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O direito processual civil constitui a aplicação prática do direito civil do quotidiano forense. O Estado é a entidade que detêm o monopólio do exercício do poder, jurisdicional, exercendo essas funções através dos tribunais, a definição dessa função consta no art. 202/1 do CRP. Porem esta função é exercida no tribunal, na sequência de um requerimento apresentado pelo titular do respectivo direito, gozando este do direito de acção, que é o direito de reclamar em tribunal uma providência judiciária reparadora de um direito subjectivo violado. Consagrado no art. 2º /2 do CPC e art. 3/1 do CPC.

Aquele que instaura uma acção em tribunal (petição inicial) é o autor, sendo o réu aquele contra quem a acção é intentada, podendo este defender-se através da contestação.

Mas para propor acção em tribunal é necessário cumprir e satisfazer diversas regras, requisitos e pressupostos técnicos.

Isto é o Direito Processual Civil - conjunto das regras e dos comandos normativos que acompanham a vida de uma acção em tribunal, desde que ela é instaurada até que seja proferida a decisão que lhe ponha termo. O direito processual civil não só acompanha a vida de uma acção em tribunal como também lhe impõe uma tramitação própria, com normas de verificação de todos os requisitos, definindo também as regras relativamente ás partes (autor/réu) e do próprio tribunal.

A tramitação de uma acção é feita de acordo com um conjunto de regras com limites previstos e impostos na própria lei, tudo se desenvolve com método e rigor, tendo que se respeitar um rito processual. O processo consiste numa evolução lógica de actos e técnicas devidamente previstas na lei. O processo civil é uma via onde a partes caminham passo a passo, numa sequência progressivamente lógica e previsível até ao fim. Este processo só pode avançar nunca retroceder.

Características do Direito Processual Civil:

È um ramo de direito público, tem uma função pública, é uma função jurisdicional em que o Estado aparece investido de soberania, impondo uma subordinação às partes que explica e justifica o carácter vinculativo das decisões judiciais. È um direito de acção, isto porque provoca uma actividade em tribunal. È um direito instrumental, na medida em que está ao serviço do direito civil, como um instrumento de aplicação concreta deste á realidade e ao quotidiano, quer isto significar que os direitos e deveres estão genericamente definidos no código civil, mas se estes deveres forem violados e houver uma necessidade de recorrer a tribunal para fazer valer os respectivos direitos, competirá ao direito processual civil fornecer ao titular do direito civil o método e a técnica a executar judicialmente.

Princípios fundamentais do direito processual civil;

O princípio do dispositivo implica que a acção derive da pura vontade dos particulares.

A acção só existe a partir do momento em que é apresentada a petição inicial (art.º 267/1 CPC), e tal apresentação, não é nada mais que o poder atribuído aos particulares de este disporem da sua esfera jurídica.

O princípio do dispositivo implica ainda que sejam as partes a definirem os contornos relativamente aos factos de litígio, ou seja são estes que têm que apresentar os factos em tribunal para que este possa ter uma base para se decidir. O autor deve alegar os factos que dão consistência à pretensão. Ao réu compete alegar os factos em sua defesa. É com base princípio do dispositivo que o tribunal só poderá condenar na medida do que foi pedido pelo autor e nunca em quantidade superior ao peticionado por este.

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Principio do contraditório, este principio tem duas manifestações, não podem ser

tomadas providências contra determinada pessoa sem que esta seja previamente ouvida, sem prejuízo das excepções previstas na lei (art.º 3/2 CPC). Não pode o juiz decidir quaisquer questões de facto ou de direito sem que as partes tenham tido a possibilidade de sobre elas se pronunciarem (art. 3/3 CPC).

Princípio da igualdade das partes ou da paridade processual (art3 A CPC), este

princípio é uma decorrência, ao nível do direito processual civil da norma constitucional que consagra a igualdade dos cidadãos perante a lei (art. 13ª CRP).

Princípio da cooperação (art. 266 CPC) este resulta que as partes, os mandatários

forenses e os próprios juízes devem cooperar entre si, contribuindo desta maneira para uma melhor brevidade e eficácia do litígio. As partes devem sempre apresentarem-se disponíveis para fornecer ao tribunal quaisquer informações ou esclarecimentos que possam ser solicitados, e comparecer sempre que convocados (art.º 519 CPC).

A omissão deste dever de colaboração faz recorrer á parte faltosa na litigância de má fé (art. 456/2 c)) CPC), o que implica como consequência desta ser condenada a uma multa e indemnização à parte contaria se esta a pedir.

Princípio da aquisição processual (art515 CPC) por força deste princípio, todas as

provas produzidas no processo devem ser tomadas em consideração pelo tribunal, ainda que não tenham sido emanadas da parte que deveria produzi-las, o mesmo se diga dos próprios factos integradores de litígio, podem os mesmos serem atendidos pelo tribunal, ainda que não tenham sido alegados pela parte a quem competia essa alegação.

