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O MEDICOPARTEIRO POUCOEXPERIENTE
ENCONTRA
NO EXERCÍCIO DO SEUMINIST
ÉRIO.
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APRESENTADA E SUSTENTADA PERANTEAFACULDADE DEMEDICINA DO RIODE JANEIRONODIA10DEDEZEMBRO DE 1847.
POR
(BttKLDSÏIKMHKRIII-®*J)D3 SJUWDSJL&nZh©2i MZTXDÚ NATURAL II K
.
MONTE-
V I DÉO,DOCTOR EM MEDICINA PELAMESMA FACULDADE SOCIO DA ACADEMIA PHILOMATICA DO RIODF
.
JANEIROE
DASOCIEDADE COMPADECIDADOS INNOCENTESDESVALIDOS FILIIO LEGITIMO
»0TENENTE JOAOZUANCSSGO XATTTE DEAIHICC. Nrcaranrarumsaneicxusidco melior,quiaPX
selila pifinuiil
.
nccHosiervilior.
quia exaliem* libamosu(apes.
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NiT.POLIT.I.ib.
í.»t a p.I.
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TVP.ÜO OSTENSO II
BRASILEIRO
DEJ.
J.
MORMIR' RuideSanta Thcre/o , N.
Hf>.FACULDADE DE MEDIUM
DO RIO
DE
JANEIRO
.
DIRECTOR*üSr
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Dr.
JoséMarlinsdaCruz Jobim.
(Serve intcrinamcntc o Sur.
Dr.Joaquim J«»é«laSilva. 1,1.ATES «»KO1*K B ETA ISK OS.
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Os Srs
.
Doulores: 1/AS MO»Francisco dt*PaulaCândido,SIPPLKMTK
.
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FranciscoFreire Allemãol’hyslen Medica
.
í Ilotanica Medica , cprincí pios elcmentaro de Zoologia
.
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.
°AMMO.
JoaquimVicenteTorresHomem
JoséMaurício Nunes Garcia,EXAMISADOR. . .
í ChymicaMedica , i Mineralogia
.
Anatomiageral,cdcscriptiva
.
epriocipioselementares<!e
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.
°Asso.
JoséMaurícioNunesGarcia.
.. .
.
.
LourençodeAssisPereiradaCunha. .
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.
nAMso. Luiz Francisco Ferreira, EXAMJoaquimJosé daSilva JoãoJosé deCarvalho
Anatomia geral,cdescription. Plivsiologia
.
Patbologia externa. Pathologia interna
.
(Pharmacia,MatériaMedica, especialniciile Brasileira,Thcrapeutica,eArtede formular. :i
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Asso.
Operações, Anal,topograph
.
,e-\pp.irclhus. Partos ,Moléstiasd.ismulheres pejadase pa-ridas, cdemeninosrecem
-
nascidCândidoBorgesMonteiro
Francisco Julio Xavier,PRKSIDESTE j O
.
1’Aviso
.
Thomaz Gomes dos Santos JoséMartinsdaCruz Jobim.
Hygiene,c HistoriadaMedicina
.
MedicinaLegal.
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Manoel Feliciano PereiradeCarvalho.
. .
Clinicaexterna,oAnal.
patholog.icspectiva.íj•ao0' Manoel do Valladao Pimentel Clinica interna ,cAnat
.
patholog.
respectiveI.EATEM»SI IMTITITOM
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]Secção das Scienclas '
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SecçãoMedica.
Secção Cirúrgica
.
Francisco Gabrielda Rocha Freire
.
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Antonio MariadeMirandaCastro
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JoséBentoda Uoza
AntonioFelixMartins,KXAM
DomingosMarinho dc AzevedoAmericano,SIPPI.
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accessorias.
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LuizCarlosdaFonccca.
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A Faculdade não approva,ne:u dosapprovaasopiniõesoiniltiJainas l’heses quelhe"\
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Ionhortnlint terminadomeusestudosmedicos,aspirado oqlietnnto de/ojavn, c sc rev-
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aqtjcm.
sen»» iv õsodcvokavósnieull.'tiiPalque cvliatisto dc mciosinvidnstevossasdcbcisforçasparaa edm n;,,
de vossolillio ;á v òs iiiihlin CarinhosaAlai,i|iicviclimna tantosannosdeumacruelcmfcrmidnlea
-/endoeinutnlottode dòr nuncadeixaste dcprodigalisar
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lhc lodo*oscarinhosedesvellos«laleruao. Hoje(|ue eudeixooSbancosseholares,vospeço,<|iicaeceileismeusOucridos Pais o pequeno frueiodeminhas loeubrcçõcs,c ‘osciaudovossasmãos como osculo filial euvo
-
loenlreeo. VMEUTIOOII.
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SU.JOSÉ MARIA.XAVIER DEAZEVEDO
.
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S U A.
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GERTRUDES PAULA XAVIER DE AZEVEDO.Tributo dc verdadeira estima, camisade
.
NV \KS ISOM U E S T I A I P A I D i i M i O
.
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°SR*CARLOS FREDERICO LECOR,VISCONDE U VI.VGfNV COSfIIOSRAS DE GRANDEZA,GR ÃO CRC/
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HOSORARIODAORDEM D\T O K R I G S r v O t.
COMMENDAOOnDA O R D E M D ES.
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•I I.
«M !«•< ( i . fl«* oiQuando ebeiodeprazer en esperava o inoiiUMilo de apresentar um frmlodemet*islud
-queião sahiamenteerãodirigidos,veio n morle roubaremprincipio de minha earnin 'h lar aquelleaquemMulopre/ava , choje só semeiilJcrere tiuisInuza fria encerrando rest 'v tnortars parasobre elladerramar lautimasdesaudade! quanto prazermeu rornçlosei.
tiii» «e«mAmavossa euvêspodesse öftererercsiemeu trabalho,masasorlonãoquiz
.
Goraiempnz da«u.itisà..
> ítiMos, emquantoque nestemuildoeuvcrlo lagrimasdevet«ladeiradAr,c saudade.
\ MINHA ESTREMOSA MADRINHA \ II.I.A1.«EXM.* SUA
.
VISCO.
NDKÇA DA LAGUNA.\vito EircllontUsimnSenhora om grandeparledevo olugar
.
que hoje aSociedade rnr offerref,«imtosto*vô*quemcoadjuvastemeu»Pai*nacarreiraqueencetei, e quehojefelirmrntr termino. Avds portanto KiccIlrnUssima Senhoraperleneneste raminho colhidodepoisdesei*long«*ano'im arvoreda»ciência
.
Accitai-
oSenhora,csuiununicnlc grato vosseraovossoobediente afilhado.
CARLO*.
AMEU ROM IRMÃO O 1LLM
.
*SR.
VNTOMO BENED1CTOOROZIMBO XAVIER DEAZEVEDO. G U A R D A M A R I N H AD AA
.
N.
I.
Signal da maiscordialamisade
.
AO MUITO DIGNO PRESIDENTE DESTA THESE
.
OILLM/SR.
DR.FRANCISCOJULIO XAVIER.
Homenagem ao saber, caogenio.
\0HLM
.
E E\M.
SR.DR.
ÍUUIOSLFELIZARDO DE S01Z1 KHELLO.
TKIOISIKCûïomDEI*a.ASSE DOESTADO MUOR ,I.BNTKDAESCflOI.AM1L1TAB, lCOMUKNDACOF.DA ORDEM DECRISTO
.
PermitiaVEta
.
queeudediqueeste meuprimeiro fruclo litterarioemsignaldeeternagratidão, que semprepersistirácmminhaalma.
AO ILI
.
M.EEXM.SU.
GREGORIODECASTROMORAES E SOUZA, nuamCOMMANDANTE DA4.*LEGIÃO DA GCABDA NACIONAL,VIADOR DK S.M.
A IMPERATRIZ.
COM-MENDADOR DA ORDEM DE CRISTO, KOFFICIALDA IMPERIAL ORDEM DA ROZA. Signal da maisviva simpathia,camisade
.
AOH
.
I.
M.
*SR.
DR.
JOAQUIMJOSfi DACRUZ SECCO.
Eterna gratidão!eamisade.
t om o
.
I i;\n.
H R.
I i t in ii t i«O O t i nti n.
COMMENDVDOK I)\IMPERIALORDEM DO CIUZE1R0
.
E ASUA
ILLUSTREEAMILIA
,Vira aiïciçâo c sincera arnisade,
A TODOS OS MELS
AMIGOS
(O M l>P I(It i l l)t D F.
AOS I I I.O S.
S C A R SBACHARELALEXANDRE JACINTODE MENDONÇA
.
BACHAREL JOAQUIMJACINTODEMENDONÇA.
MIGUEL RODRIGUES BARCELLOS
.
