Integração de tecnologias para mobilidade urbana: proposta de sistema digital para estacionamentos rotativos.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS ARARANGUÁ

GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Leonardo Paulino Nunes Rodrigo Cardoso Rufino

INTEGRAÇÃO DE TECNOLOGIAS PARA MOBILIDADE URBANA: PROPOSTA DE SISTEMA DIGITAL PARA ESTACIONAMENTOS ROTATIVOS.

Araranguá 2019

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Leonardo Paulino Nunes Rodrigo Cardoso Rufino

INTEGRAÇÃO DE TECNOLOGIAS PARA MOBILIDADE URBANA: PROPOSTA DE SISTEMA DIGITAL PARA ESTACIONAMENTOS ROTATIVOS.

Dissertação submetida a Graduação em Tecnologias da Informação e Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina para a obtenção do título de Bachare-lado em Tecnologias da Informação e Comunicação. Orientador: Prof. Giovani Mendonça Lunardi, Dr.

Araranguá 2019

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Nunes, Leonardo Paulino

Integração de tecnologias para mobilidade urbana: proposta de sistema digital para estacionamentos rotativos / Leonardo Paulino Nunes ; Rodrigo Cardoso Rufino ; orientador, Giovani Mendonça Lunardi, 2019.

72 p. : il.

Bibliografia: p. 68-71

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Centro de Ciências, Tecnologias e Saúde, Graduação em Tecnologias da Informação e Comunicação, Araranguá, 2019.

1. Tecnologias da Informação. 2. Mobilidade urbana. 3.Estacionamento digital. I. Rufino, Rodrigo Cardoso. II. Lunardi, Giovani Mendonça. III. Universidade Federal de Santa Catarina. Graduação em Tecnologias da Informação e Comunicação. III. Título.

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À Amanda Baltazar Nunes, in memorian, pelo amor e cari-nho em sua curta passagem neste plano. Dedico aos meus colegas de classe e aos nossos queridos pais.

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Agradecimentos

A Deus, por estar ao nosso lado, até nos momentos em que deslizamos e pensamos que não iriamos conseguir, sem a ajuda dele, não teriamos conseguido chegar até aqui.

A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte superior, eivado pela acendrada confiança no mérito e ética aqui presentes.

Ao nosso orientador Prof. Dr. Giovani Mendonça Lunardi, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos.

Aos nossos pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.

E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação, o nosso muito obrigado.

Agradeço a todos nossos professores por nos proporcionar o conhecimento não apenas racional, mas na manifestação do caráter, afetividade e da educação no processo de formação profissional, por tanto que se dedicaram por nós, não somente por terem nos ensinado, mas por terem nos feito aprender, a esses professores dedicados aos quais sem nominar terão os nossos eternos agradecimentos.

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“Não vos amoldeis às estruturas deste mundo, mas transformai-vos pela renovação da mente, a fim de distinguir qual é a vontade de Deus: o que é bom, o que lhe é agradável, o que é perfeito." (Bíblia Sagrada, Romanos 12, 2)

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Resumo

No atual contexto das cidades, os problemas da mobilidade urbana vem se agravando, de-vido ao crescimento descontrolado do número de veículos individuais transitando nas vias, geralmente saturadas nos horários de pico, aliado à diminuição da demanda do sistema de transporte público urbano, por conta do individualismo dos cidadãos, gera diversos problemas na mobilidade urbana de milhões de pessoas. Esta pesquisa em questão, visa propor uma solução tecnológica para um problema na mobilidade urbana do município de Araranguá - SC, específicamente no atual sistema de Estacionamento Rotativo do municí-pio. A proposta foi feita com base em dados levantados em uma pesquisa bibliográfica e documental, determinando o objeto de estudo, fazendo uma pesquisa qualitativa e quanti-tativa, por meio da aplicação de um questionário online. Após a análise do questionário aplicado, onde algumas pessoas responderam a perguntas sobre o Estacionamento Ro-tativo, obteve-se resultados satisfatórios para a proposta em questão. Por fim, conclui-se que a proposta é viável e que traria um alívio para os problemas identificados no atual sistema Rotativo municipal.

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Abstract

In the current context of cities, the problems of urban mobility have been aggravated due to the uncontrolled growth in the number of individual vehicles moving on the roads, usually saturated at peak times, coupled with the decrease in demand for the urban public transport system, due to citizens’ individualism, generates several problems in the urban mobility of millions of people. This research aims to propose a technological solution to a problem in the urban mobility of the municipality of Araranguá - SC, specifically in the current rotary parking system of the municipality. The proposal was based on data collected in a bibliographic and documentary research, determining the object of study, making a qualitative and quantitative research through the application of an online questionnaire. After the analysis of the applied questionnaire, where some people answered questions about the Rotating Parking, satisfactory results were obtained for the proposal in question. Finally, it is concluded that the proposal is viable and would bring relief to the problems identified in the current municipal revolving system.

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Lista de figuras

Figura 1 – Mobilidade, inclusão e direito a Mobilidade . . . 14

Figura 2 – Quantidade de Carros por Habitante nas Capitais Brasileiras . . . 15

Figura 3 – Ilustração mostrando o contexto onde se apresenta a necessidade da disponibilidade de índices e indicadores para mobilidade urbana. . . 16

Figura 4 – Fluxograma - Etapas da pesquisa . . . 20

Figura 5 – Impactos do Transporte sobre a Sustentabilidade. . . 24

Figura 6 – United Parcel Service . . . 27

Figura 7 – Integração de tecnologias com servidores Cloud . . . 29

Figura 8 – Cidades Inteligentes . . . 31

Figura 9 – Tela do inicial do aplicativo Uber . . . 33

Figura 10 – Mapa com local dos patinetes e bicicletas disponiveis no aplicativo Yel-low em Sao Paulo - SP . . . 34

Figura 11 – Mapa com trajetória de destino da corrida em Araranguá - SC . . . 36

Figura 12 – Buser é o aplicativo que oferece passagens de ônibus por meio do sistema de fretamento coletivo . . . 37

Figura 13 – Tela inicial do Google Maps . . . 39

Figura 14 – Configuração da rota diária . . . 40

Figura 15 – Tela inicial do Waze e Envio de alertas para outros usuários do Aplicativo 41 Figura 16 – Foto histórica do centro do município em meados dos anos do século XIX 42 Figura 17 – Ilustração mostrando o contexto atual da Cidade . . . 44

Figura 18 – Cartão de Estacionamento utilizado no atual sistema rotativo municipal 45 Figura 19 – Aviso de Irregularidade emitido pelos monitores . . . 46

Figura 20 – Recibo após regularização da multa aplicada . . . 46

Figura 21 – Dados sobre a área onde será implementado o sistema de Estaciona-mento Rotativo . . . 48

Figura 22 – Mapa de localização do Estacionamento Rotativo Municipal . . . 49

Figura 23 – Texto explica propósito do questionário . . . 50

Figura 24 – Dados etários coletados na pesquisa . . . 51

Figura 25 – Opinião sobre o atual sistema rotativo munícipal . . . 52

Figura 26 – Opinião sobre acessibilidade do sistema atual . . . 53

Figura 27 – Opinião sobre utilização de um aplicativo virtual em contrapartida com o modelo atual . . . 54

Figura 28 – Opinião sobre solução tecnológica . . . 55

Figura 29 – Estacionamento Digital Rotativo - Zona Azul . . . 56

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Figura 31 – Cadastro da placa do veículo e tela principal do aplicativo . . . 58

Figura 32 – Menu de recursos e informações legais sobre o Estacionamento Digital 59 Figura 33 – Tela de login do aplicativo Fácil Estacionar . . . 60

Figura 34 – Tela de cadastro do aplicativo . . . 61

Figura 35 – Municípios onde o aplicativo está disponível . . . 62

Figura 36 – Formas de pagamento disponíveis no aplicativo . . . 63

Figura 37 – Tela de Cadastro e Login do ESTAPAR . . . 64

Figura 38 – Tele principal do aplicativo ESTAPAR . . . 66

Figura 39 – Aquisição de creditos no aplicativo . . . 67

Figura 40 – Utilizando a Zona Azul no ESTAPAR . . . 68

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Lista de abreviaturas e siglas CAD Cartão Azul Digital

