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TrabDR teorico G2010287

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Análise de artigos sobre a utilização de imagens de satélite

para o estudo das Cheias e Inundações

Telmo Brás (g2010287)

Mestrado em Ciência e Sistemas de Informação Geográfica – 10ª Edição Unidade Curricular de Detecção Remota

Instituto Superior de Estatística e Gestão da Informação – Universidade Nova de Lisboa, Portugal telmobras@gmail.com

05/2011 TEMA PRINCIPAL: Cheias, Inundações e Detecção Remota TIPO DE ARTIGO: Artigo Científico

RESUMO

A realização deste trabalho visa dar resposta às seguintes questões: “De que forma a detecção Remota poderá ser utilizada para a compreensão e estudo de fenómenos como as cheias e inundações? Quais as metodologias utilizadas em diferentes locais do Mundo relacionadas com esta problemática (cheias e inundações)?”. Para tentar responder a estas perguntas foram seleccionados três artigos onde são apresentadas a detecção remota e os SIG como ferramentas cada vez mais importantes na previsão, monitorização, análise, modelação e estudo destes fenómenos hidrológicos que ao longo dos tempos tantos prejuízos (humanos, materiais, económicos, etc.) têm vindo a causar. Os artigos escolhidos abordam várias questões relacionadas com o estudo das cheias e inundações com recurso à Detecção Remota e a ferramentas SIG, se no primeiro artigo é apresentada um caso de estudo sobre a determinação do risco de cheia no ribeiro Yeniçiftlik na Turquia, já no segundo o foco está sobre os efeitos da cheia de 1982 e 1983 na distribuição da vegetação da planície aluvial do alto rio Paraná no Brasil, e o terceiro artigo apresenta um caso de estudo onde a detecção remota é os SIG são utilizados para avaliar os estragos provocados pelas inundações após o Ciclone tropical Gonu em 2007, na cidade de Mascate no Omã. Como se pode observar a problemática relacionada com as cheias e inundações é um fenómeno global, ao longo deste trabalho, serão analisados três artigos que ilustram diferentes abordagens, a diferentes fases e em três continentes diferentes, Europa, Ásia e América.

PALAVRAS-CHAVE: cheias, detecção remota, SIG.

1 INTRODUÇÃO

Segundo (Ramos, 2008, citado por Carvalho, 2010) as cheias são um “Fenómeno hidrológico extremo, de frequência variável, natural ou induzido pela acção humana, que consiste no transbordo de um curso de água relativamente ao seu leito ordinário, originando a inundação dos terrenos ribeirinhos.”. De forma a complementar esta definição é também apresentada pelo mesmo autor a definição de inundação, como um “Fenómeno hidrológico extremo, de frequência variável, natural ou induzido pela acção humana, que consiste na submersão de uma área usualmente emersa.”. Tendo em conta as definições aqui apresentadas pode-se então afirmar que todas as cheias originam inundações mas que nem todas as inundações são originadas por cheias. Os dois primeiros artigos que serão apresentados neste trabalho referem-se a casos de estudo de cheias com recurso a ferramentas de detecção remota e SIG, já o terceiro artigo centra a sua análise na utilização da detecção remota para avaliar os estragos provocados pelas inundações após Ciclone tropical Gonu em 2007, na cidade de Mascate no Omã. Por outras palavras os temas comuns a todos estes artigos são as inundações, e a detecção remota.

O Concelho de Constância, todos os anos é fustigado com cheias devido a sua especial localização geográfica, pois é atravessado pelo Rio Tejo e delimitado a Oeste na sua parte norte pelo Rio Zêzere. O facto de trabalhar nesse Concelho levou a que estivesse mais desperto para esta problemática (cheias) e sentisse necessidade de conhecer as metodologias utilizadas, um pouco por todo o mundo, em Detecção Remota e SIG para posteriormente poderem vir a ser aplicadas no Concelho de Constância de forma a criar modelos de previsão, de análise, de monitorização e de avaliação de danos.