JOSEMARIA LOPES DACOSTAJUNIOR.
MANOEL VICTOR DESOUZAMONTEIRO.
MANOEL JACINTO HENRIQUEDE REZENDE.
FRANCISCO DE ABREO ESPÍNOLA
.
JOSETHOMAZDE LIMA.
JOSÉ VIERA DACUMIA.
JOSÉMARIACHAVES.FRANCISCOLEOPOLDOCABRAL DO CANTOTEIVE
.
JOAQUIMJOSÉ DASILVA PINTO. Eternarecorda çãode amisade,que semprevosconsagrei. AOS MEUSMUITO PARTICULARES, E PRESADOS AMIGOS,COLLEGESDE ESTUDO OS ILLMS
.
SRS DR.
JOSÉGONSALVES DA SILVA. DR.FRANCISCO GONSALVESDE MORAES.
DR. FRANCISCO ANTONIO DE SOUZA
.
DR. JOS ÉAUGUSTODE OLIVEIRA.
CAETANOXAVIER PEREIRADE BRITO.
JOSÉ DE VASCONCELLOS MENEZES DEDRUMMOND.FIRMIANO ANTONIO DE ARAUJO.
Tenhodadoo nil imopasso na vidaescholar,e nestemomentoumaddr extraordinária opprime <•
meucoração,lenho de apartarmedevosaquem tantoamo
.
ecomquern fruii as deliciasda vida lit-eráriadurante nosso?seislongosannosdeestudo, quanto he dolorosaestacruel separação,e Selacrimas a dór allivinsscm
.
Lenitivoeuteriaemtantas penas:
Poremnão; quantomaispranteio,echoro
Maisdev As me recordo,emaisseavivão Lembran ças,queolémi
-
mu alemdaCampa Gravadas guardarei dentroemminha alma.
(
.
/•’.
S.
\avier,deAzevedo
.
CONSIDER
AC
OES
GERAUS
ACERCAdi*
certas
ili íliculdadesj que « [»arteiro [>J»3 BC*O <*\pc * -rienteencontra
noexercício do
«cu niiiiisíerio.
1SÎOB
-«L'acrouchcur soul poutreunirIn conditions de savoir, do formou1, d'autoritécapables d ins
-pirerunoconfiance absolue,luiseulpeutprévoir et pré venirles accidens possibles,lui seul peutyremédier convenablementquandils arrivent
.
•» GIBKRTETD.ULE
.Elançarmosuma raphia vista d’olhossobre a espinhosa vida do medico não poderemos deitar deconfessar,que um dos momentos mais crilicos d’cllaéaquellc em que, sendo chamadocomo parteiro ao leito
de dòr,no qual ja/ aparturiente, tem delutarcom dilliculdadcs
.
quesellieolVerecem,cqueparecem zombar das mais bellas theoriasaprendidas
nascscliolas, cpor elle postas em pratica,afim de prestarosseus soe
-corrosaessaqueosimplora. Profundosconhecimentos da arte,que pro
-fessa,selhefaz mister possuiremaltográu; paralongedcnósessestem-posemque seexigia doparteiro tàosomenleas regrasgeraes da
mano
-bra, c cntrcgavào
-
sea medicos c cirurgiõesos accidentes, que sema-nifestavão ou podiào manifestar
-
sc; capar destes conhecimentosqua-lidadessublimes o devem adornar para poder fazerlrenteaos
embates
da lorluna.
Arcsignaçãodeveestarunida a suaalmacomoa
couraça aopeito dovalente,cdestemidoguerreiro.
Opprimidodelodos os ladospela ingra-tidão,filha da ignorância dopovo,elletem de soflrcr muitas
vezes
cm si -lencioassellasdirigidas pela maledicênciae
empregadascomo íim tão so -mente dco dcsconcciluarentre aquellcsqueocercão,edequem,aindanovo
nacarreira,queenceta,deseja adquirir confiança e reputação
.
Mes a:i;daisto
n
ãoé tudo 1 Eo que diremosdessasmulheres,que envoltascm
m-gras,e nojentas mantilhas percorremas
ruas
d’estapopulosacidade,incul-o
«MUlo
—
so pordesgraça nossa hábeis parteiras, lendoestampadona
frente
dt*suascazaso sagradosyiubolo danossaredempçã
o,
a(i n+,
luzondo ca* pacilara muitosdopovocr
édulo, que possuemsegredos iraiisniitlidospc -la Providencia capazesdo tornar 1’aciloparto mais laborioso;(piaulasve
-zes essas verdadeirasmercen
áriaslhe não(picremimpòrleis?Masnãosois vósmulheres em geralarrancadas da rclé dasociedadeas culpadas,nào! vós espozosdeshumanos, queexpondes vossasconsortes, aquem pe -los laços sociaes, emalrimoniaes deveisamar,erespeitar, aos torpescui -dados(Pestesterríveis, everdadeiros llagellos.
Acazoignoraesosperigos aqueasexpondes?Nàotendes quoíidianamentc exemplosdessasterrí veis torturas, pelas quaes passa uma desgraçada parturienteporinfelicidade
suaajudada em trabalho por estas mulheres?Que nome quereis quese dè,quando vossaconsorteásportas dosepulcro pronunciar comvoz atlHcliva,cquasi exlincta estas palavrastocantes:—
Eu morro victimadosmaiores tormentos
—
Acazosoflrcreisque se vos dèoinjustonomedecaro espozo,deamante pai?Oh !nunca!emcadacanto devossa caza,navossameza, no
meio dosvossos prazerese até no mesmo leito nupcial uma voz tcrrivcl’vosaclamará:—
Fosteoassasinoderossaconsorte,
fosteosenver-dadeiroverdugo
—
emnehuma parleachareissocego,osremorsos vosator -mentarão,e então derramareisamarguradas lagrimas pelo nenhum zelo que lhe prodigalizastes emoecaziões tãoaíllictivas,mas este prantoserájá tardio,por que omalestáfeito.
Quantasvezessenào fazmisterapressar uniparto laborioso?Quempoderáobviar certas dillicuIdades,que frequen -tesvezesseaprczentàorc/.uliantes da prompta
vacuidadedoutero, olfere -cendoaccidentes,quetornãoperigosos osdiasda parturiente? for ventu -raserA)estas mulheresiiilciramcnlealheiasao nobre exercício dasciencia, quecomextraordináriaaudacia querem professar?Cerlamentenão.
Longe demim incluir n'estenumero essasverdadeiras parteiras (pie tantasvezes auxiliàoo medico em lances tãomelindrosos;estas pelos seus conheci -mentos, einteJligcncianaarte obstétrica são dignasde nossorespeito,e
estima.
Ocaracter porem ,a segurança dc seus conhecimentos na arte que professa, esuaindependencia linalmentc, colloeão o medico-
parleiro acima de todas estasbanalidadesda calmnnia; e lheservem muitasvezes
dcd'grausparasua brilhanteapothcozc na carreira medica; éverdadeque em grandenumerodecazosse lhe faz mistercondescendercoma partu -riente em algumas dessas puerilidadesaconselhadas poressasmulheres, dequehapoucofalíamos,puerilidades,que noseu modo depensarobrào de uma maneira admiravcl para apromptasabidado feto; queremosfat -iardesses verdadeirosembustes admitidos desdea mais remota antiguida -de.
eencarados
comomeiosoxitocicos: revestidasdeuma relinadahipo -crizia cilas punlião cmcampostodas asoperações misteriosas, queumaembrutecida
pode conceber, e queainda hojeno
século \1\ mas—
s
—
chamado
por cxecllcncia odasluzes são postas em pratica. Filtrando
no
quartod'uma parturiente, ahi muitasvezes a encontrávamos cercada de
pedras preciosos;cemderredordo seu pescoçose notavãoosobjeetososmais
riziveis;muitasvezescmpunliavào grossas barras de imau
,
<• ligadasassu-as cos-as seachavào grande quantidade depcnnasdediversas aves; péles
de animacsferozes com grande custocrà oprocuradas,c asuaignorância chegava aponto defriccionaremo ventre da parturiente comóleoextraliido
do tecido da vibora
.
Factosd’estanatureza fordo e ainda hoje sàoobser-vados naclinica, c osmestres da sciencia nosdemonstrâo exuberante
-mentea necessidade, quetemos decondescender com a parturiente(pian-dosemelhantesmeiosnãoinlluàoparacompromette?oestado moral da mu
-lherea vidaquerda mãi, querdo filho
,
c Velpeau emseutratado lheorieo,epratico de partosassimsc exprime:
—
Cesremedes unmainsne ferontpusde
mut
,et peut-
êtreaurontilsC avantage d’empêcher l'emploi de quel-ques medicationsmoinsinoffensives
—
Amulherdigna deattençào ,e res-peito do parteiro já pelafragilidadedequeédotada
,
typo doseusexo,jápelo pudor,que infallivelmente deve cnrubeccr suas faces pela prezença deum indivíduode sexo diverso,sente necessariamente umageral com
-moe
ào ao verentrar noseuapozentoum homemda arte; énesta occaziãoqueelletem de porcmjogoo fructode sua educação,caquiquesepa
-tenteia a pcricia, c habilidade domedico.
