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2010.2MONOGRAFIALUISHENRIQUESANTOSNASCIMENTO

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(1)

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

Luis Henrique Santos Nascimento

Proposta de Aplicação Voltada à Inserção da Telefonia

Móvel Celular em Atividades do Nosso Cotidiano

Mediante Análise de Viabilidade dos Serviços de Valor

Adicionado.

FEIRA DE SANTANA

2010

(2)

Luis Henrique Santos Nascimento

Proposta de Aplicação Voltada à Inserção da Telefonia

Móvel Celular em Atividades do Nosso Cotidiano

Mediante Análise de Viabilidade dos Serviços de Valor

Adicionado.

Monografia apresentada como requisito à conclusão do curso de Engenharia de Computação pela Universidade Estadual de Feira de Santana.

Orientador: Professor Rogério Guaraci dos Santos.

FEIRA DE SANTANA

2010

(3)
(4)

“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.” (William Shakespeare)

(5)

Agradecimentos

A Deus, por me dar força e saúde para buscar os meus objetivos.

Aos meus familiares, pela constante presença, incentivo e apoio às minhas decisões.

Ao meu orientador Rogério, pela paciência, assistência e colaboração para a construção do meu Trabalho de Conclusão de Curso.

Aos que dividiram república comigo, ensinando-me a conviver com as diferenças.

A República das Pererecas e agregados, por me fazer sentir que eu tinha uma segunda casa, especialmente a Lícia e seus dotes culinários.

A Paty e Laíze, pelos momentos “Fifó” da minha graduação.

Ao Cláudio, pela consideração, confiança e 100 horas de carga horária extracurricular.

A Nara, pelo companheirismo e amizade, e por ser minha “bóia” no FISK, embora tenha sido minha “âncora” na UEFS.

A Diane, por me fazer companhia nas madrugadas de estudo.

Ao Guilherme, Rogerinho, Toinho e Parrudo, pelo sofrimento em conjunto nos dias de jogos do Bahia.

Aos colegas do SAC/SineBahia, por todo o apoio prestado para que eu pudesse conciliar o trabalho com as minhas atividades acadêmicas.

E aos vários outros amigos conquistados, que proporcionaram inúmeros momentos de alegria, em especial, a Bruno, Gregory, Ângelo, Marcone, Daniel, Michel, Rodrigão e Marisco.

(6)

Resumo

À medida que novos recursos foram agregados à telefonia móvel celular, mais serviços tornaram-se possíveis de serem prestados. Como conseqüência, os usuários da tecnologia passaram a ter maior mobilidade e, conseqüentemente, comodidade. Ao passo que a telefonia se desenvolve no sentido de permitir o acesso à Internet banda larga, tecnologias já conhecidas, como o SMS e MMS, ainda mostram seu grande potencial. Este trabalho apresenta uma proposta de aplicação voltada à inserção da telefonia móvel celular em atividades acadêmicas e de intermediação de mão de obra, mediante estudo de viabilidade dos serviços de valor adicionado. A análise é realizada sob a óptica da real conjuntura da tecnologia no Brasil, considerando as tendências naturais ao advento da terceira geração celular, os custos e riscos de implantação do sistema, além das características peculiares às atividades e ao público alvo.

Palavras-Chaves: Telefonia Móvel Celular. Serviços de Valor Adicionados. Terceira

(7)

Abstract

As new features were added to the cellular services have become more possible to be provided. As a result, users of technology have taken on greater mobility and therefore convenience. While the phone is developed to allow access to broadband Internet, known technologies such as SMS and MMS, still show great potential. This paper presents a proposal for implementing directed the insertion of mobile telephony in academic activities and intermediation of labor, through the feasibility study of value-added services. The analysis is conducted from the perspective of the real situation of technology in Brazil, considering the natural tendencies of the advent of third generation mobile, the costs and risks of deploying the system, besides the characteristics peculiar to the activities and the target audience.

(8)

Lista de Figuras

Figura 1. Evolução dos padrões. ... 15

Figura 2. Modelo utilizado pelo SineBahia na prestação do serviço de intermediação de mão de obra. ... 24

Figura 3. Modelo da aplicação para as instituições de ensino. ... 25

Figura 4. Arquitetura MMS. ... 29

Figura 5. Código Java para criação do cabeçalho de uma mensagem multimídia. ... 32

Figura 6. Especificação do conteúdo da mensagem multimídia. ... 32

Figura 7. Algoritmo de codificação da mensagem multimídia. ... 33

Figura 8. Algoritmo de envio da mensagem multimídia. ... 33

Figura 9. Mensagem codificada em hexadecimal. ... 46

Figura 10. Simulações com emulador Nokia 7210. ... 47

Figura 11. Janela para Validação do Usuário. ... 48

(9)

Lista de Tabelas

Tabela 1. Números de aparelhos celulares o Brasil. ... 13

Tabela 2. Comparação entre os serviços SMS e MMS. ... 18

Tabela 3. Atendimentos ao cidadão realizados junto ao SineBahia/Alagoinhas. ... 22

Tabela 4. Tarifas cobradas por mensagens de texto. ... 27

Tabela 5. Tarifas cobradas por mensagens multimídia. ... 27

Tabela 6. Tarifa cobrada por MByte para acesso à Internet via celular. ... 27

Tabela 7. Procedimento de envio e recebimento de uma mensagem multimídia. ... 30

Tabela 8. Funcionalidades dos métodos para formação do cabeçalho de uma mensagem multimídia. 32 Tabela 9. Tempo de entrega das mensagens de texto via Internet. ... 45

(10)

Lista de Gráficos

Gráfico 1. Tecnologias utilizadas pelos trabalhadores entrevistados. ... 37

Gráfico 2. Utilização de SMS. ... 38

Gráfico 3. Utilização MMS. ... 39

Gráfico 4. Utilização do serviço de email pelo celular. ... 40

Gráfico 5. Acesso à Internet pelo celular. ... 40

Gráfico 6. Acesso à WEB site da instituição... 41

Gráfico 7. Participação em grupos de email. ... 41

Gráfico 8. Conteúdos das mensagens mais desejadas. ... 42

(11)

Sumário

1 Introdução ... 11 1.1 Objetivo ... 12 1.2 Motivação ... 12 1.3 Estrutura e Organização ... 14 2 Fundamentação teórica ... 15 2.1 História da Telefonia ... 15

2.2 Serviços de Valor Adicionado ... 17

2.2.1 Serviço de Mensagens Curtas... 17

2.2.2 Serviço de Mensagens Multimídia ... 18

2.2.3 WAP, Email e Internet 3G ... 19

2.3 Estudos de Caso ... 20

2.3.1 SineBahia e Intermediação de Mão de Obra ... 21

2.3.2 Instituições de Ensino ... 22

2.4 Modelo da Aplicação ... 23

2.5 Tarifas Sobre o Uso dos Serviços de Valor Adicionado ... 26

2.6 Sensibilidade a Erros ... 28

2.7 Tecnologia ... 28

2.7.1 Arquitetura MMS ... 29

2.7.2 Procedimentos de Envio e Recebimento de Mensagens Multimídia ... 30

2.7.3 Formato das Mensagens Multimídia ... 31

2.7.4 Codificação Java ... 31

3 Metodologia ... 34

4 Resultados e Discussões ... 36

4.1 Análise de Viabilidade ... 36

4.1.1 Intermediação de Mão de Obra ... 36

4.1.2 Atividades Acadêmicas ... 38

4.2 Análise de Custo... 43

4.3 Verificação de Atrasos e Erros ... 45

4.4 Criação das Mensagens multimídia ... 46

4.5 Interfaces ... 47

4.6 Simulação ... 49

5 Conclusão ... 50

Referências ... 52

APÊNDICE A – Diagrama de Seqüências ... 55

APÊNDICE B – Diagrama Entidade Relacionamento ... 56

APÊNDICE C – Formato da Mensagem Multimídia ... 57

APÊNDICE D – Questionário... 58

APÊNDICE E – Janela Principal ... 59

(12)

1

Introdução

Quando se possibilitou a comunicação por voz em movimento através de dispositivos portáteis deu-se início a um novo paradigma da computação ubíqua1 – a telefonia móvel celular. Impulsionada pela necessidade de se agregar cada vez mais novas funcionalidades ao sistema, esta tecnologia foi palco de um rápido processo de evolução, passando a oferecer diversos serviços relacionados às atividades do nosso cotidiano (LOUREIRO, 2003).

