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AGRENER GD 2008 FORTALEZA (CE) 25/09/08

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SISTEMAS FOTOVOLTAICOS CONECTADOS À REDE ELÉTRICA (SFCR) COMO

GERADORES DISTRIBUÍDOS: A SITUAÇÃO RECENTE NO PVPS-IEA E NO

CENÁRIO BRASILEIRO

Renato Brito Quaglia ¹

Prof. Dr. Sérgio Henrique Ferreira de Oliveira

Universidade Federal do ABC

Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas

Programa de Pós-Graduação em Energia

renato.quaglia@ufabc.edu.br

sergio.oliveira@ufabc.edu.br

1 – Graduado em Física pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Fundação Santo André

Mestrando em Energia pela UFABC

(2)

Aspectos positivos quanto aos SFCR’s como opção tecnológica para a G.D:

- São modulares;

- Geram Energia no ponto de consumo ou próximo à ele;

- Ocupam o ambiente construído, podendo servir como elemento arquitetônico;

- Não poluem durante a geração de energia elétrica;

- Em ambientes urbanos (principalmente em centros comerciais), geralmente, os períodos de

picos de consumo coincidem com os picos de geração fotovoltaica;

- Requer pouca manutenção ao longo da “vida útil” (estimada em 25 anos);

Aspectos negativos ...:

- Em alguns mercados/ setores (caso brasileiro) não há uma indústria FV bem estabelecida;

- Falta de políticas públicas de incentivo e de planejamento que integrem esses sistemas

como GD;

- Alto custo dos equipamentos (principalmente quando se depende de importação);

- Imposições exarcebadas pelos agentes distribuidores para a conexão à rede de distribuição

de B.T;

Esses e outros “aspectos negativos” são classificados como Barreiras aos SFCR’s.

(3)

Figura 1 e 2 :Diagrama esquemático de um SFCR instalado num telhado de uma residência.

Curva de carga de uma residência (em vermelho) e a curva de geração de um sistema (em verde). Fonte: Oliveira, 2002.

A curva de carga de prédios comerciais apresentam outra característica, pois a produção fotovoltaica coincide com o período de

maior demanda por energia, ou seja, uma parte do consumo aumenta de maneira proporcional à intensidade do Sol.

São nesses momentos onde os aparelhos de ar condicionado operam em máxima potência. Nesse contexto, as edificações

comerciais que venham a instalar tais sistemas terão a capacidade de reduzir os picos de demanda, justificando assim a

importância na interconexão com à rede, pois podem aliviar o sistema de distribuição de uma concessionária e postergar

investimentos de expansão dessas redes.

(4)

SFCR’s em centros urbanos no âmbito do PVPS – IEA

PVPS-IEA: programa de acordos colaborativos/ co-operação que

visa alavancar a tecnologia FV. Entre os 21 membros:

Alemanha, Austrália, EUA, Japão, entre outros;

O crescimento dos SFCR’s (Tanto GD como Centrais FV) se

deu através de políticas de incentivo adotadas por cada governo,

com o intuito de obter grau de amadurecimento da tecnologia.

Os principais mercados, no que se refere à potência instalada de

SFCR’s são:

Alemanha (2.831.000 kWp);

Japão (1.617.011 kWp);

EUA (322.000 kWp);

Obs: Os principais mecanismos de incentivo nesses países são:

• Feed-in Tariffs (Fit)

• Sistemas de Cotas com Certificados Verdes

(5)

SFCR’s na Alemanha: Programas de Incentivo e a Potência Instalada

De acordo com BMU (2007a) e IEA-PVPS (2008):

Metas para FER na matriz energética alemã: 2010 => 12,5 %

2020 => 20 %

Em 2006, a participação de FER foi de 11,5 % ( SFV representaram 3 %)

Programas:

• P & D: “Innovation and New Energy Technologies” financiado pelo Ministério Federal do ambiente, da Natureza, da

Conservação e Segurança Nuclear (BMU) e “Energy 2020” financiado pelo Ministério de Educação e Pesquisa;

• 100.000 telhados FV atingiu no final de 2003, uma potência instalada de 345,5 MW através dos 65.700 sistemas

instalados;

• Atualmente, “Solar Power Generation” que até final de 2005, recebeu investimento de 946 milhões de Euros , totalizando

até então, 237,4 MW;

Legislação:

• EEG: Lei das Fontes de Energias Renováveis (desde Abril de 2000), impulsionou o mercado fotovoltaico alemão.

Atualmente, utiliza-se do FiT como mecanismo de incentivo, assegurando uma tarifa Premium pelo período de 20 anos

Custos dos sistemas:

De acordo com BMU, 2007:

(6)

SFCR’s nos Centros Urbanos Brasileiros

-> Principais sistemas estão em Universidades e/ ou Institutos para Pesquisa e Desenvolvimento;

-> Totaliza pouco mais de 90 kWp;

-> Incipiência do mercado fotovoltaico. Há apenas 1 indústria de painéis (Heliodinâmica) e alguns projetos pilotos;

De acordo com Rüther et al (2007a e 2007b) e Viana & Rüther (2007), os SFCR’s do LABSOLAR – UFSC,

localizados na zona urbana de Florianópolis, em boas condições climáticas e atmosféricas, contribuíram

para a redução do consumo de energia elétrica da rede.

Segundo Zilles e Macedo (2007), entre os anos de 2004 e 2005, o SFCR do prédio administrativo do

IEE-USP, contribuiu significativamente à edificação, chegando em até 70% da carga do prédio.

Além disso, em dias não-úteis, o sistema contribuiu com a rede elétrica de BT local ao injetar energia na

rede.