Acção declarativa – nesta acção o que autor pede ao tribunal é que profira uma

declaração final de direito, é uma sentença que resolva o seu conflito com o réu e através desta declaração final pôr termo ao litigio.

Assim, o fim da acção declarativa consiste nessa declaração que o juiz vai proferir que vai resolver o caso levado a tribunal. É a sentença, e é com esta que se esgota a acção declarativa.

Se o réu não cumprir a sentença, o autor vai instaurar uma acção executiva. Vai pedir que sejam tomadas medidas á reparação efectiva do seu direito, vai pedir ao tribunal que assegure com efectividade e materialidade a reparação do seu direito conforme o art. 4/3 CPC.

O processo civil abrange duas etapas, uma que visa obter uma ordem de comando (fase declarativa ou declaratória) e outra que visa a efectiva concretização desse comando fase executiva ou executória). Poderá ainda dizer-se que nem sempre à acção declarativa se segue a executiva e que esta pode ser instaurada sem precedência daquela.

Acção declarativa de condenação - art. 4/2 CPC tem como origem num estado

de violação de um direito. Na petição inicial o autor, titular desse direito, invoca a violação desse direito por parte do réu e pede ao tribunal não só que confirme a declaração da titularidade do direito e da violação, mas que também condene o réu a realizar uma prestação de reintegração desse direito. O autor pede que o réu seja condenado, a pagar certa quantia, ou a entregar certo objecto, a presta qualquer facto, ou mesmo a abster-se de determinada conduta. Exemplo A empresta a B certa quantia em dinheiro, que o mutuário se obrigou a restituir em data convencionada. Se B não cumprir a obrigação assumida, pode A instaurar uma acção judicial, alegando os factos constitutivos do seu direito e da violação do mesmo pelo réu, pedindo que o tribunal condene o réu na restituição da quantia devida.

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Acções declarativas de simples apreciação

são aquelas em que se visa obter a

declaração da existência ou inexistência de um direito ou de um facto, conforme art. 4/2 a) CPC, sendo de apreciação positiva as primeiras e de simples apreciação negativa as segundas. Este tipo de acções é justificado pela necessidade de reagir contra uma situação de incerteza acerca da existência ou não existência de um direito ou de um facto, ao contrário das acções de condenação, aqui o motivo para a instauração da acção está no facto da falta de cumprimento de uma obrigação por parte do réu. Nas acções de simples apreciação não se exige ao réu prestação alguma, porque se não imputa a falta de cumprimento de qualquer obrigação, o autor só quer pôr termo a uma situação de incerteza que o prejudica.

Acções declarativas constitutivas são as que visam autorizar uma mudança na

ordem jurídica existente, conforme o art. 4/2 c) CPC. Pretende-se um efeito jurídico, seja criando uma relação jurídica nova, modifica-la ou extinguindo uma já existente podendo chamar às primeira constitutivas stricto sensu, às segundas modificativas e extintivas ás ultimas. Neste tipo de acção o autor não pede a condenação do réu no cumprimento de qualquer obrigação, nem reage contra uma atitude de incerteza ou insegurança jurídica, o que este pretende obter através desta acção é um novo efeito jurídico material a declarar na respectiva sentença. Nas acções constitutivas stricto sensu são exemplo a acção destinada a constituir uma servidão de passagem, proposta ao abrigo do art. 1550 do CC, e acção de preferência (art.º 1410 CC). Nas acções constitutivas modificativas são exemplo a acção tendente á mudança de uma servidão, reconhecida pelo art. 1568 CC, e a acção de simples separação judicial de bens, prevista no art. 1767 e seguintes do CC. No exemplo de acção constitutiva extensiva temos o divórcio litigioso conforme o art 1779 CC e acção de despejo prevista no art. 14 do NRAU.

Acções executivas

, são estas as acções em que o autor pede ao tribunal não uma

declaração de direito, mas as providências materiais adequadas á reparação efectiva do direito violado, como consta no art. 4º /3 do CPC. O que se pretende é que a sentença ou um documento com valor igual repare o direito, não há aqui um conflito a resolver antes uma obrigação a cumprir coercivamente, uma obrigação a executar. As acções executivas podem ser para pagamento de quantia certa, entrega de coisa certa e prestação de facto, positivo ou negativo, como prevê o art.º 45/2 CPC

Titulo executivo, art. 45/1 CPC, resulta daqui que para aceder a uma acção

executiva, o credor tem que estar investido de um titulo executivo, um documento a que a lei reconheça força bastante para tal, sendo este titulo uma condição necessária para a instauração de uma acção executiva

Espécies de títulos executivos – art. 46/1 CPC este artigo enumera os títulos

executivos, e são títulos executivos só aqueles que ali constam.

O primeiro título executivo previsto na lei é a sentença condenatória (art. 46/1 a) CPC), são nesta categoria as sentenças proferidas em acção declarativas de condenação, as acções declarativas constitutivas sempre que delas resulte alguma imposição a que o réu fique adstrito. Por força do art. 48/1 CPC, também estão inseridas nesta categoria de títulos executivos os despachos e quaisquer outras decisões ou actos judicias ou actos de autoridade judicial que condenem num cumprimento de uma obrigação.