DENATRAN Departamento Nacional de Trânsito GPS Global Position System

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica IoT Internet das Coisas

IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

LTE Long Term Evolution

ORION On-Road Integration Optimization and Navigation

PDV Pontos de Venda

P e D Pesquisa e Desenvolvimento PMU Política de Mobilidade Urbana

PNMU Política Nacional de Mobilidade Urbana TED Transferência Eletrônica Disponível UFSC Universidade Federal de Santa Catarina

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Sumário

1 INTRODUÇÃO . . . . 14

1.1 MOBILIDADE URBANA NO BRASIL . . . 15

1.2 MOTIVAÇÃO E JUSTIFICATIVA . . . 16 1.3 PROBLEMA DE PESQUISA . . . 18 1.4 OBJETIVOS . . . 19 1.4.1 Objetivo Geral . . . 19 1.4.2 Objetivos Específicos . . . 19 1.5 METODOLOGIA . . . 19

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO . . . 21

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . 22

2.1 SITUAÇÃO DA MOBILIDADE EM UM CONTEXTO GERAL . . . 23

2.1.1 Legislação de Mobilidade Nacional . . . . 24

2.1.2 Legislação de Mobilidade Estadual . . . 26

2.1.3 SEMANA ESTADUAL DE MOBILIDADE URBANA . . . 26

2.2 AVANÇO DAS TECNOLOGIAS NA MOBILIDADE URBANA . . . 26

2.2.1 Internet das Coisas . . . 26

2.2.2 Big Data . . . . 27

2.2.3 Machine Learning . . . . 27

2.2.4 Cloud Computing . . . 28

2.2.5 Redes Móveis . . . 29

3 PRINCIPAIS TECNOLOGIAS VOLTADAS A MOBILIDADE URBANA . 32 3.1 APLICAÇÃO DE TECNOLOGIAS NA MOBILIDADE URBANA . . . 32

3.1.1 Uber . . . 32

3.1.2 Yellow . . . . 34

3.1.3 99Taxi . . . 35

3.1.4 Buser . . . 36

3.1.5 Como funciona o fretamento colaborativo . . . . 37

3.1.6 Google Maps . . . 39

3.1.7 Waze . . . 40

4 ESTUDO DE CASO, MOBILIDADE URBANA EM ARARANGUÁ E A PROPOSTA DE SOLUÇÃO . . . 42

4.1 UM BREVE HISTÓRICO DE ARARANGUÁ . . . 42

4.1.1 Contexto Araranguaense . . . 43

4.2 SISTEMA DE MOBILIDADE URBANA MUNICIPAL . . . 43

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4.2.2 Alguns problemas relatados sobre esse modelo de estacionamento 47

4.2.3 Área atuante do sistema de Estacionamento Rotativo . . . . 47

4.3 EXEMPLOS DE ALGUNS APLICATIVOS DISPONÍVEIS PARA ESTACI-ONAMENTOS DIGITAIS . . . 56

4.3.1 Estacionamento Digital Zona Azul . . . 56

4.3.2 Fácil Estacionar . . . 60

4.3.3 ESTAPAR Vaga Inteligente . . . . 64

4.4 SOLUÇÃO MAIS ADEQUADA . . . 70

4.4.1 A importância de um estacionamento digital . . . . 71

5 CONCLUSÃO . . . 72

5.1 TRABALHOS FUTUROS . . . 72

5.2 LIMITAÇÕES DO TRABALHO . . . 72

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Capítulo 1. Introdução 15

aumento do uso de transportes individuais em detrimento da utilização de transportes coletivos, embora esses últimos também encontrem dificuldades com a superlotação.

Figura 2 – Quantidade de Carros por Habitante nas Capitais Brasileiras

Fonte: PENA (2019)

Os deslocamentos da população estão sendo analisados para visar mudanças na mobilidade urbana e torna-lá mais sustentável, mais econômica e também mais acessível no ambito geral. Seu objetivo é preencher o tempo ocioso dentro dos meios de transportes publicos. O exemplo acima mostra um pouco em números expressívos a situação atual da mobilidade nas princípais capitais do País.

1.1 MOBILIDADE URBANA NO BRASIL

O Brasil é um dos países que mais sofre com problemas de mobilidade urbana, justamente por ter um histórico de planejamento urbano baseado no modelo rodoviário, ou seja, existe pouco ou nenhum investimento nos transportes pluviais, ferroviários e marítimos.

As grandes capitais brasileiras são as que mais sofrem com a crise na mobilidade urbana, como a cidade de São Paulo, por exemplo. De acordo com uma pesquis realizada pelo IBOPE, estima-se que o paulistano passa até 45 dias por ano parado no trânsito, um número absurdo para quem procura qualidade de vida (BORGES, 2019).

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que a sociedade enfrenta com o desenvolvimento urbano acelerado e desordenado ocor-rido no país.

Além disso, a pesquisa apresenta outras opções que seriam de incentivo ao uso de meios de transporte alternativos e não poluentes, como as bicicletas, por exemplo. Todavia, para que isso seja possível, os governos precisam investir na construção de ciclo faixas e ciclovias com qualidade.

O grande desafio é melhorar a qualidade de vida da população devido ao cres-cimento do número de veículos individuais transitando nas vias, geralmente saturadas nos horários de pico, aliado à diminuição da demanda do sistema de transporte público urbano.

Na pesquisa levantada, observa-se que muito se tem discutido sobre métodos de resoluções dos problemas de mobilidade no país e no mundo. O transporte público, tem se difundindo na literatura como um meio muito importante para o alívio do caos urbano. Portanto esta pesquisa procura revisar o assunto sobre a mobilidade urbana, define os tipos de modalidades de transporte praticados no meio urbano, demonstrando alter-nativas ao transporte coletivo e não motorizado, trazendo alguns exemplos praticados no Brasil e no mundo.

Sendo assim, à respeito do desenvolvimento acadêmico científico, este trabalho oferece contribuições ao apresentar o problema da mobilidade urbana e estudá-lo na cidade de Araranguá, propor a implantação de um estacionamento digital utilizando as novas tecnologias que hoje se fazem presente.

Na elaboração da proposta do trabalho efetuou-se um questionário de aplicação dos usuários do estacionamento rotativo, na região central da cidade, onde o estaciona-mento funciona, o que permite gerar conclusões, acerca da melhor forma de elaboração para aplicar um novo modelo, com a migração do estacionamento rotativo analógico que existe hoje para um meio digital, que já e muito utilizado hoje e ampliar a visão de futuras pesquisas acadêmicas.

A mobilidade urbana é algo fundamental a todas as cidades do mundo, isso porque é ela que propicia as atividades comerciais, industriais, educacionais e recreativas. Além disso, sem ela, não seria possível existir o desenvolvimento urbano. Sendo assim, o transporte urbano é tão importante para a qualidade de vida da população, quanto os serviços básicos do cidadão, como o de água, esgoto e energia elétrica (FERRAZ, 2004).

Boareto menciona que "Infelizmente o desenvolvimento se deu de forma desor-ganizada, na maioria das cidades do país, o que está sendo refletido nos problemas de deslocamento, acidentes, congestionamentos, desperdício de energia e aumento da frota de veículos individuais (BOARETO, 2008)".

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Portanto uma das principais características deste trabalho são: explorar soluções de inovação tecnológica para a mobilidade urbana no município de Araranguá e elaborar recomendações para estimular sua melhoria. Devido à complexidade do tema, serão abor-dados os principais desafios para o planejamento da mobilidade urbana em Araranguá.

1.3 PROBLEMA DE PESQUISA

Com tantos carros nas ruas e uma infraestrutura carente, as políticas de mobilidade urbana precisam tornar as cidades mais inteligentes e sustentáveis, já que a econômia também enfrenta o ônus da dificuldade de deslocamento.

Isso inclui não apenas o tempo gasto no trânsito, como também as consequên-cias para a população, que vivencia desde problemas de saúde e estresse pelo tempo desperdiçado, até mesmo dificuldade de acesso a direitos essenciais.