Ksforçando-
scpor adquirir a confiançadesuacliente,devecomeçar por sondar o seu animo por meiodeconversaçõesinteiramente extranhas aocazoa que vem prestarossoc
-eorrosdesuaprofissão
.
depois passara fallar-
lhesobreoseu estado deprenhez,epoucoa poucohir encaminhando
-
a aoparto propriamente dito,emostrar
-
lhelinalmentc os nenhunsperigos por quetemdcpassar; seacazo vê n’ella dispoziçãopara o desanimo,consolal
-
a,deserever
-
lhefa-dos, ainda queitnprovizados, de parturientes,que corrião maiores ris
-cosdoquecila,
e<[uohojeseacliào salvas,tornando-
sc mesmo impassível,mas sem mostrar rudez,para com aquellas que dotadas de génio iras
-civo nãoscquerem submetleraos seusconselhos, fendo(Festa maneira
preparadoasuaparturiente ellecuiranoexcrciode seuministério
.
A pri -meiracouzaque selheoíTcrecc,
e quetocasuaatteneãoéo Diagnostico da prenhez.
Nóstrataremoscircuriâtaiiciadamcntôdetodos ospontos
,
quelhedizemrespeito terminandocomoPrognostico doparlo
.
Nadaémais lacil,nada mais ordinárioaoolhosdo homem inteiramcnle
estranho á nobrescienciaobstétricado que nliirmar, queuma mulherse
achapejada,masaqucllcqueverdadeiramente senhor da artequeprofes
-sa , avançarsemelhante propozição ,será
com
toda ajustiça
aecuzadodeprecipitado
,
cmesmodcignorante ;ditfcnldadcs se lhe aprczenlào, quetrinostodos os tratadosdepartos nós
veremos
acadapasso
errosde Diag-nostico commellidos porhábeis, einstruídosparteiros,
erros
que podemaindaque momentaneamentenodoarsuareputação;para provad estaver
-dade
.
vejamos esse Cacto citadoporCapnroudeumamulhersuppostahy-dropica,cconduzida aoHospital deCaridadedeParis.
Diversos médicosabalizados sào chamados, centre elles Corvizart,opi
-niõesdiversasse poem
a
campo,este diagnostica uma hvdropcziacnkistadacomplicada de prenhez extra
-
uterina, liaudeloeque esse homemcelebredaI*’rança, essa gloria medica a examina,cjulga encontrar um volumoso
squiro doutero
.
Depoisderenhidalutatendo cada um expendidosuaopi -nião,tendo-
se postoemjogotodososrecursosda arte,aindasenãoacha -vãocompletosquinzedias d'esta luta scientific«, quandoummenino vigo -roso,ebemcomformadoédadoáluzcomgrandeexpectação porestamu-lher! Quevergonhaparamedicos desummareputação!Queopprobriopa
-raaarte!Umaoutramulher consultaumparteiro distincte,narra
-
lheseussoffrimcntos,accuzadoresatrozes noeollo uterino, oitomezesdccorrião
que ofluxo catamenial tinhadesapparecido,este a examina, ediagnos
-ticauma amenorrea ,declara
-
lhe muito positivamente quetodos os seusencoinmodos tinhão porcauza occazional a suppressão dos menstruos,
otratamento antiphlogistico llieéprescripto cmtodoo seu rigor, n esse
mesmodiauma extraordinaria hemorragia se manifesta,eumfetodedons
outrezmezes,mortoamuitosdias lie expellido
.
Franch noscilaofactodeumaprincezaallemãa,emquem o corrimento periodico já senãomanifes
-tava pelasuaavançada idade,medicosadeclarãopejada,
eno fimde certotempoellesreconhecem oseu erro porumagrandequantidade deliquido
sahido pela vulva, eraum hydromctro
.
Pouco tempo depois outero quetiveradiminu ídodevolume emconsequência doesgotamentod’esseliqui
-do,cresce,osmedicosdiagnoslicão um novohydrometro, a cadamomen
-to nova sahida deliquidoseesperava, quando um menino vivo,ebem
conformado é dadoáluzpor esta princeza
.
Poderíamosirmuitomais lon-gecomfactos d’estanatureza,mas julgamos suflicicntcs estespara mostrar
asdiflieuldadcs, que existem nodiagnostico daprenhez, e osembaraços
'
•ouique temde lutaroparteiro pouco experiente;é com a maiorcircuns-pecção,ócomomaiorzelo,que elledeveemittirsuaopinião,édepoisde 1ercom todoocuidadoexaminadoo utero ,que eile se deve dicidir
para
averdade
,
alim desiisentar dos golpes dacritica ,queem breveovirãofe-rir
.
Muitos parteiros tempretendidoconhecer a prenhez porcertas altera -ções,que senotãonamulheremdiiïercntos phazesdesuavida,assim pa-raalgunsa maior,oumenorfrequência do pulso,certosdesaranjos
que
seobservão noapparcllio digestivo, inclinaçõesparticulares,queamulher
apresenta paracertos edeterminadosobjcctos,decomposição doface
.
de -'prenhez
.
Outros
teemapresentado o estado moralda mulhercomo
sign'dnecess
ário; assim aquellas em quemas graças ,o prazer , e a alegriala/.iãoo apanagio desua vida,são entreguesdurante esse tempoauma pro
-funda melancolia,queas obriga frequentesvezes apraticar actos reprelien -siveis pelareligião,c pela moral, rinalmcntcalguns haquedãocomo pro -vainfallivcl
de prenhezacessação do corrimentomenstrual.Se consullar -diversos aulhores,
que tem cscripto sobre esta materia, veremoso absurdod’estas opiniões;quantos factosnos nãoaprcsentàoelles de mu -lheres, quetem tido immensospartos, e em quemo fluxocatamenial uma sóveznãose mostroualòa idade critica !(piantosoutros de mulheres em quem esteapparcccodurante a prenhez.
Porventura ignoramos nós,que todos estes signaes podem ser produzidos por moléstias particulares? Nóscompartilhamos a opiniãodaqucllesque querem, queestes phenomenos,iso
-ladamenlc tomadospoucovalem, entretantoque unidos, esendo acompa -nhados de outrosquenosrevelãoo tocar,os movimentos aclivos,e passivos dofeto, oaescutarãonospodem dar certezadeumaverdadeira prenhez.
O tocar éabússola nopensarde um erudito cscriptor,que deve guiar oparteiro cmtodasasoperaçõesdasua arte
.
Eminnumcroscazosesta ope -ração lheserve paraplantar a ordem, ctranquilidade dc espirito no centro de umafamilia,aquem a mordazeferina intriga linhanodoado.
Quantas vezesestaoperação selhefazmister paraesclarecer a Justiça,sobre factos deprenhezes simuladas dc que algumas mulheresse servemem conveniência propria?oraénma
infeliz menina,que seduzida por barbaro e imprudente joven,coberta deremorsosseolferccea rogos dc seus pais,paraserexami -nado o seu estado;oraóumamulher.
que perdendo os sentimentos de hon -ra,cfidelidadepara comseu marido ahuzouemausência d'esteno mesmo leito nupcial, cahi representou muitas vezes com um adulteroseenasde immoralidndc, que pelo seu exemplo é natural que sejão transmitlidasa seusfilhos;outrasvezeséumadesgraçada.
que nomeio dosopor produzi -do pelouzode bebidas a1coolices, e porcertos medicamentosnarcóticos foi sacrificada nosaltares da voluplm sidade,desconhecendooseu estado, c vendooventre gradativamente crescer, lhe pede os seus conselhos.
