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Academic year: 2021

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TÍTULO: ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO AUTO-DANOSO EM ADOLESCENTES: A VISÃO DOS PROFESSORES

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ÁREA:

SUBÁREA: Psicologia SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): FACULDADE DE JAGUARIÚNA - FAJ INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): BRUNA FERNANDA DE MORAES BISPO, ALICE MARIANA GELMINI MIGLIORINI, CAROLINA MACHADO PASQUALINE, CINTIA CRISTINA FERREIRA RIDI

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): AMANDA MUGLIA WECHSLER ORIENTADOR(ES):

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ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO COMPORTAMENTO

AUTODANOSO EM ADOLESCENTES: A VISÃO DOS PROFESSORES Psychological aspects of self injury behavior on adolescents:

The teacher’s vision

Resumo: O presente trabalho tem por objetivo analisar sobre o comportamento autodanoso na adolescência segundo a perspectiva do docente, visando compreender como este aborda o tema da automutilação com seus alunos, assim como ressaltar a importância do serviço de Psicologia no âmbito escolar. Os participantes deste estudo serão professores que ministram aulas no Ensino Fundamental II e Ensino Médio em escolas públicas e particulares dos municípios de Jaguariúna e Lindoia com alunos entre 12 e 18 anos. Para tanto, aplicar-se-á um questionário de cunho quantitativo visando compreender a concepção destes profissionais da área da educação sobre o comportamento automutilador de adolescentes. Espera-se que este trabalho possa ampliar a compreensão sobre as vivências dos professores acerca do comportamento autodanoso em adolescentes, e a partir disso propor estratégias por meio de diálogo em sala de aula, orientação e acolhimento contribuir para que haja um espaço dentro da unidade escolar a fim de que o educando sinta-se acolhido e com isso consiga expor seus sentimentos .

Palavras chaves: Automutilação, Professores, Psicologia escolar

INTRODUÇÃO

Segundo Outeiral (2008), adolescência por se tratar de um fator psicossocial, depende então de seu contexto. Contudo, a palavra “adolescência” tem dupla origem etimológica que expressa de forma correta as peculiaridades desse processo. Do latim “ad (a, para)” e “olescer (crescer)”, ou seja, um processo de crescimento, porém também vem do mesma etimologia da palavra adoecer, o que nos faz refletir as questões que envolvem essa fase da vida.

A adolescência é a fase em que se apresentam com mais frequências ideações, dúvidas e incertezas, e que requer maior experimentação e necessidade de explorar, apaixonar, odiar, aproximar, repelir e tentar (OLIVEIRA et al., 2001). Tais experimentações podem gerar dor, culpas, angústias e ressentimentos.

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A adolescência é marcada por mudanças que ocorrem acompanhadas de conflitos e angústias, diante de uma realidade de contradições e busca de identidade são acarretados sofrimentos para o indivíduo, sendo esta uma das fases mais propensa a ações de natureza autodestrutiva, como comportamentos suicidas e parasuicidas (TEIXEIRA; LUIS, 1997). Quando abordamos este tema, estamos nos referindo a pessoas que machucam o próprio corpo de formas diversas, queimaduras, cortes, auto espancamento, entre outras diversas formas de marcar o próprio (ARAUJO, 2016).

As formas mais comuns de automutilação são em cortar-se, rasgar a pele, pontapear, provocar queimaduras em si mesmo e arranhar-se. As áreas atingidas caracterizam-se por serem facilmente ocultas, de modo que o comportamento passe despercebido, e incluem braços, coxas e zona abdominal (BARBEDO; MATOS, 2009).

A automutilação geralmente tem seu início entre os 13 e 14 anos de um indivíduo, podendo continuar até a fase adulta por 10 a 15 anos, ou seja, mostra ser mais prevalente entre adolescentes (GIUSTI, 2013). De acordo com Outeiral (2008), é um período em que o jovem deve lidar com o luto da perda do corpo de infância e do todo que engloba o seu eu infantil, que devem ser deixados para trás. Por este motivo, muitos jovens procuram na automutilação uma forma de alívio para seus problemas (MOREIRA; BASTOS, 2015).

No Brasil, os dados ou estudos são escassos sobre a frequência desses comportamentos entre os adolescentes. Recentemente, no ano de 2017, a automutilação tornou-se mais comum em ser citada, isso porque neste mesmo ano um jogo chamado Baleia Azul ou Siniy Kit em russo, ou ainda Blue Whale em inglês, na qual é composto por um total de 50 desafios diários e que devem ser "cumpridos" no final de 50 dias, estes desafios envolvendo práticas autodanosas e, ao final, o suicídio (TABOSA et al, 2017). Os perfis gerais das vítimas eram de adolescentes de 13 a 17 anos de idade, que geralmente estavam na fase de conhecimento e sentimentos "a flor da pele". Em setembro de 2017, o número de casos de suicídio causado pelo jogo chegou ao número de 130 no mundo todo (KUMAR, 2017).

Devido à alta prevalência deste comportamento em escolas, a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2006) publicou um manual para prevenção de suicídio para professores e educadores, entendendo que este é um dos grupos relevantes para a

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prevenção desses comportamentos. Segundo esta associação, quando adequadamente treinados, os funcionários da escola podem identificar fatores de risco entre os alunos.

De acordo com um estudo americano que investigou 155 professores, mais da metade deles (60%) responderam que acham a ideia de automutilação "horrível". Quando questionados sobre seus níveis de confiança para lidar com estes comportamentos, 67% disseram que se sentiriam confortáveis se o estudante viesse até eles falar sobre automutilação; entretanto, apenas 43% têm conhecimento o bastante sobre o assunto para falar sobre este comportamento (HEATH et al, 2010). Neste sentido, os agentes de saúde, assistentes sociais, os pais e a escola possuem um papel essencial a desempenhar. O possível sucesso da prevenção do suicídio deve-se ao trabalho em conjunto da psicoeducação, envolvendo o paciente, sua família, a escola e toda a malha de apoio social em que o adolescente está inserido (MOREIRA; BASTOS, 2015).