Outro problema comum na cidade é a falta de padronização das calçadas. A re-ponsabilidade de executar a obra é do morador, o que acaba causando divergências e descontinuidades.

Em cidades interiores, onde o trânsito ainda flui de forma ágil, rápida e segura, o estresse e a falta de tempo não são fatores que dificultam a mobilidade em questão, porém se pensarmos em cidades metropolitanas, como São Paulo, onde o trânsito é caótico, forma quilometros de filas diariamente, um bom planejamento para mobilidade urbana é essencial, pois faz toda a diferença em um âmbito social, ecônomico e ambiental.

Com o aumento da necessidade de transporte e o incentivo a compra de veícu-los individuais, o Brasil teve um aumento de cerca de 400% na frota de automóveis e motocicletas de 2003 a 2013 (DUCKHAM et al., 2013).

O crescimento do uso do veículo individual, juntamente com o aumento das regiões metropolitanas das grandes cidades, fazem com que a perca de tempo das pessoas com a mobilidade urbana seja inevitável. Exemplo disso é o tempo médio gasto pelos trabalhadores no trânsito para chegar ao trabalho nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, que já passam de 46 minutos. Já a porcentagem de trabalhadores que demoram mais de 1 hora no seu deslocamento casa-trabalho já ultrapassou a marca de 20% nos dois estados (MARINHO; MOTA, 2013). Estes fatos fazem com que as cidades brasileiras sejam as que tenham os piores índices de mobilidade do mundo.

Portanto, conforme o exposto, o nosso problema de pesquisa é: Como as tecnolo-gias podem contribuir para melhoria da mobilidade urbana, mais especificamente para o

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município de Araranguá - SC?

1.4 OBJETIVOS

Nessa seção serão apresentados os objetivos deste projeto.

Em nosso trabalho explicaremos resumidamente como funciona o conceito de mobilidade urbana e como as novas tecnologias auxiliam no trânsito.

1.4.1 Objetivo Geral

Investigar a integração de tecnologias para a mobilidade urbana, mais especifica-mente no município de Araranguá - SC.

1.4.2 Objetivos Específicos

• Realizar uma pesquisa bibliografica sobre mobilidade urbana;

• Identificar os principais documentos normativos sobre mobilidade urbana;

• Pesquisar as principais tecnologias disponíveis para atender a mobilidade urbana; • Analisar através de estudo de caso no município de Araranguá-SC a possibilidade

de utilização de aplicativo para estacionamentos rotativos;

1.5 METODOLOGIA

A busca por soluções para ampliação da qualidade da mobilidade urbana crescem em todo o mundo. Portanto esta pesquisa procura revisar o assunto sobre a mobilidade urbana, define os tipos de modalidades de transporte praticados nos meios urbanos, apre-sentando alternativas ao transporte coletivo e não motorizado. Também iremos abordar como as cidades não se prepararam para receber a frota de veiculos nos dias de hoje, onde o transporte publico é precário e caro, isso faz com que as pessoas ultilizem veículos próprios para sua locomoção, tornando a moblidade urbana caótica nos centros urbanos.

A escolha do método de pesquisa foi iniciada com uma análise das diferentes abordagens para o problema proposto, através da revisão da literatura e determinação do objeto de estudo.

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A partir daí concluiu-se que a abordagem mais adequada ao trabalho, após a defi-nição do local de aplicação da proposta, seria a de elaborar um questionário online, para se ter o real conhecimento do problema enfrentado pela população. Concluída a etapa de aplicação do questionário online, o objeto de estudo foi proposto seguindo as recomenda-ções levantadas no referencial teórico, culminando em uma proposta de implantação, de um estacinamento digital, o que nos levou à algumas conclusões e recomendações para estudos futuros.

Com relação à pesquisa elaborada, procurou-se compreender somente as necessi-dades dos usuários do estacionamento rotativo da região de Araranguá, onde ele funciona com a aplicação de um questionário, considerando que estes são os que mais facilmente aderirão o projeto, por já utilizarem o sistema de estacionamento rotativo.

Concluída a etapa de aplicação do questionário, o objeto de estudo foi proposto seguindo as recomendações levantadas no referencial teórico, culminando em uma pro-posta de implantação do Estacionamento Digital. As etapas da pesquisa estão ilustradas no fluxograma a seguir.

Figura 4 – Fluxograma - Etapas da pesquisa

Fonte: Autoria Própria (2019).

Na metodologia de pesquisa utilizada, a pesquisa bibliográfica e documental foi feita através de uma revisão de literatura, em seguida foi feito uma determinação do objeto

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de estudo que foi feito através de um estudo de caso, o levantamento de dados do estudo de caso foi feito através do questionário para se verificar a percepção dos usuários com relação a que tipo de tecnologias que poderiam contribuir com a mobilidade em Araranguá, então utilizamos uma pesquisa qualitativa e quantitativa, qualitativa por que leva em conta a percepção do usuário e quantitativa por que leva em conta o número de usuários, o número de veículos e demais variáveis relacionadas a mobilidade urbana.

Realizada a análise do questionário aplicado, os dados coletados foram usados para entender os motivos, opiniões e motivações subjacentes, fornecendo informações sobre o problema, mostrando os resultados do projeto.

A caracterização metodológica desta pesquisa, segundo (DIAZ; GIL; VARGAS, 2010), possui mais similaridades com a pesquisa aplicada, quanto à forma de abordagem, representa uma pesquisa quali-quantitativa.

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO

O primeiro capítulo do trabalho inicia apresentando os quesitos que irão nortear o estudo, partindo da contextualização, a motivação e justificativa, o problema de pesquisa e os objetivos.

O capítulo 2 trata da fundamentação teórica acerca da mobilidade urbana, abor-dando as questões relacionadas à mobilidade urbana e aos transportes que são de es-pecial interesse para o desenvolvimento urbano, uma vez que os padrões de mobilidade que se apresentam hoje têm se refletido em muitas perdas, em vários aspectos, para as cidades, além de afetarem de forma direta a qualidade de vida de seus cidadãos.

O capítulo 3 trata das principais tecnologias e tipos de aplicativos existentes para a melhoria da mobilidade urbana.

No capítulo 4 são apontadas as características da mobilidade urbana de Araranguá e possíveis melhorias da mobilidade urbana com o uso de aplicativos.

O trabalho finaliza-se com a apresentação das considerações finais e proposta de trabalhos futuros.

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22

2 Fundamentação Teórica

Mobilidade urbana é a condição criada para as pessoas poderem se locomover entre as diferentes zonas de uma cidade. Atualmente, os automóveis particulares e os meios de transportes públicos são os meios de mobilidade urbana mais utilizados.

O que percebe-se no cotidiano, são as dificuldades neste processo, implicando em uma perda de tempo produtivo ou de lazer para os cidadãos. Horas nos congestionamen-tos, seja dentro de um ônibus ou em um automóvel particular, já fazem parte da rotina de quem precisa locomover-se no dia a dia.

O deslocamento urbano é realizado através de veículos, vias, calçadas e envolve toda a infra-estrutura que possibilite o ir e vir das pessoas. De acordo com o que uma determinada área se desenvolve, é necessário que haja meios e infra-estrutura adequados que promovam o deslocamento suficiente de bens e pessoas (BRITO; PEREIRA et al., 2017).

Considerando que tais deslocamentos são feitos através de algum modo de trans-porte, utilizando-se de vias e toda a infraestrutura que possibilita o ir e vir cotidiano. Portanto, ela é o resultado da interação entre os deslocamentos das pessoas e bens com a cidade.

O conceito de mobilidade vem ganhando destaque nas últimas décadas, sendo alvo de debates e discuções (TCU–TRIBUNAL, 2011). Porém a complexidade envolvendo o deslocamento urbano, fez com que um novo conceito fosse criado sobre o assunto, considerando aspectos sustentáveis, econômicos e sociais, a fim de abranger todos os níveis no qual a mobilidade urbana alcança.(ALVES; JUNIOR, 2009).

Segundo (COSTA, 2008), não apenas nos grandes centros urbanos como também nas médias cidades, o deslocamento de pessoas, serviços e bens se torna cada vez mais um tema que afeta profundamente a qualidade de vida e o desenvolvimento da nação. Vários pesquisadores têm se debruçado sobre o tema e gerado importantes resultados para a realidade brasileira.

