• Nenhum resultado encontrado

Cartilha de Biossegurança em tempos de Covid-19

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Cartilha de Biossegurança em tempos de Covid-19"

Copied!
23
0
0

Texto

(1)

Equipamento de Proteção Coletiva (EPC)

Equipamento de Proteção Respiratória

Equipamento de Proteção Individual e protetor facial

Organizadores Ricardo Araujo da Silva e Rosangela Goes Rabelo

Cartilha de Biossegurança

em tempos de Covid-19

(2)

Autores

Daniele Coelho Dourado (cirurgiã-dentista); Grazielle Marçal Barbosa (cirurgiã-dentista); Maria Cecília Fonsêca Azoubel (cirurgiã-dentista); Jeidson Antônio Morais Marques(cirur-gião-dentista); Ricardo Araujo da Silva (cirurMarques(cirur-gião-dentista); Fabiana Henkes (cirurgiã-den-tista); Nelson Gnoatto (cirurgião-dentista). Presidente do Conselho Regional de Odontologia da Bahia Dr. Marcel L. Arriaga

Estimadas(os) colegas Estimadas(os) colegas

Essa cartilha de biossegurança (cartilha de biossegurança em tempos de COVID-19), faz parte de uma série de 4 cartilhas, elabo-radas pelo Comitê de Biossegurança em Odontologia da Bahia, criado pelo CRO BA e onde participam representantes das Comi-sões de Biossegurança de diversas Instituições de ensino superior e entidades representativas da Odontologia. Especificamente este número, aborda aspectos de Equipamentos de proteção individu-al, seus usos e forma de desparamentação. Além disso, evidencia-mos os equipamentos de proteção coletiva que podem ser adju-vantes no combate ao coronavirus. Lembrando sempre que essa pandemia tem nos ensinado muita coisa e a cada momento novos saberes podem ser incrementados a esses conteúdos.

O nosso principal objetivo é auxiliar e orientar. Lembrem-se que nossos canais de comunicação estão abertos e disponíveis também. Use nossas redes sociais: Instagram - @cro.bahia e Face-book – http://m.faceFace-book.com/crobahia, nosso telefone: (71)3114-2525 e email ouvidoria@croba.org.br

(3)

1. Equipamento de Proteção Respiratória

1.1. A utilização de EPIs é indispensável para toda equipe de saúde bucal e pessoal técnico de apoio, durante o seu turno de trabalho, onde possa haver qualquer chance de contágio com o SARS-CoV-2, inclusive com a possibilidade de atendimento a pacientes assintomáticos, mas que continuam infectantes. Dentre esses, destacam-se os Equipamento de Proteção Respiratória (EPR) que correspondem a todo equipamento utilizado para proteção respiratória do usuário.

1.2. O jaleco/avental impermeável, touca, luvas, máscara cirúr-gica e proteções de superfícies (EPIs) devem ser utilizados durante os atendimentos diretos junto ao paciente (desde o exame físico) retirados no momento administrativo da consulta (escrita, digita-ção emcomputador, por exemplo) e descartados após cada aten-dimento em lixeira de conteúdo infectante.

1.3. Para tanto, as equipes de saúde devem ser treinadas e estarem atentas para a manipulação correta dos EPIs, inclusive os dispositivos de proteção respiratória (por exemplo, máscaras cirúr-gicas, máscaras N95/PFF2 ou equivalente e respirador facial). Essa capacitação de todos os profissionais da saúde (próprios ou tercei-rizados) e equipes de apoio (higienização) deve ser ofertada pelos responsáveis de modo a promover a prevenção da transmissão de agentes infecciosos.

1.4. Tanto a máscara cirúrgica quanto a N95 ou equivalentes, devem ficar moldadas a face do(a) trabalhador(a) com o melhor selamento possível, devendo, para isso, estarem bem ajustadas e adaptadas sobre a ponte nasal e contorno facial capaz de prevenir a entrada de ar contaminado pelas laterais da máscara ou respira-dor. Deve fazer- se um teste de vedação ou adaptação logo que colocar a máscara.

(4)

2. Peça Facial Filtrante

2.1. Os respiradores do tipo peças faciais filtrantes (PFF), que muitas vezes são chamados de respiradores descartáveis, estão sujeitos a vários regulamentos ou normas em todo o mundo. Correspondem a um equipamento que visa à proteção do usuário contra a inalação de ar contaminado ou de ar com deficiência de oxigênio. O mesmo que máscara ou equipamento de proteção respiratória.

