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Dicas e simulados - Julho - Semana 2

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Dicas e simulados - Julho - Semana 2 Simulado - STJ

1. A substituição do depósito em dinheiro por fiança bancária na execução fiscal sujeita-se à anuência da Fazenda Pública, ressalvada a comprovação de necessidade de aplicação do princípio da menor onerosidade.

2. A divulgação, ainda que a posteriori, dos critérios de correção das provas dissertativas ou orais não viola, por si só, o princípio da igualdade, desde que os mesmos parâmetros sejam aplicados uniforme e indistintamente a todos os candidatos.

3. Tratando-se de serviço diretamente vinculado ao lazer, o idoso faz jus à benesse legal relativa ao desconto de 25% (vinte e cinco por cento) no valor do ingresso.

4. É cabível a ação civil pública que objetiva obrigação de fazer a fim de garantir acessibilidade nos prédios públicos ou privados às pessoas com deficiência.

5. O processo criminal é a via adequada para a impugnação de eventuais nulidades ocorridas no procedimento administrativo-fiscal.

6. A garantia aceita na execução fiscal não possui natureza jurídica de pagamento da exação, razão pela qual não fulmina a justa causa para a persecução penal.

7. Não é devida indenização a permissionário de serviço público de transporte coletivo por prejuízos suportados em face de déficit nas tarifas quando ausente procedimento licitatório prévio.

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8. A impetração de mandado de segurança não interrompe a fluência do prazo prescricional no tocante à ação ordinária.

GABARITO

1. A substituição do depósito em dinheiro por fiança bancária na execução fiscal sujeita-se à anuência da Fazenda Pública, ressalvada a comprovação de necessidade de aplicação do princípio da menor onerosidade. Correto! Essa foi a tese divulgada pelo tribunal no jurisprudência em teses nº 104.

2. A divulgação, ainda que a posteriori, dos critérios de correção das provas dissertativas ou orais não viola, por si só, o princípio da igualdade, desde que os mesmos parâmetros sejam aplicados uniforme e indistintamente a todos os candidatos. Correto! Essa foi a jurisprudência em teses nº 103, STJ

3. Tratando-se de serviço diretamente vinculado ao lazer, o idoso faz jus à benesse legal relativa ao desconto de 25% (vinte e cinco por cento) no valor do ingresso. Falso! Seria 50%, conforme jurisprudência em teses nº 102.

4. É cabível a ação civil pública que objetiva obrigação de fazer a fim de garantir acessibilidade nos prédios públicos ou privados às pessoas com deficiência. Correto! Jurisprudência em teses 102.

5. O processo criminal é a via adequada para a impugnação de eventuais nulidades ocorridas no procedimento administrativo-fiscal. Falso! Não é a via adequada, conforme Jurisprudência em teses 99.

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6. A garantia aceita na execução fiscal não possui natureza jurídica de pagamento da exação, razão pela qual não fulmina a justa causa para a persecução penal. Correto! Jurisprudência em teses 99.

7. Não é devida indenização a permissionário de serviço público de transporte coletivo por prejuízos suportados em face de déficit nas tarifas quando ausente procedimento licitatório prévio. Correto! Jurisprudência em teses 97. Foi tema inclusive de questão discursiva na PGERS 2012.

8. A impetração de mandado de segurança não interrompe a fluência do prazo prescricional no tocante à ação ordinária. Falso! Vejamos a tese do STJ: "A impetração de mandado de segurança interrompe a fluência do prazo prescricional no tocante à ação ordinária, o qual somente tornará a correr após o trânsito em julgado da decisão". AgInt no AREsp 1047834/SP,Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA,Julgado em 13/06/2017,DJE 23/06/2017

#Dicas - Tributos em espécie

1. (CESPE) A contribuição de melhoria tem por objetivo custear obra pública e evitar enriquecimento ilícito do proprietário de imóvel valorizado pela mesma edificação. Alternativa considerada correta!

2. (VUNESP) O prefeito do Município X pretende instituir uma taxa para custear o serviço de coleta, remoção e destinação do lixo doméstico produzido no Município. A taxa será calculada em função da frequência da realização da coleta, remoção e destinação dos dejetos e da área construída do imóvel ou da testada do terreno. Tal taxa deve ser considerada com legal.

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3. (FCC) contribuição de melhoria é uma das espécies de tributo. Correto!

4. (PGE/PE) Considerando-se o que dispõe o CTN, é correto afirmar que, como regra geral, os tributos são compulsórios, podendo a sua obrigatoriedade advir da lei ou do contrato. Falso! Não existe tributo "contratual", deve sempre derivar de obrigação legal.

5. (PGM/BAURU): "São Tributos: contribuição previdenciária, IPTU e pedágio cobrado por concessionária de rodovia". Falso! O pedágio não é Tributo, conforme decidiu o STF na ADI 800. Vejamos:

5.1. "Não tem natureza jurídica de taxa, mas sim de preço público, não estando a sua instituição, consequentemente, sujeita ao princípio da legalidade estrita".

5.2. (PGE/RN): Serviços públicos cuja exploração seja concedida a particulares por meio da concessão de serviços públicos prevista na Lei n° 8.987/1995, ou de parceria público-privada, regida pela Lei n° 11.079/2005, passam a ser remunerados por tarifas, e não por taxas. Alternativa correta, conforme entendimento do STF.

6. (PGM/BAURU) "A prestação de serviço de transporte coletivo intramunicipal de passageiros por empresa pública constitui, em tese, hipótese de incidência do seguinte tributo: ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza". Conforme mencionado ontem, o transporte dentro dos limites municipais, é sujeito ao ISSQN.

7. (ADV. Petrobrás) é válida, pois a competência para instituir a contribuição de melhoria é exclusiva dos estados. Falso! A contribuição de melhoria pode ser instituída pela União, Estados e Municípios, sendo competência COMUM, não exclusiva.

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8. (Vunesp) O Município poderia se valer da cobrança de contribuição de melhoria, tendo como limite total a despesa realizada com as obras de asfaltamento, e, como limite individual, o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Correto! Esses são os limites global e individual da CM, conforme Art. 81, CTN.

8.1. (PGE/PI) Por ser tributo vinculado, a contribuição de melhoria somente pode ser exigida quando realizada obra pública que proporcione a valorização de imóvel de propriedade do contribuinte, estando sua cobrança limitada pelo valor global da obra pública e, concomitantemente, pelo valor do benefício econômico auferido pelo contribuinte. Correto! Vide comentários acima.

8.2. (PGE/MS) Na contribuição de melhoria, a simples realização de obra pública, por si só, não é suficiente para a instituição do tributo, impondo-se um fator exógeno, que é a valorização imobiliária. Há limitação à sua cobrança de duas ordens: (i) limite total a despesa realizada, que corresponde ao custo da obra; e (ii) limite individual, que é o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Correto!

9. (Auditor RS) O tributo somente pode se referir a serviço público específico e divisível. Falso! Temos vários tributos e não somente as taxas. Como sabemos, os impostos não precisam de nenhuma atividade estatal para ser cobrado.

10. Atenção: Não viola a legalidade tributária a lei que, prescrevendo o teto, possibilita o ato normativo infralegal fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos da atuação estatal, valor esse que não pode ser atualizado por ato do

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próprio conselho de fiscalização em percentual superior aos índices de correção monetária legalmente previstos. Caiu na prova da procuradoria da Câmara de BH.