Portanto segundo alguns dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), é nas cidades que 84% dos brasileiros vivem. Vinte por cento deles vivem em apenas duas cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro, e 273 cidades possuem mais de 100 mil habitantes (IBGE, 2010).

Alguns dados também serão apresentados como a mobilidade urbana é uma das prioridades da pauta de planejamento das cidades modernas. Os gestores públicos preci-sam enfrentar o desafio de apresentar soluções para o tráfego de 3,5 milhões de novos veículos que, a cada ano, passam a circular pelas vias urbanas do país, além da frota atual de 75 milhões.

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Capítulo 2. Fundamentação Teórica 23

É importante destacar que as questões ligadas ao uso do solo interferem gran-demente nos aspectos da mobilidade urbana. Sendo assim fica evidente que o plane-jamento urbano é uma tarefa complexa e multidisciplinar na qual é necessário ocorrer um grande aprofundamento nos mecanismos de integração das políticas de transporte e ordenamento físico ao nível das metodologias de planejamento e das políticas urbanas (FERMISSON; MACÁRIO; CARVALHO, 2017).

Durante um longo tempo, utilizou-se satisfatoriamente o termo “transporte” para identificar os meios, as possibilidades e as condições de intercâmbio entre bens, serviços e pessoas. Entretanto, com o aumento da complexidade nas relações sociais e materi-ais, se manifesta a necessidade de se repensar o termo para que identifique as peças desse conjunto de uma maneira mais precisa. (COSTA, 2008) Fala que a consciência da necessidade do aprofundamento das especificidades de cada categoria foi em muito impulsionada pela emergência do conceito de “mobilidade” como um direito do cidadão.

2.1 SITUAÇÃO DA MOBILIDADE EM UM CONTEXTO GERAL

O contexto geral da mobilidade urbana das cidades segundo a opinião de Pontes é descrito a seguir.

Sendo assim, mobilidade urbana vai além das questões quantitativas, ou seja, do conhecimento do número de deslocamentos, mas está relacionada com a capa-cidade na qual uma pessoa ou grupo de indivíduos possuem de se movimentar, que podem ser determinadas pela oferta de modos de transporte, localização das atividades, condições físicas e financeiras dos indivíduos, crescimento da cidade no tempo e expansão dos sistemas de comunicação (PONTES, 2010).

A mobilidade urbana deve ser acessível a todos os cidadãos. Cidades líderes no ranking oferecem cobertura no transporte público, além de alternativas acessíveis e variedade de modos de transporte.

Com tantos desafios de planejamento, a transformação digital na mobilidade urbana é o futuro para vencer o trânsito caótico das grandes cidades e ter maior qualidade de vida, economia e sustentabilidade. A figura 5, a seguir, segundo (LITMAN; BURWELL, 2006) exemplifica três de alguns dos impactos que o transporte interferem na qualidade de vida das pessoas e a sustentabilidade.

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Figura 5 – Impactos do Transporte sobre a Sustentabilidade.

Fonte: Litman e Burwell (2006)

2.1.1 Legislação de Mobilidade Nacional

A Política de Mobilidade Urbana (PMU) deve colocar em prática os princípios, ob-jetivos e diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU). Um plano de mobilidade efetivo é produto e ferramenta do planejamento sistêmico da mobilidade ur-bana do município, agrega os instrumentos de promoção da acessibilidade à cidade e os princípios de desenvolvimento sustentável.

Segundo o Artigo 24 da PNMU, Lei no_{12.587, de 3 de Janeiro de 2012 diz que a}

PNMU institui diretrizes para se trabalhar com o tema de mobilidade no Brasil, com os seguintes objetivos: integração entre os diferentes modos de transporte e a melhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas e cargas (Universidade Presbiteriana, 2016).

A PNMU nasce como uma política de planejamento do crescimento das cidades de forma ordenada, sendo um marco decisivo no estímulo de políticas publicas de transporte, priorizando métodos de transporte não motorizados sobre os motorizados e dando prefe-rência a serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado.

A melhoria no planejamento, na gestão e no monitoramento dos serviços de trans-porte urbano deve ser um objetivo permanente dos órgãos gestores para que se atinja um alto padrão de mobilidade com um adequado atendimento à população.

A PNMU tem por objetivo contribuir para o acesso universal à cidade, o fomento e a concretização das condições que contribuam para a efetivação dos princípios, objetivos e diretrizes da política de desenvolvimento urbano, por meio do planejamento e da gestão

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democrática do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana.

Assim, pelo conceito de mobilidade proposto pode ser observado que a mobilidade busca atender, no mínimo, três aspectos:

1) Facilidade de deslocamento; 2) Modo de transporte;

3) Vias e infraestrutura que auxiliem no ir e vir;

A PNMU (Lei 12.587/Brasil, 2012a) define diretrizes, atribuindo prioridade aos meios de transporte não motorizados e ao serviço público coletivo de transporte. Considera-se que esta é a primeira lei nacional que aborda a temática da mobilidade de modo mais abrangente na perspectiva da equidade, sustentabilidade e participação da sociedade (ALVES; CUNHA, 2017), por meio de órgãos colegiados, ouvidorias nas instituições responsáveis pela gestão do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana, audiências e consultas públicas, e procedimentos sistemáticos de comunicação, de avaliação da satisfação dos cidadãos e dos usuários e de prestação de contas públicas (MARINHO; MOTA, 2013).

No entanto, apesar das estratégias ambiciosas apontadas pela PNMU, observa-se no Brasil uma clara tendência de incremento de vendas de veículos motorizados individuais, por meio de políticas públicas e incentivos voltados ao setor automotivo. Como exemplos, o programa Inovar Auto, que vigorou de 2012 a 2017, de incentivo à inovação tecnológica e adensamento da cadeia produtiva de veículos automotores, implantado pelas leis no_{12.715/2012 (Brasil, 2012b) e n}o_{12.996/2014 (Brasil, 2014) (CRUZ; PAULINO,}

2019), o Programa Rota 2030, que fomenta a mobilidade elétrica e os biocombustíveis no Brasil, com a previsão de incentivos fiscais de até R$ 1,5 bilhões por ano a empresas automobilísticas que investirem no mínimo R$ 5 bilhões em Pesquisa e Desenvolvimento (P e D) de biocombustíveis no Brasil.

Ou seja, os resultados positivos da PNMU dependerão de uma interação que envolve diferentes organismos, instituições e pessoas. Desse modo, para haver transfor-mações efetivas na mobilidade urbana, é imprescindível um esforço político para promover as diversas formas de integração e melhorar os processos de governança (MACHADO LAURA; PICCININI, 2018).

Portanto segundo (MARQUES et al., 2011) "O que interessa agora é pensar as funções pós-massivas de emissão e recepção da informação em mobilidade para compre-endermos o que está em jogo com os dispositivos móveis digitais nas cidades".

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2.1.2 Legislação de Mobilidade Estadual

Entendemos que esse contexto está diretamente relacionado à ineficácia do trans-porte público e sua incapacidade de atrair usuários de automóvel, ineficácia essa relacio-nada a aspectos diversos da formação socioespacial brasileira e catarinense.

Dentre os entes federados, o Santa Catarina é o que exibe a maior quantidade de automóveis por residência, com cerca de 70% das residências possuindo algum veículo automotor, seguida do Paraná com 61,7%, do Distrito Federal com 59,7% e de São Paulo, com 59,1% segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Diante do exposto percebemos que Santa Catarina tem um grande numero de veículos que geram muita dificuldade na questão de mobilidade urbana, pensando nisso o governo do estado publicou uma lei instituindo a "SEMANA ESTADUAL DE MOBILI-DADE URBANA", que tem a finalidade de conscientizar a população sobre os problemas encontrados nesse setor, essa lei esta descrita logo abaixo.