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2 RESUMO DOS ARTIGOS

Nos seguintes pontos será apresentado um breve resumo de cada um dos artigos seleccionados para a elaboração deste trabalho, por fim será apresentado um quadro resumo dos três artigos onde serão comparadas as problemáticas de cada um dos casos e enunciados os dados iniciais (imagens de satélite) e as metodologias utilizadas para a resolução dos problemas apresentados.

2.1 ARTIGO 1

O primeiro artigo intitulado “Determination of flood risks in the yeniçiftlik stream basin by using remote sensing and GIS techniques” é um caso de estudo realizado para a bacia hidrográfica do ribeiro (pequeno rio) Yeniçiftlik na Turquia nesse estudo são apresentadas duas metodologias para a criação de modelos SIG que possam ajudar a calcular os riscos de cheias.

Se analisarmos o artigo como um todo poderemos dizer que é dado um maior ênfase à parte de modelação SIG que propriamente à detecção remota no entanto uma das grandes ideias a reter com a leitura deste artigo é que seria bastante difícil criar um bom modelo de risco de cheias (neste caso 2 bons modelos) se a informação de input não fosse de qualidade, os autores do artigo (Irfan Akar, D. Maktav, C. Uysal) alertam para esse facto pelo menos duas vezes ao longo do texto (resumo e na conclusão). Isto para dizer que a detecção remota teve aqui um papel importante e.g., na criação de informação referente à ocupação do solo, e ao mapeamento de vegetação informação que viria a ser utilizada como input nos modelos apresentados.

“Remote Sensing data were used in determining land use, demonstrating changes in land use, determining the river basin characteristics of the study field, and creating geometrical data for the floods”

Irfan Akar, D. Maktav, C. Uysal Pouco é dito sobre a técnica utilizada para extrair a informação geográfica das imagens de satélite IKONOS pan-sharpened do dia 02/03/2008 apenas é referido que as cartas de uso do solo e de vegetação foram determinadas usando um classificador supervisionado.

Para além das imagens de satélite, os dados necessários, para a criação dos modelos, dos quais iremos falar de seguida, foram obtidos com recurso a mapas topográficos e geológicos, cartas de uso dos solos, cartas de vegetação à escala 1:25000, para além disso foram ainda utilizadas imagens áreas de 2006.

Os métodos apresentados para a criação dos modelos são de complexidade bastante diferenciada mas com um denominador comum uma preparação prévia de informação comum aos dois métodos/modelos que será utilizada como informação de input.

O primeiro método apresentado na Figura 1 do lado esquerdo é um método que utiliza como software, o ArcGis 9.2, o Hec-GEORAS que é uma extensão para ArcGis criada para gerar dados espaciais e o Hec-RAS software de hidráulica, criado pelo departamento de engenharia do exército dos Estados Unidos da América, que serve para calcular os fluxos de águas de superfície. Através deste método criaram-se modelos de cheias para 10, 50 e 100 anos.

Figura 1 - Do lado esquerdo é apresentado o fluxograma utilizando o método do Hec-GEORAS e Hec-RAS. Do Lado Direito é apresentado o fluxograma do método MCDA. Fonte: In “Determination of flood risks in the yeniçiftlik stream basin by using remote sensing and GIS techniques”

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O segundo método apresentado neste artigo é o multi-criteria decision analysis (MCDA), foi implementado em ArcGis 9.2 com a extensão Spatial Analyst. Na Figura 1à direita é apresentado o fluxograma deste método que assenta numa filosofia de álgebra de mapas que se baseia na atribuição de diferentes “pesos” a várias variáveis de input. Como se pode observar na Figura 2, as variáveis de input consideradas importantes para a determinação das áreas de risco de cheia foram, o tipo de solo, a geologia, o uso do solo, a altitude, as orientações das vertentes e o declive em graus. São ainda apresentados na Figura 2, os “pesos” atribuídos a cada uma das variáveis de input do método MCDA.

