• Nenhum resultado encontrado

USO DO SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL (GPS) NO ENSINO FUNDAMENTAL: PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA 1

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "USO DO SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL (GPS) NO ENSINO FUNDAMENTAL: PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA 1"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

USO DO SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL (GPS) NO ENSINO FUNDAMENTAL: PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO DE

GEOGRAFIA1

Eliane Souza da Silva

Graduanda em Licenciatura em Geografia pela UFPB, eliane.geo@hotmail.com

Maria Adailza Martins de Albuquerque

Prof.ª Dr.ª do DME/CE pela UFPB dadamartins@ig.com.br

1. INTRODUÇÃO

A revolução técnico-científica vivenciada pelo mundo contemporâneo tem provocado grandes mudanças. As novas tecnologias empregadas nos estudos geográficos vêm se tornando cada vez mais aliadas dos professores no ensino da geografia em sala de aula, e vem se mostrando eficazes no processo de ensino-aprendizagem. Quando elaborados e utilizados a partir de uma preocupação teórica e metodológica e, enfocando a realidade do aluno, os produtos didáticos gerados a partir das geotecnologias, despertam e estimulam os alunos dos diferentes níveis de ensino (Fundamental, Médio e Superior) para a importância do conhecimento geográfico.

A sociedade contemporânea tem, portanto, uma demanda por um novo cidadão, um cidadão mais crítico, um futuro profissional capaz de lidar com as tecnologias e linguagens do seu tempo, as quais são necessárias à sua inserção social. Sob esta perspectiva o Sistema de Posicionamento Global (GPS) destaca-se como ferramenta fundamental, e instrumento de apoio, favorecendo assim, o aprendizado da geografia de forma sistemática e dinâmica, proporcionando novas opções de aplicar o saber no cotidiano vivido pelo estudante.

Atualmente, apesar da disponibilidade de materiais, a maior demanda para o uso adequado e significativo dos produtos oriundos do geoprocessamento é humana, ou seja, falta pessoal que domine os recursos didáticos que tem como base o geoprocessamento e que saiba aplicá-los a situações de ensino e aprendizagem. Dessa forma, os professores e alunos sentem falta de materiais (recursos didáticos) e de orientações metodológicas que digam respeito ao espaço onde vivem.

Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo geral apresentar uma proposta metodológica voltada para a utilização do Sistema de Posicionamento Global

(2)

(GPS) nas aulas de geografia do 6º ano do Ensino Fundamental II. Como para este trabalho temos a análise do livro didático; o desenvolvimento de procedimentos que promovam a disseminação e a utilização do GPS como suporte na prática metodológica, trabalhando com receptores de navegação GPS.

Nesta perspectiva esperamos contribuir para o melhor desempenho dos professores no ensino da geografia, através de aulas participativas e dinâmicas, proporcionando meios para que os professores promovam a interatividade entre o aluno e a sua realidade, com vista à construção do conhecimento geográfico.

2. O ENSINO DE GEOGRAFIA

Ao longo de várias décadas vem se discutindo sobre a temática do ensino da disciplina escolar geografia, como ela é abordada pelos professores em sala de aula.

Várias são as críticas levantadas sobre as metodologias utilizadas pelos professores no ensino dessa disciplina, pois, muitas vezes o que se avalia ao final de cada estudo é se o aluno decorou ou não os conceitos abordados em sala de aula e não aquilo que pôde identificar e compreender das múltiplas relações de aprendizagem ai existentes.

Nesse contexto Albuquerque (2011) percebe que os problemas metodológicos como; conteúdos descritivos; método mnemônico; nomenclaturas como conteúdos, etc. se repetem historicamente, são continuidades que teimam em permanecer nas salas de aulas de geografia.

Alguns professores insistem em pedir que os alunos memorizem extensas listas de nomes e números sem explicar a relação existente entre eles.

Segundo Albuquerque (2011) a metodologia de ensino de geografia permanece em contínua construção pelos professores e teóricos da geografia e da educação formada na relação entre seleção e abordagem dos conteúdos (conceituais, atitudinais e procedimentais), fundamentação teórica (ciência de referência), “técnicas” de ensino propostas no âmbito da Pedagogia (teoria/prática) e as práticas de sala de aula, assim como as demais disciplinas escolares.

