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Relatório de estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

GRADUAÇÃO

Ana Carolina Meller

Ijuí, RS, Brasil

2017

(2)

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

ÁREA DE FISIOTERAPIA E REABILITAÇÃO ANIMAL

ORIENTADOR: PROFº. DR. FERNANDO SILVÉRIO FERREIRA DA CRUZ

SUPERVISORA: MÉDICA VETERINÁRIA NINA SILVA PESTANA

Ana Carolina Meller

Ijuí, RS, Brasil

2017

(3)

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM

MEDICINA VETERINÁRIA

Ana Carolina Meller

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado na área de Fisioterapia e

Reabilitação Animal apresentado ao curso de Medicina Veterinária da

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI,

RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médica Veterinária.

Orientador: Profº. Dr. Fernando Silvério Ferreira da Cruz

Ijuí, RS, Brasil

2017

(4)

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Departamento de Estudos Agrários

Curso de Medicina Veterinária

A comissão examinadora, abaixo assinada, aprova o Relatório do Estágio

Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária.

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM

MEDICINA VETERINÁRIA

elaborado por

Ana Carolina Meller

como requisito parcial para obtenção do grau de

Médica Veterinária

COMISSÃO EXAMINADORA

_____________________________________

Fernando Silvério Ferreira da Cruz, Dr.

(Orientador)

____________________________________________

Gabriele Maria Callegaro Serafini, Drª.

(Banca)

(5)

DEDICATÓRIA Aos meus pais Adilar e Neiva e a minha irmã Luísa, por todo o apoio, carinho e incentivo sempre. Aos bebês Nina, Lola, Lilica e Jack, pela inspiração, confiança e amor incondicional. Obrigada por tudo.

(6)

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a minha família, meus pais Adilar e Neiva, e minha irmã Luísa, por todo o apoio e incentivo durante esses cinco anos, pois se não fosse por eles eu não estaria onde estou. Jamais se esquecendo da Nina, Lola, Lilica e Jack, obrigada por serem minhas cobaias/pacientes.

Ao meu orientador Dr. Fernando Silvério da Cruz, pela calma e motivação.

Ao Dr. Gustavo Vicente e à Dra. Jennifer Hummel, pela palestra ministrada em uma Semana Acadêmica que me mostrou qual caminho seguir e pela grande oportunidade de estágio em sua clínica.

À minha supervisora, Dra. Nina Pestana, pela enorme paciência e ensinamentos durante o estágio, e pelo apoio e amizade incondicional fora dele.

Às Dras. Mirele Fuhr e Denise Provenzano Lima, pelos conhecimentos passados. Às futuras Médicas Veterinárias de Porto Alegre, Ruth, Stellen e Bruna e a equipe da clínica Mundo à Parte, Lari, Pri e Pietro, pelo apoio e ensinamentos durante o estágio (além das conversas, risadas, caretas, pizzas, burguers, chás e passeios na cidade).

Às futuras Médicas Veterinárias de Ijuí Tábata, Taiane, Walquíria, Diana, Tati e Melissa, pelas incontáveis horas de estudos, consolos em comida, choros pós-provas, caronas, posos e risadas.

À futura Eng. Agrônoma Renata Berti, pela ajuda com os trabalhos sobre mato. Agradeço à vocês por tudo, de todo o meu coração!

(7)

A mente que se abre a uma nova ideia,

jamais volta ao seu tamanho original.

(8)

RESUMO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na área de Fisioterapia e Reabilitação Animal, na Clínica Mundo à Parte, uma clínica especializada em fisioterapia e reabilitação, localizada na cidade de Porto Alegre/RS, no período de 31 de julho a 01 de setembro de 2017, com duração de 150 horas. O estágio teve supervisão da Médica Veterinária Nina Silva Pestana, e sob orientação do professor Fernando Silvério Ferreira da Cruz. A fisioterapia veterinária é uma área da Medicina Veterinária que está expandindo, cada vez mais os médicos veterinários estão vendo a necessidade de incorporar a especialidade no tratamento para melhorar a recuperação e a qualidade de vida dos animais. Apresenta como benefícios a melhora dos movimentos, redução da dor, melhora das funções cardiorrespiratórias, redução de edema e complicações inflamatórias, auxilia na perda de peso e fortalecimento muscular, além da diminuição do tempo de recuperação. As técnicas disponíveis na medicina veterinária são: cinesioterapia, massoterapia, hidroterapia, termoterapia, magnetoterapia, eletroterapia, fototerapia, crioterapia, ozonioterapia, acupuntura e moxabustão. Este relatório tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica das principais técnicas fisioterápicas utilizadas em pequenos animais.

(9)

ABSTRACT

The curricular internship supervised in veterinary medicine was conducted in the area of physiotherapy and animal rehabilitation, in the clinic World Apart, a clinic specialized in physiotherapy and rehabilitation, located in the city of Porto Alegre/RS, in the period of 31 July to 01 of September 2017, duration of 150 hours. The internship was supervised by the veterinary physician Nina Silva Pestana, and under the guidance of Professor Fernando Silvério Ferreira da Cruz. Veterinary Physiotherapy is an area of veterinary medicine that is expanding, increasingly the veterinary physicians are seeing the need to incorporate the specialty in treatment to improve the recovery and quality of life of animals. It presents as benefits the improvement of movements, reduction of pain, improvement of cardiorespiratory functions, reduction of edema and inflammatory complications, assists in weight loss and muscle strengthening, in addition to reducing recovery time. The techniques available in veterinary medicine are: kinesiotherapy, massotherapy, hydrotherapy, thermotherapy, magnet therapy, electro therapy, phototherapy, cryotherapy, Ozonioterapia, acupuncture and moxibustion. This report aims to carry out a bibliographical revision of the main physiotherapeutic techniques used in small animals.

(10)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Matriz, Unidade Zona Sul (vista da rua). ... 16

Figura 2: Matriz, Unidade Zona Sul (vista interna)... 17

Figura 3: Recepção/Sala de espera. ... 18

Figura 4: Sala principal. ... 18

Figura 5: Consultórios: consultório 1 (A) e consultório 2 (B). ... 19

Figura 6: Hidroesteiras. ... 19

Figura 7: Espaço anexo para atendimento. ... 20

Figura 9: Aparelhos e materiais utilizados na clínica: agulhas de acupuntura (A), laserterapia (B), ultrassom terapêutico (C), magnetoterapia com bobinas (D) e cm cilindro (E), fototerapia (F), eletroterapia (G), Haihua (H) e moxabustão (I). ... 21

(11)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Enfermidades dos pacientes acompanhados durante o estágio. ... 23 Tabela 2: Atividades acompanhadas durante o estágio. ... 25

(12)

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Número de animais atendidos. ... 22 Gráfico 2: Sistemas orgânicos mais acometidos por enfermidades atendidas durante o período de estágio. ... 23 Gráfico 3: Número de animais (caninos e felinos) atendidos por raça durante o período de estágio. ... 24 Gráfico 4: Idade dos animais atendidos durante o período de estágio. ... 25

(13)

LISTA DE ABREVIATURAS

ADM – Amplitude de Movimento ATP – Trifosfato de Adenosina AVC – Acidente Vascular Cerebral DCF- Displasia Coxofemoral

DDIV – Doença do Disco Intervertebral DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica EENM – Estimulação Elétrica Neuromuscular FES – Functional Electrical Stimulation LED – Diodos Emissores de Luz

