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Curso de Direito - Parte Especial - Livro III - Do Direito das Coisas - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 1 / 15

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DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL

P A R T E E S P E C I A L

LIVRO III DO DIREITO DAS COISAS

TÍTULO III DA PROPRIEDADE

CAPÍTULO II DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL

Seção II Da Aquisição pelo Registro do Título

Art. 1.245 … 1.247

Conceitos: Registro de título, Serviço notarial e de registro, Registro Público, Registro de imóveis, Lei dos cartórios, Lei dos registros públicos, Central Nacional de Indisponibilidade de Bens

Do Registro do título

Determinadas espécies de atos jurídicos, pela importância econômica e social que estão revestidos, requerem ampla publicização e proteção estatal em relação ao estado e capacidade das pessoas

envolvidas, bem como em relação à veracidade e validade de suas existências. Ora, o registro público é o instituto criado com o fim de atender tais requisitos, tornando obrigatória a prática de formalidades que atestam a validade e existência de atos jurídicos determinados, como a propriedade imóvel. Por essa razão, a aquisição da propriedade ocorre somente após a inscrição do respectivo documento de transferência no Serviço Notarial e de Registro (denominação atualizada para Cartório de Registro de Imóveis, de acordo com o artigo 1° da Lei 8.935 de 18 de novembro de 1994: “Serviços notariais e de registro são os de

organização técnica e administrativa destinados a garantir a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos”) do lugar do imóvel.

O registro dos bens imóveis e de direitos correlatos objetiva a garantia de autenticidade, segurança e eficácia dos assentos, sejam intervivos ou mortis causa, de atos jurídicos constitutivos, declaratórios, translativos ou extintivos de direitos reais. Tal registro preserva a confiabilidade, disponibilidade e validade desses direitos em relação a terceiros.

Registro Público – conceituação

“Registro público é o assento efetuado por um oficial público e constante de livros públicos, do livre

conhecimento, direto ou indireto, por todos os interessados, no qual se atestam fatos jurídicos conformes com a lei e referentes a uma pessoa ou a uma coisa, fatos entre si conectados pela referência a um assento considerado principal, de modo a assegurar o conhecimento por terceiros da respectiva situação jurídica, e do qual a lei faz derivar, como efeitos mínimos, a presunção do seu conhecimento e a capacidade

probatória” (ALMEIDA, Carlos Ferreira. Publicidade e Teoria dos Registos. Livraria Almedina, Coimbra,

1966, pág. 97 apud MELO, Marcelo Augusto Santana de. Breves anotações sobre o Registro de Imóveis.

Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 9, n. 429, 9 set. 2004. Disponível em:

https://jus.com.br/artigos/5669. Acesso em: 29 abr. 2017).

(2)

“Serventia da Justiça encarregada de trasladar para os seus livros os atos jurídicos relativos aos bens

imóveis, dando publicidade a estes atos que então se presumem autênticos, seguros e eficazes contra todos” (VALLIM, Aguiar. Direito Imobiliário Brasileiro (doutrina e prática). Revista dos Tribunais, 2ª edição,

pág. 66 apud MELO, Marcelo Augusto Santana de. Breves anotações sobre o Registro de Imóveis. Revista

Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 9, n. 429, 9 set. 2004. Disponível em:

https://jus.com.br/artigos/5669. Acesso em: 29 abr. 2017).

Efeitos do Registro Público

• Publicidade: a razão da publicidade dos Registros Públicos encontra-se na sua destinação, que não se

concentra nas partes diretamente envolvidas, mas na sociedade em geral. O artigo 5º, inciso XXXIII, da Constituição Federal (“todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse

particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;”) garante o fornecimento da devida certidão a todos os interessados que assim a solicitarem. • Legalidade: O artigo 252 da Lei dos Registros Públicos determina que “O registro, enquanto não cancelado, produz todos os efeitos legais ainda que, por outra maneira, se prove que o título está desfeito, anulado, extinto ou rescindido”.

• Prova: O registro público possui fé pública, pois é presunção legal que o direito real pertence à pessoa

que fez seu assento (Parágrafo segundo do artigo 1.245 do Código Civil: “Enquanto não se promover, por

meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel”).

• Continuidade: Embora tenha alcance puramente formal, o princípio da continuidade objetiva tornar o

registro de cada imóvel autêntico e completo. Por esse princípio, cada imóvel apresenta seus sucessivos titulares sequencialmente encadeados, onde o outorgante atual aparece como titular do direito no registro imediatamente anterior. A exigência de cada inscrição ter procedência na anterior garante a legitimidade da transmissão ou da oneração do direito e se caracteriza como ele perfeitamente identificável de uma corrente ininterrupta de assentos.

Os artigos 195 (“Se o imóvel não estiver matriculado ou registrado em nome do outorgante, o oficial exigirá

a prévia matrícula e o registro do título anterior, qualquer que seja a sua natureza, para manter a

continuidade do registro”) e 237 (“Ainda que o imóvel esteja matriculado, não se fará registro que dependa da apresentação de título anterior, a fim de que se preserve a continuidade do registro”) da Lei de Registros

Públicos exigem a observância do princípio da continuidade.