Os segundos títulos executivos previstos na lei são os documentos exarados ou autenticados por notário ou serviço com competência para a prática de actos de registo (art. 46/ 1 b) CPC), este documentos são os autênticos, os exarados com formalidades

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legais, os outros são os autenticados. São também títulos executivos os documentos em que tenham intervido serviço com competência para a pratica de actos de registo, art 46/1 c), também nos diz que são títulos executivos os documentos particulares dependendo a sua exequibilidade de uma série de requisitos, são eles: estes estarem assinados pelo devedor, deles constar uma obrigação pecuniária, ou a obrigação de entrega de coisa móvel ou imóvel, ou uma obrigação de entrega de coisa ou de prestação de facto. Uma ultima categoria de títulos executivos são os documentos a que por disposição especial, lhe seja atribuída força executiva que são os chamados títulos administrativos estes são os emitidos por repartições do Estado ou pessoas colectivas exemplo disso são os títulos de cobrança de contribuições, juros de mora, impostos, taxas entre outros créditos relativos ao Estado – art. 46/2 CPC

Classificação das acções quanto á forma; isto é quanto à tramitação técnica e

processual a que tem que se submeter as acções, segundo o art. 460/1 CPC, o processo

pode ser comum ou especial. Nos termos do nr. 2 do mesmo artigo o processo especial

aplica-se aos casos expressamente designados na lei, observando-se a todos os outros restantes o processo comum. Os processos especiais são os processos-excepção, e o processo comum é processo-regra.

Processo declarativo comum, consoante a dimensão do litígio este pode ter três formas,

a ordinária, a sumaria e a sumaríssima (art. 461 CPC), eles são distinguidos segundo

o valor da causa e a alçada do tribunal, o valor da causa deve ser indicado pelo autor na sua petição inicial (art. 467/1 e) CPC) representa a parte económica, é com este valor que se determina a relação da causa com a alçada do tribunal (art. 305/ 1 e 2 CPC). Para fixar o valor da causa, há diversos critérios previstos estes nos arts. 306 e ss. do CPC.

A alçada do tribunal é o valor limite até o qual ele julga em definitivo não tendo lugar ao recurso. Os tribunais judiciais estão dispostos hierarquicamente da seguinte forma Supremo tribunal de justiça, tribunais de 2º instancia (relação) em que a alçada é de 30 000 Euros, e a de 1º instancia (comarca) em que a alçada é de 5 000 euros.

Processo ordinário constitui a forma mais solene do processo comum e está previsto

nos art. 467 e art. 782 do CPC, aplica-se ás acções declarativas que não sendo especiais, tenham um valor superior ao da alçada da relação ( art462 CPC).

O processo sumário, aplica-se a acções declarativas, que não sendo especiais, tenham

um valor igual ou inferior ao da alçada da relação e não devam observar a tramitação do processo sumaríssimo, está previsto nos art.º 783 e art791CPC.

Processo sumaríssimo, aplica-se a acções declarativas que não sendo especiais tenham

um valor igual ou inferior á alçada da 1º instância (cumprimento de obrigações pecuniárias, á indemnização por dano e entrega de móveis parte final do art. 462CPC). O processo sumaríssimo está previsto nos art.º 793 e art. 796 CPC.

Processo executivo comum este segue forma única (art465 CPC)

Classificação das acções quanto aos interesses em discussão; processos de

jurisdição litigiosa e processos de jurisdição voluntária. Para haver uma acção

judicial tem que haver a existência de um conflito de interesses, litigio entre as partes. É por necessidade de resolver este litígio que se recorre à via judicial, sendo que o autor pretende que o reconhecimento da sua pretensão seja reconhecida através da acção, por outro lado o réu contestando, pugnará pela absolvição. Mas também há acções que visam resolver um conflito de interesses, isto é regular judicialmente um interesse que é comum a ambas as partes, são estes os chamados processos de jurisdição voluntária ou

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graciosa, porque aqui não há lugar ao litígio e ao conflito, ao contrário da jurisdição contenciosa. Os processos de jurisdição voluntária, implicam uma tramitação especial, por isso se chamam processos especiais está entre os art. 1409 e 1510 CPC. Nestes processos de jurisdição voluntária vigora o princípio da livre actividade inquisitória do tribunal, quer isto dizer que o tribunal poderá não só reconhecer os factos trazidos para os autos pelos interessados, como também os trazidos por quaisquer outros que sejam relevantes para a resolução da questão (art1409/2 CPC).

Ao contraio no que sucede nos processos de jurisdição contenciosa, em que o tribunal só se pode submeter ao critério da legalidade estrita (art. 8/2 CC), nestes processos de jurisdição voluntária impera o principio da equidade, podendo o juiz decidir como lhe parecer mais adequado e oportuno para a questão em causa.