11. Não esquecer: Para instituir empréstimos compulsórios, é necessário a existência de Lei Complementar.

11.1: Com base na Constituição Federal de 1988, cabe à lei complementar tributária: autorizar os Estados a instituírem empréstimos compulsórios. Falso! Somente a União pode instituir empréstimos compulsórios.

11.2 (PGE/MS) Com a Carta Magna de 1988, ficou facultado à União a possibilidade de instituir empréstimos compulsórios (i) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência e (ii) no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. Instituído por meio de lei ordinária, detém como características o fato de ser um tributo finalístico e haver previsão de restituição do montante pago. Falso! Tem de ser por Lei Complementar!

12. O serviço militar obrigatório não é tributo, por ser uma obrigação compulsória não pecuniária. Correto! De acordo com o Art. 3º, CTN, Tributo é prestação PECUNIÁRIA.

13. (PGE/RN) Embora seja inconstitucional a cobrança de taxas de iluminação pública, por não se tratar de serviço específico e divisível, a Emenda Constitucional n° 39/2002, outorgou à União, Estados e Municípios a competência para a instituição de contribuição destinada ao custeio do serviço de iluminação pública. Falso! Somente os Municípios e DF podem cobrar COSIP, conforme Art. 149-A, CRFB.

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14. (PGE/RN): O exercício do direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder é protegido por meio de imunidade específica que impede a cobrança de taxas. Correto! Existe a imunidade prevista no Art. 5º, CRFB.

15. (PGE/MS) Os tributos podem ser classificados em tributos vinculados e tributos não vinculados a uma atuação estatal; e, segundo essa classificação, o imposto estaria inserto no segundo grupo, enquanto que a tarifa e o preço público estariam insertos no grupo dos tributos vinculados. Falso! Tarifa não é tributo.

16. (PGE/AC): A denominada “taxa de polícia” pode ser cobrada exclusivamente pelos estados-membros, os quais titulam competência constitucional de zelar pela segurança pública de toda a coletividade. Falso! Os Municípios, DF e União também podem cobrar a taxa de polícia.

#Dicas - Regime Jurídico Administrativo

1. (PGE/SE): "Em virtude dos princípios da proteção à confiança e da segurança jurídica, entende o STF que podem ser considerados válidos os atos praticados por agente público ilegalmente investido". Correto! Em alguns casos é possível.

1.1. (PGEPE): "De acordo com o princípio da impessoalidade, é possível reconhecer a validade de atos praticados por funcionário público irregularmente investido no cargo ou função, sob o fundamento de que tais atos configuram atuação do órgão e não do agente público". Correto

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2. (PGE/BA): "O atendimento ao princípio da eficiência administrativa autoriza a atuação de servidor público em desconformidade com a regra legal, desde que haja a comprovação do atingimento da eficácia na prestação do serviço público correspondente". Falso! O princípio da eficiência não pode ser utilizado como "desculpa" para ferir a legislação.

3. (PGE/BA): "Suponha que o governador de determinado estado tenha atribuído o nome de Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, a escola pública estadual construída com recursos financeiros repassados mediante convênio com a União. Nesse caso, há violação do princípio da impessoalidade, dada a existência de proibição constitucional à publicidade de obras com nomes de autoridades públicas". Falso! Evidentemente, Nelson Mandela não faz parte de nenhum Poder no Brasil, além de ser autoridade de nível global.

4. (PGE/RS): "Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o princípio da proteção da confiança dos administrados constitui a face objetiva do princípio da segurança jurídica". Falso! É a face subjetiva!

4.1. Vejamos lição doutrinária: "Na primeira forma, de sentido objetivo, abordam-se os limites à retroatividade dos atos do Estado, notadamente quanto à proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, conforme constitucionalmente preservados. Já na segunda forma, de sentido subjetivo, protege-se a confiança das pessoas no pertinente aos atos, procedimentos e condutas do Estado, no qual se encaixa propriamente a proteção substancial da confiança".

5. (PGE/RS): "O princípio da publicidade permite a dispensa da publicação do ato administrativo no Diário Oficial, quando o particular interessado tenha sido notificado

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sobre o referido ato que lhe seja pertinente". Falso! É necessário publicação para controle popular por parte dos outros interessados e órgãos de controle.

6. (AGU): "Com base no princípio da eficiência e em outros fundamentos constitucionais, o STF entende que viola a Constituição a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas". Correto! É o teor do enunciado nº 13, SV.

7. (AGU): "Considere que Platão, governador de estado da Federação, tenha nomeado seu irmão, Aristóteles, que possui formação superior na área de engenharia, para o cargo de secretário de estado de obras. Pressupondo-se que Aristóteles atenda a todos os requisitos legais para a referida nomeação, conclui-se que esta não vai de encontro ao posicionamento adotado em recente julgado do STF". Correto! Em primeiro lugar, a nomeação de cargos políticos, como secretários, via de regra, não incide a SV do nepotismo; em segundo lugar, o irmão ainda possuia especialização na área de atuação.

8. (PFN): "entre os atos abaixo, aquele que não pode ser considerado como de manifestação da atividade finalística da Administração Pública, em seu sentido material: Nomeação de um servidor público, aprovado em virtude de concurso público". Correto! A nomeação de servidores é ato instrumental e não material.

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9. (PGF): "Como decorrência do princípio da legalidade, a organização e o funcionamento da administração federal somente podem ser disciplinados por lei". Falso! Em alguns casos, é permitido o uso de decreto (vide Art. 84, VI, CRFB).

10. (PGF): "Segundo o princípio da reserva legal, todas as pessoas, órgãos e entidades sujeitam-se às diversas espécies legislativas descritas na CF". Falso! Reserva legal é quando determinado assunto deve ser tratado por lei formal.

11. (PGM/BH): "Apesar de expressamente previsto na CF, o princípio da eficiência não é aplicado, por faltar-lhe regulamentação legislativa". Falso! Não é necessário que exista regulamentação legislativa para que seja aplicado pela administração.

12. (PGM/FOR): "O exercício do poder de polícia reflete o sentido objetivo da administração pública, o qual se refere à própria atividade administrativa exercida pelo Estado". Correto! Por outro lado, o sentido subjetivo são os órgãos e agentes estatais.

13. (PGM/CUIABA): "Motivação aliunde é a motivação baseada em afirmações falsas". Falso! É a que remete a pareceres, decisões ou atos anteriores.

#Dicas - SRP (assunto importantíssimo) -

Pode utilizar concorrência ou pregão (conforme decreto) - Macete PRE (pregão) ços (concorrência). (CESPE) "O SRP terá de ser precedido de seleção pela modalidade de licitação denominada tomada de preços". Alternativa Falsa!

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(CESPE): "No âmbito da contratação pública por meio do SRP, de acordo com o disposto no Decreto n.º 7.892/2013, a licitação para registro de preços pode ser feita nas modalidades concorrência ou pregão". Correto!

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Pode ser utilizado para compras e também na contratação de serviços (TCU); -

Não é preciso indicar dotação orçamentária para licitar, tendo em vista que a mesma só é exigível no momento de assinatura do contrato (Decreto e ON 20 da AGU);

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A ata de registro de preços tem validade máxima de um ano, podendo ser prorrogada dentro desse período (ON 19, AGU). (CESPE): "Em regra, no SRP, o registro valerá por até um ano, mas excepcionalmente, desde que previamente pactuado, ele poderá valer por período superior a um ano". Falso!