2.2. Indicação: usado por profissionais envolvidos em procedi-mentos que geram aerossóis, em pacientes suspeitos ou confir-mados com a COVID -19 ou outras doenças de transmissão por vias aéreas , com uso complementar de protetor facial (face shield).

2.3. Reuso:

2.3.1. Reutilizar em situações excepcionais, guardar por 4 dias acondicionado em recipiente arejado antes do reuso;

2.3.2. Não tocar na parte externa da máscara quando reutilizada, usando as tiras laterais com luvas de procedimento novas; 2.3.3. Não desinfectar ou esterilizar a PFF2;

(5)

2.3.4. Não escrever o nome, ou colar adesivo no respirador, pois algumas canetas e colas podem danificar as fibras e sua capacida-de filtrante.

2.3.5. Excepcionalmente, poderão ser usadas por período maior ou por um número de vezes maior que o previsto pelo fabricante, desde que sejam utilizadas pelo mesmo profissional e que sejam seguidas, minimamente, as recomendações abaixo:

2.3.6. Com objetivo de minimizar a contaminação da máscara N95/PFF2 ou equivalente, se houver disponibilidade, o profissio-nal de saúde deve utilizar um protetor facial (face shield), pois este equipamento protegerá a máscara de contato com as gotículas expelidas pelo paciente.

2.3.7. O serviço de saúde deve definir um Protocolo para orientar os profissionais de saúde, minimamente, sobre o uso, retirada, acondicionamento, avaliação da integridade, tempo de uso e critérios para descarte das máscaras N95/PFF2 ou equivalente. 2.3.8. O tempo de uso da máscara N95/PFF2 ou equivalente, em relação ao período de filtração contínua do dispositivo, deve considerar as orientações do fabricante. O número de reutiliza-ções da máscara, pelo mesmo profissional, deve considerar as rotinas orientadas pelas CCIHs do serviço de saúde e constar no Protocolo.

3. Especificações técnicas:

os respiradores descartáveis são classificados em 2 tipos de resis-tência ao aerossol: 1. resistentes a aerossóis a base de água (S). São capazes de reterem partículas sólidas e líquidas base de água; 2. resistentes a aerossóis a base de água e óleos (SL). Capazes de reterem partículas sólidas e líquidas a base de água e oleosas.

(6)

4. Cuidados:

4.1. Quando utilizados em ambiente hospitalar, em procedimen-tos NÃO cirúrgicos e em casos que o contaminante é um agente patológico. Não devem possuir válvula de exalação;

4.2. Usar o respirador fornecido de acordo com as instruções e determinação do fabricante;

4.3. Ao usar o respirador com vedação facial, o indivíduo não pode apresentar pelos faciais (barba, cavanhaque, e até mesmo maquia-gem) que interfiram na selagem do respirador em seu rosto; 4.4. Caso seja indicado pelo fabricante, guardar o respirador, quando não estiver em uso, de modo conveniente para que não se danifique ou deforme;

4.5. Deixar imediatamente a área contaminada se observar que o respirador não está funcionando bem e comunicar o defeito à pessoa responsável indicada nos procedimentos operacionais escritos;

4.6. Não remover o respirador/máscara durante o atendimento junto ao paciente e nem dentro da sala imediatamente ao final do atendimento;

4.7. A máscara N95/PFF2 ou equivalente com válvula expiratória não pode ser utilizada como controle de fonte, pois ela permite a saída do ar expirado pelo profissional que, caso esteja infectado, poderá contaminar pacientes, outros profissionais e o ambiente; 4.8. No cenário atual da pandemia e em situações de escassez, em que só tenha disponível este modelo de máscara com válvula expiratória no serviço de saúde, recomenda-se o uso concomitan-te de um proconcomitan-tetor facial, como forma de mitigação para controle de fonte;

(7)

4.9. Máscaras úmidas, sujas, rasgadas, amassadas ou com vincos, devem ser imediatamente descartadas;

4.10. O profissional de saúde NÃO deve usar a máscara cirúrgica sobreposta à máscara N95 ou equivalente, pois além de não garantir proteção de filtração ou de contaminação, também pode levar ao desperdício de mais um EPI, o que pode ser muito prejudi-cial em um cenário de escassez.

