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Boletim. Segurança e Saúde no Trabalho. Manual de Procedimentos. Adicional de periculosidade - Considerações. Legislação Trabalhista e Previdenciária

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Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Boletim

Adicional de periculosidade -

Considerações

SUMÁRIO 1. Introdução 2. Caracterização 3. Adicional

4. Supressão do adicional - Hipótese 5. Materiais perigosos - Rótulos - Conteúdo 6. Avisos - Cartazes

7. Menores - Proibição

8. Empregados do setor de energia elétrica

9. Operadores de bomba de gasolina - Empregados - Direito ao adicional de periculosidade

10. Admissão - Dispensa - Afastamento 11. Atividades perigosas com explosivos 12. Atividades perigosas com inflamáveis 13. Trabalho portuário

14. Trabalhador sujeito a radiações ionizantes ou a substâncias radioativas - Adicional de periculosidade - Direito - Quadro de atividades e áreas de risco 1. INTRODUÇÃO As atividades ou operações perigosas são aquelas que, por sua natureza ou método de trabalho,

implicam contato permanente com inflamáveis ou explosivos e expõem o trabalhador a condições de risco acentuado.

A relação dessas atividades ou operações consta dos Anexos I e II da Norma Regulamenta-dora no 16 (NR 16) aprovada pela Portaria MTb no

3.214/1978.

2. CARACTERIZAÇÃO

A caracterização e a classificação da periculosi-dade, segundo as normas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), faz-se por intermédio de perícia a cargo de engenheiro do trabalho.

2.1 Perícia - Empresa e sindicato de categoria profissional - Requerimento ao MTE - Possibilidade

Faculta-se a empresas e sindicatos das catego-rias profissionais interessadas requererem ao MTE a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades ou operações perigosas.

2.2 Arguição em juízo

O empregado ou sindicato, em favor de grupo de associados, pode arguir em juízo a periculosidade, caso em que o juiz designa perito habilitado ou, onde não houver, requisita perícia

ao órgão competente do MTE.

2.3 Fiscalização

A solicitação de perícia pela empresa ou sindicato, bem como a arguição em ju-ízo, não prejudica a ação fis-calizadora do MTE, tampouco a realização ex officio da perícia.

3. ADICIONAL

O empregado que trabalha em condições de periculosidade faz jus ao adicional de 30% sobre o seu salário, sem os acréscimos resultantes de gra-tificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.

A Súmula no 191 do Tribunal Superior do

Traba-lho (TST) determina que o adicional de periculosida-de incipericulosida-de apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. Em relação aos eletricitários, o cálculo do adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial.

Segurança e Saúde no Trabalho

O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais, sendo que, em relação aos eletricitários, o

cálculo do adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a

totalidade das parcelas de natureza salarial

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Nota

O item II da Súmula no 364 do TST estabelece que:

364 - […]

II - A fixação do adicional de periculosidade, em percentual inferior ao legal e proporcional ao tempo de exposição ao risco, deve ser respeita-da, desde que pactuada em acordos ou convenções coletivos. (ex-OJ no 258 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002)

Exemplos

a) Empregado mensalista com salário básico de R$ 1.500,00, cujo serviço é exercido em condições de periculosidade:

30% de R$ 1.500,00 = R$ 450,00;

b) Empregado diarista com salário básico de R$ 70,00 por dia, cujo serviço é exercido em condições de periculosidade:

30% de R$ 70,00 = R$ 21,00;

c) Empregado horista com salário básico de R$ 10,00 por hora, cujo serviço é exercido em condições de periculosidade:

30% de R$ 10,00 = R$ 3,00.

Lembramos que tanto no exemplo “b” como no “c” empregado contratado nas modalidades de diarista e horista, o salário-dia e o salário-hora, ambos com o valor do adicional discriminado se-paradamente na folha de pagamento da empresa e no recibo de pagamento do empregado, conforme o período trabalhado, não eximem o empregador de efetuar, em separado, o cálculo do repouso semanal remunerado com a integração dos respectivos adicionais de periculosidade, também lançados à parte.

3.1 Contato permanente

Há quem entenda que, com base na definição dada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), art. 193, caput, o empregado, para fazer jus ao benefí-cio, deve estar em contato permanente com materiais inflamáveis ou explosivos. Os que defendem essa posição sustentam que o empregado não faz jus ao adicional se o seu contato com os materiais ora men-cionados se der em caráter eventual ou esporádico. Veja a exceção no item 8, que trata dos empregados que trabalham no setor de energia elétrica.

Em que pesem tais argumentos, vale ressaltar que também há os que defendem a tese de que o vocábulo “permanente” inserido na CLT não significa que o empre-gado deva estar em contato com o agente perigoso du-rante toda sua jornada de trabalho. Os defensores dessa linha de raciocínio preconizam que a simples exposição do empregado ao agente perigoso, independentemente do tempo de permanência, é suficiente para assegurar o direito ao adicional de periculosidade.

Nesse aspecto, a jurisprudência consubstanciou na Súmula TST no 364, adiante reproduzida, a tese de

que o adicional de periculosidade é devido, indepen-dentemente de a exposição a inflamáveis ou explosi-vos ser constante ou intermitente.

Súmula no 364 do TST

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVEN-TUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE (conversão das Orientações Jurisprudenciais nos 5, 258 e 280 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

I - Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extre-mamente reduzido. (ex-OJs da SBDI-1 nos 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003)

II - A fixação do adicional de periculosidade, em percentual inferior ao legal e proporcional ao tempo de exposição ao risco, deve ser respeitada, desde que pactuada em acor-dos ou convenções coletivos. (ex-OJ no 258 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002)

3.2 Presença de agente insalubre e perigoso - Simultaneidade - Empregado - Opção

A legislação veda a concessão simultânea dos adi-cionais de insalubridade e periculosidade. Dessa forma, ocorrendo a presença simultânea dos agentes insalu-bres e perigosos na execução dos serviços, o emprega-do deverá optar por apenas um emprega-dos adicionais deviemprega-dos.

Exemplo

Suponha-se que um empregado execute seu trabalho em setor da empresa que tenha a presença de agentes insalubres e pe-rigosos. Nessa situação, o empregado não pode acumular os dois adicionais, embora haja a exposição a ambos os agentes, devendo, portanto, optar por apenas um dos adicionais, confor-me aquele que lhe for mais vantajoso.

3.3 Não cumulatividade com outros adicionais - Comentários

Conforme a CLT, art. 193, § 1o, combinado com a

Súmula TST no 191, o adicional de periculosidade não

é cumulativo com outros adicionais.

Em que pesem as fundamentações legais supraci-tadas, deve-se levar em consideração que a doutrina e jurisprudência trabalhista não são uniformes sobre o assunto, havendo quem interprete que o adicional de periculosidade incide, por exemplo, sobre o salário acrescido dos adicionais de hora extra e noturna (adi-cionais cumulativos), quando for o caso, só não sendo devido quando o salário for acrescido de gratificações, prêmios ou participações nos lucros, consoante ex-pressa previsão na CLT, art. 193, § 1o.

Apesar de a Súmula TST no 191 dispor que o

adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico, e não sobre este acrescido de outros adicionais, há a Súmula TST no 264, mais recente que

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a anterior, segundo a qual a remuneração do serviço suplementar é composta do valor da hora normal in-tegrado por parcelas de natureza salarial e acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo, conven-ção coletiva ou sentença normativa.

Assim, embora a Súmula TST no 264 não trate

es-pecificamente do adicional de periculosidade, como o fez a no 191, ela estabelece que a apuração da hora

suplementar é composta do valor da hora normal inte-grado por parcelas de natureza salarial com o respec-tivo adicional, hipótese em que abrange o adicional de periculosidade, por ser parcela de natureza salarial.

Por tais argumentos, considerando inclusive as decisões judiciais sobre o assunto, convém, como medida preventiva, que a empresa, antes de se po-sicionar sobre os reflexos do adicional de periculo-sidade em outras verbas, consulte antecipadamente o órgão regional do MTE e o sindicato da respectiva categoria profissional a fim de proceder à escolha do critério de cálculo a ser adotado, lembrando sempre que a decisão final sobre eventual controvérsia com-petirá ao Poder Judiciário, caso a parte que se sinta prejudicada promova a competente ação.