No estudo de geografia, as metodologias resultavam da prática e do que já existia como conteúdos e metodologias, porém essa prática vem sofrendo modificações ao longo dos anos, pois, a metodologia não pode ficar estagnada, mas se adequar e renovar de acordo com a necessidade do professor e do educando. Além disso, as metodologias estão diretamente relacionadas a forma como se aborda os conteúdos, daí

(3)

a necessidade de renovação das metodologias, tendo em vista acompanhar as abordagens sobre temas tradicionais ou atuais desenvolvidos em pesquisas recentes e que compõem a disciplina escolar geografia.

Como se pôde verificar as propostas de superação dos problemas de ordem metodológica foram feitas no âmbito da teoria. Reconhecem os problemas da prática, parte dele, no entanto, não leva em consideração o contexto em que a prática se desenvolve. Albuquerque (2011) ressalta que até hoje em encontros com professores de geografia, quando se propõe reflexões sobre os problemas metodológicos que enfrentam e enfrentarão em sala de aula, eles apontam como questões principais às práticas mnemônicas e os conteúdos distanciados da realidade dos alunos.

Atualmente o ensino da geografia passa, em todo o mundo, por uma fase de transformação, substituindo o sistema antigo puramente de nomenclatura e mnemônico, por uma compreensão científica da matéria. Compete aos professores que se interessem pela geografia auxiliar os poderes públicos na difícil tarefa de modernizar seu ensino.

3. A RELAÇÃO DA CARTOGRAFIA E O SISTEMA DE

POSICIONAMENTO GLOBAL COM O ENSINO DE GEOGRAFIA

Ao longo das quatro últimas décadas, pesquisadores vêm observando uma rápida evolução do uso do Geoprocessamento, e traçando perspectivas futuras da utilização do SIG na Educação. Meneguette (1999) enfatiza a importância da introdução articulada de conceitos, com ênfase na aprendizagem e no educando, bem como integração durante todo o processo de aprendizagem.

De acordo com Machado (1991) o mundo está caminhando na direção de uma nova sociedade dominada pela informação, onde o conhecimento e a ciência desempenharão papel primordial nessa nova sociedade.

Os PCN, que regulamentam a disciplina de geografia, coloca como um dos principais objetivos para o ensino fundamental: “utilizar a linguagem cartográfica para representar e interpretar informações em linguagem cartográfica, observando a necessidade de indicações de direção, distância, orientação e proporção para garantir a legibilidade da informação”; e sugere eixos temáticos (Eixo 4 – A Cartografia como instrumento na aproximação dos lugares e do mundo, dando ênfase a educação cartográfica) (BRASIL, 1998, p.76).

Silva e Carneiro (2003) baseados nos PCN, também afirmam que a alfabetização cartográfica é fundamental para que os alunos possam continuar sua

(4)

formação iniciada nas primeiras séries e, posteriormente, trabalhar com a representação gráfica. Portanto, o aluno precisa aprender os elementos básicos da representação gráfica/cartográfica para que possa efetivamente ler mapas.

Nesse sentido, a cartografia tem um papel fundamental no ensino de geografia, ou seja, um indivíduo, informado, é capaz de interpretar mapas e outras representações geográficas. É capaz de buscar contato com novos instrumentos e tecnologias para adquirir, processar e expor informações sob uma perspectiva espacial, habilidade necessária aos dias atuais (VIEIRA, 2001).

Segundo Pazini (2004) as atividades cartográficas promovem o desenvolvimento de esquemas mentais que auxiliam na aprendizagem e autonomia intelectual do aluno reafirmando a importância de se aliar essas atividades com novas possibilidades de interação oferecidas pelas inovações tecnológicas.

A cartografia é indispensável no ensino de geografia e auxilia outras disciplinas, contemplando inclusive a viabilidade do conhecimento e a utilização de novas tecnologias.