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Não é possível adesão à ata que esteja com a validade vencida (TCU); -

Pode utilizar o critério menor preço ou técnica e preço (quando na concorrência); -

A administração federal não pode pegar carona na ata estadual ou Municipal. No entanto, os estados e municípios podem aderir à ata federal;

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As entidades do sistema S podem aderir à ata federal, salvo se não existir previsão em seu regulamento (Acórdão 4222/2017);

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É possível a contratação de serviços de engenharia pelo SRP. No entanto, não pode contratar obras. Vejamos o que entendeu o TCU no informativo 345: "O sistema de registro de preços não é aplicável à contratação de obras, pelo fato de o

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objeto não se enquadrar em nenhuma das hipóteses previstas no art. 3º do Decreto 7.892/2013 e também porque, na contratação de obras, não há demanda por itens isolados, pois os serviços não podem ser dissociados uns dos outros".

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Os contratos podem sofrer alterações, desde que sejam limitados ao que prevê a lei 8.666;

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A existência de ata não obriga a contratação, mas assegura preferência ao registrado. (CESPE): "A existência de SRP vincula a Administração caso esta pretenda contratar o objeto do registro de preços". Alternativa incorreta!

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Hipóteses em que será possível utilizar o SRP: pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de contratações frequentes; quando for conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou contratação de serviços remunerados por unidade de medida ou em regime de tarefa; quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo e quando, pela natureza do objeto, não for possível definir previamente o quantitativo a ser demandado pela Administração. (CESPE): "Será adotado, preferencialmente, o SRP quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de contratações freqüentes". Alternativa Correta!

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(CESPE): "Uma das hipóteses para a adoção do SRP na prestação de serviços a uma entidade da Administração é a impossibilidade de se determinar, previamente, com que frequência ou abrangência esses serviços serão demandados". Correto! De acordo com as hipóteses mencionadas acima.

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Atenção: De acordo com o TCU, o estabelecimento do prazo de validade da ata do sistema de registro de preços é competência privativa da União, tendo em vista sua fixação em norma de caráter geral (art. 15, § 3º, da Lei 8.666/1993). Acórdão 2368/2013-Plenário

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Atenção: Admite-se a utilização do sistema de registro de preços para contratação de serviços de organização de eventos, porque passíveis de padronização, desde que adotadas medidas voltadas a evitar a ocorrência de jogo de planilha e a utilização indevida por órgãos não participantes, e que haja planejamento adequado, especialmente para definição realista dos quantitativos estimados de serviços. Informativo 324

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Bons Estudos!

#Dicas - Estabilidades

1. (CESPE) A estabilidade se dá no emprego e visa garantir a liberdade do trabalhador para o exercício de sua função, estendendo-se ao exercício de cargo de diretoria ou de gerência. Falso! Esses cargos não possuem estabilidade, conforme Art. 499, CLT.

2. Atenção: Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do PERÍODO compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, NÃO lhe sendo assegurada a reintegração no emprego. Caiu no TRT1.

2.1. FCC: A empresa Flor da Manhã Ltda. contratou Elisa como secretária, celebrando contrato de experiência de 45 dias. Ao término do período, dispensou-a

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sob alegação de corte de pessoal. Um ano e onze meses após a dispensa, Elisa comprovou à empresa que estava grávida na data da rescisão do contrato de trabalho, mas que não sabia, somente tendo confirmação da gravidez três meses após a rescisão. Neste caso, de acordo com entendimento sumulado do TST, a a empresa deverá pagar os salários e demais direitos desde a dispensa até o término da estabilidade, uma vez que a garantia de emprego à gestante não autoriza a reintegração, tendo em vista o ingresso com a reclamação após o período da estabilidade. Alternativa correta! vide item acima.

2.2. (CESPE) Passado o período de estabilidade, garantem-se à gestante os salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade, mas não a reintegração. Alternativa Correta!

3. O empregado que assume o carga de dirigente sindical tem seu contrato de emprego SUSPENSO, não interrompido (TRT1).

4. Atenção: a estabilidade da gestante é de até 5 meses após o parto, vide Art. 10, II, "b", ADCT. Cuidado com as pegadinhas na prova (TRT1, TRT6 e SANEAGO).

5. (CESPE) A confirmação de gravidez durante o aviso prévio indenizado impede a garantia de estabilidade provisória à gestante. Falso! Mesmo durante o aviso prévio, ela terá direito à estabilidade, conforme Art. 391-A, CLT.

6. Atenção: a reforma trabalhista fez surgir uma nova estabilidade: a dos membros dos representantes dos empregados. Vejamos:

6.1.: Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato, o membro da comissão de representantes dos empregados não poderá sofrer despedida

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arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.

6.2. (FCC): Osmar, Pintor a pistola, trabalha na Metalúrgica 2 Pinos S/A, que possui trezentos empregados. Pretende se candidatar ao cargo de representante dos empregados na nova modalidade de comissão de representação de empregados, com a finalidade de promover o entendimento direto com seu empregador. Tendo em vista a Lei n° 13.467/2017, nesta modalidade não está prevista a estabilidade provisória no emprego, razão pela qual, mesmo eleito, Osmar poderá ser despedido a qualquer momento. Falso! Vide item acima.

7. Cuidado: Os representantes dos empregados, na CIPA, possuem estabilidade. Os representantes dos empregadores não possuem.

7.1. (VUNESP) Sobre a CIPA, a estabilidade não beneficia a figura do presidente, o qual pode ser despedido sem justa causa pelo empregador, salvo a condição de estável por outro fundamento. Correto! Tendo em vista que o presidente da CIPA é indicado pelo empregador.

7.2. Questão semelhante foi cobrada na prova da COMPESA (FGV), então fiquem atento! Presidente da CIPA não tem estabilidade!

7.3. (CESPE) A estabilidade do empregado eleito para cargo da CIPA é válida também para membros suplentes, independentemente de estes assumirem o cargo ou permanecerem na suplência. Alternativa Correta!

7.4. (CESPE) Empregado eleito membro suplente da CIPA apenas terá o direito à garantia provisória do emprego se, durante a vigência do mandato, passar a exercer

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como titular o cargo de membro. Errado! Não existe esse condicionamento para que o suplente seja beneficiário.

8. O suplente de dirigente sindical também possui estabilidade, conforme Súmula 369, II, TST.

9. Atenção: O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade.

10. Atenção: O empregado submetido a contrato de trabalho por TEMPO DETERMINADO goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91.

11. Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, NÃO É garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.

12. (CESPE): Situação hipotética: Em acordo coletivo de trabalho, foi incluída cláusula que aumenta o prazo de estabilidade provisória das empregadas gestantes admitidas por prazo indeterminado, de cento e oitenta dias para duzentos e dez dias. Assertiva: Nessa situação, a cláusula será válida, mesmo resultando em tratamento diferenciado entre as empregadas admitidas por prazo indeterminado e as admitidas por prazo determinado. Alternativa correta! Vejamos o que dispõe o informativo 160, TST:

12.1: "É válida cláusula de acordo coletivo de trabalho que aumenta, de 180 para 210 dias, o prazo da estabilidade provisória das empregadas gestantes admitidas

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por prazo indeterminado. O tratamento diferenciado em relação às empregadas contratadas por prazo determinado não ofende o princípio da isonomia, pois a natureza do vínculo de trabalho, nas duas situações, é distinta".