5. Teste Vedação Positiva:

Soprar moderadamente para produzir abaulamento da superfície do respirador em caso de selamento. A vedação será considerada satisfatória quando o usuário sentir ligeira pressão dentro da peça facial e não conseguir detectar nenhuma fuga de ar na zona de vedação entre a peça facial e o rosto.

6. Teste Vedação Negativo:

Inspirar profundamente e observar a deformação da peça facial filtrante sem escape de ar. Realizada a inspiração esta irá criar um vácuo no interior que deverá produzir ligeiro achatamento da superfície do respirador confirmando o selamento eficaz.

7. Respiradores Faciais com Filtro Externos

E L A S T O M E R I C

R E S P I R A T O R F U L L F O R C E R E S P I R A T O R

(8)

8. Limpeza e Higienização dos Respiradores:

8.1. Remover os filtros. Desmontar a peça facial, isto é, remover o diafragma de voz, membrana das válvulas, válvulas de demanda e qualquer outro componente recomendado pelo fabricante. Descartar ou reparar qualquer componente com defeito;

8.2. Lavar a cobertura das vias respiratórias e os demais compo-nentes da peça facial indicados pelo fabricante com uma solução aquosa de detergente para limpeza normal a 43°C ou com a solução que o fabricante recomenda. Quando necessário, usar escova para remover a sujeira. Não utilizar escova com fios metáli-cos;

8.3. Enxaguar com água morna limpa (no máximo 43°C), preferi-velmente água corrente;

8.4. Quando o detergente não contiver agente desinfetante, os componentes do respirador devem ficar por 2 minutos numa das seguintes soluções: • solução de hipoclorito preparada pela mistu-ra de aproximadamente 1 mL de água sanitária em 1 litro de água a 43°C;• solução aquosa de iodo preparada pela mistura de 0,8 mL de tintura de iodo em 1 litro de água a 43°C; • sais quaternários de amônia;

8.5. Enxaguar bem os componentes com água morna (43ºC) e escorrer. É importante enxaguar bem, pois o desinfetante ou o detergente que secar na peça facial pode provocar dermatite. Além disso, a não remoção completa desses agentes pode causar deterioração da borracha ou provocar corrosão das partes metáli-cas;

8.6. Os componentes devem ser secos manualmente com o auxílio de um pano de algodão seco, que não solte fios;

8.7. Montar novamente a peça facial e recolocar os filtros, se neces-sário.

(9)

9.1. Indicação:

9.1.1. É importante destacar que a máscara cirúrgica:

- NÃO protege adequadamente o usuário de patologias transmiti-das por aerossóis, pois, independentemente de sua capacidade de filtração, a vedação no rosto é precária neste tipo de máscara; - NÃO é um EPR.

9.1.2. Utilizada, rotineiramente, e em pacientes suspeitos ou confirmados com o COVID-19, desde que não sejam realizados procedimentos que gerem aerossóis, com uso complementar de protetor facial (face shield);

9.1.3. Deve ser constituída de forma a cobrir adequadamente a área do nariz e da boca do usuário, possuir um clipe nasal constitu-ído de material maleável que permita o ajuste adequado do contorno do nariz e das bochechas;

9.1.4. Devem ser usadas essencialmente para a proteção de tercei-ros;

9.1.5. Produzida em material TNT/SMS .

10. Máscara de Tecido e TNT (de fabricação caseira) : 9. Máscara Cirúrgica Descartável

M Á S C A R A C I R Ú R G I C A D E S C A R T Á V E L

(10)

11. Face Shield (Protetor Facial)

11.1 O QUE É O FACE SHIELD – Protetor facial composto de duas peças de plástico, fabricadas por impressora 3D, uma lâmina de acetato e um elástico de fixação na cabeça. O produto atende às normas estabelecidas pela RDC n. 356, de 23 de março de 2020 e está indicado para uso odontológico, por ser uma área que reali-za constantemente procedimentos geradores de aerossol. A lâmina de acetato apresenta 0,5 mm de espessura e permite uma boa visibilidade durante a execução de procedimentos clínicos.