Diversas tecnologias de geoprocessamento podem ser utilizadas em sala de aula pelos professores de geografia, visando um melhor aprendizado do aluno.

A exemplo dessas tecnologias, temos o sistema GPS. Esse sistema foi concebido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América - EUA no início da década de 1960, sob o nome de 'projeto – Navigation Satellitewith Time and

Ranging (NAVSTAR)' permitindo que qualquer pessoa possa se localizar no planeta

com uma precisão nunca imaginada. O sistema foi declarado totalmente operacional apenas em 1995 e consiste de 24 satélites que orbitam a Terra a 20.200 km, duas vezes por dia e emitem simultaneamente sinais de rádio codificados. Testes realizados em 1972 mostraram que a pior precisão do sistema era de 15 metros. A melhor, 1 metro (PAZ; CUGNASCA, 1997).

Os receptores de GPS recebem e decodificam os sinais dos satélites possuindo várias opções de: referências; sistemas de medidas; sistemas de coordenadas; armazenagem de dados; troca de dados com outro receptor ou com um computador; etc. Suas principais características estão no armazenamento de pontos em sua memória, através de coordenadas. Paz e Cugnasca (1997) também afirmam que os pontos plotados na memória podem ser combinados formando rotas que, quando ativadas, permitem que o receptor analise os dados e informe, por exemplo: tempo, horário provável de chegada e distância até o próximo ponto; tempo, horário provável

(5)

de chegada e distância até o destino; horário de nascer e do por do sol; rumo que você deve manter para chegar ao próximo ponto de sua rota.

Além de sua aplicação na aviação geral e comercial e na navegação marítima, qualquer pessoa que queira saber sua posição, encontrar seu caminho para determinado local (ou de volta ao ponto de partida), conhecer a velocidade e direção de seu deslocamento pode se beneficiar com o sistema.

Portanto, se o adolescente tem tanto fascínio pelas novas tecnologias, por que não as utilizar como ferramentas pedagógicas, tornando as disciplinas curriculares ainda mais atrativas para os alunos?

4. SISTEMA DE POSICIONAMNETO GLOBAL APLICADO NAS AULAS DE GEOGRAFIA

Iremos apresentar o desenvolvimento da proposta metodológica conduzida em diferentes etapas com orientações e sugestões de aulas e exercícios práticos envolvendo os conteúdos ministrados na disciplina de geografia, sendo auxiliado pelo GPS, mostrando também a importância de se admitir a proposta metodológica sugerida com a utilização dessa técnica, sendo enriquecedora e proveitosa na vida do professor e principalmente do aluno, conforme tabela 01.

Tabela 01. Desenvolvimento das aulas teóricas e práticas Desenvolvimento das aulas

Cartografia

 Aula 1 - Evolução da cartografia

 Aula 2 - Definições e instrumentos da cartografia

GPS

 Aula 1 - GPS aplicado à geografia - conceitos e prática  Aula 2 - GPS roteirização e identificação.

Como este trabalho foi elaborado como uma atividade de orientação propositiva, o texto foi redigido recorrendo a ordenamentos, ou seja, as frases foram elaboradas para evidenciar ações orientadoras da atividade docente. Por isso, em alguns momentos utilizamos verbos de ação como deve, faça, elabore, entre outros. Entretanto, apesar de ser um trabalho propositivo ele é fruto de experiências desenvolvidas em sala de aula, o que lhe dá maior garantia de suas possibilidades propositivas.

A escolha do 6º ano para o desenvolvimento desta pesquisa se deu em função dos assuntos abordados tradicionalmente nesta série, uma vez que seu programa

(6)

contempla questões de cartografia e meio ambiente, que nos interessa diretamente, além de proporcionar aos alunos o conhecimento sobre novas técnicas desde a segunda fase do ensino fundamental, o que torna viável sua utilização ao longo de sua vida escolar.

A princípio foi realizada uma análise no conteúdo programático do livro do 6º ano do Ensino Fundamental II, com a finalidade de identificar como o GPS poderia ser aplicado pelos professores nas aulas de geografia.

