• Nenhum resultado encontrado

TURISMO SUSTENTÁVEL. Aula 3

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "TURISMO SUSTENTÁVEL. Aula 3"

Copied!
21
0
0

Texto

(1)

TURISMO SUSTENTÁVEL

(2)

Sumário

Turismo sustentável

• Conceito

• Pressupostos e objetivos

• Discussão sobre o tema “Sustentabilidade e escala no turismo”. • Capacidade de carga

Bibliografia:

Simão, João (2008). O Sector Público e o Desenvolvimento Turístico Sustentável. Tese de Doutoramento. Universidade Aberta. Cap. 3

Turismo de Portugal (2009). Relatório de Sustentabilidade 2009. Lisboa: Direção de Estudos e Planeamento Estratégico

(3)

O conceito de turismo

sustentável

Desenvolvimento turístico

que dá resposta às

necessidades do presente,

sem comprometer a

capacidade de as

gerações futuras poderem

satisfazer as suas.

Desenvolvimento

(4)

Turismo Sustentável: conceito

O desenvolvimento turístico sustentável é aquele que

atende às necessidades dos turistas e das regiões

recetoras ao mesmo tempo que protege e reforça as

oportunidades para o futuro (OMT, 1993).

(5)

Objetivos do turismo

sustentável (OMT, 2004)

1) Dar um uso óptimo aos recursos ambientais, elemento fundamental

do desenvolvimento turístico, mantendo os processos ecológicos

esenciais e ajudando a conservar os recursos naturais e a

diversidade biológica.

2) Respeitar a autenticidade sociocultural das comunidades anfitriãs,

conservar o seu património construído e natural e os seus valores

tradicionais, e contribuir para a compreensão e tolerância

interculturais.

3) Assegurar actividades económicas viáveis a longo prazo, que

proporcionem a todos os agentes beneficios socioeconómicos bem

distribuidos, entre os quais oportunidades de emprego estável e de

obtenção de rendimentos e serviços sociais para as comunidades

anfitriãs e que contribuam para a mitigação da pobreza.

(6)

Pressupostos do turismo

sustentável (OMT, 2004)

Participação informada de todos os agentes relevantes,

assim como uma liderança política firme para que se

possa alcançar uma colaboração ampla e o

estabelecimento de consensos.

O turismo sustentável deve permitir também um elevado

grau de satisfação dos turistas e representar para eles

uma experiência significativa, que os torne mais

conscientes dos problemas da sustentabilidade e fomente

neles práticas turísticas sustentáveis

(7)

Conceito de turismo sustentável

(síntese)

A sustentabilidade do turismo, como

a de qualquer atividade, constitui um

processo contínuo que requer um

acompanhamento constante dos

impactos para que se possam

introduzir medidas preventivas e

corretivas de forma atempada.

Destacam-se, relativamente à sustentabilidade do turismo, 3+

2

grandes áreas de incidência: a ambiental, a social, a distribuição dos

benefícios económicos,

a participação de todas as partes envolvidas

(stakeholders) e uma elevada satisfação a proporcionar aos turistas.

(8)

Características do Turismo Sustentável

(Turismo de Portugal, 2009)

Rentabilidade e distribuição de riqueza, permitindo a participação e sustentabilidade económica e financeira dos diferentes atores

Valorização da herança cultural, das paisagens e da biodiversidade, assegurando a sua manutenção para as comunidades e clientes, atuais e futuros

Ecoeficiência dos produtos turísticos permitindo a redução do consumo de recursos e de emissões

Atratividade laboral, investindo no capital humano, oferecendo oportunidades de emprego desafiantes para as gerações atuais e futuras

Diversidade cultural, pondo em evidência as especificidades locais, criando experiências de valor para os clientes e as comunidades

Acessibilidade a todos, independentemente das condições físicas ou económicas

(9)

AGENDA PARA UM TURISMO EUROPEU SUSTENTÁVEL E

COMPETITIVO

(Turismo de Portugal, 2009)

Reduzir a sazonalidade

Abordar o impacte do transporte turístico

Melhorar a qualidade do emprego no setor do turismo

Manter e melhorar a prosperidade e qualidade de vida da

comunidade, em função da mudança

Minimizar o impacte da utilização de recursos e da produção

de resíduos

Preservar e acrescentar valor ao património natural e

cultural

Possibilitar o gozo de férias a todos

Utilizar o turismo como ferramenta no desenvolvimento

sustentável global

(10)

Verdades fundamentais do turismo

(McKercher,1993).