11.2 QUANDO USAR – Idealmente, para todos os procedimentos odontológicos, mas isso vai depender da adaptação do profissio-nal a esse EPI. Em procedimentos geradores de aerossol, é altamente recomendado.

Seu uso não é recomendado em hipótese nenhuma pela OMS, bem como as feitas em casa. Reiteramos que as máscaras de tecido e tecido-não tecido (TNT), as quais o Ministério da Saúde orientou que sejam produzidas por métodos caseiros, são de uso exclusivo da população em geral e NÃO aptas para uso dos profis-sionais da saúde.

(11)

11.3 COMO USAR – Sobreposta à máscara N95 ou PFF2.

A utilização dos protetores faciais, portanto, não dispensa o uso de outros EPIs, exceto os óculos de proteção (opcional). Importan-te usar dois gorros (um deve ser colocado após o Face Shield para vedar a entrada de gotículas de cima para baixo). Esse EPI não deve ser compartilhado.

11.5 COMO DESINFETAR – IMPORTANTE: O material (acetato) não tolera exposição ao etanol (álcool). Seguem os passos reco-mendados para desinfecção:

- Lavar em solução de detergente neutro (ou detergente de louça comum) a 0,5% por 10 min entre os atendimentos.

- Enxaguar em água potável.

- Imergir por 1 hora em solução de água sanitária a 1% (hipoclori-to de sódio; solução final contendo 0,02% de cloro ativo) ao final dos atendimentos.

- Enxaguar em água potável e secar.

- Armazenar em saco plástico limpo e individualizado.

- Obs: Após retirada dos EPIs, lembrar de lavar o rosto com água e sabão neutro, tendo cuidado com a área dos olhos.

11.6 REUSO – É permitido, desde que seguido rigorosamente o protocolo de desinfecção. Recomenda-se que o profissional possua mais de um protetor para revezar o uso durante o atendi-mento.

11.7 VALIDADE – Validade condicionada à integridade do produ-to (ausência de fratura e manutenção da translucidez do acetaprodu-to)

(12)

- O capote ou avental deve ser de mangas longas, punho de malha ou elástico e abertura posterior;

- Deve ser confeccionado de material de boa qualidade gramatura 30 ou 40 em ambientes críticos, atóxico, hidro/hemorrepelente, hipoalérgico;

- Produzir baixo desprendimento de partículas e resistente;

- Proporcionar barreira antimicrobiana (Teste de Eficiência de Filtração Bacteriológica - BFE) e antiviral efetivas;

- Permitir a execução de atividades com conforto e estar disponí-vel em vários tamanhos;

- Jalecos devem ter fechamento traseiro; - Retirar ainda dentro do ambiente clínico; - Proceder lavagem das mãos após a retirada.

(13)

Óculos e protetores facias (face shields): devem ser utilizados nos atendimentos a pessoas com síndrome gripal, dentro do consul-tório. Devem ser usados durante o contato direto com o paciente. Os óculos de proteção ou protetores faciais devem ser exclusivos de cada profissional responsável pela assistência.

Imediatamente após o uso realizar a limpeza e posterior desinfec-ção com álcool líquido a 70% (quando o material for compatível), hipoclorito de sódio ou outro desinfetante, na concentração recomendada pelo fabricante, pela CCIH ou órgãos oficiais do serviço;

Utilize os óculos de proteção sobre os óculos de grau.

(14)

Roupas e pijamas cirúrgicos: deve-se imergir em solução de hipo-clorito de sódio (roupas brancas) ou Lysoform® (roupa colorida), depois disso lavar separado de outras roupas, com água e sabão. Deve ser usado pela equipe odontológica que trabalha direto com o paciente e pelos pacientes em casos de procedimentos invasivos. Preferencialmente de mangas longas.

14. Roupas e Pijamas Cirúrgicos

15. Gorro/Touca

O gorro está indicado para cobrir todo cabelo e orelhas dos profissionais em procedimentos que podem gerar aerossóis. Deve ser de material descartável, impermeável e removido após o uso. O seu descarte deve ser realizado como resíduo infectante..

(15)

Deve ser resistente, confeccionado em TNT e descartável.

Remova antes de sair da área de atendimento clínico, ainda com as luvas de procedimentos nas mãos, tomando cuidado para que não haja contaminação e fazer o descarte em saco de lixo infec-tante.

