do planeamento fiscal agressivo 2. Princípios fundamentais orientadores do imposto 2.1 Princípio do Estado Social de Direito e os seus subprincípios 2.1.1. Subprincípio da legalidade fiscal 2.1.2. Subprincípio da segurança jurídica dos contribuintes 2.1.3. Subprincípio da proporcionalidade ou da proibição do excesso no imposto 2.2. Princípio da igualdade na sua vertente da capacidade contributiva

(5)

3. A relação jurídica fiscal: aspectos mais relevantes 3.1. Obrigação fiscal. Obrigações acessórias 3.2. Sujeitos da obrigação fiscal 3.3. Constituição da obrigação fiscal 3.4. Modificação da obrigação fiscal 3.5. Extinção da obrigação fiscal 3.6. Incumprimento fiscal 3.7. Garantias da obrigação fiscal 3.8. Garantias dos contribuintes II. PARTE ESPECIAL: DOS IMPOSTOS MÓDULO 3 – SISTEMA FISCAL: A ORGANIZAÇÃO DOS IMPOSTOS 1. Noção de sistema fiscal e seus principais problemas 1.1. Princípios orientadores 1.2. Caracterização 2. Sistema Fiscal Português: composição e estrutura 2.1. Composição (tipologia de impostos) 2.2. Estrutura (análise estatística) 3. As pressões externas ao sistema fiscal português

3.1. Princípios fundamentais do Direito Fiscal da União Europeia: harmonização positiva vs harmonização negativa

3.2. Princípios fundamentais do Direito Internacional Fiscal: Neutralidade vs Equidade MÓDULO 4 – IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES (IRS) • Da Incidência real e pessoal; • Do apuramento da Matéria Colectável; • Da determinação da Colecta; • Das Deduções à Colecta; • Do Imposto final apurado. OBS: Imposto-exemplo para aprender a determinar em caso concreto o imposto devido MÓDULO 5 – IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS COLECTIVAS (IRC) • Da Incidência real e pessoal; • Do apuramento da Matéria Colectável; • Da determinação da Colecta; • Das Deduções à Colecta; • Do Imposto final apurado.

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ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS A UTILIZAR

Identificação de estratégias especificas para cada um dos objectivos que mereçam abordagens diferenciadas às aulas dialogadas:

1. Para a compreensão da complexidade da distinção entre imposto, taxa e contribuição financeira, estudo conjunto de um CASE STUDY sobre o caso da contribuição para o audiovisual e da antiga taxa de radiodifusão. Análise normativa e jurisprudencial: • Diploma legal que cria a contribuição para o audiovisual: Lei n.º 30/2003, de 22 de Agosto • Diplomas legais que alteram a Lei que cria a contribuição para o audiovisual, com relevância para a análise: Decreto-Lei n.º 169-A/2005, de 3 de Outubro, e Decreto-Lei n.º 107/2010, de 13 de Outubro

• Acórdãos do Tribunal Constitucional (TC) sobre a taxa de radiodifusão: Acórdão n.º 354/98 (Processo n.º 32/97) & Acórdão n.º 307/99 (Processo n.º 1018/98);

2. Para compreensão da estranha doutrina da retrospectividade e sua diferenciação do

princípio da não retroactividade fiscal, análise detalhada e crítica de Acórdãos do Tribunal Constitucional (BRAINSTORMING): Acórdão TC n.º 287/90 (Processo n.º ); Acórdão TC n.º 128/2009 (Processo n.º 772/2008); Acórdão n.º 85/2010 (Processo n.º 653/09); Acórdão TC n.º 399/10 (Processo n.ºs 523/10 e 524/10); 3. Para a identificação do peso dos impostos na sociedade portuguesa e quais os impostos mais relevantes do ponto de vista quantitativo, far-se-à ANÁLISE ESTATÍSTICA; 4. Para a descrever as várias etapas do imposto, construção de um MAPA CONCEPTUAL e de etapas, esquematizando, de forma simples e de percepção imediata, as várias fases pela qual a criação e o apuramento do imposto passam

5. Para demonstrar a complexidade da diferenciação entre evasão e planeamento fiscal agressivo, ANÁLISE DE FICHA DE PLANEAMENTO FISCAL AGRESSIVO desenvolvida pela Autoridade Tributária e Aduaneira;

6. Para testar a compreensão das normas jurídicas fiscais e consequência da sua interpretação e aplicação, resolução de CASO PRÁTICO longo e detalhado em sede de IRS. No âmbito do IRC análise do modelo 22.