Quo honra para o parteiro verdadeiramente conhecedordanobreza desua pro -fissão! confidente dc tão importantes segredos!esta operação consistena
introducçãodo dedoindicadordeninadasmãosna
vagina damulher alimde reconheceroestado do collo uterino,estaoperação entreosmeiosqueadi -antedesenvolveremos emmuito orientaoparteiroacercada prenhez mos•P«"
quemintas vezescertas moléstiasse lhe podem offcrcccr,que oilludão ale
certo ponto;um facto importante se acha consignadono Diccionariodas
Sciencias
Medicas,pelo qualse
poderá reconhecer atéquepontoumale-zãoorgânica pode simular uma prenhez* Lorry,eHaudclocquesão c«n
-siillados
paraprestaremos seussoccorros
aumasenhora, cm quem ossicliaesdeprenhez
parcci
àonãodeixar duvidaalgumaarespeitodo seuest;,
,(lo
-
Olluxomenstrualtinhadesapparceido poucotempo depois doseucasa
-mentoïtodoocortejodesignaesadmiltidopelos authoresscomo precurso
-rsdopartose manifestava
,
cilasenlia movimentos in ternos,
quejulgava se-rem produzidos pelo 1'cto, Lorry allirnui existir prenhez,Baudcloequeao
contrariodepois deaterlocado
,
attribueessesmovimentosáaecuimilaçào de gazesnosintestinos;estepensarde Baudcloeque érecebido comgrandehilaridadepor todaafamíliada parturiente,cpelo proprio Lorry;d’ahi
apoucodoressca>anifeslào,tudo sepreparapara onascimento do f
çlo
.
Mas queassombroparaafamilia dasuppostaparturiente!Queerro commelidopor Lorry!QuegloriaparaBiiudelocque !umagrandequantidade dega
-zeséexp
è
llidà
,econhece-
scentãoqueasdoressuppostasporLorryserem
asdopartocràooresultadodeumatympaniteintestinal.
Podemappareccrsquirros,carcinomos,polypos, moléstiasestasquemuitas vezes sedesen
-volvemapenasamulhercomeça a formar no futuroesperançosos,e agigan
-tados planos,quandoosignalevidente da puberdadesemanifesta,o ter-minào funestamente no momentocmque enlaçadanosbraços deum cari
-nhosoesposocontemplando os doces fructos deseusamoresgosadosprazeresdohymeneo
.
O parteirodeverecorreraestemeio ounofim do terceiro,ounoprincipio doquartomezde prenhez,tempo emque ofetojáapresenta al
-gum desenvolvimento; antesd'este todos osseusesforçosserãobaldados,
pois simplesconjecturas se lheolíereccrào
.
A posiçãoquedeverá guardaraparturienten’estaoperaçãoestáemrelaçãocom oseuestado pathologico, poispoderáservictima decertas lezõesorganicasqueaimpossibilitem de
conservarumadeterminadaposição
,
oucom o seuestadogeral: facilmen-te podcr
-
sc-
hareconheceraverdade,anecessidadedestascondieçòes.
seatlendermosaocneommodo, aosperigosmesmo aquese expõe umades
-graçada mulher, quesoífrendo grandes alterações cmlodooaparelho cir
-culatório, erespiratório é obrigada apermanecer em umaposição horison
-tal,assimcdo dever do parteiroexaminarpreviamente oseuestado,para
nãoa obrigar depois asugeitar
-
scaestaouaqnellaposição,queparasise -ria de grandevantagem,cparaella dcterrí veissolVrimentos;nocasoporemcmquenenhuma lezãoorganicasetenhamanifestado,cmque
a
sua cons -tituiçãoseja a melhor possível ellea collocarána
posição seguinte—
Deitadasobreo dorsocom a cabeçaepeito elevados por meiodetravesseirostendons
pernascmflexãosobreascoxas
,
cestas sobre abaria—
adoparteiroporem
devei aestaisubordinada áda parturiente, lendooparteirodispostoIndo que mistersefazparaestaoperaçãoprivando-
sedeanéis quemuitostra-zem em seus dedos por objectodeluxo,quefazemparlicularmenteparte dos adornosdobcllo
sexo,
objectos estes que dealgumamaneirapodemlesar as parles
sexuaes
damulher,ora
produzindoexcoriaçòesora
aim -montandoa sensibilidade
doutero
,
quepodeachar-
se alfectado.
depoisde(or coberto o dedo indicadordeaipim
corpo
gorduroso,que
oiscmple daob -sorpeão dealgumvinisemanadodepequenasulceras contagiosas,queaniu-Ihorapresente naentrada duvagina,ounasparleseirciimvisinha
.
s,cll<-
í-xará a
m
ão eompletamenleestendida cmrelação com aparteinternada ro-xa, e logo queatãecradial dodedo indicadorchegar ávnlva
procurar
desviaros outros dedos dc tal sorte queopollegar correspondaá parte su
-perior do pubis;entãoimprimindoaopunho da
m
ãoumligeiro abaixamen -to.
introdusiráodedo indicador,praticandoestaoperação commuito zelo ccuidado: mas queexperiênciase lhenãofaz misterparapoder reconhe-cerasmodificações,queouteroapresenta durante este tempo criticoda
mulher, ecomo poderá elleadquiril
-
asenãodepois de prolongados,e re-petidos ensaiosnosJiospitaes sobre mulheres não pejadas,sobre outras durante todo o tempo da prenhez,csobreoscadáveres, ß para sentiré
mesmo paralamentarqueemnossopaiz,nãoexista um hospital onde prali mentepossão serinstruídososque sededicãoaartede curar, que não exis
-taumaMaternidadepara aquellas quedestituídas dos meios da fortuna, veem-
seobrigadas ou a estarem sós,ou acompanhadaspor pessoas
inhabeis,
umabrigoparaaquellas,quevictimas muitasvezesdesuafragilidade tenhào
commettido essescrimes reprovados pela moral,eahi achemumlugar livre dacuriosidade publica para deporem o fructo de um commercio illicito
.
Sendonecessárioqueoparteiro reconheçatodasasmodificações que a pre-nhez imprimenoutero damulher, necessário équeeste conheça as mudan
-çasqueseoperãoemseuvolumeforma,posição,direccàoespessura,structura
,
dilatibildade
,
cotraetibilidadc,csensibilidade.
Nósdaremosumaidéageral d’estas modiíicaçõcs.
VOLL’ME
.
—
Alguns authorcs aflirmão queo utero muda devolumelogoque contemcmsi a materia fecundante,poisque haumaespccic deeon
-traeçãoqueobrigao licor prolífico a não sabir, edaquiresulta a diminuição
devolume; nada poder
-
so-
ha allirmar,
pois tudo cinge-
se ahypothczcsduranteeste tempo
,
no fc2.°
niezporem
nota-
se
algumvolume, pois vai
occupai*aparleanterior dabacia,eo collo segundoaopinião deMadame
Boivinapresenta duas pollegadas de comprimento, no 3
.
“ mezvaiaugmen-tando gradativamente poisqueoseucorpo olferece duas pollegadasemeia
cmtodas as direcedes;elevando
-
seadiantena
regiãohvpogastriea,noft
.
°mez
apresenta trèspollegadase
meia,c chega atéduas pollegadasacimado pubis,o collo é maisespesso principalfnenlc naparte superior,no5.
*mezofundodo utero aproxima
-
se mais daregião ombilical.
o ocolloapresenta maisinolleza ,e grossuraprincipalmenteem sua base.
perdendosegundoDc-sormcaux
oterçoquasidosencomprimento total;aos6mezostem
passadoduaspollegadasacimado umbigo,eocolloengrossa,amnllcce
-
se e dilata-se, no 7
.
°mezoutero
occupa
amaiorparte daregiãoepigasirica,eo collouterino olferecequinzelinhas
, aos
Hmezes
étalo
volumedoutero
.
ca—
8—
chegaalocarquazio bordo anterioreinferior do thorax
,
ocolin apresouta emcomprimento
menos
de uma pollegada.
Ao nonoliiez ofundo
doutero al>ai\a
-
se,ocolloavisinlia-
semais da vulva,e torna-
«
;tão delgado, emuitas vezes tãoaberto,quepoder-
se-
lia tocaralravez «lo seuorilicio
o prodneto daconcepção
.
Levret , eMaller allirmãoqueovolumedouteron
’este tempoéonzevezes
e meiamais considerável,queautes da preuliez;enecessáriosefaz,queoparteirolendode praticar o tocar,appliqueuma mãosobreoventre paraapreciaroseu volume
.
FORM
—
O utero passaporformas variaveis durante otempo da pre-nhez,aprincipio é adeumtriângulo curvilíneo,depois vaigradativamente
adquirindo a forma ovalar, até quetermina arredondando
-
secomplela -meute.
O collo oflcrcce neste tempoumaorla, paracuja formação concor-rem tão somenteoslábios dofocinhodetenca
.
POSIÇÃO
.
—
Tendo quando tratamos do volume do utero, mostrado a elevação d’este nosdilVerentcs tempos da prenhez, julgamosocioso fallar nasua posição,pois conhcccr-
se-
hafacilmente,qual cila seja, notando-
se todavia que no principio da prenhez o colloseabaixa aproximando-seda vulva,plienonemo este, qne seobserva pricipalmcnten’aquellasmulheres,queapresentào umabacia ampla;ofocinho de tenca poremcomeça asubir
depois,o nofimda prenhezvem descendoatéoccupai'o estreito inferior
.
DIRECÇ.