NMES – Neuro Muscular Electrical Stimulation SNC – Sistema Nervoso Central

SRD – Sem Raça Definida

(14)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 16

2 FISIOTERAPIA E REABILITAÇÃO ANIMAL 26

3 CINESIOTERAPIA 27

3.1 EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS ... 27

3.1.1 Exercício de levantar/abaixar ... 27

3.1.2 Treino ou padronização de marcha ... 27

3.1.3 Caminhadas controladas ... 27

3.1.4 Trilhos e obstáculos funcionais ... 27

3.1.5 Movimentação em círculos ... 28

3.1.6 Ladeiras ... 28

3.1.7 Carrinho de mão e dançando ... 28

3.1.8 Bola controlada e jogar Frisbee ... 28

3.1.9 Cabo de guerra ... 28

4 MASSAGEM 29 4.1 PRINCIPAIS TIPOS DE MASSAGEM ... 30

4.1.1 Effleurage ... 30

4.1.2 Compressão ... 30

4.1.3 Acupressão e pontos-gatilho ... 30

5 HIDROTERAPIA 31 5.1 MODALIDADES TERAPÊUTICAS ... 31

5.1.1 Imersão total ou natação ... 31

5.1.2 Imersão parcial ou hidroginástica ... 31

6 TERMOTERAPIA 32 6.1 TERMOTERAPIA SUPERFICIAL ... 32

6.1.1 Bolsa de água quente ... 32

6.2 TERMOTERAPIA PROFUNDA ... 32

6.2.1 Ultrassom Terapêutico ... 33

6.2.2 Laserterapia ... 33

(15)

7.1 MAGNETOS ESTÁTICOS ... 34

7.2 CAMPO MAGNÉTICO PULSÁTIL ... 34

8 ELETROTERAPIA 35 8.1 TENS (TRANSCUTANEAL ELECTRICAL NERVE STIMULATION) ... 35

8.1.1 TENS convencional ... 35

8.1.2 TENS acupuntural ou HAIHUA ... 36

8.2 FES (FUNTIONAL ELECTRICAL STIMULATION) ... 36

9 FOTOTERAPIA 37 10 CRIOTERAPIA 38 10.1 PRINCIPAIS FORMAS DE APLICAÇÃO ... 38

10.1.1 Compressa fria ... 38

10.1.2 Bolsas de gelo ... 38

10.1.3 Imersão em gelo e água ... 38

11 OZONIOTERAPIA 39 12 ACUPUNTURA 40 13 MOXABUSTÃO 41 14 CONCLUSÃO 42 15 CONCLUSÃO DO ESTÁGIO 43 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 44

ANEXO A – ANIMAL REALIZANDO EXERCÍCIO DE CINESIOTERAPIA DEVIDO

SÍNDROME DA CAUDA EQUINA E DISPLASIA COXOFEMORAL 46

ANEXO B – ANIMAIS REALIZANDO HIDROTERAPIA DEVIDO DOENÇA DE DISCO INTERVERTEBRAL TORACOLOMBAR E PÓS-CIRÚRGICO DE LUXAÇÃO DE

PATELA BILATERAL 46

ANEXO C – ANIMAL REALIZANDO TERMOTERAPIA (ULTRASSOM

TERAPÊUTICO) DEVIDO ARTROSE EM OMBRO 47

ANEXO D – ANIMAL REALIZANDO TERMOTERAPIA (LASERTERAPIA) DEVIDO

DOENÇA DE DISCO INTERVERTEBRAL LOMBOSSACRA 47

ANEXO E – ANIMAL REALIZANDO MAGNETOTERAPIA EM CILINDRO DEVIDO PÓS-CIRÚRGICO DE DOENÇA DE DISCO INTERVERTEBRAL TORACOLOMBAR 48 ANEXO F – ANIMAL REALIZANDO MAGNETOTERAPIA COM BOBINAS DEVIDO

(16)

ANEXO G – ANIMAL REALIZANDO ELETROTERAPIA DEVIDO DISPLASIA

COXOFEMORAL 49

ANEXO H – COMPRIMENTOS DE ONDA E LUZ 49

ANEXO I - PROFUNDIDADE DE PENETRAÇÃO DA LUZ NA PELE EM FUNÇÃO DO

COMPRIMENTO DE ONDA. 50

ANEXO J - ANIMAL REALIZANDO FOTOTERAPIA DEVIDO PÓS-CIRÚRGICO DE

COLOCEFALECTOMIA 51

ANEXO L – ANIMAL REALIZANDO OZONIOTERAPIA INTRARRETAL DEVIDO

TRAUMA EM COLUNA VERTEBRAL 51

ANEXO K – ANIMAL REALIZANDO OZONIOTERAPIA SUBCUTÂNEA DEVIDO

TRAUMA EM COLUNA VERTEBRAL 52

ANEXO M - FELINO REALIZANDO ACUPUNTURA DEVIDO CRISES DE EPILEPSIA 52 ANEXO N – CANINO REALIZANDO ACUPUNTURA DEVIDO DOENÇA DE DISCO

INTERVERTEBRAL CERVICAL E TORACOLOMBAR 53

ANEXO O – UNIDADES DE MEDIDAS DOS ACUPONTOS DO CORPO DE UM

(17)

1 INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária é de extrema importância para a formação acadêmica, além de ser um desafio, pois é a oportunidade que possuímos de por em prática todos os conhecimentos adquiridos durante as aulas teóricas, nos permitindo vivenciar situações do cotidiano profissional. É o modo que aprendemos a agir frente às determinadas situações, relacionadas aos pacientes e também a seus tutores, adquirindo a postura ética e profissional necessária para o desempenho da profissão.

A realização do Estágio Curricular Supervisionado ocorreu na Clínica de Fisioterapia e Acupuntura Veterinária Mundo à Parte, na área de fisioterapia e reabilitação animal, sob orientação interna do Professor Doutor Fernando Silvério Ferreira da Cruz e supervisionado pela Médica Veterinária Nina Pestana, no período de 31 de julho de 2017 a 01 de setembro de 2017, totalizando 150 horas.

Mundo à Parte é uma clínica especializada na reabilitação de animais de companhia, fundada em 2012, conta com oito unidades em cinco estados brasileiros, estas situadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. O estágio foi realizado na matriz, Unidade Zona Sul, que está localizada na Avenida Otto Niemeyer-185, bairro Tristeza em Porto Alegre/RS (Figuras 1 e 2).

Figura 1: Matriz, Unidade Zona Sul (vista da rua).

(18)

Figura 2: Matriz, Unidade Zona Sul (vista interna).

Fonte: Acervo pessoal.

O horário de atendimento da clínica é de segunda a sexta-feira das 14:00 às 21:00 horas, além de terça e sexta-feira das 09:00 às 13:00 horas e no sábado das 09:00 às 17:00 horas. O corpo clínico, atualmente, é formado por duas médicas veterinárias contratadas, uma médica veterinária participante do programa de trainee fornecido pela Mundo à Parte, além de estagiárias voluntárias e curriculares. Ainda, há médicos veterinários neurologistas, endocrinologistas, oftalmologistas e oncologistas que atendem na clínica quando necessário.

A estrutura física da clínica é composta por uma recepção/sala de espera (Figura 3). Sala principal ampla (Figura 4), com três mesas e três “tatames” para atendimento dos pacientes. Sala anexa com dois consultórios (Figura 5) que são utilizados para as primeiras consultas dos pacientes, para atendimento de gatos ou animais que necessitam permanecerem separados dos outros (p. ex. animais bravos), duas hidroesteiras (Figura 6), mesa e “tatame” para atendimento (Figura 7), sala com soprador e secador para secar os animais após a sessão com a hidroesteira (Figura 8).

(19)

Figura 3: Recepção/Sala de espera.

Fonte: Acervo pessoal.

Figura 4: Sala principal.

