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Centro Cultural Florianópolis

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

GUSTAVO FERNANDO KOERICH

CENTRO CRIATIVO E CULTURAL FLORIANÓPOLIS

Florianópolis 2019

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GUSTAVO FERNANDO KOERICH

CENTRO CRIATIVO E CULTURAL FLORIANÓPOLIS

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de bacharel.

Orientador: Professora Estela da Silva Boiani.

Florianópolis 2019

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RESUMO

O presente estudo trata-se de um Trabalho Conclusão de Curso (TCC), no curso de Arquitetura e Urbanismo, com o tema: PROJETO ARQUIETÔNICO DE UM CENTRO CULTURAL. O projeto busca retomar os espaços culturais da cidade de Florianópolis-SC. Sua localização encontra-se em um terreno, no aterro da Baia Sul da ilha, ao lado do centro histórico da cidade, e próximo aos principais terminais de transporte público da capital. A metodologia consistiu no levantamento de dados, estudos teóricos e análise da área através de visitações, dados fotográficos, pesquisas bibliográficas, históricas, estudos de referenciais projetuais, diagnósticos da região e entorno imediato. A proposta é um PARTIDO ARQUITETÔNICO para o CENTRO CRIATIVO E CULTURAL DE FLORIANÓPOLIS, que se baseia na “arquitetura cultural”, com objetivo de criar espaços com status quo monumental para o TCC 1, e visa para o TCC 2 o desenvolvimento de Estudo Preliminar e finalmente o ANTEPROJETO.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Localização do terreno ... 14

Figura 2: Centre national d'art et de culture Georges-Pompidou - Beaubourg – Paris. ... 20

Figura 3: Centro Cultural São Paulo. ... 20

Figura 4: Centro Cultural Jabaquara. ... 21

Figura 5: Museu da Língua Portuguesa ... 21

Figura 6: Vista aérea da localização do terreno. ... 25

Figura 7: Vista aérea da Baía Sul na década de 60. ... 26

Figura 8: Vista aérea da Baia sul na década de 70. ... 26

Figura 9: Ponte Colombo Sales e as obras do aterro em 1975... 27

Figura 10: Praça projetada por Burle Marx ... 27

Figura 11: Representação do projeto proposto por Roberto Burle Marx, ... 28

Figura 12: Principais vias de acesso ao terreno. ... 28

Figura 13: Mapa do Sistema Vário... 29

Figura 14: Mapa de Uso do Solo ... 30

Figura 15: Mapa de Equipamentos Urbanos ... 31

Figura 16: Mapa de Zoneamento ... 32

Figura 17: Mapa de Aspectos Físicos... 33

Figura 18: Percurso de acesso (TICEN/terreno). ... 34

Figura 19: Sinalização horizontal próxima ao terreno. ... 34

Figura 20: Áreas em estado de conservação precário... 34

Figura 21: Paisagens principais. ... 35

Figura 22: Mapa de equipamentos culturais. ... 36

Figura 23: Centro Cultural São Paulo ... 37

Figura 24: Vista aérea da AV. 23 de maio e R. Vergueiro - Centro Cultural São Paulo em construção no início da década de 1980. ... 38

Figura 25: Área com transparências no Centro (a) interna e (b) externa. ... 40

Figura 26 : Representação da estrutura do vão central. ... 40

Figura 27: Representação da estrutura do vão central. ... 41

Figura 28: Estrutura do vão central se distribuindo como galhos de uma árvore. ... 41

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Figura 30: SESC Rampas de Acesso ... 43

Figura 31: Rampas de Acesso ... 44

Figura 32: Torre lateral inserida ao terreno adquirido. ... 45

Figura 33: Piscina na cobertura do Centro. ... 46

Figura 34: Praia Paulista. ... 46

Figura 35: Praia Paulista. ... 47

Figura 36: Praia Paulista. ... 47

Figura 37: Perspectiva do lado xxx do terreno ... 49

Figura 38: Esquemas de problemática das vias – Antes (a) e após intervenção(b) .... 51

Figura 39 Esquemas de pontos de atratividade (a) e principais acessos(b) ... 51

Figura 40: Representação das transparências do Centro. ... 52

Figura 41: Estrutura com pilotis e treliças. ... 52

Figura 42:Grande rampa de acesso. ... 53

Figura 43: Esquema de Exploração da Paisagem ... 56

Figura 44: Relação do Centro Cultural com a Paisagem ... 56

Figura 45: Referências de espaços para a praça. ... 57

Figura 46: Referências de espaços para o Vão Livre. ... 57

Figura 47: Referências de espaços para o Salão de Exposições. ... 58

Figura 48: Referências de espaços para o Salão Makers. ... 58

Figura 49: Referências de espaços para o Salão de Aulas. ... 59

Figura 50: Referências de espaços para o Salão de Convivência. ... 59

Figura 51: Referências de espaços para o Salão do Acervo ... 60

Figura 52 : Referências de espaços para o Teatros. ... 60

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LISTA DE TABELAS

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...13 1.1 JUSTIFICATIVA ... 14 1.2 OBJETIVOS ... 15 1.2.1 Objetivo Geral ... 15 1.2.2 Objetivos Específicos ... 15 1.3 METODOLOGIA ... 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 17 2.1 HISTÓRIADAREGIÃO ... 17

2.2 CENTROCULTURAL–CONCEITOEHISTÓRIA ... 18

2.3 CIDADESCRIATIVAS ... 22

3 DIAGNÓSTICO ... 25

3.1 LOCALIZAÇÃOEHISTORICODAÁREA ... 25

3.2 SISTEMAVIÁRIO ... 29 3.3 USODOSOLO ... 30 3.4 EQUIPAMENTOSURBANOS ... 31 3.5 CONDICIONANTESLEGAIS ... 32 3.6 ASPECTOSFÍSICOS ... 33 3.7 PAISAGEM ... 34 3.8 EQUIPAMENTOSCULTURAIS ... 36 4 REFERÊNCIAIS PROJETUAIS ... 37

4.1 CENTROCULTURALSÃOPAULO–REFERENCIAL ÂNCORA DA PROPOSTA ... 37

4.2 SESC24DEMAIO ... 42

5 PARTIDO GERAL ... 49

5.1 DIRETRIZESGERAISDAPROPOSTA ... 50

5.2 PROPOSTA ... 50

5.2.1 DESCRIÇÃO DO PROJETO ... 54

5.2.2 O PROGRAMA DE NECESSIDADE ... 57

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7. REFERÊNCIAS ... 83

ANEXOS...93

ANEXO A – CROQUIS DE EVOLUÇÃO DO PARTIDO...95

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13 1 INTRODUÇÃO

A cidade de Florianópolis, como muito bem colocado pela professora Eliane Veras da Veiga, em seu livro: “Florianópolis memória urbana”, no qual ela documentou historicamente e de forma sequencial o desenvolvimento da área central de Florianópolis, ‘foi crescendo e adaptando-se às novas realidades, do ponto de vista da análise da paisagem natural e construída”(VEIGA, 2010). Segundo Santos (1976, p.101 apud Veiga, 2010 p.22), “cada vez que a sociedade passa por um processo de mudança, a economia, as relações sociais e políticas também mudam em ritmo e intensidade variada”... , o mesmo ocorre “em relação ao espaço e à paisagem que se transforma para se adaptar às novas necessidades da sociedade”.

Neste contexto de um local de ritmo e intensidade, que, no ano de 2014, Florianópolis passou a integrar a Rede de Cidades Criativas, uma plataforma internacional que conecta cidades para compartilhar experiências, ideias e melhores práticas no campo das indústrias criativas e do desenvolvimento urbano (UNESCO, 2019).

Com base nesses aspectos, nasce o Projeto Arquitetônico do Centro Criativo e Cultural Florianópolis, um “espaço cultural”, “espaço criativo” a ser projetado para receber atividades multiculturais, e que buscará a integração de cultura, patrimônio material e imaterial e a criatividade na cidade.

A implantação do Projeto Arquitetônico do Centro Criativo e Cultural Florianópolis se encontra em uma área nobre e estratégica de Florianópolis – SC, Brasil, de fácil acesso, próximo a equipamentos de grande importância para a cidade e se destaca por estar ao lado da via de maior movimento e de entrada a ilha.

O projeto agregará espaços variados de exposições, projeções, espetáculos, apresentações, eventos, oficinas e cursos para a população. A proposta principal do projeto é de retomar as atividades culturais na cidade, dando palco e acolhendo pessoas que querem mostrar o que tem de melhor, mas que antes não tinham a oportunidade ou não possuíam um local adequado. Por fim, o projeto se transforma em um local de lazer promovendo a apropriação de um espaço público que hoje está desvalorizado e subutilizado.