1º - colocação do propé

2º - colocação do avental descartável gramatura 40 3º - colocação da máscara N95/PFF2 ou equivalente; 4º - colocação dos óculos de proteção;

5º - colocação da touca/gorro;

6º - colocação do protetor facial (face shield). 7º - colocação das luvas

A desparamentação deve seguir a ordem inversa SEMPRE COM LAVEGENS DE MÃOS APÓS A RETIRADA DE CADA EPI.

Para remover a máscara, retire-a pelos elásticos, tomando bastan-te cuidado para nunca tocar na sua superfície inbastan-terna e a acondi-cione de forma a mantê-la íntegra, limpa e seca para o próximo uso. Importante: Se no processo de remoção da máscara houver contaminação da parte interna, ela deverá ser descartada imedia-tamente.

Sequência Paramentação dos EPIs 16. Propé

(16)

São equipamentos de controle para se evitar acidentes ou infec-ções cruzadas, sejam para a comunidade ou para equipe de saúde bucal e equipe técnica.

A odontologia é a ocupação com maior risco de aerolizar sangue, saliva e outras secreções, por meio de peças de alta rotação e ultrassom. Para Pandemia de SARS-CoV-2 esses instrumentos devem ser evitados ao máximo.

Os EPCs são determinados pelas Normas Regulamentadoras, Resoluções e Normas Técnicas.

Utilizar sempre sugadores de alta potência ou bombas a vácuo para diminuir aerossóis no ambiente

As NR são de observância obrigatória pelas organizações e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho. Segundo a NR-01 a prioridade de imple-mentação de medidas de prevenção para trabalhadoras (es) fica assim definida:

I. Eliminação dos fatores de risco;

II. Minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas de proteção coletiva;

III. Minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas administrativas ou de organização do traba-lho;

IV. Adoção de medidas de proteção individual.

O gerenciamento dos riscos (químicos, físicos e biológicos) será realizado por meio do Programa de Gerenciamento de Risco (PGR).

(17)

A propagação aérea é bem relatada em muitas literaturas, que mostram que muitos procedimentos odontológicos produzem aerossóis e gotículas que estão contaminados com vírus. Essa é uma importante preocupação em clínicas odontológicas e hospi-tais, porque é difícil de evitar a geração de grandes quantidades de aerossol e gotícula misturada com saliva e sangue.

Aerossóis podem ficar dispersos no ar e no ambiente odontológi-co por horas.

Os EPCs são instalados nos postos de trabalho, podendo ser fixos ou móveis e, diferentemente dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), fornecem proteção à mais de um trabalhador ao mesmo tempo.

Em grande parte dos casos, os EPCs se mostram mais eficientes que os EPIs, pelo fato de agir de maneira coletiva, reduzir os riscos do ambiente de trabalho, os custos relacionados com acidentes de trabalho e não haver a necessidade de uso direto do funcioná-rio, no entanto em diversos casos o uso dos dois tipos de equipa-mentos em conjunto é a maneira mais eficiente de se proteger os(as) trabalhadores(as).

Tipos de Equipamento de Proteção Coletiva em ambientes odontológicos:

a) Pias/Lavabos na sala de espera: para higiene simples das mãos.

b) Caixas de Perfurocortantes: Usada para descartar os resíduos perfurocortantes como: seringas hipodérmicas, agulhas de sutura, bisturis, dentre outros. (Recomenda-se que seja

(18)

autoclavada antes do descarte final).

c) Peças de mãos com sistema anti-refluxo: evita a aspiração e expulsão os detritos e fluidos durante os procedimentos conta-minando os tubos de ar e água dentro da cadeira odontológica, e, portanto, pode potencialmente causar infecção cruzada.

d) Avental de Chumbo e) Autoclaves

f) Cubas Ultrassônicas

g) Luz Ultravioleta (Proibido uso na odontologia pela ANVISA – Portaria 930/1992)

h) Kit de primeiros socorros: Tendo que possuir todos os itens básicos necessários em caso de acidente;

i) Kit para limpeza em caso de derramamento biológico ou químico

j) Ventilação dos locais de trabalho,

k) Proteção de partes móveis de Equipamentos, l) Extintores de incêndio;

m) Pressões negativas em salas, capelas de manipulação de agentes biológicos

n) Chuveiros de emergência,

o) Detectores de fumaça: Usados em qualquer local comer-cial, industrial, esportivo, etc., para as situações de prevenção em caso de incêndio;

p) Isolação acústica: Deve ser usada em caso de exposição dos trabalhadores á ruídos constantes que podem ser danosos à audição;

q) Sinalização (Cones, placas, etc): Usadas para sinalizar qualquer possível risco no ambiente, como um buraco, um piso escorregadio, etc.

