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Utilização de softwares livres na universidade: importância, necessidade e limitações. Autores: Lucas Rocha Rodrigues Gabriel Faria Guerra Flavio

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Academic year: 2021

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Utilização de softwares livres na universidade: importância, necessidade e limitações.

Autores: Lucas Rocha Rodrigues Gabriel Faria Guerra Flavio Soarez de Queiroz Resumo

Esse trabalho tem como objetivo falar sobre as vantagens da utilização de softwares livres e a importância desse tipo de software na produção rápida e eficiente de softwares úteis à sociedade. Visa-se também explicar exatamente o que significa um software ser livre e mostrar como criadores não são lesados com esse tipo de programa. Também pretende-se mostrar a importância desses softwares nas universidades tanto em aspectos didáticos, quanto na produção de conhecimento acadêmico e de posterior aplicação social.

Palavras chave: Software livre; didática; produção de conhecimento. Introdução

No contexto globalizado atual, as trocas de dados e informações são altamente beneficiadas pelos novos e eficientes meios de comunicação. Contudo, com esse cenário favorável a troca de dados, cria-se também a discussão sobre o que pode ou não ser trocado. Essa discussão atinge o contexto dos softwares de computador, que podem ser livres (código aberto para todos) ou privados (apenas o desenvolvedor conhece o código computacional). Com base nisso, pretende-se discutir a respeito das vantagens da adoção de softwares livres, pois eles promovem a inovação e a produção de programas cada vez melhores em tempos curtos. Também pretende-se mostrar como as universidades são beneficiadas pelas existência de tais programas tanto em aspectos didáticos, quanto na produção de conhecimentos.

É notório que as tecnologias de uma época moldam a forma de viver das pessoas. O surgimento e a evolução dos recursos computacionais são um claro exemplo disso, pois provocaram muitas mudanças na forma como as pessoas realizam certas tarefas e também permitiu que novas tarefas fossem realizadas. Por exemplo, se antes um dono de uma padaria utilizava longas tabelas escritas à mão para controlar seu estoque, hoje ele pode perfeitamente recorrer a algum programa de gestão de dados para fazer esse trabalho de forma muito mais rápida e organizada. Notar essas mudanças e a inserção das novas tecnologias computacionais no contexto universitário ou acadêmico é algo simples de perceber também, como, por exemplo, analisando a utilização de

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programas que permitem ao usuário desenhar peças virtualmente, em 3D, permitindo a criação de sofisticados desenhos técnicos. No ambiente da ciência da computação, existem programas que permitem ao usuário criar outros programas que resolvam diversos problemas das mais distintas áreas, como programas que calculam o valor de prestações de um carro quando financiado através de várias formas. Outros programas, como alguns relacionados á área de estatística, possibilitam a descrição matemática de algum fenômeno físico, produzindo um conhecimento novo e que pode possibilitar diversas aplicações práticas. Na área da didática, um exemplo simples que se tem, são softwares que permitem que professores deem aulas expositivas utilizando de recursos digitais para fornecer aos alunos uma visão mais completa e precisa de algum problema. Contudo, sabe-se que todas as possíveis utilizações de um computador se devem a utilização correta de seus softwares, programas que realizam alguma tarefa no ambiente virtual, e que esses softwares podem ser livres ou não.

Desenvolvimento

Softwares livres são programas de computador que tem seu código fonte, algoritmo escrito em linguagem computacional, disponível e que pode ser modificado, redistribuído, copiado e estudado. Ao distribuir um software livre, o detentor dos direitos escolhe uma licença de software livre que garantirá os direitos ditos anteriormente. Segundo Augusto Campos em seu atigo “O que é Software Livre?” ”A liberdade de utilizar um programa significa a liberdade para qualquer tipo de pessoa física ou jurídica utilizar o software em qualquer tipo de sistema computacional, para qualquer tipo de trabalho ou atividade”. A filosofia por trás da existência de softwares livres é que se passa ter um grande número de desenvolvedores trabalhando com algum trabalho previamente realizado o que permite uma continuação e aperfeiçoamento do trabalho ao invés de fazê-lo todo desde o princípio, ganhando-se assim, tempo e desenvolvimento tecnológico. Outra condição fundamental para um software ser considerado como livre é que qualquer modificação feita em seu código também deve ser acessível para outros desenvolvedores, ou seja, os softwares derivados de um software livre também devem ser livres, afinal, conforme o mesmo artigo “caso o desenvolvedor do software tenha o poder de revogar a licença, mesmo que você não tenha dado motivo, o software não é livre”. Um software livre não é necessariamente gratuito, mas na maioria dos casos eles são de fato gratuitos.