As resoluções proferidas neste processo podem ser alteradas com fundamento em circunstâncias supervenientes art. 1411/1 CPC, também neste processo é obrigatório a constituição de advogado art. 1409 /4 CPC

Pressupostos processuais; são os requisitos necessários ao regular

desenvolvimento da instância permitindo que esta culmine numa sentença que resolva efectivamente, o litígio colocado à apreciação do tribunal.

São eles: a personalidade jurídica, capacidade judiciária, legitimidade, patrocínio judiciário obrigatório e interesse de agir. Ao tribunal são as competências internacionais e internas e o próprio objecto da causa aptidão da petição inicial e não verificação da litispendência e do caso julgado.

Pressupostos relativos ás partes

Personalidade jurídica à luz do art. 5/1 do CPC, esta personalidade jurídica consiste

na susceptibilidade de ser parte, estabelecendo o n.º 2 do mesmo artigo - quem tiver personalidade jurídica tem igualmente personalidade judiciária.

De acordo com art.66/1 do CC a personalidade jurídica adquire-se no momento do nascimento completo e com vida, adquirida a personalidade jurídica, isto é a capacidade civil de gozo de direitos, qualquer pessoa maior ou menor, capaz ou incapaz pode ser parte numa causa, estão também contempladas as pessoas colectivas, porque estando estas dotadas de personalidade jurídica têm igualmente personalidade judiciária.

A personalidade judiciária é o pressuposto processual relativo às partes não havendo esta, não há sequer parte no processo.

O CPC atribui personalidade judiciária a certas entidades que não ou ainda não a têm, são excepções previstas nos art. 5/2, e 6 CPC, por exemplo a al. a) deste artigo quando fala em herança jacente, o artigo 2046 CC diz-nos que esta é uma herança sem titular, ou porque não se conhece os sucessores ou ainda porque não aceitaram a herança. Todas as entidades que são reconhecidas a personalidade jurídica nos termos dos art. 6 e 7 CPC são representadas em juízo por quem o art. 22 CPC determinar.

Capacidade jurídiciária nos termos do art. 9/1/2 do CPC esta a capacidade judiciária

consiste na susceptibilidade de estar por si em juízo, e tem por base e por medida a capacidade do exercício de direitos.

A capacidade judiciária decorre da capacidade jurídica prevista no art. 67 CC, também aqui o CPC estabelece uma equiparação entre a capacidade de exercício de direito e a capacidade judiciária.

Para litigar não basta ter personalidade judiciária, é necessário que possa estar por si própria em juízo (não careça de qualquer representação), não podendo estar ele próprio

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em juízo, a sua intervenção judiciária deverá fazer-se através de representante legal nos termos do art10/1 CPC, ficando assim suprida a capacidade judiciária.

São incapacidade os casos previstos na lei como a menoridade, a interditação e a inabilitação, a menoridade nos termos do art. 122 do CC, é caso dos menores de dezoito anos, da conjugação do art. 123 do art. 9/.2 do CPC, resulta em que o menor não tem capacidade judiciaria, assim para litigiar tem que ser suprida essa incapacidade com a conjugação do art. 124 do CC com o art10 do CPC.

A Interdição é prevista no art. 138 do CC, o interdito é equiparado ao menor, isto é não dispõe de capacidade jurídica, e por consequência disso de capacidade judiciária, conjugando os arts. 139 e 123 do CC com o art. 9/2 CPC. A interdição é decretada em acção especial nos termos do art. 944 a 958 do CPC, sendo que a sentença designa o representante legal do interdito.

A inabilitação prevista no art. 152 CC, é semelhante á interditação, embora neste caso não seja necessária uma absoluta incapacidade, esta também é decretada por sentença á luz do art.944 a 958 do CPC, definindo o curador assim como os actos que este possa praticar, podendo ele intervir e citado se for réu nos termos do art. 13/1 CPC ficando contudo a acção subordinada á orientação do curador conforme art. 13/2 CPC.

Legitimidade nos termos do art. 26/1 CPC “ o autor…..contradizer”, é este interesse

que está definido no nº 2 que resulta a legitimidade. O autor é parte legítima sempre que a procedência da acção lhe venha a conferir uma vantagem ou utilidade, e o réu é parte legítima sempre que se vislumbre que tal procedência venha a causar uma desvantagem. A legitimidade não é uma qualidade pessoal, antes uma qualidade posicional da parte face á acção. Para determinação da legitimidade das partes, o art. 26/3 CPC fornece um critério subsidiário.

A lei contempla situações de pluralidade das partes, esta pode ser activa, isto é com vários autores, passiva com vários réus ou dupla, com vários réus e vários autores. Esta pluralidade pode se verificar logo na petição inicial ou posteriormente no decorrer da acção.

As figuras de pluralidade são o litisconsórcio e a coligação.