(19)

remo-O gorro está indicado para cobrir todo cabelo e orelhas dos profissionais em procedimentos que podem gerar aerossóis. Deve ser de material descartável, impermeável e removido após o uso. O seu descarte deve ser realizado como resíduo infectante..

remover SARS-CoV-2 no ar. A distância de transmissão no ar pode ser de até 4 m. O relatório emitido pelas Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina determina a possibilidade de que o SARS-CoV-2 possa ser espalhado via bioaerossóls, gerada diretamente pela exalação dos pacientes, com base em evidên-cias coletadas.

s) Para o controle da transmissão aérea, a OMS recomenda uma taxa de ventilação pelo menos 288 m3/h por pessoa. Uma Ventilação natural ou sistema de ventilação mecânica é necessá-rio para alcançar uma taxa de ventilação tão alta. No entanto, a ventilação natural depende das condições climáticas e da estru-tura predial, o que dificultam essa taxa de ventilação o tempo todo. Em ambientes de saúde sem ventilação suficiente, forneci-do por seu sistema de ventilação existente, uso de purificaforneci-dores de ar podem ser uma medida suplementar eficaz para melhorar a diluição do ar interior contaminado com aerossóis carregados de vírus.

t) A maioria dos purificadores de ar empregam alta eficiên-cia de filtros de ar particulado (HEPA) para filtragem de partículas, com a eficiência de filtragem suficiente para remover tais aeros-sóis carregados de vírus. De acordo com medições realizadas anteriormente, as eficiências do HEPA são mais de 95% para aerossóis de diâmetro entre 0,25 e 1,0 μm e quase 100% para aqueles com diâmetro maior que 2,5 μm.

Como qualquer outra medida preventiva, o uso de EPC reduz o número de afastamentos do trabalho, aumenta a produtividade e traz qualidade de vida a trabalhadores(as). Suas medidas preven-tivas são de longo prazo, pelo fato de serem instalados no local e ali permanecerem.

(20)

REFERÊNCIAS

3M. Comparação entre PFF2, KN95, N95 e Outras Peças Faciais Filtrantes. Boletim Técnico, março 2020, Revisão 2. Disponível em: https://multimedia.3m.com/mws/media/1820315O/compara-cao-pecas-faciais-filtrantes.pdf

Acesso em: 12 mai. 2020.

ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Nota Técnica GVIMS/GGTES/ ANVISA n. 04/2020. [2020a]. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/

ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução – RDC n. 356, de 23 de março de 2020. [2020b]. Disponível em: http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc--n-356-de-23-de-marco-de-2020-249317437

Acesso em: 12 mai. 2020.

ANVISA. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020. Orientações para serviços de saúde: medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronaví-rus (SARS-CoV-2). Atualizada em 08/05/2020.

CFO. Manual de boas práticas em biossegurança para ambientes odontológicos. E-BOOK, 2020. Disponivel em: http://website.c-

fo.org.br/wp-content/uploads/2020/04/cfo-lan-c%CC%A7a-Manual-de-Boas-Pra%CC%81ticas-em-Biosseguranc% CC%A7a-para-Ambientes-Odontologicos.pdf

(21)

DELTA PLUS. Respiradores PFF1, PFF2, PFF2 Carvão ou PFF3? Saiba quais são as diferenças. Informe técnico. Disponível em

https://deltaplusbrasil.com.br/blog/respiradores-pff1-pff2-p-ff2-carvao-ou-pff3-saiba-quais-sao-as-diferencas/ .

Acesso em 24.05.2020.

FRANCO, J. B.; CAMARGO, A.R.; PERES, M.P.S.M. Cuidados Odonto-lógicos na era do COVID-19: recomendações para procedimentos odontológicos e profissionais. Março, 2020.