(20)

Figura 5: Consultórios: consultório 1 (A) e consultório 2 (B).

Fonte: Acervo pessoal.

Figura 6: Hidroesteiras.

Fonte: Acervo pessoal.

(21)

Figura 7: Espaço anexo para atendimento.

Fonte: Acervo pessoal.

Figura 8: Sala com soprador e secador.

Fonte: Acervo pessoal.

Na primeira consulta do paciente, juntamente com a anamnese, exame físico completo (exame neurológico e ortopédico) e análise de exames de imagem, para se chegar a um diagnóstico preciso, a primeira sessão de fisioterapia é realizada com o intuito de deixar o paciente confortável, reduzindo sua dor. Após a consulta, as sessões são definidas de acordo com o diagnóstico do paciente e a disponibilidade do proprietário. Cada sessão tem duração

(22)

de uma hora e varia em relação ao número de técnicas ou aparelhos utilizados. Para um melhor acompanhamento da evolução do paciente, há um software com o histórico do mesmo. A clínica conta com uma variedade de materiais e aparelhos disponíveis para as sessões (Figura 9), como: agulhas para acupuntura em três tamanhos diferentes, dois aparelhos de Laserterapia, um aparelho de ultrassom terapêutico, três aparelhos de Magnetoterapia, quatro aparelhos de Fototerapia, dois aparelhos para Eletroterapia, um aparelho de Haihua, duas esteiras aquáticas para Hidroterapia, um Campo Quântico e bastões para Moxabustão, destes, sendo alguns de fabricação própria, como: dois aparelhos de Magnetoterapia, um aparelho de Fototerapia e uma esteira aquática para Hidroterapia.

Figura 9: Aparelhos e materiais utilizados na clínica: agulhas de acupuntura (A), laserterapia (B), ultrassom terapêutico (C), magnetoterapia com bobinas (D) e cm cilindro (E), fototerapia (F), eletroterapia (G), Haihua (H) e moxabustão (I).

(23)

A escolha do local de estágio deu-se pelo fato que de que a Mundo à Parte, é referência regional em se tratando de fisioterapia e reabilitação animal, possuindo uma ampla rotina de atendimentos, ótima infraestrutura e profissionais capacitados, além de possibilitar aos acadêmicos uma oportunidade de aprendizado.

Desta forma, o estágio teve como principal objetivo o acompanhamento e evolução de casos clínicos, conhecimento teórico-prático da rotina e conduta utilizada na clínica.

No decorrer do período de estágio, foi possível observar a evolução de 105 pacientes, destes 102 eram da espécie canina e 03 eram felinos (Gráfico 1).

Gráfico 1: Número de animais atendidos.

A maioria dos animais apresentava mais de uma enfermidade, por isso o total de doenças ultrapassa o número de pacientes (173 enfermidades), como é mostrado na Tabela 1. A enfermidade de maior prevalência é a Doença de Disco Intervertebral (DDIV), com 43% dos pacientes acometidos, seguido de Displasia Coxofemoral (DCF), 18%, e em terceiro lugar a Artrose e a Luxação de Patela com 11%. Os principais sistemas acometidos pelas enfermidades tratadas na clínica estão no gráfico 2, sendo eles Osteomuscular e Neurológico.

102 3

Número de animais atendidos na Clínica Mundo á Parte

no período de 31/07 a 01/09.

Caninos Felinos

(24)

Gráfico 2: Sistemas orgânicos mais acometidos por enfermidades atendidas durante o período de estágio.

Doenças Casos Caninos Felinos %

Displasia de cotovelo 1 1 0 1

Obesidade 1 1 0 1

Pós-cirúrgico de rompimento de ligamento cruzado cranial 1 1 0 1

Hemivértebras 1 1 0 1

Ruptura parcial de ligamento cruzado 1 1 0 1

Edema e hemorragia em cervical 1 1 0 1

Pós-cirúrgico colecefalectomia (necrose asséptica) 1 1 0 1

Luxação medial de ombro 1 1 0 1

Sequela de AVC 1 1 0 1

Sequela de cinomose 1 1 0 1

Síndrome do cão nadador 1 1 0 1

Sobrecarga de coluna e articulações 1 1 0 1

Calcificação de vértebras 2 2 0 1

Fraturas 2 2 0 1

Pós-cirúrgico de luxação de patela 3 3 0 2

Denervação de coxofemoral 3 2 1 2

Síndrome da cauda equina 4 4 0 2

Tumor 4 4 0 2 Espondilose 5 4 1 3 Artrose 19 19 0 11 Luxação de patela 19 19 0 11 DCF 31 29 2 18 DDIV 74 72 2 43 TOTAL 178 172 6 100 53% 47%

Sistemas orgânicos mais acometidos por enfermidades atendidos na Clínica Mundo à Parte no período de 31/07 a 01/09.

Osteomuscular Neurológico

(25)

Em relação às raças dos pacientes acompanhados durante o período de estágio (Gráfico 3), pode-se observar que entre os caninos, o Dachshund, Yorkshire e Labrador, além de animais sem raça definida (SRD) foram as principais raças atendidas e entre os felinos, a SRD e Himalaio.

Gráfico 3: Número de animais (caninos e felinos) atendidos por raça durante o período de estágio.

Quanto a idade dos pacientes (Gráfico 4), percebe-se que a maioria são animais considerados idosos, pois 59 animais (57%) apresentam idade superior a nove anos.

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 3 3 4 4 7 9 11 14 14 15

Número de caninos por raças atendidos na Clínica Mundo á Parte no período de 31/07 a 01/09. 1 2 0 0,5 1 1,5 2 2,5 Himalaio SRD

Número de felinos por raças atendidos na Clínica Mundo á Parte no período de 31/07 a 01/09.

(26)

Gráfico 4: Idade dos animais atendidos durante o período de estágio.

A tabela 2 apresenta as atividades de fisioterapia acompanhadas no período de estágio, para tais atividades foram aprendidas sobre as terapias e a colocação adequada dos aparelhos nos pacientes.

Aparelho/Técnica Quantidade % Acupuntura 12 4,6 Bandagem / Órtese 1 0,4 Campo Quântico 4 1,5 Eletroterapia 14 5,4 Fototerapia 54 20,8 Haihua 5 1,9 Hidroterapia 14 5,4 Laserterapia 64 24,7 Magnetoterapia 25 9,7 Magnetoterapia em cilindro 17 6,6 Massagem 1 0,4 Moxabustão 18 6,9 Ozonioterapia 19 7,3 Ultrassom 11 4,2 TOTAL 259 100

O objetivo deste trabalho é abordar, através de uma revisão de literatura, as principais modalidades de fisioterapia em pequenos animais.

1 1 6 3 10 9 8 8 5 5 7 7 15 6 6 5 3 1 0 2 4 6 8 10 12 14 16 42 dias 1 a no 2 a nos 4 a nos 5 a nos 6 a nos 7 a nos 8 a nos 9 a nos 10 a nos 11 a nos 12 a nos 13 a nos 14 a nos 15 a nos 16 a nos 17 a nos 18 a nos

Idade dos animais atendidos na Clínica Mundo á Parte

no período de 31/07 a 01/09.

(27)

2 FISIOTERAPIA E REABILITAÇÃO ANIMAL

A ideia de que os animais poderiam se beneficiar com a fisioterapia, se tornou uma realidade após a década de 1960, quando os eventos esportivos equinos cresceram em popularidade, junto com o número de cavalos que necessitam de tratamento para lesões (DYKE, 2009).