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Nas universidades, para se desenvolver algumas atividades é indispensável a utilização de recursos computacionais, como, por exemplo, nos cursos sobre programação de computadores ou de modelagem estatística. Nesse contexto, nota-se a existência de uma importância financeira da existência de softwares livres, pois dado a quantidade de alunos e os recursos, algumas vezes limitados de algumas universidades, fora os possíveis preços altos para a utilização de softwares privados, atividades com recursos computacionais podem ser impraticáveis dado seus valores financeiros. Privar os alunos de desenvolverem habilidades nessa área é completamente prejudicial para sua formação e para a produção de conhecimento e riqueza para um país. A existência de softwares livres de qualidade, analisando por esse ponto de vista, é indispensável, pois na sua ausência, alunos teriam uma formação incompleta. Um exemplo que ilustra essa situação, é a utilização do sistema operacional Linux Mint feito na base de software livre.

Além do que foi citado acima, uma grande vantagem dos softwares livres é que eles podem ser adaptados de acordo com necessidades específicas, pois seu código é aberto e conhecido, então, algum programador pode acrescentar algum recurso a mais no programa. Isso permite se atender a uma gama maior de problemas e atender a eles melhor, pois a partir de uma base pré-montada deriva-se dela um programa mais específico. Em ambientes de pesquisa como são as universidades isso pode ser altamente vantajoso. Sabe-se também que grandes empresas como Sony, Mercedes Benz e General Motors utilizam desse tipo de software pelo motivo citado acima que é a possibilidade de adaptar uma base de um software às necessidades particulares da empresa o que reduz mão de obra e tempo.

Na área da ciência da computação os benefícios da utilização desses softwares são mais evidentes, pois o professor poderá fazer o aluno entrar em contato com softwares sofisticados produzidos por empresas de destaque no mercado, o que será positivo na formação de um profissional. Além disso, é evidente que as universidades podem trabalhar para desenvolver determinados softwares em conjunto com outros criadores, criando-se uma parceria que como resultado pode render engenhosos softwares para o mercado. Parceira essa que não é possível com empresas de softwares fechados que não disponibilizam seus códigos fontes.

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Posiciona-se a favor da difusão da utilização de softwares livres, pois com eles se tem uma evolução criativa em escala exponencial, pois o ponto de partida de algum programador sempre será onde algum outro parou e assim ocorrerá um desenvolvimento descentralizado com uma rede de pessoas no mundo a fora. Crê-se que assim, programas úteis para a sociedade serão produzidos e consequentes desenvolvimentos regionais serão alcançados. Nesse aspecto, faz-se uma comparação com o desenvolvimento da química e de outras ciências ao longo da história em que descobertas recentes não seriam possíveis sem o conhecimento obtidos em épocas passadas. Mesmo que fosse possíveis ocorreriam com grande atraso.

Um possível entrave na utilização de softwares livres diz respeito a um possível prejuízo autoral aos primeiros criadores do programa. Contudo, vê-se que não há tal prejuízo, pois apesar de se disponibilizar o trabalho de alguém á modificação de outras pessoas, os créditos individuais são devidamente registrados. Portanto cada colaborador será valorizado por aquilo que acrescentou no programa, não existindo, assim, qualquer prejuízo à propriedade intelectual de nenhum autor independente de sua quando passou a participar da criação do software.

Conclusão

Vê-se que há várias vantagens na adoção de softwares livres, como a produção de conhecimento e de programas melhoras em espaços mais curtos de tempo e a maior versatilidade na utilização de um programa, dado que ele pode ser modificado para atender necessidades específicas. Para as universidades, esses softwares são mais vantajosos tanto em aspectos financeiros, dado que muitos são gratuitos, quanto em aspectos didáticos. Além disso, a disponibilização desses softwares por empresas possibilita uma parceria com a universidade com o potencial de trazer bons resultados. Por fim, vê-se que a difusão dos softwares livres não fere a propriedade intelectual de ninguém dado que cada desenvolvedor só ganha o crédito pelo acréscimo que fez no software, não ganhado reconhecimento por um trabalho feito por outro.

O ideal seria que houvesse a participação do governo no estimulo a adoção de softwares livres tanto com a criação de leis quanto com a adoção por parte dele desses programas.

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Referências bibliográficas

Software livre. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livre> Acesso em 6 de dez. 2012.

Software livre, código aberto e software gratuito: as diferenças. Disponível em <

http://www.infowester.com/freexopen.php> Acesso em 6 de dez. 2012.

Open Letter to the Hobbyists. Disponível em:

http://en.wikipedia.org/wiki/Open_Letter_to_Hobbyists Acesso em 6 de dez. 2012.

CAMPOS, Augusto. O que é software livre. BR-Linux. Florianópolis, março de 2006. Disponível em <http://br-linux.org/linux/faq-softwarelivre>. Consultado em [17/12/12].

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