3.4 Integração

A Súmula no 132 do TST dispõe:

132 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO (in-corporadas as Orientações Jurisprudenciais nos 174 e 267 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - O adicional de periculosidade, pago em caráter perma-nente, integra o cálculo de indenização e de horas extras (ex-Prejulgado no 3). (ex-Súmula no 132 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982/ DJ 15.10.1982 - e ex-OJ no 267 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002)

II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se en-contra em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as menciona-das horas. (ex-OJ no 174 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)

3.4.1 Integração no 13o salário

O adicional de periculosidade pago ao emprega-do integra o cálculo emprega-do 13o salário.

Assim, se o empregado percebe o salário mensal de R$ 600,00, o adicional de periculosidade corres-ponde a 30% desse valor, ou seja, R$ 180,00; portan-to, a remuneração que servirá de base de cálculo do 13o salário corresponde a R$ 780,00.

3.4.2 Integração nas férias

Calcula-se o adicional de periculosidade no sa-lário que serve de base ao cálculo da remuneração das férias, conforme disposto na CLT, art. 142, § 5o.

4. SUPRESSÃO DO ADICIONAL - HIPÓTESE

O direito do empregado ao adicional de periculo-sidade cessa com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física.

5. MATERIAIS PERIGOSOS - RÓTULOS - CONTEÚDO

Os materiais e substâncias empregados, manipu-lados ou transportados nos locais de trabalho, quan-do perigosos ou nocivos à saúde, devem conter, no rótulo, a sua composição, as recomendações de so-corro imediato e o símbolo de perigo correspondente, segundo a padronização internacional.

6. AVISOS - CARTAZES

Os estabelecimentos que mantenham atividades perigosas devem afixar, nos setores de trabalho atin-gidos, avisos ou cartazes com advertência quanto a materiais e substâncias perigosos ou nocivos à saúde.

7. MENORES - PROIBIÇÃO

Nos termos da CLT, art. 405, I, c/c a Portaria SIT no

88/2009, é proibido o trabalho do menor de 18 anos de idade em locais e serviços perigosos ou insalubres constantes do item I (“Trabalhos Prejudiciais à Saúde e à Segurança”) do Decreto no 6.481/2008, que

publi-cou a “Lista das Piores Formas do Trabalho Infantil”.

8. EMPREGADOS DO SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA

A Lei no 7.369/1985 determinou que o empregado

que exerce atividade no setor de energia elétrica em condições de periculosidade tem direito a uma remune-ração adicional de 30% sobre o salário que perceber.

A supracitada lei foi regulamentada pelo Decreto no 93.412/1986, que trouxe a especificação das

ativi-dades em condições de periculosidade e a descrição das áreas de risco.

8.1 Atividades em condições de periculosidade - Quadro

Nos termos do supracitado Decreto no 93.412/1986,

art. 1o, há previsão de que as atividades em condições

de periculosidade são as relacionadas no “Quadro de Atividades/Área de Risco”, reproduzido a seguir:

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QUADRO DE ATIVIDADES/ÁREA DE RISCO

Atividades Áreas de risco 1 - Atividades de construção,

operação e manutenção de redes e linhas aéreas de alta e baixa tensões integrantes de sistemas elétricos de potência, energizadas, mas com possibi-lidade de energização, aciden-tal ou por falha operacional, incluindo:

1 - Estruturas, condutores e equipamentos de linhas aéreas de transmissão, subtransmis-são e distribuição, incluindo plataformas e cestos aéreos usados para execução dos trabalhos:

1.1 - Montagem, instalação, substituição, conservação, reparos, ensaios e testes de: verificação, inspeção, levan-tamento, supervisão e fisca-lização: fusíveis, condutores, pára-raios, postes, torres, chaves, muflas, isoladores, transformadores, capacitores, medidores, reguladores de tensão, religadores, seccio-nalizadores, carrier (onda portadora via linhas de trans-missão), cruzetas, relé e braço de iluminação pública, apare-lho de medição gráfica, bases de concretos ou alvenaria de torres, postes e estrutura de sustentação de redes e linhas aéreas e demais componentes das redes aéreas;

- Pátio e salas de operação de subestações;

- Cabines de distribuição; - Estruturas, condutores e equipamentos de redes de tração elétrica incluindo esca-das, plataforma e cestos aére-os usadaére-os para execução daére-os trabalhos.

1.2 - Corte e poda de árvores; 1.3 - Ligações e cortes de consumidores;

1.4 - Manobras aéreas e sub-terrâneas de redes e linhas; 1.5 - Manobras em subesta-ção;

1.6 - Testes de curto em linhas de transmissão; 1.7 - Manutenção de fontes de alimentação de Sistemas de Comunicação; 1.8 - Leitura em consumidores de alta tensão; 1.9 - Aferição em equipamen-tos de medição; 1.10 - Medidas de resistências, lançamento e instalação de cabo contrapeso; 1.11 - Medidas de campo elétrico, rádio interferência e correntes induzidas;

1.12 - Testes elétricos em ins-talações de torceiros em faixas de linhas de transmissão (oleo-dutos, gasodutos etc.); 1.13 - Pintura de estruturas e equipamentos;

1.14 - Verificação, inspeção inclusive aérea, fiscalização, levantamento de dados e su-pervisão de serviços técnicos.

Atividades Áreas de risco 2 - Atividades de construção,

operação e manutenção de redes e linhas subterrâneas de alta e baixa tensões inte-grantes de sistemas elétricos de potência, energizados ou desenergizados, mas com possibilidade de energização acidental ou por falha opera-cional, incluindo:

2 - Valas, bancos de dutos, canaletas, condutores, recin-tos internos de caixas, poços de inspeção, câmaras, ga-lerias, túneis, estrutura, ter-minais e áreas de superfície correspondentes:

2.1 - Montagem, instalação, substituição, manutenção e reparos de: barramentos, transformadores, disjuntores, chaves e seccionadoras, condensadores, chaves a óleo, transformadores para instrumentos, cabos subterrâ-neos e subaquáticos, painéis, circuitos elétricos, contatos, muflas e isoladores e demais componentes de redes sub-terrâneas;

- Áreas submersas em rios, lagos e mares.

2.2 - Construção civil, insta-lação, substituição e limpeza de: valas, bancos de dutos, dutos, condutos, canaletas, galerias, túneis, caixas ou poços de inspeção, câmaras; 2.3 - Medição, verificação, ensaios, testes, inspeção, fiscalização, levantamento de dados e supervisões de servi-ços técnicos.

3 - Atividades de inspeção, testes, ensaios, calibração, medição e reparos em equi-pamentos e materiais elétri-cos, eletrônielétri-cos, eletromecâ-nicos e de segurança indivi-dual e coletiva em sistemas elétricos de potência de alta e baixa tensão.

3 - Áreas das oficinas e laboratórios de testes e ma-nutenção elétrica, eletrônica e eletromecânica onde são executados testes, ensaios, calibração e reparos de equi-pamentos energizados ou possíveis de energizamento acidental:

- Sala de controle e casas de máquinas de usinas e unida-des geradoras;

- Pátios e salas de operação de subestações, inclusive consumidoras;

- Salas de ensaios elétricos de alta tensão;

- Sala de controle dos centros de operações.

4 - Atividades de construção, operação e manutenção nas usinas, unidades geradoras, subestações e cabines de distribuição em operações, integrantes de sistemas de potência, energizado ou desenergizado com possibili-dade de voltar a funcionar ou energizar-se acidentalmente ou por falha operacional, incluindo:

4 - Pontos de medição e cabi-nes de distribuição, inclusive de consumidores:

- Salas de controles, casa de máquinas, barragens de usi-nas e unidades geradoras.

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Atividades Áreas de risco 4.1 - Montagem, desmontagem,

operação e conservação de: medidores, relês, chaves, disjun-tores e religadores, caixas de controle, cabos de força, cabos de controle, barramentos, ba-terias e carregadores, transfor-madores, sistemas anti-incêndio e de resfriamento, bancos de capacitores, reatores, regulado-res, equipamentos eletrônicos, eletrônicos mecânicos e eletro-eletrônicos, painéis, pára-raios, áreas de circulação, estruturas-suporte e demais instalações e equipamentos elétricos;

- Pátios e salas de operações de subestações, inclusive con-sumidoras.