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1.1 JUSTIFICATIVA

O presente trabalho propõe a intervenção e ocupação da área subutilizada do Parque Metropolitano Francisco Dias Velho, localizado no centro de Florianópolis – SC em frente ao Terminal Urbano Cidade De Florianópolis. Atualmente o terreno escolhido serve de estacionamento privativo para ônibus do transporte público da Grande Florianópolis. A área em estudo encontra-se em estado precário, desvalorizada e desconexa com o seu entorno. A implantação desta proposta permitirá a utilização do espaço aberto reconectando o mesmo com o tecido urbano no qual está inserido, requalificando o espaço.

Pretende-se que o Centro Criativo e Cultural Florianópolis se torne um local de usos multiculturais para a cidade, tendo como objetivo principal reconectar os diversos públicos e grupos sociais, atrair turismo e trabalhar a coletividade em um mundo cada vez mais egocêntrico.

A temática Cultural do Centro foi escolhida de forma a agregar o conhecimento de variadas culturas e inseri-las na cidade, o que é hoje pouco explorado e incentivado. O tema é considerado amplo por possuir diversas vertentes culturais, mas tem em comum o intuito de promover a cultura entre grupos de pessoas, transcendendo para a cidade.

Figura 1 - Localização do terreno

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15 1.2 OBJETIVOS

O objetivo geral e os específicos deste trabalho são apresentados abaixo.

1.2.1 Objetivo Geral

Desenvolvimento do Projeto Arquitetônico de um Centro Cultural, com foco na retomada das atividades culturais e criativas na cidade de Florianópolis - SC.

1.2.2 Objetivos Específicos

● Descrição da área do Projeto: caracterizar a Região de Florianópolis/SC. ● Descrição da origem dos Centros de Cultura

● Descrição de Cidades Criativas

● Pesquisar e analisar referências de Centros Culturais.

● Propor Partido Geral para Centro Criativo e Cultural Florianópolis

1.3 METODOLOGIA

Os métodos utilizados no desenvolvimento do projeto, foram separados em etapas.

Primeira etapa, a realização da análise histórica sobre a região de estudo, com embasamento teórico a partir de sites, livros, artigos e teses, que tenham relação com a área e o tema proposto.

Seguindo, a segunda etapa, o levantamento dos dados para o diagnóstico do local de estudo e seu entorno com fotos e visitas técnicas a região. Por meio de estudos, será realizada a elaboração de mapas de análise da área: mapa de Morfologia Urbana, Uso e Ocupação do Solo, Equipamentos Urbanos, Sistema Viário, Climático Urbano, entre outros necessários para uma boa compreensão das áreas a ser trabalhada.

A terceira etapa de pesquisa e análise de referenciais, onde nela retira-se a essência da proposta dos referenciais estudados, adequando, melhorando e embasando o projeto proposto.

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Na etapa quatro, levando em consideração as informações anteriores, dá se início ao programa de necessidades, zoneamento, desenhos esquemáticos e propostas volumétricas em conjunto a implantação e organização das informações extraídas, a construção do PARTIDO ARQUITETÔNICO.

A etapa final, a ser realizada no próximo semestre será a execução na fase de ANTEPROJETO, para o Centro Criativo e Cultural Florianópolis.

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17 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 HISTÓRIA DA REGIÃO

O modo como o crescimento da região central da Ilha de Florianópolis ocorreu é resultado de diversos fatores: aspectos geográficos, econômicos, influências do processo de colonização por imigrantes europeus, e as políticas urbanas vigentes durante esse período. Segundo Veiga (2010), as ruas e praças evoluíram a partir do centro histórico, de onde partiam os principais traçados do crescimento urbano.

As vias ao Leste e ao Sudeste do Largo da Igreja Matriz foram os locais que mais rápido se expandiram e se adensaram, isso ocorreu, principalmente, em função da sua proximidade a fontes de água e à facilidade de despejos no Rio da Bulha, além da proximidade com o forte, quartel, igreja e hospitais da região (VEIGA, 2010).

Existiam dois tipos de traçado: paralelos à Matriz - estrutura fundiária original; e às da proximidade ao rio da bulha e sopé do morro - implantadas de forma orgânica. A maioria das vias desenvolveu-se com caráter misto (VEIGA, 2010).

Durante um longo período houve a manutenção da estrutura fundiária na região leste. Pode se atribuir a isso a alteração do eixo de desenvolvimento para o lado oeste da praça XV, em direção à Rua Conselheiro Mafra, que ocorreu devido ao grande movimento do Porto do Desterro, a instalação da Alfândega e do Mercado público. Somam-se ainda os problemas de saneamento que existiam nesta região e sua tardia adesão a políticas normativas visando o crescimento organizado.

Estão no século XX as alterações que trouxeram as mudanças mais consideráveis: a canalizações com vistas ao saneamento, o desaparecimento de moradias informais, os aterros e a adequação viária pela intensificação do uso de automóveis (VEIGA, 2010).

Com o passar dos anos mudanças foram acontecendo, um grande marco de descaracterização da velha cidade foi a implantação do aterro da baia sul. Construído na década de 70, o aterro separa o centro da cidade do mar, que antes servia de porta de entrada à cidade através dos barcos pesqueiros (RAYES, 2016).

Com o término das obras do aterro, que foi regado de muitas mudanças em sua construção, este se tornou um espaço grandioso e era visto como um grande trunfo para a cidade. Grandes Arquitetos e Urbanistas projetaram espaços para esta região,

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que chegou a receber um projeto do Arquiteto e Paisagista Roberto Burle Marx. A execução do projeto, no entanto, não foi bem-sucedida. A obra não seguiu os propósitos do projeto de Burle Marx e, como consequência disso, grande parte do aterro se degradou e ficou em desuso com o passar dos anos. Atualmente ainda existem áreas que permanecem assim (RAYES, 2016).

2.2 CENTRO CULTURAL – CONCEITO E HISTÓRIA

“A construção de tantos centros de cultura e a propagação de uma necessidade que não existia levam a duas indagações fundamentais: a que e a quem são destinadas essas construções? ” (MILANESI, 2003).

Embora haja deficiências ao definir um modelo de centro cultural, a reprodução desse título em fachadas dos edifícios aponta a necessidade de se perguntar o que realmente é um centro cultural e quais são as suas características e como influencia o desenvolvimento da sociedade?

A resposta não é fácil, buscando na literatura descobrimos algumas reflexões e possíveis respostas: é normalmente, um espaço desejado por muitos, principalmente por órgãos públicos, sendo visto como um elemento de status. Onde acabam se preocupando mais pela forma do edifício e menos para as suas funcionalidades (NEVES, 2013).

A dificuldade em se definir o que é um centro cultural está diretamente associada ao significado de cultura, já que não há consenso absoluto sobre esse termo e ainda hoje é objeto de discussão. Porém, o centro de cultura pode ser definido pelo seu uso e atividades nele desenvolvidas. Podendo ser um espaço com variados usos, possibilitando opções como pesquisa, leitura, atividades, exibições, criação, áudio e apresentações, criando um local de respeito, diversificado e seguro (NEVES, 2013).

Os centros culturais são instituições criadas com o objetivo de se produzir, elaborar e disseminar práticas culturais e bens simbólicos, obtendo o status de local privilegiado para práticas informacionais que dão subsídios às ações culturais. São espaços para se fazer cultura viva, por meio de obra de arte, com informação, em um processo crítico, criativo, provocativo, grupal e dinâmico. (NEVES, 2013)

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19 Sem existir uma formula exata para a criação de um centro cultural, porém, se possui um vasto conhecimento que possibilita torná-lo característico em relação a outras construções. Possui uma principal característica, ao adentrar no centro cultural faz com que se viva e reviva experiências únicas e simbólicas relacionadas a si próprio ou com o mundo. (NEVES, 2013)

Milanesi (2003) menciona que os centros de cultura buscam juntar pessoas com características distintas, permitindo acontecimentos multiculturais em um espaço de interação e de misturas de raça e gêneros. Como Neves, (2013) aponta que os espaços proporcionam a descoberta, o acesso a atividades, a informação e a criação. O centro cultural tem o dever de criar laços com tudo ao seu redor, sendo utilizado além da forma de informar.

