1ClementedeFaria

Edif

í

cio Clemente de Faria

Ana Caroline Fonseca Moura Bernardo Augusto

Bobes Halleys

Camila Aparecida Silva Danielhe Delmaschio José Sandro Ferreira Patricia Amaro

1.1-IDENTIFICAÇÃO

- Edifício Clemente de Faria, antiga sede do Banco da Lavoura de Minas Gerais (hoje Banco Real/Santander).

Ano: Projeto – 1946 / Construção 1951 a 1954 Arquiteto: Álvaro Vital Brazil

Endereço: Praça Sete, centro de Belo Horizonte

Edifício Clemente de Faria. Fonte: Acervo do

grupo Em destaque, a posição

do Edifício no centro de BH. Fonte: Google Maps

1.2 -ÁLVARO VITAL BRAZIL

• Álvaro trabalhou como engenheiro nas firmas Dolabela Portela e

Cia Ltda. E A. Baumann e Cia, foi Chefe do Departamento de

Engenharia do Serviço Especial de Mobilização e transporte para a Amazônia

1.3 -ÁLVARO E SUA ARQUITETURA

•

Suas obras são consideradas:puristas, objetivas, claras,

sintéticas, agradáveis, racionais.

•

Sua arquitetura assenta em rigorosa pesquisa do programa,

dos meios de produção e das exigências do terreno.

•

O arquiteto procurava inserir o projeto de forma calma,

discreta e clara no conjunto urbano, evitando um destaque

injustificado.

"(...) com edifícios cuja polida urbanidade determina uma existência quase anônima na paisagem construída. Verdadeiros marcos de silêncio no cotidiano ruidoso dessas cidades – São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Niterói –, suas obras são referências importantes do Movimento Moderno de Arquitetura no Brasil, circunscrevendo uma trajetória e uma produção raras por sua originalidade, coerência e rigor“ Arquiteto Roberto Canduru, texto “Razão e Civilidade”

2-CONTEXTO HISTÓRICO

•

Durante o

pós-guerra, as grandes

cidades começaram

a se verticalizar,

surgindo prédios

altos que se

destacavam na

paisagem.

Havia grande preocupação em construir com uma

racionalidade técnica, impulsionado pelo avanço técnico da época.

O aspecto principal dessa racionalidade técnica é,

justamente, a eficiência. Esta eficiência significa realizar a análise cuidadosa das

necessidades de espaços

arquitetônicos e averiguar as possibilidades materiais de solucioná-las através da

mediação entre necessidades e recursos técnicos. O que não deixa de ser influência de Le Corbusier.

2.1 - CONTEXTO HISTÓRICO – ARQUITETOS

RELEVANTES

• Arquitetos influentes na década de 50-60:

- Le Corbusier

- Mies van der Rohe

- Oscar Niemeyer - F.L. Wright Entre outros Oscar Niemeyer, www.guiaconstruirereformar.co m.br/mostra_obra...

Mies van der Rohe,

arqportelinha.blogspot.com Le Corbusier, serurbano.wordpress.com/.../le -corbusier/ F.L. Wright, www.usconsulate.org.hk/pas/kids/ar tist.htm

3 – CONCEPÇÃO/ INTENÇÕES

COMPOSITIVAS

Como cita o autor, no livro “Álvaro Vital Brazil: 50 anos de arquitetura”: “Um Banco não é obviamente uma construção comercial comum e por isso merece uma emblemática que alie a arquitetura a escultura.”

O edifício comercial implantado sobre terreno triangular em uma importante esquina na área central de Belo

Horizonte, condicionado por algumas características especiais de projeto, cuja solução sóbria e simples estão enraizadas no racionalismo moderno eu tomava forma na época. O arquiteto, cujas obras o primam pelo objetivismo, concebe uma edificação limpa de

exagero, de linhas retas e fachadas envidraçadas que se inserem de forma discreta mantendo certa conformação com o entorno.

4 - O ENTORNO

1974

Praça sete em 1974 – Fonte: www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=831846

Antes era um dos edifícios mais altos, hoje os edifícios construídos estão no mesmo acompanhando seu alinhamento vertical.

