11. REGISTRADORES DE
DESLOCAMENTO
1. INTRODUÇÃO
• O flip-flop pode armazenar durante o período em que sua entrada clock for igual a 0, um bit apenas (saída). Porém, se necessitarmos guardar uma informação de mais de um bit, o flip-flop irá tornar-se insuficiente. Para isso utilizamo-nos de um sistema denominado Registrador de deslocamento (Shift Register). Trata-se de um certo número de flip-flops tipo JK mestre-escravo ligado de tal forma que as saídas de cada bloco sejam aplicadas nas entradas J e K respectivas do flip-flop seguinte, sendo o primeiro, com suas entradas ligadas na forma de um flip-flop tipo D;
• A figura abaixo representa um Registrador de Deslocamento generalizado para N + 1 bits:
1. INTRODUÇÃO
• Pelo fato de os flip-flops envolvidos atuarem como os do tipo D, este circuito, para facilitar, pode ser construído apenas com flip-flops do tipo D;
• A figura abaixo mostra a mesma estrutura geral, porém composta apenas com flip-flops tipo D:
2. CONVERSOR
SÉRIE-PARALELO
• Chamamos de informação paralela a uma informação na qual todos os bits se apresentam simultaneamente. Uma informação paralela necessita tantos fios quantos forem os bits contidos nela, além, logicamente, do fio referencial do sistema (terra);
• Exemplo uma informação de 4 bits:
I
3I
2I
1I
01 0 1 0
• Notamos que esta informação necessita de 4 fios para ser transmitida ou inserida no bloco.
• Informação série é aquela que utiliza um fio, sendo que os bits de informação vem sequencialmente, um após o outro;
• Vamos exemplificar utilizando a mesma informação de 4 bits:
I
3I
2I
1I
01 0 1 0
• Notamos que esta informação necessita de 1 fio para ser transmitida ou inserida no bloco.
2. CONVERSOR
SÉRIE-PARALELO
• O Registrador de Deslocamento pode ser utilizado para converter uma informação série em paralela, ou seja, funcionar como Conversor Série-Paralelo; • A configuração básica nessa situação, para uma informação de 4 bits é vista
abaixo:
2. CONVERSOR
SÉRIE-PARALELO
• Como exemplo, vamos aplicar a informação série I = 1010 (I3 I2 I1 I0) à entrada série do registrador e analisar as saídas Q0, Q1, Q2 e Q3, após os pulsos de clock. Deve-se ressaltar que estes flip-flops atuam como mestre-escravo e tem sua comutação no instante da descida do pulso de clock;
• Entraremos com a informação (1010), na entrada série, e os pulsos de clock na respectiva entrada (CK).
2. CONVERSOR
SÉRIE-PARALELO
• Supondo que, inicialmente, as saídas Q3, Q2, Q1 e Q0 do registrador estejam em nível 0. Ao ser injetado na entrada o 1º bit de informação (I0 = 0) e houver a descida do pulso de clock, o flip-flop 3 irá apresentar na saída 0 (D3 = 0 → Q3 = 0). Após este pulso de clock, aparecerá na entrada, o bit seguinte de informação (I1 = 1) e na descida do 2º pulso de clock, teremos a passagem de I0 para o flip-flop 2 (D2 = 0 → Q2 = 0) e Q3assumirá o valor do bit de informação I1 (entrada série = D3 = 1 → Q3 = 1);
• Após a descida do 3º pulso de clock, ficaremos com a seguinte situação: ➢ Q1 = 0 (D1 = Q2 = 0 → Q1 = 0);
➢ Q2 = 1 (D2 = Q3 = 1 → Q2 = 1) e; ➢ Q3 = 0 (D3 = I2 = 0 → Q1 = 0).
2. CONVERSOR
SÉRIE-PARALELO
• Após a descida do 4º pulso de clock, ficaremos com a seguinte situação: ➢ Q0 = 0 (D0 = Q1 = 0 → Q0 = 0);
➢ Q1 = 1 (D1 = Q2 = 1 → Q1 = 1); ➢ Q2 = 0 (D2 = Q3 = 0 → Q2 = 0) e; ➢ Q3 = 1 (D3 = I2 = 1 → Q1 = 1).