FUNDACENTRO. Programa de proteção respiratória. Recomenda-ções, seleção e uso de respiradores. 4ª Edição, São Paulo, 2016. 210 páginas.

GRSS/DIVISA/SVS/SES-DF. Nota Técnica GRSS/DIVISA n. 01/2020: Brasília, 2020. Disponível em: http://www.saude.df.gov.br/wp-con-teudo/uploads/2020/02/Nota_Tecnica_Hospitais_Gerencia_

GUERRA, F. e cols. COVID-19 MD. Normas de Orientação Clínica Medicina Dentária. 27 de abril de 2020. Coimbra, Portugal. 178 páginas

JORGE, E. et al. Face Shield for Life 3D: produção colaborativa, usando a comunidade de makers, dos protetores faciais padrão RC3 para os profissionais de saúde em Salvador. Cadernos de Prospecção – Salvador, v. 13, n. 2, Edição Especial, p. 513- 25, abril, 2020

(22)

LIKA. Laboratório de Imunopatologia Keizo Azami. COVID-19: orientações para profissionais de saúde. Recomendações sobre biossegurança e manejo clínico durante o atendimento a casos suspeitos ou confirmados de COVID-19. 24 de abril de 2020. 162 páginas.

MAZZELTTI, T. et al. Guia interino para minimização de riscos de transmissão de COVID-19 na prática odontológica. Tradução e adaptação do guia da American Dental Association – ADA. 20.04.2020

Meng, L.; Hua, F.; Bian, Z. Coronavirus Disease 2019 (COVID-19): Emerging and Future Challenges for Dental and Oral Medicine. J. Dent. Res. 2020. [CrossRef] 

Peng, X.; Xu, X.; Li, Y.; Cheng, L.; Zhou, X.; Ren, B. Transmission routes of 2019-nCoV and controls in dental practice. Int. J. Oral Sci. 2020, 12, 9. [CrossRef] 

PROJETO FSFL3D (org.). Face Shield for Life 3D. [2020]. Disponí-vel em: https://www.faceshieldforlife3d.com/Risco.pdf. Acesso em: 13 mai. 2020.

Spagnuolo G, De Vito D, Rengo S, Tatullo, M. COVID-19; Outbre-ak: An Overview on Dentistry. Int. J. Environ. Res.Public Health 2020;17:2094. https://doi.org/10.3390/ijerph17062094

(23)

Van Doremalen, N.; Bushmaker, T.; Morris, D.; Holbrook, M.; Gamble, A.; Williamson, B.; Tamin, A.; Harcourt, J.; Thornburg, N.; Gerber, S.; et al. Aerosol and surface stability of HCoV-19 (SARS--CoV-2) compared to SARS-CoV-1. N. Engl. J Med. 2020. [Cross-Ref] 

Y. Liu, Z. Ning, Y. Chen, et al., Aerodynamic characteristics and RNA concentration of SARS-CoV-2 aerosol in wuhan hospitals during COVID-19 outbreak, bioRxiv,

Referências

Documentos relacionados

1º A liberação de servidores técnico-administrativos para eventos técnicos ou acadêmicos não promovidos pela UNCISAL, com ou sem solicitação de diárias e/ou

Após a realização de todas as atividades teóricas e práticas de campo, pode-se concluir que não há grande erosão do conhecimento popular e tradicional de plantas medicinais, que

Os maiores coeficientes da razão área/perímetro são das edificações Kanimbambo (12,75) e Barão do Rio Branco (10,22) ou seja possuem uma maior área por unidade de

Através da utilização de efeitos que viabilizaram a exploração de mensagens relativas ao discurso oficial do Estado Novo, como as referentes à comunhão nacional e a

Além disso, o óxido nítrico está envolvido com a formação da placa aterosclerótica e desenvolvimento de doenças cardiovasculares, e seus níveis circulantes estão relacionados

A presente revisão bibliográfica abordará polímeros molecularmente impressos, onde aprofundamos os processos de obtenção desses materiais através dos métodos de

To identify a source of ligands able to activate Olfr692- expressing cells, we first exposed adult animals to bio- logically relevant stimuli and then labeled the activated neurons

O pólen do milho transgênico que expressa a proteína Cry1Ab, ocasiona mortalidade larval significativa em larvas de Galleria mellonella quando ofertado com cera