• Obrigatoriedade: Para transferência intervivos da propriedade imobiliária é indispensável o registro no

Serviço Notarial e de Registro (Cartório de Registro de Imóveis) do lugar do imóvel, como constante nos artigos 1.227 e 1.245 do Código Civil, respectivamente: “Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou

transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código” e “Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis”.

• Retificação: É possível a qualquer tempo que o interessado solicite retificação das informações que

constam do registro como determinado pelo artigo 213 da Lei dos Registros Públicos (“O oficial retificará o

registro ou a averbação de ofício ou a requerimento do interessado ,,,”) e pelo artigo 1.247 do Código Civil:

“Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o interessado reclamar que se retifique ou anule”.

• Individuação (ou Especificação): A identificação plena e perfeita da coisa nos documentos é o princípio

que garante a certeza e precisão ao ato registral, pois “ninguém poderá transferir aquilo que não possui”. Cada fato, objeto ou sujeito deve ser único, particular e específico.

(3)

Efeitos do Registro de Imóvel

LEI DOS CARTÓRIOS - Lei 8.935 de 18 de novembro de 1.994 (Regulamenta o art. 236 da Constituição

Federal, dispondo sobre serviços notariais e de registro)

Art. 1º Serviços notariais e de registro são os de organização técnica e administrativa destinados a

garantir a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos. (…)

Art. 12. Aos oficiais de registro de imóveis, de títulos e documentos e civis das pessoas jurídicas, civis das

pessoas naturais e de interdições e tutelas compete a prática dos atos relacionados na legislação pertinente aos registros públicos, de que são incumbidos, independentemente de prévia distribuição, mas sujeitos os oficiais de registro de imóveis e civis das pessoas naturais às normas que definirem as circunscrições geográficas.

LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS – Lei 6.015 de 31 de dezembro de 1.973. Art. 167 – No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão feitos.

I – o registro:

1) da instituição de bem de família;

(4)

3) dos contratos de locação de prédios, nos quais tenha sido consignada cláusula de vigência no caso de

alienação da coisa locada;

4) do penhor de máquinas e de aparelhos utilizados na indústria, instalados e em funcionamento, com os

respectivos pertences ou sem eles;

5) das penhoras, arrestos e sequestros de imóveis; 6) das servidões em geral;

7) do usufruto e do uso sobre imóveis e da habitação, quando não resultarem do direito de família; 8) das rendas constituídas sobre imóveis ou a eles vinculadas por disposição de última vontade;

9) dos contratos de compromisso de compra e venda de cessão deste e de promessa de cessão, com ou sem cláusula de arrependimento, que tenham por objeto imóveis não loteados e cujo preço tenha sido pago no ato de sua celebração, ou deva sê-lo a prazo, de uma só vez ou em prestações;

10) da enfiteuse; 11) da anticrese;

12) das convenções antenupciais; 13) das cédulas de crédito rural; 14) das cédulas de crédito, industrial; 15) dos contratos de penhor rural;

16) dos empréstimos por obrigações ao portador ou debêntures, inclusive as conversíveis em ações; 17) das incorporações, instituições e convenções de condomínio;

18) dos contratos de promessa de venda, cessão ou promessa de cessão de unidades autônomas

condominiais a que alude a Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, quando a incorporação ou a instituição de condomínio se formalizar na vigência desta Lei;

19) dos loteamentos urbanos e rurais;

20) dos contratos de promessa de compra e venda de terrenos loteados em conformidade com o Decreto-lei

nº 58, de 10 de dezembro de 1937, e respectiva cessão e promessa de cessão, quando o loteamento se formalizar na vigência desta Lei;

21) das citações de ações reais ou pessoais reipersecutórias, relativas a imóveis; 22) (Revogado)

23) dos julgados e atos jurídicos entre vivos que dividirem imóveis ou os demarcarem inclusive nos casos

de incorporação que resultarem em constituição de condomínio e atribuírem uma ou mais unidades aos incorporadores;

24) das sentenças que nos inventários, arrolamentos e partilhas, adjudicarem bens de raiz em pagamento

das dívidas da herança;

25) dos atos de entrega de legados de imóveis, dos formais de partilha e das sentenças de adjudicação em

(5)

26) da arrematação e da adjudicação em hasta pública; 27) do dote;

28) das sentenças declaratórias de usucapião; 29) da compra e venda pura e da condicional; 30) da permuta;

31) da dação em pagamento;

32) da transferência, de imóvel a sociedade, quando integrar quota social; 33) da doação entre vivos;

34) da desapropriação amigável e das sentenças que, em processo de desapropriação, fixarem o valor da

indenização;

35) da alienação fiduciária em garantia de coisa imóvel.