2.1.3 SEMANA ESTADUAL DE MOBILIDADE URBANA

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: LEI No _{16.122, DE 16 DE SETEMBRO DE 2013.}

Art. 1o_{Fica instituída no calendário oficial de eventos do Estado de Santa Catarina a}

Semana Estadual de Mobilidade Urbana, que será comemorada, anualmente, na semana do dia 22 de setembro, Dia Mundial Sem Carro.

Art. 2o_{Durante a Semana Estadual de Mobilidade Urbana poderão ser ministrados}

seminários, aulas, palestras, concursos e ações que contribuam para a divulgação dos propósitos estabelecidos pela Política Nacional de Mobilidade Urbana.

Art. 3o _{Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação (CATARINA, 2019).}

2.2 AVANÇO DAS TECNOLOGIAS NA MOBILIDADE URBANA

Com o surgimento de novas tecnologias, como a Internet das Coisas (IoT), o Big Data, o Machine Learning, o Cloud Computing e o grande avanço que as tecnologias de rede móvel estão nos proporcionando, está sendo possível cada vez mais integrar a mobilidade urbana aos conceitos tecnológicos disponíveis.

2.2.1 Internet das Coisas

O conceito de IoT vem sendo discutido muito nos últimos anos com objetivo de co-nectar diversos objetos que conhecemos à Internet, trazendo uma integração maior entre

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os dispositivos, usando comunicações entre data centers e servidores cloud, fazendo com que os dispositivos comuniquem-se mais entre sí, sem intervenção humana (SANTOS, 2018).

2.2.2 Big Data

O grande volume de dados e informações que giram em torno da internet hoje denomina-se Big Data, que está em constante crescimento, porém não é a quantidade de dados que importam para as empresas, mas sim o tratamento para extrair dados que ajudem as empresas a tomarem decisões estratégicas melhores para seus negócios (SAS, 2019).

A empresa United Parcel Service, popularmente conhecida como UPS, é uma das maiores empresas de logística do mundo, a mesma adotou a prática da extração dos dados gerados pelos ativos e encomendas, advindos de seus veículos. O projeto de extração desses dados foi chamado de On-Road Integration Optimization and Navigation (ORION) e se deu a partir da coleta de informações sobre as rotas em mapas on-line para reconfigurar as cargas e descargas dos motoristas. O resultado foi uma economia de aproximadamente 8,4 milhões de litros de combustível e 30 milhões de dolares para a companhia (SAS, 2019).

Figura 6 – United Parcel Service

Fonte: UPS (2019)

2.2.3 Machine Learning

Muito presente em nosso cotidiano, o Machine Learning consiste no aprendizado de maquina, onde a Inteligência Artificial programada coleta dados e combinado com

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novos dados, consegue se adaptar de forma independente a novos padrões. Podemos citar como exemplo do uso de Machine Learning as recomendações de gostos de lojas do e-commerce e de serviços de streaming como o Netflix e YouTube, a detecção de fraudes em qualquer área aplicada a segurança virtual, como os algoritmos desenvolvidos em aplicativos de Banco, em redes sociais onde são aplicados algoritmos para verificar o que os clientes estão falando sobre determinada empresa por padrões linguísticos (SAS, 2019).

2.2.4 Cloud Computing

O Cloud Computing, popularmente conhecido pela palavra "nuvem", refere-se a computação em nuvem, que consiste no armazenamento de dados ou da execução de aplicativos localizados remotamente via Internet, com base no pagamento de acordo com o serviço contratado (IBM, 2019).

Os serviços em nuvem não se resumem apenas a aquisição de espaço em ar-mazenamento extra para salvar dados pessoais, mas sim para diversas aplicações que conhecemos atualmente, como plataformas de streaming de video a exemplo da Netflix, que contém uma biblioteca com muitos filmes e séries armazenados em servidores na nuvem (BUTLER, 2013).

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A criação de cidades inteligentes é um assunto que desperta cada vez mais o interesse da população, o investimento em Internet das Coisas (IoT), Big Data, Machine-learning, Cloud Computing e a Tecnologia Móvel estão impulsionando a transformação digital na mobilidade urbana no mundo todo, o conceito smart city ou cidades inteligentes no entanto só e possível com um bom planejamento urbano, também é necessário um investimento muito grande em soluções tecnológicas que possam ser aceitas e utilizadas pela população.

Diminuir custos e gerar renda, e o propósito dos investimentos em tecnologias, e está impulsionando a transformação digital na mobilidade urbana no mundo todo, esse conceito trás consigo um termo denominado como cidades inteligentes onde o objetivo é automatizar serviços, conectar dispositivos entre si, havendo o mínimo de interação humana possível e a garantia eficiência de por meio dessas novas tecnologias.

Obter dados e disparar informações em tempo real são vantagens que, por meio dessas tecnologias melhoram a relação do usuário, principalmente com relação em ser-viços públicos, nesse contexto, cria-se uma rede de relacionamento entre usuários com as tecnologias, além disso, as soluções digitais criativas estão surgindo para diminuir problemas de mobilidade para ambos os lados.

Podemos citar alguns como transporte público inteiramente conectado, a automa-ção de equipamentos e veículos, integraautoma-ção com aplicativos de mapas, estacionamentos inteligentes, redução do consumo de energia, segurança do usuário, compartilhamento de veículos, maior controle e fluidez no trânsito, sustentabilidade e economia (TD, 2018).

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Figura 8 – Cidades Inteligentes

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32

3 Principais tecnologias voltadas a Mobilidade Urbana

3.1 APLICAÇÃO DE TECNOLOGIAS NA MOBILIDADE URBANA

Atualmente existem diversas aplicações voltadas a Mobilidade em geral e este mer-cado vem mudando ao longo dos ultimos anos, por consequência do avanço da Internet das Coisas (IoT) e também por conta da preocupação referente a questão sustentável, para que menos veículos circulem no perímetro urbano, consciêntizando as pessoas a preferirem bicicletas, ao invés de veículos motorizados, ou até mesmo o uso do transporte coletivo sustentável.

Surgiram aplicativos como o Yellow, um Aplicativo para aluguel de bicicletas e patinetes. Surgiu também o popular Uber, que funciona de forma muito semelhante aos tradicionais Taxis, porém com mais opções para o usuário.

A Google também disponibiliza o seu aplicativo para localização geográfica cha-mado Google Maps, permitindo consultar detalhes de qualquer local do mundo como o nome de ruas, bairros, cidades, fotos de locais que os próprios usuários disponibilizam no serviço e há alguns anos atrás a Google lançou o projeto chamado de Street View, onde o objetivo era tirar fotos com uma câmera panorâmica em todas as localidades possíveis, porém não são todos os locais que estão disponíveis para visualização dessas fotos.

A empresa Waze Mobile também trouxe um dos aplicativos mais utilizados das lojas virtuais de smartphones, o Waze, que funciona de forma semelhante ao Google Maps, porém com o foco no trânsito de veículos, trazendo informações sobre fluxo de trânsito. Serão descritos ao longo desta Seção, alguns aplicativos que oferecem serviços que prezam solucionar as questões sustentáveis, econômicas e sociais em prol da Mobilidade Urbana.

3.1.1 Uber

A Uber é uma empresa multinacional americana, que presta serviços de transporte privado urbano, onde funciona como um aplicativo de smartphone, disponível nas plata-formas iOS e Android, permitindo buscar o motorista mais próximo disponível, baseado na localização Global Position System (GPS) do smartphone.

O ponto mais vantajoso do Uber é a relação custo benefício, que além de dar mais opções ao usuário que utiliza o serviço, torna-se mais barato por ser menos burocrático, pois qualquer pessoa pode usar seu veículo pessoal para ser motorista do Uber, com direito a isenção de varias taxas e ainda oferece vários extras para os passageiros como Balas e cooler com bebidas, dependendo do tipo do veículo solicitado, sendo eles divididos em duas categorias, o UberX e o UberBLACK.

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Capítulo 3. Principais tecnologias voltadas a Mobilidade Urbana 33

A principal diferença entre eles seriam os confortos e valores cobrados, sendo o UberX mais modesto e o UberBLACK mais exigente, para a segunda categoria são exigidos alguns requisitos de luxo como ter bancos em couro, no máximo três anos de uso e serem sedans médios na cor preta.