Com a digitalização da comunicação, inicialmente analógica, a telefonia celular passou a aliar dados à voz, viabilizando os chamados serviços de valor adicionado (KUROSE & ROSS, 2006). Os serviços de mensagens curtas e multimídia, email, jogos, serviços de localização, downloads, notícias, horóscopo, compartilhamento de informações, vídeos e TV no celular são alguns entre tantos outros serviços de valor adicionado que transformaram o celular em um aparelho multimídia (SIEMENS, 2006).

Ao passo que a telefonia celular começa a ganhar espaço no comercio eletrônico (HAMBLEN, 2010), na medicina foi possível demonstrar a alta confiabilidade para o compartilhamento, entre equipes médicas, de imagens (raios-X) referentes a traumas, o que facilita o processo de aconselhamento médico e reduz o tempo na tomada de uma decisão (SYED, 2007). De forma similar, os serviços relacionados à intermediação de mão obra e atividades acadêmicas também possuem características, que fazem destas, favoráveis à adoção da tecnologia celular.

Os rumos da telefonia estão direcionados no sentido de oferecer acesso à Internet banda larga no próprio dispositivo, tornando factível a prestação de outros serviços que exigem tecnologias mais complexas, com alta qualidade. Entretanto, não se pode garantir que o surgimento de uma nova tecnologia, necessariamente, coloque as anteriores em estado de obsolescência, tenha visto que a consolidação de uma tecnologia é influenciada pelo comportamento de um conjunto de fatores externos e internos que têm impacto relevante sobre a trajetória futura da realidade concebida (CASSOL, 2008).

Deve-se também considerar que serviços e aplicações bem sucedidas através da Internet precisam levar em consideração as peculiaridades da computação móvel, as necessidades dos usuários e as diferentes formas como o dispositivo móvel é utilizado, e que,

(13)

de fato, o sucesso de uma aplicação em computação móvel é a adaptação (LOUREIRO, 2003).

A proposta de viabilizar a inserção da telefonia celular em atividades acadêmicas e de intermediação de mão de obra apóia-se nestas afirmações, avaliando os custos de utilização, os fatores que podem comprometer o funcionamento do sistema, assim como as capacidades tecnológicas dos serviços de valor adicionado, a fim de definir uma solução mais adequada.

1.1

Objetivo

O objetivo deste trabalho é analisar, num contexto geral, a viabilidade dos serviços de valor adicionado (mensagens curtas, multimídia e email), visando fundamentar um modelo de aplicação voltado à inserção da telefonia móvel celular nas atividades acadêmicas e de intermediação de mão de obra, para proporcionar maior eficiência ao processo de divulgação das informações, tornando dispensável a conexão com Internet para obter acesso ao conteúdo. A idéia desenvolve-se sob a óptica da manutenção da consistência na troca de informações e da compatibilidade com dispositivos celulares menos sofisticados e conseqüentemente mais baratos, não ficando restrita às tendências da tecnologia, visto que faz parte do escopo do projeto abranger o maior número de beneficiados, objetivando maior efetividade e simplicidade na prestação do serviço.

1.2

Motivação

À medida que novos recursos são agregados à telefonia móvel celular, possibilitando que outros diversos serviços possam ser oferecidos no próprio aparelho, fica mais evidente o grande potencial de mercado a ser explorado que possui esta tecnologia.

Neste cenário, a mobilidade mostra-se como o grande diferencial em relação às redes fixas. A possibilidade não só de se comunicar via voz, mas também de compartilhar dados em movimento, mesmo a longa distância, é característica impulsionadora ao desenvolvimento de

(14)

aplicações diversas, as quais visam prestar serviços que permitam o acesso à informação em qualquer hora e em qualquer lugar.

Verifica-se neste momento, uma inversão na forma de utilização dos dispositivos celulares, ao ponto dos serviços de dados, em algumas regiões, chegarem a superar os serviços de voz. Nos Estados Unidos, por exemplo, um trilhão e quinhentos bilhões de mensagens de texto foram enviadas pelo celular em 2009 e as trocas de mensagens já superam as ligações (NOTÍCIAS DIGITAIS, 2010). Por outro lado, as mensagens multimídia também possuem seu espaço, confirmando-se na seguinte nota (GSM WORLD, 2006):

Mais de 40% dos 3.061 consumidores entrevistados pelo Circle Research na Europa, América do Norte e Ásia coloca o MMS, que permite que usuários de telefones celulares para trocar fotos, músicas e vídeos, como um serviço indispensável. 38% dos entrevistados vêem e-mail móvel com os mesmos olhos. Quando perguntado quais os serviços móveis de dados que eles preferem, os inquiridos classificaram o de mensagens de texto (SMS) em primeiro lugar, seguido por e-mail e MMS em terceiro lugar.

No Brasil, os resultados podem ser evidenciados a partir de dados que indicam que a soma da receita bruta das operadoras Oi, Tim e Vivo com serviços de valor adicionado atingiu R$ 2,8 bilhões no segundo trimestre do ano, o que representa um crescimento de 54,5% em relação ao mesmo período do ano passado (BRAUN, 2010).

Diante disto, a telefonia móvel celular passa a ser vista como uma possibilidade bastante promissora no processo de ensino (SILVA & CONSOLO, [s.i.]). Ao mesmo tempo, os recursos da tecnologia celular passam a ser utilizados no processo de intermediação de mão de obra na tentativa de auxiliar e tornar mais eficiente o serviço.

Proporcionalmente a criação de aplicações e prestação de novos serviços, cresce a quantidade de assinantes. A Tabela 1 expõe alguns dados acerca do número de celulares ativos no Brasil.

Tabela 1. Números de aparelhos celulares o Brasil (TELECO, 2010a).

Out/09 Dez/09 Set/10 Out/10

Celulares 168.037.030 173.959.368 191.472.142 194.439.250 N° cel./100 hab. 87,60 90,55 98,98 100,44 Crescimento Mês 1.916.242 4.205.459 2.043.747 2.967.108 1,2% 2,5% 1,1% 1,5% Crescimento Ano 17.395.627 23.317.965 17.512.774 20.479.882 11,55% 15,48% 10,07% 11,77% Crescimento em 1 ano 23.241.412 23.317.965 25.351.354 26.402.220 16,05% 15,48% 15,26% 15,71%

(15)

Os dados indicam que, no mês de outubro, a quantidade de celulares é superior ao número de habitantes, porém, este número já havia sido alcançado em agosto. Segundo o novo censo, divulgado em outubro de 2010, a população do Brasil é menor que a anteriormente estimada pelo IBGE. Em agosto de 2010 a população era de 185 milhões de habitantes e não 191 milhões. Neste mês, o Brasil já possuía 189 milhões de celulares (TELECO, 2010b).

É este conjunto de fatos que motiva o desenvolvimento deste projeto. A proposta se junta a outros aplicativos de propósitos diversos voltados a telefonia móvel celular, os quais fizeram com que grandes indústrias, como a Open Handset Aliance, a Nokia e a Apple, abrissem suas plataformas. Com isso, surgiram novas empresas e até mesmo, desenvolvedores autônomos que visam obter lucros a partir do desenvolvimento de aplicações para estes dispositivos.

1.3

Estrutura e Organização

As seções seguintes estão organizadas da seguinte forma: (i) a seção 2, além de explicitar um pouco da história da telefonia e a tecnologia que torna possível a comunicação, aborda os subsídios capazes de comprovar a viabilidade dos serviços de mensagens curtas e multimídia; (ii) a seção 3 expõe a metodologia utilizada para que os objetivos fossem alcançados; (iii) a seção 4 discute os resultados obtidos, a partir da análise dos dados coletados e simulações efetuadas; (iv) a seção 5 interage com as seções anteriores concluindo o trabalho.