(11)

Impactes do turismo nas

comunidades locais

ECONÓMICO

Aumento do rendimento e melhoria da qualidade de vida Introdução de padrões de consumo criando novas necessidades que, se

não houver controle, podem gerar desequilíbrio.

AMBIENTAL

Preservação Degradação dos recursos florísticos e faunísticos com perda de biodiversidade ou a poluição

SOCIOCULTURAL

Valorização da identidade comunitária através da divulgação da organização social e práticas tradicionais Alteração de práticas decorrentes de processos de aculturação e da introdução de novos hábitos com eliminação dos

(12)

Benefícios do turismo (sustentável)

- Favorece a criação de emprego, a reconversão dos postos de trabalho e a (re)qualificação profissional da mão-de-obra, independentemente do

género, da idade e da origem étnica.

- Permite a criação de empresas turísticas locais gerando lucros com

retenção.

- Possibilita a concentração de impostos através de cobrança para a criação

e a melhoria de infraestruturas e de equipamentos sociais de apoio aos grupos desfavorecidos.

- Permite equilibrar a balança de pagamentos representando uma fonte de rendimentos.

- Induz o crescimento de outros sectores produtivos visto deles depender,

criando novas e futuras dependências: sector agrícola e produção animal, pescas, sector extractivo, construção civil e obras públicas, transportes, produção têxtil, mobiliário e artesanato.

- - Promove a criação de novos mercados abastecedores para actividades

(13)

Benefícios do turismo (sustentável)

- Pode ajudar a corrigir e a minimizar as assimetrias regionais criando condições para que o desenvolvimento se processe de forma mais equitativa, homogénea e integrada.

- Permite diversificar a oferta adequando-a às necessidades e às aspirações dos visitantes, incentivando a valorização profissional da mão-de-obra,

através de qualificação, fomentando a competitividade e a melhoria dos serviços e produtos oferecidos.

- Gera benefícios para o desenvolvimento global das comunidades e não apenas efeitos sectoriais.

- Contribui para a preservação da diversidade cultural, minimizando os preconceitos, funcionando como meio de troca de informação, de

conhecimentos e de valores.

- Valoriza a qualidade ambiental relacionada com o ordenamento do

território, a conservação de zonas naturais, culturais e históricas, reforçando o sentimento identitário.

(14)

Aspetos negativos do turismo (não

sustentável)

- A descaracterização dos traços culturais das comunidades de

acolhimento pela imposição de comportamentos, originando a

emergência de conflitos entre os padrões culturais tradicionais e os

do turista, com eventual perda de identidade cultural;

- A criação de expectativas de aquisição de riqueza num curto

espaço de tempo;

- O aumento dos preços dos produtos incluindo para o consumo

autóctone;

- A excessiva dependência de um único sector de actividade no que

concerne à criação de emprego e à manutenção dos postos de

trabalho existentes;

- A perda de controle na exploração de recursos locais e regionais

passando a ser efectivado por interesses estrangeiros com baixo

retorno dos investimentos efectuados;

(15)

Aspetos negativos do turismo (não

sustentável)

- O agravamento de uma estratificação socioeconómica com

confrontação entre os valores dos proprietários e dos não

proprietários, podendo incentivar os processos migratórios;

- A emergência de problemas sociais conducentes a situações de

exclusão, prostituição, alcoolismo, toxicodependência e outras

formas diversificadas de delinquência;

- O desenvolvimento urbanístico não controlado e não planeado;

- A ameaça de desequilíbrios ambientais podendo o turista, a longo

prazo, ser encarado, pelas comunidades, como um intruso que

invade a privacidade;

- A pressão sobre os recursos com a contaminação da fauna e da

flora;

- A vulnerabilidade de alguns destinos, particularmente

condicionados pela sazonalidade.