13. DPU: Não é possível estender a garantia provisória de emprego à empregada gestante dispensada em razão do reconhecimento da nulidade do contrato firmado com ente público, sem prévia aprovação em concurso público. Informativo 156, TST.

14. Atenção: O membro do conselho fiscal ou delegado sindical não tem direito à estabilidade, conforme OJ 365 e 369, SBDI-I.

15. Fique de olho: Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade.

16. Mesmo as gestantes contratadas por tempo DETERMINADO tem direito à estabilidade. (CESPE) Situação hipotética: Quando da sua contratação, determinada empregada e a empresa que a contratou pactuaram um contrato de experiência por noventa dias. No 45.º dia de trabalho, a empregada apresentou exame de sangue atestando gravidez. Assertiva: Nessa situação, não se configura a estabilidade da gestante, de modo que, encerrado o período de experiência, a empresa poderá rescindir o contrato de trabalho com a referida empregada. Falso!

16.1. (CESPE) Se a admissão da gestante se deu mediante contrato de trabalho por prazo determinado, a empregada não tem direito à estabilidade provisória. Falso!

17. (PGM/POA) Servidores celetistas de Fundação com personalidade jurídica de direito privado, ainda que instituída por lei e que receba dotação ou subvenção do Poder Público para realizar atividades de interesse do Estado, não são beneficiários

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da estabilidade excepcional prevista no Art. 19 do ADCT. Falso! Eles são sim, conforme OJ 364, SBDI-I.

17.1. (CESPE) Servidores celetistas de fundação pública de direito privado instituída por lei e mantida pelo poder público para realizar atividades de interesse do Estado são beneficiários da estabilidade prevista no art. 19 do ADCT da CF. Correto!

18. (PGE/MA) São pressupostos para a concessão da estabilidade provisória decorrente de acidente, o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego.

19. (CESPE) Situação hipotética: Os empregados de determinada categoria funcional entraram em greve por melhores salários; contudo, uma decisão judicial determinou que trinta por cento dos empregados permanecessem em atividade para dar continuidade à produção da empresa, o que não foi cumprido pelos empregados grevistas. Assertiva: Nessa situação, não se aplica a estabilidade provisória aos grevistas. Correto! A greve abusiva não gera efeitos para os seus empregados.

#Dicas - Direito Civil - LINDB

1. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituirem.

2. (PGM/MANAUS): O conflito de normas que pode ser resolvido com a simples aplicação do critério hierárquico é classificado como antinomia aparente de primeiro grau. Correto! É o conflito que é resolvido com apenas um critério.

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3. Se a lei não dispuser em sentido diverso, a sua vigência terá início 45 dias após a data de sua publicação. (CESPE - STJ) Se a lei não dispuser em sentido diverso, a sua vigência terá início noventa dias após a data de sua publicação. Falso! São 45 dias.

3.1. (CESPE) toda lei entra em vigor no país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, sem exceção. Falso! O CPC teve vacatio de um ano, por exemplo, em face da complexidade.

3.2. (CESPE) As leis processuais civis e penais não se sujeitam às regras quanto à eficácia temporal das leis constantes da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, uma vez que têm regramento próprio. Falso! A LINDB é para todos os ramos.

3.3. (AGU) Se não constar do texto da referida lei a data de vigência, ela passará a vigorar a partir da data oficial de sua promulgação. Falso! São 45 dias, conforme LINDB.

3.4. (PGEMT) salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País, 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente promulgada. Falso! Depois da publicação, não promulgação.

4. Com a Emenda Constitucional 66, de 13 de julho de 2010, que instituiu o divórcio direto, a homologação de sentença estrangeira de divórcio para alcançar eficácia plena e imediata não mais depende de decurso de prazo, seja de um ou três anos, bastando a observância das condições gerais estabelecidas na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) e no Regimento Interno do STJ (MPMG).

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5. Lei em vigor tem efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada (CESPE - STJ).

6. O intervalo temporal entre a publicação e o início de vigência de uma lei denomina-se vacatio legis. Vale ressaltar que esse prazo de vacatio legis não é aplicável ao decreto e demais atos administrativos normativos.

7. A lei não pode deixar de ser aplicada em virtude de seu desuso (TCE/PA).

8. A lei posterior deve respeitar as situações consolidadas pela coisa julgada (TJAL). (CESPE) Uma lei nova, ao revogar lei anterior que regulamentava determinada relação jurídica, não poderá atingir o ato jurídico perfeito, o direito adquirido nem a coisa julgada, salvo se houver determinação expressa para tanto. Incorreta!

9. (PGM/BAURU) A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subseqüente à sua consumação integral.

10. (PGM/BAURU) A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas.

11. (Câmara de BH - Procurador) As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

12. (CESPE) Admite-se o costume contra legem como instrumento de integração das normas. Falso! Não é admitido o costume contra legem.

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13. A vigência das leis pode ocorrer de forma temporária ou por tempo indeterminado. A grande maioria é por tempo indeterminado.

13.1. (CESPE) A lei nova vigorará até que outra a modifique ou revogue. Correto!

14. Derrogação é a "derrubada" (revogação) parcial da lei, equanto ab-rogação é a sua retirada integral.

15. Ocorre a ultratividade de uma norma jurídica quando essa norma continua a regular fatos ocorridos antes da sua revogação (TRF5 - Juiz).

16. Não erre mais: lacuna axiológica -> a lei existe, mas é injusta;

16.1. Lacuna ontológica -> a lei existe, mas não tem eficácia social.

17. A analogia, assim como o costume e os princípios gerais de direito, tem função integrativa no sistema jurídico brasileiro (PGE/AC). No mesmo sentido (PGE/RO) Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso com o emprego da analogia, dos costumes e dos princípios gerais do direito.

17.1. (PGE/GO) Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes, os princípios gerais de direito e a equidade. Falso! Pelo emprego da equidade, que não tem previsão na LINDB.

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1. O poder constituinte originário gera e organiza os poderes do Estado, instaurando o próprio Estado constitucional (CESPE).

2. (CESPE) O poder constituinte originário outorgado aos estados federados permite que estes elaborem e atualizem suas próprias constituições. Falso! Os Estados não possuem Poder Constituinte Originário, mas sim derivado.

2.1. (VUNESP) O poder que enseja a elaboração da Constituição de um Estado-membro da federação, organizando o arcabouço constitucional daquela unidade federada, é denominado poder constituinte derivado decorrente institucionalizador.

3. (VUNESP) A iniciativa popular no processo de reforma da Constituição Federal de 1988 não é prevista expressamente pelo texto constitucional, muito embora seja admitida por alguns autores, com fundamento em uma interpretação sistemática da Constituição Federal.

4. (CESPE) O poder constituinte originário fixou as condições do exercício do poder de revisão constitucional; contudo, no Brasil, o legislador pode ampliar as hipóteses de revisão, desde que haja autorização popular por meio de plebiscito. Falso! Somente foi previsto uma única revisão constitucional na CRFB, vide Art. 3º, ADCT.

4.1. (CESPE) O sistema constitucional brasileiro admite a teoria da dupla revisão. Falso! A corrente majoritária entende que o Brasil não permitiu a chamada "dupla revisão" (Bernardo Gonçalves, Pg. 136).

5. O poder constituinte originário é fático e soberano, incondicional e preexistente à ordem jurídica (CESPE).

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6. A mutação constitucional ocorre quando há alteração informal do texto da constituição, sem que exista alteração textual, sendo conhecido como Poder Constituinte Difuso (DPEAL).