Praça sete em 2004 – Fonte: www.skyscrapercity.com

4.1 - ENTORNO – COMPARAÇÕES

DÉCADA DE 70 E ANOS 2000´s

Mesmo com a preservação da horizontalidade do atual prédio UAI (Antigo Psiu) e prédio do cine teatro Brasil. Fica claro a maioria de edificações verticalizadas no entorno.

Imagem Livro

4.2 - ACESSOS

Demarcados em vermelho os acesso de pessoas.

Não foi previsto nem adaptado acesso de veículos ao interior da

edificação.

Atualmente quem se desloca para o edifício deve estacionar o carro na Avenida Afonso Pena ou em ruas próximas e

acessar o interior do prédio pelas portarias de

acesso de pessoas.

5 – PLANTAS, CORTES/ ESQUEMAS DE

ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL

Á esquerda,fachada

nordeste, Avenida Afonso Pena. Fonte: Brazil,

Álvaro. 50 anos de arquitetura. São Paulo, Nobel, 1986

À direita, fachada noroeste, Rua Rio de Janeiro. Fonte: Brazil, Álvaro. 50 anos de

arquitetura. São Paulo,

Nobel, 1986

Diagrama

demonstrativo da

orientação solar. Fonte: Acervo do grupo

Planta- 1º Pavimento 1- Instalação sanitária 2- Sala auxiliar 3- Gerência 4- Sala de espera 5- Circulação do banco 6- Portaria 7- Expediente 8- Caixas 9- Movimento do público 10- Entrada do edifício 11- Entrada para subsolo

Planta – Pavimento tipo

1- Instalação sanitária 2- Salas 3- Hall 4- Instalação sanitária 5- Poço 6- Instalação sanitária

Plantas do Pavimento Edifício Clemente de Faria

Imagens 6 e 7: Plantas Edifício Clemente Faria. Fonte: Fonte: Brazil, Álvaro. 50 anos de arquitetura. São Paulo, Nobel, 1986

O quebra sol, conforme a hora do dia produz um belo efeito de luz e sombra devido o enquadramento de ferro das chapas de amianto-cimento que foi dispensado. Foram realizadas varias experiências para comprovar a sua resistência ao vento. Após a inauguração do prédio esse quebra sol foi largamente empregado em outros edifícios como o conjunto Kubitschek, Hospital da Universidade Federal.

Desenho esquemático do “quebra-sol” (ou brise), instalado na fachada do prédio. Fonte: Brazil, Álvaro. 50 anos de arquitetura. São Paulo, Nobel, 1986

Saguão de atendimento, agência bancária, térreo. Esculturas de Alfredo Ceschiatti. Fonte: Fonte: Brazil, Álvaro. 50 anos de arquitetura. São Paulo, Nobel, 1986

Estátuas do escultor mineiro Alfredo Ceschiatti (1918-1989)

Representação da Justiça.

Escultura de Alfredo Ceschiatti. Brasília .

“Anjo", de Alfredo Ceschiatti, em bronze dourado

Catedral de Brasilia

"Irmã" Alfredo Museu de Arte Moderna de São Paulo

Palácio da Alvorada ao anoitecer

Perspectiva, anteprojeto, ainda com

Conforto termo

acústico: O excesso dessa insolação

durante o dia deixa o edifício muito quente, e como o edifício está localizado na região central onde os níveis de ruídos para o

conforto acústico são ruins. As janelas das salas, principalmente dos andares mais

baixos ficam

fechadas tendo que utilizar da ventilação artificial.

Luminosidade: As

fachadas envidraçadas do edifício recebem uma grande insolação direta durante boa parte do dia. O ambiente fica muito claro, essa

claridade não é muito agradável para todas as salas, que tem cortinas para tampar o sol. E essas cortinas

escurecem as salas

tendo que se utilizar da iluminação artificial para torna a luminosidade

adequada.

SEMTA – Serviço Especial de Mobilização dos trabalhadores para a Amazônia Estação Aeroviária de Belém BDMG – Agência Natal BDMG – Agência Recife BDMG – Agência Maceió Edifícios de Apartamentos, BH

Urbanização São Pedro da Aldeia, RJ

SEMTA: Serviço Especial de Mobilização dos trabalhadores para a

Amazônia. Neste, o arquiteto buscou aproveitar os elementos da vegetação para a construção de grandes pavilhões

de administração e casas, pavilhões econômicos e ecológicos, adaptados as

condições regionais

À esquerda, vista aérea do SEMTA. À direita, detalhe da construção Fonte:Vital Brazil. 2000, Cosaf e Nacif Edições

Estação Aeroviária de Belém. Estrutura em madeira, com as chapas onduladas em amianto-cimento visando o aproveitamento máximo da ventilação.