A fisioterapia como uma ciência, é um modo de tratamento, que inclui diversas técnicas que giram em torno de conceitos fisiológicos, biomecânicos e físicos de modo a promover a saúde ou prevenir certas doenças. Ela abrange desde os aspectos mais simples, como a movimentação correta até aspectos mais complexos, como a reabilitação e controle da dor, tendo sempre como objetivo o bem-estar do animal (FORMENTON, 2011).

Reabilitar significa “restabelecer ou restaurar capacidades prévias”, por isso ela caminha lado a lado com a fisioterapia, que tem como principal objetivo a melhoria ou manutenção da qualidade de vida, pois ambas procuram devolver ao sistema acometido a sua funcionalidade natural (FORMENTON, 2011; KNAP et al., 2014).

Com esse objetivo em mente, são traçados diversos métodos, dependendo da enfermidade ou disfunção apresentada pelo paciente. O manejo da dor é o principal benefício da fisioterapia. A dor, na forma aguda ou crônica, pode causar imunossupressão, inapetência e caquexia, além de que pode levar o animal a poupar o membro afetado, causando uma atrofia muscular, o que interfere diretamente com o bem-estar do paciente, sua utilização permite a redução da administração de analgésicos e anti-inflamatórios. Ainda, pode ser utilizado para melhorar a condição física do animal, o que inclui perda de peso e condição cardiorrespiratória (FORMENTON, 2011).

De acordo com Formenton (2011), alguns dos casos onde a aplicação da fisioterapia pode ser benéfica são no tratamento ou prevenção de afecções da coluna, por exemplo, hérnias de disco, espondilites/espondiloses vertebrais, anquiloses e calcificações de disco, paresias e paraplegias; em osteoartropatias, como a displasia coxofemoral e em pós-operatórios cirúrgicos de ortopedia e neurologia, como ruptura de ligamento cruzado, luxação de patela, cirurgias de coluna e onde se pode aumentar a qualidade de vida do animal, fornecendo conforto e alívio das dores crônicas.

As principais técnicas de fisioterapia utilizadas na clínica Mundo á Parte são a cinesioterapia, massagem, hidroterapia, termoterapia, magnetoterapia, eletroterapia, fototerapia, crioterapia, ozonioterapia, acupuntura e moxabustão e estarão descritas a seguir.

(28)

3 CINESIOTERAPIA

Cinesioterapia significa tratamento pelo movimento. Este pode ser dividido em ativo, onde é realizado pelo paciente; passivo, que é realizado pelo terapeuta ou ativo assistido, sendo realizado pelo paciente com o auxílio do terapeuta. Ambas as modalidades podem ser executadas na forma de alongamento, fortalecimento, com ou sem sobrecarga (MIKAIL, 2009).

3.1 EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS

De acordo com Knap et al. (2014), os exercícios terapêuticos estimulam o animal a exercitar a musculatura, melhorar a amplitude de movimento (ADM) das articulação e utilização de membros acometidos sem dor, além de melhorar a aptidão física e cardiorrespiratória (Anexo A):

3.1.1 EXERCÍCIO DE LEVANTAR/ABAIXAR

Exercícios com a movimentação repetitiva de levantar e abaixar fortalecem os músculos e são eficientes para a melhoria da ADM ativa.

3.1.2 TREINO OU PADRONIZAÇÃO DE MARCHA

É usado para estimular o animal a movimentar seus membros em um trote, ajudando a reeducação da via nervosa aferente ou corrigir uma anormalidade de marcha.

3.1.3 CAMINHADAS CONTROLADAS

As caminhadas com coleira permitem que o animal mova seus membros com uma boa ADM ativa, fortalecendo as estruturas periarticulares e musculares.

3.1.4 TRILHOS E OBSTÁCULOS FUNCIONAIS

São colocados de forma que o animal caminhe ou trote sobre eles, incentivando-os a flexionar e estender ativamente as articulações. Tais exercícios melhoram a ADM ativa, além do alongamento e fortalecimento das estruturas periarticulares e musculatura.

(29)

3.1.5 MOVIMENTAÇÃO EM CÍRCULOS

Quando se move um animal em círculos a ADM ativa mais profunda é incentivada, bem como o senso de direção e mudanças de peso por parte do paciente.

3.1.6 LADEIRAS

O subir e descer ladeiras é um exercício eficaz de fortalecimento, se o animal andar em um aclive fortalecerá os membros pélvicos e em um declive, os membros torácicos.

3.1.7 CARRINHO DE MÃO E DANÇANDO

O carrinho de mão fortalece, aumenta a propriocepção, coordenação e equilíbrio nos membros torácicos; enquanto o dançar tem o mesmo efeito sobre os membros pélvicos.

3.1.8 BOLA CONTROLADA E JOGAR FRISBEE

O exercício de buscar combinado com uma explosão de energia em um ambiente controlado, gera um aumento da agilidade, da velocidade e da força muscular do animal.

3.1.9 CABO DE GUERRA

Geralmente, animais com déficits neurológicos de membros torácicos tem uma reabilitação difícil. Segurar brinquedos, como em um cabo de guerra controlado, incentiva o animal a usar o membro de forma diferente do que ao caminhar, auxiliando num melhor equilíbrio dos membros.

(30)

4 MASSAGEM

Massagem é a designação para manipulações sistemáticas executadas com as mãos dos tecidos corporais com a finalidade de afetar os sistemas nervoso e muscular, além da circulação em geral (KNAPP, 1994).

Conforme Knapp (1994) e Mikail (2009) os efeitos fisiológicos da massagem são divididos entre reflexos e mecânicos. Os efeitos reflexos são produzidos na pele através da estimulação de receptores periféricos, os quais transmitem impulsos por meio da medula espinhal para o cérebro, produzindo sensação de prazer ou relaxamento. Perifericamente tais impulsos provocam o relaxamento dos músculos e a dilatação ou constrição dos vasos sanguíneos periféricos. A massagem é realizada de modo repetitivo, sem variações na pressão ou mudanças no método de aplicação. Exemplo disso é quando sofremos um trauma, pois instintivamente tocamos a parte do corpo lesada procurando alívio da dor.

O efeito mecânico se dá por medidas que auxiliam no retorno do fluxo circulatório de sangue e linfa devido a força aplicada durante a massagem e por esta ser na direção centrípeta, além de medidas que produzem mobilização intramuscular. Ela pode ser efetiva no alongamento de uniões entre fibras musculares e mobilização de acúmulos de líquidos (KNAPP, 1994).

A massagem é favorável em qualquer condição onde se almeje o alívio da dor, redução do edema ou mobilização dos tecidos contraturados, além de fraturas, luxações, lesões articulares, distensões, entorses, lacerações, lesões em tendões e nervos, dor lombar e condições paralíticas. Sendo contraindicada em infecções, pois há a possibilidade de disseminação para outros tecidos; e as lesões ou doenças cutâneas (KNAPP, 1994).

No início, os movimentos devem ser leves dando tempo para o animal se acostumar e o efeito sedante iniciar, além disso a massagem deve ter início em um ponto longe da área afetada e aos poucos ir aproximando, a medida que o animal for relaxando (MIKAIL, 2009).

Se possível evitar substâncias lubrificantes, pois elas podem prejudicar os movimentos e a pelagem do animal, caso necessário, utilizar talco, que permite deslizamento e não prejudica o animal, podendo ser removido facilmente (MIKAIL, 2009).

De acordo com Knapp (1994) e Mikail (2009) a massagem não desenvolve força muscular, não devendo ser utilizada como substituto de exercícios ativos.

(31)

4.1 PRINCIPAIS TIPOS DE MASSAGEM

4.1.1 EFFLEURAGE

Modalidade onde a pele é percorrida superficial ou profundamente. Do modo superficial, a pressão é muito leve e a direção da força não é importante. No modo profundo, a pressão deve ser realizada na direção dos vasos, visto que o objetivo dessa massagem é auxiliar no retorno dos fluxos sanguíneo e linfático (MIKAIL, 2009).