6.1 (PGM/BH) O poder constituinte difuso manifesta-se quando uma decisão do STF altera o sentido de um dispositivo constitucional, sem, no entanto, alterar seu texto. Correto!

6.2. (CESPE) O fenômeno da mutação constitucional é um processo informal de alteração do significado da CF, decorrente de nova interpretação, mas não de alteração, do texto constitucional. Correto!

7. A outorga e a convenção são formas de expressão do poder constituinte originário.

8. (DPU) O poder constituinte originário e o poder constituinte derivado se submetem ao mesmo sistema de limitações jurídicas e políticas, embora os efeitos dessas limitações ocorram em momentos distintos. Falso! Os limites são diferentes para o originário e o derivado.

9. O poder constituinte originário pode limitar os proventos de aposentadoria que sejam percebidos em desacordo com a CF, não sendo oponível, nesse caso, a alegação de direito adquirido.

9.1. (PGM/BH) Devido às características do poder constituinte originário, as normas de uma nova Constituição prevalecem sobre o direito adquirido. Correto!

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9.2. (CESPE) O caráter autônomo, inicial e ilimitado conferido ao poder constituinte originário afasta a possibilidade de ser invocado direito adquirido sob a vigência da constituição anterior perante a nova constituição. Correto!

9.3. (CESPE) No que concerne ao poder constituinte, o STF considera inadmissível a invocação do direito adquirido ou da coisa julgada contra determinação contida em eventual nova Constituição Federal elaborada por poder constituinte originário. Correto!

10. O poder constituinte derivado reformador manifesta-se por meio de emendas à CF, ao passo que o poder constituinte derivado decorrente manifesta-se quando da elaboração das Constituições estaduais (PGM/FOR).

11. "No Brasil, segundo a doutrina dominante, os usos e costumes não são fontes do direito constitucional, pois o poder constituinte originário optou por uma Constituição escrita e materializada em um só código básico". Falso! Para a doutrina majoritária, os usos e costumes são sim fontes do direito constitucional.

12. Via de regra, as normas do PCO possuem retroatividade mínima, ou seja, atingem efeitos futuros de fatos passados (RE 242740/GO).

12.1. (CESPE) Conforme entendimento do STF, as normas emanadas do poder constituinte originário não têm, em regra, eficácia retroativa mínima, visto que são incapazes de atingir efeitos futuros de fatos passados. Falso! Via de regra, possuem eficácia retroativa mínima.

13. Além dos limites explícitos presentes no texto constitucional, o poder de reforma da CF possui limites implícitos; assim, por exemplo, as normas que dispõem sobre o

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processo de tramitação e votação das propostas de emenda não podem ser suprimidas, embora inexista disposição expressa a esse respeito.

14. (CESPE) O poder constituinte originário, que elaborou a CF, é essencialmente político, extrajurídico, sem limites formais, e esgotou-se com a promulgação da CF. Falso! Uma das características do PCO é a permanência, ou seja, não se exaure com a elaboração da Constituição.

15. As lacunas normativas presentes na CF não se confundem com o chamado silêncio eloquente, que se apresenta naquelas situações em que a falta de uma regulamentação constitucional específica possa ser atribuída a uma escolha intencional do constituinte de não prever determinada hipótese normativa.

16. O poder constituinte derivado reformador efetiva-se por emenda constitucional, de acordo com os procedimentos e limitações previstos na CF, sendo passível de controle de constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

16.1. (AGU) Considerando-se que a emenda constitucional, como manifestação do poder constituinte derivado, introduz no ordenamento jurídico normas de hierarquia constitucional, não é possível a declaração de inconstitucionalidade dessas normas. Assim, eventuais incompatibilidades entre o texto da emenda e a CF devem ser resolvidas com base no princípio da máxima efetividade constitucional. Falso!

17. O titular do PCO, para a corrente moderna (Jellinek) é o povo! Para a tradicional (Sieyes), é a nação.

17.1. (CESPE) A doutrina constitucional moderna atribui à nação a titularidade do poder constituinte. Falso!

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18. O Poder Constituinte pode ser material, que são os movimentos sociais e políticos que dão ensejo à nova constituição ou formal, que é o grupo encarregado de redigir a Constituição.

19. A derrotabilidade de uma norma constitucional ocorrerá caso uma norma jurídica deixe de ser aplicada em determinado caso concreto, permanecendo, contudo, no ordenamento jurídico para regular outras relações jurídicas.

20. As normas infraconstitucionais produzidas antes de uma nova Constituição Federal, que com esta foram incompatíveis, devem ser revogadas por ausência de recepção. Vale ressaltar que a recepção pode ocorrer de maneira expressa ou tácita (PGM-FOR).

21. Em se tratando de Constituição formal, consideram-se constitucionais as normas que constarem do texto magno, sejam elas emanadas do poder constituinte originário ou do de reforma.

22. São consideradas cláusulas pétreas da CF, entre outras, a forma federativa de Estado e o voto direto, secreto, universal e periódico, não se admitindo emenda constitucional tendente a aboli-las.

23. Tendo em vista os limites autônomos ao poder constituinte derivado decorrente, devem as Constituições estaduais observar os princípios constitucionais extensíveis, tais como aqueles relativos ao processo legislativo.

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24. O poder constituinte derivado decorrente autoriza os estados-membros a estabelecerem em suas Constituições estaduais disposições que, embora não estejam previstas pela CF, complementem-na.

25. (AGU) Diferentemente do poder constituinte derivado, que tem natureza jurídica, o poder constituinte originário constitui-se como um poder, de fato, inicial, que instaura uma nova ordem jurídica, mas que, apesar de ser ilimitado juridicamente, encontra limites nos valores que informam a sociedade. Correto! Tais como os direitos humanos e cultura.

26. A deliberação do STF em controle abstrato de constitucionalidade acerca da interpretação de determinada cláusula constitucional não impede que o Congresso Nacional, observados os limites ao poder de reforma, aprove emenda constitucional em sentido contrário à referida deliberação. Isso aconteceu, por exemplo, com a PEC da vaquejada.

27. De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, as normas decorrentes de tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos, regularmente internalizadas no ordenamento jurídico brasileiro, apresentam status supralegal, ainda que não tenham sido aprovadas segundo o rito previsto para o processo legislativo das emendas à Constituição.

28. (CESPE) As disposições constitucionais sobre o habeas data constituem exemplo de normas de reprodução obrigatória pelos estados-membros no exercício do poder constituinte derivado decorrente. Falsa! Para a doutrina majoritária não é preciso, tendo em vista que a CRFB já garante.

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29. (CESPE) As normas presentes no ato das disposições constitucionais transitórias, pelo seu caráter temporário, são dispositivos hierarquicamente inferiores às normas constantes do corpo principal da CF. Falso! Também são normas constitucionais de igual normatividade.

30. As constituições estaduais promulgadas pelos estados-membros da Federação são expressões do poder constituinte derivado decorrente, cujo exercício foi atribuído pelo poder constituinte originário às assembleias legislativas.

#Dicas - Ambiental Constitucional e Princípios

1. São disponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. Falso! São indisponíveis, classificadas como bem público de uso especial.

1.1. (PGE/MA) O Estado do Maranhão ofertou à União uma área devoluta para a criação de um assentamento para fins de reforma agrária. O Ministério Público ajuizou ação civil pública visando à nulidade de tal ato porque, segundo a petição inicial, a área é necessária à proteção de ecossistemas naturais. Para que o pedido seja julgado improcedente, o Estado deverá alegar e provar a irrelevância da área para a proteção dos ecossistemas naturais.