Utilizou-se para a análise, o livro Geografia: sociedade e cotidiano - Fundamentos do espaço geográfico, 6º ano, escrito por José Francisco Bigotto, Márcio Abondanza Vitiello e Maria Adailza Martins de Albuquerque. 2. Ed. São Paulo: Escala Educacional, 2009.

Elaboramos sugestões de aulas abordando localização espacial, assunto importante no conteúdo que o 6º ano do Ensino Fundamental faz referência.

Segundo a análise que fizemos do livro didático supracitado um dos assuntos que compõem os conteúdos da disciplina geografia no 6º ano do Ensino Fundamental trata-se de orientação, localização e representação no espaço geográfico. Com o propósito de ilustrar esses assuntos o professor deve ministrar aulas nas quais os alunos trabalhem com a cartografia a fim de conhecer as seguintes noções básicas:

 O que é a cartografia?  Para que e como ela é usada?

 Quais são os pontos cardeais e colaterais?  O que é a rosa-dos-ventos?

 Como utilizar uma bússola?

 Como se localizar em um lugar qualquer do globo? (utilização das coordenadas geográficas, paralelos e meridianos, linhas de latitude e longitude).

 O que são mapas, plantas (forma bidimensional) e maquetes (forma tridimensional)?

 Quais os tipos de mapas e legendas mais comuns?  O que é uma escala?

Como suporte para identificação dos objetivos acima, os conteúdos podem ser organizados para serem lecionados em três aulas, como descrevemos a seguir:

Aula 1 - Evolução da cartografia

Na primeira aula são introduzidos os conteúdos referentes à teoria da cartografia, desde seu surgimento com a construção dos primeiros mapas, e sua evolução com a utilização de meios modernos, como as fotografias aéreas (realizadas

(7)

por aviões), o sensoriamento remoto por satélite e o uso de recursos dos computadores para a construção dos mapas atuais.

Aula 2 - Definições e instrumentos da cartografia

Já na segunda aula devem ser abordados os temas sobre orientação, instrumentos de localização espacial, polos geográficos da Terra, direções de orientação como: os pontos cardeais e colaterais. Como atividade prática é importante que os alunos sejam orientados a construírem uma rosa-dos-ventos. Posteriormente, é necessário que o aluno tome consciência da importância da bússola e de sua utilização como um instrumento de localização fundamental desde o seu surgimento até os dias atuais. Além disso, o professor deve abordar também a respeito da nova ferramenta baseada em informações transmitidas por satélites artificiais, o GPS.

Em seguida o professor pode sugerir alguns questionamentos, para tornar a atividade mais concreta, tendo em vista que nesta faixa etária, os alunos necessitam de referenciais práticos para desenvolver o processo de aprendizagem: como se localizar em um lugar qualquer do globo? Esse momento deve aproveitado para se debater acerca da importância das coordenadas geográficas na localização exata de um ponto qualquer na superfície terrestre, trabalhar as definições de paralelos, meridianos, latitude e longitude.

A localização espacial é trabalhada como assunto importante no conteúdo que o 6º ano do Ensino Fundamental faz referência. Para se aprofundar nesse assunto, o (a) professor (a) deve elaborar duas aulas, uma teórica e prática e uma aula de campo.

Aula 1 - GPS aplicado à geografia - conceitos e aula prática no ambiente escolar

Na primeira parte da aula deve ser feita uma revisão sobre os assuntos estudados nas aulas 1 e 2 sobre Cartografia. Na segunda parte, são explicados os conteúdos referentes ao Sistema de Posicionamento Global (GPS):

1- Funcionalidades do GPS;

2- Localização através do sistema de coordenadas geográficas; 3- Identificação de latitude, longitude e altitude no GPS; 4- Orientação por rotas.

Acreditamos que para familiarizar os alunos com o GPS é necessário à realização de uma aula que desperte sua importância, mostrando algumas aplicações relacionadas ao seu cotidiano.

(8)

Para facilitar o entendimento dos alunos, devem ser apresentados resultados de trabalhos já realizados com o uso dessa técnica.