4.1.2 COMPRESSÃO

Esta modalidade inclui pregueamento, amassamento e fricção. O pregueamento é realizado de forma a pegar os tecidos moles entre os dedos e manipulá-los de forma que ocorra movimentação dentro do músculo, não há uma direção correta. É utilizado para mobilização dos fluidos e para criar uma mobilidade dos músculos para liberar aderências. Para realizar o amassamento, porções maiores de musculo são utilizadas, estas podendo ser amassadas entre os ossos e as mãos ou entre as duas mãos. A fricção de uma determinada área é obtida através de movimentos circulares usando uma parte da mão, podendo ser o polegar, ponta dos dedos ou punho, com movimentos rápidos e pressão crescente (MIKAIL, 2009).

4.1.3 ACUPRESSÃO E PONTOS-GATILHO

Ambas as modalidades possuem a mesma finalidade, a de desativar pontos específicos através de sua estimulação. Para a acupressão, utiliza-se pressão em pontos específicos de acupuntura. Os pontos-gatilho são locais encontrados em músculos esqueléticos, tendões, ligamentos, cápsulas articulares, fáscias, periósteo ou na pele, que se estimulados levam ao alívio da dor. Para um tratamento efetivo, é importante que se trabalhe vários pontos simultaneamente, e em cada ponto deve-se gastar entre 1 e 5 minutos (MIKAIL, 2009).

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5 HIDROTERAPIA

A água é utilizada como forma de terapia desde o início do século XX, principalmente para problemas locomotores (Anexo B). Seus efeitos podem ser associados ao do calor ou ao do frio: a hidroterapia com água aquecida desencadeia mudanças fisiológicas, sendo elas: aumento da frequência respiratória e cardíaca, diminuição da pressão sanguínea, aumento da circulação periférica, aumento do suprimento sanguíneo para os músculos, aumento do metabolismo e relaxamento muscular. Com o aumento da circulação sanguínea, há uma melhora no aporte de O2, removendo CO2 e o ácido lático e com isso há uma redução da dor muscular (MIKAIL, 2009)..

Já na hidroterapia com água fria, o alívio da dor é devido à diminuição do metabolismo celular e da permeabilidade capilar. As contraindicações da hidroterapia são animais com feridas abertas, disfunções respiratórias ou cardíacas, incontinência urinaria e diarreia (MIKAIL, 2009).

5.1 MODALIDADES TERAPÊUTICAS

5.1.1 IMERSÃO TOTAL OU NATAÇÃO

Nesta modalidade, o animal apresenta-se apenas com a cabeça fora d’água, não possui apoio no piso, tendo que “nadar” para manter-se na superfície. Devido à pressão que a água exerce na caixa torácica, este é um ótimo exercício cardiorrespiratório, além disso, os outros benefícios da hidroterapia são a melhora do debito cardíaco e retorno venoso, manter o tônus muscular, manter a amplitude dos movimentos das articulações e evitar a sobrecarga de peso sobre estruturas do aparelho locomotor (MIKAIL, 2009).

5.1.2 IMERSÃO PARCIAL OU HIDROGINÁSTICA

Para esta modalidade, o nível de imersão depende dos objetivos pretendidos e permite que o animal tenha apoio no piso. Como benefícios temos redução do peso do animal, redução do impacto sobre as articulações, fortalecimento muscular, manutenção da amplitude do movimento das articulações, além de uma melhora da coordenação e equilíbrio (MIKAIL, 2009).

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6 TERMOTERAPIA

Segundo Lehmann e Lateur (1994), há diferentes modalidades de calor utilizadas para terapia, podendo ser subdivididas naquelas que aquecem os tecidos superficiais e aquelas que aquecem estruturas profundas, sendo usada como um valioso método adjunto.

Entre as alterações fisiológicas que a termoterapia induz, podemos observar o aumento do metabolismo celular, aumento da circulação sanguínea, alterações no tônus e na dor, redução da viscosidade dos líquidos dos vasos sanguíneos e também do liquido sinovial, aumento da resistência elástica dos tecidos colágenos, diminuição da rigidez das articulações, redução de espasmos musculares, diminuição de edemas, exsudatos e infiltrados inflamatórios, além de ser usado em terapias contra o câncer (LEHMANN E LATEUR, 1994; MIKAIL, 2009).

As modalidades da termoterapia devem ser utilizadas com precaução em áreas anestesiadas ou com suprimento vascular inadequado, regiões com suspeita de malignidade, além das gônadas e fetos (LEHMANN E LATEUR, 1994).

6.1 TERMOTERAPIA SUPERFICIAL

Seus efeitos possuem ação localizada, restritos as camadas superficiais, pois apresenta dificuldades em produzir efeito nas camadas musculoesqueléticas, já que o tecido adiposo impede a passagem de calor (SÁ, 2007; MIKAIL, 2009).

6.1.1 BOLSA DE ÁGUA QUENTE

Bolsas de borracha com água quente em seu interior também podem ser utilizadas, porém é mais difícil controlar a temperatura devido o isolamento de borracha. Deve ser aplicada na área a ser tratada por 20 a 25 minutos, se o animal for muito sensível, pode-se colocar uma toalha entre a bolsa e a pele (LEHMANN E LATEUR, 1994; SÁ, 2007).

6.2 TERMOTERAPIA PROFUNDA

Segundo Mikail (2009), na termoterapia profunda ou diatermia, para que os tecidos profundos possam ser atingidos, independentemente da quantidade de tecido adiposo existente, há conversão de energia elétrica em calor.

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6.2.1 ULTRASSOM TERAPÊUTICO

Para Lehmann e Lateur (1994), é a modalidade mais efetiva de calor profundo, pois causa um pequeno aumento da temperatura em tecidos superficiais e possui uma grande profundidade de penetração no tecido muscular e outros tecidos moles (Anexo C).

Os efeitos terapêuticos que ocorrem são a otimização de todas as etapas do processo inflamatório, agiliza o processo de reparação tecidual, melhorando a qualidade do tecido cicatricial formado, fecha úlceras mais rapidamente, acelera a formação de calo ósseo em fraturas, facilita o alongamento de tecidos conjuntivos, alivia a dor e reduz espasmos musculares e auxilia a reabsorção de edemas e hematomas (MIKAIL, 2009). O US não deve ser aplicado nos olhos, em útero gravídico, diretamente ao coração, em regiões com tumores ou metástases e com pouca irrigação vascular (LEHMANN E LATEUR, 1994).

De acordo com Sá (2007), o aparelho de ultrassom nada mais é do que um gerador de alta frequência conectado a um material piezelétrico, que é o transdutor (SÁ, 2007). Antes de utilizar o aparelho, este deve ser ajustado, o contato entre o aplicador e a pele deve ser adequado, além da utilização de meios que produzam transmissão adequada (p. ex. gel). Para a aplicação, os movimentos devem ser curtos, cada um sobrepondo o outro, podem ser perpendiculares ou circulares, assim o aumento da temperatura é homogêneo, com pouquíssimas oscilações e é mais bem controlado (LEHMANN E LATEUR, 1994).

6.2.2 LASERTERAPIA

Suas indicações terapêuticas são a cicatrização de feridas, tratamento de regiões com edema ou inflamação, alívio da dor, tratamento de lesões de nervo periférico e de injúrias osteoarticulares (LEHMANN E LATEUR, 1994; MIKAIL, 2009) (Anexo D).