Com as faces principais orientadas no sentido norte-sul, os amplos beirais as

protegem de toda a insolação

Croquis vistas aérea e interna da

estação.Fonte:Vital Brazil. 2000, Cosaf e Nacif Edições

Banco da Lavoura de Minas Gerais AS – Agência Natal. Tendo em vista o

clima, procurou-se proteger as elevações com um quebra- sol (brise)

de concreto fixo vertical e máxima ventilação transversal por meio de

galerias centrais ventiladas.

Banco da Lavoura de Minas Gerais – Agência Natal.

Fonte: Brazil, Álvaro.

50 anos de

arquitetura. São

Banco da Lavoura de Minas Gerais AS – Agência Maceió. O banco ocupa toda a frente da rua do Comércio, com o pavimento térreo, uma sobreloja mais

dois pavimentos. A frente da rua Luís Pontes de Miranda é ocupada por uma loja e a respectiva sobreloja, e por

quatro apartamentos destinados a funcionários do banco.

Banco da Lavoura de Minas Gerais – Agência Maceió, vista parcial frontal. Fonte: Brazil, Álvaro.

50 anos de

arquitetura. São

Banco da Lavoura de Minas Gerais AS – Agência Recife. Este edifício se

caracteriza, pela malha, em suas fachadas, de uma colméia executada em concreto pré-fabricado. Funcional,

evita o sol e facilita a ventilação, atendendo assim ao clima da região.

Banco da Lavoura de Minas Gerais –

Agência Recife. À direita, vista aérea. Fonte: Brazil, Álvaro.

50 anos de

arquitetura. São

Edifício de Apartamentos, belo Horizonte. Note-se a preocupação básica do arquiteto: situar o bloco dentro da melhor orientação solar, com

todas as salas e quartos voltados para o nascente. A face poente é protegida

por quebra-sol e área da serviço

Vista geral do edifício. Fonte: Brazil, Álvaro. 50

anos de arquitetura.

São Paulo, Nobel, 1986

Urbanização de São Pedro da Aldeia, Rio de Janeiro. O projeto propõe dragar o curso natural das águas,

propiciando a passagem de

embarcações de recreio para o interior da lagoa, além de favorecer a entrada de muito maior volume de água do mar.

Planta esquemática do projeto. À direita, vista aérea da

região. Fonte: Brazil, Álvaro. 50 anos de

arquitetura. São

A solução apresentada resultou do partido adotado, que dividiu o terreno por uma rua, deixando os edifícios bem

iluminados e ventilados e com bom aproveitamento da área disponível,

tudo de acordo com a legislação municipal da época.

Vista parcial do edifício Esther. À direita, geral do prédio e seu entorno imediato. Fonte: Brazil, Álvaro. 50

anos de arquitetura.

São Paulo, Nobel, 1986

Conclusão:

O edifício Clemente Faria possui papal de

destaque na arquitetura dos anos 50 na capital

mineira.

Com sua localização privilegiada ( na praça 7 de

setembro, marco do centro da cidade), o edifício foi

um dos mais altos na época de sua construção,

servindo de parâmetro para os demais prédios do

entorno que foram surgindo ao longo do tempo.

Algumas soluções arquitetônicas adotadas pelo

arquiteto como o quebra-sol usado pra melhorar o

conforto térmico e a iluminação interna, serviram de

exemplo para vários arquitetos, sendo usados em

muitos prédios da época.

Bibliografia

• Revista Vivercidades on-line

http://www.vivercidades.org.br/publique_222/web/cgi/cgilua.ex e/sys/start.htm?infoid=1491&sid=22 11/03/2010

• Portal wikipédia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lvaro_Vital_Brazil

• Livro : Alvaro Vital Brasil ( 50 anos de Arquitetura ) • http://www2.nelsonkon.com.br

• CONDURU, 2000; MINDLIN, 2000. • www.arcoweb.com.br/

• www.espacoarte.com.br • itaucultura.org.br