1.2. (FGV) Os espaços territorialmente protegidos criados pela Constituição são bens de uso comum do povo, de modo que restou excluída a possibilidade de propriedade privada nos mesmos. Falso! São bens de uso especial e em algumas unidades é possível a compatibilidade com propriedade privada, como no caso da RPPN.

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1.3 (VUNESP) O reconhecimento material do direito fundamental ao ambiente justifica-se na medida em que tal direito é extensão do direito à vida, sob os aspectos da saúde e da existência digna com qualidade de vida, ostentando o status de cláusula pétrea, consoante entendimento do STF.

2. (CESPE) Constitui regra de garantia do direito humano fundamental ao meio ambiente a possibilidade de qualquer cidadão ser legitimado a propor ação popular visando à anulação de ato lesivo ao meio ambiente. Vale ressaltar que o direito ao meio ambiente saudável é classificado como de terceira dimensão (geração).

2.1. Entende-se a previsão constitucional de um meio ambiente ecologicamente equilibrado tanto como um direito fundamental quanto como um princípio jurídico fundamental que orienta a aplicação das regras legais.

3. (VUNESP) As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, estadual ou municipal, sem o que não poderão ser instaladas. Falso! Em lei FEDERAL, somente.

4. Atenção: Nova EC: "CF, Art. 225, § 7º (...) não se consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por LEI ESPECÍFICA que assegure o bem-estar dos animais envolvidos".

5. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre proteção do meio ambiente.

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6. Não há direito adquirido para o empreendedor dar continuidade ao seu projeto envolvendo práticas vedadas pelo legislador e que causem danos ao meio ambiente, ainda que fundado em ato autorizatório emitido pelo órgão ambiental competente. Vale lembrar que, conforme vimos ontem, não é possível falar em teoria do fato consumado em Direito Ambiental.

7. Segundo remansosa jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, as ações civis públicas para reparação dos danos ao meio ambiente são imprescritíveis (PGE/AC).

7.1. O direito fundamental ao meio ambiente equilibrado insere-se dentre os direitos indisponíveis e, embora não se admita direito adquirido à devastação, a pretensão de reparação do dano ambiental prescreve em dez anos, a contar da data do fato ou ato danoso. Falso! Não prescrevem!

8. A inversão do ônus da prova nas ações civis públicas ambientais é um dos corolários do princípio da precaução, o qual incide somente na lesividade ambiental derivada do uso e manipulação de produtos químicos. Falso! Não somente nessa área, mas em qualquer uma que exista incerteza científica sobre os danos.

9. A liberdade para o exercício de qualquer atividade econômica lícita, assegurada no art. 170, caput, da Carta Magna, encontra limites na defesa do meio ambiente, devendo o Estado, como agente normativo e regulador, exercer, na forma da lei, a sua função fiscalizadora, para assegurar, para as presentes e futuras gerações, o direito ao meio ambiente sadio e ecologicamente equilibrado.

10. Além de princípios e direitos, a CF prevê ao poder público e à coletividade deveres relacionados à preservação do meio ambiente (PGM/BH).

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11. (PGM/BH) Será inválida a criação de espaços territoriais ambientalmente protegidos por ato diverso da lei em sentido estrito. Falso! Podem ser criados por lei ou decreto. Todavia, somente podem ser extintos por lei formal.

12. A promoção de briga de galos configura conduta atentatória à Constituição da República, que veda a submissão de animais a atos de crueldade, cuja natureza perversa, à semelhança da “farra do boi”, não permite sejam eles qualificados como inocente manifestação cultural, de caráter meramente folclórico. Nesta senda, é possível afirmar-se que a proteção jurídico-constitucional dispensada à fauna abrange tanto os animais silvestres quanto os domésticos ou domesticados.

12.1. O STF já declarou inconstitucional a "farra do boi", a briga de galo e a vaquejada. Como dito ontem, os parlamentares aprovaram uma PEC para liberar a vaquejada, vide item 4 acima.

13. Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o princípio da precaução decorre da constatação de que a evolução científica poderia trazer riscos, muitas vezes imprevisíveis ou imensuráveis, a exigir uma reformulação das práticas e procedimentos tradicionalmente adotados por diversas áreas da ciência. Por este motivo, a existência de quaisquer riscos ao meio ambiente decorrentes de incertezas científicas deve produzir imediata paralisia de atividades públicas ou privadas, sem que o princípio da proporcionalidade possa ser aplicado. Falso! A precaução não inviabiliza a atividade, apenas inverte para o empreendedor o ônus de provar que sua atividade não irá degradar o meio ambiente.

14. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe que a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, a Caatinga, o Pantanal

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Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. Falso! A caatinga não faz parte!

15. Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, há compatibilidade entre o usufruto de terras indígenas e faixa de fronteira, visto que a permanente alocação indígena nesses estratégicos espaços em muito facilita e até obriga que as instituições de Estado se façam também presentes.

16. A instalação de empreendimento potencialmente causador de significativa degradação do meio ambiente exige estudo prévio de impacto ambiental.

17. (PGM/GOIÂNIA) A promoção da educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente são incumbência do Poder Público para assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.

18. (FCC) Determinado Banco público estabeleceu uma linha de crédito com juros diferenciados para empresas de acordo com o impacto ambiental gerado pelos respectivos produtos e serviços, bem como pelo impacto ambiental gerado pelos processos de elaboração e prestação destes produtos e serviços. Segundo a Constituição Federal, é possível estabelecer este tipo de tratamento diferenciado, que encontra amparo em um dos princípios da ordem econômica.

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19. A cobrança pelo uso da água prevista na Lei de Recursos Hídricos e a compensação ambiental prevista na Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação são exemplos de aplicação prática do princípio do usuário-pagador.

20. (MPMS 2018) Para a maioria da doutrina que faz a diferenciação entre estes dois princípios, o princípio da precaução é aplicável aos casos em que os impactos ambientais são conhecidos e devem ser evitados ou mitigados, enquanto o princípio da prevenção é aplicável aos casos em que não há certeza científica sobre os riscos e os impactos ambientais da atividade a ser exercida. Falso! Ele inverteu os conceitos! Precaução se relaciona com INCERTEZA CIENTÍCA.

20.1 (VUNESP) Em relação ao princípio da precaução, é correto afirmar que objetiva regular o uso de técnicas sob as quais não há um domínio seguro de seus efeitos.

20.2. (PGM/BH) Conforme a doutrina majoritária, os princípios da prevenção e da precaução são sinônimos, já que ambos visam inibir riscos de danos ao meio ambiente. Falso! São distintos.

20.3. (PGM/FOR) Por disciplinar situações que podem ocorrer antes do dano, o princípio da prevenção não inclui a restauração de recursos ambientais. Falso! Também inclui.

21. (PGE/SE) Determinada indústria têxtil elimina seus componentes químicos no rio que abastece uma cidade, alterando as características do meio ambiente e prejudicando a segurança e o bem-estar da população. Nesse caso, o princípio ambiental que determina o dever da indústria de arcar com as consequências econômicas da atividade descrita é o princípio do poluidor-pagador.

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22. O pagamento por serviços ambientais − PSA tem por fundamento o princípio do protetor-recebedor (FCC).