Figura 2 - Diagrama com os pesos atribuídos aos vários inputs do método MCDA. Fonte: In “Determination of flood risks in the yeniçiftlik stream basin by using remote sensing and GIS techniques”

As principais conclusões que os autores retiraram da realização do trabalho, apresentado neste artigo, é que existe um elevado risco de cheia para a região da bacia hidrográfica do ribeiro Yeniçiftlik e que no caso da modelação com recurso a softwares como o Hec-GEORAS e Hec-RAS existe a necessidade futura de recolher mais e melhor informação para permitir a criação de um modelo mais realístico. Em modelação SIG esta questão foi abordada numa perspectiva mais negativa onde ficou na retina a frase “garbage in = garbage out” pois se “a qualidade e a adequabilidade dos dados com que se alimenta o modelo não é apropriada então o valor do output do modelo também não o será.”. (Cabral, 2011)

2.2 ARTIGO 2

No segundo artigo, “Diagnóstico dos efeitos causados pelas cheias excepcionais de 1982/1983 sobre a planície inundacional do Alto Rio Paraná (PR-MS)”, ao contrário do anterior é apresentado um problema típico da aplicabilidade de ferramentas de detecção remota à problemática das cheias, aqui através de detecção remota tenta-se compreender as modificações ocorridas no coberto vegetal, da planície de inundação do Alto rio Paraná (Brasil), após as grandes cheias do inicio da década de 80 as maiores do século XX.

Os autores (Couto, Hayakawa, Souza-Filho, 2010) deste artigo começam por apresentar a seguinte definição de áreas inundáveis:

“Áreas inundáveis são complexos ecossistemas com a dinâmica adaptada ou tolerante a solos inundados, ou que periodicamente sejam inundados, e que tem papel fundamental no controle de inundações, manutenções de aqüíferos, ciclagem de nutrientes, controle da erosão e sedimentação, alem de abrigar uma biota característica, onde se incluem muitas espécies de animais e plantas de interesse e importância para o homem”

(ESTEVES, 1998 apud COMUNELLO 2001) Na sequência da definição em cima apresentada definem planícies de inundação que também poderão ser designadas como várzeas, pantanais ou varjões como áreas de grande importância ecológica pois são constituídas pelo binómio ecológico terra – água servindo de abrigo a uma abundante e diversificada fauna e flora.

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É a vegetação da planície de inundação do Alto rio Paraná que será objecto de estudo isto porque de todos os elementos que constituem uma planície de inundação a vegetação é aquela que é mais atingida pela dinâmica de cheias e vazantes características destas zonas. É dado especial enfoque a cheia de 1982/1983 e a cheia de 1985 pois foram aquelas que devido a sua dimensão poderia não só ter modificado a morfologia da planície bem como a distribuição de toda a flora que constituí este habitat.

Normalmente as modificações verificadas ao nível do coberto vegetal destas áreas estão fortemente correlacionadas com a diminuição da altura da inundação e da dinâmica fluvial. (Comunello, 2001, apud Couto, Hayakawa, Souza-Filho, 2010)

Para a realização deste trabalho foram utilizadas duas imagens de satélite uma anterior á ocorrência da cheia e outra posterior. A imagem pré-cheia é uma Landsat-2/MSS (órbita ponto 240/076) datada de 23/11/1981 e a imagem pós-cheia é uma imagem Landsat-5/TM (órbita ponto 223/076) datada de 30/07/1985. Para o processamento destas imagens foi utilizado o software SPRING 4.3.3 e o Global Mapper 7.4.

Já no que se refere à metodologia esta foi dividida nas seguintes tarefas: a) Aquisição das imagens de satélite;

b) Georreferenciação da imagem de 23/11/1981 com base na imagem de 30/07/1985; c) Segmentação das imagens;

d) Classificação assistida;

e) Elaboração dos mapas temáticos; f) Cálculo das classes temáticas;

Foi necessário efectuar a segmentação como pré-requisito para a classificação não assistida, o método de segmentação utilizado foi o método por crescimento de regiões que segundo (Caetano 2011) “consiste em agrupar pixels, ou sub-regiões, em regiões maiores. O procedimento começa por, a partir de um pequeno conjunto de pixels da imagem (seed pixels), agrupar pixels vizinhos que tenham propriedades semelhantes (e.g. nível de intensidade, textura ou cor).”