VO,—
O utero nosprimeiros dias pelasuaelevaçãotem de lu-tarcomdousembaraçosquese lhe apresentào,umnaparte anteriorapa -rede abdominal,outro naparte posterior a columna vertebral,n esteesta -do elleoscilla,cnãopodendosustenlar-
scsobre alinhamediana,procura um dos lados,sendo mais frequentesvezeso direito, tendo umdos seusbordos emconsequênciad’estainclinação de se dirigirparaaparte anterior sendoraroassimque o seueixo longitudinal esteja paralello ao eixo da bacia, resultando d’aqui, que muitasvezespoder-se-lia encontrar o utero
orapara a parte anterior,orapara a parte posterior, ora para os lados, concorrendo paraisto também certosagentesexternos,oembale entreas víscerasdo baixo ventre,eaacção dos
m
úsculos abdominaes.
Os atilhores tem procurado explicar asrazões, queobrigào outero a inclinar-
semaisparaoladodireito queparao esquerdo
.
Madame Boiviu diz que poder-
se-lia altribuir esta inclinaçãoáenergiaquegeralmentese observan este lado do corpo, energiada qual podeem sua opinião ocordãosupra
-
pubiaiio d’estelado participar,ouentãoá circomvoluçào illiacado colou.
Rocderer julgava que eradeterminadapela repleçãodaporçãoilliacado colon;masDuboisprocura destruir esta opinião dizendo,queocecumoccupandoa parte direitapode distender
-
se,
eassimcompensarainlhieucia docolon , queestá á esquerda.
Levrctbaseando-
se nainserção da placenta sobreosladosd’esta viscera tem assim querido explicar aobliquidadedo utero,mas cmimmcnsos
cazos
vtVsca placentainserir-
seigualmenteoraa direitaoraaesquerda
,
outroscomo
Velpeau teem invocado ouzo,
que amulher tein de sedeitardolado direito,porema experiência temmostradooquantoeerr
ónea esta opiuiào.
Ocollo uterino lambem sollre modificações emsua direeçào, que éS(»mpre em sentidoinverso da doutero;assim seeste se inclinar paraa direita,aqucllc dirige-
se paraa
esquerdae vice-
versa ,porem istonemsempre acontece.
ESPESSURA
.
—
Os authoresteemdivergidoem suasopiniões ,quando pretendemexplicaromaior oumenorgrau deespessura, queo uteroadqui-re
durante o tempo da prenhez; assimunsleemsustentado,que nouterose operavauma tluxào,quefazia mudara naturesa do seu tecido;outros allir -márãoque outero nada perdia desua espessuranatural duranteaprenhez; estes provàoquea espessuradiminu íaimperceptivclmente desdeosprimei -ros mezesdaconcepçãoaté oparto,aqucllesqucaugmenlavana
razão direc -ta do desenvolvimento da cavidade uterina,Galleno diz que émaior no principio da prenhez, menor no meio d’clla, cmuito menor nofim, mas estas opiniõesparecemter nascido,oudotempo emque se tem procurado examinaroutero,ou do logar doutero,que se temobservado; assim é mister parabemsepoder avaliar aespessuraexamina-
loemsuamaiordila -tação,ecmdiversospontos, pois alguns haemque esta é maior. Nostrèsprimeirosmezes,segundo observaçõesque seteem feito,a espessura do utero éde cinco linhas, nostrèsúltimos de très, ede cinconolugarcm que se inseriaaplacenta,apresentando oorifíciouma linha no estado de prenhez e quatro node vacuidade
.
Asparedes doutero são muito maisdelgadas , quando observadascmmulheres,quepormuitotempo íbrão victimas de gran -des hemorragias;Dulaurons, eHeoedercr assegurãoque ellassetornàomais espessasno principio da prenhez, masdepoisque osobservadores se tem dadoa.mais serias rcllcxões,depoisqueaturadosexamesteem sido leitos sobreoscadaveres,lem-
se conhecido,quea espessuradoutero é maior no principio da prenhez; igualádoestado naturalnomeio,e maiornofim,no pontoque acima dissemos.
STRUCTl RA
.
—
Outero durante o tempo da prenhez,passana
opinião de(«apurou porumanova
vida,apresentandonoestado ordinárioumamas -sadensa,esbranquiçada ; pelo contrario quando a prenhez jáéum pouco avançadaaslibrastornão-
semaismolles, sponjosas,cavermelhadas, apre-sentandoo caracter de fibras musculares,estandosujeitasá contractibili -dade eáirritabilidade
.
Madame lioivinobservou,queos planosfibrosos.
que senotão noutero emsentidos diversosnoestado de vacuidade,erão muito maisapparentes nofimdaprenhez.
Nãomenores
modificações sotVrc oseu svstemavascular:os ramos arlcriaesseallongão,e notermoda pre -nhezciiegào
acommunicarem-
so emdiversos lugares com asveias vindo abrir-
sepor meio deseiosnasurperficie interna do utero;as veias se alar -gfw> e o seu desenvolvimentoémuito mais rápido, que o das artérias, c—
10—
cliegãoaadquirir um volume lal,qucpodemudmittii'aextremidadedr111114
penna deescrever;os vazoslymphulicossàocm tãogrande iiiiiiieroc
u
* volumosos,<|ui*na
opiniãodeCruiksaiik« uteropareceformado«
aosoiiu-
n-tede vazosabsorventes;osnervosadquirem também um volume muito
sensível;por não
menores
modificaçõespassàoas membranasqueciiiràonacomposiçãodoutero,istoéamembrana externa denatureza
serosa
,
ça
internadenatiircsamucosa.
Amembranaexternaformada pelo periloueogoza n'estetempo de grande extensibilidade,propriedade esta negada por muitos anatómicos,os ligamentos largos,cdifférentesdobras formadas por
estamembrana perzistem,esedesdobrão
,
easporçõesvizinhas sendore-pudiadasconcorrem paraoseuaugmente,cmlimcresce aproporçãoque
outero vai adquirindo volume,esempretornando
-
seespessaemlugard»*seadelgaçar
.
A membrana mediaoutecido do utero jáacima por nósloitratado, masgrande divergência existeentre osaulliores, «piandoquerem explicarn’este estado a disposição edireceão,queasfibrasalfeclào
.
Ruysclidiz queestas fibras reunidas no fundodoutero constituem um musculo
orbicular
,
cujo íim6expeliira
placenta,
Burton considera estemusculocomo ponto de partida das fibras,que vão teraocollo,Suenotou quatro
pontos sobre cada lado do utero, naparte anterior, enaposteriorque os
considerava comocentros de contracção para outero, c emcujospontos
seachavão entrelaçadas as fibras
.
Madame Boivin,tendo examinadoouterodeonzemulheres,quemorrerão emcpochasavançadas da prenhez,poude
reconhecerumfeixe de fibras occupando
a
linha mediana dediante paratraz, e estcndendo
-
sc
desdeofundoatéo collo,mais1resplanosde fibrastransversaessobre cada face do orgão,ede cada lado deste feixevertical, os quaesvão se perder foranastrompas,nosligamentos«loovário,noli
-gamentoredondo,e nosposteriores, umplano circulareollocadoprofim
-damente nosângulos superiores doutero,correspondendoo seucentro a
origem dastrompas;cmlim vio maisumplano mais lino,quetodososoutros
existindomuito pertodasuperfíciemucosa
.
Amembranainterna oumuco-sa postacm duvida por muitosanatómicosfoi observada porVelpeauem
muitas autopsias porestefeitascmmulheres,quesuccumbirãoounomo
-mento «lo parto,ou poucotempodepois;enão poderemosdeixarde admit*
til
-
aseattendermos aesses estadospalhologicos,
pelosquaes passaamu-lhercm differentes pliazcsdesua vida, equeleni suasédenoutero
.
Vs pregas,«pieeslamembranaforma desapparccemporemno lim daprenhez,«!ella adquireuma eôr mais rubra
.
Aspropriedades«lo utero
que muitopoucomanifestaserão no estado devacuidadesetornãomuito notáveisno tempo da prenhez
.
Outero gozan’estetempodeumavida muito maisactivaque
todosos outros orgãos.
Platãodizia,que outeroera tãoavido,queas-semelhava
-
se a um animal irracional , queatormentava
a mulher com—
I l(>Alibcrl nos cita ofacto deumasenhora,que quando pejadadi/
.
ia,queNII.
Ialmaerao utero,quepor ellepensava,esentia
.
Acmtraelibilidadc
mm»I suas propriedadestorna-
scmuito manifesta no eslado de prenhe/,eparaprova
d’estaverdade vejamosessesabortosproduzidos por violênciase\-Icrnas;ainda cila pode existir depois da mortena opinião dclíaudclorqtie, pois grande é onumerodefactosde expulsãodofetodepois da morte da parturiente
.