O litisconsórcio ocorre quando se discute em juízo uma determinada relação jurídica envolvendo diversos sujeitos por isso são partes na acção. Quer dizer a unicidade da relação convertida corresponde a uma pluralidade de partes. O litisconsórcio pode ser voluntário ou facultativo, necessário ou forçoso.

Diz-se que é voluntário quando a pluralidade das partes resulta da vontade do ou dos interessados, cabe ao autor e por sua vontade propor a acção contra todos os interessados, ou porque vários interessados decidiram instaurar em co-autoria a acção. O art. 27 CPC, refere a hipótese de a acção poder ser instaurada por todos ou contra todos os interessados. O litisconsorcio necessário corresponde a uma pluralidade de partes obrigatória, não dependente da simples vontade dos interessados. Está previsto no art. 28 CPC, no nº 1 corresponde ao litisconsórcio legal quando deriva da exigencia da lei. Litisconsórcio necessário convencional isto quando a pluralidade das partes é determinada por estipulação dos interessados art. 28/1 CPC, pode ainda ser natural quando a intervenção de todos os interessados se mostre necessária para que a decisão a obter produza o seu efeito útil normal (art. 28/2 CPC).

Outra espécie de pluralidade de partes é a coligação de autores e de réus prevista no art. 30 CPC, e o que a distingue do litisconsórcio é que na coligação há pluralidade de partes e pluralidade correspondente de relações materiais controvertidas, no litisconsorcio há pluralidade de partes, mas unicidade da relação controvertida.

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Nos art. 30/1 e 2 CPC, estão os requisitos para que as coligações de autores e réus sejam admitidas.

Patrocínio Judiciário obrigatório

, isto quando implica em certas acções que as

partes estejam representadas por advogados, é uma assistência técnica e profissional que os advogados prestam às partes, este só constitui um pressuposto processual quando é imposto por lei nos termos do art. 32/1 CPC.

Interesse de Agir consiste na indispensabilidade de o autor recorrer a juízo para a

satisfação da sua pretensão, e este só tem interesse em agir quando está esgotado qualquer outro meio extra judicial para realizar a sua pretensão, as ali b) c) e d) do art. 449/2 CPC, prevê dois casos de acção que se revelam desnecessárias.

Pressupostos relativos ao tribunal

Nos termos do art. 202 da CRP os tribunais são os órgãos de soberania com competência para administrar a justiça, têm uma função jurisdicional, e é isto que os distingue dos outros órgão do estado, todos os tribunais exercem a função jurisdicional, tendo cada um deles uma fracção própria dessa jurisdição.

A repartição de poder entre eles faz-se através de regras de competência, são estas regras que atribuem competências aos tribunais de acordo com o tipo de acção que se pretende instaurar.

A competência é determinada de acordo com o pedido formulado pelo autor, pelo lugar da ocorrência dos factos. A competência pode ser abstracta ou concreta, ela é

abstracta quando a competência é determinada em bloco (exemplo: tribunais do

trabalho tem competência abstracta e genérica para dirimir conflitos de tipo laboral). A Competência concreta do tribunal é o poder de julgar uma certa e determinada causa.

Os conflitos de jurisdição são resolvidos, nos termos do art. 116/1 CPC, pelo STJ ou pelo tribunal dos conflitos.

A competência internacional dos tribunais deve ser considerada em bloco e não neste ou naquele tribunal, o que quer dizer ou todos os tribunais tem competência internacional ou então nenhum tem, a conjugação dos art. 62,65 e 99 do CPC, resulta nos cinco princípios que definem a competência internacional dos tribunais portugueses, bastando que para tal se verifique alguns destes princípios.

Princípio da domiciliação os tribunais tem competência internacional sempre que o réu

ou algum dos réus tenha domicílio em território português (art. 65/2 CPC).

Princípio da coincidência a competência internacional dos tribunais portugueses

resulta da circunstância de a acção dever ser proposta em Portugal, segundo as regras da competência interna territorial estabelecidas pela lei portuguesa, as quais constam no art.73 e ss CPC.

Principio da causalidade os tribunais portugueses têm competência internacional

sempre que o facto que provoque a acção tenha sido praticado em território nacional, ou quando mais complexa pelo menos alguns dos factos tenham ocorrido em Portugal.

Principio da necessidade, os tribunais portugueses tem competência internacional

quando o direito invocado não possa se tornar efectivo senão por meio de acção proposta em tribunal português, para que tal aconteça é imprescindível que entre a acção a propor e o território Português exista um elemento ponderoso de conexão pessoal ou real.

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Princípio da consensualidade ou a vontade das partes previsto no art. 99 CPC,

segundo este preceito as partes podem atribuir aos tribunais portugueses competência internacional para determinadas questões, bem como priva-los de tal competência.

Competência Interna; a competência interna pode ser medida em quatro critérios o

da matéria, o da hierarquia, o do valor e da forma de processo e o do território.