(16)

2

Fundamentação teórica

2.1

História da Telefonia

O primeiro sistema de telefonia móvel foi criado no ano de 1946 nos Estados Unidos, utilizava um único canal para estabelecer a comunicação e ficou conhecido como

push-to-talk. A partir da década de 1960 a comunicação passou a utilizar dois canais – um para

transmissão e outro para recepção. Porém, existia um número pequeno de canais, a alta potência do transmissor ocasionava interferências e a comunicação caracterizava-se pela baixa capacidade de tráfego e alto custo (TANEMBAUM, 2003).

Como se tratava de um sistema novo e existiam incertezas acerca de sua aceitação no mercado, poucos esforços foram realizados para uma padronização mundial de uso. Por outro lado, a possibilidade de se comunicar por um aparelho sem fio, não residencial e em movimento era uma novidade e viria a representar um grande sucesso (SANTOS, 2010).

Deste momento em diante, a história da telefonia móvel encontra-se organizada em gerações, as quais impulsionadas por questões políticas e econômicas foi palco de diversas tentativas de padronização. A geração seguinte surgia com o propósito de atender as necessidades identificadas na geração anterior (KUROSE & ROSS, 2006). A Figura 1 mostra como os padrões evoluíram com o passar do tempo.

Figura 1. Evolução dos padrões (TELECO, 2010a).

Com a invenção do Advanced Mobile Phone System (AMPS), em 1982, o sistema inicial obteve melhoras consideráveis. A introdução de conceitos importantes, como reutilização de freqüências e acesso múltiplo, permitiu que vários usuários acessassem o mesmo canal num mesmo instante de tempo (BOROS, 2010). Fazem parte dos esquemas de

(17)

multiplexação o Frequency Division Multiple Access (FDMA), o Time Division Multiple

Access (TDMA) e o Code Division Multiple Access (CDMA). As introduções destas

tecnologias causaram um impacto significativo às redes móveis celular, visto a melhor utilização do espectro (TANEMBAUM, 2003).

A partir dos sistemas AMPS passa a existir a possibilidade de roaming e o assinante de um sistema celular pode continuar falando do seu terminal móvel em outra área de cobertura como visitante, previstos custos adicionais cobrados ao serviço. No entanto, a primeira geração celular (1G), representada pelo AMPS, é caracterizada por realizar a comunicação analógica e quando um canal de voz é alocado, o mesmo permanece dedicado durante toda duração de uma chamada (ALENCAR, 1998).

O foco principal dos sistemas de segunda geração (2G) era digitalizar a comunicação móvel, aliando o serviço de dados ao de voz. Neste período, dois padrões merecem destaque: o Code Division Multiple Access (CDMA) e o Global System for Mobile Communication (GSM). O primeiro atingiu em março de 2003 a marca de 146 milhões de assinantes ou 12,85% dos assinantes mundiais, sendo que 42% destes assinantes estão nos Estados Unidos onde mais de 40% dos celulares são CDMA. No Brasil, em dezembro de 2002, o CDMA representava 32% dos assinantes de celulares (TUDE, 2003). Já o GSM veio a se tornar o principal representante da telefonia 2G (SANTOS, 2010).

Com a evolução da Internet, os usuários da telefonia móvel passaram a desejar o acesso à Internet através do celular. Porém, a Internet transporta dados por pacotes, através do protocolo IP e para que a rede móvel seja adaptada a ela, é preciso que os dados também estejam organizados em pacotes. Com este propósito, criou-se a General Packet Radio

Services (GPRS), cuja essência é possibilitar o tráfego de dados por pacotes para que a rede

de telefonia celular possa ser integrada à Internet (SANTOS, 2008).

Já a terceira geração (3G), evoluiu no sentido de oferecer tráfego em alta velocidade para que o acesso a Internet banda larga fosse alcançado, a partir dos padrões Universal

Mobile Telecommunications System (UMTS), High Speed Downlink Packet Access (HSDPA), High-Speed Uplink Packet Access (HSUPA) e Wideband Code Division Multiple Access

(WCDMA) (PIVA, [s.i.]). Desta forma, diversos outros serviços passam a ter alta qualidade, como envio de imagens e vídeo-conferência (TANEMBAUM, 2003). Entretanto, já se fala na quarta geração, ou 4G. A Suécia foi o primeiro país do mundo a adotar a tecnologia Long

Term Evolution (LTE), que promete downloads sem fio a velocidades de até 100Mbps,

(18)

2.2

Serviços de Valor Adicionado

Faz algum tempo que os serviços oferecidos pela telefonia móvel celular não se restringem apenas às chamadas de voz. A possibilidade de envio de mensagens curtas de texto, assim como mensagens multimídia, além do acesso a Internet viabilizado pela introdução do protocolo Wireless Application Protocol (WAP) implicaram no crescimento do tráfego de dados pela rede móvel celular. Estas novas funcionalidades são caracterizadas como serviços de valor adicionado e contribuíram significativamente na rentabilidade das operadoras (FIORESE, 2005):

Para a operadora, os serviços de valor adicionados representam uma tarifação sobre o valor já cobrado das chamadas de voz, configurando assim uma recuperação da ARPU (Average Revenue Per Unit – receita média mensal por usuários, que é calculada dividindo-se a receita liquida de serviços pelo número médio de celulares clientes) de voz, que as operadoras estão vendo reduzir com o passar do tempo.

2.2.1

Serviço de Mensagens Curtas

O short message service (SMS), ou serviço de mensagens curtas, apareceu em cena em 1991 na Europa. A norma européia para a televisão digital sem fio, hoje conhecido como GSM, incluíam os serviços de mensagens curtas desde o início. Já na América do Norte, o SMS foi difundido pela BellSouth Mobile e Nextel (ADC TELECOMMUNICATIONS, 1999).

O SMS é um serviço store and forward. Desta forma, a transferência de mensagens não ocorre diretamente, existindo uma plataforma central, o SMS Center (SMSC), responsável por armazenar e encaminhar as mensagens para o destino correto. Assim, caso o destinatário não estiver disponível, a mensagem poderá ser entregue num segundo momento (FIORESE, 2005). Além disso, o SMS suporta roaming nacional e internacional, implicando que as mensagens possam ser enviadas para usuários de qualquer lugar do mundo.

Entretanto, o serviço possui algumas limitações: além de só trabalhar com texto, apenas 160 caracteres são permitidos por mensagem se alfabetos latinos são utilizados. Para o

(19)

caso de alfabetos não latinos, como o chinês ou árabe o limite é reduzido para 70 caracteres (GUPTA, [s.i.]).

2.2.2

Serviço de Mensagens Multimídia

Os aparelhos que constituem a chamada Terceira Geração celular são extremamente versáteis, sendo capazes de possibilitar serviços de voz, identificadores de chamadas e SMS, além do poder de combinar diversos formatos de mídia como texto, imagem, áudio e vídeo em uma única mensagem, caracterizando os serviços mensagens multimídia ou Multimedia

Messaging Service (MMS). As buscas por uma padronização do serviço foram iniciadas no

final de 1998 pela 3rd Generation Partnership Project (3GPP), o qual foi responsável por definir um conjunto de especificações, de maneira, que ao final, o sistema fosse capaz de trabalhar de forma transparente.

Como partes das normas de padronização foram criadas regras para adaptação de conteúdo. Assim, no processo de comunicação, as capacidades do terminal destinatário devem ser identificadas, e o conteúdo, na medida do possível, formatado de maneira que este possa ser visualizado. Essa formatação inclui adaptação do tamanho da imagem (de acordo com o numero de linhas/tamanho da tela do terminal), formatos de mídia suportados e outros aspectos pertinentes as capacidades do terminal receptor (FIORESE, 2005).

O MMS apresenta algumas divergências e similaridades em relação ao SMS, conforme é evidenciado pela Tabela 2.

Tabela 2. Comparação entre os serviços SMS e MMS (FORUM NOKIA, 2003).