Figura 9 – Tela do inicial do aplicativo Uber

Fonte: Autoria Própria

A foto acima demonstra a tela do aplicativo, que conta com o trajeto que será reali-zado, o valor da corrida, a condição de pagamento solicitada e o tipo de Uber selecionado, podendo optar pelo UberX ou pelo UberBLACK.

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3.1.2 Yellow

O Yellow é um aplicativo de smartphone que presta serviços de alugel de patinetes elétricos e bicicletas, disponível nas plataformas iOS e Android. Por ser um serviço mais novo, ele ainda não está disponível em todas as cidades, somente nas metrópoles, onde o fluxo de trânsito é maior. O aplicativo permite com que sejam adicionados créditos na conta do usuário, a partir de 5 reais e logo após adicionar saldo na conta, é necessário escanear o QR code, que localiza-se na trava da bicicleta ou patinete.

Figura 10 – Mapa com local dos patinetes e bicicletas disponiveis no aplicativo Yellow em Sao Paulo - SP

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um ótimo custo benefício, é um exercício importante na saúde de qualquer pessoa e age em prol da sustentabilidade. O aplicativo ainda conta com um sistema de, Transferência Eletrônica Disponível (TED), muito comum em contas bancárias, leitor de código de barras para pagamento de boletos de serviços como água, energia, TV, internet e até mesmo recarga de créditos para celular.

3.1.3 99Taxi

Muito semelhante ao Uber, o aplicativo 99Taxi, disponível nas plataformas Android e iOS, conta com um sistema de localização pelo GPS do smartphone, buscando traçar a origem e o destino que o usuário solicita, disponibilizando um motorista para realizar o percurso. Os taxis estão disponíveis em três categorias, 99POP, sendo este o mais simples, com motoristas dirigindo carros particulares, 99Taxi, representando os populares Taxis com um preço acessível e o 99TOP, que são veículos pretos de alto padrão, com alguns confortos a mais que as demais categorias.

Os donos do aplicativo 99Taxi acabaram vendendo o App para uma empresa chi-nesa chamada Didi Chuxing, em uma transação bilionária. Os antigos donos do Aplicativo fizeram uma parceria com a empresa Caloi, muito conhecida no segmento de bicicletas, para desenvolver e criar o serviço Yellow, já descrito anteriormente.

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Figura 11 – Mapa com trajetória de destino da corrida em Araranguá - SC

3.1.4 Buser

O Buser é um aplicativo que oferece o serviço de compra de passagens de ônibus para viagens intermunicipais, com até 60 por cento de economia.

Segundo a própria empresa, a Buser acredita na força da união entre pessoas com objetivos em comum a união de pequenos para competir juntos contra os grandes. A promessa é uma economia de até 60 por cento do custo mais favorável, que só é possível devido ao que seus desenvolvedores chamam de “fretamento colaborativo”.

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Figura 12 – Buser é o aplicativo que oferece passagens de ônibus por meio do sistema de fretamento coletivo

3.1.5 Como funciona o fretamento colaborativo

A Buser, conhecida por oferecer passagens de ônibus por um preço abaixo do mercado, utiliza o método de fretamento coletivo para garantir a menor tarifa aos usuários. Como o aplicativo não é vinculado a nenhuma viação, as viagens são feitas por meio de ônibus fretados, que são contratados pela Buser. Outro objetivo do app é reunir o maior número de pessoas interessadas em um mesmo trajeto para dividir os custos do transporte contratado.

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contrata-Capítulo 3. Principais tecnologias voltadas a Mobilidade Urbana 38

ção do fretado entre os passageiros da viagem (que compõem os chamados grupos de viagem). Uma viagem por meio da Buser só pode ser feita quando um grupo de viagem possui uma quantidade mínima de passageiros pagantes.

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3.1.6 Google Maps

A empresa Google conta com um dos aplicativos mais populares de localização via GPS (Global Positioning System), o Google Maps, disponível nas principais plataformas mobile, Android e iOS. Com diversos recursos, o Google Maps tem como principal obje-tivo mostrar a localização em tempo real do usuário e apresentar diversas informações adicionais como a localização de empresas, trânsito, rotas alternativas para um percurso menor, também sendo possível configurar um deslocamento diário, antes mesmo de sair de casa e o aplicativo calcula a melhor rota disponível.

Figura 13 – Tela inicial do Google Maps

A Figura a seguir demonstra a tela de configuração do aplicativo para uma rota diária fixa, geralmente utilizada para rota de casa ao trabalho e vice-versa, calculando um

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estimativa de tempo, de acordo com o transporte utilizado e a distância a ser percorrida. Figura 14 – Configuração da rota diária

3.1.7 Waze

A empresa Waze Mobile conta com o aplicativo Waze, concorrente do Google Maps, com foco maior no fornecimento de informações sobre o trânsito e sinalização de radares, placas, avisos para o motorista sobre segurança e advertências sobre velocidade em tempo real. O aplicativo conta com um algoritmo que estuda a melhor rota a toda instante, percebendo locais congestionados e recalculando a rota para o motorista chegar ao seu destino no menor tempo possível.

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Figura 15 – Tela inicial do Waze e Envio de alertas para outros usuários do Aplicativo

Os usuários do Waze também conseguem enviar alertas para outros usuários, como alerta de radares, acidentes de trânsito, radares de velocidade, congestionamento no transito, pedido de ajuda, dentre outros recursos disponíveis.

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42

4 Estudo de caso, mobilidade urbana em Araranguá e a Proposta de Solução 4.1 UM BREVE HISTÓRICO DE ARARANGUÁ

Araranguá é fundada oficialmente no ano de 1880, a cidade surgiu em 1728 com o desenvolvimento da rota dos tropeiros, com a abertura do Caminho dos Conventos. A localidade de Capão da Espera a área que atualmente corresponde ao distrito de Hercílio Luz abrigou as primeiras casas e comércios, impossibilitando a permanência de índios na região.

Figura 16 – Foto histórica do centro do município em meados dos anos do século XIX

Fonte: Vieira (2016)

Com a ocupação, o valor das terras e a importância do lugar aumentaram. Fatores que resultaram na emancipação de Laguna em 1880, tornando-se município de Araranguá, com a criação da Lei Provincial 901.

No momento da emancipação político-administrativa de Araranguá, quem dirigia os destinos dos municípios eram as Câmaras de Vereadores. O governante, portanto, era o Presidente da Câmara Municipal. Araranguá emancipou-se pela Lei Provincial no_{. 901,}

de 03 de abril de1880 e a primeira eleição aconteceu no dia 01 de julho de l881, tendo a posse ocorrido em 28 de fevereiro de 1883, data em que se efetivou a instalação do muni-cípio. Iniciava-se o funcionamento institucional do município de Araranguá, denominado agora de Vila, desde a sua emancipação, quando seu tratamento era de Freguesia,

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equi-Capítulo 4. Estudo de caso, mobilidade urbana em Araranguá e a Proposta de Solução 43

valente a Distrito, desde a criação, juntamente com a Paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens, com a Lei Provincial no_{. 272, de 04 de maio de 1848. A denominação de cidade,}

evolução natural das antigas vilas, aconteceu como grande conquista em decorrência da Lei Estadual no_{1347, de 02 de setembro de 1921 (VIEIRA, 2016).}

4.1.1 Contexto Araranguaense

Araranguá, localizada no extremo Sul Catarinense, é um município que possui uma estimativa habitacional de 68.228 pessoas segundo (IBGE, 2019), mas o último censo, realizado em 2010 aponta uma população de 61.310 pessoas, ou seja, uma estimativa de aumento de 10,14% em 9 anos, esses dados mostram que o crescimento do município vem aumentando em grande escala e que o planejamento urbano deve melhorar, tanto para melhor qualidade de vida social, ambiental e econômica.

A área urbana do município é de 759 km quadrados enquanto a área rural ocupa 2135 km quadrados, totalizando 2894 km quadrados. O planejamento feito no município foi focado na implantação de rotatórias e grandes avenidas que cortam o município, porém, hoje o mesmo não comporta mais os números de veículos que transitam no perímetro urbano e em horários de pico de trânsito acabam gerando congestionamentos em algumas áreas da cidade, mais especificamente no centro urbano que acaba afetando diretamente os moradores dessas áreas e gera dificuldades para toda população.