4.2 - Construção de: valas de dutos, canaletas, bases de equipamentos, estruturas, con-dutos e demais instalações; 4.3 - Serviços de limpeza, pintu-ra e sinalização de instalações e equipamentos elétricos; 4.4 - Ensaios, testes, medições, supervisão, fiscalizações e levan-tamentos de circuitos e equipa-mentos elétricos, eletrônicos de telecomunicação e telecontrole. 5 - Atividades de treinamento em equipamentos ou instalações ener-gizadas, ou desenerener-gizadas, mas com possibilidade de energização acidental ou por falha operacional.

5 - Todas as áreas descritas nos itens anteriores.

8.2 Condições exigidas para a percepção da remuneração adicional

É exclusivamente suscetível de gerar direito à per-cepção da remuneração adicional de periculosidade o exercício das atividades constantes do quadro transcrito no subitem 8.1, desde que o empregado, independen-temente do cargo, categoria ou ramo da empresa:

a) permaneça habitualmente em área de risco, executando ou aguardando ordens, e em si-tuação de exposição contínua, caso em que o pagamento do adicional incidirá sobre o salá-rio da jornada de trabalho integral;

b) ingresse, de modo intermitente e habitual, em área de risco, caso em que o adicional incidirá sobre o salário do tempo despendido pelo em-pregado na execução de atividade em condições de periculosidade ou do tempo à disposição do empregador, na forma da letra “a” anterior; Para fins de aplicação das condições supracita-das, deve-se levar em consideração que:

1) o ingresso ou a permanência eventual em área de risco não geram direito ao adicional de pe-riculosidade;

2) os equipamentos ou instalações elétricas em situação de risco são aqueles de cujo contato físico ou exposição aos efeitos da eletricidade possam resultar incapacitação, invalidez per-manente ou morte;

3) o fornecimento, pelo empregador, dos equipamen-tos de proteção individual (EPI), a que se refere o disposto na CLT, art. 166, ou a adoção de técnicas de proteção ao trabalhador eximirão a empresa do pagamento do adicional, salvo quando não for eliminado o risco resultante da atividade do traba-lhador em condições de periculosidade.

Não obstante o disposto nas letras “a” e “b” deste texto, em relação ao pagamento do adicional, as Sú-mulas TST nos 191 e 361 dispõem:

191 - Adicional. Periculosidade. Incidência - Nova redação O adicional de periculosidade incide apenas sobre o sa-lário básico e não sobre este acrescido de outros adicio-nais. Em relação aos eletricitários, o cálculo do adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial.

361 - Adicional de periculosidade - Eletricitários - Exposi-ção intermitente

O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adi-cional de periculosidade de forma integral, tendo em vista que a Lei no 7.369, de 20.09.1985 não estabeleceu qualquer proporcionalidade em relação ao seu pagamento.

Nesse aspecto, o empregado, independentemen-te do independentemen-tempo em que permaneça em contato com o agente perigoso, fará jus ao pagamento integral e não proporcional do adicional de periculosidade.

8.3 Medidas de proteção ao trabalhador - Promoção pelo empregador

O pagamento do adicional de periculosidade não desobriga o empregador de promover as medidas de proteção ao trabalhador, destinadas à eliminação ou neutralização da periculosidade, nem autoriza o em-pregado a desatendê-las.

8.4 Adicional de periculosidade - Hipótese em que poderá deixar de ser pago

Cessado o exercício da atividade ou eliminado o risco, o adicional de periculosidade poderá deixar de ser pago.

8.4.1 Caracterização - Perícia

A caracterização do risco ou da sua eliminação é feita por meio de perícia a cargo de médico ou

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nheiro do trabalho, observado o disposto no art. 195 e parágrafos da CLT.

8.5 Empregados - Identificação adequada

Os empregados que exercerem atividades em condições de periculosidade serão espe-cialmente credenciados e portarão identificação adequada.

9. OPERADORES DE BOMBA DE GASOLINA - EMPREGADOS - DIREITO AO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

A Súmula no 212 do Supremo Tribunal Federal

(STF) e a Súmula TST no 39 estabelecem,

respectiva-mente:

212 - Tem direito ao adicional de serviço perigoso o empre-gado de posto de revenda de combustível líquido. 39 - Periculosidade

Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade (Lei no 2.573, de 15.08.1955).

10. ADMISSÃO - DISPENSA - AFASTAMENTO

O empregado admitido, dispensado ou afastado no curso do mês tem direito ao adicional calculado proporcionalmente ao número de dias efetivamente trabalhados.

Exemplos

1. Cálculo do adicional de periculosidade (integral): - admissão: 14.04

- salário contratual (mensalista - base 220 horas por mês): R$ 836,00;

- adicional de periculosidade: 30% de R$ 836,00 = R$ 250,80;

2. Cálculo do adicional de periculosidade (proporcional): - R$ 250,80 ÷ 220 horas mensais = R$ 1,14;

- R$ 1,14 x 7,33333 horas diárias = R$ 8,36; - R$ 8,36 x 17 dias (14.04 a 30.04) = R$ 142,12; ou - R$ 250,80 ÷ 30 x 17 = R$ 142,12.

10.1 Faltas injustificadas

O empregado que injustificadamente deixar de comparecer ao serviço está sujeito, além do desconto do salário de cada dia em que tiver faltado, a sofrer o desconto do adicional de periculosidade proporcio-nalmente àqueles dias.

Exemplo

Empregado com salário mensal de R$ 600,00 em junho, falta 2 dias, injustificadamente, ao serviço:

- salário mensal = R$ 600,00;

- salário diário = R$ 600,00 ÷ 30 = R$ 20,00;

- adicional de periculosidade = 30% de R$ 600,00 = R$ 180,00; - adicional de periculosidade diário = R$ 180,00 ÷ 30 = R$ 6,00; - salário mensal a ser pago, descontados os 2 dias de ausência

in-justificada do empregado ao serviço = R$ 20,00 x 28 = R$ 560,00; - adicional de periculosidade proporcional a ser pago no mês,

descontados os 2 dias de ausência injustificada do emprega-do ao serviço = R$ 6,00 x 28 = R$ 168,00;

- total mensal da remuneração a receber = R$ 560,00 + R$ 168,00 = R$ 728,00.

Lembramos que, além da perda do salário normal e do adicional de periculosidade relativos aos dias faltados injustificadamente, também poderá ser descontado o repouso semanal remunera-do (RSR), respectivo, se for o caso.

11. ATIVIDADES PERIGOSAS COM EXPLOSIVOS

Consideram-se atividades ou operações perigo-sas as executadas com explosivos sujeitos a:

a) degradação química ou autocatalítica;

b) ação de agentes exteriores, tais como calor, umida-de, faísca, fogo, fenômeno sísmico, choque e atrito. As operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, em quaisquer vasilhames e a gra-nel, são consideradas em condições de periculosidade, com exclusão para o transporte em pequenas quantida-des, até o limite de 200 litros para os inflamáveis líquidos e 135 quilos para os inflamáveis gasosos liquefeitos.

Considera-se líquido combustível todo aquele que possua ponto de fulgor igual ou superior a 70 °C e inferior a 93,3 °C.