O art. 66 prescreve que “são competência…..jurisdicional” , os tribunais judiciais de 1º instancia ,são consoante a matéria das causas que lhe são atribuídas, tribunais de competência genérica, que são os que julgam as causas que não tenham sido instauradas nos tribunais de competência especializada. Os tribunais de competência especializada existem pelo facto de que algumas matérias justificam a existência dos tribunais de competência especializada, é a particularidade de algumas matérias que resulta de um princípio de especialização, com toda as suas vantagens que lhe são inerentes; os tribunais de competência especializada são os enumerados no art. 78 da LOFTJ ; tribunal de instrução criminal, aos quais compete proceder á instrução criminal, decidir quanto à pronúncia e exercer as funções jurisdicionais relativas ao inquérito. Os tribunais de família com competência para preparar e julgar acções de separação de pessoas e bens e de divórcio litigioso, acções de alimentos entre conjugues, regular o exercício de poder paternal, entre outros relativos á família. Tribunais de menores com competência para decretar medidas aqueles que tenham completado 12 anos e antes de perfazerem 16, que tenham dificuldade de adaptação á vidam social normal, que tenham cometido crime por exemplo. Tribunais do trabalho para questões relacionadas com causas laborais. Tribunais de comércio com competência entre outras para as acções especiais de recuperação da empresa e de falência e as relativas ao exercício de direitos sociais. Tribunais marítimos com competência com questões ligadas ao mar e rios. Tribunais de execução de penas exercem a sua competência em matéria de execução de penas de prisão ou outras, concede ou revoga a liberdade condicional, e decide sobre a prestação de trabalho em favor da comunidade.

Competência interna em razão da hierarquia; os tribunais estão hierarquicamente dispostos, há tribunais de 1º instância (art.70 CPC) e de 2 º instancia (art. 71 CPC) e o supremo tribunal de justiça (art. 72 CPC). Na base da hierarquia está o de 1º instância é aqui nestes tribunais que se instauram as acções, nos tribunais de 2º instancia compete-lhes conhecer recursos interpostos de decisões proferidas pelos tribunais de 1º instancia. No topo da hierarquia, está o supremo tribunal de justiça, nos termos do art. 72CPC.

Competência interna em razão do valor e da forma de processo, é pelo

valor da causa e pela forma do processo aplicável que se determina a competência dos tribunais colectivos e dos tribunais singulares (art. 68 CPC).

Aos tribunais colectivos compete julgar as questões de facto nas acções de valor superior á alçada dos tribunais da relação, sem prejuízo dos casos em que a lei de processo exclua a sua intervenção. Os tribunais singulares têm competência para os processos em que não intervenha o tribunal colectivo, daqui assim resultam as seguintes consequências: as acções sumarias e sumaríssimas, porque os seus valores nunca excedem a alçada de 2º instancia, são sempre instauradas e julgadas em tribunal singular; nas acções ordinárias tendo em conta o seu valor, o julgamento da matéria de facto compete ao tribunal colectivo, todavia atendendo á parte final do art. 646/1 CPC, nestas acções, a intervenção do colectivo depende de requerimento nesse sentido. Relativamente á competência em razão da forma do processo o art. 69 CPC alude aos tribunais de competência especifica, são estes as varas cíveis, os juízes cíveis, os juízos de pequena instancia cível e os juízos de execução.

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São varas cíveis sendo estes tribunais de estrutura colectiva tem competência, para preparar, julgar as acções declarativa cíveis de valor superior há alçada do tribunal da relação, em que a lei preveja a intervenção do colectivo.

Os Juízos cíveis, estes são tribunais com estrutura singular, tem competência para preparar e julgar os processos cíveis não atribuídos às varas cíveis, nem aos juízos de pequena instância cível.

Os juízos de pequena instancia cível, estes também são tribunais de estrutura singular, tem competência para preparar e julgar acções, sumaríssimas e as acções especiais não previstas no CPC, cuja decisão não seja passível de recurso ordinário. Os juízos de execução aos quais cabe exercerem, no âmbito do processo executivo, as competências previstas no CPC.

Competência Interna em Razão do território, o território nacional está

dividido em distritos judiciais, círculos judiciais e comarcas, a lei fixa os factores que determinam em cada caso o tribunal territorialmente competente, tais factores constam dos art. 73 a 95 CPC, para os quais remete o art. 63 CPC.

O Foro Real, segundo o qual devem ser propostas acções relativas a direitos reais ou

pessoais de gozo sobre imóveis, prevista no art. 73 CPC.

O foro obrigacional de acordo com o qual as acções destinadas a exigir o cumprimento

de obrigações, indemnização pelo cumprimento ou não cumprimento.

Foro do autor, estabelece que as acções de divórcio e de separação de bens devem ser

instauradas no tribunal do domicílio ou de residência do autor.

Foro conexional segundo o qual a acção de honorários de mandatários judiciais ou

técnicos devem ser propostos no tribunal da causa em que foi prestado serviço.

Foro hereditário, ou sucessório consagra que o tribunal compete para o processo de inventário é o do lugar da abertura da sucessão (art. 77/1CPC).