O processo de aprendizagem apresenta ainda duas ferramentas suplementares:

a) Em todo o processo de aprendizagem recomenda-se a consulta dos materiais disponíveis no TWITTER, em @RitaPirestweet. Através dessa consulta @ alun@ poderá identificar e sistematizar a ligação entre a matéria cientificamente estudada com a realidade, pois oferecem-se conteúdos reveladores das discussões existentes nessa plataforma digital sobre temas tratados na unidade curricular. Notar que o objectivo é @ alun@ identificar tópicos fiscais nas discussões e

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Fiscal, designadamente, Direito Financeiro Público, Segurança Social e Economia Social. A utilização da plataforma e seus conteúdos pretendem auxiliar a completar a visão global que @ alun@ deve adquirir com a aprendizagem do Direito Fiscal;

b) Por forma estimular a ligação do ensino à investigação, dando a conhecer os potenciais novos caminhos de interacção entre as temáticas fiscais e as financeiras públicas, as da segurança social e as das políticas públicas sociais, recomenda-se igualmente a exploração da PLATAFORMA DIGITAL DE INVESTIGAÇÃO ILAB –

LABORATÓRIO DE IDEIAS SOBRE A INOVAÇÃO SOCIAL NOS DOMÍNIOS FINANCEIRO, FISCAL, DA SEGURANÇA SOCIAL E DA ECONOMIA SOCIAL

(http://ilab.cedis.fd.unl.pt), cuja coordenação é responsabilidade da regente da unidade curricular. Enfatizando a necessidade de @ alun@ compreender a complexidade e a interdisciplinariedade do Direito Fiscal, o objectivo assenta no estímulo de leituras dos artigos e demais trabalhos apresentados na plataforma de investigação da NOVA Direito

MÉTODO

DE AVALIAÇÃO

Exame escrito

BIBLIOGRAFIA

B

IBLIOGRAFIA

P

RINCIPAL

A perspectiva jurídica

1. Direito Fiscal. Manuel Pires e Rita Calçada Pires. Coimbra: Almedina,

2012, 5ª ed.

2. Direito Fiscal. José Casalta Nabais. Coimbra: Almedina, 2015, 8ª ed.

3. Manual de Direito Fiscal. Sérgio Vasques. Coimbra: Almedina, 2014,

Reimpressão

4. A pedra filosofal fiscal. Da metodologia e do método no Direito Fiscal. Rita

Calçada Pires, Fisco, n.º 117/118, Dezembro de 2004, ano XV, pág. 71 e

ss (disponível no RUN)

A perspectiva económica

1. Teoria fiscal. J. Albano Santos. Lisboa: Instituto Superior de Ciências Sociais

e Políticas, 2013

2. Fiscalidade. Manuel Henrique de Freitas Pereira. Coimbra: Almedina, 2014,

5ª ed.

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A

LGUMA

B

IBLIOGRAFIA

C

OMPLEMENTAR ESTRANGEIRA

1.

Curso de Derecho financiero y tributário. Juan Martin Serrano Queralt;

Carmelo Lozano; Gabriel Casado Ollero e José M. Tejerizo Lopez. Madrid:

Tecnos, 2014, 25ª ed.

2.

Corso di diritto tributario. Augusto Fantozzi. Torino: UTET, 2012,

Edizione IV

3.

Droit fiscal général. Jacques Grosclaude e Philippe Marchessou. Paris:

Dalloz, 2015, 8ª ed.

4.

Revenue law. John Tiley. Oxford: Hart Publishing, 2012, 7th ed.

LEGISLAÇÃO

• Colectânea de legislação recomendada: Fiscal 2015, coordenação Isabel

Rocha e Joaquim Freitas Rocha, Porto Editora, 35ª edição (na altura da UC,

haverá outra edição mais recente, fruto das alterações legislativas

entretanto ocorridas, designadamente no momento da aprovação do

Orçamento do Estado para 2016)

http://info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/informacao_fiscal/

JURISPRUDÊNCIA

Jurisprudência do Tribunal Constitucional, designadamente:

Acórdão n. 128/2009, Processo n.º 772/07, de 12 de Março

Acórdão n.º 85/2010, Processo n.º 653/09, de 3 de Março

Acórdão n.º 399/2010, Processo n.º 523/10, de 27 de Outubro

Acórdão n.º 310/2012, Processo n.º 150/12, de 20 de Junho

Rita Calçada Pires

Lisboa, 12 de Fevereiro de 2016

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