11.1 Quadro de atividades e operações perigosas com explosivos

QUADRO DE ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPLOSIVOS

Atividades Adicional de 30% a) no armazenamento de

explosivos todos os trabalhadores nessa atividade ou que permaneçam na área de risco b) no transporte de explosivos todos os trabalhadores nessa atividade c) na operação de escorva

dos cartuchos de explosivostodos os trabalhadores nessa atividade d) na operação de

carrega-mento de explosivos todos os trabalhadores nessa atividade e) na detonação todos os trabalhadores nessa atividade f) na verificação de

detona-ções falhadas todos os trabalhadores nessa atividade g) na queima e destruição

de explosivos deteriorados todos os trabalhadores nessa atividade h) nas operações de

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11.2 Áreas de risco

São consideradas áreas de risco:

a) nos locais de armazenagem de pólvoras quí-micas, artifícios pirotécnicos e produtos quími-cos usados na fabricação de misturas explosi-vas ou de fogos de artifício, a área compreen-dida no quadro a seguir:

Quantidade armazenada em quilos Faixa de terreno até a distância máxima de Até 4.500 45 metros

Mais de 4.500 até 45.000 90 metros Mais de 45.000 até 90.000 110 metros Mais de 90.000 até 225.000 (*) 180 metros

(*) Quantidade máxima que não pode ser ultra-passada.

b) nos locais de armazenagem de explosivos iniciadores, a área compreendida no seguinte quadro:

Quantidade armazenada

em quilos Faixa de terreno até a distância máxima de Até 20 75 metros Mais de 20 até 200 220 metros Mais de 200 até 900 300 metros Mais de 900 até 2.200 370 metros Mais de 2.200 até 4.500 460 metros Mais de 4.500 até 6.800 500 metros Mais de 6.800 até 9.000 (*) 530 metros

(*) Quantidade máxima que não pode ser ultra-passada.

c) nos locais de armazenagem de explosivos de ruptura e pólvoras mecânicas (pólvora negra e pólvora chocolate ou parda), a área de opera-ção compreendida no quadro adiante:

Quantidade armazenada

em quilos Faixa de terreno até a distância máxima de

Até 23 45 metros

Mais de 23 até 45 75 metros Mais de 45 até 90 110 metros Mais de 90 até 135 160 metros Mais de 135 até 180 200 metros Mais de 180 até 225 220 metros Mais de 225 até 270 250 metros Mais de 270 até 300 265 metros Mais de 300 até 360 280 metros Mais de 360 até 400 300 metros Mais de 400 até 450 310 metros Mais de 450 até 680 345 metros Mais de 680 até 900 365 metros

Mais de 900 até 1.300 405 metros Mais de 1.300 até 1.800 435 metros Mais de 1.800 até 2.200 460 metros Mais de 2.200 até 2.700 480 metros Mais de 2.700 até 3.100 490 metros Mais de 3.100 até 3.600 510 metros Mais de 3.600 até 4.000 520 metros Mais de 4.000 até 4.500 530 metros Mais de 4.500 até 6.800 570 metros Mais de 6.800 até 9.000 620 metros Mais de 9.000 até 11.300 660 metros Mais de 11.300 até 13.600 700 metros Mais de 13.600 até 18.100 780 metros Mais de 18.100 até 22.600 860 metros Mais de 22.600 até 34.000 1.000 metros Mais de 34.000 até 45.300 1.100 metros Mais de 45.300 até 68.000 1.150 metros Mais de 68.000 até 90.700 1.250 metros Mais de 90.700 até 113.300 1.350 metros

d) quando se tratar de depósitos barricados ou entrincheirados, para efeito de delimitação de área de risco, as distâncias previstas no qua-dro supratranscrito podem ser reduzidas à metade;

e) será obrigatória a existência física de delimi-tação da área de risco, assim entendido qual-quer obstáculo que impeça o ingresso de pes-soas não autorizadas.

12. ATIVIDADES PERIGOSAS COM INFLAMÁVEIS 12.1 Quadro de atividades

São consideradas atividades ou operações peri-gosas, conferindo adicional de 30% aos trabalhado-res que se dedicam a estas, bem como àqueles que operam na área de risco, as realizadas:

QUADRO DE ATIVIDADES OU OPERAÇÕES PERIGOSAS

Atividades Adicional de 30% a) na produção, transporte,

proces-samento e armazenagem de gás liquefeito

todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na área de risco b) no transporte e armazenagem de

inflamáveis líquidos e gasosos lique-feitos e de vasilhames vazios não desgaseificados ou decantados

todos os trabalhadores da área de operação

c) nos postos de reabastecimento de

aeronaves todos os trabalhadores da área de operação d) nos locais de carregamento de

navios-tanques, vagões-tanques e caminhões-tanques e enchimento de vasilhames, com inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos

todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na área de risco

(8)

Atividades Adicional de 30% e) nos locais de descarga de

na-vios-tanques, vagões-tanques e caminhões-tanques com inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos ou de vasilhames vazios não desgaseifica-dos ou decantadesgaseifica-dos

todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na área de risco

f) nos serviços de operações e ma-nutenção de navios-tanques, vagões-tanques, caminhões-vagões-tanques, bombas e vasilhames, com inflamáveis líqui-dos ou gasosos liquefeitos, ou vazios não desgaseificados ou decantados

todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na área de risco

g) nas operações de desgaseificação, decantação e reparos de vasilhames não desgaseificados ou decantados

todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na área de risco h) nas operações de teste de

apa-relhos de consumo de gás e seus equipamentos

todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na área de risco i) no transporte de inflamáveis líquidos

e gasosos liquefeitos em caminhão-tanque

motorista e ajudante

j) no transporte de vasilhames (em caminhões de carga), contendo in-flamável líquido, em quantidade total igual ou superior a 200 litros, quando não observado o disposto no subtópi-co 12.4 adiante

motorista e ajudante

l) no transporte de vasilhames (em carreta ou caminhão de carga), con-tendo inflamável gasoso líquido, em quantidade total igual ou superior a 135 quilos

motorista e ajudante

m) na operação em postos de serviço e bombas de abastecimento de infla-máveis líquidos

operador de bomba e trabalhadores que operam na área de risco

12.2 Conceitos

Para os efeitos da NR 16, entende-se como: a) serviços de operação e manutenção de

em-barcações, vagões-tanques, caminhões-tan-ques, bombas e vasilhames de inflamáveis: a.1) atividades de inspeção, calibração,

me-dição, contagem de estoque e colheita de amostra em tanques ou quaisquer va-silhames cheios;

a.2) serviços de vigilância, arrumação de va-silhames vazios não desgaseificados, bombas propulsoras em recintos fecha-dos e superintendência;

a.3) atividades de manutenção, reparo, lava-gem, pintura de embarcações, tanques, viaturas de abastecimento e de quais-quer vasilhames cheios de inflamáveis ou vazios, não desgaseificados;

a.4) atividades de desgaseificação e lava-gem de embarcações, tanques, viaturas, bombas de abastecimento ou quaisquer

vasilhames que tenham contido inflamá-veis líquidos;

a.5) quaisquer outras atividades de manuten-ção ou operamanuten-ção, tais como serviço de almoxarifado, de escritório, de laborató-rio de inspeção de segurança, de confe-rência de estoque, de ambulatório médi-co, de engenharia, de oficinas em geral, de caldeiras, de mecânica, de eletrici-dade, de soldagem, de enchimento, fe-chamento e arrumação de quaisquer va-silhames com substâncias consideradas inflamáveis, desde que essas ativida-des sejam executadas dentro de áreas consideradas perigosas, ad referendum no MTE;

b) serviços de operação e manutenção de em-barcações, vagões-tanques, caminhões-tan-ques e vasilhames de inflamáveis gasosos liquefeitos:

b.1) atividades de inspeção nos pontos de va-zamento eventual no sistema de depósito de distribuição e de medição de tanques pelos processos de escapamento direto; b.2) serviços de superintendência;

b.3) atividades de manutenção de instala-ções da frota de caminhões-tanques, executadas dentro da área e em torno dos pontos de escapamento normais ou eventuais;

b.4) atividades de decantação, desgaseifica-ção, lavagem, reparos, pinturas e areação de tanques, cilindros e botijões cheios de gás liquefeito de petróleo (GLP);

b.5) quaisquer outras atividades de manu-tenção ou operação executadas dentro das áreas consideradas perigosas pelo MTE;

c) armazenagem de inflamáveis líquidos em tan-ques ou vasilhames:

c.1) quaisquer atividades executadas dentro de bacia de segurança de tanques; c.2) arrumação de tambores, latas ou

quais-quer outras atividades executadas den-tro do prédio de armazenamento de in-flamáveis ou em recintos abertos e com vasilhames cheios de inflamáveis ou não, desgaseificados ou decantados;

d) armazenagem de inflamáveis gasosos lique-feitos, em tanques ou vasilhames:

(9)

d.1) arrumação de vasilhames ou quaisquer outras atividades executadas dentro de prédio de armazenamento de inflamá-veis ou em recintos abertos com vasilha-mes cheios de inflamáveis ou vazios não desgaseificados ou decantados;

e) operações em postos de serviço e bombas de abastecimento de inflamáveis líquidos:

e.1) atividades ligadas diretamente ao abas-tecimento de viaturas com motor de ex-plosão;

f) outras atividades, tais como manutenção, lu-brificação, lavagem de viaturas, serviços de mecânica, elétrica e escritório de vendas e gerência, ad referendum do MTE

g) enchimento de quaisquer vasilhames (tambo-res, latas) com inflamáveis líquidos:

g.1) atividades de enchimento, fechamento e arrumação de latas ou caixas com latas; h) enchimento de quaisquer vasilhames

(cilin-dros, botijões) com inflamáveis gasosos lique-feitos:

h.1) atividades de enchimento, pesagem, ins-peção, estiva e arrumação de cilindros ou botijões cheios de GLP;

h.2) outras atividades executadas dentro da área considerada perigosa, ad referendum do MTE.