Já no que se refere à classificação assistida utilizou-se o algoritmo de Bhattacharyya que “trabalha com a distância denominada distância de Bhattacharyya, que é utilizada para medir a separabilidade estatística entre um par de classes espectrais, ou seja, mede a distância média entre as distribuições de probabilidades dessas classes.” (Góes, Filho, Carvalho, 2006)

As classes temáticas para a criação de cartas de ocupação do solo foram definidas de acordo com o apresentado no Quadro 1.

Quadro 1 - Geo-classes utilizadas para a classificação dos estratos de vegetação para a planície de inundação do Alto rio Paraná. Fonte: In “Diagnóstico dos efeitos causados pelas cheias excepcionais de 1982/1983 sobre a planície inundacional do Alto Rio Paraná (PR-MS)”

UNIDADES MAPEADAS

CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS CLASSES DE COBERTURA

Classe de cobertura Fotointerpretação na imagem

Vegetação Arbórea

Vegetação caracterizada pela presença de árvores; estratificação com dois estratos: arbóreo e arbustivo; altura média das árvores de aproximadamente 20 m; dossel fechado, com alguns indivíduos emergentes e de copas frondosas.

Textura rugosa e com presença de som bra, o que indica

individualização do dossel. Também pode apresentar textura homogênea, indicando a estrutura florestal complexa e não alterada. Vegetação

arbustiva e gramíneas

Vegetação dominada por arbustos e arvoretas, de 1 a 5m de altura aproximadamente; com algumas espécies que apresentam ramificações laterais, com muitos galhos e copas pouco frondosas. Vegetação rasteira ou herbácea; predomínio de gramíneas; poucas árvores ou arbustos geralmente muito espaçados.

Caráter contínuo, não uniforme; expressão de contorno irregular; dossel em estratos; estrutura não organizada. Caráter contínuo, expressão de contorno irregular, estrutura não aparente (aspecto maciço); extrato dominante rasteiro ou herbáceo; densidade de cobertura do solo muito alta.

Rios, ressacos e Lagoas

Vegetação dominada por arbustos e arvoretas, de 1 a 5m de altura aproximadamente; com algumas espécies que apresentam ramificações laterais, com muitos galhos e copas pouco frondosas. Vegetação rasteira ou herbácea; predomínio de gramíneas; poucas árvores ou arbustos geralmente muito espaçados.

Textura lisa, cor escura (alta absorção), tamanho e forma variáveis.

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Solo Exposto

Área desprovida de qualquer revestimento vegetal. Área desprovida de qualquer revestimento vegetal, com formatos (linear, retangular, quadrado e etc.) aparentes.

Este estudo demonstra que após uma cheia de grande magnitude a área ocupada pela vegetação arbustiva e gramíneas características destes ecossistemas é reduzida drasticamente, as áreas de vegetação arbórea também diminuíram mas estas devido à desflorestação. Já as áreas ocupadas por solo nu e por aquíferos (rios, lagoas, etc,) aumentam substancialmente como poderemos observar através dos gráficos na Figura 3.

Figura 3 - Percentagem relativa da área ocupada por cada classe de vegetação em relação à área total da área de estudo em Novembro de 1981 e em Julho de 1985. Fonte: In “Diagnóstico dos efeitos causados pelas cheias excepcionais de 1982/1983 sobre a planície inundacional do Alto Rio Paraná (PR-MS)”

2.3 ARTIGO 3

O terceiro artigo intitulado, “Using remote sensing and GIS for damage assessment after flooding, the case of Muscat, Oman after Gonu tropical cyclone 2007: Urban planning perspective”, aborda a questão da avaliação de danos ocorridos na sequência de uma catástrofe natural, ciclone Gonu, com recurso a ferramentas de detecção remota e SIG.