(16)
(17)

Vertentes do desenvolvimento turístico

sustentável

(Butler, 1999)

Garantir a prossecução de modalidades de turismo

ambiental e culturalmente adequadas, baseadas na

pequena escala.

Encontrar formas de tornar os empreendimentos turísticos

de massa que já existem tão sustentáveis quanto possível.

Estruturas de pequena escala quando em grande número

e/ou mal geridas e/ou a operarem no local errado

podem ser tão prejudiciais e pouco sustentáveis quanto

(18)

Pequena escala ≠ Sustentável

(Butler,

1999)

É quase impossível ter desenvolvimento turístico sem

impactes locais.

É ingénuo supor que o turismo especialmente focado na

natureza é automaticamente sustentável – trata-se de um

pressuposto não apenas incorreto, mas também prejudicial.

É razoável esperar que, mantendo-se tudo o resto constante,

os empreendimentos de turismo de pequena escala tenham

impactos menos severos do que grandes empreendimentos e

serem, assim, mais sustentáveis. Mas...

Raramente tudo o resto se mantém constante:

• ambientes altamente sensíveis

(19)

Capacidade de carga

Na definição da Organização Mundial do Turismo

(OMT, 2001) , entende-se por capacidade de carga

turística o número máximo de pessoas que podem

visitar determinado local turístico, sem afectar o meio

físico, económico ou sociocultural e sem reduzir de

forma inaceitável a qualidade da experiência dos

visitantes.

(20)

Capacidade de carga- tipologia

(Mieczkowski, 1995),

Capacidade de carga física

: número de pessoas que um

serviço ou infra-estrutura turística pode suportar mantendo

os padrões de qualidade.

Capacidade de carga ecológica

: grau de tolerância dos

ecossistemas à actividade turística, ou seja ponto até que

esta pode desenvolver-se sem danificar o meio ambiente.

Capacidade de carga social

: é analisada numa dupla

vertente, a dos turistas (ponto de saturação a partir do qual

procuram destinos alternativos) e a dos residentes

(tolerância da população local ao turismo sem gerar

tensões relevantes e por forma a que no território também

se possam desenvolver outras actividades).

(21)

Referências

Butler, R. (1999). Sustainable tourism: a state-of-the-art review. Tourism Geographies 1(1), 7-25

McKercher, B. (1993), Some fundamental truths about tourism:

understanding tourism’s social and environmental impacts. Journal of

Sustainable Tourism, vol.1, nº1, pp. 6-15.

Organização Mundial do Turismo (1993). Sustainable Tourism

Development: Guide for Local Planners. Madrid: OMT.

OMT (2001). Introdução ao Turismo, São Paulo, Roca.

OMT (2004), Indicators of Sustainable Development for Tourism

Destinations - a guidebook.

Turismo de Portugal (2009). Relatório de Sustentabilidade 2009. Lisboa: Direção de Estudos e Planeamento Estratégico

Referências

Documentos relacionados

Os candidatos são encorajados a inteirarem-se do disposto no Regulamento do Concurso Especial de Acesso e Ingresso no Ensino Superior, no Regulamento do Concurso

Com isso, o objetivo desta pesquisa, que foi o de compreender em que medida, tanto a tradução quanto a criação de novos termos para a língua indígena, cumpririam a intenção

Entre essas três metodologias, as abordagens pessoal e por telefone garantem uma qualidade maior das informações coletadas, já que com um entrevistador presente é possível explicar

Devido a grande dificuldade de se identificar um padrão ou estratégia clara no mercado de trabalho para inserção do aluno formado em produção fonográfica,

A Safra Corretora ou qualquer empresa do Grupo Safra não pode ser responsabilizada por danos diretos, indiretos, consequentes, reivindicações, custos, perdas ou despesas decorrentes

Estes foram os elementos fundamentais para sua expansão diversificada e ao mesmo tempo concentradora (CANO, 2007). As discussões a serem enfrentadas nesta tese podem ser expressas

Isso foi feito por meio de oficinas, aplicadas a alunos de primeiro e segundos anos do ensino médio politécnico de uma escola pública se Santa Maria, RS, utilizando os

Demonstrativo de Receitas e Despesas do Mês de setembro de 2011. Código Discriminação