12.3 Áreas de risco

Consideram-se áreas de risco, de acordo com o quadro transcrito a seguir extraído da NR 16:

ÁREAS DE RISCO

Atividade Área de Risco

a) poços de petróleo em produção

de gás círculo com raio de 30 metros, no mí-nimo, com centro na boca do poço b) unidade de processamento das

refinarias faixa de 30 metros de largura, no míni-mo, contornando a área de operação c) outros locais de refinaria onde se

realizam operações com inflamáveis em estado de volatização ou possibi-lidade de volatização decorrente de falha ou defeito dos sistemas de se-gurança e fechamento das válvulas

faixa de 15 metros de largura, no mínimo, contornando a área de ope-ração

d) tanques de inflamáveis líquidos toda a bacia de segurança e) tanques elevados de inflamáveis

gasosos círculo com raio de 3 metros com cen-tro nos pontos de vazamento eventual (válvulas, registros, dispositivos de me-dição por escapamento, gaxetas) f) carga e descarga de inflamáveis

líquidos contidos em navios, chatas e batelões

afastamento de 15 metros da beira do cais, durante a operação, com extensão correspondente ao compri-mento da embarcação

g) abastecimento de aeronaves toda a área de operação

Atividade Área de Risco

h) enchimento de vagões-tanques e caminhões-tanques com inflamáveis líquidos

círculo com raio de 15 metros com centro nas bocas de enchimento dos tanques

i) enchimento de vagões-tanques e caminhões-tanques inflamáveis ga-sosos liquefeitos

círculo com raio de 7,5 metros com centro nos pontos de vazamento eventual (válvulas e registros) j) enchimento de vasilhames com

in-flamáveis gasosos liquefeitos círculo com raio de 15 metros com centro nos bicos de enchimento l) enchimento de vasilhames com

in-flamáveis líquidos, em locais abertos círculo com raio de 7,5 metros com centro nos bicos de enchimento m) enchimento de vasilhames com

in-flamáveis líquidos, em recinto fechado toda a área interna do recinto n) manutenção de viaturas-tanques,

bombas e vasilhames que continham inflamável líquido

local de operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de largura em torno dos seus pontos externos

o) desgaseificação, decantação e reparos de vasilhames não desgasei-ficados ou decantados, utilizados no transporte de inflamáveis

local da operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de largura em torno dos seus pontos externos

p) testes em aparelhos de consumo

de gás e seus equipamentos local da operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de largura em torno dos seus pontos externos

q) abastecimento de inflamáveis toda a área de operação, abrangendo, no mínimo, círculo com raio de 7,5 me-tros com centro no ponto de abasteci-mento e o círculo com raio de 7,5 metros com centro na bomba de abastecimento da viatura e faixa de 7,5 metros de largu-ra palargu-ra ambos os lados da máquina r) armazenamento de vasilhames

que contenham inflamáveis líquidos ou vazios não desgaseificados ou decantados, em locais abertos

faixa de 3 metros de largura em torno dos seus pontos externos

s) armazenamento de vasilhames que contenham inflamáveis líquidos ou vazios não desgaseificados ou decantados, em recinto fechado

toda a área interna do recinto

t) carga e descarga de vasilhames contendo inflamáveis líquidos ou va-silhames vazios não desgaseificados ou decantados, transportados por navios, chatas ou batelões

afastamento de 3 metros da beira do cais, durante a operação, com exten-são correspondente ao comprimento da embarcação

12.4 Situações que não caracterizam

periculosidade para efeito de percepção do adicional

Não caracterizam periculosidade, para fins de percepção do adicional correspondente:

a) o manuseio, a armazenagem e o transporte de líquidos inflamáveis em embalagens certifica-das, simples, compostas ou combinacertifica-das, des-de que obedes-decidos os limites consignados no quadro 1 do item 4.2 da NR 16, independente-mente do número total de embalagens manu-seadas, armazenadas ou transportadas, sem-pre que obedecidas as normas regulamenta-doras expedidas pelo MTE, a NBR 11564/1991 e a legislação sobre produtos perigosos relati-va aos meios de transporte utilizados;

b) o manuseio, a armazenagem e o transporte de recipientes de até 5 litros, lacrados na fabricação, contendo líquidos inflamáveis,

(10)

independentemente do número total de re-cipientes manuseados, armazenados ou transportados, sempre que obedecidas as normas regulamentadoras expedidas pelo MTE e a legislação sobre produtos perigo-sos relativa aos meios de transporte utiliza-dos.

13. TRABALHO PORTUÁRIO

Por intermédio da Portaria SSST no 53/1997,

alterada pela Portaria SIT/DSST no 158/2006, foi

aprovado o texto da NR 29, a qual dispõe sobre segurança e saúde no trabalho portuário. No seu subitem 29.6.4.2, alínea “f”, há previsão de que, nas operações com gases e líquidos inflamáveis pertinentes às classes 2 e 3, são observadas as re-comendações de nos I a VIII daquela alínea, sem

prejuízo do disposto na NR 16 - Atividades e Opera-ções Perigosas (objeto deste texto) e NR 20 - Líqui-dos Combustíveis e Inflamáveis.

14. TRABALHADOR SUJEITO A RADIAÇÕES IONIZANTES OU A SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS - ADICIONAL DE

PERICULOSIDADE - DIREITO - QUADRO DE ATIVIDADES E ÁREAS DE RISCO

Nos termos da Portaria MTb no 3.393/1987 e da

Portaria MTE no 518/2003, são adotadas como

ativida-des de risco em potencial, concernentes a radiações ionizantes ou substâncias radioativas, as do “Quadro de Atividades e Operações Perigosas”, cujo teor re-produzimos a seguir, aprovado pela Comissão Nacio-nal de Energia Nuclear (CNEN),

O trabalho, nas condições enunciadas no quadro transcrito, extraído da NR 16, adiante, assegura, ao empregado, o adicional de periculosidade, conforme o item 3 deste texto.

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM RADIAÇÕES IONIZANTES OU SUBSTÂNCIAS

RADIOATIVAS / ÁREAS DE RISCO

Atividades e Operações Perigosas com Radiações Ionizantes ou Substâncias Radioativas / Áreas de risco

Atividades Áreas de Risco

1. Produção, utilização, processa-mento, transporte, guarda, estoca-gem e manuseio de materiais radioa-tivos, selados e não selados, de esta-do físico e forma química quaisquer, naturais ou artificiais, incluindo:

- Minas e depósitos de materiais ra-dioativos.

- Plantas-Piloto e Usinas de beneficia-mento de minerais radioativos. - Outras áreas sujeitas a risco poten-cial devido às radiações ionizantes.

Atividades e Operações Perigosas com Radiações Ionizantes ou Substâncias Radioativas / Áreas de risco

Atividades Áreas de Risco

1.1 Prospecção, mineração, opera-ção, beneficiamento e processamen-to de minerais radioativos.

- Lixiviação de minerais radioativos para a produção de concentrados de urânio e tório.