Após um breve enquadramento onde o autor fala um pouco sobre como foi sentido/vivido o ciclone Gonu (aquele que é considerado o ciclone mais forte do Mar Arábico desde que os registos começaram que teve inicio a 1 de Junho de 2007 e chegou ao Omã a 5 de Junho de 2007) no Omã, apresenta as suas características traça um quadro geral dos efeitos por ele (ciclone Gonu) causados enumera algumas das medidas de prevenção tomadas. É apresentada a área de estudo, a cidade de Muscate, e logo de seguida são explanadas algumas formas de contribuição dadas pela detecção remota e pelos SIG para a avaliação dos danos aquando de uma catástrofe deste género.

O trabalho apresentado neste artigo foi realizado com três grandes objectivos em mente que passo a enunciar: 1. Identificar os locais danificados e a sua extensão;

2. Avaliação dos danos causados nos vários locais identificados;

3. Medição do impacto no meio ambiente e no espaço geográfico das áreas afectadas;

Para alcançar estes 3 grandes objectivos o autor definiu uma estratégia de actuação recorrendo á detecção remota e aos SIG, começou por “adquirir”1

duas imagens de satélite IKONOS, uma antes do ciclone datada de 8 de Janeiro de 2006 e outra depois do ciclone datada de 12 de Junho de 2007. As imagens IKONOS são caracterizadas por terem uma grande resolução espacial, a imagem multi-espectral tem uma resolução de cerca de 4 metros e a pancromática uma resolução inferior a 1 metro. Tendo o autor feito uma junção das duas obtendo uma imagem (pan-sharpened) com uma resolução de 1 metro.

Em seguida e após a correcção geométrica das imagens foi utilizada a (Subset function) do software ERDAS Imagine 8.6 com recurso a interpretação visual de forma a extrair as áreas de interesse (AOIs) da imagem pós-inundação. Identificadas as AOIS na imagem mais recente utilizou-se a função (Geolink function) para identificar e comparar essas áreas na imagem antes do ciclone. Esta técnica pode ser chamada de "Geo-linking change detection" porque a comparação entre imagens é baseada na localização geográfica dessas áreas. As áreas onde houve mudança são

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extraídas e é criado um mapa com recurso a ferramenta “Map Composition” por fim é utilizada a ferramenta “Measurement” para calcular área e os perímetros das áreas afectadas. O fluxograma de todo o procedimento é apresentado na Figura 4.

Figura 4 – Fluxograma de todo o procedimento usado no estudo das áreas afectadas pelo ciclone Gonu. Fonte: In “Using remote sensing and GIS for damage assessment after flooding, the case of Muscat, Oman after Gonu tropical cyclone 2007: Urban planning perspective”

Por fim é elaborado um quadro com as áreas e os perímetros de todas as zonas identificadas através da metodologia anteriormente apresentada, isto é bastante importante não só para as entidades estatais poderem entrevir nas zonas afectadas e terem uma quantificação dos prejuízos causados bem como para as companhias de seguros que assim poderão detectar participações fraudulentas.

2.4 QUADRO RESUMO DOS ARTIGOS

Quadro 2 - Quadro resumo dos artigos em análise neste trabalho.

Artigo 1 Artigo 2 Artigo 3

Título “Determination of flood

risks in the yeniçiftlik stream basin by using remote sensing and GIS techniques”

“Diagnóstico dos efeitos causados pelas cheias excepcionais de

1982/1983 sobre a planície inundacional do Alto Rio Paraná (PR-MS)”

“Using remote sensing and GIS for damage assessment after flooding, the case of Muscat, Oman after Gonu tropical cyclone 2007: Urban planning perspective”

Autores Irfan Akar, D. Maktav, C.

