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Bruxelas, 6 de Setembro de 2002

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Anna Diamantopoulou, Comissária para o Emprego e os Assuntos Sociais, afirmou: "A nova Europa alargada - forte em emprego e forte em crescimento - é uma meta realista e concretizável. Mas não podemos descansar. Se não eliminarmos as disparidades entre os géneros e constituirmos capital humano em regiões problemáticas e entre a mão-de-obra menos qualificada, mulheres e trabalhadores mais velhos, arriscamo-nos a passar ao lado das metas de Lisboa".

Entre as principais mensagens do relatório contam-se:

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- Após um recorde de emprego desde meados da década de 90, as perspectivas actuais da UE em termos económicos e laborais continuam incertas. O crescimento do emprego não conheceu ainda a retoma que se esperava e as taxas de desemprego crescem ainda marginalmente, ascendendo a 7,7% em Junho de 2002. Acresce que os anúncios de despedimentos se sucedem e a confiança dos consumidores permanece em níveis baixos.

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- Comparativamente a períodos anteriores de abrandamento económico, porém, a UE está hoje mais bem preparada para enfrentar a situação. Em 2001, quando o crescimento económico diminuiu para 1,6% do PIB em média (dos 3,4% em 2000) e foi mesmo negativo no quarto trimestre, o emprego na UE aumentou ainda 1,2% - o equivalente a mais de 2 milhões de postos de trabalho - comparativamente a 1,8% em 2000. Esta situação contrastava com a dos EUA e do Japão onde o abrandamento económico em 2001 causou um perda líquida de postos de trabalho, ainda que as respectivas taxas globais de emprego ultrapassassem as da UE.

- A retracção afectou principalmente o sector industrial, com o crescimento do emprego a registar valores negativos na segunda metade de 2001, enquanto que os serviços continuavam a criar postos de trabalho a um ritmo inferior. A taxa de emprego na UE chegou aos 63,9% em 2001, dos 63,2% registados em 2000, contra uma meta intermédia de 67% para 2005 e uma meta de 70% para 2010.

- Tal como nos anos anteriores, o crescimento do emprego foi mais acentuado no caso das mulheres. Mais de 60% dos postos de trabalho criados na União Europeia - equivalente a 1,3 milhões - foram ocupados por mulheres, elevando a taxa de emprego feminina dos 54% em 2000 para 54,9% em 2001, contra uma média intermédia de 57% para 2005 e uma meta de mais de 60% para 2010. As disparidades entre os géneros nas taxas de emprego diminuíram ligeiramente, mas ainda representavam 18% em 2001.

- O crescimento foi também mais acentuado no caso de empregos a tempo inteiro do que a tempo parcial. Os empregos a tempo inteiro correspondiam a quase 75% da criação líquida de postos de trabalho (70% em 2000). A flexibilização das formas de trabalho contribuiu igualmente para a criação de emprego, com 17,9% dos europeus a exercerem uma actividade a tempo parcial - 6,2% de homens e 33,4% de mulheres - e 13,4% com vínculos contratuais a prazo - 12,4% de homens e 14,6% de mulheres.

- A criação de empregos para a faixa etária mais elevada, pelo contrário, foi menos favorável na maioria dos Estados-Membros. A grande excepção é a Finlândia onde a taxa de emprego das pessoas mais velhas continuou a aumentar fortemente, alcançando 45,7% em 2001 contra os 42% em 2000 e 39% em 1999. A nível da UE, a taxa de emprego das pessoas na faixa etária dos 55-64 anos permaneceu nos 38,5% em 2001 (37,8% em 2000), contra uma meta de 50% para 2010. Para que esta meta seja alcançada, serão necessárias reformas substanciais dos regimes fiscais e de prestações, melhorias no acesso a oportunidades de aprendizagem ao longo da vida e mudanças na mentalidade de empregadores e trabalhadores.

- O actual abrandamento económico segue-se a um período de emprego forte desde 1995, no qual os países da União Europeia conseguiram uma criação considerável de postos de trabalho, aumentos sustentados da participação da mão-de-obra e significativas diminuições dos níveis de desemprego. Entre 1995 e 2001, foram criados mais de 12 milhões de novos postos de trabalho a uma taxa de crescimento anual de 2,1%, a que corresponde um declínio do desemprego de 10,2% em 1995 para 7,4% em 2001 - 6,4% para os homens e 8,7% para as mulheres. Só entre 2000 e 2001, registaram-se menos 700 000 desempregados e a taxa de desemprego juvenil continuou a decair, alcançando

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- Em consequência do abrandamento económico, porém, o desenvolvimento positivo da taxa de desemprego estagnou na primeira metade de 2002. Não obstante esta evolução adversa, é importante distinguir as actuais incertezas das perspectivas económicas - que influenciam o comportamento cíclico do emprego - das melhorias estruturais de longo prazo nos mercados laborais europeus. De facto, o recente crescimento forte do emprego sem pressões inflacionistas sugere que os ganhos em termos de postos de trabalho e as reduções da taxa de desemprego revestem uma natureza estrutural. Tanto a moeda única como a Estratégia Europeia de Emprego contribuem para a criação das condições propícias à sustentabilidade dessas melhorias, mantendo assim as condições para baixas taxas de juro durante o período de retracção e em apoio da próxima retoma.