- Purificação de concentrados e con-versão em outras formas para uso como combustível nuclear.

1.2 Produção, transformação e trata-mento de materiais nucleares para o ciclo do combustível nuclear.

- Produção de fluoretos de urânio para a produção de hexafluoreto e urânio metálico.

- Instalações para enriquecimento isotópico e reconversão.

- Fabricação do elemento combustí-vel nuclear.

- Instalações para armazenamento dos elementos combustíveis usados. - Instalações para o retratamento do combustível irradiado.

- Instalações para o tratamento e de-posições, provisórias e finais, dos re-jeitos radioativos naturais e artificiais. 1.3 Produção de radioisótopos para

uso em medicina, agricultura, agro-pecuária, pesquisa científica e tec-nológica.

- Laboratórios para a produção de ra-dioisótopos e moléculas marcadas.

1.4 Produção de Fontes Radioativas. - Instalações para tratamento do material radioativo e confecção de fontes.

- Laboratórios de testes, ensaios e calibração de fontes, detectores e monitores de radiação, com fontes radioativas.

1.5 Testes, ensaios e calibração de detectores e monitores de radiação com fontes de radiação.

- Laboratórios de ensaios para mate-riais radioativos.

- Laboratórios de radioquímica. 1.6 Descontaminação de superfícies,

instrumentos, máquinas, ferramentas, utensílios de laboratório, vestimentas e de qualquer outras áreas ou bens duráveis contaminados com material radioativo.

- Laboratórios para descontaminação de peças e materiais radioativos. - Coleta de rejeitos radioativos em instalações, prédios e em áreas abertas.

- Lavanderia para roupas contamina-das.

- Transporte de materiais e rejeitos radioativos, condicionamento, esto-cagens e sua deposição.

1.7 Separação isotópica e

processa-mento radioquímico. - Instalações para tratamento, con-dicionamento, contenção, estabili-zação, estocagem e deposição de rejeitos radioativos.

- Instalações para retenção de rejei-tos radioativos.

1.8 Manuseio, condicionamento, li-beração, monitoração, estabilização, inspeção, retenção e deposição de rejeitos radioativos.

- Sítio de rejeitos.

- Instalações para estocagem de produtos radioativos para posterior aproveitamento.

2. Atividades de operação e

manuten-ção de reatores nucleares, incluindo: - Edifícios de reatores.- Edifícios de estocagem de combustível. 2.1 Montagem, instalação,

substitui-ção e inspesubstitui-ção de elementos com-bustíveis.

- Instalações de tratamento e estoca-gem de rejeitos radioativos.

2.2 Manutenção de componentes integrantes do reator e dos sistemas hidráulicos mecânicos e elétricos, ir-radiados, contaminados ou situados em áreas de radiação.

- Instalações para tratamento de água de reatores e separação e contenção de produtos radioativos.

- Salas de operação de reatores. - Salas de amostragem de efluentes radioativos.

2.3 Manuseio de amostras

irradia-das. - Laboratórios de medidas de radia-ção. 2.4 Experimentos utilizando canais

de irradiação. - Outras áreas sujeitas a risco poten-cial às radiações ionizantes, passíveis de serem atingidas por disperção de produtos voláteis.

(11)

Atividades e Operações Perigosas com Radiações Ionizantes ou Substâncias Radioativas / Áreas de risco

Atividades Áreas de Risco

2.5 Medição de radiação, levanta-mento de dados radiológicos e nu-cleares, ensaios, testes, inspeções, fiscalização e supervisão de traba-lhos técnicos.

- Laboratório semi-quentes e quen-tes.

- Minas de urânio e tório.

- Depósitos de minerais radioativos e produtos do tratamento de minerais radioativos.

2.6 Segregação, manuseio, tratamen-to, acondicionamento e armazena-mento de rejeitos radioativos.

- Coletas de materiais e peças radio-ativas, materiais contaminados com radioisótopos e águas radioativas. 3. Atividades de operação e

manu-tenção de aceleradores de partícu-las, incluindo:

- Áreas de irradiação de alvos.

3.1 Montagem, instalação, substitui-ção e manutensubstitui-ção de componentes irradiados ou contaminados.

- Oficinas de manutenção de compo-nentes irradiados ou contaminados. - Salas de operação de aceleradores. 3.2 Processamento de alvos

irradia-dos. - Laboratórios para tratamento de alvos irradiados e separação de ra-dioisótopos.

3.3 Experimentos com feixes de

par-tículas. - Laboratórios de testes com radia-ção e medidas nucleares. 3.4 Medição de radiação,

levanta-mento de dados radiológicos e nucle-ares, testes, inspeções e supervisão de trabalhos técnicos.

- Áreas de tratamento e estocagem de rejeitados radioativos.

3.5 Segregação, manuseio, tratamen-to, acondicionamento e armazena-mento de rejeitos radioativos.

- Laboratórios de processamento de alvos irradiados.

4. Atividades de operação com apa-relhos de raios-X, com irradiadores de radiação gama, radiação beta ou radiação de nêutrons, incluindo:

- Salas de irradiação e de operação de aparelhos de raios-X e de irradia-dores gama, beta ou nêutrons. 4.1 Diagnóstico-médico e

odontoló-gico. - Laboratórios de testes, ensaios e calibração com as fontes de radiação descritas.

4.2 Radioterapia. -4.3 Radiografia industrial, gamagrafia

e neutronradiografia. - Manuseio de fontes. 4.4 Análise de materiais por

difrato-metria. - Manuseio do equipamento. 4.5 Testes, ensaios e calibração de

detectores e monitores de radiação. - Manuseio de fontes e amostras ra-dioativas. 4.6 Irradiação de alimentos. - Manuseio de fontes e instalações

para a irradiação de alimentos.

Atividades e Operações Perigosas com Radiações Ionizantes ou Substâncias Radioativas / Áreas de risco

Atividades Áreas de Risco

4.7 Esterilização de instrumentos

mé-dico-hospitalares. - Manuseio de fontes e instalações para a operação. 4.8 Irradiação de espécimes minerais

e biológicos. - Manuseio de amostras irradiadas. 4.9 Medição de radiação,

levanta-mento de dados radiológicos, en-saios, testes, inspeções, fiscalização de trabalhos técnicos.

- Laboratórios de ensaios e calibra-ção de fontes e materiais radioativos.

5. Atividades de medicina nuclear. - Salas de diagnósticos e terapia com medicina nuclear.

5.1 Manuseio e aplicação de radioi-sótopos para diagnóstico médico e terapia.

- Enfermaria de pacientes, sob trata-mento com radioisótopos.

- Enfermaria de pacientes contamina-dos com radioisótopos em observação e sob tratamento de descontaminação. 5.2 Manuseio de fontes seladas para

aplicação em braquiterapia. - Área de tratamento e estocagem de rejeitos radioativos. 5.3 Obtenção de dados biológicos

de pacientes com radioisótopos in-corporados.

- Manuseio de materiais biológicos contendo radioisótopos ou moléculas marcadas.

5.4 Segregação, manuseio, tratamen-to, acondicionamento e estocagem de rejeitos radioativos.

- Laboratórios para descontaminação e coleta de rejeitos radioativos.

6. Descomissionamento de instala-ções nucleares e radioativas, que inclui:

- Áreas de instalações nucleares e radioativas contaminadas e com re-jeitos.

6.1 Todas as descontaminações

ra-dioativas inerentes. - Depósitos provisórios e definitivos de rejeitos radioativos. 6.2 Gerenciamento dos rejeitos

radio-ativos existentes, ou sejam: tratamen-to e acondicionamentratamen-to dos rejeitratamen-tos lí-quidos, sólidos, gasosos e aerossóis; transporte e deposição dos mesmos.

- Instalações para contenção de rejei-tos radioativos.

- Instalações para asfaltamento de rejeitos radioativos.

- Instalações para cimentação de re-jeitos radioativos.

7. Descomissionamento de minas, moinhos e usinas de tratamento de minerais radioativos.

- Tratamento de rejeitos minerais. - Repositório de rejeitos naturais (ba-cia de contenção de rádio e outros radioisótopos).