36) da imissão provisória na posse, quando concedida à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos

Municípios ou às suas entidades delegadas, e respectiva cessão e promessa de cessão;

37) dos termos administrativos ou das sentenças declaratórias da concessão de uso especial para fins de

moradia;

38) (VETADO)

39) da constituição do direito de superfície de imóvel urbano;

40) do contrato de concessão de direito real de uso de imóvel público. 41) da legitimação de posse;

42) da conversão da legitimação de posse em propriedade, prevista no art. 60 da Lei no 11.977, de 7 de

julho de 2009;

II – a averbação:

1) das convenções antenupciais e do regime de bens diversos do legal, nos registros referentes a imóveis

ou a direitos reais pertencentes a qualquer dos cônjuges, inclusive os adquiridos posteriormente ao casamento;

2) por cancelamento, da extinção dos ônus e direitos reais;

3) dos contratos de promessa de compra e venda, das cessões e das promessas de cessão a que alude o

Decreto-lei nº 58, de 10 de dezembro de 1937, quando o loteamento se tiver formalizado anteriormente à vigência desta Lei;

4) da mudança de denominação e de numeração dos prédios, da edificação, da reconstrução, da

demolição, do desmembramento e do loteamento de imóveis;

5) da alteração do nome por casamento ou por desquite, ou, ainda, de outras circunstâncias que, de

qualquer modo, tenham influência no registro ou nas pessoas nele interessadas;

6) dos atos pertinentes a unidades autônomas condominiais a que alude a Lei nº 4.591, de 16 de dezembro

(6)

7) das cédulas hipotecárias;

8) da caução e da cessão fiduciária de direitos relativos a imóveis; 9) das sentenças de separação de dote;

10) do restabelecimento da sociedade conjugal;

11) das cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade impostas a imóveis, bem

como da constituição de fideicomisso;

12) das decisões, recursos e seus efeitos, que tenham por objeto atos ou títulos registrados ou averbados; 13) "ex offício", dos nomes dos logradouros, decretados pelo poder público.

14) das sentenças de separação judicial, de divórcio e de nulidade ou anulação de casamento, quando nas

respectivas partilhas existirem imóveis ou direitos reais sujeitos a registro.

15) da re-ratificação do contrato de mútuo com pacto adjeto de hipoteca em favor de entidade integrante do

Sistema Financeiro da Habitação, ainda que importando elevação da dívida, desde que mantidas as mesmas partes e que inexista outra hipoteca registrada em favor de terceiros.

16) do contrato de locação, para os fins de exercício de direito de preferência.

17) do Termo de Securitização de créditos imobiliários, quando submetidos a regime fiduciário. 18) da notificação para parcelamento, edificação ou utilização compulsórios de imóvel urbano; 19) da extinção da concessão de uso especial para fins de moradia;

20) da extinção do direito de superfície do imóvel urbano. 21) da cessão de crédito imobiliário.

22) da reserva legal; 23) da servidão ambiental.

24) do destaque de imóvel de gleba pública originária. 25)

26) do auto de demarcação urbanística. 27) da extinção da legitimação de posse;

28) da extinção da concessão de uso especial para fins de moradia; 29) da extinção da concessão de direito real de uso.

30) da sub-rogação de dívida, da respectiva garantia fiduciária ou hipotecária e da alteração das condições

contratuais, em nome do credor que venha a assumir tal condição na forma do disposto pelo art. 31 da Lei no 9.514, de 20 de novembro de 1997, ou do art. 347 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, realizada em ato único, a requerimento do interessado instruído com documento comprobatório firmado pelo credor original e pelo mutuário.

(7)

fundiários federais na Amazônia Legal.

Art. 168 – Na designação genérica de registro, consideram-se englobadas a inscrição e a transcrição a que

se referem as leis civis.

Art. 169 – Todos os atos enumerados no art. 167 são obrigatórios e efetuar-se-ão no Cartório da situação

do imóvel, salvo:

I – as averbações, que serão efetuadas na matrícula ou à margem do registro a que se referirem, ainda que

o imóvel tenha passado a pertencer a outra circunscrição;

II – os registros relativos a imóveis situados em comarcas ou circunscrições limítrofes, que serão feitos em

todas elas, devendo os Registros de Imóveis fazer constar dos registros tal ocorrência.

III – o registro previsto no n° 3 do inciso I do art. 167, e a averbação prevista no n° 16 do inciso II do art. 167

serão efetuados no cartório onde o imóvel esteja matriculado mediante apresentação de qualquer das vias do contrato, assinado pelas partes e subscrito por duas testemunhas, bastando a coincidência entre o nome de um dos proprietários e o locador.

Art. 170 – O desmembramento territorial posterior ao registro não exige sua repetição no novo cartório. Art. 171 – Os atos relativos, a vias férreas serão registrados no cartório correspondente à estação inicial da

respectiva linha.

Art. 171-A – Os atos relativos a vias férreas serão registrados na circunscrição imobiliária onde se situe o

imóvel.

§ 1º A requerimento do interessado, o oficial do cartório do registro de imóveis da circunscrição a que se

refere o caput abrirá a matrícula da área correspondente, com base em planta, memorial descritivo e certidão atualizada da matrícula ou da transcrição do imóvel, caso exista.

§ 2º Após a abertura de matrícula de que trata o § 1º, o oficial do cartório do registro de imóveis deverá

comunicar o oficial de registro de imóveis da circunscrição de origem da via férrea para averbação do destaque e controle de disponibilidade, podendo a apuração do remanescente ocorrer em momento posterior.

Art. 172 – No Registro de Imóveis serão feitos, nos termos desta Lei, o registro e a averbação dos títulos ou

atos constitutivos, declaratórios, translativos e extintos de direitos reais sobre imóveis reconhecidos em lei, " inter vivos" ou " mortis causa" quer para sua constituição, transferência e extinção, quer para sua validade em relação a terceiros, quer para a sua disponibilidade.