Em determinadas situações as partes são admitidas a prevenir a competência territorial do tribunal (2ºparte do nº1 do art. 100 CPC). Competência convencional resulta de um acordo de sujeito aos seguintes requisitos: deve respeitar a forma do contrato fonte da obrigação, contanto que seja escrito (arts.100/2 e 99/4 CPC); deve designar as questões a que se refere ou especificar o facto jurídico susceptível de as originar (art.100/2 e 4 CPC); deve também indicar o tribunal que fica sendo competente art. 100/2CPC e por ultimo não deve versar sobre os casos previstos no art.110/1CPC.

Podemos dizer que o legislador tem em consideração a comodidade das partes, e por outro a vantagem proporcionada pela proximidade do juiz aos factos da causa, relativamente á comodidade das partes é salientado no foro do autor (art. 75 CPC), do foro geral (art. 85 CPC), do foro convencional (art. 100 CPC), a proximidade dos factos da causa, o foro real (art. 73 CPC), o foro obrigacional emergente de responsabilidade civil extracontratual (art. 74/2CPC) e parte do foro executivo (art. 90/1 e 94/2 CPC)

Pressupostos relativos ao objecto da causa

,

Aptidão da Petição Inicial a instancia inicia-se pela proposição da acção e esta considera-se instaurada, quando é recebida na secretaria (art. 267/1 CPC). A petição inicial quanto ao seu conteúdo, deve observar determinados requisitos, para ser considerada apta, caso contrario e á falta de requisitos a petição inicial é considerada inepta.

Os casos de ineptidão da petição estão previstos no art193/2 CPC; quando falte a indicação do pedido, a exacta formulação de um pedido, pois o tribunal só reconhece aquilo que se pede e na medida em que se pede, sem isso o juiz não tem condições para

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entender o autor pretende (art 661/1 CPC). Quando falte alegação de causa a pedir, a causa a pedir tem que ser invocada na petição, é necessário um relato concreto dos factos que fizeram surgir o direito invocado pelo autor. Quando o pedido indicado seja ininteligível, neste caso de ineptidão da petição inicial, há pedido formulado. Quando antagonismo entre o pedido e o respectivo fundamento. Quando se aleguem cumulativamente causas de pedir incompatíveis, Quando se formulem cumulativamente pedidos substancialmente incompatíveis, embora o art. 470 CPC, permita a cumulação de pedidos, mas com certas condições nomeadamente a compatibilidade substancial entre os pedidos formulados. A ineptidão da petição inicial é de tal modo grave que gera a nulidade de todo o processo (art. 193/1CPC). Por isso, a aptidão dessa peça constitui um verdadeiro pressuposto processual.

Não verificação da litispendência e do caso julgado

, está previsto nos art. 497 a 499 CPC, são pressupostos processuais de índole negativa, isto porque a verificação destes impede o regular desenvolvimento da instância. Tanto a litispendência como o caso julgado implicam a repetição da causa. Se duas ou mais causas estão pendentes simultaneamente há litispendência; se uma causa é proposta depois de a anterior ter sido definitivamente decidida, há caso julgado (art.497/1 CPC), o que distingue estas duas figuras é o momento em que se dá a repetição, a repetição da causa dá-se quando é proposta uma outra idêntica aquela art. 498/1 CPC.

Falta de pressupostos processuais:

Falta de pressupostos relativos às partes e seu eventual suprimento, a

falta de pressupostos processuais relativos às partes implica que o juiz deva abster-se de conhecer do mérito da causa e absolva o réu da instância (art.288/1 CPC), todavia a absolvição da instância não é o resultado natural da lide. Por isso na pendência da causa são reconhecidas às partes e ao tribunal diversos meios de suprir os vícios, (desde que estes sejam sanáveis) derivados da falta de pressupostos processuais, de modo a proporcionar uma decisão de mérito, daí que face á irregularidade de falta de um pressuposto processual, importe saber se o vício é sanável ou insanável.

Se este for insanável, o juiz não pode deixar de se abster de conhecer do mérito da

causa e absolver o réu da instância.

Se esta for sanável, podem-se desencadear os mecanismos tendentes a tal sanação.

A falta de personalidade jurídica, deriva da existência da pessoa jurídica, o vicio é insanável, porem o art. 8 CPC prevê um caso excepcional de sanação daquela falta. -A falta de capacidade judiciária, é sanável através da representação (poder paternal e tutela) ou da autorização (curatela). Com efeito o art. 10/1 CPC estabelece que os incapazes só podem estar em juízo por intermédio dos seus representantes, ou autorizados pelo curador. È importante saber se a incapacidade judiciária, é atribuída ao autor ou ao réu visto que as consequências processuais que daí advêm são diferentes. Respeitando á incapacidade do autor o juiz deve ordenar a notificação do representante legal, nos termos da segunda parte do art.24/2 CPC. Respeitando a incapacidade judiciaria ao réu, o juiz deve ordenar a citação do respectivo representante legal, nos termos da primeira parte do art. 24/2 CPC (e do art. 23/1 CPC) Não seria acertada a absolvição do réu da instancia, porque este embora incapaz passou a estar representado em juízo, justamente quando o seu representante legal foi citado para os efeitos dos art. 23 e 24 CPC, se assim não fosse estaria encontrada a forma de os incapazes jamais serem condenados, bastaria para isso que os seus representantes não os defendessem.