4.2 SISTEMA DE MOBILIDADE URBANA MUNICIPAL

Garantir o acesso às propriedades e localidades em todo o território municipal, e a forma a propiciar a melhor condição de deslocamento de veículos e pedestres, em tempo reduzido, com menos consumo energético e baixo impacto ambiental, são apontadas como algumas das características da mobilidade urbana de Araranguá.

A Política Municipal de Mobilidade é entendida como a articulação e a ordenação dos componentes estruturadores da mobilidade no município de Araranguá, abordagem feita sobre o transporte de cargas e passageiros, o sistema de vias municipais, o trânsito e a orientação para o trânsito, de forma a assegurar o direito de ir e vir com sustentabilidade e a melhor relação custo benefício social.

A Figura 17 apresenta uma das características da cidade, a utilização de rotatórias conhecidas como rotulas por aqui, tem o objetivo de proporcionar maior segurança em pontos da nossa cidade, buscando garantias para a locomoção com segurança e fluidez em nosso transito e de todos os tipos de veículos, bem como dos pedestres em suas diversas modalidades.

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Capítulo 4. Estudo de caso, mobilidade urbana em Araranguá e a Proposta de Solução 44

Figura 17 – Ilustração mostrando o contexto atual da Cidade

Fonte: Vieira (2016)

4.2.1 Sobre o Estacionamento Rotativo de Araranguá

O Estacionamento Rotativo de Araranguá foi instituido pela, Lei Municipal no _3084,

de 03 de maio de 2012. A utilização das vagas é feita mediante o uso de cartão, no horário compreendido entre as 08:00h e 18:00h de segunda à sexta-feiras, e das 08:00h às 12:00h aos sábados.

O Estacionamento Rotativo de Araranguá nos dias atuais e operacionalizado por meios não muito tecnológicos, os Pontos de Venda (PDV), do cartão raspadinha, podem ser com a aquisição direta com os monitores de estacionamento e, sendo disponibilizado, bilhetagem, de 01 (uma) hora, sequencialmente seriado e numerado, que permita, por parte do Poder Concedente, o acompanhamento e o controle das vendas, da utilização do estacionamento e da movimentação financeira da atividade.

A figura abaixo mostra o cartão de estacionamento comercializado no centro do município de Araranguá, como já mencionado ele funciona como um cartão raspadinha, onde é demarcado a data e horário específico do início da utilização, tendo como permis-são máxima de 2 cartões por veículo, excedendo o limite de 2 cartões, está sujeita a multa

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no valor de R$12,00 e bonificação de 5 cartões.

Figura 18 – Cartão de Estacionamento utilizado no atual sistema rotativo municipal

Em caso de recebimento da multa, o monitor emite um aviso de irregularidade, representado na foto a seguir, registrando o horário da penalidade, dados do veículo como placa, marca e modelo do mesmo e o local da aplicação da irregularidade.

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Figura 19 – Aviso de Irregularidade emitido pelos monitores

Após receber a multa, o motorista deve dirigir se a Central de Atendimento da empresa responsável ou acertar o valor com uma das monitoras, o pagamento tem um prazo de 5 dias úteis, se a multa não for acertada dentro do prazo, ela transforma-se em multa de trânsito, prevista no artigo 181, XVII do CTB, correspondente ao valor de R$ 195,23 e inclusão de 5 pontos na CNH.

Figura 20 – Recibo após regularização da multa aplicada

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4.2.2 Alguns problemas relatados sobre esse modelo de estacionamento

As reclamações de araranguaenses ou moradores de cidades vizinhas que visitam a cidade e precisam usar o estacionamento rotativo é constante. A seguir são relatados alguns problemas como:

• A questão da falta de minutos de tolerância tanto para a compra do ticket quanto para a venda do mesmo no serviço;

• Muitas reclamações por falta de monitoras ou ausência das mesmas nas ruas para vender o ticket do estacionamento;

• O mau atendimento das monitoras contratadas pela empresa responsável pelo funci-onamento do rotativo, são alguns comentários relatados pelos cidadãos que utilizam o serviço;

Diante da insatisfação de tantos motoristas que transitam pela região central de Araranguá e utilizam o estacionamento rotativo, existe uma Ação Civil Pública, movida pelo Ministério Público da Comarca de Araranguá e uma Ação Popular, movida por um advogado da cidade, que esta tramitando na justiça.

O que acontece atualmente é que a monitora de trânsito aplica a multa administra-tiva ao veículo estacionado sem o devido cartão e se o motorista não efetua o pagamento, a multa administrativa é levada para um Agente de Trânsito devidamente concursado da prefeitura, que a converte em multa de trânsito. A funcionária da administradora que fiscaliza o tempo redige a infração administrativa, placa do veículo, horários, etc.

Um funcionário delegado pela prefeitura municipal é quem apenas coloca as infor-mações no sistema, a questão levantada pelos cidadãos é se as monitoras do sistema tem autoridade para realizar a lavratura do auto de infração. Uma solução, segundo auto-ridades as quais foram questionadas, seria a criação de uma guarda municipal.

4.2.3 Área atuante do sistema de Estacionamento Rotativo

A área do sistema de Estacionamento Rotativo a qual corresponde o presente Decreto é composta por 984 (novecentos e oitenta e quatro) vagas para carros, assim distribuídas: 51 (cinquenta e um) destinadas para idosos, 20 (vinte) para Portadores de Necessidades Especiais e 913 (novecentos e treze) vagas tarifadas. Além disso, tem-se um total de 8 (oito) vagas para farmácia, 2 (duas) vagas para hotel, 2 (duas) vagas para ambulâncias, 5 (cinco) vagas para uso pela Policia Militar, e 290 (duzentos e noventa) para motos e 11 (onze) para caminhões (carga e descarga), conforme a figura 21 logo abaixo.

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Figura 21 – Dados sobre a área onde será implementado o sistema de Estacionamento Rotativo

Fonte: LeisMunicipais (2014)

Logo abaixo temos a representação gráfica da demarcação territorial do local onde o estacionamento rotativo funciona.

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Figura 22 – Mapa de localização do Estacionamento Rotativo Municipal

Fonte: Araranguá, 2013

De acordo com dados fornecidos pelo Departamento Nacional de Trânsito (DE-NATRAN) em agosto de 2019, mostra que o município de Araranguá - SC conta com um total de 55776 veículos, sendo 31332 automóveis, 1454 caminhões, 939 caminhões tratores, 3719 caminhonetes, 1753 camionetas, 98 ciclomotores, 92 micro-onibus, 10038 motocicletas, 4464 motonetas, 170 onibus e 1717 reboques (DENATRAN, 2019).

Diante desses dados coletados, foi proposto uma pesquisa em forma de questi-onário online, onde os participantes responderam a algumas perguntas sobre o atual funcionamento do estacionamento rotativo. Antes de iniciar a pesquisa, foi formulado um texto pelos autores para explicar o propósito da pesquisa. A pesquisa obteve apenas 34 respostas, levando em consideração o alcance que ela teve e por ser feita virtualmente.

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Figura 23 – Texto explica propósito do questionário

Fonte: Própria (2019)

Foi sugerido a implantação de um aplicativo de smartphone para gerenciar o atual sistema por meio de tickets virtuais e obtiveram-se resultados positivos na pesquisa em questão.

Na figura 24 a seguir, temos um gráfico representando a faixa etária dos participan-tes da pesquisa expresso em numeros.

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Figura 24 – Dados etários coletados na pesquisa

As questões perguntam aos participantes sobre o atual sistema de estacionamento rotativo, os gráficos a seguir demonstram o resultado das respostas.

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Figura 25 – Opinião sobre o atual sistema rotativo munícipal

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Figura 26 – Opinião sobre acessibilidade do sistema atual

Os gráficos a seguir registraram a opinião dos usuários do estacionamento rotativo sobre a utilização de uma aplicação tecnológica.