Tem como principais efeitos biológicos no local de sua aplicação o aumento do metabolismo celular, aumento da circulação sanguínea e formação de novos capilares, aumento da síntese de DNA e RNA, aumentam de níveis de endorfina, aumento na atividade do sistema linfático, estímulo da fagocitose, liberação de fatores do crescimento, diminuição do grau de excitabilidade dos receptores da dor, redução da velocidade da condução do nervo sensorial e manutenção do potencial de membrana (MIKAIL, 2009).

Deve ser evitado em olhos, região cardíaca, testículos, útero gravídico, placas epifisárias, tumores, nervo vago e gânglios simpáticos (MIKAIL, 2009).

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7 MAGNETOTERAPIA

Existem dois tipos de terapia através dos campos magnéticos, a que usa magnetos estáticos e a que utiliza campo magnético pulsátil (MIKAIL, 2009).

7.1 MAGNETOS ESTÁTICOS

Ao redor de materiais como o neodímio, níquel, cerâmica, alumínio, ferro, cobalto, são encontrados campos magnéticos permanentes, mantendo tais substâncias constantemente magnetizadas, sem sofrer variações de intensidade (sendo considerados de natureza não elétrica). Podem ser encontrados acoplados em diversos acessórios, como colchões, capas ou em forma de botões (para tratamento local) (MIKAIL, 2009).

Uma das hipóteses da utilização desse tipo de terapia seria o aumento da circulação local, porém não há comprovação de seu mecanismo de ação devido a falta de trabalhos científicos (MIKAIL, 2009).

7.2 CAMPO MAGNÉTICO PULSÁTIL

A energia se dá através de uma corrente elétrica que passa por um condutor em espiral que cria um campo magnético ao redor. O campo criado varia entre 2 e 500 Hz de frequência (MIKAIL, 2009) (Anexos E e F).

Segundo Mikail (2009), a maioria dos estudos científicos estão voltados ao reparo ósseo, porém pode ser efetivo para prevenir a perda da massa óssea, melhorar o consumo de oxigênio pelas células, além de ser eficaz no alívio da dor. É indicado para o tratamento de fraturas, mesmo com uso do gesso ou implantes metálicos, osteoartrites, tendinites, periostites, feridas crônicas e necrose asséptica da cabeça do fêmur. Sendo contraindicado em casos onde o aumento da circulação deve ser evitada e na região de útero gravídico.

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8 ELETROTERAPIA

Conforme Mikail (2009), todos os equipamentos que produzem uma corrente através de eletrodos colocados na pele são denominados de estimuladores elétricos transcutâneos. Para o alívio da dor utilizam-se equipamentos que estimulem os nervos periféricos, conhecidos como TENS (transcutaneal electrical nerve stimulation). Quando se deseja trabalhar a musculatura, os equipamentos utilizados são o EENM (estimulação elétrica neuromuscular) ou NMES (neuro muscular electrical stimulation), porém quando se deseja produzir contrações musculares privadas do controle nervoso, deve-se utilizar o FES (funtional electrical stimulation) (Anexo G).

8.1 TENS (TRANSCUTANEAL ELECTRICAL NERVE STIMULATION)

O TENS é um importante método clínico para o alívio da dor. É indicado para alívio da dor aguda onde amplia a terapia utilizada, e para tratamento da dor crônica (LAMPE, 1993).

Os impulsos elétricos de baixa voltagem e controlados passam através da barreira cutânea (sem interrupção da continuidade desta) e atingem o nervo para uma neuromodulação da dor, limitando sua transmissão para o cérebro (LAMPE, 1993; MIKAIL, 2009). O equipamento necessário para o TENS é uma fonte de voltagem geradora de pulsos, cabos interconectantes, eletrodos e gel transdutor (LAMPE, 1993).

Para Lampe (1993), o posicionamento correto dos eletrodos é crucial para o sucesso e os benefícios do TENS, para isso devem-se levar em consideração o local selecionado, que deve permitir que a estimulação seja rapidamente direcionada ao SNP e ao sistema nervoso central (SNC); a região precisa ser condutiva, por isso áreas com proeminências ósseas ou coberta de pelos devem ser descartadas; a área escolhida deve estar relacionada a fonte de dor, anatômica ou fisiologicamente; sendo que as melhores regiões de estimulação ao utilizarmos o TENS são em áreas superficiais de um nervo periférico importante ou nos pontos motores.

8.1.1 TENS CONVENCIONAL

A sua utilização requer uma frequência alta de estímulos (40 a 150Hz) e uma baixa intensidade (entre 10 a 30mA). A analgesia geralmente ocorre imediatamente ou em até 20 minutos, porém sua duração é curta, acabando logo após o término do estímulo (MIKAIL,

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2009). Este tipo de TENS é preferencialmente utilizado para produzir analgesia de curta duração, mas de ação rápida (PEIXOTO, 2007)

8.1.2 TENS ACUPUNTURAL OU HAIHUA

Este tipo de TENS utiliza uma frequência de 2 a 10Hz, sendo utilizado para produzir analgesia de longa duração, mas de ação um pouco retardada. Além disso, este tipo de TENS, por utilizar intensidades elevadas de corrente, é contra indicado em regiões que apresentem espasmos musculares (PEIXOTO, 2007).

8.2 FES (FUNTIONAL ELECTRICAL STIMULATION)

A FES é a estimulação elétrica que induz movimentos funcionais de músculos e nervos. Essa estimulação permite a realização de atividades que normalmente seriam impossíveis para alguns pacientes (LEHMANN E LATEUR, 1994). Em pacientes imobilizados pode ajudar a retardar e tratar as hipotrofias por desuso, além de manter ou ganhar a amplitude de movimento articular e combater as contraturas, desta forma reduzindo o tempo de recuperação funcional do indivíduo (SÁ, 2007).

Normalmente os eletrodos são colocados sobre os nervos ou em pontos motores musculares específicos (LEHMANN E LATEUR, 1994), é preciso utilizar um gel eletrocondutor (SÁ, 2007). Deve-se poder controlar a frequência desta corrente em um intervalo de 1 a 100 Hz, pois é nesse intervalo onde se obtêm contrações desde um abalo até a tetania (PEIXOTO, 2007).

A indicação da FES são nos casos em que há a necessidade de uma eletroestimulação muscular, principalmente naqueles em que auxiliará num movimento, como é o caso do paciente com hemiplegia, lesões de medula, paralisia cerebral; além disso também é indicada em casos onde se deseja facilitação neuromuscular, fortalecimento muscular, ganhar e/ou manter a amplitude do movimento articular. É contraindicada em pacientes com miopatias, doenças do neurônio motor inferior, obesos, cardiopatas e em útero grávido (LEHMANN E LATEUR, 1994; PEIXOTO, 2007; SÁ, 2007).

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9 FOTOTERAPIA

A luz, mesmo em pequenas quantidades, produz uma infinidade de benefícios clínicos, incluindo o reparo do tecido e controle de dor (ENWEMEKA, 2004). Sua emissão vai do comprimento de onda de 247 aos 1300 nanômetros (nm), indo do ultravioleta (UV), ao visível e ao infravermelho. As principais cores são o azul (400 a 470 nm), verde (470 a 550 nm), amarelo (550 a 630 nm) e vermelho (630 a 700 nm) (BAROLET, 2008) (Anexo H).

Os LEDs fornecem uma entrega muito mais suave e uma produção de energia substancialmente menor, ou seja, não fornecem energia suficiente para danificar os tecidos. Os vários tipos de células e tecidos no corpo têm suas próprias características originais de absorção luminosa, por isso há uma penetração específica ideal de luz nas células-alvo ou tecido (BAROLET, 2008), produzindo diferentes efeitos sobre eles (ENWEMEKA, 2004) (Anexo I).