Provavelmente, discutia-se “Cultura” na Biblioteca de Alexandria. Sempre houve um espaço para armazenar as ideias, quer registradas em argila, papiro, pergaminho, papel ou CD-ROM. Da mesma forma, o homem nunca deixou de reservar áreas para trocar ideias. Por uma convergência de fácil explicação, área para armazenar documentos e para discutir, inclusive discuti-los, passou a ser a mesma. Por isso, a Biblioteca de Alexandria pode ser caracterizada como o mais nítido e antigo centro de Cultura. (MILANESI, 2003)

Ramos, (2007), aponta que os centros culturais ganham força a partir do século XX. Após anos, países denominados de primeiro mundo como Inglaterra e França começaram a incentivar a implementação de espaços culturais nas cidades, proporcionando cultura acessível a todas as classes. Já no Brasil a história de implantação dessa ideia de espaços culturais democráticos é relativamente nova. No Brasil não se discutia sobre esse assunto até outros países implementarem em seu território esses espaços.

A França, como pioneira nesse seguimento cultural, construiu o primeiro centro de cultural denominado Centre National d’Art et Culture Georges Pompidou, inaugurado em 1975, que foi base para a criação da grande maioria de centros pelo mundo (RAMOS, 2007).

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Figura 2: Centre national d'art et de culture Georges-Pompidou - Beaubourg – Paris.

Fonte: Caradec (2011).

Através dessa obra, a França impôs um novo estilo e deu um salto qualitativo no que se considera realmente um trabalho cultural. Tendo sido a responsável pela propagação de um novo conceito de centro cultural, concretizado no George Pompidou, atribuído à sua grandiosidade física e à qualidade das ações ali realizadas. Inspirando no mundo inúmeros centros culturais, no qual o identifica como “modelo” de centro de cultura (NEVES, 2013)

Apesar do interesse do Brasil desde a década de 60, as implantações destes centros de cultura só ocorreram na década de 80, na cidade de São Paulo. Os primeiros centros de cultura a serem criados foram O Centro Cultural São Paulo e Centro Cultural Do Jabaquara, ambos em São Paulo – SP (COELHO, 1986).

Figura 3: Centro Cultural São Paulo.

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Figura 4: Centro Cultural Jabaquara.

Fonte: Shieh Arquitetos Associados (1980).

Houve uma valorização desses espaços culturais como lazer, e instigou-se a necessidade desses espaços receberem suporte de novas tecnologias. Os centros culturais acabaram se tornando um modelo mais alternativo, pois como não existe um modelo exato, acabou se criando vários modelos pelo mundo, que de certa forma criados para substituir as mesmices das bibliotecas, fazendo com que esses espaços antes mortos se tornassem tecnológicos e criativos, atraindo assim o público (RAMOS, 2007).

Hoje em dia ao imaginar modelos de centros de cultura pelo mundo, percebemos uma grande tendência de acumular várias funções e tecnologias em apenas um único espaço, criando variados ambientes interativos e criativos, atraindo assim olhares para cada um de um jeito especial, pois acabam se tornado além de uma atração cultural em um local de entretenimento cultural como podemos ver na figura a baixo (RAMOS, 2007).

Figura 5: Museu da Língua Portuguesa

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2.3 CIDADES CRIATIVAS

“Cidades criativas são aquelas onde há senso de conforto e familiaridade, uma boa mistura do velho com o novo, variedade e escolha e um equilíbrio entre o calmo e o vivificante ou entre o risco e a cautela” (LANDRY, 2013).

Teorias e pesquisas sobre as cidades criativas começaram a se espalhar na década de 90, mas só nos anos 2000, com o lançamento da teoria da classe criativa por Richard Florida, é que este tema ganhou força e seus debates passaram a ter destaque global. Frente a este novo cenário, no ano de 2004, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) lançou o projeto: Rede de Cidades Criativas, projeto que visa à cooperação entre cidades que consideram a criatividade como um fator importante para seu desenvolvimento urbano (DEPINÉ, 2018).

Charles Landry, o criador do conceito “cidade criativa”, defende que, a crise das cidades contemporâneas pode ser solucionada através do fomento a criatividade, imaginação e curiosidade da população (ALBUQUERQUE, 2006). Landry (2014 apud IAB, 2014) ressalta que a cidade criativa é um lugar onde as pessoas tem liberdade para se expressar e crescer, onde o poder de decisão e o planejamento são compartilhados com a população.

Assim, o planejamento urbano de uma cidade que visa tornar-se criativa deve basear-se no reconhecimento, gestão e exploração de seus recursos culturais, sendo o ponto de partida: compreender como ela é, qual sua identidade. Para promover a criatividade urbana tira-se proveito da história e de sua cultura, as quais estão incorporadas nas aptidões e nos talentos das pessoas. Na prática, para tornar a cidade criativa, são necessárias oportunidades para as pessoas expressarem seus talentos, obterem aprendizagem de alta qualidade e desenvolverem uma mentalidade de “posso fazer” – como agentes de mudança do cenário urbano -, o que depende de espaços que favoreçam o encontro, compartilhamento, experiências vibrantes (gastronomia, arte, natureza, etc.) e diversão, promovendo o potencial dos cidadãos para

transformação do espaço urbano (DEPINÉ, 2018).

Cidade criativa é por si só um ambiente global, que acolhe em seu espaço uma diversidade cultural, artística e multifacetada, que engloba e aprova a diversidade

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23 como combustível para a criatividade. Entretanto, as características de inovação das cidades criativas devem coexistir de forma harmônica com os espaços não criativos, respeitando a urbanidade e a cultura do local, sem excluí-la (TEIXEIRA; PEREZ; BIZ, 2018).

Teixeira, Perez e Biz (2018), escritores da revista VIA, consideram que as cidades criativas possuem três características principais que sustentam o conceito dessa rede, que são: identidade, governança e economia criativa. A característica “identidade” une os pontos de valorização da história e cultura do local, do patrimônio material e imaterial, desenvolvimento criativo, diversidade e tolerância. A característica “governança” junta os aspectos de organizar, informar, comunicar e se engajar na sociedade garantindo um espaço urbano democrático. A característica “economia criativa” envolve a população a fundo, usando ela como base criativa e talentosa, gerando empreendedorismo, empregabilidade e desenvolvimento econômico regional.

Segundo Reis (2016), para fazer parte dessa rede é preciso demonstrar comprometimento e seriedade, fazer com que esse tema seja pauta de suas políticas públicas e buscar uma articulação entre os setores privado e civil, criando assim uma ligação direta entre todos. É preciso apresentar relatórios relacionados ao monitoramento da rede a cada quatro anos, mostrando como está sendo executado o plano de trabalho. As inscrições para participar da rede de cidade criativas abre a cada dois anos e não possui requisitos mínimos.

Atualmente muitas cidades fazem parte da rede de cidades criativas. No Brasil já há cidades que participam desta rede, cada qual com uma característica diferente, como por exemplo: Paraty, Florianópolis e Belém como cidades gastronômicas, Salvador como cidade da música, Santos como cidade do cinema, Curitiba e Brasília como cidades do designer e João Pessoa como cidades do Artesanato e Artes Folclóricas.

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25 3 DIAGNÓSTICO

A análise do terreno e seu entrono se divide em nove tópicos, que são:

1. Localização e Histórico da Área 2. Sistema Viário 3. Uso do Solo 4. Equipamentos Urbanos 5. Condicionantes Legais 6. Aspectos Físicos 7. Paisagem

8. Eventos Equipamentos Culturais

3.1 LOCALIZAÇÃO E HISTORICO DA ÁREA

A área de análise está localizada no centro de Florianópolis – SC, em frente ao Terminal Urbano Cidade de Florianópolis. A área de intervenção, hoje denominada como Parque Metropolitano Francisco Dias Velho (que anteriormente dava nome ao aterro da Baía Sul de Florianópolis), está inserida em um aterro construído na década de 70 e que separou o mar do centro da cidade (RAYES, 2016).

O bairro, no qual a área de intervenção está inserida, é de fácil acesso, estando próximo das principais vias e terminais da Ilha. O terreno está ao lado do centro histórico da cidade, local que começou a se desenvolver a partir da construção da Catedral Metropolitana de Florianópolis em conjunto com a Praça XV de Novembro (VEIGA, 2010).

Figura 6: Vista aérea da localização do terreno.

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Antes da década de 70, a área não era aterrada e o mar chegava até as edificações como o Mercado Público da cidade, a Alfândega e a Praça XV de Novembro, sua orla possuía fluxo de pessoas e barcos de maioria pesqueiros. Mas após o aterro ocorreu a descaracterização da relação cidade/mar, fazendo com que o centro se distanciasse do mar por falta de atrativos no aterro (RAYES, 2016).