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Figura 27 – Opinião sobre utilização de um aplicativo virtual em contrapartida com o mo-delo atual

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Figura 28 – Opinião sobre solução tecnológica

Nas duas últimas questões, percebe-se uma certa timídez e resistência de alguns usuários, em controvérsia ao modelo antigo, porém a grande maioria aprova a utilização de um aplicativo para gerenciar o sistema rotativo do município, porém deve-se considerar o uso do ticket tradicional também, pois muitos usuários poderiam não se familiarizar com o e-ticket ou até mesmo não ter acessibilidade ao serviço.

Em função da pesquisa realizada, surge a motivação para esse projeto no sentido de verificar qual tecnologia poderia contribuir para o atual problema do estacionamento rotativo, descrevem-se a seguir algumas possibilidades encontradas.

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4.3 EXEMPLOS DE ALGUNS APLICATIVOS DISPONÍVEIS PARA ESTACIONAMEN-TOS DIGITAIS

4.3.1 Estacionamento Digital Zona Azul

O aplicativo Estacionamento Digital Zona Azul, disponível nas plataformas iOS e Android, é um aplicativo para gerenciamento de estacionamentos rotativos, atendendo diversos munícipios, como São Paulo, Salvador, Joaçaba, Içara, dentre muitos outros municípios espalhados pelo País.

Figura 29 – Estacionamento Digital Rotativo - Zona Azul

Fonte: DIGITAL (2019)

Funcionando de forma totalmente digital, ele permite a compra de tickets para a utilização do estacionamento, permitindo que sejam adicionados créditos na conta cadastrada no aplicativo, onde estes créditos comprados via Carão de Crédito, Débito ou Boleto sejam utilizados durante o tempo de concessão solicitado pelo usuário.

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O primeiro passo para utilizar o aplicativo é fazer o cadastramento da conta, que pode ser feito com um e-mail ou pela integração direta com a rede social Facebook, como ilustrado na tela inicial abaixo.

Figura 30 – Tela inicial do Aplicativo Estacionamento Digital

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Uma função interessante do aplicativo é que ele automaticamente reconhece os dados do veículo pessoal do usuário, apenas inserindo a placa do veículo, sendo ele carro, moto ou um veículo estrangeiro. O usuário também pode alocar uma vaga remotamente, utilizando os créditos disponíveis na conta, ou dependendo do munícipio, também existe a possibilidade de ativar a alocação automatica pelo monitor, ou seja, se existerem créditos suficientes na conta, o motorista pode apenas deixar o veículo estacionado, que ao monitor fiscalizar e consultar o sistema digital, ele mesmo fará a ativação do ticket, evitando notificações injustas aos motoristas.

Figura 31 – Cadastro da placa do veículo e tela principal do aplicativo

Fonte: Autoria Propria

No menu de recursos do aplicativo são apresentadas algumas opções, dentre elas o extrato da conta, o histórico de irregularidades e de alocações, a compra de créditos, a

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alo-Capítulo 4. Estudo de caso, mobilidade urbana em Araranguá e a Proposta de Solução 59

cação e mapa de vagas, dentre outras funções disponíveis. Quanto aos preços praticados e as regras de utilização, cabe ao munícipio e a empresa responsável pelo gerenciamento do estacionamento rotativo definir, sendo diferentes dependendo do município.

Figura 32 – Menu de recursos e informações legais sobre o Estacionamento Digital

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4.3.2 Fácil Estacionar

O Fácil Estacionar é um aplicativo disponível para as plataformas iOS e Android, muito semelhante ao Estacionamento Digital Zona Azul, pois tem a mesma proposta que o anterior, porém com algumas limitações. Ao baixar o aplicativo, é necessário fazer o cadastramento, porém neste aplicativo ele não disponibiliza a integração com o Face-book, sendo necessário possuir um e-mail para cadastrar uma conta. Na figura abaixo, é ilustrada a tela de login do aplicativo.

Figura 33 – Tela de login do aplicativo Fácil Estacionar

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Figura 34 – Tela de cadastro do aplicativo

Na tela de cadastro, o usuário precisa preencher o seu nome completo, CPF, e-mail, senha de acesso a conta e a placa do veículo, sendo carro, moto ou veículo estrangeiro.

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Figura 35 – Municípios onde o aplicativo está disponível

Os municípios onde o Fácil Estacionar faz a cobertura são Diadema SP, Itapevi -SP, Salvador - BA, São Caetano do Sul - SP e Uberlândia - SP.

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As formas de pagamento aceitas pelo Fácil Estacionar são apenas duas, cartão de crédito e boleto bancário, onde o valor minímo para pagamento via boleto é de R$ 50,00 e o pagamento via cartão de crédito não tem limite minímo para pagamento.

Figura 36 – Formas de pagamento disponíveis no aplicativo

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4.3.3 ESTAPAR Vaga Inteligente

O ESTAPAR é um aplicativo para estacionamentos rotativos, disponível nas platafor-mas iOS e Android, para gerenciamento de vagas, utilizando a venda de tickets de forma digital ele possibilita ao usuário a compra de créditos para utilizar em estacionamentos de estádios e arenas de shows, locais específicos de grandes metrópoles e até mesmo da zona azul de algumas cidades, substituindo o tradicional cartão de estacionamento por um ticket virtual. Com o aplicativo, é possível fazer a aquisição do ticket com créditos colocados na conta cadastrada, com o pagamento feito via cartão de crédito.

Ao abrir o aplicativo, o usuário precisa fazer o cadastro, que é simples e requer apenas um e-mail válido para realizar o cadastro e uma senha para acessar a conta.

Figura 37 – Tela de Cadastro e Login do ESTAPAR

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Acessando o aplicativo, ele apresenta diversos ícones e informações como o saldo de créditos disponível na conta, no canto superior direito e funções como o cadastramento dos veículos do usuário, permitindo cadastrar a placa do veículo, para que seja possível regularizar o veículo utilizando os créditos quando o tempo de concessão da vaga estiver vencendo, a compra de créditos, podendo ser feita com um cartão de crédito cadastrado na conta, a busca de vagas, onde é mostrado um mapa onde as vagas estão disponíveis, reserva de vagas, disponível apenas em alguns locais como estádios de futebol, aeropor-tos, arenas e teatros parceiros, buscar seu carro, que utiliza o GPS para localizar o veículo do usuário rapidamente e o recurso utilizar zona azul, que é o principal propósito do apli-cativo, onde é possível selecionar a cidade onde o aplicativo está disponível, selecionar a placa do veículo do usuário, selecionar a regra de utilização do CAD (Cartão Azul Digital) e em seguida selecionar o valor/tempo disponível, os valores variam dependendo do tipo de regra do Cartão Azul Digital (CAD), pois algumas regiões das cidades cobram menos e outras mais caro.

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Figura 38 – Tele principal do aplicativo ESTAPAR

Na ilustração a seguir, o usuário pode escolher o valor desejado para adquirir em créditos e utiliza-lo na zona azul. O pagamento é feito via cartão de crédito, que pode ser cadastrado no aplicativo.

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Figura 39 – Aquisição de creditos no aplicativo

No exemplo a seguir é representado a tela de confirmação da aquisição ticket virtual, utilizando os créditos disponíveis na conta. É possivel também configurar uma notificação para avisar sobre o vencimento do CAD, para que o usuário consiga renovar a concessão da vaga por mais tempo.

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Figura 40 – Utilizando a Zona Azul no ESTAPAR

Se o veículo do usuário passar do tempo limite, existe uma tolerância de 10 minutos para adquirir o ticket, caso o prazo não seja cumprido, o usuário tem até 24 horas a contar da hora do recebimento ACT (Aviso de Cobrança de Tarifa) para pagar a taxa de pós-utilização para não ser multado pela Secretaria de Trânsito do Município.

Existe também a possibilidade de se adquirir os tickets pelo parquímetro, possibi-litando a pessoas que não tem acesso a recursos tecnologicos utilizarem o serviço da mesma forma que os usuários que utilizam pelo aplicativo. O aplicativo permite pagar os tickets emitidos pelo parquímetro pelo leitor de código de barras que o mesmo possuí ou digitando o numero do ticket emitido. A figura a seguir ilustra a tela do aplicativo com este

(70)

recurso.

Figura 41 – Pagamento do ticket pode ser feito no aplicativo