[MATRÍCULA DO IMÓVEL] Art. 176 (…)

§ 1º (…)

I – cada imóvel terá matrícula própria, que será aberta por ocasião do primeiro registro a ser feito na

vigência desta Lei;

II – são requisitos da matrícula:

1) o número de ordem, que seguirá ao infinito; 2) a data;

(8)

a) se rural, do código do imóvel, dos dados constantes do CCIR, da denominação e de suas características,

confrontações, localização e área;

b) se urbano, de suas características e confrontações, localização, área, logradouro, número e de sua

designação cadastral, se houver.

4) o nome, domicílio e nacionalidade do proprietário, bem como:

a) tratando-se de pessoa física, o estado civil, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas

Físicas do Ministério da Fazenda ou do Registro Geral da cédula de identidade, ou à falta deste, sua filiação;

b) tratando-se de pessoa jurídica, a sede social e o número de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes

do Ministério da Fazenda;

5) o número do registro anterior;

REGISTRO

Registro é ato posterior à matrícula em que, mediante a apresentação de título constitutivo ou declaratório (no caso da usucapião), a propriedade imobiliária ou a constituição de direito real sobre coisa alheia é descrita no livro competente.

AVERBAÇÃO

Averbação é anotação à margem da matrícula ou registro a pedido do interessado e que diga respeito ao imóvel (inserção ou cancelamento de gravame) ou a alteração no status civil do proprietário.

Artigos do Código Civil

Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de

Imóveis.

§ 1° Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel. § 2° Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o

respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel.

Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento em que se apresentar o título ao oficial do registro, e este

o prenotar no protocolo.

Art. 1.247. Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o interessado reclamar que se retifique ou

anule.

Parágrafo único. Cancelado o registro, poderá o proprietário reivindicar o imóvel, independentemente da

boa-fé ou do título do terceiro adquirente.

Tecnologia da Informação ao serviço da segurança jurídica no registro público

(9)

CENTRAL NACIONAL DE INDISPONIBILIDADE DE BENS

(disponível em http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/Trib_Sup/STF/CNJ/Provim_39_14.html)

Art. 1°. Fica instituída a Central Nacional de Indisponibilidade de Bens – CNIB que funcionará no Portal

publicado sob o domínio http://www.indisponibilidade.org.br, desenvolvido, mantido e operado pela Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo (ARISP), com a cooperação do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB), e funcionará sob o acompanhamento e a fiscalização da Corregedoria Nacional da Justiça, das Corregedorias Gerais da Justiça e das Corregedorias Permanentes, nos âmbitos de suas respectivas competências.

Art. 2º. A Central Nacional de Indisponibilidade terá por finalidade a recepção e divulgação, aos usuários do

sistema, das ordens de indisponibilidade que atinjam patrimônio imobiliário indistinto, assim como direitos sobre imóveis indistintos, e a recepção de comunicações de levantamento das ordens de indisponibilidades nela cadastrada.

§ 1º. A ordem de indisponibilidade que atinja imóvel específico e individualizado continuará sendo

comunicada pela autoridade que a expediu diretamente ao Oficial de Registro de Imóveis competente para a averbação, podendo o encaminhamento ser promovido por via física ou eletrônica conforme disposto nas normas da Corregedoria Geral da Justiça a que submetida a fiscalização da respectiva unidade do serviço extrajudicial.

§ 2º. A comunicação de levantamento de indisponibilidade cadastrada será efetuada na Central Nacional de

Indisponibilidade de Bens - CNIB pela autoridade competente, sem prejuízo de comunicação, pela referida autoridade, diretamente ao Oficial de Registro de Imóveis em que promovida averbação da indisponibilidade em imóvel específico, a fim de que proceda ao seu cancelamento.

Art. 3º. O sistema deverá contar com módulo de geração de relatórios (correição online) e de estatísticas,

para efeito de contínuo acompanhamento, controle gerencial e fiscalização pela Corregedoria Nacional de Justiça, Corregedorias Gerais da Justiça dos Estados e do Distrito Federal e Corregedorias Permanentes das serventias extrajudiciais de notas e de registros, nos âmbitos de suas respectivas competências.

§ 1º. Serão gerados e-mails automáticos relativos ao descumprimento de prazos legais pelos registradores

para a averbação de indisponibilidade quando a busca de bens resultar positiva e não existir risco de homonímia, com encaminhamento para a Corregedoria Geral da Justiça para fins de abertura de procedimento administrativo de verificação.

Art. 4º. A CNIB será constituída por Sistema de Banco de Dados Eletrônico (DBMS) que será alimentado

com as ordens de indisponibilidades decretadas pelo Poder Judiciário e pelos demais órgãos da Administração Pública nas hipóteses legalmente previstas.