- Deposição de gangas e rejeitos de mineração.

(CLT, arts. 193 a 197, NR 16, aprovada pela Portaria MTb no 3.214/1978, observadas as alterações posteriores)

(continuação)

IOB Setorial

CONSTRUÇÃO CIVIL

Gruas

1. INTRODUÇÃO

Obedecendo ao disposto no art. 200, I, da Con-solidação das Leis do Trabalho (CLT), o Ministério do Trabalho e Emprego aprovou, por meio da Portaria

MTb no 3.214/1978, a Norma Regulamentadora no 18

(NR 18), que estabelece as regras a serem seguidas relativamente às condições e ao meio ambiente de trabalho na indústria da construção.

2. DEFINIÇÃO

Grua é um equipamento pesado utilizado no trans-porte horizontal e vertical de materiais.

(12)

2.1 Tipos

As gruas podem ser:

a) ascensionais: tipo de grua onde a torre da mes-ma está apoiada na estrutura da edificação; ou b) automontantes: tipo de grua que possui um

sistema de montagem automática sem a ne-cessidade de guindaste auxiliar.

3. OPERAÇÃO

3.1 Área de cobertura

A ponta da lança e o cabo de aço de levantamen-to da carga devem ficar, no mínimo, a 3 m de qualquer obstáculo e ter afastamento da rede elétrica que aten-da à orientação aten-da concessionária local.

Para distanciamentos inferiores a 3 m, a interfe-rência deverá ser objeto de análise técnica, por profis-sional habilitado, dentro do plano de cargas.

A área de cobertura da grua, bem como as inter-ferências com áreas além do limite da obra, deverão estar previstas no plano de cargas respectivo.

Nota

O plano de cargas fornece informações quanto à implantação e à ope-racionalização de equipamentos de guindar e deve conter no mínimo as se-guintes informações:

a) dados do local de instalação do(s) equipamento(s); b) empresa responsável pela obra;

c) dados do(s) equipamento(s);

d) fornecedor(es)/locador(es) do(s) equipamento(s)/proprietário(s) do(s) equipamento(s);

e) responsável(is) pela manutenção da(s) grua(s);

f) responsável(is) pela montagem e outros serviços da(s) grua(s); g) local de instalação da(s) grua(s);

h) sistema de segurança;

i) pessoal técnico - atividades com exigência de qualificação; j) manutenções e alterações do(s) equipamento(s);

k) documentação obrigatória no canteiro;

l) conteúdo programático para treinamento dos operadores.

3.2 Transporte de pessoas

É proibida a utilização de gruas para o transporte de pessoas.

3.3 Ancoragem

O posicionamento da primeira ancoragem (siste-ma de fixação entre a estrutura da torre da grua e a edificação), bem como o intervalo entre ancoragens posteriores, deve seguir as especificações do fabri-cante, fornecedor ou empresa responsável pela mon-tagem do equipamento, mantendo disponível no local

as especificações atinentes aos esforços atuantes na estrutura da ancoragem e do edifício.

3.4 Termo de entrega técnica

Antes da entrega ou liberação para início de trabalho com utilização de grua, deve ser elaborado um termo de entrega técnica, prevendo a verificação operacional e de segurança, e realizado o teste de carga, respeitando-se os parâmetros indicados pelo fabricante.

3.5 Operação

A operação da grua deve se desenvolver em con-formidade com as recomendações do fabricante.

Toda grua deve ser operada por meio de cabine acoplada à parte giratória do equipamento, exceto em caso de gruas automontantes, de projetos específicos ou de operação assistida.

3.6 Intempéries

É proibido qualquer trabalho sob intempéries ou outras condições desfavoráveis que exponham os tra-balhadores a risco.

A grua deve dispor de dispositivo automático com alarme sonoro que indique a ocorrência de ventos su-periores a 42 km/h, situação esta que determinará a interrupção da operação.

Somente poderá ocorrer trabalho sob condições de ventos com velocidade acima de 42 km/h mediante operação assistida.

Sob nenhuma condição é permitida a operação com gruas quando da ocorrência de ventos com velo-cidade superior a 72 km/h.

3.7 Aterramento

A estrutura da grua deve estar devidamente ater-rada de acordo com a NBR 5410 e procedimentos da NBR 5419.

A execução e manutenção das instalações elétri-cas devem ser realizadas por trabalhador qualificado, e a supervisão, por profissional legalmente habilitado.

3.8 Sistema hidráulico

Para operações de telescopagem (procedimento utilizado para elevação e descida da grua), monta-gem e desmontamonta-gem de gruas ascensionais, o siste-ma hidráulico deverá ser operado fora da torre.

(13)

As gruas ascensionais só poderão ser utilizadas quan-do suas escadas de sustentação dispuserem de sistema de fixação ou quadro-guia que garantam seu paralelismo.

Não é permitida a presença de pessoas no inte-rior da torre de grua durante o acionamento do siste-ma hidráulico.

3.9 Proibições

É proibida a utilização de:

a) grua para arrastar peças, içar cargas inclinadas, em diagonal ou potencialmente ancoradas como desforma de elementos pré-moldados;

Nota

Nesse caso, o içamento por grua só deve ser iniciado quando as partes estiverem totalmente desprendidas de qualquer ponto da estrutura ou do solo.

b) travas de segurança para bloqueio de movi-mentação da lança quando a grua não estiver em funcionamento.

Nota

Para casos especiais deverá ser apresentado projeto específico dentro das recomendações do fabricante com respectiva Anotação de Responsa-bilidade Técnica (ART).

3.10 Itens de segurança

A grua deve, obrigatoriamente, dispor dos seguin-tes itens de segurança:

a) limitador de momento máximo;

b) limitador de carga máxima para bloqueio do dispositivo de elevação;

c) limitador de fim de curso para o carro da lança nas duas extremidades;

d) limitador de altura que permita frenagem se-gura para o moitão;

e) alarme sonoro para ser acionado pelo opera-dor em situações de risco e alerta, bem como de acionamento automático, quando o limita-dor de carga ou momento estiver atuando; f) placas indicativas de carga admissível ao longo

da lança, conforme especificado pelo fabricante; g) luz de obstáculo (lâmpada-piloto);

h) trava de segurança no gancho do moitão; i) cabos-guia para fixação do cabo de

seguran-ça para acesso à torre, lanseguran-ça e contralanseguran-ça; j) limitador de giro, quando a grua não dispuser

de coletor elétrico;

k) anemômetro (instrumento para medir a veloci-dade ou a intensiveloci-dade do vento);

l) dispositivo instalado nas polias que impeça o escape acidental do cabo de aço;

m) proteção contra a incidência de raios solares para a cabine do operador;

n) limitador de curso para o movimento de trans-lação de gruas instaladas sobre trilhos; o) guarda-corpo, corrimão e rodapé nas

transpo-sições de superfície; p) escadas fixas;

Nota

A escada fixa, tipo marinheiro, com 6 m ou mais de altura, deve ser provida de gaiola protetora a partir de 2 m acima da base até 1 m acima da última superfície de trabalho.

q) limitadores de curso para o movimento da lan-ça - item obrigatório para gruas de lanlan-ça mó-vel ou retrátil.

Nota

Moitão é a parte da grua que, através de polias, liga o cabo de aço de elevação ao gancho de içamento.

Para movimentação vertical na torre da grua é obrigatório o uso de dispositivo trava-quedas.

3.11 Áreas de carga ou descarga

As áreas de carga ou descarga devem ser iso-ladas, somente sendo permitido a elas o acesso de pessoal envolvido na operação.

3.12 Habilitação

Toda empresa fornecedora, locadora ou de ma-nutenção de gruas deve ser registrada no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), para prestar tais serviços técnicos.

A implantação, instalação, manutenção e retirada de gruas devem ser supervisionadas por engenheiro legalmente habilitado vinculado à respectiva empre-sa. Para tais serviços, deve ser emitida ART.