Uma grande vantagem do tratamento com LED é a possibilidade de combinar diversos comprimentos de onda em apenas uma placa, resultando em um tempo mais rápido e eficiente do tratamento. Certamente um tempo mínimo de exposição e posicionamento correto das placas durante o tratamento é necessário para permitir à ativação das células, caso contrário, a resposta tecidual é insuficiente e nenhum resultado clínico é obtido. Ainda, a bioestimulação depende da condição fisiológica das células e tecidos no momento da irradiação, já que as células e tecidos comprometidos respondem mais facilmente do que os saudáveis, por exemplo, a luz só estimularia a proliferação de células, se as células estão crescendo mal no momento da irradiação (BAROLET, 2008).

O mecanismo de ação funciona de forma que os LEDs desencadeiam reações fotobioquímicas naturais intracelulares, pois ele aumenta a produção de ATP, reduz e previne a apoptose, estimula a angiogênese e aumenta o fluxo sanguíneo. A ledterapia é um tratamento seguro, não térmico, não-tóxico e não-invasivo, podendo ser usado como adjuvante em terapias térmicas (BAROLET, 2008).

Suas indicações são para o tratamento e controle da dor (musculoesquelética ou associada a inflamação), condições inflamatórias, cuidados com feridas e reparação de tecidos (muscular, ósseo e epitelial). Sendo contraindicada em câncer (tumores ou áreas cancerosas), irradiação direta dos olhos, pacientes epiléticos, irradiação direta sobre o feto ou o útero durante a gravidez e da glândula tireoide (ENWEMEKA, 2004) (Anexo J).

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10 CRIOTERAPIA

O uso do frio vem sendo empregado para reduzir espasmos musculares e espasticidade, traumas mecânicos, queimaduras, alívio da dor e artrites (LEHMANN E LATEUR, 1994), além disso o uso do gelo diminui as fases da inflamação, sendo elas: dor, hiperemia, aumento da temperatura, edema e diminuição da função, sendo indicada em uma inflamação para atenuar a dor (MIKAIL, 2009). Tem como principal objetivo reduzir a temperatura tecidual pela retirada de energia calórica, diminuindo assim o metabolismo local e a necessidade do consumo de oxigênio pelos tecidos (SÁ, 2007).

10.1 PRINCIPAIS FORMAS DE APLICAÇÃO

10.1.1 COMPRESSA FRIA

É a técnica mais utilizada devido sua facilidade na obtenção e aplicação do resfriamento. Pode ser utilizada uma toalha molhada em água fria ou uma toalha molhada em água fria com cubos de gelo em seu interior para a aplicação na região a ser tratada. A duração da técnica gira em torno de 25 minutos.

10.1.2 BOLSAS DE GELO

A utilização de sacos plásticos com gelo picado dentro, é a opção mais barata, simples e eficaz de tratamento, pois o plástico é uma estrutura com boa condutibilidade entre a pele e o gelo. Durante a confecção o ar do saco de gelo deve ser retirado para que ele possa se acomodar corretamente na região desejada (MIKAIL, 2009). Está indicada para o tratamento de lesões superficiais e profundas. A duração da terapia deve ser no máximo de 20 minutos, para evitar possíveis queimaduras (SÁ, 2007).

10.1.3 IMERSÃO EM GELO E ÁGUA

Consiste na imersão da área afetada em gelo e água, onde a temperatura ideal varia entre 2 a 4ºC e 10 a 15ºC (MIKAIL, 2009).

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11 OZONIOTERAPIA

A Ozonioterapia é a utilização do oxigênio e do ozônio de forma terapêutica, tendo como principais efeitos a capacidade modular o estresse oxidativo, reduzir a produção exuberante de tecido de granulação, melhorar a circulação e a perfusão tecidual local, promover a desinfecção e desbridamento de feridas, além de estimular a cicatrização. Ainda, possui efeito anti-inflamatório, imunomodulador, antimicrobiano, cicatrizante e antálgico (FORMENTON, 2016).

A ozonioterapia é indicada no tratamento de diversas doenças de forma complementar ou isolada, como DDIV, espondilose/discoespondilites, osteoartrites, tendinopatias, artrites reumatoide ou séptica, sepse, osteomielite, feridas contaminadas ou escaras de decúbito, queimaduras, infecções do trato urinário, fístulas e abscessos, dermatopatias alérgicas ou não, papilomas, doença intestinal inflamatória crônica, diabetes, insuficiência renal crônica, doenças isquêmicas, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), além de hepatopatias, doenças neurodegenerativas e como adjuvante no tratamento do câncer (FORMENTON, 2016).

Devemos ter cuidado com sua utilização em animais senis, debilitados ou com grande estresse oxidativo, para não agravar o quadro clínico do animal a ozonioterapia deve ser evitada (FORMENTON, 2016).

Geralmente os efeitos do ozônio são rápidos, com resultados a partir da primeira ou segunda aplicação, porém a resposta varia conforme o paciente e a patologia.

As principais formas de aplicação do ozônio são por via intramuscular, subcutânea (Anexo K), intra-articular, intrarretal (Anexo L) e a auto-hemoterapia maior ou menor. Há outras vias, como a aplicação intra-discal, peridural, bolsa de ozônio, insuflação vesico-uretral e de fístulas que dependem do caso a ser tratado, mas costumam ser menos frequentes. Pode-se também ozonizar óleos e água para uso tópico (FORMENTON, 2016).

Conforme Formenton (2006), a aplicação do gás pode doer se sua concentração estiver alta. Na maioria das vezes o animal sente apenas o desconforto da agulha e do volume do gás, mas, dificilmente se incomodam. Quando se aumenta a concentração, a aplicação do ozônio causa uma leve irritação no tecido, e o animal pode ficar dolorido, porém, este quadro dura 24 horas. Deve-se sempre observar a resposta do animal e controlar a concentração de ozônio, assim podemos realizar um tratamento eficaz sem que o animal fique desconfortável.

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12 ACUPUNTURA

De acordo com Braga (2012) e Hayashi (2015), a acupuntura consiste na inserção de agulhas em áreas definidas, os acupontos. Conforme os mecanismos de ação da acupuntura, além do controle da dor aguda e crônica, ela pode ser integrada ao tratamento convencional de diversas doenças, como em afecções musculoesqueléticas: pós-operatório de cirurgias ortopédicas, displasias coxofemoral e de cotovelo; afecções neurológicas: DDIV, acidente vascular encefálico, convulsão, neuropatias periféricas, desordens vestibulares, sequelas da cinomose; afecções gastrointestinais: náusea, vômitos, diarreia, constipação, dor abdominal; afecções dermatológicas: dermatites alérgicas, otite externa, feridas cutâneas de difícil cicatrização; afecções cardiorrespiratórias: rinite, sinusite, bronquite, tosse crônica, asma; afecções urogenitais: incontinência urinária, infecções do trato urinário, doença renal crônica; desordens imunomediadas; distúrbios do comportamento e em pacientes oncológicos (Anexos M e N).

Segundo Ferguson (2007), as agulhas finas são menos estimulantes e são usadas para pacientes fracos, geriátricos, pequenos e em condições de deficiência, além de serem usadas para regiões periocular. Já as agulhas grossas são mais estimulantes e são usadas em pacientes fortes e grandes. Agulhas curtas são preferíveis para pacientes pequenos, magros e pontos de acupuntura superficial. As agulhas longas são usadas para pacientes grandes, gordos e pontos de acupuntura profunda, comumente encontrados em grandes massas musculares.