23. O Princípio da ubiquidade significa que o dano ambiental pode afetar outros lugares, sendo difuso. Por exemplo, o desastre de Mariana/MG, que chegou a poluir o litoral do Espírito Santo.

24. Atenção: A jurisprudência do STJ está firmada no sentido de que a necessidade de reparação integral da lesão causada ao meio ambiente permite a cumulação de obrigações de fazer, não fazer e indenizar.

#Dicas - Responsabilidade Civil do Estado

1. A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não-usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, § 6º, da Constituição Federal (CESPE EMAP 2018).

1.1. (PGE/SE) Caso um motorista de concessionária de serviço de transporte coletivo atropele um ciclista, a responsabilidade civil dessa concessionária será subjetiva, haja vista o fato de, nessa hipótese, o ciclista não ser usuário do serviço público. Falso! Será objetiva.

1.2. (DPU) É objetiva a responsabilidade das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos em relação a terceiros, usuários ou não do serviço, podendo, ainda, o poder concedente responder subsidiariamente quando o

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concessionário causar prejuízos e não possuir meios de arcar com indenizações. Alternativa Correta!

1.3 (PGM/FOR) De acordo com o entendimento do STF, empresa concessionária de serviço público de transporte responde objetivamente pelos danos causados à família de vítima de atropelamento provocado por motorista de ônibus da empresa. Correto!

2. Na hipótese de uma empresa pública prestadora de serviços públicos não dispor de recursos financeiros para arcar com indenização decorrente de sua responsabilidade civil, o ente político instituidor dessa entidade deverá responder, de maneira subsidiária, pela indenização.

3. Os membros do Ministério Público, da advocacia pública e da defensoria pública podem ser responsabilizados regressivamente quando atuarem com dolo ou fraude no exercício de suas funções.

4. (MANAUS) A existência de causa excludente de ilicitude penal não impede a responsabilidade civil do Estado pelos danos causados por seus agentes. Julgado do STJ no jurisprudência em teses.

5. O Estado terá o dever de indenizar no caso de dano provocado a terceiro de boa-fé por agente público necessário.

6. Em razão do princípio da proteção da confiança, quando o dano for causado por funcionário público putativo, o Estado responderá civilmente perante particulares de boa-fé.

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7. Em caso de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a fazenda pública, em ação regressiva. É a chamada teoria da "dupla garantia", adotada pelo STF.

7.1. (CGMJP) Empresa pública responderá pelos danos que seu empregado, atuando como seu agente, ocasionar, assegurado o direito de regresso nos casos de dolo ou culpa. Correto!

7.2. o Estado, caso seja condenado judicialmente ao pagamento de indenização, poderá, mediante ação de regresso, reaver do servidor o quanto tiver de pagar ao particular. Correto! Vale ressaltar que a responsabilidade do servidor público é SUBJETIVA.

7.3. O município que for condenado a indenizar particular por dano causado por servidor público municipal poderá cobrar regressivamente do servidor o valor da condenação, desde que ele tenha agido com dolo ou culpa e na qualidade de servidor público municipal.

8. (STJ) Excetuados os casos de dever específico de proteção, a responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas é subjetiva, devendo ser comprovados a negligência na atuação estatal, o dano e o nexo de causalidade. Via de regra, a responsabilidade por omissão é subjetiva, salvo em alguns casos, como na omissão específica, onde o Estado possui dever de agir.

9. Atenção: A culpa concorrente não é causa excludente, mas sim atenuante da responsabilidade civil do Estado.

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9.1. (CESPE) A culpa concorrente da vítima é causa excludente da responsabilidade civil do Estado. Falso! É atenuante.

9.2. (PGM/FOR) Situação hipotética: Um veículo particular, ao transpassar indevidamente um sinal vermelho, colidiu com veículo oficial da Procuradoria-Geral do Município de Fortaleza, que trafegava na contramão. Assertiva: Nessa situação, não existe a responsabilização integral do Estado, pois a culpa concorrente atenua o quantum indenizatório. Correto! Atenuou a responsabilidade estatal.

9.3. (CESPE) Em virtude da observância do princípio da supremacia do interesse público, será integralmente excluída a responsabilidade civil do Estado nos casos de culpa — seja exclusiva, seja concorrente — da vítima atingida pelo dano. Falso!

10. O Estado, via de regra, é responsável por suicídio de detento, tendo em vista que possui o dever de garantir sua segurança. No entanto, não haverá o dever de indenizar caso fique comprovado que não tinha como ser evitado, que exclui o nexo de causalidade (Informativo 819, STF).

10.1. (CESPE) O Estado pode ser responsabilizado pela morte do detento que cometeu suicídio. Correto!

10.1. (JUIZ TJPR) Em recente decisão, o STF entendeu que, quando o poder público comprovar causa impeditiva da sua atuação protetiva e não for possível ao Estado agir para evitar a morte de detento (que ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade), não haverá responsabilidade civil do Estado, pois o nexo causal da sua omissão com o resultado danoso terá sido rompido. Correto!

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11. Situação hipotética: Lei de determinado estado da Federação estabeleceu a responsabilidade do estado durante a realização de evento internacional na capital dessa unidade federativa: o estado assumiria os efeitos da responsabilidade civil perante os organizadores do evento, por todo e qualquer dano resultante ou que surgisse em função de qualquer incidente ou acidente de segurança relacionado ao referido evento, exceto na situação em que organizadores ou vítimas concorressem para a ocorrência do dano. Assertiva: Conforme entendimento do STF, a referida lei estadual é constitucional, pois a Constituição Federal de 1988 não esgota matéria relacionada à responsabilidade civil. Esse foi o entendimento do STF sobre a lei geral da copa.

11.1. http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=266270

12. (PGE/SE) Inexistirá responsabilização estatal por latrocínio que for praticado logo após a fuga de presos, uma vez que o dano não terá ocorrido enquanto os criminosos se encontravam sob a custódia estatal. Falso! Logo após a fuga ainda tem responsabilidade do estado; no entanto, se fosse após algum período, o nexo de causalidade estaria excluído, são entendimentos do STF.

13. A União pode responder também por congelamentos de tarifas aéreas, conforme Informativo 738. Questão da PGE/SE e PGM/SLZ.

14. O Estado também responde no caso de bala perdida durante perseguição policial.

14.1. (CESPE) Prestes a ser morto por dois indivíduos que tentavam subtrair a sua arma, um policial militar em serviço efetuou contra eles disparo de arma de fogo. Embora o policial tenha conseguido repelir a injusta agressão, o disparo atingiu um

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pedestre que passava pelo local levando-o à morte. O Estado responde objetivamente pelos danos causados à família do pedestre, ainda que o policial militar tenha agido em legítima defesa. Correto!

15. Mesmo que determinada lei tenha sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, entende-se que não é viável a responsabilização do Estado pela edição da referida norma, uma vez que o Poder Legislativo é dotado de soberania no exercício da atividade legiferante. Falso! O estado pode, sim, ser responsabilizado por atos legislativos.

15.1. Em nenhuma circunstância será o Estado responsabilizado por danos decorrentes dos efeitos produzidos por lei, uma vez que a atividade legislativa é fundamentada na soberania e limitada somente pela Constituição Federal de 1988. Falso!