Uysal

COUTO, Edivando Vitor do; HAYAKAWA, Ericson Hideki; SOUZA-FILHO, Edvard Elias de

Lotfy Kamal Azaz

Ano de Publicação 2009 2010 2010

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Changing Europe - Edited by Derya Maktav – IOS press

Geografia, Meio Ambiente e Ensino. Vol.01, Nº 01, 1ºSEM/2010

Proceedings/Tagungsband - Editors: Manfred SCHRENK, Vasily V. POPOVICH, Peter ZEILE

Assunto Criação de modelos de

cheias com recurso a ferramentas de detecção remota e SIG.

Avaliação dos efeitos causadas em planícies de inundação após a ocorrência de uma grande cheia, dando particular ênfase às alterações no coberto vegetal (flora) dessas áreas.

Identificação das áreas inundadas e avaliação dos danos após a passagem de um ciclone. Imagens de Satélite Utilizadas IKONOS Landsat-2/MSS Landsat-5/TM IKONOS Software utilizado ArcGis 9.2

Hec-GEORAS Hec-RAS

SPRING 4.3.3 Global Mapper 7.4

ERDAS Imagine 8.6

Metodologia(s) Utilização de classificação assistida, para a

elaboração de mapas temáticos.

Criação de um modelo de cheias com a juda de software específico de hidrlogia.

Um outro método é a utilização do multi-criteria decision analysis (MCDA)

Segmentação das imagens; Classificação assistida; Elaboração de mapas temáticos;

Inspecção visual com apoio do software Erdas. Comparação de imagens do antes e depois do evento.

4 REFLEXÃO DO AUTOR E CONCLUSÕES

A água é um elemento indispensável à vida e foi com a sedentarização do Homem que as primeiras civilizações se fixaram nas áreas próximas dos grandes rios e.g., Nilo, Tigre e Eufrates, com o surgimento de cidades próximas dos rios ou do mar. Desde então que a maior parte das cidades tem vindo a ser construída sobre as planícies de inundações de rios como consequência dessa localização geográfica as cheias e as inundações são fenómenos que tem vindo a caminhar lado a lado com a evolução das cidades.

Com o desenvolvimento das tecnologias SIG e da detecção remota nos finais do século XX, o Homem passou a ter a seu dispor mais ferramentas para poder compreender, prevenir, monitorizar, avaliar e calcular os danos provocados por estas catástrofes naturais.

Os artigos aqui apresentados demonstram inequivocamente a importância da detecção remota e dos SIG para a gestão monitorização destas áreas, no primeiro artigo são construídos dois modelos de cheias que poderão ser utilizados na criação de instrumentos de planeamento que visem prevenir e mitigar os danos provocados por cheias e inundações. Permitirão também no futuro uma resposta mais rápida da Protecção Civil pois os locais onde esses fenómenos (cheias e inundações) se apresentam com maior intensidade estão devidamente cartografados e identificados. Já o segundo artigo têm uma preocupação de caris mais ambiental o estudo aí apresentado visa compreender melhor as alterações quer morfológicas, quer ao nível do coberto vegetal (flora) que ocorrem numa planície de inundação após a ocorrência de uma grande cheia. O terceiro artigo por sua vez está focalizado sobretudo na identificação das áreas afectadas e na avaliação dos danos provocados pelas inundações aqui o papel da detecção remota e a utilização de imagens de grande resolução espacial é importantíssimo pois só dessa maneira é possível inventariar todos os danos ocorridos para que depois se possa intervir adequadamente de forma a minimizar danos futuros.

Analisando especificamente as metodologias utilizadas em cada um dos trabalhos conclui-se que todas elas me parecem ser adequadas para a resolução do seu problema específico aliás todas elas se encontram escudadas em imensa bibliografia que relata a utilização destas metodologias em fenómenos iguais ou similares em outros locais do mundo. No entanto, o primeiro artigo, não dá especial atenção às técnicas de detecção remota centralizando o seu conteúdo na apresentação de técnicas de modelação SIG. Outra das críticas que poderá ser feita à metodologia mas agora do artigo 2, é o facto de não ser utilizado um índice de vegetação, o NDVI ou outro, isto poderia ser bastante útil visto que se estavam a analisar as modificações ocorridas ao nível da vegetação com certeza que daria resultados interessantes.