Não há nenhum programa de incentivo aos SFCR’s no Brasil.

(7)

Considerações Finais

• Os SFCR’s se mostram como boa opção tecnológica para a GD, devido a modularidade, geração

próxima ao consumo, baixa manutenção ao longo da vida útil, integram o ambiente e o entorno da

construção ... em regiões comerciais, o pico de geração fotovoltaica coincide com o pico da demanda

por energia elétrica;

• A implantação desses sistemas não visam a substituição das grandes plantas de geração. Espera-se

que tais sistemas contribuam à GD, além disso, promover o uso de fontes de energia renováveis com

menos entraves ambientais e sociais;

• Países membros do PVPS-IEA apresentaram crescimento na potência instalada, bem como, no mercado

fotovoltaico. A criação desses mercados têm gerado um considerável volume de novos empregos, além

do aquecimento da economia;

• A transposição de barreiras nesses países, tem se dado através da criação de mecanismos de

incentivo, além de políticas regulatórias bem alinhadas ao planejamento energético;

• No caso brasileiro, se mostra necessário a criação de políticas públicas que possibilitem a integração

desses sistemas dentro do setor elétrico, mesmo sabendo das inúmeras barreiras a se transpor.

•Um estudo mais detalhado se faz necessário para levantar quais e como alguns mecanismos de

incentivo se enquadrariam no setor elétrico brasileiro, bem como a estruturação de marcos regulatórios

específicos à tecnologia (possibilitando a conexão desses sistemas com segurança e eficácia), com o

intuito de alavancar a participação da tecnologia fotovoltaica na geração de energia elétrica no sistema

interligado.

(8)
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Referências Bibliográficas:

BMU. Exchange and dissemination of information on PV power systems: National Survey Report of PV Power Applications in Germany 2006. German Federal Ministry for the Environment, Nature Conservation and Nuclear Safety. Versão 2. 2007a. Disponível em: http://www.bmu.de. (Acessado em: 18/05/2008).

____. EEG – The Renewable Energy Sources Act: The Success Story of Sustainable policies for Germany. German Federal Ministry for the Environment, Nature Conservation and Nuclear Safety. 2007b. Disponível em: http://www.bmu.de. (Acessado em: 18/05/2008).

Bortoni, E. Procedimentos de distribuição no Brasil: regras para o acesso. Revista Brasileira de Energia, Vol. 13, no 2, 2osem./2007. Hughes, T. Networks of Power: electrification in western society 1880-1930. Johns Hopkins University Press, Baltimore, 1983.

IEA-PVPS. Trends in Photovoltaics Applications: Survey Report of selected IEA countries between 1992 and 2006. International Energy Agency. Photovoltaic Power Systems Programm. 2007. Disponível em: http://www.iea-pvps.org/. (Acessado em: 18/05/2008).

________. Annual Report, 2008. International Energy Agency. Photovoltaic Power Systems Programme. 2008. Disponível em: http://www.iea-pvps.org/ (Acessado em 18/05/2008).

MME-EPE. Balanço Energético Nacional 2007: ano base 2006. Ministério de Minas e Energia – MME, Empresa de Pesquisa Energética – EPE, Brasília, 2007a.

ONS. Operador Nacional do Sistema Elétrico. Dados Técnicos do Sistema Interligado Nacional, 2007. Disponível em: http://www.ons.org.br/conheca_sistema/resumo_operacao.aspx. (Acessado em: 18/05/2008).

Oliveira, S.H.F. Geração Distribuída de eletricidade: Inserção de edificações fotovoltaicas conectadas à rede no Estado de São Paulo. Tese de Doutorado. Programa Interunidades de Pós-Graduação em Energia, PIPGE, da Universidade de São Paulo, 2002.

Pereira Jr., A. O.; Soares, J. B.; Oliveira, R. G.; Queiroz, R. P.Energy in Brasil: toward sustainable development?, Energy Policy, 36, 2008.

Ramos, C. M. Procedimentos para caracterização e qualificação de módulos fotovoltaicos. Dissertação de Mestrado, Programa Interunidades de Pós-Graduação em Energia, PIPGE, da Universidade de São Paulo, 2006.

Rodríguez, C.R.C. Mecanismos regulatórios, tarifários e econômicos na geração distribuída: Sistemas fotovoltaicos conectados à rede. Dissertação de Mestrado. FEM/ UNICAMP, Campinas, 2002.

Rüther, R.; Salamoni, I. T.; Jardim, C.; Knob, P. O potencial de geração fotovoltaica integrada a edificações e conectada à rede elétrica pública

no Brasil, Anais do I Congresso Brasileiro de Energia Solar, I CBENS, Fortaleza, 8 a 11 de abril de 2007, versão digital em CD. 2007a.

Rüther, R; Knob, P.J; Jardim, C.S; Rebechi, S.H. Potential of building integrated photovoltaic solar energy generators in assisting daytime

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Silva Lora, E. E.; Haddad, J. (Org.). Geração Distribuída: aspectos tecnológicos, ambientais e institucionais, Editora Interciência Ltda., Rio de Janeiro, 2006.

Viana, T.; Rüther, R. Análise de desempenho de um sistema fotovoltaico de 10 kWp conectado à rede elétrica, Anais do I Congresso Brasileiro de Energia Solar, I CBENS, Fortaleza, 8 a 11 de abril, versão digital em CD, 2007.

Zilles, R.; Macedo, W. N. Contribuição Energética de um Sistema Fotovoltaico Conectado à rede de Baixa Tensão. Anais do I Congresso Brasileiro de Energia Solar, I CBENS, Fortaleza, 8 a 11 de abril, versão digital em CD, 2007.

Referências

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