Recursos SMS MMS

Store and forward (non real time)

Sim Sim

Confirmação de entrega de mensagem

Sim Sim

Suporte de mídia Texto Texto, áudio, imagem, vídeo Mecanismo de entrega Canal de sinalização Canal de tráfego de dados

(20)

Assim como ocorre no SMS, o MMS funciona utilizando o mecanismo store and

forward. Entretanto, enquanto o elemento SMSC é a plataforma central responsável por

realizar este processo para SMS, o MMS Center (MMSC) exerce tal função para o MMS. Outra diferença entre os serviços é que no SMS, o SMSC faz uso de links de sinalização SS72 para "conversar" com os elementos de rede e possibilitar o tráfego de mensagens curtas, roteamento de mensagens, entre outras tarefas. Já a plataforma MMSC realiza a comunicação através de Wireless Session Protocol (WSP), inexistindo a conexão física entre os elementos de uma rede celular (FRIZZO, [s.i.]).

2.2.3

WAP, Email e Internet 3G

O desenvolvimento do WAP teve inicio em 1997 num fórum de WAP, o WAPForum, com as participações da Ericsson, Nokia, Motorola e Phone.com. A introdução do WAP representou um passo significante para o desenvolvimento da tecnologia móvel celular, tendo em vista que viabilizou o acesso a Internet no próprio aparelho. Por outro lado, alguns fatores, incluindo o alto custo do serviço, representaram o fracasso da mesma.

As pessoas não tendem a usar uma tecnologia simplesmente porque está na moda. Um dos exemplos mais recentes nessa área é o padrão WAP. No final da década de 90 havia uma expectativa muito grande na utilização desse padrão, o que acabou não se concretizando, dentre outros fatores, exatamente pela falta de serviços interessantes (LOUREIRO, 2003).

Contudo, tanto os fornecedores de infra-estrutura e terminais, quanto as operadores de telecomunicações e provedores de conteúdo para a Internet realizaram investimentos no sentido de desenvolver a tecnologia, tendo em vista a melhoria nas formas de acesso e a diversificação dos serviços prestados (LAMANNA, 2000).

Os celulares de hoje em dia possuem recursos que permitem enviar e receber emails, o que é interessante para uma aplicação que tem o objetivo de divulgar o mais rápido possível a informação. O problema é que nem todo celular é capaz de abrir arquivos anexados, somente os mais sofisticados, além disso, abrir arquivos anexados acaba consumindo muito tempo ou

2 Protocolo de sinalização, a princípio, para suportar tráfego de voz (podendo se estender para dados) usada para inicialização e controle de chamadas. O ponto de sinalização utiliza uma tabela de roteamento para selecionar o caminho apropriado para cada mensagem.

(21)

muito tráfego de dados. Atualmente as operadoras de celular vendem planos com quantidade limitada de tráfego de dados.

Com a Terceira Geração (3G) de celulares, os aparelhos passaram a ser capazes de acessar a Internet com altas taxas de transmissão de dados e multimídia, suportando serviços de alta capacidade, tais como assistir TV no aparelho celular, fazer uso de jogos 3D com múltiplos jogadores, utilizar ferramentas de busca, serviços de localização, de teleconferência, tornando o celular uma estação móvel de entretenimento (PIVA, [s.i.]).

No Brasil a tecnologia 3G se encontra em processo de desenvolvimento. Ainda existem muitos problemas com o sinal e a consistência da conexão. Um fator considerável ao atraso do processo de afirmação das redes 3G são os altos custos tanto em termos de implantação, que devem movimentar só em 2008 de R$ 3 a R$ 5 bilhões, quanto ao acesso do público à tecnologia (MULLER, 2008).

2.3

Estudos de Caso

Embora os rumos da telefonia móvel sigam na direção do acesso à Internet banda larga, existem serviços com características que tornam tecnologias como os serviços de mensagens mais adequados e conseqüentemente viáveis.

Quando tratamos de notificação rápida, por exemplo, o email pode não ser a melhor solução. É necessário recursos para acessar a Internet, e mesmo considerando a existência de telefones que possuem tal funcionalidade, o ambiente deve ser cuidadosamente analisado, visto questões de infra-estrutura e acesso da população à tecnologia. Ainda assim, a idéia cairia por terra considerando que as pessoas não vivem o tempo inteiro conectadas.

Neste contexto, os tópicos seguintes abordam dois casos distintos, o processo de intermediação de mão de obra, prestado pelo SineBahia; e os serviços relacionados às atividades acadêmicas oferecidos pelas Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e Faculdade Regional da Bahia (UNIRB) – campus Alagoinhas/Ba. As características do serviço e do público-alvo serão avaliadas, resultando na análise de viabilidade da implantação de algum dos serviços de mensagens.

(22)

2.3.1

SineBahia e Intermediação de Mão de Obra

O processo de intermediação de mão de obra consiste em colocar ou recolocar o trabalhador no mercado de trabalho (YAMASHITA, [s.i.]).

A idéia básica de uma rede integrada de apoio ao trabalho e à renda é oferecer ao trabalhador, em geral, um conjunto de orientação e de prestação de serviços que permita se desempregado, sua inserção no mundo do trabalho, ou se ocupado, auferir maior renda nos empreendimentos que realiza como autônomo, microempresário ou membro de qualquer forma associativa de produção de bens e serviços.

O objetivo é reduzir o desemprego friccional, contribuindo para que os postos de trabalho vagos não sejam extintos ou que não venha a ocorrer agregação de ocupação por dificuldades no preenchimento da vaga (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2010).

A atividade de intermediação para o trabalho é tida atualmente como a principal ferramenta para encurtar o caminho entre o trabalhador e as empresas. O propósito do Sistema Nacional de Emprego (SINE) é promover a inserção do maior número possível de trabalhadores no mercado, assim como outros serviços.

No SineBahia, esse processo ocorre a partir de um levantamento de dados realizado no sistema, onde são cruzadas informações sobre os candidatos cadastrados, com as exigências apontadas pelos empregadores. Os profissionais que atendem ao perfil solicitado são encaminhados ao empregador para seleção.

Com a implantação do Sigae Web, um projeto piloto do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o trabalhador não mais precisa comparecer pessoalmente ao SINE para fazer seu cadastramento e buscar vagas, o que pode ser feito diretamente pela Internet, gratuitamente (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2010).

Embora exista esta possibilidade, a quantidade de pessoas que se dirigem às unidades do SineBahia para efetuar e atualizar seus cadastros, além de buscar por empregos ainda é muito grande, visto que grande quantidade destas pessoas ainda não possui acesso ou domínio da ferramenta Internet, conforme mostra a Tabela 3.

Os dados foram extraídos no processo de atendimento aos cidadãos que se dirigiram ao SineBahia – unidade de Alagoinhas para se cadastrarem junto ao sistema. Foram entrevistadas cinqüenta e uma pessoas em sete dias distintos. Embora o sistema notifique as convocações por email, quase sempre a mesma não é notada pelos cidadãos e a forma mais

(23)

eficaz para comunicá-los é por meio de telefonemas, onde na grande maioria são aparelhos celulares.

Tabela 3. Atendimentos ao cidadão realizados junto ao SineBahia/Alagoinhas.

Data Atendimentos Possui celular Possui email

03/09/2010 7 7 1 06/09/2010 6 6 1 08/09/2010 10 9 4 13/09/2010 6 6 1 14/09/2010 7 6 3 15/09/2010 8 8 3 16/09/2010 7 6 1

2.3.2

Instituições de Ensino

As instituições de ensino também inseriram a computação nas suas atividades. A tecnologia se mostra presente nas páginas WEB, nos grupos de email, nos portais acadêmicos, os quais oferecem uma grande quantidade de informações tais como notícias e acontecimentos, resultados de avaliações, freqüência, matrícula, editais, apontamentos, documentos, acervo bibliográfico, informes, entre outros.