Figura 7: Vista aérea da Baía Sul na década de 60.

Fonte: GEA [S.d.].

Figura 8: Vista aérea da Baia sul na década de 70.

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27 Após a conclusão do aterro, iniciou-se a execução do projeto elaborado pelo Arquiteto e Paisagista Roberto Burle Marx, no entanto esta não foi bem sucedida pelo fato de não terem sido implantados todos os elementos previstos, não permitindo assim a ocupação de toda a orla (RAYES, 2016).

Figura 9: Ponte Colombo Sales e as obras do aterro em 1975.

Fonte: Milanez (2015).

Figura 10: Praça projetada por Burle Marx

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Figura 11: Representação do projeto proposto por Roberto Burle Marx,

Fonte: Santos (1999 apud Ferraro & Yunes, 2017)

O terreno escolhido possui 33431,18m² e está cercado por cinco importantes vias de acesso para a cidade: a Rodovia Governador Gustavo Richard, as avenidas Hercílio Luz e Paulo Fontes, e as Ruas Deputado João Bertoli e Procurador Abelardo Gomes.

Figura 12: Principais vias de acesso ao terreno.

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29 3.2 SISTEMA VIÁRIO

O principal problema na cidade de Florianópolis atualmente está relacionado à questão da mobilidade urbana, problema que vêm se agravando nos últimos anos devido ao aumento da população e falta de intervenção do poder público.

O terreno do projeto, localizado no aterro da baía sul, tem em sua proximidade três dos principais terminais de ônibus da cidade: o Terminal rodoviário Rita Maria, o Terminal de Integração do Centro e o Terminal Urbano Cidade de Florianópolis.

Apesar das vias próximas estarem constantemente congestionadas, a forma com que o pedestre se relaciona com o terreno e os terminais da região é aceitável. Está relação, no entanto, pode melhorar com o aumento da qualidade das calçadas e sinalizações mais visíveis, como nas faixas de pedestres.

A falta de transporte público de qualidade, aliada a falta de ciclovias, compromete ainda mais a mobilidade da cidade, influencia no uso de carros, causando problemas como engarrafamentos e poluição ao meio ambiente.

Diretrizes serão propostas para melhorias na mobilidade, em especial ao acesso do público à área do projeto, requalificação de passeios existentes e rebaixo das vias facilitando assim o acesso ao centro cultural.

Figura 13: Mapa do Sistema Vário

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3.3 USO DO SOLO

Analisando o mapa a seguir, nota-se o predomínio do uso comercial e institucional por toda a área central. A parte central e histórica, antes utilizada para moradias, passa a ser ocupada por comércios e instituições, diminuindo assim a densidade de moradores no centro e tornando este um local de passagem. Essa mudança de uso e a redução da densidade populacional no centro, tornou a cidade vazia à noite, fato que se trouxe um grande problema para Florianópolis.

Ruas que antes possuíam vida à noite, onde pessoas podiam andar sem receio, tornaram-se locais vazios e inseguros devido ao mau planejamento da cidade.

Essa falta de diversificação de usos causou um impacto muito negativo na cidade, difícil de recompor, e é nesse momento que a proposta de implementação de um centro de cultura no centro da cidade, em uma das áreas mais degradadas e ociosas desta, acaba se tornando uma luz para a cidade, com a proposta de resgatar a vida após o encerramento do horário comercial, e fazer com que essa área volte a ser um atrativo para todos.

Figura 14: Mapa de Uso do Solo

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31 3.4 EQUIPAMENTOS URBANOS

A região de implantação do centro cultural possui os mais diversos equipamentos, sendo a maioria deles turísticos e históricos, como o Mercado Público e a Alfândega, além de suas praças, como a mais famosa da cidade: a Praça XV de Novembro.

Nessa região, a grande maioria dos equipamentos é de fato a história da cidade, estes fazem parte das primeiras edificações da cidade e possuem um caráter arquitetônico local. Mas apesar dessas edificações e espaços serem de extrema importância para a cidade, muitas vezes esses locais acabam passando despercebidos aos olhos de quem a vive. Isso é uma consequência do adensamento em grande escala e da falta de planejamento, que fez com que esses locais perdessem sua visibilidade e importância, engolindo a história da cidade.

Figura 15: Mapa de Equipamentos Urbanos

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3.5 CONDICIONANTES LEGAIS

O Plano Diretor de Florianópolis – Lei Complementar nº 482/2014, indica que o terreno de análise está inserido em uma AVL e OUC - 5 simultaneamente.

A AVL (Área Verde de Lazer) indica que a área deve ser destinada ao uso público para prática de atividades de lazer privilegiando a implementação ou preservação de espaços verdes.

Mas por estar dentro de uma OUC – 5 (Operação Urbana Consorciada), a legislação permite que o poder público junto aos proprietários, moradores e investidores privados intervenham no espaço de modo a garantir melhorias na qualidade de vida aos habitantes, sendo essas melhorias sociais, ambientais...

São passíveis de mudanças características como o índice, parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, considerando o impacto no meio ambiente e a infraestrutura ofertada.

Figura 16: Mapa de Zoneamento

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33 3.6 ASPECTOS FÍSICOS

O terreno está localizado na cidade de Florianópolis – SC, uma cidade que sofre grande influência marítima por estar situada em uma ilha.

Em relação ao clima da região, em escala nacional o predomínio é subtropical. O terreno encontra-se próximo a orla e a temperatura média na Ilha varia entre 16º durante o inverno e 25º no verão.

Devido à proximidade com o mar, acaba ficando em um espaço desprotegido e sofrendo diretamente com as intempéries do clima e ventos predominantes vindos do sul e nordeste. A proximidade com mar faz com que o impacto do vento sul se torne mais intenso, enquanto o relevo do Morro da Cruz influencia na desaceleração do vento nordeste.

A insolação atinge o local de maneira intensa, sem haver bloqueios e proteções. Além disso, os ruídos originados pelo grande fluxo de veículos na Rodovia Governador Gustavo Richard, durante a semana no período do final de tarde, acabam se tornando uma característica notável.

Figura 17: Mapa de Aspectos Físicos.

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3.7 PAISAGEM

A análise da paisagem foi feita através de observações durante visita à área de intervenção. A visita revelou que há algumas dificuldades de trajeto entre os terminais e o terreno. O caminho se mostrou um pouco irregular devido a falhas nas calçadas e na distribuição de faixas de pedestres. Além disso, há grande fluxo de veículos no entorno do terreno, o que atualmente compromete o acesso direto a esta área. Ao chegar ao terreno é notável a subutilização do espaço e o desrespeito com o meio ambiente, muito lixo encontrado nos arredores e dentro do terreno espaços ociosos utilizados como moradia de pessoas em situação de rua, resíduos sendo queimados á céu aberto, vegetação descuidada...

Figura 18: Percurso de acesso (TICEN/terreno).

Fonte: Acervo do autor (2019).

Figura 19: Sinalização horizontal próxima ao terreno.

Fonte: Acervo do autor (2019).

Figura 20: Áreas em estado de conservação precário.

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35 O terreno dá acesso a uma passarela que liga o centro a orla da Baía Sul, onde se encontra o sambódromo e o centro de convenções. A passarela por ser a única opção de a travessia segura para o pedestre deveria ser mais cuidada e preservada, possui algumas partes no piso que podem dificultar a passagem de pessoas idosas ou com deficiência, falta manutenção no guarda corpo, além da degradação visual da mesma. Na chegada ao local notou-se o potencial visual do terreno, a paisagem é composta pela vista parcial da Baía Sul e do Morro da Cruz, aspectos que chamam atenção em primeiro plano. Aos poucos são revelados outros pontos visuais de relevância como a ponte Hercílio Luz, importante símbolo da cidade de Florianópolis, podendo ser vista de áreas mais altas como a passarela.

Figura 21: Paisagens principais.

Fonte: Acervo do autor (2019).

Pontos positivos analisados foram: a localização, a proximidade a terminais, estacionamentos, ao centro da cidade e seus equipamentos, ponto de ônibus em frente ao terreno, terreno amplo sem desníveis consideráveis com a rua que proporciona facial acesso ao projeto de implantação do centro de cultura.

Pontos negativos analisados foram: terreno muito bem localizado, porém cercado por muitas vias que acabam retraindo a chegada de alguns pedestres, relativamente distante da orla, não havendo uma relação direta com o mar sem ser através da passarela, pouquíssimos espaços verdes e de lazer, bloqueio parcial do visual causado por equipamentos, barreira física das pessoas que estão na orla causada pela Rod. Governador Gustavo Richard.