- As consequências de médio a longo prazo do abrandamento económico são incertas e dependem das perspectivas de uma rápida retoma, bem como da capacidade de restaurar a confiança dos consumidores e dos produtores. As incertezas dizem respeito, nomeadamente, à extensão e duração deste período de retracção. Um abrandamento económico prolongado, combinado com reduzidos níveis de confiança, produziria um sério impacto nos resultados do emprego na Europa e atrasaria o regresso a tendências positivas neste domínio. Muito especialmente, as metas de Lisboa não serão concretizáveis se os abrandamentos económicos - que são eventos normais na evolução do ciclo empresarial - tiverem um impacto de longo prazo adverso no potencial de crescimento, através de uma depreciação do capital humano ou de uma deterioração da qualidade no trabalho.

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- Uma das principais ilações a retirar do relatório é que a qualidade no trabalho anda a par da produtividade e dos desempenhos globais do emprego e que as políticas para melhorar essa qualidade podem contribuir também para aumentar o número de postos de trabalho. Actualmente, porém, cerca de um quarto de todos os trabalhadores a tempo inteiro e mais de dois terços dos que exercem, involuntariamente, actividades a tempo parcial ocupam postos de trabalho de baixa qualidade - i.e. com remunerações reduzidas e de baixa produtividade que não proporcionam segurança no emprego, acesso a formação e oportunidades de desenvolvimento de carreira.

- Ainda que, em muitos casos, esses empregos de baixa qualidade facilitem o acesso dos desempregados ao mercado de trabalho, os trabalhadores em postos de trabalho de qualidade relativamente baixa enfrentam um risco muito mais elevado de desemprego e de inactividade do que os seus homólogos com ocupações de qualidade superior. Na verdade, mais de metade dos trabalhadores permanecem em empregos de baixa qualidade mais de dois anos e até 25% acabam por ficar desempregados ou inactivos, percentagem cinco vezes superior à registada nos empregos de elevada qualidade. Uma vez em situação de desemprego, as probabilidades de esses indivíduos regressarem ao mundo do trabalho são muito inferiores, especialmente a empregos de qualidade superior, o que implica o risco de "ciclos viciosos" de alternância entre trabalhos de baixa qualidade e desemprego.

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- O acesso à formação e um equilíbrio adequado entre flexibilidade e segurança são elementos fundamentais para apoiar os trabalhadores em empregos de baixa qualidade e promover a sua transição para outros mais estáveis, reforçando a respectiva integração no mercado de trabalho. Isto aplica-se, em especial, ao trabalho em regime de contratos temporários que constitui uma verdadeira porta de entrada no emprego permanente de qualidade superior para muitos dos jovens e dos mais qualificados, mas sendo claramente menos eficaz para ajudar os trabalhadores menos especializados e mais velhos a encontrarem postos de trabalho mais estáveis, a não ser que combinado com outras medidas destinadas a melhorar a qualidade, nomeadamente acções acrescidas de formação.

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Acresce que os desequilíbrios persistentes nos mercados laborais europeus

-nomeadamente os relacionados com o género, as competências e a nacionalidade e os existentes entre regiões - têm de ser colmatados. Em especial, as remunerações das mulheres continuam cerca de 16% inferiores às dos homens na União - 11% no sector público e 24% no sector privado. As disparidades de remuneração entre os géneros oscilam entre os menos de 10% em Portugal, Itália e Bélgica e os mais de 20% registados nos Países Baixos, Áustria e Reino Unido.

- Entre os principais motivos para tal, o relatório identifica: a segregação entre os géneros por sectores e profissões, com uma concentração mais elevada de mulheres em sectores e profissões com remunerações mais baixas; menos mulheres com responsabilidades de supervisão; as mulheres trabalham mais frequentemente em empregos atípicos mal remunerados; as mulheres têm interrupções de carreira mais frequentes e longas do que os homens e assumem mais vezes responsabilidades de prestação de cuidados. Para colmatar as disparidades de remuneração entre uns e outras, todos estes factores têm de ser objecto de atenção.

- No período 1995-2000, pese embora a convergência acrescida entre os países da UE, continuou a acentuar-se, nos resultados do mercado laboral, o fosso entre grupos de regiões. Estas disparidades podem associar-se a diferenças nas estruturas de produção regionais e na base regional de capital humano. No caso de regiões caracterizadas por um elevado emprego nos serviços e baixas competências, os níveis relativamente reduzidos de capital humano impediram realmente que essas regiões acompanhassem as outras em termos das taxas de emprego. Os diferenciais de rendimento e emprego entre diferentes regiões terão propensão para aumentar quando o primeiro grupo de países candidatos aderir à UE em 2004, diminuindo a taxa global de emprego de uma União alargada cerca de 1,5%. Quanto mais não fosse por estes motivos, a concretização das metas de Lisboa exigirá também o reforço da coesão regional.

- A já referida tónica na igualdade, solidariedade e inclusão social encontra apoios fortes sobretudo entre os cidadãos jovens da Europa. Segundo um Flash Eurobarómetro de Junho de 2002, quatro em cinco jovens europeus mencionam o "combate ao desemprego, à exclusão social e à pobreza" como o principal problema a resolver pela Convenção Europeia. Do mesmo modo, a

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Após apresentar um cenário circunstanciado dos mais recentes desenvolvimentos do mercado laboral, o relatório analisa as mudanças estruturais dos mercados de trabalho europeus, as sinergias entre qualidade no trabalho e resultados globais do emprego e a evolução do fosso entre as regiões europeias. Por último, o relatório considera a situação dos mercados laborais nos países candidatos e as características do mercado de trabalho de uma União alargada. O relatório contém ainda projecções de curto prazo e quadros estatísticos detalhados, com indicadores macroeconómicos e de emprego para os Estados-Membros e os países candidatos. O texto integral do relatório está disponível em "Key Documents" no site web da Comissão Europeia, DG Emprego e Assuntos Sociais.

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