Ao passo que a Internet é fortemente utilizada no meio acadêmico, outro componente pertencente à computação ubíqua vem mostrando seu potencial – a telefonia móvel celular. Algumas universidades renomadas já utilizam a telefonia móvel em suas atividades. A Universidade de Missouri nos Estados Unidos, por exemplo, exige que os estudantes do curso de jornalismo passem a utilizar iPhone ou iPad Touch, através dos quais receberão conteúdos como material do curso (MOREIRA, 2009). Já a Universidade japonesa Aoyama Gakuin

University, utiliza o iPhone para monitorar a freqüência dos alunos (O GLOBO, 2009).

Entretanto dois fatores devem ser considerados: o primeiro é que algumas universidades estrangeiras estão proibindo a utilização de iPads, por causar interferências na rede wireless (TAÍRA, 2010), o outro é que estes dispositivos ainda estão fora da realidade do brasileiro (MÜLLER, 2008).

(24)

Os exemplos citados colocam a utilização da telefonia celular para a prestação de serviços voltados às atividades acadêmicas como uma tendência natural. De fato é necessária infra-estrutura adequada e poder aquisitivo por parte da população para que estes serviços sejam oferecidos com este nível de tecnologia e com alto grau de satisfação, ou seja, atendendo ao maior numero possível de pessoas com qualidade.

Entretanto, os mesmos serviços podem ser oferecidos adaptando-os a tecnologias como os serviços de mensagens curtas e multimídia, as quais são mais comuns a aparelhos celulares menos sofisticados e podem garantir um bom resultado no que diz respeito a custo-benefício.

A idéia ganha força quando tratamos de informações que precisam ser entregues no menor espaço de tempo possível, visando evitar perdas de oportunidades ou até mesmo prejuízos. A utilização de emails é consistente, porém não fornece tantas garantias quanto à visualização por parte do destinatário, mesmo porque as pessoas não vivem o tempo todo conectadas à Internet, ao passo que portar um aparelho celular é algo bem mais freqüente.

2.4

Modelo da Aplicação

O SINE faz uso do Sigae WEB para informatizar o serviço de intermediação de mão de obra. Por meio desta aplicação é possível cadastrar empresas, cidadãos e vagas de emprego, além de realizar consultas e cruzar informações entre as vagas disponíveis e os perfis dos candidatos. Este sistema pode ser esquematizado conforme a Figura 2.

O sistema se trata de uma aplicação WEB, a qual faz uso da Internet para comunicar-se com a bacomunicar-se de dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Não só os Administradores do sistema (funcionários habilitados do SINE) possuem acesso à aplicação. Assim como as empresas possuem acesso ao software para cadastrar vagas, o cidadão também pode utilizá-lo para efetuar e atualizar seu cadastro, além de consultar ofertas de emprego disponíveis.

O serviço de email e o de mensagens de texto via telefonia celular são utilizados para notificar os candidatos, quando os mesmos são convocados a uma determinada vaga. A princípio isso parece suficiente para estabelecer uma comunicação entre o SINE e o cidadão, mas este modelo apresenta algumas falhas.

(25)

Figura 2. Modelo utilizado pelo SineBahia na prestação do serviço de intermediação de mão de obra.

O processo de convocação só ocorre quando o candidato se disponibiliza para participar da seleção (entrevista com o empregador), ou seja, já existiu um primeiro contato entre o SINE e o candidato através de telefonemas. Assim notificar o candidato por email ou por mensagens, no processo de convocação, torna-se redundante e desnecessário. Conseqüentemente, perde-se tempo e dinheiro (o custo de uma ligação é maior que passar uma simples mensagem) com ligações para candidatos, que em muitas vezes não estão interessados na vaga por algum motivo.

Observa-se na Figura 2 que o Sigae WEB já possui os módulos necessários que permitem inserir a telefonia celular no serviço de intermediação de mão de obra através do SMS. Sendo assim, a proposta para esta atividade não é o desenvolvimento de uma nova aplicação, mas sim, modificar a forma de comunicação entre o SineBahia e os possíveis candidatos às vagas. As mensagens devem ser entregues, via SMS, aos candidatos que se encontram dentro do perfil da vaga instantes posterior à abertura de uma nova oferta de emprego. Divulgadas as vagas, os interessados entrariam em contato com o posto do SineBahia responsável e não o contrário.

Já para o caso das instituições de ensino a proposta é criar uma aplicação que possa inserir a telefonia móvel, através do serviço de mensagens multimídia no desempenho de algumas atividades acadêmicas, a partir de um modelo semelhante ao utilizado pelo SINE, conforme ilustra a Figura 3.

(26)

Figura 3. Modelo da aplicação para as instituições de ensino.

Assim como o Sigae, a aplicação é acessada através da Internet. Os professores ou funcionários devidamente cadastrados ao sistema possuem acesso a uma diversidade de grupos de pessoas que fazem parte da instituição como um todo, de um mesmo curso ou de uma mesma disciplina, para os quais a mensagem poderá ser endereçada.

Após escolha do conteúdo a ser enviado, podendo ser texto, imagem, áudio ou vídeo, o mesmo será processado pela aplicação. A última conecta-se ao banco de dados da Instituição, identificando os telefones dos interessados. Só então a mensagem multimídia será criada e codificada. Através da Internet o arquivo criado é encaminhado a uma Central MMS, a qual será responsável por dar um destino correto à mensagem.

A descrição do modelo desta aplicação coloca em destaque três módulos:

• Interface: interage com o usuário;

• Processamento das mensagens: criação e envio das mensagens;

• Banco de dados: contém as informações referentes ao serviço prestado.

A usabilidade de um projeto de software é de grande importância para a sua aceitação no mercado (SOUZA & SPINOLA, 2006). Com base nesta consideração, a interface proposta deve ser bem projetada, facilitando a aprendizagem e simplificando o uso de forma a satisfazer o usuário quando o mesmo interagir com o sistema.

Quanto à parte operacional do sistema, ou seja, os módulos responsáveis por processarem as informações oriundas do meio externo o planejamento também deve ser bem elaborado de modo a minimizar os erros na fase de execução ou implementação. Esta última, possível mediante a utilização de bibliotecas de classes Java, ou Java Application

(27)

Programming Interface (API Java), que lidam com mensagens multimídias. Java, de fato,

tornou-se a linguagem preferida para manipular aplicações baseadas na Internet e softwares para dispositivos em rede (DEITEL & DEITEL, 2005).

Tendo em vista a metodologia usada nos modelos propostos neste trabalho, a modelagem da aplicação a partir da Unified Modeling Language (UML) mostra-se recomendável, considerando que esta é uma linguagem para especificação, documentação, visualização e desenvolvimento de sistemas orientados a objetos. A UML envolve alguns diagramas capazes de representar a aplicação sob diversas perspectivas de visualização.

O diagrama de casos de uso, por exemplo, especifica o comportamento do sistema, descrevendo as funcionalidades desempenhadas pelos atores. Já o diagrama de classes, tem a função de expor os tipos de objetos no sistema e os relacionamentos existentes entre eles, bem como os principais atributos e operações de uma classe. Ambos estes diagramas, embora importante no processo de planejamento e desenvolvimento de qualquer sistema orientado a objetos, mostra-se irrelevante a sua participação neste documento, visto que a grande quantidade de informação pode causar confusões ao leitor.

Por sua vez, o diagrama de seqüências representa os aspectos dinâmicos do sistema sob análise ou projeto. Através deste diagrama podem-se visualizar as trocas de mensagens entre os objetos das diferentes classes. O Apêndice A ilustra um diagrama de seqüências simplificado para enfatizar a execução da aplicação.

Visualizado como ponto central no diagrama de seqüências, o banco de dados é figura indispensável à aplicação. Visto a facilidade de compreensão, já que não há limitações ou aplicação de tecnologia específica, o Apêndice B ilustra o modelo conceitual do banco de dados a ser utilizado. Estão explícitos alguns atributos que permitem identificar os dados que são armazenados ou referenciados.

2.5

Tarifas Sobre o Uso dos Serviços de Valor Adicionado

Existe um custo atrelado ao envio de mensagens de texto ou multimídia, entretanto as operadoras variam na forma de efetuar a cobrança, oferecendo pacotes com vantagens e até mesmo disponibilizando o serviço gratuitamente. A Tabela 4 lista os preços cobrados pelas principais operadoras para o envio de uma única mensagem de texto.