A seguir, se realiza uma atividade prática, planejada anteriormente pelo (a) professor (a), utilizando receptores GPS de navegação.

Inicialmente são armazenadas no GPS as coordenadas geográficas de pontos (latitude e longitude) de diversos ambientes da escola. O (a) professor (a) forma grupos entre os alunos, em que cada grupo tenha que localizar dois pontos na escola.

O exercício a seguir mostra exemplos de locais que podem ser selecionados pelo (a) professor (a), conforme tabela 02.

Tabela 02. Exercício prático com GPS de navegação no ambiente escolar

Grupos Pontos a localizar

Grupo 1 Entrada da escola e sala de informática Grupo 2 Quadra e cantina

Grupo 3 Biblioteca e banheiro masculino

Grupo 4 Sala dos professores e banheiro feminino

Aula 2 - GPS aplicado à geografia - aula de campo

Posteriormente, o professor organiza uma aula de campo, levando os alunos a sair da escola e irem até um determinado local escolhido previamente. Durante a aula de campo, os alunos podem medir altitude, latitude e longitude; e correlacionar estas coordenadas ao clima, relevo e vegetação. O GPS, também ajudará os alunos a traçar a rota desde o ponto de partida até o ponto da chegada.

5. RECOMENDAÇÕES PARA OS PROFESSORES QUE ADOTAREM A PROPOSTA METODOLÓGICA

Essa metodologia considerada inovadora se torna adequada porque favorece a apreensão gradativa das noções recebidas e vivenciadas pelo aluno, para a construção do conceito de espaço geográfico. E essa apreensão é gradualmente construída, através do envolvimento de aspectos cognitivos e psicomotor que está relacionado ao comportamento da criança em relação à aquisição dos reflexos, que lhes permitirão fazer a passagem do concreto para o abstrato, do simples para o complexo começando pela representação de pequenas áreas tais como o quarto de dormir, a sala de aula, a rua

(9)

e a escola para chegar à representação de grandes áreas, como a cidade, o estado, o país e o planeta.

Com a utilização do GPS nas aulas de geografia possibilitará aos alunos conhecer um novo instrumento de se localizar nos espaço de forma diferenciada, precisa e dinâmica, permitindo localizar coordenadas armazenas e criar rotas. Outras atividades práticas podem ser realizadas com o auxílio desse receptor, como por exemplo, uma trilha de orientação com os alunos, em um local adequado, utilizando mapa convencional, imagens do google earth para os alunos se orientarem, também podem ser explorados nessas aulas de campo diversos conceitos de espaço geográfico, lugar, paisagem, observação das dinâmicas climáticas e da sociedade. A ideia de utilizar o equipamento de localização como ferramenta didática torna-se necessário, tendo em vista, que os alunos precisam se aprofundar em alguns temas e a precisão proporcionada pelo uso do GPS facilitaria o aprendizado.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A iniciativa foi um desafio, pois o GPS traz uma maneira diferente de interpretar os dados, criando um choque cultural no próprio ambiente de ensino.

Contudo, a minoria dos alunos e professores tem o privilegio de aprender de maneira mais prática e fácil, com escolas de boas estruturas, atualizadas, bastantes recursos o que ajuda na criação de um cidadão mais crítico; enquanto a maioria dos adolescentes e crianças do Brasil se quer tem contado com computadores e participam ainda de uma aprendizagem tradicional e "decoreba".

Diante disto verificasse a necessidade de promover atividades que auxiliem na aprendizagem e autonomia intelectual do aluno mostrando a importância de se aliar a essas atividades com novas possibilidades de interação oferecidas pelas novas tecnologias sendo um avanço importante na educação escolar. À adoção deste recurso (receptor de navegação GPS) contribui com aulas mais diversificadas e atrativas e o aluno se sentirá motivado em estudar o espaço geográfico da sua própria região, do seu lugar.

Caso contrário, ficando à margem dos processos inovadores, frente a massificação do uso de tecnologias de manipulação de informação geográfica e com a crescente utilização de cartografia temática digital integrada em software, à geografia correrá sério risco de formar o cidadão pouco crítico, deixando de contribuir com o desenvolvimento de indivíduos compatíveis com as demandas de cidadania e trabalho.