O terreno no momento é utilizado como estacionamento para o transporte público da capital, moradia para moradores de rua e de passagem e concluindo que possui um grande potencial para a proposta.

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3.8 EQUIPAMENTOS CULTURAIS

Por meio de visita ao entorno do terreno escolhido observou-se a presença de diversos equipamentos culturais que servirão de apoio ao partido. Por meio destas visitações foram percebidos equipamentos como teatro, museus, igrejas, praças, biblioteca, entre outros.

Figura 22: Mapa de equipamentos culturais.

Fonte: Elaborado pelo autor (2019).

São apresentados, na sequência, eventos comemorativos e culturais que ocorrem nas proximidades do terreno:

 Fenaostra (Festa Nacional da Ostra e da Cultura Açoriana) – Data: no mês de setembro.

 Feira Do Livro de Florianópolis – Data: mês de dezembro

 Berbigão do Boca – Data: entre os meses de fevereiro e março

 Feira Catarinense do livro – Data: entre os meses de março e maio

 Carnaval De Rua – Data: entre os meses de fevereiro e março

 Desfile De Carnaval – Data: entre os meses de fevereiro e março

 Procissão Senhor Dos Passos – Data: no mês de abril.

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37 4 REFERÊNCIAIS PROJETUAIS

4.1 CENTRO CULTURAL SÃO PAULO – Referencial Âncora Da Proposta

Localizado entre a Rua Vergueiro e a Avenida 23 de Maio, o Centro Cultural São Paulo integra-se à paisagem de São Paulo e constitui-se como passagem e ponto de encontro para uma variada gama de pessoas diariamente, de idades, classes sociais e interesses diversos. É um exemplo de urbanidade e diversidade, um espaço democrático, caracterizando - se em um projeto cultural bem-sucedido (SOUZA, 2017).

Figura 23: Centro Cultural São Paulo

Fonte: Souza (2017).

O Cento Cultural São Paulo representa exatamente o que esse trabalho se propõe a fazer, fazer de um local com as mesmas características de terreno e entorno em um local aberto e útil aos moradores da cidade. Cortado por duas avenidas de grade impacto na cidade de São Paulo, sendo uma de trânsito leve e outra de trânsito

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intenso, acaba se assemelhando com área de estudo. Mesmo cercado por essas vias o Centro Cultural acaba tendo como característica principal o transporte de pessoal que estão dentro dele a um lugar de calmaria, transportando as pessoas para fora da correria da cidade.

Figura 24: Vista aérea da AV. 23 de maio e R. Vergueiro - Centro Cultural São Paulo em construção no início da década de 1980.

Fonte: São Paulo em Fotos (2018)

O projeto propôs a dar abertura ao novo, novo conceito de viver a cidade, de viver a cultura, de interagir com o próximo, o centro cultural nada mais é que um lugar

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39 de descobertas e interação, onde pessoas possam se sentirem livres, sem medo de ser quem são. O centro cultural é uma extensão da rua, sofisticado no significado da palavra, onde entrar e sair dele se torna algo imperceptível.

O centro cultual São Paulo possui característica histórica da área em que foram preservadas, e isso mostra a sua preocupação com a história do local. Anteriormente o local onde hoje é ocupado pelo centro de cultural era anteriormente um local de área residencial, que no passar dos anos começou a se criar uma certa especulação imobiliária e um adensamento da região, várias propostas foram feitas para o local e principalmente a de verticalização da região.

O local que tinha como proposta a sua verticalização, acaba sendo reavaliado e uma nova proposta criada, proposta esta que já mais se poderia imaginar que seria de grande valor a cidade de São Paulo - SP hoje. No início a proposta era apenas a criação da ampliação da biblioteca Mario de Andrade, tendo como partido a reaproximação das pessoas aos livros. E nesse momento de transformação, nasce um espaço contemporâneo a população. Hoje o espaço é muito mais que uma extensão e sim um espaço de múltiplos espaços, sendo um local livre de escolhas, livre para se criar ou se reinventar, pois é um espaço que dá suporte a população.

Uma das propostas de partido do centro era a ligação dele as plataformas do metro de São Paulo, e com isso em mente foi projetado um espaço que previa esta demanda de pessoas saindo do subsolo e chegando à superfície. O projeto hoje consolidado acabou não tendo essa ligação, no entanto foi deixado o espaço para que se possa fazer essa integração no futuro.

E assim foram surgindo várias ideais para o partido, que foram aplicadas e hoje nota-se que funcionam como esperado. Uma delas é a criação da transparência, onde tudo ao nível da rua é visível, permitido uma visão compartilhada e ampla, onde as pessoas que estão passando pela rua podem ver o que está acontecendo no interior do centro, ao mesmo tempo que as pessoas que estão dentro do edifício podem perceber o entorno. Assim, a escolha pela transparência neste projeto visou a atração de pessoas para o centro, aumentando seu interesse por ele e instigando-as a conhecê-lo.

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Figura 25: Área com transparências no Centro (a) interna e (b) externa.

Fonte: (a) Vieira (2013) e (b) Oliveira [S.d]

Em relação ao partido estrutural do centro de cultural, pensou-se em algo mais simples, algo que provavelmente ainda não havia sido pensado justamente pela sua simplicidade, que era criar uma estrutura semelhante a das árvores, uma estrutura que começa com um tronco forte e robusto e que chega até as partes mais finas suportando todas suas folhas. E assim surgiu a estrutura mista entre aço e concreto do Centro Cultural São Paulo.

Figura 26 : Representação da estrutura do vão central.

Fonte: Jose Cordeiro/SPTuris

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Figura 27: Representação da estrutura do vão central.

Fonte: Miura [S.D]

Figura 28: Estrutura do vão central se distribuindo como galhos de uma árvore.

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4.2 SESC 24 DE MAIO

Acreditamos que o processo de transformação e desenvolvimento de cidades como São Paulo se faz acomodando-se lentamente às alterações dos costumes e modo de vida das sociedades que as constroem. A nova unidade do SESC – conjunto complexo de instalações de recreação e serviços – que ocupará o edifício sede da antiga Mesbla, localizado na esquina da Rua 24 de Maio com a Rua Dom José de Barros, centro de São Paulo, é um problema exemplar de

transformação no patrimônio urbano construído (VADA, 2018).

Figura 29: SESC 24 de Maio

Fonte: Kon (2017).

O SESC 24 de Maio tem como aspecto semelhante ao projeto desse trabalho a sua localização, é ela que faz com que essa sede tenha uma característica própria,

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43 estar localizada no centro da cidade de São Paulo e próxima a grandes locais históricos, dando assim um certo suporte a região em que foi implantada.

Rocha (2018) expõe que é dever de nós arquitetos nos apropriarmos das áreas desvalorizadas na cidade. E foi exatamente isso que foi feito nesse projeto, quando este se apropriou de um edifício que estava há muitos anos em desuso, em processo de degradação, no centro da cidade

O SESC 24 de Maio foi pensado para ser aberto a vida urbana e foi por esse motivo que acabou criando-se um conjunto de rampas de acesso pelo interior do edifício, que vão desde o térreo até o seu último andar, fazendo com que as pessoas caminhem por elas e vivenciem o que está acontecendo entre os andares e fora da edificação. A criação destas rampas tornou mais fácil o acesso a sede do SESC, acabou deixando as pessoas mais à vontade ao adentrarem, dando a sensação de que ainda estivessem na rua caminhando, mas de certo modo ocupando o espaço antes esquecido.

Figura 30: SESC Rampas de Acesso

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Figura 31: Rampas de Acesso

Fonte: Kon (2017).

Relacionado ao início do partido de projeto, o Arquiteto Paulo Mendes da Rocha fez um pedido um tanto quanto aceitável, pelo fato de ter sido cobrado em tentar reutilizar ao máximo a antiga estrutura onde era instalada a antiga sede da Mesbla, o Arquiteto pediu para que comprassem um pequeno terreno ao lado, esse terreno daria suporte ao novo SESC, onde os serviços do prédio se locariam nesse espaço. Foi solicitada a compra e aprovada a proposta, a partir dessa aprovação começou a criação do projeto que já estava em sua mente desde o momento que viu a possibilidade e o potencial deste pequeno terreno que estava à venda. O terreno foi comprado e disponibilizado ao projeto.

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Figura 32: Torre lateral inserida ao terreno adquirido.

Fonte: Kon (2017).