Art. 5º. Os usuários da Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB são definidos nas seguintes

categorias:

a) máster (responsável pela administração técnica da central, a ser realizada pela ARISP);

b) administrador máster (membro ou servidor do Tribunal ou de órgãos públicos encarregado de cadastrar

magistrados e servidores para acesso à CNIB);

c) magistrado; d) autoridade;

e) assessor máster (servidor do Tribunal habilitado para cadastrar as ordens de indisponibilidade, ou sua

revogação, decorrentes de decisão judicial);

(10)

indisponibilidade, ou sua revogação, para oportuna assinatura pelo magistrado caso prefira não delegar a realização do ato específico a assessor máster previsto na letra "e");

g) notário; h) registrador;

i) substituto de notário ou registrador; j) preposto de notário ou registrador; k) usuário qualificado (art. 9º, § 4º); e, l) usuário.

§ 1º. A ARISP indicará os usuários com perfil de másters, os quais habilitarão no sistema os administradores

másters dos órgãos do Conselho Nacional de Justiça, dos Tribunais, dos órgãos da Administração Pública, assim como os usuários qualificados, de conformidade com as indicações desses entes.

§ 2º. O credenciamento de magistrados, autoridades e assessores será feito pelo administrador máster do

respectivo Tribunal ou órgão da Administração Pública, que também credenciará os administradores másters da respectiva Corregedoria Geral ou Regional. Os magistrados e autoridades definirão os perfis de seus respectivos assessores.

§ 3º. O acesso por registrador e por tabelião de notas independe de filiação associativa a entidade de

classe.

§ 4º. Os tabeliães de notas e os registradores credenciarão seus respectivos substitutos e prepostos e

definirão seus perfis.

Art. 5º. As indisponibilidades de bens determinadas por magistrados, assim como seus respectivos

levantamentos, deverão ser imediatamente cadastradas na Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB, vedada a expedição de ofícios ou mandados em papel com tal finalidade às Corregedorias da Justiça dos Estados e aos Oficiais de Registros de Imóveis, salvo para o fim específico de indisponibilidade relativa a imóvel certo e determinado, hipótese em que a ordem será enviada diretamente à serventia competente para a averbação, com indicação do nome e do CPF do titular do domínio ou outros direitos reais atingidos, o endereço do imóvel e o número da respectiva matrícula.

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica aos membros dos Tribunais Superiores

que poderão, a seu critério, encaminhar as ordens de indisponibilidade de bens imóveis, genéricas ou para incidir sobre imóveis específicos, mediante uso da Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB ou por outra via.

Art. 6º. As comunicações de indisponibilidades de bens decretadas por Órgãos Administrativos que detêm

competência legal poderão ser incluídas diretamente por seus respectivos emissores na Central Nacional de Indisponibilidade de Bens – CNIB, na forma prevista neste Provimento. Também deverão ser incluídas no CNIB, pela autoridade competente, as ordens de levantamento das indisponibilidades previstas neste artigo.

§ 1º. A partir do cadastramento dos usuários previstos no art. 4º deste Provimento, as comunicações de

indisponibilidades genéricas de bens encaminhadas em papel por autoridades judiciárias e administrativas deverão ser devolvidas aos respectivos remetentes com a informação de que para tal desiderato deverá utilizar o sistema ora instituído ou fazê-lo de forma específica, diretamente à serventia de competência registral, indicando o nome e CPF do titular de domínio ou direitos reais atingidos, o endereço do imóvel e o número da respectiva matrícula ou transcrição.

§ 2º. As indisponibilidades anteriormente decretadas e ainda vigentes poderão ser incluídas no sistema,

(11)

Art. 7º. A consulta ao banco de dados da Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB será

obrigatória para todos os notários e registradores do país, no desempenho regular de suas atividades e para a prática dos atos de ofício, nos termos da Lei e das normas específicas.

Parágrafo único. Nenhum pagamento será devido por qualquer modalidade de utilização da Central

Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB pelos registradores, tabeliães de notas, órgãos do Poder Judiciário e da Administração Pública.

Art. 8º. A partir da data de funcionamento da Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB os

oficiais de registro de imóveis verificarão, obrigatoriamente, pelo menos na abertura e uma hora antes do encerramento do expediente, se existe comunicação de indisponibilidade de bens para impressão ou importação (XML) para seu arquivo, visando o respectivo procedimento registral.

Parágrafo único. Ficam dispensadas da verificação continuativa prevista no caput deste artigo as serventias que adotarem solução de comunicação com a Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB via WebService configurada para consulta em menor tempo, desde que atendidas as normas técnicas e de segurança utilizadas para integração de sistemas.

Art. 9º. O acesso para inclusão de ordens de indisponibilidade, de comunicações de seus cancelamentos e

de consultas circunstanciadas deverá ser feito exclusivamente com a utilização de Certificado Digital ICP-Brasil e dependerá de prévio cadastramento do respectivo órgão.

§ 1º. A pessoa sujeita à declaração de indisponibilidade poderá consultar os dados de origem das ordens

cadastradas em seu respectivo nome, desde que vigentes, e obter relatório circunstanciado, mediante uso de Certificado Digital ICP-Brasil. A informação será livre e gratuita para o próprio atingido pela indisponibilidade que fizer o acesso ao sistema com seu Certificado Digital ICP-Brasil, ou quando for solicitada diretamente à Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB por meio de requerimento com firma reconhecida por tabelião de notas.