Bertrandi ponde reconhecerem dillerenles autopsias feitas em mulheres, que succumbirãonasprimeirassemanasda prenhez,a cavidade uterina mais amplaque no estado natural nãohavendoadlicrencia ainda algumadoovulo.Os authorcstem procurado explicarpordiversos mode s esta dillatação,que o uterosollre,apenascontemamatériafecundante.
Mui -tosaltribuirãocomo cauza única d’este phenonemoaforça desuas pro -priedades vitaes,obrandodomesmomodo,que nostecidos erecteis,J.
evrcl e Van Ilelmout professasãoestaopinião,outrosadmittemumpricipio Icr -mentativo contido no licor prolífico,masn este Ultimos tempos tem-
se dado comocauzaprincipalocrcctismoproduzido pela fecundação,eentretidopelo ovulo.
l*m excessodenutriçãoresultanteda congestãoque tem lugar no utero,seopera,as libras tornão
-
semuito longasemconsequênciadasnovas molleculas,que sedesenvolvem,ca extensão dos circulos formados por estas libras cmconsequência deste alongamentoscaugmenta, ed aqui secollige,que a dilatação do uteroé innegavelmenteo resultado da nutrição augmentada dcsuasparedes,cmíim a sensibildade douteronoestado de vacuidade, queé emmuitopequenograu,apenas elleencerra cmsiopro
-ducto da concepção,se exacerba a pontotal, quese manifesta ao menor toque.
Osannexesdoutero também soffrem modificações;osovários são maisgrossosc mais esponjosos, as trompasde Fallopio teem perdido assuas relaçõescomoutero,poisnolim daprenhezcorrespondem ao ponto de uniãodoterço superior douterocom oterçom
^
dio,
o ligamento redondo es -querdoémenosgrosso, c menoscurto,queodo lado direito, á proporção queouterosedilata os ligamentos largos desaparecem•a vaginae mais larga.
Asvisccras tambémsollrem mudanças, osintestinos delgados incli -iiào-
se paraolado esquerdo, o ligado,
baço,eestomogo elevào-
se,apelle do baixo ventre seadelgaçambrindo-
sedemanchasbrancas,osniuseiilos rectossealargão.Por nãomenoresmodifica
çõespassa abacia,assimphizos so relaxão,
as laminas cartilaginosasse amollcccm,cemconsequ
ência disto se manifesta amobilidadedosossos ,e maior amplidãona Inicia domais notávelilliacas
.
sen
-nassaem
-orelaxamento
na
simphizcsnado pubis,queSaocs
,
as asmodificações,
queo medico parteiro devereconhecer noulero; e em
seus
annexos
, c tendo-
asbem destuiguido,poderá,não comm
,
"
í°
rccoio(,
<‘80 (
,
a|*comocertaaprenhez; masos meiosque
142
—
passamos a desenvolver
esses
meios.
Osmovimentosactivesdoleiodependentes dodesenvolvimento do
systemamuscular podem ser rcconlieeidos aos quatro mexescme
.
o deprIIJJPZ inaselles podemser percebidos pelas mulheresnervosasem
tempo
mais anterior;comtudo estes movimentosnãopodem servir aoparteirods
plena conlianea; poisque os authorcs noseitàofados demulheres cm
movimentos analogosaos activos se manisfestarão, «pieas fizerão w?«
quem
tupporpejadas
sem
se acharem.
Baudelocqiic prestou os seussorcorr uma senhora, queteveumexcellente parto,eem quem semo apresen -tarãoestes movimentos durante todo o tempo da prenhez.
Lcvret cila umfacto de umamulherem quem estes movimentosse lião dcdararào duas prenhezes.
Em muitoscazoselles se podem manifestarsemexis -tirprenhez.
Gbailly refere o facto de umamulher, que experimentando nofim de novemezestodosossignacs de um trabalho em principio,po -rem sem dilataçãodoeotlo, lheassegurava tersentido aosquatromezes
deprenhez os movimentos do feio,cilasuecumbio deum tumornoovário,acreditando
-
scaprincipio ser umaprenhezextra-
uterina;o hyslerismo, gazesque percorrãoosintestinos,podem lambem simulal-
os;emuitasve -zes a astúcia da mulher 6 tal,quepodem pelas contracenes dosmusculos abdominaesfingirestes movimentos.
O parteiro para seassegurard'elles colloeará uma de suasmãosembebida cmagua fria sobre um dos lados da parede abdominal, asensação produsidasemanifestará immcdiatamen
-te;ereagindo depois sobreofeto,oobrigaráaexercerestesmovimentos; noeazo porem, queeste meio falhe,appliearáa
mão domesmomodo que se tivesse de reconhecer um derramamentona
cavidadeabdominal;eper -cutindo do ladoopposto, o feto move-
se.Os movimentos passivos, que os autliores concordão em dcnoniinal-
osdebalanceamentoexistem tanto antescomodepois da morte do feto ; elles podem serapreciados pelopar -teiro do quarto mezde prenhezem diante, cpela propria mãi,poisque
ellaO sente umcorpoestranho cahirsobre aparte maisdeclivedoutero.
parteiro poderá recônhecel-
osapplicando uma das mão sobre oventre damulherde maneira queabraceo utero,ecomodedo indicadorda outra maomtrodusidona
vaginaempurraráo uteropara cima; eem razãod este movimentoo feto,nadando sobregrandequantidade de liquidoamniotiro subiraa parte superior do utero, eoparteiroconservandoo seudrdou mesmaposição verá estecorpo,hapouco impcllido,vir feri
-
lo ellereco
-"
l'
Pn-
n feto por quecomo
diz.
Capiirou, outroi
-
orpo pml.’
T
°
l,
r servindo-
se dashrllavT
""
'""
'T
'"
a'
'M'
Iofaeào,
|„
sorRâosIhnrnrieos.
q,
n; se applicando o stctqscopio sobre o ventrematerno
em
ver
-—
1ft—
latorios do feto Ihc minislraváo
alburn
mein,polo qual so podcssc nafal -iaclossupra-
citados reconhecer a prenhez,ecomcHcitoasuaprimeira c\-pericncia foi coroadodolediges resultados, poisque ponde reconhecer a existência de dons ruidos, que donominou
-
os—
ruido placeulario,c car-díaco
.
—
Oruido plaeeutario lie sempre isochrono ás pulsações damai, e pódeserequiparado ao ratiosonoro dopeito,ou ao produ/.
ido porunia grossa corda melallica em vil>raç*
ko.
Diversos instrumentos seinventa -rão parahem se poder perceber esteruido.
taescomo oliesteroscopioou metroseopio,maso stcloscopiosuppreperfeitamente todos estes intrumen -los.
Dousgrandespartidosapparecòrào disputando sobre asede dorui -do plaeeutario,casAcademias Allcmãa,e 1’rancczaloriooscamj)os esco -lhidos para ventilar-
se estaquestão ,misaadmittião na circulaçãouteri -na, outros nas artérias illiacas,estes na circulação utero-
placentario, acpielles tãosomente na placontaria; depois de renhido combate estes partidos não decidirã oaquemperlenciaavictoria,e no estado actual da sciencia a observação tãosomente nos diz,que este ruido parte dolugar emque se acha implantado o placenta, masnãoodacomotendosua sòde ahi;ellecomeça aserouvido ordinariamente ao quartomezda prenhez, e ordinariamente noladoopposto áquetlccmquese ouvemas impulsões docoraçãodofeto;porem nemsempre isto éconstante.
O ruido cardico produzido pelaimpulsão do coração podeserpercebido depois do quarto mezde prenhez;este ruido ereconhecido pelas pulsações duplas seme -lhantesas docoração do adulto, porem maisrapidas,ecuja frequência é ordinariamentedupladado pulso damãi.
Muitas vezes o parteironão re -conhece perfeitamente esteruido, não ochegamesmoaouvir, eisto de -pende daapplicaeãodo ouvido sobre um só ponto do ventre, elle devera escutartodo
oventre,exploraro hypngastrio, asparteslateraes, eosdi -versospontos de toda a circumferencia dabacia,poisqueofetooccupa muitasvezes umaposição diversa nacavidade uterina, que se oppõc de algummodoaocompleto reconhecimento d’este ruido;elle poderámuito bemser apreciado quando umaparledo thoraxdo fetocorrespondera um dos pontos anteriores do utero;a mulher estando em pé, ou deitada,o parteiro,querendoreconhecer esteruido,npplicaosteloscopio sobre qual -querpontodo hypngastrio, ousobreoslombos,acima do pubis, parleposterior dosacrum.