16. A responsabilidade objetiva do Estado se fundamenta na teoria do risco administrativo.

17. Se liga: De acordo com a Lei 10.744, fica a União autorizada, na forma e critérios estabelecidos pelo Poder Executivo, a assumir despesas de responsabilidades civis perante terceiros na hipótese da ocorrência de danos a bens e pessoas, passageiros ou não, provocados por atentados terroristas, atos de guerra ou eventos correlatos, ocorridos no Brasil ou no exterior, contra aeronaves de matrícula brasileira operadas por empresas brasileiras de transporte aéreo público, excluídas as empresas de táxi aéreo. Caiu na PGE/MA.

18. A responsabilidade do Estado por conduta omissiva caracteriza-se mediante a demonstração de culpa, de dano e de nexo de causalidade.

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19. Um ato, ainda que lícito, praticado por agente público e que gere ônus exorbitante a um cidadão pode resultar em responsabilidade civil do Estado. O Estado responde por atos lícitos e ilícitos.

19.1. A aplicação da responsabilidade objetiva independe da verificação do elemento culpa, de modo que, demonstrados o prejuízo pelo lesado e a relação de causalidade entre a conduta estatal e a lesão sofrida, o dever de indenizar poderá ser reconhecido mesmo que decorra de atos lícitos estatais.

20. Admite-se que o Estado promova a denunciação da lide envolvendo agente seu nas ações de responsabilidade civil, no entanto, tal denunciação não é obrigatória, podendo o Estado, em ação própria, exercer o seu direito de regresso em face do agente causador do dano (PGE/AM).

21. Atenção: caso o Estado cause danos ambientais, deve ser responsabilizado com base no risco integral.

22. Nos termos da lei, a obrigação de reparação de dano praticado por servidor público é extensível aos seus sucessores.

23. Atenção: A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça admite, em caráter EXCEPCIONAL, que o montante arbitrado a título de danos morais seja alterado, caso se mostre irrisório ou exorbitante, em clara afronta aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, o que não ocorreu no caso concreto.

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1. (MANAUS) Na elaboração de seus orçamentos anuais, o município deve observar o disposto na lei de diretrizes orçamentárias do respectivo estado-membro, sob pena de ruptura com o princípio da unidade orçamentária. Falso! O princípio da unidade significa que o ente deve ter somente um orçamento. Além disso, há autonomia entre o mesmo e o Estado.

2. O objetivo do processo orçamentário é viabilizar, desde a etapa da proposição orçamentária inicial, discussão, aprovação, execução até os procedimentos de controle.

3. (BAURU) A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Relacionar a lei de diretrizes com MP já ajuda a matar várias questões.

4. (BAURU) O princípio da legalidade fundamenta o sistema orçamentário na medida em que tanto o planejamento quanto o próprio orçamento são veiculados por lei (plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias e lei orçamentária anual).

5. (BAURU) O princípio da exclusividade, consagrado no pará- grafo oitavo do artigo 165 da Constituição Federal, estabelece que a lei orçamentária anual não pode conter dispositivos estranhos à fixação das despesas e receitas proibindo-se a autorização para a abertura de créditos suplementares. Falso! É possível a permissão para abrir créditos suplementares.

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6. (VUNESP) Adotado no Brasil, o orçamento-programa busca dar ênfase aos objetivos finais a serem perseguidos pela ação do Estado, vinculando o planejamento estatal com a autorização das despesas no orçamento.

7. (CESPE) A jurisprudência atual do Supremo Tribunal Federal considera que as leis orçamentárias não podem ser objeto de controle de constitucionalidade em abstrato, dada a sua natureza jurídica material de ato administrativo concreto. Falso! O STF já admite há muito tempo!

8. De acordo com o princípio do orçamento bruto, todas as receitas e despesas devem constar da lei de orçamento anual pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.

9. (PARANAVAÌ) O princípio que está ligado à ideia de que o orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas da Administração, é o da universalidade.

10. É preciso LEI COMPLEMENTAR para dispor sobre exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual.

11. (CESPE) A lei orçamentária anual somente pode ser elaborada após a aprovação da lei de diretrizes orçamentárias. Alternativa considerada correta! A LDO orienta a elaboração da LOA, conforme previsão constitucional.

11.1 (CESPE) A LDO deve anteceder a edição da LOA, independentemente da esfera federativa, em virtude do seu caráter anual. Correto!

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12. (CESPE) Se o Estado receber determinado recurso na condição de depositário, sem que a correspondente restituição se sujeite à autorização legislativa, o ingresso não será incluído na lei orçamentária anual. Correto! No caso em tela, seria mero ingresso, não receita pública.

13. Os anexos de metas e riscos são obrigatórios na LDO (CESPE).

14. O orçamento de investimento de determinada empresa somente deve ser incluído na lei orçamentária anual se a União detiver a maioria do capital social com direito a voto dessa empresa.

15. Atenção: Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

16. O modelo de orçamento anual adotado na CF é meramente autorizativo, apesar da existência de dispositivos constitucionais que tornam obrigatória a despesa nas áreas de saúde e educação. Vale ressaltar que a CRFB prevê emendas de execução obrigatória no percentual de 1,2%.

16.1 (PGMBH) É discricionária a execução orçamentária e financeira de programações decorrentes de emendas individuais ao projeto de lei orçamentária, assegurada a execução equitativa de despesas destinadas a ações e serviços públicos de saúde. Falso! É obrigatório!

(44)

18. O orçamento público moderno deve garantir o equilíbrio fiscal, por meio do cumprimento das metas de resultados fiscais estipuladas.

19. (CESPE) O orçamento moderno, assim como o tradicional, exige que as receitas sejam matematicamente iguais às despesas. Falso! Atualmente, a ideia é de que pode haver, se necessário, endividamento, desde que esteja em conformidade com as disposições legais.

19.1. (QUADRIX) O orçamento restringe-se a um instrumento contábil de acompanhamento da evolução das receitas e despesas públicas. Falso!

20. (CESPE) O princípio do equilíbrio orçamentário foi alterado para considerar a possibilidade da previsão de déficit nas contas públicas, desde que mantido em níveis controláveis e nos parâmetros impostos pela legislação. Correto!

21. O projeto de LOA é privativo e indelegável do Poder Executivo.

21.1 (TJPE 2018) O plano plurianual foi estabelecido por dispositivo da Constituição Federal e a lei que o estabelece é de iniciativa exclusiva do Poder Executivo. Correto!

22. O orçamento público tem caráter e força de lei, em sentido formal. Inclusive esta é a posição do STF, orçamento é lei formal.

23. Para fazer frente a uma calamidade pública, por meio de Medida Provisória, é possível a abertura de crédito extraordinário.

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24. Realizar investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, sem prévia inclusão no plano plurianual ou sem lei que autorize a inclusão, pode gerar crime de responsabilidade.

25. Se determinado contrato firmado com a Administração Pública estiver sob questionamento judicial, cujo desfecho possa resultar em novas despesas públicas, o valor correspondente à ação judicial deverá ser incluído no anexo de riscos fiscais da lei de diretrizes orçamentárias.

26. A contratação de operação de crédito externa de natureza financeira e realizada por qualquer ente da Federação necessitará de autorização do Senado Federal.

#Dicas - Recursos Trabalhistas

1. Atenção: São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial.

1.1. (FCC - ALESE) O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, entidades filantrópicas, microempreendedores individuais, empresas em recuperação judicial, microempresas e empresas de pequeno porte. Falso!

1.2. (BAURU) De acordo com o texto expresso na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), são isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial. Correto! Atenção com essa novidade!

Referências

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