§ 2º. A Presidência do Conselho Nacional de Justiça, a Corregedoria Nacional de Justiça, os Conselheiros

do Conselho Nacional de Justiça e os demais órgãos do Poder Judiciário, de qualquer instância, terão acesso livre e integral aos dados e informações constantes da Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB, inclusive das indisponibilidades canceladas.

§ 3º. O cadastramento dos membros do Ministério Público, ou servidores por esses autorizados, e de

servidores de órgãos públicos com interesse decorrente da natureza do serviço prestado, terão acesso ao cadastro geral das indisponibilidades, para fins de consulta, inclusive das canceladas, mediante habilitação a ser solicitada diretamente à operadora da Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB, visando o credenciamento com o perfil de "usuário qualificado",

Art. 10. Poderão aderir à Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB os órgãos da Administração

Pública que detenham competência legal para a expedição de ordens de restrição, bem como outros entes e órgãos públicos que tiverem interesse decorrente da natureza do serviço que prestarem.

Parágrafo único. O cadastramento dos Tribunais e as adesões dos órgãos da Administração Pública que

detenham competência para imposição de indisponibilidade de bens deverão ser comunicados pela Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB à Corregedoria Nacional da Justiça, pelo sistema Justiça Aberta quando adaptado para essa finalidade.

Art. 11. O termo padrão de uso será disponibilizado no sítio da Central Nacional de Indisponibilidade de

Bens - CNIB, com livre acesso para amplo conhecimento das suas condições.

Art. 12. A requisição de informações e certidões registrais, quando rogadas por entes ou órgãos públicos,

estarão isentas de custas e emolumentos, conforme as hipóteses contempladas em lei.

Art. 13. Para afastamento de homonímia, resguardo e proteção da privacidade, os cadastramentos e as

pesquisas na Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB serão feitas, exclusivamente, a partir do número de contribuinte de pessoa física (CPF) ou jurídica (CNPJ).

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Art. 14. Os registradores de imóveis e tabeliães de notas, antes da prática de qualquer ato notarial ou

registral que tenha por objeto bens imóveis ou direitos a eles relativos, exceto lavratura de testamento, deverão promover prévia consulta à base de dados da Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB, consignando no ato notarial o resultado da pesquisa e o respectivo código gerado (hash), dispensado o arquivamento do resultado da pesquisa em meio físico ou digital.

§ 1º. A existência de comunicação de indisponibilidade não impede a lavratura de escritura pública

representativa de negócio jurídico tendo por objeto a propriedade ou outro direito real sobre imóvel de que seja titular a pessoa atingida pela restrição, nessa incluída a escritura pública de procuração, devendo constar na escritura pública, porém, que as partes do negócio jurídico foram expressamente comunicadas da existência da ordem de indisponibilidade que poderá ter como consequência a impossibilidade de registro do direito no Registro de Imóveis, enquanto vigente a restrição.

§ 2º. Os Oficiais do Registro de Imóveis deverão manter, em relação a todas as indisponibilidades, registros

no Indicador Pessoal (Livro nº 5), ou em fichas, ou em base de dados informatizada off-line, ou mediante solução de comunicação com a CNIB via WebService, que serão destinados ao controle das indisponibilidades e às consultas simultâneas com a pesquisa sobre a tramitação de títulos representativos de direitos contraditórios.

§ 3º. Verificada a existência de bens no nome cadastrado, a indisponibilidade será prenotada e averbada na

matrícula ou transcrição do imóvel, ainda que este tenha passado para outra circunscrição. Caso não figure do registro o número do CPF ou o do CNPJ, a averbação da indisponibilidade somente será realizada se não houver risco de tratar-se de pessoa homônima.

§ 4º. Em caso de aquisição de imóvel por pessoa cujos bens foram atingidos por ordem de indisponibilidade

deverá o Oficial de Registro de Imóveis, imediatamente após o lançamento do registro do título aquisitivo na matrícula do imóvel, promover a averbação da indisponibilidade, independentemente de prévia consulta ao adquirente.

§ 5º. Imediatamente após o lançamento da averbação da indisponibilidade na matrícula do imóvel, o Oficial

do Registro de Imóveis fará o devido cadastramento, em campo próprio da Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB que contemplará espaço para essa informação.

Art. 15. As ordens judiciais e administrativas que determinem indisponibilidade serão arquivadas em ordem

cronológica, dispensado o arquivamento se forem microfilmadas conforme a Lei nº 5.433, de 8 de maio de 1.968, ou armazenadas em mídia digital na forma prevista no art. 38 da Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009, ou importadas em arquivo formato XML.

Art. 16. As indisponibilidades averbadas nos termos deste Provimento e as decorrentes do § 1º, do art. 53,

da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, não impedem a inscrição de constrições judiciais, assim como não impedem o registro da alienação judicial do imóvel desde que a alienação seja oriunda do juízo que determinou a indisponibilidade, ou a que distribuído o inquérito civil público e a posterior ação desse decorrente, ou que consignado no título judicial a prevalência da alienação judicial em relação à restrição oriunda de outro juízo ou autoridade administrativa a que foi dada ciência da execução.

Parágrafo único. Consistindo eventual exigência para o registro de alienação judicial de imóvel atingido por

ordem de indisponibilidade na falta de indicação, no título, da prevalência da alienação judicial em relação à restrição oriunda de outro juízo ou autoridade administrativa a que foi dada ciência da execução, será o fato comunicado ao Juízo que expediu o título de alienação, visando sua complementação, ficando prorrogada a prenotação por 30 dias contados da efetivação dessa comunicação.