O arquiteto conseguiu reutilizar grande parte da estrutura como solicitado, principalmente das fachadas principais do edifico. Mas o principal desafio do projeto foi implementar uma piscina, que é uma das atividades que o SESC proporciona aos usuários, o único local adequando no terreno para essa piscina era na cobertura do prédio. Então foi criado a partir do zero uma estrutura independente e gigantesca no centro da antiga estrutura, criando quatro enormes pilares que suportariam uma piscina de 25 metros por 25 metros e consequentemente dando segurança e suporte aos demais andares.

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Figura 33: Piscina na cobertura do Centro.

Fonte: Kon (2017).

Com essa enorme estrutura pôde se criar além de uma piscina gigante, uma certa “praia paulista” no andar em que estão localizados o restaurante e a área de estar, isso fez com que criasse uma sensação de estar na praia lendo um livrou ou até mesmo almoçando como podemos ver nas figuras a seguir:

Figura 34: Praia Paulista.

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Figura 35: Praia Paulista.

Fonte: Kon (2017).

Rocha (2018) fala que “o que interessa na arquitetura é amparar a imprevisibilidade da vida”, isso se reflete no dia a dia dos profissionais de arquitetura, muitas vezes estes se dedicam arduamente a produzir projetos muito bem elaborados, no entanto, mesmo assim, após a sua implantação este pode vir a ter usos totalmente diferentes dos previstos pelo projetista, e isso é o melhor da arquitetura, porque renova os projetos com o passar dos tempos, sem deixá-los em desuso.

Figura 36: Praia Paulista.

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49 5 PARTIDO GERAL

O presente trabalho trata-se de PROJETO ARQUITETÔNICO DE UM CENTRO CULTURAL, que nasce em função da necessidade de ativação do potencial criativo e dinâmico da cidade.

O Projeto denomina-se CENTRO CRIATIVO E CULTURAL DE FLORIANÓPOLIS, sua implantação localiza-se em um terreno que possui um histórico cultural e regional importante para os habitantes da cidade, mas que atualmente encontra-se subutilizado e é ocupado pelo transporte público do município como estacionamento.

O terreno se encontra em um ponto valorizado da cidade, possuindo 33.431,18 m², no aterro da Baia Sul da ilha, ao lado do centro histórico da cidade, e próximo aos principais terminais de transporte público da capital. No entanto, é cercado por vias de fluxo tanto leve, quanto moderado e intenso, sendo está última a principal entrada da Capital do Estado.

Neste contexto, perde-se a conexão do terreno com a cidade. O CENTRO CRIATIVO E CULTURAL DE FLORIANÓPOLIS, como equipamento público de grande impacto, não só arquitetonicamente, busca restabelecer essa conexão em suas diretrizes gerais e específicas: mobilidade, visualmente, culturalmente, explorando o potencial e proporcionando um local diferenciado, diversificado, criativo e inovador

A proposta do CENTRO CRIATIVO E CULTURAL DE FLORIANÓPOLIS baseia-se na “arquitetura cultural”, com objetivo de criar espaços com status quo monumental que possa envolver os visitantes, os artistas, os curadores e estimular a criatividade, levando o conhecimento artístico regional e mundial a todos os habitantes da cidade e turistas. O fomento a criatividade é um ponto chave e norteou a concepção dos espaços de experiências culturais do CENTRO CRIATIVO E CULTURAL DE FLORIANÓPOLIS.

Figura 37: Perspectiva sul

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5.1 DIRETRIZES GERAIS DA PROPOSTA

O PROJETO ARQUTETÔNICO do CENTRO CRIATIVO E CULTURAL DE FLORIANÓPOLIS, no contexto apresentado, no qual há a presença de vias de diferentes fluxos, e ausência de conexões, requer adequações no seu entorno. Assim, foram estabelecidas diretrizes para reestabelecer essa conexão e garantir o sucesso do projeto, que seguem:

 Ligação com o centro histórico: rebaixamento de vias.

 Implantação de pontos de atratividade ao centro cultural;

 Criação de praças livres com espaços de convivência e exposições a céu aberto.

5.2 PROPOSTA

O projeto do CENTRO CRIATIVO E CULTURAL FLORIANÓPOLIS teve início a partir das ligações estabelecidas entre o terreno e o centro da cidade, conforme as diretrizes gerais dessa proposta. A ligação da praça central do projeto com a cidade é o ponto chave da conexão dos espaços, criando nela um grande espaço de interação entre a população. Isto só será possível com o rebaixamento das vias:

 AV. Paulo Fontes: Será rebaixada em virtude do seu fluxo moderado/intenso que dificulta o acesso ao Centro Cultural, o rebaixamento também auxiliará na ligação da praça central do projeto com o Centro Histórico.

 Rua Deputado João Bertoli: Rebaixo pensado para diminuir o fluxo de veículos de automóveis na interligação do Centro Cultural ao Centro Histórico

 Rua Procurador Aberlado Gomes: Atualmente, essa via é utilizada exclusivamente pelo transporte público, táxis e veículos oficiais. Este rebaixo pretende evitar o conflito entre pedestres e automóveis, fortalecendo a ligação entre o Centro Cultural e o Centro Histórico.

O rebaixo das vias teve como referencial a Fundação Iberê Camargo, projeto do Arquiteto Álvaro Siza, que se encontra ao lado do rio Guaíba, localizado na cidade de Porto Alegre – RS, onde apesar da proximidade como o rio, foi possível rebaixar as vias e construir o estacionamento no subsolo. Seguindo este modelo, a mesma solução foi

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51 adotada neste projeto, com o rebaixo das vias e a implantação do estacionamento no subsolo.

Figura 38: Esquemas de problemática das vias – Antes (a) e após intervenção(b)

Fonte: Elaborada pelo autor (2019).

Tendo como referencial o Centro Cultural São Paulo, pensou-se em formas de interligar diretamente, ou o mais direto possível, os terminais e pontos de grande fluxo da cidade à grande praça, de modo a atrair pessoas para o Centro Cultural. Outro referencial utilizado para esta questão foi o projeto Parc De La Villette, projetado pelo Arquiteto Bernard Tschumi, que utilizava de eixos marcados por elementos ou arquiteturas diferenciadas para atrair a população ao parque. Assim, além das ligações aos principais pontos, adotou-se a mesma ideia de atratividade e foram determinados pontos estratégicos de visão para implantar espaços com esculturas que chamem atenção para o centro cultural. Nesses espaços de atratividade, será dada a oportunidade a artistas locais para criarem as obras de arte, que serão distribuídas conforme os pontos vermelhos marcados no esquema da figura 39 (A) a seguir.

Figura 39 Esquemas de pontos de atratividade (a) e principais acessos(b)

Fonte: Elaborada pelo autor (2019).

A B B A Praça XV Praça do Projeto Praça XV Praça do Projeto

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Com o rebaixo das vias que circundam o terreno, criou-se uma grande área a ser utilizada. Desta forma pensou-se na criação e implementação de uma praça livre neste local, criando assim espaços para integração, lazer e artes, de modo a estimular a convivência entre a comunidade. Na figura 39 (B) podemos notar o esquema dos principais pontos de acesso ao centro de cultura.

A estrutura do projeto foi pensada arquitetonicamente como um abraço, onde o edifício abraça o terreno e acolhe quem estiver dentro dele. A transparência implantada no projeto busca instigar a curiosidade das pessoas que passam pelos ambientes ou até mesmo de quem passa pela rua. A ideia é permitir que o usuário possa visualizar tudo o que está acontecendo no centro através da transparência dos espaços, permitindo ampla visão, tanto de fora para dentro, como de dentro para fora. O que é possível em quase todos os níveis, exceto no teatro, que exige um espaço mais reservado.

Figura 40: Representação das transparências do Centro.

Fonte: Elaborada pelo autor (2019).

Em relação a permeabilidade da quadra, está não foi comprometida pelo fato de o centro de cultura estar quase que todo elevado por pilotis, apenas duas partes do centro tocam o chão, que são: o teatro e a entrada principal que dá acesso ao salão de exposições.

Figura 41: Estrutura com pilotis e treliças.

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53 A grande rampa que dá acesso ao Centro de Cultura teve como referencial o SESC 24 de maio, do Arquiteto Paulo Mendes da Rocha, onde as rampas de acesso foram projetadas de modo a não possuírem apenas caráter de acesso, mas também de passeio, transmitindo a ideia de urbanidade. Da mesma forma, a grande rampa desse projeto foi pensada de modo a proporcionar acesso aos níveis superiores de forma leve e integrada ao passeio, reduzindo a percepção de aclive e estimulando a contemplação do entorno. Além disso foram previstos espaços de convivências, vegetação, exposição e descanso ao longo da mesma.