(28)

Tabela 4. Tarifas cobradas por mensagens de texto (UCEL, 2010a).

Operadora

Área de Registro do

Celular

De planos pós-pagos De planos pré-pagos

Mesma operadora Outra operadora Mesma operadora Outra operadora Vivo Qualquer 0,39 0,39 0.39 0.39 Claro Qualquer 0,30 0,30 0,30 0,30 Tim Qualquer 0,39 0,39 0,39 0,39 Oi Qualquer 0,39 0,39 0,39 0,39

É importante destacar que este preço independe da localização do celular para o qual é enviado o torpedo. Além disso, o preço é o mesmo para celulares em qualquer local do Brasil e as operadoras, exceto a Tim, disponibilizam torpedos em seu site de forma gratuita para seus clientes.

Para o serviço de mensagens multimídia, os preços variam conforme a Tabela 5 e as mensagens podem ser enviadas para celulares da própria operadora e de outras operadoras com a qual a operadora de origem tenha acordo. Quando em roaming, as tarifas podem ser diferentes dependendo do plano e do estado:

Tabela 5. Tarifas cobradas por mensagens multimídia (UCEL, 2010b).

Operadora

Área de Registro do

Celular

De planos pós-pagos De planos pré-pagos

Mesma operadora Outra operadora Mesma operadora Outra operadora Vivo Qualquer 0,60 0,60 0.90 0.90 Claro Qualquer 0,60 0,60 0,60 0,60 Tim Qualquer 0,99 0,99 0,99 0,99 Oi Qualquer 0,49 0,49 0,49 0,49

Já a Tabela 6 expõe os valores cobrados pelo serviço de acesso à Internet.

Tabela 6. Tarifa cobrada por MByte para acesso à Internet via celular (UCEL, 2010c).

Operadora Tecnologia Plano pós-pago Plano pré-pago

Vivo GPRS ou EDGE 4,00 5,00

Claro GPRS ou EDGE 6,00 6,00

Tim GPRS ou EDGE 5,99 15,73

Oi GPRS 8,00 8,00

Alguns fatores devem ser considerados para essa análise: (i) as operadoras, a exemplo da Tim, começaram a criar planos com taxas mais accessíveis visando popularizar o serviço;

(29)

(ii) Os celulares que possuem a tecnologia Wi-Fi podem acessar gratuitamente em locais que oferecem tal serviço. (iii) O tamanho da mensagem é importante, visto que os valores são cobrados por MByte.

2.6

Sensibilidade a Erros

Quando se trata de uma aplicação que faz uso do serviço de mensagens multimídia, deve-se considerar que o ambiente em questão trata-se de uma rede, na qual usuários, possivelmente em movimento, estão conectados a uma estrutura de rede maior, através de um enlace sem fio, utilizando alguns protocolos para efetuar a comunicação.

A mobilidade é o grande diferencial destas redes, no entanto a redução da força ou desaparecimento do sinal, interferência de outras fontes e propagação multivias são alguns fatores consideráveis que sugerem que erros em redes sem fio sejam mais freqüentes (KUROSE & ROSS, 2006). Embora tais redes sejam providas de mecanismos de detecção de erros mais complexos e utilize protocolos que têm a função de retransmitir quadros corrompidos, ocorre algumas vezes de mensagens serem entregues com um atraso considerável.

A entrega da mensagem é garantida pelas características das centrais SMS e MMS. A metodologia store and forward permite que as mensagens, anteriormente armazenadas, possam ser reenviadas para o destinatário, caso os aparelhos encontrem-se num primeiro momento desligados, fora da área de serviço, ou até mesmo pelo congestionamento da rede, o que ocorre com freqüência em épocas festivas. Entretanto, tendo em vista o objetivo do projeto em proporcionar maior velocidade na divulgação da informação, este fator é de extrema relevância e deve ser analisado.

2.7

Tecnologia

O modelo da aplicação propõe a utilização do MMS para divulgação das principais informações referentes às atividades acadêmicas. Uma vez que o trabalho não foca apenas em

(30)

pesquisa, mas também em desenvolvimento, é imprescindível expor o procedimento que torna possível a criação e o envio das mensagens. Esta seção se desenvolve com este sentido, fazendo também abordagens a arquitetura do MMS e os protocolos envolvidos na comunicação.

2.7.1

Arquitetura MMS

A arquitetura MMS é definida por elementos os quais em conjunto são responsáveis pela formação de um macro ambiente, exposto pela Figura 4, denominado de Multimedia

Message Service Environment (MMSE) (MESQUITA, 2003).

Figura 4. Arquitetura MMS (FORUM NOKIA, 2003).

Nota-se a presença dos terminais, que nada mais são que aparelhos celulares que possuem suporte ao serviço; da central MMS (MMSC); da central SMS (SMSC), indicando que o sistema também faz uso do serviço de mensagens curtas; e do WAP Gateway, plataforma responsável por conectar o telefone celular à Internet através da rede móvel. Os

(31)

protocolos WSP POST, WSP GET e WSP PUSH viabilizam a transferência das mensagens multimídias (FIORESE, 2005).

2.7.2

Procedimentos de Envio e Recebimento de Mensagens Multimídia

O protocolo utilizado como mecanismo de transporte para as mensagens MMS é o WAP, a partir do WSP. Este último assemelha-se muito com o protocolo de aplicação HTTP, utilizado na transferência de documentos ou páginas na Web. O WSP possui uma codificação especial de seu conteúdo visando aperfeiçoar a transferência pelo protocolo de interface aérea (MESQUITA, 2003). O procedimento de envio e recebimento de mensagens multimídia a partir do WSP ocorre conforme a Tabela 7.

Tabela 7. Procedimento de envio e recebimento de uma mensagem multimídia (FORUM NOKIA, 2003). A: Remetente envia a mensagem

• O remetente da mensagem endereça-a ao destinatário;

• O terminal que contêm informações da MMSC inicia uma conexão WAP e envia a MM como conteúdo de WSP POST;

• MMSC recebe a mensagem e responde ao remetente sobre a mesma conexão WAP. O terminal do remetente indica como resposta “mensagem enviada”.

B: MMSC informa o terminal de destino

• MMSC tenta mandar mensagem de indicação de mensagem ao terminal de destino via WAP

Push.

C: Destinatário busca mensagem na MMSC

• Assumindo que o terminal de destino está configurado para aceitar mensagens multimídia, ele inicia uma conexão WAP e utiliza WSP GET para solicitar o recebimento da MM que está armazenada na MMSC;

• A mensagem é então enviada ao destino como conteúdo de WSP GET RESPONSE sobre a mesma conexão WAP. O terminal de destino então indica como resposta “mensagem recebida”.

• Sobre a mesma conexão WAP o terminal que acabou de receber a mensagem responde com uma mensagem WSP POST a confirmação de recebimento.

D: MMSC informa remetente sobre a entrega

• MMSC utiliza WAP PUSH para indicar ao remetente que a mensagem foi entregue. O terminal do remetente indica resposta de “mensagem entregue”.

(32)

2.7.3

Formato das Mensagens Multimídia

Na maior parte da comunicação, o que realmente está sendo enviado são MMS

Protocol Data Units (PDUs). Um MMS PDU consiste em um cabeçalho e um corpo os quais

são encapsulados na seção de conteúdo (WSP Content) da mensagem WSP.

Observa-se no Apêndice C que o tipo de conteúdo (Content Type) das mensagens é definido como application/vnd.wap.mms, indicando que se trata de uma mensagem MMS (FORUM NOKIA, 2003).

As especificações desses PDUs estão definidas no WAP-206 e WAP-209 (WAP FORUM, 2010). Os três primeiros parâmetros do cabeçalho (MMS Header) de uma MMS PDU são X-Mms-Message-Type, X-Mms-Transaction-ID, e X-Mms-MMS-Version, nessa ordem. O primeiro indica o tipo da transação, o segundo determina um identificador único para a mensagem e o terceiro, informa o número da versão do MMS. O outro parâmetro é o

Content-Type, que informa o tipo de conteúdo presente na mensagem, neste caso, definido

pela Synchronization Multimedia Integration Language (SMIL). Por último encontra-se o corpo da mensagem (Message body) constituído por conteúdos de formatos diversos (FORUM NOKIA, 2003).