Art. 17. A definição de padrões tecnológicos e o aprimoramento contínuo do sistema ficarão a cargo da

Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo (ARISP), sob suas expensas, sem nenhum ônus para o Conselho Nacional de Justiça ou qualquer outro órgão do Poder Público.

Art. 18. A Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB, com sistema de autenticação homologado

(13)

por dia, em todos os dias da semana, observadas as seguintes peculiaridades e características técnicas:

§ 1º. O sistema foi desenvolvido em plataforma WEB, com sua base de dados em MySQL, em

conformidade com os Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico (e-PING).

§ 2º. O acesso ao sistema, bem como as assinaturas de informações ou outros documentos emitidos por

meio deste, deverá ser feito mediante uso de Certificado Digital ICP-Brasil.

Art. 19. Ocorrendo a extinção da ARISP, que se apresenta como titular dos direitos autorais e de

propriedade intelectual do sistema, do qual detém o conhecimento tecnológico, o código-fonte e o banco de dados, ou a paralisação pela citada entidade da prestação do serviço objeto deste Provimento, sem substituição pelo Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB), ou por outra associação ou entidade de classe que o assuma em idênticas condições mediante prévia autorização do Conselho Nacional de Justiça - CNJ, será o banco de dados de indisponibilidades, em sua totalidade, transmitido ao Conselho Nacional de Justiça, ou entidade que o Conselho Nacional de Justiça indicar, com o direito de uso do domínio http://www.indisponibilidade.org.br , o código-fonte e as informações técnicas necessárias para o acesso e utilização de todos os seus dados, bem como para a continuação de seu funcionamento na forma prevista neste Provimento, sem ônus, custos ou despesas para o Poder Público e, notadamente, sem qualquer remuneração por direitos autorais e de propriedade intelectual, a fim de que a Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB permaneça em integral funcionamento.

Art. 20. A Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo (ARISP), ou quem a substituir na forma

do artigo 19 deste Provimento, se obriga a manter sigilo relativo à identificação das autoridades judiciárias, administrativas e servidores que acessarem a Central Nacional de Indisponibilidades de Bens – CNIB, ressalvadas a requisição judicial e a fiscalização pela Corregedoria Nacional de Justiça, ou fiscalização específica pelo respectivo Tribunal.

Art. 21. Outras funcionalidades do sistema serão previstas no "Manual de Utilização da Central Nacional de

Indisponibilidades de Bens" que enunciará com detalhes, em sequência lógica, passo a passo, os procedimentos a serem adotados para plena utilização dos correspondentes serviços, e permanecerá disponível no Portal da Central Nacional de Indisponibilidade de Bens – CNIB para consulta ou download.

Art. 22. Será instaurado procedimento de Pedido de Providências, perante a Corregedoria Nacional de

Justiça, para acompanhamento e fiscalização da implementação do presente Provimento e para estudos complementares.

Art. 23. Fica estabelecido o prazo de noventa dias para cadastramentos dos administradores másters dos

Tribunais e das Corregedorias Gerais e Regionais e para cadastramentos dos tabeliães de notas e oficiais de registro.

Parágrafo único. Os prazos limites previstos neste artigo para cadastramentos dos notários e registradores

poderão ser reduzidos a critério da respectiva Corregedoria Geral da Justiça do Estado e do Distrito Federal.

Art. 24. Este Provimento entrará em vigor em 15 dias contados de sua publicação, sem prejuízo da

aplicação subsidiária das normas fixadas pelas correspondentes Corregedorias Gerais da Justiça. Brasília – DF, 25 de julho de 2014.

Conselheiro GUILHERME CALMON Corregedor Nacional de Justiça, em exercício

Questões extraídas de concursos públicos (data do acesso: 28/04/2017).

A reprodução das questões segue a Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/1998), em especial os incisos III e VIII do artigo 46:

(14)

"Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...)

III - a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra; (...)

VIII - a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras preexistentes, d

qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes plásticas, sempre que a reprodução em si não seja o objetivo principal da obra nova e que não prejudique a exploração normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo injustificado aos legítimos interesses dos autores."

Concurso: Concurso Público de Provas e Títulos para outorga de delegações de Notas e Registros do Estado de Minas Gerais – edital 1/2016

Ano: 2017

Caderno: 1 Branco

Questão: 13

Aplicação: Consulplan

Disponível em: https://consulplan.s3.amazonaws.com/concursos/473/57_874295.pdf

O Provimento 39/2014 do Conselho Nacional de Justiça dispõe sobre a instituição e funcionamento da Central Nacional de Indisponibilidade de Bens – CNIB, sobre esta Central é correto afirmar (a justificativa

legal não constou da aplicação do concurso, sendo aqui solicitada para fins de desenvolvimento da experiência jurídica):

A) Os tabeliães de notas, os oficiais de registro civil com atribuição notarial, os registradores de títulos e

documentos e os de imóveis, antes da prática de qualquer ato notarial ou registral que tenha por objeto bens imóveis ou direitos a eles relativos, exceto a lavratura de testamento, deverão consultar a base de dados da Central Nacional de Indisponibilidade de Bens – CNIB.