Figura 42:Grande rampa de acesso.

Fonte: Elaborada pelo autor (2019).

A adoção de formato curvo em quase todas as fachadas e nas rampas internas desse projeto, e a utilização dos materiais: vidros, aço e concreto tiveram como inspiração obras dos arquitetos Oscar Niemeyer, Paulo Mendes da Rocha e Zaha Hadid.

O projeto possui dois tipos de estrutura, que são:

Estrutura externa: construída através de treliças curvas triangulares em aço galvanizado, pintadas na cor branca e vedação composta de vidros duplos estruturais translúcidos.

Estrutura interna: composta por pilares cilíndricos em malha de 10x14m e laje nervurada de concreto de 60cm de espessura.

As duas estruturas se completam de forma leve e de fácil construção. As mesmas se unem em suas extremidades dando apoios umas às outras.

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5.2.1 DESCRIÇÃO DO PROJETO

Nível 0.00 - A implantação do projeto é composta por três acessos principais que são: através da grande rampa externa, da rampa dupla localizada abaixo do vão livre e do acesso pelo salão de exposições.

A implantação também contém espaços com:

teatro, que é composto de um foyer, bilheterias, sanitários, áreas de apoio e a área de espetáculo.

áreas de apoio no vão livre, que comportam circulações verticais, sanitários, sanitários PCD e quiosques.

salão de exposições, que servirá de apoio a diversos tipos de exposições, este espaço também possuirá circulações verticais e emergenciais, sanitários e sanitários PCD.

Nível 6.00 - É acessado através da grande rampa externa, da rampa dupla localizada a baixo do vão livre e do acesso pelo salão de exposições, que possui uma rampa curva em seu vão central. O nível 6.00 também contém espaços com:

salão de exposições, que servirá de apoio a diversos tipos de exposições;

 Salão maker, que proporcionará espaço para atividades de desenvolvimento, criação e inovação;

Salão do acervo, que será voltado a área de pesquisas e embasamento cultural;

Áreas de apoio, que comportarão a administração de todo o bloco, sanitários, guarda volumes, fraldário, copa, DML, depósito e circulação vertical e emergencial;

Terraço, que irá dispor de áreas de convivência, áreas verdes e de exposição, com vista para a cidade e para a paisagem do morro da cruz.

Nível 10.00 e 12.00 - É acessado através da grande rampa externa, da rampa dupla localizada a baixo do vão livre e do acesso pelo salão de exposições, que possui uma rampa curva em seu vão central. O nível 10.00 e 12.00 também conterão espaços com:

salão de exposições, que servirá de apoio a diversos tipos de exposições;

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salão das aulas, que possuirá diversas salas modulas, que poderão ser modificadas conforme necessidade.

áreas de apoios. Que comportam os sanitários, DML, circulação vertical e emergencial.

terraço, que irá dispor de áreas de convivência, áreas verdes e de exposição, com vista para a cidade e para a paisagem do morro da cruz.

Nível 14.00 e 18.00 – É acessado através da grande rampa externa, da rampa dupla localizada a baixo do vão livre e do acesso pelo salão de exposições, que possui uma rampa curva em seu vão central. O nível 10.00 e 12.00 também conterão espaços com:

salão de eventos, comportará diversos eventos que poderão ser organizados pela comunidade.

áreas de apoios que comportarão sanitários, DML, circulação vertical e emergencial.

terraço que dispõe de áreas de convivência, verdes e de exposição com vista para a cidade e para as paisagens do Morro da Cruz e do mar.

Nível 22.00 – É acessado através da grande rampa externa, rampa dupla localizada a baixo do vão livre e o acesso pelo salão de exposições que possui uma rampa curva em seu vão central. O nível 10.00 e 12.00 também contém espaços com:

áreas de apoios que comportarão sanitários, DML, circulação vertical e emergencial.

terraço que dispõe de áreas de convivência, verdes e de exposição com vista para a cidade e para as paisagens do Morro da Cruz, mar e Ponte Hercílio Luz.

Embora o gabarito da proposta respeite o entorno, foi necessária uma altura significativa de 22 metros neste projeto, de modo a criar um espaço onde a cidade possa ser vista de um novo ângulo, valorizando assim a vista da paisagem.

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Figura 43: Esquema de Exploração da Paisagem

Fonte: Elaborada pelo autor (2019).

Figura 44: Relação do Centro Cultural com a Paisagem

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57 5.2.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES

O programa de necessidades é composto por espaços diversificados, conforme apresentado a seguir:

 Praça - A praça aberta será a porta principal de acesso ao novo centro, pensada como um grande espaço de lazer, nela poderão acontecer uma infinidade de atividades, eventos, exposições e shows. Para compor esse ambiente foram previstas algumas árvores, um espelho d’água e um grande anfiteatro.

Figura 45: Referências de espaços para a praça.

Fonte: (a) AquaLuce(2010) (b) Beatsrhymesnlife (2010)

 Vão Livre - O vão livre teve como inspiração o conceito de acolhimento e apropriação dos espaços da marquise do parque Ibirapuera de São Paulo, projetada pelo arquiteto Oscar Niemayer. O vão projetado acolherá diversos tipos de pessoas e suas culturas, a ideia é deixar as pessoas se apropriarem e usarem o espaço como acharem melhor. Nesse espaço aberto também poderão ocorrer exposições, eventos e feiras.

Figura 46: Referências de espaços para o Vão Livre.

Fonte: (a) Ferraro [S.d] / (b) Grupo Sul News (2019) / (c) Comunicação PRVM (2017)

A

A B C

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 Salão de Exposições – Esse espaço poderá agregar exposições permanentes e itinerantes com características de contemplação, interatividade com a arte e criatividade. As exposições permanentes serão voltadas para a cultura local e as itinerantes com exposições diversificadas. Esse espaço foi imaginado para receber diversos tipos de exposições, tais como: instagramáveis, interativas, contemplativas, de sensações e entre outras.

Figura 47: Referências de espaços para o Salão de Exposições.

Fonte: (a) TeamLab (2018)/ (b) Williams (2012)/ (c) Watson (2004)/(d) Wheeler (2011) (e) Salty Canary (2017) / (f) Color Factory [S.d]

 Salão Makers – Esse espaço é o mais criativo do centro, pois nele estão previstos diversos uso como: coworking, oficinas, laboratórios de informática, espaço para reuniões. Todo o espaço deve se conectar entre suas funções e com o restante do projeto.

Figura 48: Referências de espaços para o Salão Makers.

A B C

A B C

F E

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Fonte: (a) M Moser [S.d] b) Decorfácil (2012)/(c) Futurist Architecture (2017) (d) M Moser [S.d]/(e) Inspira Spaces (2018)/(f) Benson (2018)

 Salão das Aulas – Nesse ambiente os espaços para aulas foram previstos como módulos de diferentes geometrias, estes podem ser combinados, integrando um espaço com o outro e criando assim grandes espaços de aula. Os temas das aulas abordadas serão: música, teatro, dança, canto, pintura e cultura regional.

Figura 49: Referências de espaços para o Salão de Aulas.

Fonte: (a) Skyfold [S.d] b) Bange [S.d] / c) Diplomac [S.d]

 Salão de Convivência – Nesse espaço o tema é bem aberto, podendo possuir espaços para descanso, cafés, espaços contemplativos entre outros.

Figura 50: Referências de espaços para o Salão de Convivência.

A B C

A B C

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Fonte: (a) Anderson (2014) / b) Anderson (2014) / c) Wuermli (2017)/(d) Watkins (2018) (e) Wuermli (2017) / (f) Eoffice (2015)

Salão do Acervo – Esse espaço foi pensando como área de estudos, pesquisa e conhecimento da cultura literária, nele há espaços para estudos reservados e espaços comunitários. Além disso, as prateleiras do acervo foram pensadas para terem a altura de 1.20m à 1.50m para que o acervo não perca a transparência do espaço em que está inserido.

Figura 51: Referências de espaços para o Salão do Acervo

Fonte: (a) Etna V.(2013) / (b) e (c) Herzog & de Meuron (2016) (2016).

 Salão de Eventos – Esse espaço servirá de apoio a todos da comunidade, e poderá receber diversos tipos de eventos.

 Teatro – O teatro, além de servir como espaço para a realização de grandes espetáculos e palestras, servirá de apoio para comunidade e estudantes de arte que precisam de um espaço para mostrar e iniciar sua carreira.