Kisosmeios que, como já diremos, a sciencia nosoITerece;oparteiro bazeando-
seifelleselomando-
ossimultaneamente chegacommuitafacilidade a resolveraprimeira diiliculdadecomqueteve de lutar,aassegurarqueexisteprenhez, e a alegrar aaquella,queanciosa espera omomentode ver oIructodosseus amores,que contente aspira ver o ri/oinfantil,enomeiode laior jubilo prodigalisar-
lhe toda a espe -cic dc carinhos;mas outras de não menor importânciaselhe otlérecem.
c estassãoas dores do parto,a proximidadeoulongitude d’este,olalso tra -ou na—
l/i—
IKIUJO
, a determinação da posição do feto,
c linalmcslco prognostico do parlo.
AS
DORES
DOPARTO
, esse verdadeiro nuneio da natureza, que advertea mulher,deque seavizinha omomento,cm quetem de dara luzesse
ente fragilencerrado emseuseio pelo longoespaçodeduzentose se-tenta dias,que aprepara para representarem breve o honroso papelde mai,ecmseus delicadosbraços estreitar o doce fructo dosseus
amores,
gozar dos inefáveis prazeresdeumfilho, por quetanto almejava,e sobre risonha bocca derramaresseverdadeiro mamui , quesegregào osseus
formozos peitos,estas dores, dizemos,podemilludiro parteiro,ecausar-lhe confusão no reconhecimento d'este signal percursor do parto,pois que existem dores denominadas pelos aulhoresfalsas e quea primeira vis -taelle as poderátomarcomoverdadeiras,resultando d’aquigraves preju -ízosparaaparturiente,e descrédito para si
.
Lezòesdos apparelhos diges -tivo, ebiliar, uma nefrite, umacongestão uterina podem produzir estas falsas dores;poremoparteiro reconhecendo os dilferentcs caracteres,que as distiguem dllicilmenle seilludirá:é aqui ondeessa infernal camarilha feminina,da qualfalíamosno principio d’esta These,exercetodo oseupo -der,é aqui ondesuamaiscrassa ignorância sepalcntca,chegandoquaes novasAspasias,e Laiisdequea historia nosfalia, acommetlergravíssimos erros,verdadeirasprovasdeousadia,e deignorâncianoexccrciciodeuni dos maissagradosministérios; apenasumadesgraçada parturienteaccusa
as mais ligeira dores, uma indiscreta vizinha lhe aconselha,(piemande chamar para ajudal-
a em seutrabalho as Sras.
F.
eS.
parteirashábeis, estas apparecem,occupàoa estreitacauiaracmquese acha a parturiente,uma lheaconselha ligeiros passeios,outraaobriga aconservar-
se em umaposi -ção,que ella julgasera mais conveniente para um prompte parto,outra lhe assopra nabocca para,(segundoella diz,)impedir o utero desubir,e algumas vezeslhe preparàoinfuzões excitantes , cmmenagogos maisperi -gozos, comose exprime oDr. Muuaret, que obarrete do maridoque as matronas damediaidade aconselhavão collocarsobre o ventre da parluri -cnle para embreve fazer expellir ofeto, ecm inmuneroscazos
julgando cilasseremverdadeiras esta dores, ecauzando-
lhessorpresa a demorana
expulsão do fetochegão a levar amão ouum ferro acavidade uterina , esem allendercmácircunstancia alguma, perpclrão assim o mais horro -rosocrime oassasinatotanto darnãi,como
dofilho,eemmuitoscazosleni oparteiro deversuas
opiniões vencidas pela estupidezdessas
mulheres.
por que a desgraçada parturiente ignorando osperigos, quecorre ein -chnando-
semais para as doseusexo,
estas prevalecem.
Factos tí nhamos cm nossopodersuhminislrados porcollcgasnossos, que
circunslanciada
-mente os publicaríamos senos
achássemos
para isso authorisados;mas
quecm geralos manifestaremos
.
Ima Senhora
moradora nascimmvisi
-s u a
—
15—
nhançasda Gamboa começou asentirdores,
cila
reputa seremasverdadeiras
vestarproximoomomentodo seuparlo,mandachamar uma dessasmu
-lheres,estachegando Iheatlirma,queo parlo seliiaeffectuai*,porem
como
as dorescontinuassem
,e o parto sedemorasse,estasem examinar ocotio uterinotomaosdousramos deumforceps,abraçacomestesoutero,pu -conlrasi,declara-
se instantaneamente a ruptura d’este ,o fetosalta para a cavidade abdominal, e a desgraçadamorrepoucosmomentos depois.UmaoutraSenhora moradora naruadasViolas éaccommettida de dores falsas,umadestasmercenárias échamada,estalhedeclara,quecm conse
-quência da intensidade das doreseila se achava cm perigo iminente, tal
foi oterror de que ella seapoderou, que poucosmomentosdepois suc
-cmnbio.Estes factossão suíHcientes para fazer accordai* anossa Policia
doterrí vel lelhargo,em que se acha,eobriga
-
la assim a empregar enér-gicos meios a (im deextirpar dasociedadeeste verdadeirocancro, que
tanloa llagella, minorandoassim amortandadede nossas compatriotas sa
-crificadas pelacrassa igrnorancia d’estasmulheres.Osauthorescomodis
-semosIcemdividido asdoresemverdadeirasefalsas;asprimeiras lillias das coutracções uterinas apresentão sempre intermillcncia, não se succedcm senãocommuita lentidão, citas vãoaugmentando gradativamente,nen
-humasensibilidadenota
-
se no abdomen,a parturiente não accuza febre,nem a temperatura docorpoelevada, estas leem por pontode partida o umbigo, e vão
-
se terminaraos lados da baria :alem d’estes caracteres oparteiropoderáreconhecer, que
andores
que a parturiente sentesào asverdadeiras,applicando uma mão sobreo hypogastrio, poisobservará o
uteroendurecer
-
se,c apertando-
se
arredondar-
sc as segundas porem são va-gas.nàoapresentão regularidade em sua marcha,augmenlâooomamaisligei
-rapressão feitasobreoventre,a parturienteaccuza a mòr parte dasvezesle
-bre,esãomuitomaisinsupporta voisquoasprimeiras,
ellas
teemsuasedeno tim daregião lombar.O parteiroporemmuitas vezes échamado quando a parturientejá seacha lutando com as verdadeirasdores, c entãoelletem dereconhecer qual operiodo(l'estas
.
Osauthoresleemdivididosasdores dopartoem quatro cspecies as quaes denominarão l .°preliminares,
2,°preparadoras,3.°expulsivas, /1.°concussiontes
.
O parteiro reconhecen-do perfeilamcnlc osdillerenlescaracteresd’estas ,e n’clles
bazeando
-
sechega
facilmente
a distinguir qualo periodo dotrabalho,e assim resolveesta
dilliciildade
,quese lheantolha.
Asdorespreliminares são muito fracas, a mulher accuza tão somente
ligeiras picadas noventre ,cliastempor ponto departida aregião um
-bilical
. evão perder-
se no hypogastrio as dores preparadoras sàomuitomaisfortes c maisfrequentes, a parturiente sente umpezo,quea obriga a
fazer
ligeiros esforçosiguaesa«quellesqueteem lugarimleuesmo,ellagrita
extraordinariamente
; asdores expulsivasdadas porYelnoau xa-o
—
16—
modificação dasque somanifesto nofimdoprimeirotempo
, ou
dosecundo
s«\oas maislerriveispara a imillior, succcdem scmais rapida-mente , queasoutras,são mais agudas ornaislongas, ella emprega os
maioresesforçospara embrevever
-
sedellas isempla; as dores concussi-ciitcs
em'
im ,aquellas«pieanmmeiào,queopartovai cllectuar-
sesão pre -cedidasmuitasvezesdeumaesperiedetremor convulsivo,cosossos dabacia parecem separar
-
se inteiramente.
Oparteiro ainda poderádecidir
estesdados,ecomosquenosollercccocollouterino,seoparlovai
ter,ounãolugar;poisqueno caso emqueocollo apresenteaindao
mesmo
comprimento, dureza ,eespessuraelle poderáassegurar,que asua cliente
não chegou aotermo
,
quando pelo contrario estescolïêreccrao dedo doparteiro,queotoca,delgado,eencolhido,oprincipio dotrabalho scavi
-sinha,dando
-
se pordeclarado quando principiando asmembranasa des-tenderem
-
se ,engajão-
senocollo, cestesedilata cadavezmais.
FALSO
TRABALHO
.
—
Omedicoparteiro,tendocmattcnçâoasdores,as contracçõesuterinas,o estado docollo,ailirmaque opartovaiter lugar,
ordenatudoque misterscfaz para onascimento do menino,mascontraa
suaexpectative vêtodo este estado dcsapparecer, ascontracçõesuterinas
cessão,o collo deixa de dilatar
-
sc paramais tardeo parlocflcctuar-
sc,eellevêsua
presença
tornar-
se inútil.