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Também me parece que as escolhas das imagens é adequada para cada um dos problemas apresentados i.e., no primeiro e no terceiro artigo que são aqueles que trabalham sobre áreas de menor dimensão e em espaço urbano são utilizadas imagens de grande resolução espacial e temporal possibilitando assim a construção de modelos mais fidedignos, no primeiro caso, e uma delimitação das áreas destruídas e consequente avaliação dos danos causados mais pormenorizada no terceiro caso. Já escolha das imagens, Landsat-2/MSS e Landsat-5/TM, parece-me bem pois embora área de análise não seja muito grande é essencialmente uma área de pântano com poucas áreas de construção, para além disso o estudo é sobre as cheias do Alto Rio Paraná na primeira metade da década de 80 do século XX e nessa altura os satélites Landsat eram, dos satélites civis, aqueles que tinham uma maior resolução espacial.2

Uma das principais conclusões a retirar é que estes trabalhos nunca serão concluídos podendo as metodologias utilizadas e os dados utilizados ser alvo de uma análise pormenorizada de forma a melhor a qualidade dos resultados obtidos isso mesmo é referido pelos autores dos dois primeiros artigos que dão assim por inacabados os seus trabalhos. Essa consciencialização tem como origem o facto da detecção remota, e dos SIG começaram a ser “agora” utilizados como ferramentas de apoio a todas as problemáticas referentes às cheias e inundações.

Devo concluir que a realização deste trabalho foi óptima para a consciencialização e apreensão de algumas das técnicas, de detecção remota e SIG, utilizadas por esse mundo, estando agora capaz de aplicar algumas delas ao concelho de Constância que todos os anos é atingido por cheias.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Azaz, Lotfy Kamal (2010) “Using remote sensing and GIS for damage assessment after flooding, the case of Muscat, Oman after Gonu tropical cyclone 2007: Urban planning perspective” Omã

Cabral, Pedro (2011) “Apontamentos da unidade curricular de Modelação SIG” Lisboa ISEGI-UNL. Caetano, Mário (2011) “Apontamentos da unidade curricular de Detecção Remota” Lisboa ISEGI-UNL.

Carvalho, Luís (2009) “A importância do rio na cidade – Análise do Risco de inundação no perímetro urbano da cidade de Leiria” (Dissertação para a obtenção do grau de mestre em Ordenamento do Território e Planeamento Ambiental) Lisboa FCT-UNL.

COUTO, Edivando Vitor do; HAYAKAWA, Ericson Hideki; SOUZA-FILHO, Edvard Elias de (2010) “Diagnóstico dos efeitos causados pelas cheias excepcionais de 1982/1983 sobre a planície inundacional do Alto Rio Paraná (PR-MS)” Brasil.

Irfan Akar, D. Maktav, C. Uysal (2009) “Determination of flood risks in the yeniçiftlik stream basin by using remote sensing and GIS techniques” Turquia.

RECURSOS NA INTERNET

Góes, Camila Aguirre; Filho, Wilson Lins de Mello; Carvalho, Melissa (2006) “Avaliação do desempenho de diferentes classificadores (Isoseg, Bhattacharyya, Maxver e Maxver-ICM), utilizando imagens CCD/CBERS-1 e ETM + /Landsat-7 fusionadas” (Ambiente e Água - An Interdisciplinary Journal of Applied Science) Universidade de Taubaté, Taubaté, Brasil in http://redalyc.uaemex.mx/pdf/928/92801209.pdf (consulta a 30 de Abril de 2010) Informação sobre o ciclone Gonu, http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclone_Gonu (consulta a 30 de Abril de 2010)

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