Figura 52 : Referências de espaços para o Teatros.

Fonte: (a) Sisto & Cappelletti (2018) / (b) Gonzalez (2013). (c) Mayer (2017).

D E F

A B C

A B C

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 Terraço – O espaço do terraço segue os mesmos princípios do Vão Livre, o de permitir a apropriação dos espaços, mas também possui espaços já pré-determinados com vegetação e espaços de convivência. Nesse espaço aberto também poderão ocorrer exposições a céu aberto.

Figura 53: Referências de espaços para o Terraço.

Fonte: (a) Gusmeroli [S.d] / (b) i.pinimg [S,d]/ (c) Angelis (2015).

 Estrutura de apoio – Ao longo do projeto fora implantados pontos de apoio ao público e ao centro, como: Administração, Guarda Volumes, Quiosques, Depósitos, Sanitários, Sanitários para PCD, Vestiários e Circulações Verticais. Estes espaços foram pensados em uma localização estratégica, respeitando o Código de Obras. Suas formas foram elaboradas de modo a se integrarem com o interior do centro sem causar grandes impactos.

A síntese dos espaços descritos e de suas respectivas áreas é apresentada na tabela 1 a seguir. Tabela 1: Áreas. USOS AREA (m²) Vão Livre 10.100,00 Salão de Exposições 4.975,00 Salão Makers 2.600,00

Salão das Aulas 1.900,00

Salão de Convivência 2.600,00 Salão do Acervo 3.410,00 Salão de Eventos 2.000,00 Teatro 1.779,00 Subsolo 12.289,00 Áreas de Apoio* 9.139 50.792,00

Fonte: Elaborada pelo autor (2019).

*As áreas de apoio englobam os espaços de circulação, sanitários, depósitos, ADM, copa, guarda volumes...

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Rampa i:15.00% Rampa i:15.00% Rampa i:15.00% Rampa i:15.00% Rampa i:15.00% Rampa i:15.00% Rampa i:15.00% Praça 0.00 Largo da Alfândega

Rua Deputado João Bertoli Estacionamento

AV. Hercílio Luz

AV. Paulo Fontes

AV. Hercílio Luz

AV. Paulo Fontes

Rampa i:15.00% Rampa i:15.00%

Praça Fernando Machado

Rua Antônio (Nico)

Calç. João Pinto

-1.50 -2.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 -0.10 0.00 Acesso Acesso Acesso AcessoS Acesso Estacionamento Acesso Estacionamento Acesso Estacionamento Acesso Acesso Rampa i:8.33% Rampa i:8.33% Rampa i:8.33% Rampa i:8.33% Rampa i:8.33% Rampa i:8.33% P.Ônibus Carga e Descarga Salão de Exposições Vão Livre Foyer Teatro -5.00 Vão Livre Vão Livre B' B A' E' A C' E C A D' WC WC E. E.E.C E.E WC WC Quios. Quios. Ônibus Turismo Terminal Cidade Florianópolis Quios. Rampa i:8.33% Anfitearto E.E E.CE. E. WC WC E.C E.E E. E. PCD PCD Espelho D'agua 0.00 Acesso Ponto de Atratividade

Ponto de Atratividade Ponto de Atratividade

Ponto de Atratividade Ponto de Atratividade Ponto de Atratividade Ponto de Atratividade

C C C F

01

/09

PRANCHAS DATA DE PROJETO

27/06/2019

CENTRO CRIATIVO E CULTURAL FLORIANÓPOLIS - CCCF TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL

DESCRIÇÃO:

PLANTA DE IMPLANTAÇÃO

-NIVEL 0.00

(64)

E. E. E.E E.C WC WC E. E. E.C E.E Carga e Descarga Acesso Acesso Acesso Estacionamento -5.00 -5.00 -5.50 -5.50 -5.50 -5.50 -5.50 Rampa i:8.33% Rampa i:8.33% Rampa i:8.33% Rampa i:15.00% Rampa i:15.00% Rampa i:15.00% Rampa i:15.00% Rampa i:15.00% Rampa i:15.00% Rampa i:15.00% Rampa i:15.00% Rampa i:15.00% Rampa i:5.00% Rampa i:5.00% Acesso Estacionamento Acesso Estacionamento Casa de Maquinas Gerador Cisterna Hall Hall B2 B' A' E' A C' E C A D' Bicicletário Estacionamento Area: 12.290m² Nº de Vagas: 190

C C C F

02

/09

PRANCHAS DATA DE PROJETO

27/06/2019

CENTRO CRIATIVO E CULTURAL FLORIANÓPOLIS - CCCF TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL

DESCRIÇÃO:

PLANTA DE SUBSOLO

-NIVEL -5.00

(65)

Rua Deputado João Bertoli Estacionamento

AV. Hercílio Luz

Estacionamento

AV. Hercílio Luz

Praça Fernando Machado

Rua Antônio (Nico)

Ônibus Turismo Terminal Cidade Florianópolis Rampa i:8.33% AV. Paulo Fontes

Vão Livre Área Coberta: 10.100m² E. E. E.E E.C Rampa i:8.33% Rampa i:8.33% 0.00 0.00 E. E. E.C E.E WC.M WC.F E. E. E.E E.C Rampa i:8.00% Salão de Exposições Área: 975m² Foyer Área: 600m² Rampa i:8.00% Quiosque Quiosque Quiosque Bilheteria 0.00 -5.00 -4.00 Teatro Área: 1.179m² Vão Livre Área Coberta: 10100m² Vão Livre Área Coberta: 10.100m² Praça Área:35000m² Rampa i:8.33% Rampa i:8.33% 0.00 0.00 0.00 0.00 Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Estacionamento Acesso Estacionamento Acesso Estacionamento Acesso Acesso B' B A' E' A C' E C D D' -1.50 -2.00 Anfitearto R1048 R2084 R1348 R668 R4699 R518 R518 95° 95° 3000 6032 3639 3430 13100 5510 1425 2450 4243 2422 10546 16725 12213 15943 3091 3949 6626 2209 3000 Área destinada a camarins e apoio -5.00 Rampa i:8.33% Rampa i:8.33% Rampa i:8.33% Rampa i:8.33% Espelho D'agua WC.M WC.F WC.M WC.F WC.M WC.F PCD PCD Ponto de Atratividade

C C C F

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/09

PRANCHAS DATA DE PROJETO

27/06/2019

CENTRO CRIATIVO E CULTURAL FLORIANÓPOLIS - CCCF TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL

DESCRIÇÃO:

PLANTA DO TERREO

-NIVEL 0.00

ESCALA: -

1:500

*COTAS EM CENTIMETROS PLANTA CHAVE - S./ESC.

(66)

Rua Deputado João Bertoli Estacionamento

AV. Hercílio Luz

Estacionamento

AV. Hercílio Luz

Praça Fernando Machado

Rua Antônio (Nico)

Ônibus Turismo Terminal Cidade Florianópolis Rampa i:8.33% AV. Paulo Fontes

Rampa i:8.33% Rampa i:8.33% Salão Makers Área : 2.600m² Rampa i:8.33% 6.00 E. E. E.E E.C Rampa i:8.00% Rampa i:8.00% Depósito Salão de Exposições Área: 2000 m² Rampa i:8.33% Rampa i:8.33% 6.00 Espaço Fraldário Copa ADM ADM Guarda Volumes PCD Salão do Acervo Área : 3.410m² 6.00 Salão do Acervo Área : 3.410m² 6.00 3.60 Acesso Terraço Terraço Terraço B' B A' E' A C' E C D D' E.E E.C E. E. E.C E.E E. E. R1048 R2084 R518 R518 95° 95° 3000 6032 3639 3430 13100 5510 1425 2450 4243 2422 10546 16725 12213 15943 3091 3949 6626 3000 Rampa i:8.33% Terraço Terraço Terraço Rampa i:8.33% Rampa i:8.33% Rampa i:8.33% Rampa i:8.33% WC.M WC.F WC.M WC.F WC.M WC.F

Quadrados com espaços verdes e de convivencia 6.00 PCD PCD PCD

C C C F

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PRANCHAS DATA DE PROJETO

27/06/2019

CENTRO CRIATIVO E CULTURAL FLORIANÓPOLIS - CCCF TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL

DESCRIÇÃO:

PLANTA DO PAVIMENTO SUPERIOR

-NIVEL 6.00

PLANTA CHAVE - S./ESC.

CORTE CHAVE - S./ESC.

Referências

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