2.7.4

Codificação Java

Enquanto o MMS PDU, ilustrado no Apêndice C, detalha a estrutura de uma mensagem multimídia, a arquitetura MMS da Figura 4 descreve o procedimento de envio e recebimento dos arquivos gerados. A Figura 5 ilustra algumas passagens do algoritmo Java responsável pela especificação do cabeçalho do “objeto” MMS PDU.

(33)

Figura 5. Código Java para criação do cabeçalho de uma mensagem multimídia.

A Tabela 8 descreve as funcionalidades dos métodos existentes na Figura 5.

Tabela 8. Funcionalidades dos métodos para formação do cabeçalho de uma mensagem multimídia.

Método Funcionalidade

setMessageType() Especifica o tipo da mensagem.

setTransactionId() Identifica a mensagem.

setVersion() A versão do MMS utilizada.

setFrom() Indica o mandatário.

setDestiny() Criado para identificar todos os destinatários.

setSubject() Contém o título da mensagem

setContentType() Indica o tipo do conteúdo

O MMS PDU define também o conteúdo da mensagem, a partir da utilização da classe

MMContent. A última realiza a leitura de um arquivo específico, verifica o tipo do arquivo e

adiciona à seção de conteúdo do WSP Content, conforme a Figura 6.

(34)

Observa-se que quatro formatos de mídia são tratados pelo algoritmo, variando entre arquivos de texto (.txt), imagem (.jpeg), áudio (.amr) e vídeo (.3gp). A utilização destes formatos deve-se a compatibilidade dos mesmos com dispositivos celulares mais simples.

Após a criação da mensagem ocorre o processo de codificação. Este é feito utilizando o algoritmo da Figura 7, a partir da classe MMEncoder e seus métodos – setMessage() e

encodeMessage(). O primeiro define a mensagem a ser codificada. O outro realiza a

codificação de fato. Após este processo, um arquivo no formato .mms é criado para posterior envio.

Figura 7. Algoritmo de codificação da mensagem multimídia.

Consta na API Java um grupo de classes e métodos capazes de desempenhar o procedimento de envio e também confirmação de entrega de mensagens multimídia. A classe

MMSSender, citada na Figura 8, define alguns métodos responsáveis pela comunicação com a

central MMS. O setMMSCURL() consta o endereço e a porta por onde a comunicação será realizada. Já o método send() envia a mensagem e gera uma resposta referente ao resultado da entrega. Esta resposta é analisada pela classe MMResponse, através do método

getResponseCode(), indicando o sucesso (Accept) ou falha (FAIL) da operação.

(35)

3

Metodologia

Visando alcançar os objetivos propostos, o estudo foi organizado de tal forma, que primeiro buscou-se realizar uma análise de viabilidade acerca da inserção da telefonia móvel nas atividades acadêmicas e de intermediação de mão de obra, por meio dos serviços de valor adicionado para posteriormente, consolidar os conhecimentos acerca da tecnologia que envolve a telefonia móvel celular e desenvolver uma aplicação com este propósito.

Os números que envolvem a telefonia móvel celular e visivelmente colocam esta como um mercado ainda em potencial, foram os fatores motivacionais para o desenvolvimento da proposta. A partir desta visão inicial, livros, artigos, revistas, entrevistas e sites, foram utilizados para verificar as estatísticas que envolvem os serviços de valor adicionado, levando em consideração as tendências, como também outros serviços, que embora menos recentes, ainda possuem grande utilidade.

Assuntos diversos acerca da tecnologia foram referenciados. Num contexto histórico, realizou-se um estudo que permitiu compreender os fatores motivacionais que impulsionaram o avanço da tecnologia celular e desencadearam as transições de gerações. No campo tecnológico, o estudo permitiu a compreensão da estrutura de uma rede que oferece suporte aos serviços de mensagens multimídia, expondo os protocolos envolvidos na comunicação e a forma como a mensagem é criada e encaminhada ao seu destino.

Ao passo que estes conceitos foram adquiridos, pesquisas foram realizadas visando observar os projetos que estão sendo propostos neste sentido, bem como o atual comportamento das empresas que conduzem o desenvolvimento de aplicativos que envolvem a tecnologia móvel celular. As pesquisas acerca do serviço que se desejava oferecer revelaram ferramentas capazes de simular plataformas como aparelhos celulares, MMS Center e WAP

Gateway, as quais foram usadas para a realização dos testes da aplicação. Outras ferramentas

como o Eclipse e o NetBeans foram utilizadas para o desenvolvimento da aplicação.

Dentre as métricas de viabilidade também foram considerados os custos dos serviços e os fatores que poderiam sujeitar o sistema a erros. Fez-se então um comparativo entre as tarifas cobradas e as condições de uso oferecidas pelas principais operadoras que regem a telefonia celular no estado. Além disso, mensagens foram enviadas a partir dos sites de algumas das operadoras para medir o tempo de entrega e a freqüência de erros. A partir daí,

(36)

obteve-se condições suficientes para propor, elaborar e desenvolver uma proposta de aplicação para redes celulares que possa agregar utilidade a baixo custo.

Uma vez que a existência de material que envolvesse de fato o tema em questão é escassa, a análise de viabilidade se deu mediante pesquisas quantitativas. Para o serviço de intermediação de mão de obra prestado pelo SINE foi utilizado como referência os dados coletados no atendimento ao cidadão em processo de cadastramento junto ao SineBahia – unidade de Alagoinhas, afim de avaliar a quantidade de pessoas que se cadastram e possuem aparelhos celulares e emails. Visto que o Sigae WEB, software utilizado pelo SINE para auxiliar no desempenho das atividades, oferece recursos relacionados à Internet e a telefonia, mediante envio de emails e mensagens de texto respectivamente, o procedimento também foi avaliado, de forma a propor uma modificação que viesse proporcionar melhorias no serviço.

Quanto ao estudo de viabilidade de inserir a telefonia celular nas instituições de ensino, foram utilizados questionários que buscaram informações acerca de como a Internet e a tecnologia celular são utilizados nas atividades acadêmicas em Universidades. O processo abordou estudantes de cursos diversos da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e da Faculdade Regional da Bahia (UNIRB) - campus Alagoinhas.

Após as fases de fundamentação teórica e implementação, os resultados obtidos foram analisados, de maneira a possibilitar a conclusão do trabalho. Visto que o desenvolvimento da aplicação apenas ocorreu em nível de simulação, o aperfeiçoamento e término da mesma ficaram como trabalhos futuros.

(37)

4

Resultados e Discussões

A metodologia utilizada por este projeto aborda dois momentos os quais em conjunto possibilitam que os objetivos propostos venham ser alcançados: (i) estudo de viabilidade; (ii) desenvolvimento. Visto a importância e necessidade de primeiro realizar uma análise de viabilidade para a implantação de qualquer sistema, os primeiros resultados surgem a partir da coleta dos dados referentes às atividades utilizadas como estudo de caso. Só então, um modelo de aplicação poderá ser proposto, e os resultados das implementações dos módulos do sistema expostos.

4.1

Análise de Viabilidade

A metodologia de pesquisa utilizada permitiu extrair dados que denunciam as características mais comuns, em termos de acesso à telefonia celular e Internet, aos usuários do serviço de intermediação de mão de obra e atividades acadêmicas. Por outro lado, a comparação entre os serviços de valor adicionado analisados, levando em consideração os custos, as tecnologias suportadas e peculiaridades que possam interferir no funcionamento sistema, possibilitou identificar uma metodologia mais eficiente, para o processo de intermediação de mão de obra, e o serviço de valor adicionado mais adequado para ser utilizado nas duas atividades abordadas.