Os pontos da acupuntura ou acupontos são pontos específicos na superfície do corpo onde a estimulação é aplicada para o diagnóstico e o tratamento da doença, cada um tem uma localização e um efeito fisiológico único (PREAST, XIE, 2007).

Segundo Preast e Xie (2007), há três métodos para localizar o acupontos: (1) a unidade de medida dos acupontos do corpo: na prática da acupuntura, é comum usar a unidade "cun" para medir o corpo e localizar os acupontos, é uma unidade de medida relativa, um “cun” é a largura do segundo e terceiro dedos do praticante, desta forma, um “cun” é aproximadamente 3 cm (Anexo O); (2) medida proporcional: uma parte do corpo ou um membro é dividida em um número fixo de unidades de comprimento igual. O local do acuponto é expresso por contagem em unidade (s) derivado de um ponto de referência; (3) pontos anatômicos: a anatomia física geralmente fornece marcos claros para encontrar acupontos, já que os pontos são encontrados principalmente em articulações, vasos superficiais ou entre ossos e tendões.

A retirada da agulha deve ser descomplicada e sem dor, sendo retiradas com uma rotação suave (CHISMAN, XIE, 2007).

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13 MOXABUSTÃO

A moxabustão tem a função de aquecer, dissipar o frio, o vento e a umidade, regular a circulação sanguínea e de energia, assim como atuar para redução da dor, inflamação e cicatrização (WEGNER et al., 2013). É contraindicada em gestantes, perto de grandes vasos sanguíneos, em membranas mucosas, ou perto de órgãos sensoriais (FERGUSON, 2007).

Existem dois métodos gerais de terapia moxabustão: direto e indireto. Para moxabustão direto, material de Moxa é moldado em cones ou fios, e colocado diretamente sobre a pele sobre um ponto de acupuntura. A terapia moxabustão indireta é feita pelo acupunturista veterinário com agulhas, que é realizada usando bastão de Moxa que é colocada na parte superior de uma agulha previamente introduzida (agulha aquecida), ou terapia com bastão de Moxa (FERGUSON, 2007).

A forma mais comum de terapia de moxabustão indireta utilizada na prática de acupuntura veterinária é com os bastões de Moxa de artemísia (Artemisia vulgaris) misturado com pequenas quantidades de outras ervas, como canela, gengibre seco, cravo-da-Índia e mirra (FERGUSON, 2007). A Artemísia vulgaris, tem como principais ações a analgésica, anti-inflamatória, antibacteriana, digestiva, diurética, expectorante, laxativa, antidepressiva e anti-hipertensiva. O efeito final da técnica de Moxabustão é o resultado da ação terapêutica da erva, associada ao aquecimento e à estimulação dos pontos de acupuntura (WEGNER et al., 2013).

Estes bastões têm cerca de 20 centímetros de comprimento e assemelham-se a um charuto. São acesos em uma extremidade até que haja uma brasa ardente, sendo então posicionado perto da pele, acima de um acuponto (FERGUSON, 2007).

Como se trata de um paciente não verbal, um método popular evoluiu para garantir a intensidade do calor, onde a mão guia do acupunturista é colocada na superfície da pele do paciente com o indicador e o dedo médio cerca de dois centímetros de distância da propagação do calor. O bastão de Moxa é aproximado da pele e movimentado suavemente entre os pontos, à medida que os dedos do acupunturista esquentam (em média em 10 segundos), para isso a lógica é a mão do acupunturista e a pele do paciente terem a mesma distância (FERGUSON, 2007).

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14 CONCLUSÃO

Assim como a Medicina Humana, a Medicina Veterinária vem crescendo e se destacando em suas diversas áreas de atuação. Atualmente a Fisioterapia em animais, mostra-se um recurso excelente na prevenção, manejo e tratamento da dor, além de restaurar a mobilidade perdida, permitindo uma recuperação mais rápida e uma alta taxa de sucesso.

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15 CONCLUSÃO DO ESTÁGIO

Este estágio curricular foi de grande importância na evolução da aprendizagem, permitindo-me aplicar a teoria adquirida e ganhar alguma experiência para enfrentar os desafios seguintes. A Fisioterapia sempre me despertou interesse e curiosidade, pela grande gratificação profissional e pessoal que se obtém, devido a possibilidade de acompanhar o paciente durante toda sua recuperação, podendo proporcionar a ele a possibilidade de recuperar a mobilidade, agilidade e força perdidas, para que ele retorne a sua vida normal. Ainda com a realização deste estágio e consequente escrita deste relatório na área, adquiri um profundo respeito pela Fisioterapia e os profissionais que atuam nesta área.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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WEGNER, F. et al. Moxabustão: uma revisão da literatura. FIEP BULLETIN - Volume 83 - Special Edition - ARTICLE II. 2013.

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ANEXO A – ANIMAL REALIZANDO EXERCÍCIO DE CINESIOTERAPIA DEVIDO SÍNDROME DA CAUDA EQUINA E DISPLASIA COXOFEMORAL

Fonte: mundoaparte.com.br

ANEXO B – ANIMAIS REALIZANDO HIDROTERAPIA DEVIDO DOENÇA DE

DISCO INTERVERTEBRAL TORACOLOMBAR E PÓS-CIRÚRGICO DE

LUXAÇÃO DE PATELA BILATERAL

(48)

ANEXO C – ANIMAL REALIZANDO TERMOTERAPIA (ULTRASSOM TERAPÊUTICO) DEVIDO ARTROSE EM OMBRO

Fonte: mundoaparte.com.br

ANEXO D – ANIMAL REALIZANDO TERMOTERAPIA (LASERTERAPIA)

DEVIDO DOENÇA DE DISCO INTERVERTEBRAL LOMBOSSACRA

(49)

ANEXO E – ANIMAL REALIZANDO MAGNETOTERAPIA EM CILINDRO DEVIDO PÓS-CIRÚRGICO DE DOENÇA DE DISCO INTERVERTEBRAL TORACOLOMBAR

Fonte: acervo pessoal.

ANEXO F – ANIMAL REALIZANDO MAGNETOTERAPIA COM BOBINAS DEVIDO TRAUMA CERVICAL

(50)

ANEXO G – ANIMAL REALIZANDO ELETROTERAPIA DEVIDO DISPLASIA COXOFEMORAL

Fonte: mundoaparte.com.br

ANEXO H – COMPRIMENTOS DE ONDA E LUZ

Fonte: BAROLET, 2008.

(51)

ANEXO I - PROFUNDIDADE DE PENETRAÇÃO DA LUZ NA PELE EM FUNÇÃO DO COMPRIMENTO DE ONDA.

(52)

ANEXO J - ANIMAL REALIZANDO FOTOTERAPIA DEVIDO PÓS-CIRÚRGICO DE COLOCEFALECTOMIA

Fonte: acervo pessoal.

ANEXO L – ANIMAL REALIZANDO OZONIOTERAPIA INTRARRETAL DEVIDO TRAUMA EM COLUNA VERTEBRAL

(53)

ANEXO K – ANIMAL REALIZANDO OZONIOTERAPIA SUBCUTÂNEA DEVIDO TRAUMA EM COLUNA VERTEBRAL

Fonte: acervo pessoal.

ANEXO M - FELINO REALIZANDO ACUPUNTURA DEVIDO CRISES DE EPILEPSIA

(54)

ANEXO N – CANINO REALIZANDO ACUPUNTURA DEVIDO DOENÇA DE DISCO INTERVERTEBRAL CERVICAL E TORACOLOMBAR

Fonte: mundoaparte.com.br

ANEXO O – UNIDADES DE MEDIDAS DOS ACUPONTOS DO CORPO DE UM CANINO

Referências

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