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A ilegitimidade pode ser singular ou plural; a ilegitimidade é singular pela sua própria natureza insanável, por isso conduzirá á absolvição do réu da instancia (art.288/1 d) CPC). A ilegitimidade plural, deriva da violação do litisconsorcio necessário, é suprível pela intervenção em juízo dos titulares da relação controvertida que não sejam originariamente partes. Esta intervenção pode ser provocada ou espontânea, a intervenção provocada decorre de uma citação, a qual é requerida pelo autor, ou por sua própria iniciativa (art. 320 a) e 325/1 CPC) ou na sequência de convite dirigido pelo juiz ao demandante para esse efeito art.265/2 CPC. Se o autor corresponder ao convite citado o terceiro, fica respeitado o litisconsórcio necessário e sanada a ilegitimidade plural, mesmo que o chamado não pratique qualquer acto em juízo art. 328/1CPC e a primeira parte da al a) do nº 2. Por sua vez a intervenção espontânea resulta da iniciativa do próprio interveniente (art. 320 e ss CPC).

-Falta de patrocínio judiciário obrigatório é sanável, com efeito o art.33 CPC refere que o juiz deve convidar a parte que viola, este pressuposto processual a constituir mandatário, dentro do prazo certo, art. 265/2 CPC, se a parte aceder ao convite, fica sanado o vicio e regularizada a instancia. Na hipótese contraria, a irregularidade preciste e conforme os casos resulta que o réu será absolvido da instância se a falta do patrocínio respeitar o autor; ficará sem efeito a defesa, se a falta de patrocínio respeitar ao réu; e não terá seguimento o recurso se a falta disser respeito ao recorrente.

-A falta de Interesse de agir é insanável

Falta de pressupostos relativos ao tribunal

O desrespeito pelas regras de competência dos tribunais gera a incompetência destes Há duas espécies de incompetências: a relativa e absoluta

A incompetência absoluta deriva da infracção das regras da competência

internacional, das regras da competência material e das regras da competência hierárquica (art. 101 CPC)

Esta incompetência pode ser arguida pelas partes ou suscitada oficiosamente pelo tribunal em qualquer estado do processo, enquanto não houver sentença passado em julgado (art. 102/1CPC) exemplo se for proposta num tribunal judicial uma acção para a qual é afinal competente um tribunal administrativo, estamos perante uma incompetência absoluta (em razão da matéria) cujo regime de arguição e conhecimento é previsto no art. 102/1CPC.

A incompetência absoluta é insanável, por isso uma vez detectada e declarada tem como efeito a absolvição do réu da instância (art.105 e 288/1 CPC).

A incompetência relativa resulta da violação das regras da competência

internacional, derivada da violação de um pacto privativo de jurisdição, das regras da competência interna em razão do valor e da forma do processo, e das regras da competência territorial (art. 108CPC). A incompetência relativa pode ser oficiosa ou inoficiosa.

È incompetência oficiosa aquela que deriva da violação das regras da

competência em razão do valor e da forma do processo (art.110/2 CPC), e das regras da competência territorial de que as partes não podem dispor (art.110/1 CPC), esta incompetência pode ser arguida pelo réu na contestação cabendo ao autor responder a tal arguição no articulado subsequente da acção (art.109 CPC). Por outro lado o juiz pode suscitar

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Em ambos os casos, a questão tem de mostra-se decidida até ao despacho saneador podendo nele ser incluída tal decisão quando o tribunal se declare competente (art. 110/3 primeira parte CPC).

A incompetência relativa inoficiosa resulta da violação de um pacto privativo de

jurisdição internacional e da infracção das regras de competência interna territorial de que as partes podem dispor (art. 75 e 77 CPC).

Falta de pressupostos relativos ao objecto da causa e seu eventual suprimento

A Ineptidão da petição inicial atenta á gravidade do vicio, não é susceptível de sanação, esta regra conhece todavia duas excepções uma legal e a outra de origem jurisprudencial.

Quanto á primeira art. 193/3 CPC, prescreve que sendo oferecida contestação, a arguição pelo réu da falta ou da ininteligibilidade do pedido ou da causa a pedir não será procedente quando ouvido o autor se verificar que o demando entendeu convenientemente a petição, trata-se portanto de uma sanação fundada num critério de lógica. Quanto à excepção de origem jurisprudencial, o STJ, através do assento 12/94 de 26/05/94 fixou a nulidade resultante de simples ininteligibilidade da causa a pedir, é sanável através de ampliação fáctica em réplica, se o processo admitir este articulado e respeitado que seja o princípio contraditório.

Referências

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