Portanto, devido à relevância e atualidade do tema, a presente pesquisa propõe compreender a visão dos professores sobre o tema, a ocorrência dos casos de suicídios e parasuicidas dentro das escolas, e a motivação presente, como também a importância do papel de profissionais psicólogos dentro do ambiente escolar. Hipotetiza-se que o olhar atento do professor auxilie a prevenir o comportamento autodanoso em jovens, para isso.

Estratégias de discussões, orientações e acolhimento em sala de aula e fora dela auxiliam a prevenir ou intervir em casos de comportamentos autodanosos.

OBJETIVO

Investigar como os professores de escolas lidam com casos de automutilação entre adolescentes. Compreender a visão do corpo docente a respeito da importância de ser tratado o tema da automutilação com os discentes. Analisar a motivação do comportamento autodanoso entre adolescentes segundo a visão dos professores, e identificar a relevância do serviço de Psicologia dentro das escolas em casos de automutilação.

METODOLOGIA

O presente trabalho visa ser uma pesquisa empírica de caráter quantitativo, com delineamento transversal.

Seguindo a Resolução 466/12 do CNS e todas as considerações para a pesquisa com Seres Humanos, o trabalho dos pesquisadores junto ao estudo, são

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submetidos ao Comitê de Ética, garantindo assim que a pesquisa não prevê que haverá riscos para a saúde, resultantes da participação desta, como também não haverá formas de ressarcimento ou de indenização. Será mantido o sigilo e a privacidade do participante, e após o término, os resultados serão divulgados em encontros científicos e em publicação em revistas especializadas.

As escolas participantes da pesquisa assinaram uma carta para autorizando a pesquisa. Além disso, os participantes deverão assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que será entregue juntamente com o questionário.

Participantes

Participarão deste estudo 100 professores, do sexo feminino e masculino, com a idades entre 22 e 65 anos, por se tratar de tanto professores recém formados, como de professores com vasta experiência, e possivelmente, próximos da aposentadoria ou aposentados. Estes devem ministrar aulas no Ensino Fundamental II e Ensino Médio, em escolas públicas ou particulares e devem ter alunos entre 12 e 17 anos. Nessa pesquisa as aplicações dos questionários dar-se-ão nas escolas públicas no interior do estado de São Paulo.

Não poderão participar do estudo, professores que não estão na ativa há mais de 2 anos para essa faixa etária de alunos, pois considera-se que é necessário estar o mais atualizado possível sobre o assunto.

Instrumentos

Foi elaborado um questionário que contém 19 perguntas estruturadas fechadas, e três questões abertas que visam saber mais acerca da importância do psicólogo no âmbito escolar segundo a visão do professor.

RESULTADOS PRELIMINARES

A pesquisa poderá ser acessada pelos participantes assim que finalizada, podendo dar aos leitores sejam eles pais, professores, psicólogos mais clareza sobre o problema dos adolescentes de ferir o próprio corpo, compreender suas dificuldades e como lidar com esta demanda no contexto escolar. Além disso, a importância de se ter um profissional psicólogo para auxiliar na orientação, prevenção e enfrentamento do problema. Hipotetiza-se que o olhar atento do professor auxilie a prevenir o comportamento auto danoso em jovens, usando

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estratégias de discussões, orientações e acolhimento em sala de aula e fora dela auxiliando a prevenir ou intervir em casos de comportamentos auto danosos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBEDO, M. & Matos, M. Fazer mal a Si Próprio. In M. Matos & D. Sampaio (coord.). Jovens com saúde – Diálogo com uma Geração (pp. 123-130). Lisboa: Texto Editores, 2009.

KUMAR, A. Psychobiological derminat of blue whale suicide challenge

victimizationÇ a proposition for the agency mediated mental health risk in new media age. Elusive Disorders Research Network (EEDRN) 2017.

MOREIRA, L.C.O.; BASTOS, P.R.H.O; Prevalência e Fatores Associados à Ideação Suicida na Adolescência: Revisão de Literatura, Volume 19. Revista Quimestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional. São Paulo, 2015.

TABOSA, B. M. B. A psicopatia em sua dimensão virtual um olhar acerca do fenômeno baleia azul. Revista Eletrônica de Direito da Faculdade Estácio do Pará, [S.l.], v. 4, n. 5, jun. 2017.

TEIXEIRA, A.M.F.; LUIS, M.A.V. Suicídio, lesões e envenenamento em

adolescentes: um estudo epidemiológico. Revista Latino-Americana Enfermagem, Ribeirão Preto, 1997. V.5, p. 31-36.

MOREIRA, L.C.O.; BASTOS, P.R.H.O; Prevalência e Fatores Associados à Ideação Suicida na Adolescência: Revisão de Literatura, Volume 19. Revista Quimestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional. São Paulo, 2015.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Prevenção do suicídio: manual para professores e educadores. Departamento de Saúde Mental. Transtornos Mentais e Comportamentais. Genebra. 2000.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Prevenção do suicídio um recurso para conselheiros. Departamento de Saúde Mental e de Abuso de Substâncias Gestão de Perturbações Mentais e de Doenças do Sistema Nervoso. Genebra. 2006. SANTOS, J. C. P. A Ideação Suicida na Adolescência. Coimbra, 2009.

SARAIVA, C.B.; PEIXOTO B.; SAMPAIO, D. Suicídio e Comportamentos Autolesivos. 1ª edição. Lidel, 2014.

Referências

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