Diversos accidentes podem provocareste falsotrabalho;apresença deumacompaheiradesuainfanda, quea
longosannosnão via, aalegriaqued'clla seapoderapor esta circunstan
-cia, amorte doseucaroconsorte, umaqueda,cmfim milcauzasphisieas,
alem das nmracs ,op ulem produzir
.
Todos osauthorcs nos apresentáofactos de parturientescmquemo falso trabalho scdeclarou,tendooparlo
lugar muitotempo depois;entre outroscitaremoscomomaisimportante o
seguinte: Madame de LaMottefoi acometida dedoresdeparto nodia*2 de Fevereiro de1735,pcrmancceocmtrabalhoporespaçode cincohoras,
sendo tocada pelo parteiro este lhe assegurou,que o parto secflectnaria
no dia seguinte, mas comgrande espanto vio oseu prognosticofalhar,c
neste estado pcrmancceo até o dia2de Julho do
mesmo
anno, emquedepois de trinta c seis horas detrabalho,sendoas doressupportavciscm
principio, efazendo
-
seotrabalho muitoIcntamcntc,
exccptonasduas ul-timaslioras, noíim das quaes desesperada para ver
-
sclivre d’aquellcter-rí vel cncommodo,eda situaçãocm queera obrigada apermanecercm
con
-sequência dctersabidoo cordãoantes que o feto apparcccsse,
invidando
todasas suasforças,o parto teve lugar mais pelos esforços,queempre
-g' Mi,comoaffirma Mi
.
deLaMotte seu esposo,doquepelossoccorros
dotrabalho ordinário
.
Velpeau nos cita ofacto dcuma clientemoradoranaruadeOrleans,quoachumlo
-
se cmtrabalho
lhe pedira osseussoccorros
.
immcdiatamcntcchega,
trata dc indagar o estado das dores e docollo uterino,tocando-
a
,
reconheceque
este sc achava muito molle’ctãolargo
uma
quo
pcrmittia a inlroducçãode1resdedos,
jáacaheradofeioprincipiava aengajar-
se, eo uleroaconlrahir-
sc comalgumaenergia,Velpeaudeclaraáfamiliada parlurienle,<|ueem breveotrabalho estaria terminado,ere
-tira
-
sedepois deter prevenido, que ochamassemapenasas aguascorres-sem,ecomgrande espanto seu é chamado seissemanasdepois,epocaem
quea parturiçào seelfecluou
.
Imgrande numero deobservadores centreelles(icrdy,Mauriceau,Mesnard,c Smellie nosaprescntàofactos idenlicos,
e Lassourec
.
nosapresentaocelebrecazo deumasenhora ,queemconse-quência deumaqueda sollrco um cncommodo tal,(pieachando
-
sepeijada(le seis mezes,esteveapontodedar áluz ; obolçodasaguasformou
-
se.logodepoisrompeo
-
se,ofeto apresentouobraçoa vagina,otrabalho sus-pendeo
-
seentão,o feto tornoua tomara sua posição anterior, eo parloelfectuou
-
se atermo.
Omedico parteiro tendocmvistaa duração dotra-balho,c<|uepoderáreconhecerseé, ou não oprecurssordo parto,üs plie
—
nomenosdofalsotrabalho vãocessandopoucoapouco,e dcsapparccemcm
algumas horas,osdo verdadeiro ao contrario vãogradativamenteaugmeu
-tando;aindaaqui teremos de fazer sentiraosesposos,queverdadeiramente
amàosuasconsortes,e respeilãoosví nculosporque seachâo unidos,e para
quem o matrimonio nãoéumjogo da fortuna,e ofructo desteumapueri
-lidade,anecessidadeurgente de chamaremum parteirocm tacscazos, c
rcpcllirem essas mulheres, queisemptas detodaacaridade,e levadas só
pelo mais requintado bcalismocommeltcmosmaioreserros,pois encarando
comoverdadeiroeste falso trabalho,chegão a prescreverIbrtesdrásticos,
eatémesmo umdosmaisfortes cmmcnagogos o centeio espigado! produ
-zindo assim graves males a parturiente
.
O parteiro nocazo de um falsotrabalho limitar se ha a simples e\pectador, eantes preferirá a morosi
-dade áprecipitação;encarandoa marcha queseguemas forçasdanatureza
elleesperaráo seuresultado,poiscomodiz La Fontaine
.
Patience et longueur de tempsFont plusqueforce ni querage
.
DETERMINA R AAPRKSENTA
Ç
VO DOFETO.
Sendo-
nosimposto tratardestepontopeloprogramma queescolhemosparaservirdebaseaconfecção
denossa These
,
nós nos vemosa braçoscomdilliculdadcs avencercm con-sequência do positivismo deste ponto, e
esperamos
, attenta esta cir-cunstancia, que se nos releve a falta desermos um pouco plagiario, c
confiado n’isto entramos em malcria
.
Omedicoparteiropouco experi-enteem innnmcros cazos se illndccom certas partesdo feto, que se
lheapresei)tão, emister se faz
,
que elle bem as reconheça pois servirãode baseparaoprognosticodoparlo
,
eparaprevenir qualqueraccidentequedurante
estesemanifeste.
Analisaremos todas as partesdofeto.
—
IK—
( '
AREVA
* A forma ,fontanellas
, siiUiira,c bossas pari«lacs sUiùas
.
quedirigem o parloirono reconhecimentoda apresentai;iodcs|*
parte do feto
.
Acabeça dofeioéarredondada,ainda queemalgunsca/.o»poralguma demora,queesla lernsoll'rido na passagem,ostecidoslornao
-
seIo
ru
idos,c apresouUlo umacspeeio de tumorliasuapartesuperior,tumor
,quepoderáinduziraerroo parteiropoucoexperiente;mas aelevaçãoemo
-bilidade d esta resolvem a duvida,quese lhe antolha,alem distoaexistên
-ciadas fontanellas ,sutturase bossas parielaes conlirmào inteiramenteo diagnostico.
Vface poderá tambémilludiro parteiro,c obrigal-
o acoro-metererros,assim nomomento do tocar ellenãoduvidaráaJirmar,que o feto ofterece uma Apresentaçãodiversadesta,pois dillerentes partes simu
-lãooutras inteiramente diversas
.
Oparteiro guiado tãosomente pela tlic -oria,ecareccdor da praticacom muitafacilidadeconfundiráo mentocomohombro,cotovello,joelho oucalcanhar,aboccacomoanus,se bemque aqui a existência da linguaodirigirá noseu diagnostico, onarizcom or
-gàos sexuaes,dirigindo
-
o também emseudiagnostico as aberturasnazaes:os pomoscomtuberosidadesdoischion,e muitasvezes setornatão dilficil mesmo paraoparteiro pratico o diagnostico de qualquer apresentação,que Velpeaunoscitaem suasobras a curiosa anedocla de umantigoprofessor dc partos, <pietocando uma mulher em trabalhoconfundio uma apresen
-tação de nadegascom uma deface, esemdar attcnçào ao dedo, quese achavacoberto de meconium,exclamou aos seusdiscípulosqueoesculavào:—
Eis umaapresentaçãodeface\PEITO
.
Omedico parteiro reconhecendo a mollczadestaparte,a exis -tência doStorno,ascostellas, osespaços intercoslaes, tem diagnosticado semdifliculdadc estaapresentação.
PELVIS
.
Ospésdofeto ,poderãoserconfundidos peloparteiro , ocotovello,sendocauzad’esse erroocalcanhar, eos artelhoscom
dedos,mas sesc attendee porumpouco aocomprimento,forma,cdisposição dclles seobservarmos,< pteuns sãocurtos,e seachàodispostossobre uma mesma linha, e que os outrossão desiguaes, e dobrados,se alem disto distin
-guirmosos malleolos,easpernas,todas asdilliculdadcs dizemos )desap
-parccerào,e odiagnostico daapresentaçãodos pés sera obvia.
Os joelhos podemaindaserconfundidos peloparteirocomos cotovellos,ou hombros,poremcomomuito rarasvezesestesseapresenta»ao
mesmo
tempo eeslasduasespecies de tumores, que
concorrem
a
formar osjoelhos existem simultaneamente no estreito, reconbecer-
se-
bafacilmente
.
qual napre-sentação
.
\ I D E EI
.
V.
—
Km
innumeros cazoso parlo élaborioso
,senlando
-
scpelas nadegas encontragrandesdilliculdadt
.
;
nlíoeslas «•lumciicAo< ncslcesladosimular
pndomlmia«„
„
scuta.
-
»«.
Ir ralx-
rr.
.
A lenda ,.
|iicassepara
podepersuadiranparlciruua
C\isienri.
i.
10i»Sseu
com
eoIcto