3.13 Dispositivo auxiliar de içamento

Todo dispositivo auxiliar de içamento (caixas, gar-fos, dispositivos mecânicos e outros), independente-mente da forma de contratação ou de fornecimento, deve atender aos seguintes requisitos:

a) dispor de maneira clara quanto aos dados do fabricante e do responsável, quando aplicável; b) ser inspecionado pelo sinaleiro ou amarrador

de cargas, antes de entrar em uso;

c) dispor de projeto elaborado por profissional legalmente habilitado, mediante emissão de

(14)

ART com especificação do dispositivo e des-crição das características mecânicas básicas do equipamento.

3.14 Laudo estrutural e operacional - Necessidade

Toda grua que não dispuser de identificação do fabricante, não possuir fabricante ou importador esta-belecido ou, ainda, que já tenha mais de 20 anos de fabricação deverá possuir laudo estrutural e opera-cional quanto à integridade estrutural e eletromecâni-ca, bem como atender às exigências descritas neste

texto, inclusive com emissão de ART por engenheiro legalmente habilitado.

O laudo deverá ser revalidado no máximo a cada 2 anos.

3.15 Publicidade

Não é permitida a colocação de placas de publi-cidade na estrutura da grua, salvo quando especifica-do pelo fabricante especifica-do equipamento.

IOB Entende

Férias fracionadas e abono pecuniário

Quando as férias do empregado são fracionadas a pedido deste ou por necessidade do serviço, é mui-to comum a empresa ficar em dúvida sobre ser ou não legal converter em abono pecuniário parte do período restante das férias.

Não há disposição legal expressa que discipline especificamente essa questão. Verifica-se, também, tanto no âmbito doutrinário como no jurisprudencial, a escassez de posições acerca da matéria.

Assim, para a solução da questão, resta-nos a análi-se dos dispositivos legais que a regem de forma geral.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seus arts. 129, 130, 134, 136 e 137, dispõe que:

a) a cada 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado adquire o direito a um período de férias de 30, 24, 18 ou 12 dias, conforme o número de faltas injustifica-das verificainjustifica-das no curso do período aquisiti-vo respectiaquisiti-vo;

b) as férias são concedidas por ato do emprega-dor, observando a época que melhor atenda aos seus interesses, em um só período, nos 12 me-ses subsequentes à data em que o empregado completar o período aquisitivo, sob pena de pa-gamento em dobro da respectiva remuneração. O referido período também é chamado de “con-cessivo” ou “gozo” ou, ainda, “fruição”;

c) somente em casos excepcionais as férias po-dem ser concedidas em dois períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 dias corridos;

Nota

A legislação trabalhista não define os “casos excepcionais”, tam-pouco deixa a definição a critério do empregador. Admite, apenas, as possibilidades de sua caracterização:

a) a juízo do empregador, em caso de força maior que o impeça de concedê-las integralmente ou lhe ocasione sérios prejuízos econômicos, ao menos; ou

b) a pedido do empregado, desde que se comprove motivo justo que o autorize a solicitar o gozo parcelado e o empregador a consenti-lo.

Entende-se por força maior todo acontecimento inevitável, em re-lação à vontade do empregador, e para a realização do qual este não concorreu, direta ou indiretamente.

Convém lembrar que:

a) a imprevidência do empregador exclui a razão de força maior; e b) à ocorrência do motivo de força maior que não afete

substancial-mente, nem seja suscetível de afetar, em tais condições, a situação econômica e financeira da empresa, não se aplicam as restrições dispostas na CLT a essa figura jurídica (CLT, art. 501, §§ 1o e 2o).

d) as férias sempre são concedidas de uma só vez aos menores de 18 e maiores de 50 anos de idade. Portanto, a estes é assegurado o gozo integral de férias, segundo a aquisição do respectivo direito: 30, 24, 18 ou 12 dias, conforme o número de faltas injustificadas no curso desse período aquisitivo;

e) o empregado estudante menor de 18 anos de idade tem o direito de fazer coincidir suas fé-rias com o período de féfé-rias escolares;

f) o empregado tem a faculdade de converter 1/3 do período de férias a que tiver direito em abo-no pecuniário, desde que faça a solicitação até 15 dias antes do término do período aquisitivo respectivo. Caso a solicitação seja feita após o vencimento do mencionado prazo, a conversão dependerá da vontade do empregador.

A Convenção no 132 da Organização Internacional

(15)

re-muneradas, aprovada por meio do Decreto Legislativo SF no 47/1981 e promulgada por intermédio do

Decre-to no 3.197/1999, passando a vigorar no Brasil desde

23.09.1999, estabelece, no artigo 3, item 3, e no artigo 8:

Artigo 3 - (...) (...)

3. - A duração das férias não deverá em caso algum ser inferior a 3 (três) semanas de trabalho, por 1 (um) ano de serviço.

(...). Artigo 8

1. - O fracionamento do período de férias anuais remune-radas pode ser autorizado pela autoridade competente ou pelo órgão apropriado de cada país.

2. - Salvo estipulação em contrário contida em acordo que vincule o empregador e a pessoa empregada em questão, e desde que a duração do serviço desta pessoa lhe dê direito a tal período de férias, numa das frações do referido período deverá corresponder pelo menos a duas semanas de trabalho ininterruptos.

Observa-se, portanto, que a Convenção em ques-tão determina que, excetuada previsão em contrário contida em acordo, um dos períodos das férias fracio-nadas não poderá ser inferior a 14 dias.

De todo o exposto conclui-se que:

a) ao fixar o período de férias em 30 dias, o legis-lador entendeu ser esse o período necessário para que o trabalhador se restabeleça física e mentalmente do desgaste provocado pelo ano de trabalho transcorrido;

b) a regra geral é a de que as férias sejam goza-das em um só período;

c) o legislador permitiu que, em casos excep-cionais, as férias sejam fracionadas em dois períodos. Trata-se, portanto, de uma situação anormal, ou seja, situação extraordinária que autoriza o desvio da regra geral.

Considerando que o legislador, ao fixar o período de férias, buscou privilegiar o descanso e a higidez do trabalhador, entendemos que, havendo o fracio-namento das férias, atendidos os requisitos legais já mencionados, o empregado poderá utilizar a faculda-de legal que lhe é atribuída e converter 1/3 do período restante de férias individuais em abono pecuniário, desde que haja, após a conversão, pelo menos 10 dias de gozo.

Assim, a nosso ver, só poderá haver conversão em abono pecuniário de 1/3 do período que resta de férias, uma vez que parte delas já foi gozada e

não há como converter o que já foi usufruído. O di-reito do trabalhador no momento do gozo dos dias restantes de férias não corresponde mais à sua in-tegralidade.

Exemplos

a) empregado com direito a 30 dias de férias solicita o fracionamento das férias em dois períodos de 15 dias cada um. Goza o pri-meiro período e, quando da concessão do 2o período, solicita a conversão de 1/3 do

período restante em abono pecuniário. As-sim temos:

- 2o período de férias = 15 dias

- abono pecuniário = 5 dias

- período de gozo relativo ao 2o período

de férias = 10 dias

Nesse exemplo, foi observado o período míni-mo de 10 dias de gozo de férias, situação que a nosso ver atende à intenção do legislador;

b) empregado com direito a 30 dias de fé-rias solicita o seu fracionamento em dois períodos: um de 20 dias e o outro de 10 dias. Goza os 20 dias de férias relativos ao primeiro período e, na concessão do 2o

pe-ríodo, solicita a conversão da totalidade do período restante (10 dias) em abono pecu-niário;

Nesse exemplo entendemos não ser legalmen-te possível alegalmen-tender à solicitação do trabalhador, pois ao converter o restante do período de férias em abono pecuniário (10 dias) não restaria qual-quer período de gozo, restando frustrado o objetivo das férias (descanso e lazer);

c) empregado com direito a 30 dias de férias solicita o seu fracionamento sendo cada um dos períodos de 15 dias. Goza o pri-meiro período e, quando da concessão do 2o período, solicita a conversão de 10

dias em abono pecuniário, restando, por consequência, um período de 5 dias de gozo.

Nesse exemplo, entendemos não ser legalmen-te possível alegalmen-tender à solicitação do trabalhador, uma vez que o período de gozo de férias inferior a 10 dias frustraria a recomposição física e mental do trabalhador, que é o objetivo a ser alcançado com a concessão das férias.

Referências

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