Fundamento legal: _______

B) Os tabeliães de notas e os oficiais de registro civil com atribuição notarial deverão consignar no ato

notarial o resultado da pesquisa realizada no CNIB e o respectivo código gerado (“hash”), devendo ser arquivado o resultado da pesquisa em meio físico.

Fundamento legal: _______

C) Em caso de aquisição de imóvel por pessoa cujos bens foram atingidos por ordem de indisponibilidade

deverá o Oficial de Registro de Imóveis, imediatamente após o lançamento do registro do título aquisitivo na matrícula do imóvel, promover a averbação da indisponibilidade, devendo para tal consultar previamente o adquirente.

Fundamento legal: _______

D) A existência de comunicação de indisponibilidade não impede a lavratura de escritura pública

representativa de negócio jurídico tendo por objeto a propriedade ou outro direito real sobre imóvel de que seja titular a pessoa atingida pela restrição, nessa incluída a escritura pública de procuração, devendo constar na escritura pública, porém, que as partes do negócio jurídico foram expressamente comunicadas da existência da ordem de indisponibilidade que poderá ter como consequência a impossibilidade de registro do direito no Registro de Imóveis enquanto vigente a restrição.

Fundamento legal: _______

Concurso: Concurso Público de Provas e Títulos para outorga de delegações de Notas e Registros do Estado de Minas Gerais – edital 1/2016

Ano: 2017

Caderno: 1 Branco

Questão: 17

Aplicação: Consulplan

(15)

Acerca do Registro de Imóveis, assinale a alternativa correta (a justificativa legal não constou da aplicação

do concurso, sendo aqui solicitada para fins de desenvolvimento da experiência jurídica):

A) Em caso de permuta, e pertencendo os imóveis à mesma circunscrição, serão feitos os registros nas

matrículas correspondentes, sob números de ordem distintos e sucessivos no Protocolo. Fundamento legal: _______

B) Os ônus sobre parte do imóvel, tais como servidão e superfície, serão registrados na matrícula do imóvel,

vedada a abertura de matrícula para a parte onerada. Fundamento legal: _______

C) O ente público proprietário ou imitido na posse a partir de decisão proferida em processo judicial de

desapropriação em curso poderá requerer a abertura de matrícula de parte de imóvel situado em área urbana ou de expansão urbana, salvo se o imóvel já estiver previamente matriculado, com base em planta e memorial descritivo, podendo a apuração de remanescente ocorrer em momento posterior. Fundamento legal: _______

D) O memorial descritivo de identificação de imóvel rural, nos termos do Decreto nº 4.449/02, que alterar a

área do registro, resultará numa nova matrícula com encerramento da matrícula anterior no serviço de registro de imóveis competente; mas, se alterar o registro sem que esta alteração lhe afete a área registrada, será averbado na matrícula já existente.

Fundamento legal: _______

Concurso: Concurso Público de Provas e Títulos para outorga de delegações de Notas e Registros do Estado de Minas Gerais – edital 1/2016

Ano: 2017

Caderno: 1 Branco

Questão: 27

Aplicação: Consulplan

Disponível em: https://consulplan.s3.amazonaws.com/concursos/473/57_874295.pdf

José da Silva firmou um contrato de promessa de compra e venda de uma área rural de 500 hectares com Geraldo Coelho. Meses depois, feita a quitação, foi lavrada e devidamente assinada e registrada a Escritura Pública de compra e venda. Seis meses depois, José da Silva descobriu que aquele imóvel estava sendo avaliado pela INCRA para fins de desapropriação já há mais de um ano e que isso lhe foi omitido pelo vendedor. Diante disso, ingressou com uma ação de rescisão (resolução) do contrato de promessa de compra e venda contra Geraldo Coelho, alegando que houve vício no negócio e que queria devolver o imóvel e receber o seu dinheiro de volta. Diante dessa situação, é correto afirmar que (a justificativa legal

não constou da aplicação do concurso, sendo aqui solicitada para fins de desenvolvimento da experiência jurídica):

A) É possível a resolução (rescisão) do contrato pelo princípio da boa-fé objetiva, uma vez que, nos termos

do artigo 422 do CC, “Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em

sua execução, os princípios de probidade e boa-fé” e isso faltou ao vendedor.

Fundamento legal: _______

B) Não é caso de rescisão do contrato de promessa de compra e venda, pois foi substituído pela escritura

de venda e compra, aquele contrato está resolvido, pois atingiu o seu objetivo, que era justamente a transferência de propriedade imóvel, com o registro de escritura de venda e compra no cartório competente. Fundamento legal: _______

C) É viável a rescisão, já que a lavratura e assinatura com registro da escritura pública não elimina os

efeitos do contrato de promessa de compra e venda, pelo contrário, é um ato derivado deste que foi o primeiro documento firmado entre as partes, portanto prevalece como meio legal de se restabelecer o estado anterior.

Fundamento legal: _______

D) Tem direito à rescisão contratual e a devolução do valor pago, porque foi induzido a erro e, assim, deve

prevalecer o princípio de acesso à justiça e nenhuma lesão de direito está imune à apreciação do poder judiciário.

Referências

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