4.1.1

Intermediação de Mão de Obra

Os resultados que se referem à análise do serviço de intermediação de mão de obra foram obtidos a partir da simples análise dos dados informados no processo de cadastramento do cidadão junto ao SineBahia – unidade de Alagoinhas. Verificou-se a proporção de trabalhadores que possuem telefones celulares e email.

(38)

Os dados foram coletados em sete dias distintos, sendo analisadas neste período cinqüenta pessoas. O Gráfico 1 ilustra o percentual dos candidatos às vagas entrevistadas. De fato revela-se que a quantidade dos usuários do serviço (trabalhadores em busca de empregos) que possuem email (27,45%) é bem menor do que a daqueles que são portadores de telefones celulares (94,12%), quase a totalidade, o que sugere a utilização deste equipamento como principal meio de comunicação entre os empregadores, o SineBahia e os candidatos. 5,88% dos trabalhadores, representados no gráfico como “Nenhum”, não possuem nem email nem celular como meio de comunicação, fato que vem a dificultar e muito o processo de intermediação.

Gráfico 1. Tecnologias utilizadas pelos trabalhadores entrevistados.

Com base nestas considerações, a introdução dos serviços de mensagens pelo celular para este caso, considerando por enquanto, apenas a forma utilizada para divulgação das informações sobre vagas disponíveis, mostra-se mais eficaz do que a utilização do email. Ao mesmo tempo, outras vantagens serão atreladas ao serviço:

• Consistência da informação: ocorre que as emissoras de rádio e televisão, Internet e jornais muitas vezes divulgam vagas que não estão de fato disponíveis.

• Modificação na forma de se realizar convocações para entrevistas: quando as vagas não são preenchidas, às vezes por falta de conhecimento pelo provável candidato, as convocações são realizadas mediante telefonemas, implicando em mais custos.

(39)

4.1.2

Atividades Acadêmicas

Ao passo que a grande maioria dos cadastrados junto ao SineBahia/Alagoinhas analisados são portadores de aparelhos celulares, 100% dos estudantes da UEFS e da UNIRB entrevistados possuem a tecnologia. Foram abordadas na pesquisa 117 pessoas, sendo que 69 são estudantes da UEFS e 53 da UNIRB. Estes dados condizem com as estatísticas anteriormente apresentadas, a qual afirma que o número de celulares ativos no Brasil é quase que equivalente ao número de habitantes.

Utilizar uma instituição da rede pública e outra da rede privada acabaram por evidenciar algumas distinções e similaridades acerca das formas utilização da Internet (para prestação de serviços acadêmicos) e da telefonia celular. Embora a amostragem de instituições seja ínfima, os dados podem servir como motivação para estudos futuros que visam atender este propósito. Considerando tal possibilidade, os resultados serão apresentados em separado, mas mantendo o objetivo de explicitar a viabilidade da inserção da telefonia móvel para qualquer instituição de ensino superior.

Diante da diversidade de recursos e serviços oferecidos pela telefonia celular, as formas de utilização da tecnologia são variáveis de pessoa para pessoa. O Gráfico 2 exemplifica tal afirmação ilustrando a freqüência como que os estudantes utilizam o serviço de mensagens curtas.

Gráfico 2. Utilização de SMS.

Embora os dados indiquem que a imensa maioria dos entrevistados utiliza o SMS, a intensidade de utilização do serviço é variável. De fato quando comparados com a população norte-americana e até mesmo de outros países da America do Sul, o Brasil utiliza muito pouco

(40)

o SMS e muito disso se deve a grande quantidade de impostos cobrados que elevam o custo do serviço.

O Brasil tem 103 milhões de usuários de celular que enviam em média 5 SMS por mês, gerando um tráfego mensal da ordem de 500 milhões de mensagens de texto por mês e o grande freio do crescimento se deve ao alto custo deste serviço. Enquanto na Argentina a média de preço de um SMS é US$ 0.05, no Brasil é de US$ 0.18 (UCEL, 2007).

Neste intervalo de tempo, 2007 a 2010, salvo algumas promoções, pouco se alterou em relação aos preços, conforme se pôde ser notado anteriormente a partir da Tabela 4.

Bem menos utilizado que o SMS é o MMS. O número de entrevistados que nunca utilizaram o serviço é bastante significativo. De fato pouco foi feito em termos de aplicações que englobam o serviço de mensagens multimídia, o que dificultou a difusão e popularização da tecnologia. O Gráfico 3 esboça a freqüência com que os entrevistados utilizam este serviço.

Gráfico 3. Utilização MMS.

Com a chegada da Terceira Geração celular, o que se fala é do acesso à Internet banda larga pelo próprio dispositivo celular. Por meio deste, os usuários poderiam acessar WEB

sites, visualizar seus e-mails e baixar arquivos de formato diversos. Entretanto é necessária

infra-estrutura adequada para que o serviço seja difundido. Além da ampliação da cobertura 3G, é imprescindível a popularização de aparelhos que suportam tal tecnologia.

Os dados coletados com o questionário do Apêndice D permitem identificar que boa parte dos entrevistados já aderiu a tecnologia. Enquanto 50% dos entrevistados da Faculdade UNIRB já possuem celulares com suporte a 3G, aproximadamente 44,5% dos estudantes da UEFS entrevistados também são portadores da tecnologia. Os números são superiores à média nacional, já que o Brasil terminou Setembro/2010 com 16 milhões de celulares 3G, equivalente a 7,8% dos celulares do Brasil (TELECO, 2010d).

(41)

Por outro lado, quando se trata de acesso à Internet e utilização do serviço de emails pelo dispositivo os números não condizem com o parágrafo anterior. O Gráfico 4 expõe a freqüência de utilização do serviço de email pelo celular por parte dos entrevistados.

Gráfico 4. Utilização do serviço de email pelo celular.

Enquanto 84,13% dos estudantes da UEFS entrevistados nunca utilizaram o serviço, 15.87% já utilizaram, sendo que apenas 4,76% utilizam com muita freqüência o serviço de email. Quanto aos entrevistados da UNIRB, embora ainda seja muito pouco, existe uma quantidade maior de estudantes que utilizam o serviço de email, chegando aproximadamente a 34%. Embora não se tenha feito nenhum estudo com este propósito, boa parte dos alunos da UNIRB são pessoas que já trabalham e possuem renda própria. Isso viria justificar tais percentuais.

Quando se trata de acesso à Internet pelo celular, os números são bem similares ao de utilização do email, conforme expõe o Gráfico 5.

Gráfico 5. Acesso à Internet pelo celular.

Diferente do que ocorre no processo de intermediação de mão de obra prestado pelo SineBahia/Alagoinhas, o acesso à Internet (sem ser pelo celular) por parte dos estudantes das instituições de ensino superior é bastante comum. Em virtude disso as Faculdades e Universidades investem gradativamente em seus sites, acrescentando o maior número possível de serviços prestados e informações relevantes para o desempenho das atividades acadêmicas.

(42)

O Gráfico 6 aborda o percentual de pessoas que acessam os WEB sites de suas respectivas instituições de ensino, dando ênfase à freqüência com que o processo é efetuado, para obtenção de alguma informação de seu interesse e/ou a realização de alguma atividade.

Gráfico 6. Acesso à WEB site da instituição.

No comparativo entre as instituições analisadas observa-se um maior interesse dos estudantes da UEFS por maior acesso ao site. Este fato é justificável pela diversificação do conteúdo presente no site da UEFS tais como matrícula WEB, portal do estudante, portal da CAPES, portal do servidor, entre outros.

A Internet não foi inserida nas instituições de ensino apenas por meio dos WEB sites e portais eletrônicos. Os grupos de email constituem outras formas bastante utilizadas para o compartilhamento de informações relacionadas com alguma disciplina ou ao curso como um todo. O Gráfico 7 pode mostrar quão este recurso é utilizado.

Gráfico 7. Participação em grupos de email.

Já o Gráfico 8 expõe os mais variados conteúdos que circulam nas WEB sites, grupos de email e portais eletrônicos das instituições de ensino superior, indicando aqueles que são mais desejados pelos estudantes.

Referências

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