(10)

Para que esses objetivos possam ser alcançados as escolas juntas com os professores de geografia que adotarem essa proposta, precisam ter o material necessário para a realização das atividades.

Esses procedimentos podem ser adotados em outros anos do Ensino Fundamental II, no Ensino Médio, como também em outras disciplinas como, ciências, história, artes.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, M. A. Martins .Século de prática de ensino de geografia: permanências e mudanças. In: REGO, Nelson et al. (Org.). Geografia: metodologias para o ensino médio. Porto Alegre: Penso, 2011. p. 13 – 30.

BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Geografia (5ª a 8ª séries). Brasília, Brasil: MEC/SEF, 1998.p.1-156.

MACHADO, E. de C. Informática no ensino de segundo grau. A experiência do Ceará: Educação em Debate n.1/2 p.155-160, 1991.

MENEGUETTE, A. Estágio atual e perspectivas futuras da educação em

GIS.http://www.prudente.unesp.br/dcartog/arlete/hp_arlete/courseware/intgeo_atual.ht

m. Arquivo consultado em 1999.

PAZ, S. M. ; CUGNASCA, Carlos Eduardo . O Sistema de Posicionamento Global

(GPS) e suas aplicações. Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP. BT/PCS,

1997.

PAZINI, D. L. G. .Utilizando Tecnologias de Geoprocessamento no Ensino de

Geografia: Proposta Metodológica para o Ensino Fundamental (3º e 4º Ciclo). In: 4ª

Jornada da Educação em Sensoriamento Remoto no Âmbito do Mercosul, 2004, São Leopoldo. Sessão Técnica 8: Sensoriamento Remoto no Ensino Fundamental e Médio, 2004. p.1-4.

SILVA, P. R. F. A. E. ; CARNEIRO, A. F. T. .A educação cartográfica na formação

dos professores de geografia: a situação em Pernambuco. In: XXI Congresso

Brasileiro de Cartografia, 2003, Belo Horizonte. Anais do XXI Congresso Brasileiro de Cartografia. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Cartografia, 2003.

VIEIRA, E.F.C. . Produção de material didático utilizando ferramentas de

Geoprocessamento. 2001. 38p. Monografia (Curso de Especialização em

Geoprocessamento) - Universidade Federal de Minas Gerais.

1

Texto extraído do Trabalho de Conclusão de Curso de Eliane Souza da Silva. USO DE GEOTECNOLOGIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL: PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA. 2011. (Graduação em Geografia) - Universidade Federal da Paraíba. Orientador: Maria Adailza Martins de Albuquerque.

Referências

Documentos relacionados

Áreas com indícios de degradação ambiental solo exposto no Assentamento Fazenda Cajueiro A e no Assentamento Nossa Senhora do Carmo B, localizados, respectivamente, no Município de

A curva em azul é referente ao ajuste fornecido pelo modelo de von Bertalany, a curva em vermelho refere-se ao ajuste fornecido pelos valores calculados Lt, dados pela equação

Os estudos sobre diferenciais de salários são explicados por alguns fatores que revelam a existência da relação entre as características pessoais produtivas educação,

- Encontros com três equipas: Os jogos terão a duração de trinta minutos divididos em duas partes de quinze minutos cada, com intervalo apenas para mudança de campo;. - Encontros

É o conjunto de fundamentos básicos que diferencia o futebol dos demais esportes, cuja peculiaridade esta, principalmente, no uso dos pés e pernas para executar as ações básicas

Com relação às diferenças observadas entre as duas técnicas cirúrgicas (Grupos 1 e 2), acredita- se que os animais submetidos ao desvio lateral modificado do pênis (Grupo 2)

Determinação da resistência à compressão dos blocos estruturais e de vedação NBR 15720 – 3 - Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação –. Métodos

Neste trabalho foram estudados uvas e sucos das variedades Isabel, Bordô e Concord, durante as safras de 2011 e 2012, elaborados através de trocador de calor, panelas extratoras