• Notamos que, após o 4º pulso de clock, a informação I estará armazenada no registrador de deslocamento e aparecerá nas saídas Q3, Q2, Q1 e Q0 como sendo uma informação paralela;
• Tabela verdade: Informação Descidas do clock Q3 Q2 Q1 Q0 I0= 0 1º 0 0 0 0 I1= 1 2º 1 0 0 0 I2= 0 3º 0 1 0 0 I3= 1 4º 1 0 1 0
2. CONVERSOR
SÉRIE-PARALELO
3. CONVERSOR
PARALELO-SÉRIE
• Para entrarmos com uma informação paralela, necessitamos de um registrador que apresente entradas Preset e Clear, pois é através destas que fazemos com que o Registrador armazene a informação paralela:
• Primeiramente, vamos estudar o funcionamento da entrada ENABLE. Quando a entrada enable estiver em 0, as entradas preset (PR) dos flip-flops assumirão, respectivamente, níveis 1, fazendo com que o registrador atue normalmente. Quando a entrada enable for igual a 1, as entradas preset dos flip-flops assumirão os valores complementares das entradas PR3, PR2, PR1e PR0, logo, os flip-flops irão assumir os valores que estiverem, respectivamente, em PR3, PR2, PR1e PR0.
• Vamos analisar uma célula do registrador:
3. CONVERSOR
PARALELO-SÉRIE
• Para zerar (clear) o flip-flop (Q3 = 0), vamos inicialmente, aplicar nível 0 à entrada clear;
• Com enable = 0, a entrada PR do flip-flop irá assumir nível 1 e este irá ter um funcionamento normal como célula do registrador de deslocamento em questão, mantendo a saída no estado em que se encontra;
• Com enable = 1 e PR3 = 0, a entrada PR do flip-flop assumirá nível 1, logo, a saída Q3 manterá o seu estado (Q3 = 0). Com enable = 1 e PR3 = 1, a entrada PR do flip-flop assumirá nível 0, forçando a saída a assumir nível 1 (Q3 = 1);
• Após esta análise, concluímos que, se zerarmos o registrador (aplicando 0 à entrada clear), e logo após introduzimos a informação paralela (I3, I2, I1 e I0) pelas entradas PR3, PR2, PR1 e PR0, as saídas Q3, Q2, Q1 e Q0 assumirão respectivamente os valores da informação. Essa maneira de entrarmos com a
3. CONVERSOR
PARALELO-SÉRIE
• Para que o registrador de deslocamento funcione como Conversor Paralelo-Série, necessitamos zerá-lo e em seguida, introduzir a informação, como já descrito, recolhendo na saída Q0 a mesma informação de modo série. É fácil de notar que a saída Q0 assume primeiramente o valor I0 e a cada descida do pulso de clock, irá assumir seqüencialmente os valores I1, I2 e I3.
3. CONVERSOR
PARALELO-SÉRIE
4. REGISTRADOR DE ENTRADA
SÉRIE E SAÍDA SÉRIE
• Podemos utilizar o registrador de deslocamento com entrada série e o conseqüente armazenamento da informação no mesmo, e recolher a informação também de modo série. Notamos que nessa aplicação, após a entrada da informação, se inibirmos a entrada de clock, a informação permanecerá no registrador até que haja uma nova entrada. Assim sendo, é fácil observar que o registrador funcionou como uma memória. A entrada de informação série se faz na entrada série do registrador e pode ser recolhida na saída Q0 do registrador.
5. REGISTRADOR DE ENTRADA
PARALELA E SAÍDA PARALELA
• A entrada paralela, como já visto, se faz através dos terminais de preset e clear. Se inibirmos a entrada de clock, a informação contida no registrador pode ser acessada pelos terminais de saída Q3, Q2, Q1 e Q0.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1 - A partir dos sinais aplicados às entradas, esboce as formas de onda das saídas para o Registrador de Deslocamento de 4 bits, abaixo:
EXERCÍCIO RESOLVIDO
• Para solucionar, vamos considerar cada descida de clock e verificar, a partir da entrada série (ES), o nível de saída registrado em cada bloco anterior, sendo o registrador inicialmente zerado pela forma de onda da entrada clear.